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Caracterização de resíduos líquidos e efluentes Saneamento ambiental, sistema de tratamento de esgotos e águas residuárias

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21/05/2023, 12:30 Versão para impressão
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Meio ambiente
Caracterização de resíduos líquidos e
efluentes – Saneamento ambiental, sistema
de tratamento de esgotos e águas residuárias
Saneamento ambiental é um dos principais assuntos a serem estudados pelo
técnico em meio ambiente, pois é a partir de um saneamento básico que podemos
evitar inúmeras doenças e também danos ao meio ambiente.
O saneamento básico é definido pelo conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário;
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas
pluviais; limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes urbanas (Lei n.º
11.445/2007).
Sistema de tratamento de água
Captação e coleta de água
Antes de iniciar o processo de tratamento de água, há a necessidade de
realizar a captação. Essa captação pode ser feita em águas superficiais, como rios e
lagos, ou em águas subterrâneas, como os lenções freáticos. No entanto, considera-
se que as águas superficiais são as mais fáceis de serem captadas e, por isso, são
as mais utilizadas para o abastecimento do homem.
Para a efetivação da captação da água para o abastecimento de uma
determinada cidade, são consideradas as seguintes condições: quantidade de água;
qualidade da água; garantia de funcionamento; economia das instalações; e
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localização.
A quantidade de água está relacionada à vazão do rio ou reservatório. Deverão
ser consideradas as vazões mínimas de captação, pois em períodos de estiagem,
em que há a redução das chuvas, há a possibilidade de o rio secar.
É de suma importância realizar a captação de água de melhor qualidade para
garantir um melhor tratamento. Portanto, no processo de retirada da água,
considera-se o montante de descargas poluidoras da região e o local onde onde
possivelmente não terá água contaminada, e assim tomam-se as medidas
necessárias de proteção sanitária.
A garantia de funcionamento está relacionada ao projeto de construção para a
captação da água. Ou seja, deve-se tomar cuidado com fatores como a velocidade
de deslocamento da água no manancial para que as estruturas de captação não
sejam levadas pela correnteza.
Quanto à economia nas instalações de captação de água, são feitos estudos
prévios visando à permanência natural do ponto de captação, verificando a
velocidade da correnteza do rio, a facilidade de acesso ao ponto de captação e as
instalações de estruturas necessárias, entre outros fatores. Por fim, a localização
ideal está relacionada com o menor percurso de adução compatibilizado com
menores alturas de transposição pela mesma adutora no seu caminhamento.
A seguir, estão dois exemplos de captação de água em cursos de água com
pequenas vazões e baixa flutuação de nível.
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Figura 1 – Captação direta ou tomada simples em margens estáveis de um
curso d’água
Fonte: GUIMARÃES (2016).
A imagem mostra o corte de uma seção de um rio ou manancial que mostra o
sistema de captação direta da água, que contém, na margem do rio, o sistema de
válvula de pé e crivo, que capta a água por sucção e bombeia a água por meio da
tubulação e de um conjunto de bombas
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Figura 2 – Captação direta com revestimento em curso d’água com margens
sujeitas à erosão Fonte: GUIMARÃES (2016).
A imagem mostra o corte de uma seção de um rio ou manancial que mostra o
sistema de captação direta da água, que contém, na margem do rio, o sistema de
válvula de pé e crivo, que capta a água por sucção e bombeia a água por meio da
tubulação e de um conjunto de bombas. Nesta imagem, há a diferença no sistema
de revestimento para segurar as válvulas e a tubulação de água
Tratamento e distribuição de água
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O tratamento convencional de água é dividido em nove fases, sendo elas: pré-
cloração, pré-alcalinização, coagulação, floculação, decantação, filtração, pós-
alcalinização, desinfecção e fluoretação.
Pré-cloração É considerada a primeira fase do processo de tratamento, que
consiste na adição de cloro na água a ser tratada. Este procedimento facilita a
remoção de matéria orgânica e metais que possivelmente estejam presentes na
água.
Pré-alcalinização Nesta segunda fase, após a água ter passado pela fase de
pré-cloração, é feita a adição de cal ou soda na água, ajustando o seu pH devido à
exigência deste controle nas próximas fases.
Coagulação Nesta terceira fase, acontece o processo de coagulação das
partículas de sujeira presentes na água. Neste processo, há a adição de
coagulantes, como sulfato de alumínio e cloreto férrico, e a realização de uma
agitação brusca na água.
