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GESTÃO-DE-ATIVOS-2

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1 
 
 
GESTÃO DE ATIVOS 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4 
O QUE É GESTÃO DE ATIVOS? ............................................................ 6 
SISTEMA DE GESTÃO DE ATIVOS NA INDÚSTRIA 4.0 ....................... 7 
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA GESTÃO DE ATIVOS DE 
AUTOMAÇÃO .................................................................................................... 8 
O QUE MONITORAR PARA TER UMA GESTÃO DE ATIVOS 
EFICIENTE? ..................................................................................................... 10 
PSV .................................................................................................... 10 
Válvula de controle ............................................................................. 10 
Válvula on-off ..................................................................................... 10 
Malha de controle ............................................................................... 11 
Malha de segurança ........................................................................... 11 
Sistema de alarmes............................................................................ 11 
QUANTIFICANDO OS BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO DE 
ALARMES ........................................................................................................ 12 
O QUE É UMA OTIMIZAÇÃO ATRAVÉS DO PROCESSO DE 
GERENCIAMENTO DE ALARMES? ................................................................ 13 
BENEFÍCIOS DA OTIMIZAÇÃO POR GERENCIAMENTO DE ALARMES
 ......................................................................................................................... 15 
METODOLOGIA PARA CALCULAR OS BENEFÍCIOS DO 
GERENCIAMENTO DE ALARMES .................................................................. 17 
ESTUDO DE CASO: QUANTIFICANDO OS BENEFÍCIOS DO 
GERENCIAMENTO DE ALARMES .................................................................. 18 
Diminuição de situações de anormalidade ......................................... 19 
Aumento do rendimento da planta ..................................................... 19 
Diminuição de incidentes anormais .................................................... 20 
2 
 
 
Economia de material para reparo de equipamentos ......................... 20 
GERENCIAMENTO DE ATIVOS NO SETOR SUCROENERGÉTICO .. 21 
Funcionamento, aplicações, vantagens e arquiteturas de uso ........... 23 
Funcionamento .................................................................................. 26 
Implantação ........................................................................................ 27 
Usina 4.0 ............................................................................................ 27 
REFERENCIAS ..................................................................................... 29 
 
 
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
Imagine se a gerência das indústrias tivesse acesso aos dados do chão 
de fábrica para tomar melhores decisões? Os engenheiros com certeza vão 
adorar tomar decisões que impactem diretamente no campo. Uma das formas é 
através da gestão de ativos. 
Em uma planta, existem milhares de equipamentos e instrumentos que 
trabalham 24 horas por dia, sete dias na semana e o ano inteiro. Portanto a 
quantidade de dados gerados é inimaginável. Utilizar isso a favor é uma das 
tendências para o futuro da indústria 4.0. 
Com o avanço da tecnologia da informação (TI) em conjunto da tecnologia 
da automação (TA), hoje os equipamentos de controle e instrumentação estão 
mais inteligentes. Eles deixaram de realizar apenas sua função primária para 
também gerar muitos dados. 
Esses dados são referentes ao estado dos ativos e são utilizados em 
tomadas de decisões na manutenção, otimização de recursos e redução dos 
custos dos ativos. 
Com isso, entendemos que a manutenção industrial tem que ser cada vez 
mais eficiente na gestão do ciclo de vida dos equipamentos industriais. É aqui 
onde entra a gestão de ativos de automação, fazendo uma conexão em todo o 
âmbito industrial. 
Grandes players do mercado industrial já entenderam que fazer um 
levantamento de informação e do histórico dos equipamentos permite evitar 
muitos investimentos em manutenção. Além disso, o retorno na gestão de ativos 
vale muito à pena. 
Segundo o U.S. National Response Center, em refinarias custa 
aproximadamente 50% mais para reparar ativos danificados do que se tivessem 
sido ajustados anteriormente à falha. 
Além disso, “a capacidade de produção da planta é perdida em até 5% 
todo ano como resultado de paradas não programadas” (Asdza Nadleehe, 
5 
 
