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Aula 05_Crédito tributário conceito e constituição; Lançamento conceito, modalidades de lançamento e hipóteses de alteração

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CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E 
ICMS/RJ 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
Aula 5 - Crédito tributário: conceito e constituição; 
Lançamento: conceito, modalidades de lançamento e hipóteses de 
alteração 
 
1. Introdução 
 
Olá prezados (as) concursandos (as), 
 
Fiz uma pequena inversão na sequencia dos temas do nosso curso, 
sem qualquer tipo de prejuízo para o conteúdo, que é o mesmíssimo, a 
saber: Aula 6 - Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário. Extinção 
do Crédito Tributário. Pagamento Indevido (01/07); Aula 7 - Exclusão do 
Crédito Tributário. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário (08/07); 
Aula 8 - Limitações Constitucionais do Poder de Tributar: Imunidades e 
Princípios Constitucionais Tributários; (15/07); Aula 9 - Responsabilidade 
Tributária (22/07); Aula 10 - Legislação Tributária. Vigência, Aplicação, 
Interpretação e Integração da Legislação Tributária (29/07); Aula 11 - 
Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária (05/08); 
Aula 12 - Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões 
Negativas (12/08); Aula 13 - Tributos de Competência dos Estados. 
Tributos de Competência dos Municípios (19/08); Aula 14 – Simples 
Nacional (26/08). 
 
De início, quero destacar que o tema de hoje é fundamental para 
compreensão do fenômeno da relação tributária. 
 
Este fenômeno, de acordo com o previsto expressamente no CTN, 
pode ser visualizado parcialmente com a seguinte sequência cronológica de 
atos, a saber: 
 
Hipótese de 
incidência 
ou 
Fato 
gerador in 
abstrato 
Fato 
imponível 
ou 
Fato 
gerador in 
concreto 
Obrigação 
tributária 
Lançamento 
 
Crédito 
Tributário 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE - DIREITO TRIBUTÁRIO P/ AFRFB, ATRFB, ICMS/SP E 
ICMS/RJ 
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Ou com o seguinte gráfico: 
 
Crédito Tributário 
Lançamento 
 Obrigação tributária 
 Fato imponível 
ou 
Hipótese de 
incidência 
ou 
Fato gerador 
in abstrato 
Fato gerador in 
concreto 
 Obrigação tributária 
 Lançamento 
 Crédito tributário 
 
Os gráficos servem para demonstrar que no direito tributário posto 
no CTN existe uma linha cronológica de atos ou momentos diferentes da 
relação tributária. 
 
Primeiro, existe a hipótese de incidência ou o fato gerador in 
abstrato. Depois, ocorre o fato imponível ou o fato gerador in concreto. 
Daí surge à obrigação tributária, que, com o lançamento tributário, 
transforma-se em crédito tributário. 
 
Hipótese de Incidência + Fato Gerador in concreto = Obrigação Tributária 
+ Lançamento = Crédito Tributário. 
 
Rememorando: a hipótese de incidência é a previsão abstrata na lei 
do fato gerador (ex.: art. 43 do CTN - hipótese de incidência do imposto de 
renda); e fato gerador in concreto ou fato imponível é a concretização da 
hipótese de incidência (ex.: determinada pessoa obtêm renda com o ganho 
do prêmio de uma loteria ou com o salário no início do mês seguinte ao 
trabalho). 
 
Decerto, apesar de se dizer comumente que o tributo é obrigatório a 
partir da concretização da hipótese de incidência (fato imponível), não se 
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pode falar de forma alguma que o tributo já é exigível, uma vez que a 
exigibilidade do crédito tributário é dependente do lançamento tributário ou 
da constituição do crédito tributário. 
 
Dito isto, vamos estudar o crédito tributário e o lançamento 
tributário com maiores detalhes. 
 
2. Crédito Tributário 
 
O crédito tributário decorre da obrigação tributária principal e 
tem a mesma natureza desta (art. 139, do CTN). 
 
Isto é, o credito tributário se origina da existência do tributo ou da 
multa fiscal e tem natureza tributária idêntica a da obrigação tributária 
principal. 
 
Nesse rumo, o crédito tributário representa o momento da 
exigibilidade da relação tributária, tendo seu nascimento com a ocorrência 
lançamento tributário, nos termos do art.142 do CTN. 
 