Floculação Nesta quarta fase, a água é misturada lentamente para que haja a
formação de flocos com as partículas.
Decantação Nesta quinta fase, acontece a decantação para que os flocos de
sujeira formados na floculação sejam separados da água.
Filtração Nesta sexta fase, acontece a filtração da água para que a sujeira
contida nela seja separada. A filtração é feita em tanques de pedras, areia e carvão
antracito.
Pós-alcalinização Nesta sétima fase, acontece a correção do pH da água para
evitar corrosão ou incrustações nas tubulações de distribuição da água.
Desinfecção Nesta oitava fase, acontece a desinfecção da água. Neste
processo, há a adição de cloro na água para garantir a ausência de possíveis
bactérias ou vírus ao consumidor final.
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Fluoretação Nesta nona fase, acontece a fluoretação da água. O flúor também
é adicionado à água antes que ela saia da estação de tratamento. Esta substância
tem a função de prevenir cáries.
Rede de distribuição A água, depois de passar pelo processo de tratamento, é
geralmente armazenada em caixas d’água nos pontos mais altos das cidades. As
companhias de distribuição são as responsáveis pela entrega da água até a entrada
das residências, onde estão localizados os cavaletes e os hidrômetros (relógios que
registram o consumo de água).
Clique nas abas para visualizar o conteúdo.
Pré-cloração
É considerada a primeira fase do processo de tratamento, que consiste na
adição de cloro na água a ser tratada. Este procedimento facilita a remoção de
matéria orgânica e metais que possivelmente estejam presentes na água.
Pré-alcalinização
Nesta segunda fase, após a água ter passado pela fase de pré-cloração, é feita
a adição de cal ou soda na água, ajustando o seu pH devido à exigência deste
controle nas próximas fases.
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Coagulação
Nesta terceira fase, acontece o processo de coagulação das partículas de
sujeira presentes na água. Neste processo, há a adição de coagulantes, como
sulfato de alumínio e cloreto férrico, e a realização de uma agitação brusca na
água.
Floculação
Nesta quarta fase, a água é misturada lentamente para que haja a formação de
flocos com as partículas.
Decantação
Nesta quinta fase, acontece a decantação para que os flocos de sujeira
formados na floculação sejam separados da água.
Filtração
Nesta sexta fase, acontece a filtração da água para que a sujeira contida nela
seja separada. A filtração é feita em tanques de pedras, areia e carvão antracito.
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Pós-alcalinização
Nesta sétima fase, acontece a correção do pH da água para evitar corrosão ou
incrustações nas tubulações de distribuição da água.
Desinfecção
Nesta oitava fase, acontece a desinfecção da água. Neste processo, há a
adição de cloro na água para garantir a ausência de possíveis bactérias ou vírus
ao consumidor final.
Fluoretação
Nesta nona fase, acontece a fluoretação da água. O flúor também é adicionado
à água antes que ela saia da estação de tratamento. Esta substânciatem a
função de prevenir cáries.
Rede de distribuição
A água, depois de passar pelo processo de tratamento, é geralmente
armazenada em caixas d’água nos pontos mais altos das cidades. As
companhias de distribuição são as responsáveis pela entrega da água até a
entrada das residências, onde estão localizados os cavaletes e os hidrômetros
(relógios que registram o consumo de água).
Para saber mais, pesquise a simulação feita pela Sabesp do sistema de
tratamento de água e sua distribuição. Disponível em: <http://site.sabesp.com.br>.
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Sistema de tratamento de esgotos
Os esgotos domésticos são provenientes do banho, da limpeza de roupas, de
louças ou da descarga do vaso sanitário das residências. Esses esgotos, quando
não tratados, podem possuir organismos patogênicos em sua composição. Desta
forma, é de suma importância realizar a coleta e o tratamento dos esgotos
domésticos, pois esses sistemas têm por finalidade evitar a contaminação e a
transmissão de doenças, e também, são uma forma de preservação ambiental.
A coleta do esgoto sanitário funciona por meio das redes coletoras, tubulações
com menores diâmetros que são ligadas com início nas residências e final na
estação de tratamento.
Figura 3 – Esquema de coleta de esgoto para tratamento
Fonte: Sabesp (2016).
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A imagem mostra um esquema de coleta de esgoto para o tratamento. Nela,
pode ser observada a coleta de esgoto pela ligação domiciliar à rede coletora, que,
por sua vez, é transportada por gravidade pelo coletor-tronco e interceptor até
chegar à estação de tratamento de esgoto.