 
‘‘Engineering & Maintenance: Prevention Is Better Than Cure”, Oil & Gas IQ, 
October 2011). 
Para ter uma noção do quanto isso pode impactar na receita, falaremos 
sobre isso no capitulo “Quantificando os benefícios do gerenciamento de 
alarmes”. Apesar de alarmes serem apenas uma parte dos ativos, eles ainda 
podem causar um grande impacto. 
Desse modo, vamos compreender porque as indústrias estão procurando 
cuidar melhor dos seus ativos. 
 O que é 
 Sistema de gestão de ativos na indústria 4.0 
 Perspectivas para o futuro 
 O que monitorar em uma planta industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
O QUE É GESTÃO DE ATIVOS? 
Primeiramente, vamos esclarecer o que de fato é um ativo: “Um ativo se 
caracteriza por qualquer objeto, de natureza tangível ou intangível, que 
uma empresa consegue controlar.” A partir disso, alguns exemplos de ativos 
em uma empresa são: 
 Equipamentos de TI; 
 Contratos; 
 Equipamentos utilizados no processo de produção, caracterizando 
o maquinário; 
 Marcas; 
 Ferramentas e materiais; 
 Know-how. 
Assim, podemos classificar a gestão de ativos de maneira geral. 
Segundo a ISO 55000 e a ABRAMAN, Associação Brasileira de 
Manutenção e Gestão de Ativos: “Gestão de Ativos (GA) é a atividade 
coordenada de uma organização para produzir o valor dos ativos, que envolve 
equilibrar os benefícios de custos, riscos, oportunidades e desempenhos.” 
Dessa forma, a gestão de ativos refere-se a gestão de todo o ciclo de vida 
de um ativo. Isto é, desde a sua aquisição, ou criação em caso de um ativo 
virtual, até o seu descarte. Nesse sentido, na gestão deve ser considerado todo 
o controle necessário para garantir o registro de detalhes e valores de um ativo. 
“O objetivo da gestão de ativos é maximizar a diferença entre os 
benefícios e os custos de um ativo durante todo o seu ciclo de vida.” 
Com isso, iremos explorar mais a gestão de ativos de automação. Da 
mesma maneira,vamos explorar também exemplos dessa área, como 
equipamentos e maquinários. 
Por exemplo, ao gerir o ciclo de vida de uma válvula, temos que nos 
atentar desde o seu fornecimento como fornecedor, dados de fábrica, tempo 
médio de manutenção, até o descarte ideal quando não funciona mais. 
7 
 
 
 
Fonte: ROMANO, 2017 
SISTEMA DE GESTÃO DE ATIVOS NA INDÚSTRIA 4.0 
Depois de entender o exemplo de um único instrumento, imagine esse 
processo em grande escala. Ou seja, o quão a indústria pode se beneficiar com 
o gerenciamento de todos os seus ativos? 
Certamente, é inviável gerir todos os ativos manualmente, por isso é 
necessário um sistema de gestão de ativos. Ou seja, um software que consiga 
automatizar todo o processo e se conectar com as diversas unidades 
industriais (Internet das Coisas). 
8 
 
 
É aqui onde acontece o link da gestão de ativos com a indústria 4.0. A 
introdução da tecnologia da informação para otimização de processos na 
indústria convencional é a aposta das grandes indústrias para aumentarem sua 
competitividade no mercado. 
Essa conexão de uma planta com um sistema de gerenciamento de ativos 
inteligente traz grandes vantagens, como: 
 Redução de paradas não programadas 
 Redução de custos de inventário 
 Redução nas paradas de produção 
 Redução de defeitos em equipamentos 
 Aumento de disponibilidade de planta 
 Aumento da eficiência da manutenção 
 Aumento da produtividade dos equipamentos 
PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA GESTÃO DE ATIVOS 
DE AUTOMAÇÃO 
Antes de falar do futuro da gestão de ativos, vamos entender como 
funciona hoje nas indústrias. Atualmente nas indústrias, existem vários sistemas 
diferentes, que servem para gerenciar ativos distintos. 
Por exemplo, um dos sistemas é o de gerenciamento de alarmes. Assim, 
como alarmes também são ativos, um sistema de gerenciamento de alarmes é 
capaz de coletar todos os dados brutos de alarmes, minerar e transformá-los em 
insights valiosos para tomadas de decisão. 
Existem também sistemas de controle de processo que permitem 
acompanhar os diversos processos da indústria e monitorá-los. Dessa maneira, 
é garantido que estejam sempre com os parâmetros corretos, garantindo a 
qualidade final do produto. 
Alguns desses sistemas, do ponto de vista de automação, que devem ser 
melhor integrados em um contexto industrial, são: 
9 
 
 
 Sistema de gerenciamento de alarmes 
 Sistema de gerenciamento de malhas de controle 
 Sistema de Manutenção 
 Sistemas de gestão de instrumentos 
Em uma perspectiva do futuro da gestão de ativos nas indústrias, o ideal 
é que se tenha um único sistema que seja capaz de gerenciar todos os ativos. 
Bem como, que esses sistemas sejam melhor interconectados, permitindo uma 
gestão mais centralizada, diferentemente de hoje que se tem vários sistemas 
para diferentes ativos. 
Por isso, a vantagem de controlar todos os ativos em um único sistema é 
a facilidade de uso que isso traz. Com todas as informações em um único lugar, 
cruzar essas informações traria novas visões que jamais poderiam ter sido 
imaginadas. 
Em síntese, os benefícios diretos da implantação e disseminação da 
cultura de gestão de ativos são: 
1. Permitir manutenção preditiva baseado em dados 
2. Melhorar confiabilidade da planta 
3. Aumentar segurança do processo 
É justamente nesse ponto onde está a inovação, pois trabalhando em 
áreas que nunca foram trabalhadas antes existe um enorme potencial de 
crescimento. Portanto, esse sistema global de gestão de ativos fará com que as 
empresas tenham um grande salto. 
 