Entretanto, já deixo registrado que existem duas hipóteses já 
reconhecidas na jurisprudência do STJ e do STF (vamos estudar no 
próximo tópico) que constituem o crédito tributário ou que acarretam o 
nascimento ao crédito tributário, sem a necessidade de lançamento, que 
são: (i) a constituição do crédito tributário pelo particular com entrega de 
declarações tributárias, tais como a Declaração de Contribuições de 
Tributos Federais (DCTF) ou a Guia de Informação e Apuração do ICMS 
(GIA); (ii) a constituição do crédito tributário por ato judicial no que 
concerne às contribuições previdenciárias na Justiça do Trabalho. 
 
Neste tópico aqui, vamos estudar apenas o nascimento do crédito 
tributário a partir da ocorrência lançamento tributário. 
 
Assim, nos termos enunciados no CTN, pode-se definir o crédito 
tributário com uma obrigação tributária lançada ou uma obrigação 
tributária exigível, sendo o lançamento o instrumento que confere a 
exigibilidade à obrigação tributária, quantificando-a (aferição do quanto se 
deve) e qualificando-a (identificação do que se deve). 
 
Deste modo, o lançamento tributário transforma a obrigação 
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tributária antes ilíquida em líquida e certa que passa a ser denominada de 
crédito tributário. Isto significa que o crédito tributário é a obrigação 
tributária em um renovado momento após o lançamento tributário. 
 
É a partir do lançamento tributário que se pode falar em 
exigibilidade da obrigação tributária principal ou acessória pela autoridade 
fiscal. 
 
Deste modo, a autoridade fiscal não pode exigir a obrigação 
tributária com a simples ocorrência do fato gerador, pois se entende 
que apenas com a formalização da dívida tributária através do lançamento é 
que esta se torna líquida, certa e exigível, podendo o Fisco exigir o 
cumprimento da obrigação tributária. 
 
Por exigibilidade no direito tributário se entende que o Fisco pode 
cobrar o crédito tributário do sujeito passivo (contribuinte ou responsável 
tributário), exigindo-se o cumprimento da obrigação tributária. 
 
 A exigibilidade significa, em outras palavras, tornar passível de 
cobrança. Na interpretação do CTN, o termo exigibilidade está 
umbilicalmente ligado ao lançamento tributário. 
 
Por exemplo, a obrigação tributária acessória, pelo simples fato de 
sua inobservância, converte-se em obrigação tributária principal 
relativamente à multa. E para exigir esta multa é necessário o lançamento 
tributário (auto de infração), segundo o art. 142 do CTN, pois, se o 
contribuinte cumpre com a obrigação acessória, não há exigibilidade pela 
autoridade fiscal, mas sim obrigatoriedade de cumprir com a sua 
obrigação tributária. 
 
Neste sentido, afirma de forma exemplar Ruy Barbosa Nogueira: 
“A exigibilidade surge com o inadimplemento por parte do sujeito passivo, 
que permite o Fisco promover a cobrança amigável do seu crédito. A 
exequibilidade judicial, porém, vem num momento posterior, quando o 
Fisco inscreve em dívida ativa tributária e extrai o respectivo termo, 
obtendo, assim, o título executivo extrajudicial que dará sustentação à 
Execução Fiscal”. 
 
Então, podemos simplificar a situação explicada até agora assim: a) 
obrigação tributário existente que corresponde à lei mais o fato gerador 
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in concreto; b) crédito tributário exigível que é considerado à lei mais 
fato gerador in concreto mais lançamento; c) crédito tributário exeqüível 
ou executável que é igual à lei mais fato gerador in concreto mais 
lançamento mais inscrição em dívida ativa. 
 
Podemos visualizar também da seguinte formaos estágios da 
relação tributária: 
 
Relação Jurídico-Tributária 
Obrigação tributário existente = lei + fato gerador in concreto 
Crédito tributário exigível = lei + fato gerador in concreto + lançamento 
Crédito tributário exeqüível ou executável = lei + fato gerador in 
concreto + lançamento + inscrição em dívida ativa. 
 
Assim sendo, no direito tributário, diferentemente do direito civil, a 
obrigação do devedor (sujeito passivo) não surge simultaneamente com o 
direito de crédito do credor (sujeito ativo), pois a obrigação tributária 
surge com a ocorrência do fato gerador e o crédito tributário se 
constitui com o lançamento tributário, evidenciando-se que há obrigação 
tributária antes do lançamento e independentemente dele. 
 
A autonomia entre obrigação e crédito tributário fica clara quando 
se estabelece que as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua 
extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, 
ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe 
deu origem (art. 140, do CTN). 
 