O sistema de tratamento de esgotos é dividido da seguinte forma: tratamento
preliminar, tratamento primário, tratamento secundário e tratamento terciário. Além
disso, existem vários tipos ou métodos de tratamento de esgoto que dependem das
características físicas, químicas e biológicas do efluente.
Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA) É um processo de tratamento
biológico realizado de forma fechada, em que não há oxigênio para a decomposição
da matéria orgânica realizada pelos microrganismos. Sendo assim, é considerado
um processo anaeróbio. Esse processo é caracterizado por fluxo ascendente, já que
o fluxo acontece de baixo para cima, ou seja, o esgoto sai da parte de baixo do
reator e passa pela camada de lodo. A eficiência do processo é entre 65% e 75%.
Este tratamento, por não atingir 100% de eficiência, deve ter um tratamento
complementar, como por exemplo, a lagoa facultativa.
Lagoa facultativa Esta lagoa é denominada de facultativa, por conter, em seu
processo de mistura, condições aeróbias e anaeróbias (com e sem a presença de
oxigênio). No processo de tratamento na lagoa facultativa, as condições aeróbias
acontecem nas camadas superiores da lagoa, enquanto que as condições
anaeróbias acontecem nas camadas perto do fundo da lagoa. Neste processo, o
oxigênio é proveniente do ambiente externo, mas grande parte é proveniente da
fotossíntese das algas que se proliferaram nestas lagoas. O oxigênio é consumido
pelas bactérias presentes nas lagoas facultativas para oxidarem a matéria orgânica.
Este tratamento é considerado bastante eficiente, pois reduz grande parte do lodo do
esgoto e é recomendado para pequenas comunidades.
Lagoa anaeróbia Este processo de tratamento biológico é realizado sem a
presença de oxigênio. Para que isso ocorra, as lagoas são mais profundas, têm
entre 3 e 5 metros de profundidade, a fim de evitar a penetração de luz nas camadas
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inferiores. Há, também, o lançamento de alta carga de matéria orgânica no
processo, para que o oxigênio consumido seja maior do que o oxigênio produzido,
evitando, assim, o oxigênio em seu processo de tratamento.
Lagoa aerada Este método tem a necessidade de utilização do oxigênio no
processo, e a profundidade das lagoas varia entre 2,5 e 4 metros. Neste processo,
há a utilização de mecanismos, denominados aeradores, que servem para garantir
oxigênio no meio e manter os sólidos bem separados do líquido (em suspensão).
Para este método, há a necessidade de ter mais de uma lagoa, ou outro processo de
tratamento complementar, pois o esgoto tratado ainda possui uma quantidade
considerável de sólidos e não pode ser lançado diretamente no corpo receptor.
Baias e valas de infiltração São constituídas por pedregulho e areia instalados
no solo, formando um filtro. O tratamento consiste na passagem do esgoto por este
filtro instalado no solo. Este processo é considerado um tratamento complementar.
Flotação Este tratamento é um processo físico-químico que utiliza substância
coagulante para formar os flocos de sujeira. Além disso, é realizada a pressurização
da água para que os flocos sejam concentrados na superfície juntamente com as
bolhas de água. O lodo produzido é enviado a uma estação de tratamento de
esgotos.
Lagoa de maturação São lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5 metros.
Este método possibilita a complementação de qualquer outro sistema de tratamento
de esgotos. Além disso, este tratamento consiste na remoção de bactérias e vírus de
forma mais eficiente, pois ocorre um processo de desinfecção devido à incidência de
luz solar na lagoa.
Clique nas abas para visualizar o conteúdo.
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Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
É um processo de tratamento biológico realizado de forma fechada, em que não
há oxigênio para a decomposição da matéria orgânica realizada pelos
microrganismos. Sendo assim, é considerado um processo anaeróbio. Esse
processo é caracterizado por fluxo ascendente, já que o fluxo acontece de baixo
para cima, ou seja, o esgoto sai da parte de baixo do reator e passa pela
camada de lodo. A eficiência do processo é entre 65% e 75%. Este tratamento,
por não atingir 100% de eficiência, deve ter um tratamento complementar, como
por exemplo, a lagoa facultativa.
Lagoa facultativa
Esta lagoa é denominada de facultativa, por conter, em seu processo de
mistura, condições aeróbias e anaeróbias (com e sem a presença de oxigênio).