 
 
 
10 
 
 
O QUE MONITORAR PARA TER UMA GESTÃO DE ATIVOS 
EFICIENTE? 
Essa pergunta ainda não tem uma resposta definida e clara. Mas, de 
maneira geral, devemos monitorar o ciclo de vida e, principalmente, a demanda 
de cada ativo para poder tirar proveito desses dados. 
Em seguida, listamos algumas informações interessantes de monitorar 
em ativos típicos de automação: 
PSV 
As PSVs são válvulas mecânicas de alívio de pressão. São acionadas 
quando temos uma sobrepressão no equipamento que esta visa proteger. 
Como são válvulas puramente mecânicas, geralmente não são 
instrumentadas. Por consequência, torna-se mais complexo a detecção de suas 
demandas. 
Então, para esse ativo, é importante monitorar toda vez que a válvula é 
demandada. Isso é feito através de inferência por meio do comportamento da 
pressão do equipamento monitorado. 
Válvula de controle 
As válvulas de controle têm a função de permitir a atuação para o controle 
regulatório. Nesse ativo, é importante monitorar se há agarramento na válvula, 
se está subdimensionada ou superdimensionada. Além disso, é importante estar 
atento à posição média e outros relacionados. 
Válvula on-off 
Válvulas on-off só possuem dois estados possíveis: ligado e desligado. 
Dessa forma, são válvulas utilizadas geralmente para controle on-off ou mesmo 
para ativação de intertravamentos. Nesse tipo de ativo, é importante monitorar 
todas suas movimentações, tempo de movimentação, falhas na demanda, falhas 
espúrias, etc. 
11 
 
 
Malha de controle 
A malha de controle pode ser também considerada como um ativo. Ela é 
responsável pelo controle regulatório da planta. 
Então, é importante monitorar número total de malhas em manual, 
quantidade de mudança de set-point quando em automático. Além disso, é 
necessário verificar a quantidade de atuação no elemento final, quando em 
manual, percentual do tempo em manual, etc. 
Malha de segurança 
Analogamente a malha de controle, podemos monitorar também o 
comportamento do ativo malha de segurança. As malhas de segurança são 
responsáveis pelo constante monitoramento de desvios do processo. 
Caso alguma situação anormal, não tratada pelas camadas anteriores de 
segurança, seja detectada, a malha de segurança atuará na planta, de forma a 
levá-la para um estado seguro (normalmente desligará a planta ou parte dela). 
Nesse tipo de ativo, é importante monitorar todas as demandas da malha 
de segurança. Além disso, classificar se o trip foi causado por problemas de fato 
de anormalidade da variável monitorada (trip real) ou por alguma falha em algum 
dos componentes dos sistemas que compõem a malha (trip espúrio). 
Sendo assim, é importante também manter registrado o tempo de cada 
trip, sua classificação, tempo entre alarme de pré-trip e trip, etc. 
Sistema de alarmes 
O sistema de alarme também é um ativo de automação. Assim como os 
demais ativos, é importante monitorar o desempenho desse ativo. 
Para monitorar o desempenho do sistema de alarmes, normalmente 
recorremos às normas ISA 18.2 e EEMUA 191 que já estabeleceram regra 
claras para monitorá-los. 
Dessa forma, indicadores como número médio de alarmes por hora por 
operador, distribuição de prioridade, quantidade de avalanches de alarmes, são 
exemplos de KPIs que devem ser mensurados e acompanhados. 
12 
 
