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Neossolos Eliza Maria da Silva Karoline Martins Teixeira Minerais, Rochas e Solos Universidade Federal de Ouro Preto Introdução Pouco evoluídos pedogeneticamente e com ausência de horizontes diagnósticos subsuperficiais, seja pela reduzida atuação dos processos de pedogenéticos ou ação dos fatores de formação. Apresentam predomínio de características herdadas do material originário, o qual confere grande variabilidade para as subordens. Características • Base - solos em via de formação, seja pela reduzida atuação dos processos pedogenéticos ou por características inerentes ao material originário. • Critérios - insuficiência de expressão dos atributos diagnósticos que caracterizam os diversos processos de formação. Pequena diferenciação de horizontes, com individualização de horizonte A seguido de C ou R. Predomínio de características herdadas do material originário. Litólicos Os Neossolos Litólicos são os mais rasos de todos, sempre vão estar a 50 cm da rocha que deu origem a eles. Foto de Waldir de Carvalho Junior Regolítico Os Neossolos Regolíticos são o segundo tipo mais raso, sempre vão ter uma espessura maior que 50 cm. Como os Neossolos Regolíticos tem uma espessura maior, geralmente eles vão ser mais ricos em nutrientes que os Neossolos Litólicos. Foto de Gustavo Ribas Curcio Flúvicos São mais evoluídos que os Neossolos Litólicos e Regolíticos. Eles são formados a partir de sedimentos de origem fluvial ou marinha. Esses sedimentos vão se depositando ao longo do curso d'água e vão formando várias camadas com o tempo. Essas deposições são chamadas de camadas porque elas não têm relação entre si, e por isso, não podem ser chamadas de Horizontes. Foto de Daniel Pontoni Quartzarênico São os mais profundos dos Neossolos, podendo alcançar profundidades que chegam até 10 metros de espessura (mesmo nesses casos eles são considerados como sendo solos jovens e não tem o Horizonte B). Tem textura extremamente arenosa. Foto de Tony Jarbas F. Cunha Materiais minerais principais São essencialmente quartzosos, apresentando na fração areia, 95% ou mais de quartzo, calcedônia, opala e praticamente ausência de minerais primários alteráveis. Horizontes Como são solos jovens, eles são geralmente bem rasos e não tem a parte profunda do solo (Horizonte B). Como não tem essa parte profunda, eles estão diretamente em contato com a rocha que deu origem a eles, ou seja, assim que passamos da parte superficial do solo (Horizonte A), já chegamos diretamente na rocha (Horizonte C e R). Origem Quanto ao material de origem, variam desde sedimentos aluviais até materiais provenientes da decomposição de rochas do cristalino (pré-cambriano). Ocorrência no Brasil Os Neossolos Litólicos são associados a muitos afloramentos de rocha não havendo distribuição regionalizada, sendo assim ocorrendo por todo o território brasileiro. Em geral, ocorrem em 15% do territorio brasileiro. Atividade econômica A agrícola é a principal atividade econômica associada ao Neossolo. Tais atividades são benéficas em áreas mais planas, principalmente em fertilidade natural (eutrofização) e solos mais profundos, pois apresentam maior potencial para uso agrícola. Fragilidades ambientais Normalmente, o manejo adequado de Neossolos em áreas planas requer o ajuste da acidez e o conteúdo prejudicial de alumínio da maioria das plantas e sua fertilização de acordo com as necessidades da cultura. Para Neossolos de declive, além da forte sensibilidade ao processo de erosão, são necessárias medidas de proteção. Referências 2020. Disponível em: https://oscordados.blogspot.com/2020/04/onde-as-plantas-crescem-neossolos.html. Acesso em: 2 jan. 2022. Disponível em: https://extensao.cecierj.edu.br/material_didatico/geo308/complementar/Solos_do_Brasil.pdf. Acesso em: 2 jan. 2022. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/2062813/solo-brasileiro-agora-tem-mapeamento-digital. Acesso em: 2 jan. 2022. JACOMINE, Paulo Klinger Tito. Boletim n°11: Descrição das características morfológicas. físicas. químicas e mineralógicas de alguns perfis de solos sob vegetação de cerrado. MANZATTO, C. Vainer; FREITAS JUNIOR, Elias de; PERES, José Roberto R. (ed.). Uso agrícola dos solos brasileiros. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2002 (174 p.). Disponível em http://www.cnps.embrapa.br/solosbr/pdfs/uso_agricola_solos_brasileiros.pdf .Acesso em: 2 jan. 2022. ROSS. Análise Empírica da Fragilidade dos Ambientes Naturais Antropizados, 1994. SANTOS, Humberto. Disponível em: https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/arvore/CONTAG01_16_2212200611542.html. Acesso em: 2 jan. 2022. Muito obrigada!
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