No processo de tratamento na lagoa facultativa, as condições aeróbias
acontecem nas camadas superiores da lagoa, enquanto que as condições
anaeróbias acontecem nas camadas perto do fundo da lagoa. Neste processo, o
oxigênio é proveniente do ambiente externo, mas grande parte é proveniente da
fotossíntese das algas que se proliferaram nestas lagoas. O oxigênio é
consumido pelas bactérias presentes nas lagoas facultativas para oxidarem a
matéria orgânica. Este tratamento é considerado bastante eficiente, pois reduz
grande parte do lodo do esgoto e é recomendado para pequenas comunidades.
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Lagoa anaeróbia
Este processo de tratamento biológico é realizado sem a presença de oxigênio.
Para que isso ocorra, as lagoas são mais profundas, têm entre 3 e 5 metros de
profundidade, a fim de evitar a penetração de luz nas camadas inferiores. Há,
também, o lançamento de alta carga de matéria orgânica no processo, para que
o oxigênio consumido seja maior do que o oxigênio produzido, evitando, assim,
o oxigênio em seu processo de tratamento.
Lagoa aerada
Este método tem a necessidade de utilização do oxigênio no processo, e a
profundidade das lagoas varia entre 2,5 e 4 metros. Neste processo, há a
utilização de mecanismos, denominados aeradores, que servem para garantir
oxigênio no meio e manter os sólidos bem separados do líquido (em
suspensão). Para este método, há a necessidade de ter mais de uma lagoa, ou
outro processo de tratamento complementar, pois o esgoto tratado ainda possui
uma quantidade considerável de sólidos e não pode ser lançado diretamente no
corpo receptor.
Baias e valas de infiltração
São constituídas por pedregulho e areia instalados no solo, formando um filtro.O tratamento consiste na passagem do esgoto por este filtro instalado no solo.
Este processo é considerado um tratamento complementar.
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Flotação
Este tratamento é um processo físico-químico que utiliza substância coagulante
para formar os flocos de sujeira. Além disso, é realizada a pressurização da
água para que os flocos sejam concentrados na superfície juntamente com as
bolhas de água. O lodo produzido é enviado a uma estação de tratamento de
esgotos.
Lagoa de maturação
São lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5 metros. Este método
possibilita a complementação de qualquer outro sistema de tratamento de
esgotos. Além disso, este tratamento consiste na remoção de bactérias e vírus
de forma mais eficiente, pois ocorre um processo de desinfecção devido à
incidência de luz solar na lagoa.
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Figura 4 – Exemplo de um sistema de tratamento de esgoto sanitário Fonte:
Sabesp (2016).
A imagem mostra o esquema de um sistema de tratamento de esgoto sanitário
contendo todas as etapas de tratamento preliminar, primário, secundário e, por fim,
tratamento de lodo. No tratamento preliminar, há a estrada do esgoto bruto, que
passa primeiramente pelas grades grosseiras, depois pela elevatória de esgoto
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bruto, grades médias e caixas de areia. No tratamento primário, o esgoto segue e
passa pelos decantadores primários. No tratamento secundário, o esgoto passa
pelos tanques de aeração e decantadores secundários. Este esgoto já tratado pode
ser levado à estação de serviço ETA e ou lançado em um rio. No tratamento de lodo
ativado, o lodo que sobra do sistema primário passa pelos adensadores de
gravidade, flotadores e vai para os digestores, que fazem o condicionamento
químico do lodo. Após, segue para os filtros prensa, secador térmico e, por fim,
temos o lodo desidratado.
Exemplo na prática
As estações de tratamento de esgotos na região metropolitana de São Paulo
utilizam o método de lodos ativados para o tratamento de esgotos domésticos. Este
método foi desenvolvido no ano de 1914 na Inglaterra e é bastante utilizado para o
tratamento de esgotos domésticos e industriais.
O método de lodos ativados é um processo biológico e aeróbio em que se
utiliza oxigênio para a decomposição da matéria orgânica. O processo consiste na
mistura, de forma agitada e aerada, do esgoto bruto e lodo ativado nos tanques de
aeração. Após a agitação, o lodo é direcionado para os tanques de decantação para
que a parte sólida seja separada do esgoto tratado. Este lodo sedimentado ou
retorna para o processo de aeração ou é retirado para ser direcionado a um
tratamento específico.
Para saber mais sobre simulações das fases líquida e sólida, pesquise no site
da Sabesp. Disponível em: <http://site.sabesp.com.br>.
O tratamento de águas residuárias tem fundamental importância na remoção
da matéria orgânica e inorgânica, na remoção de sólidos em suspensão, na remoção
de organismos patogênicos e na remoção de nutrientes. Sendo assim, o sistema de
tratamento de águas residuárias é dividido em: tratamento preliminar, tratamento
primário, tratamento secundário e tratamento terciário.