 
Assim, é sabido que normalmente esses dados já existem armazenados 
nas plantas industriais, por exemplo, através do registro dos dados em 
historiadores de processo ou sistema de supervisão. 
No entanto, normalmente são dados crus, necessitando de 
processamento para ter sentido. Além disso, é comum essas informações 
estarem fragmentadas em vários sistemas. 
Dessa maneira, o papel do sistema de gestão de ativos, é consolidar, 
organizar e disponibilizar essas informações. Isso é feito através de uma 
ferramenta focada, simples de interagir e que possua todos essas informações 
de maneira estruturada, com apresentações simples através de relatórios e 
dashboards de acompanhamento. 
QUANTIFICANDO OS BENEFÍCIOS DO GERENCIAMENTO 
DE ALARMES 
O avanço da tecnologia que trouxe os vários benefícios do gerenciamento 
de alarmes, também foi responsável por dar início aos problemas que alertaram 
para o estudo dessa prática. 
Esse avanço permitiu que alarmes fossem configurados com muita 
facilidade.Como resultado, configuraram uma quantidade tão grande de alarmes 
que os operadores não conseguem mais suportar. 
Tendo isso em vista, seria questão de tempo até um grande incidente 
ocorrer. Pois muitos alarmes sinalizando ao mesmo tempo e sem 
acompanhamento acabou gerando uma descredibilidade dos sistemas de 
alarmes. 
Desde o grande incidente de Milford Haven, o mundo industrial passou a 
se preocupar cada vez mais com o estudo sobre gerenciamento de alarmes, já 
que um dos pontos críticos do acidente foi justamente a sobrecarga de alarmes. 
Por isso, além do estudo sobre gerenciamento de alarmes que resultou 
em normas e práticas, documentadas na ISA 18.2 e EEMUA 191, também 
13 
 
 
surgiram sistemas de gerenciamento de alarmes que auxiliam no 
acompanhamento desse processo. 
Sendo assim, o objetivo do estudo é evitar a sobrecarga de alarmes, 
alarmes incômodos e reduzir o excesso de informações que o operador recebe. 
Ao final, os benefícios do gerenciamento de alarmes são de melhoria na 
segurança da planta, aumento da eficiência operacional e redução de custos no 
processo. Porém, é muito comum as indústrias possuírem grande dificuldade em 
quantificar esses benefícios. 
Desse modo, o objetivo deste capitulo é auxiliar a suprir essa dificuldade. 
Aqui nós vamos apresentar uma metodologia de como você pode quantificar os 
benefícios do gerenciamento de alarmes na sua indústria. 
Essa metodologia é utilizada depois que você já possui o processo de 
gerenciamento de alarmes implementado. Pode ser utilizada tanto para quem 
está implementando agora ou já possui há algum tempo. 
Ao final, apresentaremos um exemplo para que vocês tenham uma noção 
do quanto os benefícios do gerenciamento de alarmes em escala industrial são 
de grande valor. 
O QUE É UMA OTIMIZAÇÃO ATRAVÉS DO PROCESSO DE 
GERENCIAMENTO DE ALARMES? 
A otimização através da implementação de um processo de 
gerenciamento de alarmes é uma combinação de processos de trabalho e 
tecnologias de software. O gerenciamento de alarmes não é um projeto único, 
mas um processo contínuo. 
A figura abaixo representa o processo completo de gerenciamento de 
alarmes, conforme a norma ISA 18.2. 
14 
 
 
 
Figura 1: Processo completo de gerenciamento de alarmes. Fonte: ROMANO, 2017 
Assim sendo, a realização de todas essas etapas em conjunto com 
ferramentas/softwares permite a otimização do processo. Por exemplo, existem 
sistemas de gerenciamento de alarmes que auxiliam a mensurar e acompanhar 
o desempenho do sistema de alarmes. 
Isso ocorre através de softwares para análise de dados de alarmes. Eles 
geram automaticamente relatórios dos KPIs, fornecendo informações precisas 
da situação do desempenho do sistema de alarmes em tempo real. 
 
 
 
 
 
15 
 
 
BENEFÍCIOS DA OTIMIZAÇÃO POR GERENCIAMENTO DE 
ALARMES 
Agora que entendemos como funciona o processo de otimização, vamos 
estudar os benefícios do gerenciamento de alarmes. Neste tópico vamos tomar 
como referência um estudo realizado pela Honeywell. 
A Honeywell comparou a quantidade de alarmes e a sua distribuição por 
prioridade antes e depois da implementação do processo de gerenciamento de 
alarmes. A imagem abaixo apresenta a comparação entre o antes e depois da 
implementação. 
 
Figura 2: Fonte: HONEYWELL, 2017 
Os gráficos são exatamente contrários, não são? A diferença é muito 
grande. Antes não existiam alertas e a maioria era de prioridade alta ou crítica. 
Após a implementação as prioridades se invertem, sendo a maioria dos alarmes 
caracterizados como alertas. 
Portanto, fica claro que a maioria dos alarmes sendo de categoria alta ou 
crítica, o operador fica incapaz de tomar ações precisas. Pois, tratando-se da 
maioria de mesma prioridade, pode acontecer de um alarme crítico passar 
despercebido e causar grandes impactos negativos. 
16 
 
 
Outro fator importante é que, após a implementação, a maioria dos 
alarmes passaram a ser alertas. Ou seja, a maioria dos alarmes não eram 
alarmes industriais. Por isso, tenha certeza que seus alarmes são 
realmente alarmes industriais. 
Este gráfico é a consequência principal da implementação do processo de 
gerenciamento de alarmes. Esta mudança é a base dos benefícios do 
gerenciamento de alarmes. 
 