Logo, no direito tributário, as alterações em relação ao crédito 
tributário podem afetar o lançamento tributário, mas não a obrigação 
tributária, exceto na lógica hipótese de extinção do crédito tributário que 
também extingue a respectiva obrigação tributária. 
 
São causas de extinção do crédito tributário (art. 156, do CTN): 
(i) Pagamento; (ii) Compensação; (iii) Transação; (iv) Remissão; (v) 
Prescrição e a Decadência; (vi) Conversão de depósito em renda; (vii) 
Pagamento antecipado e a respectiva homologação do lançamento; (viii) A 
consignação em pagamento; (ix) A decisão administrativa irreformável, 
assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa 
ser objeto de ação anulatória; (x) A decisão judicial passada em julgado ou 
transitada em julgado; (xi) A dação em pagamento em bens imóveis, na 
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forma e condições estabelecidas em lei. Todas estas hipóteses serão 
estudadas na aula 6. 
 
Por sua vez, em decorrência do princípio da legalidade, o crédito 
tributário regularmente constituído através do lançamento apenas se 
modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos 
casos previstos no Código Tributário Nacional (CTN), fora dos quais 
não podem ser dispensada a sua efetivação ou as respectivas garantias, sob 
pena de responsabilidade funcional na forma da lei (art. 141, do CTN). 
 
Ou seja, em princípio, o agente público não pode dispensar, 
modificar, extinguir, suspender ou excluir a exigibilidade do crédito 
tributário e as suas respectivas garantias, exceto nas hipóteses previstas no 
CTN, sob pena de responsabilidade funcional, que significa 
responsabilização administrativa ou até mesmo penal. 
 
Por fim, cumpre também dizer a vocês que no nosso sistema 
tributário existe uma hipótese disciplinada pela CF/88 em que o crédito 
tributário pode ser exigido antes da ocorrência do fato gerador da obrigação 
principal. É a disposta no art. 150, §7°, que afirma: 
 
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação 
tributária a condição de responsável pelo pagamento de 
imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer 
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial 
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato 
gerador presumido”. 
 
Trata-se do instituto denominado de substituição tributária para 
frente ou substituição tributária subseqüente ou progressiva, que é 
juridicamente realizável no pagamento de imposto ou contribuição. 
 
A pessoa que a lei ordena que substitua o contribuinte é chamada de 
“responsável por substituição” ou, ainda, “contribuinte substituto”, ou 
“substituto tributário”. 
 
Este é uma terceira pessoa escolhida pela lei, que vem e ocupa o 
lugar do contribuinte, antes da ocorrência do fato gerador. 
 
Assim, acontece a antecipação do recolhimento do tributo cujo fato 
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gerador ocorrerá (se ocorrer) em um momento posterior (“para frente”). 
 
Neste sentido, a substituição tributária para frente é considerada 
uma ficção jurídica, pois ocorre a antecipação do pagamento do tributo, 
sem que se disponha de base de cálculo apta a dimensionar o fato gerador, 
uma vez que este ainda não ocorreu (fato gerador presumido), visando 
facilitar a arrecadação do tributo pelo fisco. 
 
Por exemplo, no caso de veículos novos, ao deixarem a indústria 
em direção às concessionárias, antes de ocorrer o fato gerador, deve-se 
pagar o ICMS. 
 
Do mesmo modo, nas indústrias de cigarro e refrigerante, em que 
o ICMS é recolhido na saída da indústria. 
 
Noutro exemplo, o ICMS é recolhido nas refinarias de 
combustíveis e não nos postos varejistas. Ou seja, o recolhimento do ICMS 
se dá antes da ocorrência do fato gerador. 
 
3. Lançamento 
 
O lançamento tributário é o ato documental de cobrança do tributo, 
por meio do qual se declara a obrigação tributária que surge com o fato 
gerador in concreto e se constitui o crédito tributário. 
 
Assim, a natureza jurídica do lançamento tributário é dúplice, sendo 
declaratória e constitutiva, pois declara a obrigação tributária e constitui 
o crédito tributário. 
 
Assim, consideramos que o lançamento tributário possui efeito 
ex tunc, pois retroage para declarar a existência da obrigação tributária 
surgida com a ocorrência do fato gerador. 
 
Veja o seguinte quadro para nunca mais confundir efeitos ex tunc 
com efeitos ex nunc: 
 
Efeitos jurídicos
Efeitos ex tunc = efeitos retroativos, a partir da origem, efeitos que 
retornam ao passado. 
Efeitos ex nunc = efeitos prospectivos, a partir de agora, efeitos que não
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retroagem.
 