Tratamento preliminar
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O tratamento preliminar é considerado a primeira etapa de tratamento das
águas residuárias. O objetivo desta etapa inicial é remover os sólidos grosseiros,
óleos e graxas. Para este fim, têm sido usados grades, crivos, telas e peneiras,
desarenadores ou caixas de areia e caixas de gordura. É importante ressaltar que,
no caso da presença de decantadores primários no sistema de tratamento, as caixas
de gordura são dispensáveis nesta primeira etapa.
A remoção dos sólidos grosseiros possui as principais finalidades de proteção
das bombas e tubulações do sistema de tratamento e das unidades de tratamento
subsequentes. E quanto à remoção de óleos e gorduras, possui a finalidade de
evitar a formação de incrustações nas tubulações e estruturas, e também de facilitar
o tratamento subsequente da água residuária.
O gradeamento é de suma importância na remoção de partículas sólidas
grosseiras das águas residuárias, sendo necessário no tratamento preliminar de
águas residuárias do processamento de frutas e hortaliças, como, por exemplo, no
descascamento ou na despolpa de frutos do cafeeiro e indústrias de suco de frutas.
Os desarenadores são mecanismos de remoção da areia contida nas águas
residuárias. Estes mecanismos têm no seu processo a sedimentação dos grãos de
areia. Ou seja, estes grãos, por possuírem maior massa específica do que a água e
tamanho superior a 0,2 mm, são decantados no reservatório do desarenador, onde
ficam retidos. Um exemplo de utilização dessas estruturas é o tratamento de águas
residuárias da lavagem de raízes e tubérculos e de frutos do cafeeiro.
Além das etapas de remoção dos sólidos grosseiros, pode ser incluída uma
unidade para a medição da vazão das águas residuárias. Para este fim, têm sido
utilizados os seguintes sistemas: calhas Parshall e vertedores (retangulares ou
triangulares).
Tratamento primário
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O tratamento primário é considerado uma etapa de tratamento parcial, mas
também pode ser considerado intermediário em sistema de tratamento mais
completo, ou final, no caso de disposição da água residuária no solo.
Após a passagem das águas residuárias pelo tratamento preliminar, elas
podem conter uma quantidade significativa de sólidos em suspensão não grosseiros,
os quais podem ser parcialmente removidos em unidades de decantação. Desta
forma, os processos utilizados no tratamento primário são: decantação, digestão
anaeróbia, filtros biológicos, filtros orgânicos, lagoas anaeróbias ou reatores
anaeróbios.
Figura 5 – Esquema de sistema de tratamento com inclusão do Reator
Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
Fonte: MATOS (2005).
A imagem mostra o esquema de sistema de tratamento com inclusão do reator
anaeróbio de fluxo ascendente. Primeiro, temos a grade mais o desarenador.
Depois, o efluente passa para o reator RAFA, o biogás é canalizado e sai por cima
do reator. Após, o efluente vai para outro processo de tratamento, que geralmente é
a lagoa aeróbia, e, por fim, o efluente tratado é lançado ao corpo receptor.
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Figura 5 – Esquema de sistema de tratamento com inclusão do Reator
Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
Fonte: MATOS (2005).
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Figura 5 – Esquema de sistema de tratamento com inclusão do Reator
Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
Fonte: MATOS (2005).
Decantação
Neste processo, as águas residuárias devem passar de forma mais lenta nos
decantadores para que os sólidos em suspensão das águas residuárias sejam
decantados gradualmente até o fundo do tanque, formando, ao final do processo, o
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chamado lodo primário bruto.
Os sólidos flutuantes existentes nas águas residuárias e que não foram
removidos na caixa de gordura, por serem de menor massa específica do que o
líquido em tratamento, sobem para a superfície dos decantadores, onde são
coletados e removidos do tanque, devendo ser conduzidos para receber tratamento
posterior, sendo por digestão ou secagem em “leitos de secagem”.
Fossas sépticas
As fossas sépticas são também formas de tratamento primário de águas
residuárias. Essas unidades de tratamento são basicamente constituídas por
decantadores, onde os sólidos sedimentáveis são removidos e permanecem no local
por períodos de tempo entre três e cinco anos para a sua estabilização bioquímica.