17 
 
 
METODOLOGIA PARA CALCULAR OS BENEFÍCIOS DO 
GERENCIAMENTO DE ALARMES 
A maioria das indústrias possui dificuldades neste tópico. Como 
quantificar os benefícios do gerenciamento de alarmes? Com isso, a Honeywell 
apresenta um passo a passo para determinar os benefícios do gerenciamento 
de alarmes após implementação. 
As etapas são: 
1- Estimar o custo de vários eventos/tipos de alarmes e níveis. 
Por exemplo: Se a vedação de um compressor excede um limite alto de 
temperatura cinco vezes, a vedação irá falhar e resultar no desligamento do 
compressor. Qual o custo da ocorrência desse evento? 
2- Estimar a frequência dos eventos. 
3- Calcular o custo anual associado com alarmes perdidos que foram 
excedidos, multiplicando o custo de cada evento pela frequência dos eventos. 
4- Estimar quanto a produção da planta pode aumentar se os alarmes 
forem melhor gerenciados e a planta funcionar mais próxima da sua real 
capacidade, ao invés de funcionar com vários fatores de segurança criados pela 
limitação dos alarmes. 
5- Implementar um processo de gerenciamento de alarmes e rodar por 
seis meses. 
6- Documentar a redução atual na frequência dos eventos durante seis 
meses com um processo de gerenciamento de alarmes. 
7- Documentar o aumento atual na produção da planta e comparar com a 
produção antes de implementar o processo de gerenciamento de alarmes. 
8- Estimar o aumento nos lucros associados com as etapas 6 e 7. 
Além dessa metodologia, existe outra opção para determinar os 
benefícios do gerenciamento de alarmes. Revise os relatórios de incidentes nos 
18 
 
 
últimos anos, identifique aqueles relacionados à alarmes e calcule o total perdido 
dos eventos. 
Como a implementação do processo reduz os incidentes com alarmes, 
esse valor total das perdas de anos anteriores deixará de ser gasto em situações 
futuras. Dessa forma, a indústria reduz os seus custos com incidentes e passa a 
ter um lucro maior. 
Entre as indústrias que realizaram esse processo, todas concordaram que 
os benefícios gerados compensaram o retorno sobre o investimento. Os 
principais resultados documentados foram: 
 Redução na quantidade de paradas não programadas. 
 Aumento na produção da planta. 
 Redução na frequência de alarmes de emergência. 
ESTUDO DE CASO: QUANTIFICANDO OS BENEFÍCIOS DO 
GERENCIAMENTO DE ALARMES 
Deu para entender bem como funciona a metodologia para quantificar os 
benefícios do gerenciamento de alarmes? Vamos apresentar um estudo de caso 
da Honeywell que representa o benefício anual de uma refinaria que produz 
100.000 barris/dia. 
Os principais benefícios econômicos são divididos em quatro categorias: 
 Diminuição de situações anormais. 
 Aumento na produção da planta. 
 Redução de incidentes anormais 
 Economia de material para reparo de equipamentos 
 
 
 
 
19 
 
 
Diminuição de situações de anormalidade 
O estudo da Honeywell apresenta que após a implementação do 
gerenciamento de alarmes, foi observado uma redução média de 30% no 
número de paradas não programadas em unidades industriais. 
Essa redução ocorre em virtude da maior facilidade dos operadores em 
identificar as anormalidades de maneira mais rápida e precisa. Isso evita que 
sistemas automáticos de segurança intervenham na planta, causando sua 
parada por segurança. 
Levando em consideração que o barril do petróleo na época (16/08/2017) 
estava cerca de U$ 46,80, então uma produção de 100.000 barris/dia resultava 
em um faturamento de U$ 4,68 milhões/dia. 
Com uma base de cálculo de que em 365 dias, 4 dias são de paradas não 
programadas, uma redução de 30% no tempo total de paradasnão programadas 
resultaria em um lucro anual de U$ 5,62 milhões. 
Ou seja, em 4 dias de paradas não programadas, existiria uma perda 
financeira de 4 x U$ 4,68 milhões = U$ 18,78 milhões/ano. Então uma redução 
de 30%, geraria um lucro anual de 0,30 x U$ 18,78 milhões = U$ 5,62 
milhões/ano. 
Com a cotação do dólar em 1 U$ = R$ 3,15 (2017), tem-se um lucro anual 
total de R$ 17,7 milhões/ano. 
Aumento do rendimento da planta 
A Honeywell realizou uma pesquisa nas indústrias em que o 
gerenciamento de alarmes estava em atividade. Os operadores relataram se 
sentirem mais confiantes para fazer com que a refinaria operasse mais próximo 
do limite de restrição. Pois, passaram a ter um sistema de alarme de alta 
credibilidade. 
Utilizando o mesmo faturamento (já transformado para real) de R$ 14,74 
milhões/dia e considerando que o rendimento da planta aumenta apenas 0,2%, 
isso resulta em um lucro anual de R$ 10,76 milhões/ano. 
20 
 