Observamos, por sua vez, que o lançamento tributário é uma 
atividade administrativa vinculada, uma vez que esta deve ser balizada 
pela lei, e também é atividade obrigatória, sob pena de responsabilidade 
funcional da autoridade administrativa competente que não lançar o tributo 
quando este é devido. 
 
No lançamento tributário não há conveniência ou oportunidade, que 
são características da atividade administrativa discricionária, mas sim 
atividade administrativa vinculada e obrigatória decorrente do princípio 
da indisponibilidade do interesse público. 
 
Com efeito, o lançamento tributário é conceituado como o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, 
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo 
caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
 
Neste rumo, na atividade de lançamento existem algumas etapas 
que a autoridade administrativa deve percorrer, a saber: (1) verificar a 
ocorrência do fato gerador in concreto; (2) determinar o que deve ser 
tributado; (3) calcular o montante do tributo devido, com base na 
identificação da base de cálculo e da alíquota; (4) determinar quem é o 
sujeito passivo (contribuinte ou responsável) da relação tributária e, (5) 
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, isto é, da multa em 
caso de descumprimento de obrigação tributária principal ou acessória. 
 
A competência para efetivar o lançamento é privativa da 
autoridade administrativa (art. 142, do CTN). 
 
Entretanto, como já afirmamos no tópico anterior, de acordo com 
decisão atual do STF e decisões reiteradas do STJ, a formalização ou 
constituição do crédito tributário também pode ocorrer por (i) ato judicial 
na Justiça do Trabalho no que diz respeito a contribuição social referente 
ao salário cujo pagamento foi determinado em decisão trabalhista e 
tambémpor (ii) declaração de débitos do sujeito passivo em que o tributo 
correspondente não foi pago, importando em confissão de dívida do 
débito tributário. 
 
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Vejamos a seguinte notícia (Informativo 519) sobre a recentíssima 
decisão do STF em relação a competência da Justiça do Trabalho para 
formalizar o crédito referente as contribuições previdenciárias: 
 
A competência da Justiça do Trabalho, nos termos do disposto no art. 114, 
VIII, da CF, limita-se à execução, de ofício, das contribuições sociais 
previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das 
sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores objeto 
de acordo homologado que integrem o salário de contribuição, não 
abrangendo, portanto, a execução de contribuições atinentes ao vínculo 
de trabalho reconhecido na decisão, mas sem condenação ou acordo 
quanto ao pagamento das verbas salariais que lhe possam servir como 
base de cálculo ("Art. 114. ... VIII - a execução, de ofício, das contribuições 
sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes 
das sentenças que proferir;"). Com base nesse entendimento, o Tribunal 
desproveu recurso extraordinário interposto pelo INSS em que sustentava a 
competência da Justiça especializada para executar, de ofício, as 
contribuições previdenciárias devidas, incidentes sobre todo o período de 
contrato de trabalho, quando houvesse o reconhecimento de serviços 
prestados, com ou sem vínculo trabalhista, e não apenas quando houvesse 
o efetivo pagamento de remunerações. Salientou-se que a decisão 
trabalhista que não dispõe sobre pagamento de salário, mas apenas se 
restringe a reconhecer a existência do vínculo empregatício não 
constitui título executivo no que se refere ao crédito de contribuições 
previdenciárias. Assim, considerou-se não ser possível admitir uma 
execução sem título executivo. Asseverou-se que, em relação à 
contribuição social referente ao salário cujo pagamento foi determinado 
em decisão trabalhista é fácil identificar o crédito exeqüendo e, por 
conseguinte, admitir a substituição das etapas tradicionais de sua 
constituição por ato típico, próprio, do magistrado. Ou seja, o 
lançamento, a notificação, a apuração são todos englobados pela 
intimação do devedor para o seu pagamento, porque a base de cálculo 
para essa contribuição é o valor mesmo do salário que foi objeto da 
condenação. Já a contribuição social referente ao salário cujo pagamento 
não foi objeto da sentença condenatória, e, portanto, não está no título 
exeqüendo, ou não foi objeto de algum acordo, dependeria, para ser 
executada, da constituição do crédito pelo magistrado sem que este tivesse 
determinado o pagamento do salário, que é exatamente a causa e a base da 
sua justificação. O Min. Ricardo Lewandowski, em acréscimo aos 
fundamentos do relator, aduziu que a execução de ofício de contribuição 
social antes da constituição do crédito, apenas com base em sentença 
trabalhista que reconhece o vínculo empregatício sem fixar quaisquer 
valores, viola também o direito ao contraditório e à ampla defesa. Em 
seguida, o Tribunal, por maioria, aprovou proposta do Min. Menezes 
Direito, relator, para edição de súmula vinculante sobre o tema, e cujo teor 
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será deliberado nas próximas sessões. 
 