Filtros orgânicos
São, geralmente, utilizados como etapa posterior ao decantador,para a
remoção de grande parte do material orgânico em suspensão. Os filtros orgânicos
podem ser constituídos por alguns resíduos agrícolas, como, por exemplo, bagaço
de cana-de-açúcar, sabugo de milho triturado, serragem de madeira, casca de arroz,
pergaminho do grão de café e a própria casca do fruto do cafeeiro. Além disso, o
material filtrante, após a capacidade de remoção de material orgânico da água
residuária se esgotar, deve ser substituído por materiais orgânicos “limpos”. Desta
forma, o material orgânico retirado dos filtros pode ser submetido ao processo de
compostagem e, depois de estabilizado bioquimicamente, poderá ser usado na
adubação de culturas agrícolas.
É importante saber que:
O tratamento primário, normalmente, já deixa as águas residuárias em condições
padrões para serem transportadas e aplicadas ao solo. Porém, para atender à
legislação ambiental para o lançamento em corpos receptores, o tratamento deverá
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ser, necessariamente, continuado, sendo o líquido enviado para recebimento de
tratamento secundário. O tratamento primário possui, geralmente, a seguinte
eficiência de remoção de poluentes:
Sólidos em suspensão (SS): 60-70%
DBO: 30-40%
Coliformes: 30-40%
Com o uso de filtros orgânicos, tem-se conseguido eficiência na remoção maior do
que 40% para sólidos totais, 90% para sólidos em suspensão, 95% para óleos e
graxas e 60% para DBO de águas residuárias da suinocultura.
Tratamento secundário
O tratamento secundário consiste na remoção do material orgânico fino em
suspensão, não removido no tratamento primário, e do material orgânico na forma
de sólidos dissolvidos. Para esta remoção, são usados os seguintes sistemas de
tratamento: filtração biológica, lodos ativados, lagoas de estabilização, tratamento
por escoamento superficial ou sistemas de tratamento em áreas alagadas
(“wetlands”).
Este tratamento possui o processo biológico realizado pelo contato dos
microrganismos (bactérias, protozoários, fungos etc.) pelo material orgânico contido
nas águas residuárias, de tal forma que esse material possa ser utilizado como
alimento pelos microrganismos. Os microrganismos aeróbios convertem o material
orgânico em gás carbônico, água, nitratos (NO ), sulfatos (SO4 ) e outros
compostos estáveis, além de material celular (estruturas biológicas dos
microrganismos), enquanto bactérias anaeróbias transformam material orgânico em
dióxido de carbono (CO ) e compostos orgânicos simples, como metano (CH ),
sulfeto de hidrogênio (H S) e amônia (NH ).
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O processo de decomposição anaeróbia tem sido o mais indicado para
tratamento de águas residuárias de elevada carga orgânica. Já o processo de
decomposição aeróbia consiste em um processo inodoro, que possibilita maior
eficiência na destruição de organismos patogênicos, proporcionando uma maior
redução nas características poluidoras das águas residuárias.
Figura 6 – Esquema de um sistema de tratamento com lagoas facultativas
(lagoas de estabilização)
Fonte: MATOS (2005).
A imagem mostra o esquema de sistema de tratamento com lagoa facultativa.
Primeiro, temos a grade mais o desarenador. Depois, o efluente passa para a lagoa
facultativa, e, por fim, o efluente tratado é lançado no corpo receptor.
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(lagoas de estabilização)
Fonte: MATOS (2005).
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(lagoas de estabilização)
Fonte: MATOS (2005).
É importante saber que: O tratamento secundário, normalmente, requer que a
água residuária já tenha recebido o tratamento preliminar, porém, pode ser
antecedido ou não pelo tratamento primário. O tratamento secundário tem a sua
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eficiência de remoção dos poluentes dependente do sistema utilizado e do
detalhamento do dimensionamento de projeto. Porém, pode-se considerar que a
remoção de DBO e de bactérias coliformes ocorre na faixa de 60 a 99%.
Por fim, as águas residuárias agroindustriais, por possuírem elevadas
concentrações de material orgânico biodegradável, apresentam maior aptidão para o
tratamento biológico, apresentando bastante eficiência na remoção do material
orgânico e alcançando resultados significativos no tratamento.
Tratamento terciário
O tratamento terciário, também chamado de pós-tratamento, utiliza produtos
químicos em seu processo para remover poluentes específicos, principalmente
nitrogênio e fósforo, e agentes patogênicos da água. Este tratamento é considerado,
também, como um tratamento complementar ao tratamento secundário, pois, em seu
processo, remove os poluentes que não foram totalmente removidos no tratamento
anterior.

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