 
O valor de 0,2% representa o número médio observado pelo estudo da 
Honeywell que a produção aumentou. 
Diminuição de incidentes anormais 
Quando erros humanos causam incidentes anormais, manutenção não 
planejada é requerida e toda manutenção gera custos. Dessa forma, é possível 
reduzir esses custos em virtude da diminuição de incidentes. 
Portanto, levando em consideração uma planta que tem orçamento anual 
de manutenção de R$ 138,6 milhões/ano, uma redução de 1% no orçamento em 
virtude da menor quantidade de incidentes gera uma economia de R$ 1,386 
milhões/ano. 
Economia de material para reparo de equipamentos 
Quando esses incidentes ocorrem, também são necessários 
equipamentos para realização da manutenção. Por sua vez, eles possuem um 
certo custo para serem adquiridos. Portanto, com a evidente diminuição de 
incidentes também é possível economizar em cima destes custos. 
Levando em consideração que o orçamento anual de custos com 
materiais é de R$ 69,3 milhões/ano, a redução em 1% desse orçamento gera 
um lucro de R$ 693.000,00 em virtude da menor quantidade de materiais por ter 
menos incidentes. 
Vale lembrar que todos esses números foram obtidos por observação em 
uma refinaria de petróleo com produção de 100.000 barris/dia. A tabela abaixo 
apresenta um resumo da economia do estudo de caso. 
 
Isto posto, observamos que dependendo do tamanho da indústria a 
economia pode chegar até a R$ 30, 539 milhões/ano. 
21 
 
 
GERENCIAMENTO DE ATIVOS NO SETOR 
SUCROENERGÉTICO 
A manutenção de uma planta gerencia toda a intervenção e o custo do 
ciclo de vida do ativo de produção em uma indústria sucroenergética. E ao longo 
dos anos, diversas ferramentas evoluíram para dar apoio as ações gerenciais e 
de operação. Não querendo esgotar o assunto e não entrando nas técnicas de 
gestão da manutenção, podemos dizer que uma manutenção moderna é 
trabalhada orientada na confiabilidade, onde através da análise das variáveis 
dos equipamentos podemos definir se há ou não necessidade de efetuar uma 
manutenção e o que é preciso fazer, levando assim, as informações de 
procedimentos diretamente aos técnicos de manutenção. 
Quando temos associado as informações do processo em tempo real 
junto ao ativo, podemos modelar e programar ações inteligentes de intervenção 
e otimização do processo, passando a gerenciar a manutenção baseada em 
eventos e obter, como resultado final, uma manutenção proativa, pontual e 
customizada, extraindo o máximo do ativo com baixo custo e alta disponibilidade. 
Neste texto, a intenção é mostrar como as tecnologias de redes de 
comunicação industrial permitem elaborar arquiteturas de automação que 
entregam informações do ativo, que tem como objetivo final obter uma 
manutenção mais inteligente e preparada para a nova realidade das indústrias 
sucroenergéticas. 
 
22 
 
 
Figura 3 – Evolução da Manutenção 
O gerenciamento de ativos nas usinas de açúcar, etanol e energia elétrica, 
sob o aspecto automação industrial, está relacionado diretamente a coletar 
informações de dispositivos inteligentes de campo. Estes dispositivos 
inteligentes de campo, através de redes industriais tais como Profibus, Profinet e 
outros protocolos que permitem a leitura de variáveis dos equipamentos em 
tempo real, fornecem informações sobre o uso, seu status, sua utilização e seus 
acessos. 
Com a tecnologia das redes industriais e seus respectivos protocolos, é 
possível gerenciar manutenção de válvulas, fazendo assinaturas (registros) no 
início de safra e ao longo da produção, ir analisando o seu comportamento e, ao 
final do período, determinar se é ou não necessário abri-la para fazer 
manutenção. 
 
Figura 4 – O que é um Ativo 
Neste mesmo formato, podemos analisar variáveis de motores através de 
dispositivos de partida inteligente direto por softstarters e por inversores, que se 
comunicam diretamente com o sistema de controle, enviando informações para 
a manutenção. Neste arranjo, utilizando softwares que coletam estes dados, é 
possível, por exemplo, armazená-los em um banco de dados para análise e 
tomada de decisões de manutenção e centros de custos. Isso permite fazer uma 
análise em tempo real do ciclo de vida dos dispositivos de comando e controle 
da planta sucroenergética. 
23 
 
 
Ademais, também podemos, com esta tecnologia, acessar dispositivos e 
mudar parâmetros, com objetivo de otimizar o processo, uma vez que a 
ferramenta permite mudar as variáveis em tempo real, extraindo do equipamento 
o máximo de performance. 
Estamos evoluindo nas redes. Já é comum dispositivos comunicando em 
redes Ethernet Industrial e agora com Wireless. Seguindo este mesmo conceito, 
temos na rede industrial a informações necessárias para uma manutenção de 
confiabilidade e baseada em eventos, limitada apenas pela capacidade de 
fornecer informações dos equipamentos e o arranjo da rede de informação que 
está conectada a usina. 
 
Figura 5 – Tecnologia de Comunicação 
 
Funcionamento, aplicações, vantagens e arquiteturas de 
uso 
A manutenção tem que ser cada vez mais eficaz na gestão do ciclo de 
vida dos equipamentos industriais e, para isso, a automação industrial passou a 
ter um papel de destaque cada vez mais importante no âmbito industrial. 
Com o grande avanço tecnológico da TI (Tecnologia da Informação) e da 
TO (Tecnologia de Operação), hoje temos equipamentos de instrumentação e 
controle cada vez mais inteligentes, não só desempenhando suas funções 
primárias, mas também entregando inteligência ao processo, resultando em 
24 
 
 
tomadas de decisões na manutenção mais pontuais, otimizando recursos e 
reduzindo os custos dos ativos. 
 
Figura 6 – Funcionamento da Aquisição de Dados 
Ao longo dos anos a gestão da manutenção passou por diversas fases 
tecnológicas. Se voltarmos a história, no final da década de 70 e 80, tínhamos 
as fichas dos equipamentos muitas vezes colocadas em arquivos de papel para 
o controle dos técnicos de manutenção. Com o avanço da TI, os computadores 
foram colocados à disposição da gestão industrial, transformando as fichas de 
papel em informações digitais, porém ainda tínhamos que dar entrada manual 
de dados, das informações do ativo, tempo de uso, troca de peças e situação 
encontrada ou reparada. 
Com a instrumentação inteligente, isto é, com o uso das redes industriais 
de campo, os instrumentos passaram a ser ativos, usando o recurso da 
eletrônica e a rede, podendo estar conectados a sistemas de gestão de ativos, 
onde os dados são coletados automaticamente e analisados através de 
modelos, dando aos técnicos todas as informações e conhecimento do ativo 
necessário à efetivação ou não de reparos e antecipando quebras previstas 
(Figura 3). 
25 
 
 
 
Figura 7 – Arquitetura típica de Gestão de Ativos 
 
No caso, o ativo é todo e qualquer equipamento responsável pela medição 
e controle dos processos industriais, tanto o hardware quanto o software, 
passando portoda a infraestrutura da planta (Figura 4). Os desafios da 
manutenção dos ativos são diversos: 
 Reduzir custos de manutenção; 
 Reduzir paradas não programadas; 
 Diagnosticar problemas de forma proativa; 
 Disparar O.S. pelo sistema de TI integrado; 
 E diminuir o tempo de retomada de processos. 
Figura 8 – Diagnóstico de Gestão de Ativos 
 
26 
 
 
Os benefícios com a implantação de um sistema de gerenciamento de 
ativos inteligente em uma planta industrial trariam a redução de paradas não 
programadas; a redução de custos de inventário; a redução nas paradas de 
produção; a redução de defeitos em equipamentos; o aumento de 
disponibilidade de planta; o aumento da eficiência da manutenção; e, por fim, o 
aumento da produtividade dos equipamentos. 
A tecnologia hoje empregada para gerenciamento de ativos em planta é 
o uso de redes industriais, utilizando-se protocolos 
como Profibus, Profinet, Foundation, entre outros, conectados a uma 
infraestrutura que permita a comunicação com um sistema que gerencia este 
ativo e se conecta a área de manutenção industrial (Figura 5). 
 
Figura 9 – Solução para gerenciamento de ativos em usinas 
sucroenergéticas 
 
Funcionamento 
O sistema de gerenciamento de ativos funciona de forma automática. Em 
uma infraestrutura preparada, o sistema coleta dados em tempo real de forma 
acíclica na rede, podendo, por exemplo, fazer testes de assinatura de válvulas, 
saber a quantidade de partidas de uma softstarter, sobrecargas, mau 
posicionamento de posicionadores, entre outros, entregando rapidamente os 
pontos críticos para manutenção (Figura 6). 
27 
 
 
Há diversas funções que um gerenciamento de ativos pode desempenhar, 
desde uma análise online na rede, no local ou via web, até otimizar processos 
conhecendo as variáveis analisadas, passando por gerenciamento de mudanças 
e recuperação de desastres (Figura 7). 
Implantação 
A implantação de um sistema de gerenciamento de ativos passa por 
algumas etapas, podemos descrever de forma simplificada os principais passos: 
 Definição dos objetivos do gerenciamento de ativos; 
 Priorização de ativos – central de despesas; 
 Modelagem de gestão de cada ativo (criticidade); 
 Indicadores de desempenho para análise; 
 Projeto de infraestrutura e implantação; 
 Medição, coleta, gravação e análise; 
 Plano de ação – procedimento padrão. 
As tendências em gerenciamento de ativos na automação passam por 
uma evolução nas aplicações dos sistemas de segurança (SIS), que já são uma 
realidade, elevando os níveis de segurança das redes sem fio Wireless para 
automação industrial e facilitando a coleta de dados para manutenção. 
Entendendo que as informações de ativo são especialmente utilizadas 
para a manutenção e gerenciamento do ciclo de vida dos equipamentos, 
podemos disponibilizar todas estas informações via Cloud (Nuvem) – dados 
disponíveis na internet – permitindo que a informação esteja onipresente na 
planta sucroenergética, trocando informações com os profissionais envolvidos 
na manutenção e diminuindo o tempo de reação a qualquer situação que possa 
vir a ocorrer (Figura 8). 
Usina 4.0 
O sistema por EDDL (Electronic Device Description Language) ou FDT 
(Field Device Tool) é um gerenciador de ativos que coleta dados online dos 
equipamentos de rede, gera “regras” e se conecta ao sistema de manutenção. 
Com essa solução é possível enviar dados para internet, gerando relatório de 
manutenção e alarmes de eventos. 
28 
 
 
A figura 9 mostra a aplicação desta solução em usina sucroenergética que 
possui três controladores em rede, controlando seis setores em um centro de 
operações (COI). Não são todos os ativos que devem (ou deveriam) ser 
gerenciados. Essa técnica deve ser usada na razão 80/20, onde 20% dos ativos 
correspondem a 80% dos custos de manutenção. 
Estamos vivendo a transição da 3ª para a 4ª Revolução Industrial, que na 
prática será a conexão das informações, pessoas e máquinas na Internet 
Industrial, através de tecnologias como IIoT, Big Data, Cloud, IA, entre outras, a 
chamada Indústria 4.0. 
O impacto será uma grande mudança na forma de produzir e consumir 
produtos industriais com um alto grau de escala, eficiência, personalização e 
sustentabilidade. Trazendo estes conceitos para a setor sucroenergético, 
podemos cunhar a ideia de uma unidade toda conectada, o que chamaríamos 
de Usina 4.0. 
Concluímos que, na competitividade industrial o gerenciamento de ativos 
é sensível à gestão dos custos, tanto produtivos quanto de manutenção, 
podendo diferenciar as melhores margens de operações produtivas no setor 
industrial das usinas, entregando vantagem competitiva. 
 
29 
 
 
REFERENCIAS 
REVISTARPANEWS. Tecnologia Industrial – Gerenciamento de 
ativos no setor sucroenergético. Disponível em: 
https://revistarpanews.com.br/tecnologia-industrial-gerenciamento-de-ativos-no-
setor-sucroenergetico/. Acesso em: 9 set. 2020. 
ROMANO. Descubra o que é gestão de ativos, porque essa é a grande 
tendência para o futuro e como começar na sua indústria. Disponível em: 
https://www.logiquesistemas.com.br/blog/gestao-de-ativos/. Acesso em: 8 set. 
2020. 
ROMANO. Aprenda como quantificar os benefícios do 
gerenciamento de alarmes na sua indústria. Disponível em: 
https://www.logiquesistemas.com.br/blog/beneficios-do-gerenciamento-de-
alarmes/. Acesso em: 8 set. 2020 
HIRSCHMAN, A. The Strategy of Economic Development. Yale. 
University Press, 1958. 
KAGAN, n. Et al. Redes elétricas inteligentes no Brasil: análise de 
custos e benefícios de um plano nacional de implantação. Rio de Janeiro: 
Sinergia: Abradee; Brasília: Aneel, 2013.

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