Por sua vez, apesar de o lançamento ser juridicamente uma 
atividade administrativa obrigatória e vinculada, sob pena de 
responsabilidade funcional (art. 142, parágrafo único), o STJ tem entendido 
que a declaração de débitos de contribuinte em GIA ou DCTF em que o 
tributo correspondente não foi pago importa em confissão de dívida do 
débito, tornando-se dispensável a homologação formal do lançamento e a 
prévia notificação ou a instauração de procedimento administrativo fiscal, 
podendo ser prontamente inscrito em dívida ativa o tributo declarado e não 
pago. 
 
Senão, vejamos diversas decisões neste sentido: 
 
“Nos casos em que o contribuinte declara o débito do ICMS por meio da 
Guia de Informação e Apuração (GIA), considera-se constituído 
definitivamente o crédito tributário a partir da apresentação dessa 
declaração perante o Fisco. A partir de então, inicia-se a contagem do 
prazo de cinco anos para a propositura da execução fiscal”. 
 
“Tratando-se de crédito tributário originado de informações prestadas pelo 
próprio contribuinte através de Guia de Informação e Apuração do ICMS 
(GIA), a constituição definitiva do crédito tributário dá-se no exato 
momento em que há a apresentação desse documento. Outro entendimento 
não é passível de aceitação quando se contrapõe o fato de que a partir do 
momento em que há o depósito da GIA a Fazenda encontra-se apta a 
executar o crédito declarado. 
 
“Tratando-se de Declaração de Contribuições de Tributos Federais (DCTF) 
cujo débito declarado não foi pago pelo contribuinte, torna-se prescindível a 
homologação formal, passando a ser exigível independentemente de prévia 
notificação ou da instauração de procedimento administrativo fiscal”. 
 
“A Declaração de Contribuições e Tributos Federais - DCTF constitui 
confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente à exigência do referido 
crédito, ex vi do art. 5º, § 1º, do DL 2.124/84. 2. O reconhecimento do 
débito tributário pelo contribuinte, mediante a DCTF, com a indicação 
precisa do sujeito passivo e a quantificação do montante devido, equivale 
ao próprio lançamento, restando o Fisco autorizado a proceder à inscrição 
do respectivo crédito em dívida ativa. Assim, não pago o débito no 
vencimento, torna-se imediatamente exigível, independentemente de 
qualquer procedimento administrativo ou de notificação ao contribuinte, 
sendo indevida a expedição de certidão negativa de sua existência”. 
 
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Destarte, a jurisprudência do STJ firma posicionamento de que o 
reconhecimento do suposto débito pelo sujeito passivo, mediante 
declaração de débitos de tributos, equivale à constituição formal do crédito 
pelo lançamento. Esta é a praticidade do mundo real que o intérprete e 
aplicador do direito devem analisar, sob pena de construir doutrina obsoleta 
e sem utilidade. 
 
Com efeito, José Eduardo Soares de Melo, manifesta-se de forma 
enfática sobre o assunto: “Embora o CTN estipule a vinculabilidade do lançamento, 
no direito brasileiro (legislação ordinária) existe tributo sem lançamento, como ocorre 
na sistemática adotada para diversos impostos, a saber: a) ICMS, IPI, ISS – o 
contribuinte registra suas operações ou prestações em notas fiscais, consignando o valor 
do tributo, escritura seus livros fiscais, apura o quantum tributário; e, no final de um 
determinado período de tempo, procede ao seu recolhimento; b) IR – as pessoas arcam 
com os valores tributários (retenção na fonte ou recolhimentos pertinentes a ganhos de 
capital etc.), promovendo futura declaração anual de ajustes (inclusive complementando 
saldo devedor); c) ITCMD e ITBI – os recolhimentos nas transmissões patrimoniais são 
efetuados com desconhecimento fazendário; d) As contribuições sociais, em sua 
maioria, também são liquidadas sem lançamento, como é o caso da Cofins, PIS, CSLL, 
Salário- Educação e contribuições previdenciárias”. 
 
ALERTA: Tome cuidado com as questões objetivas de concurso público, 
verificando sempre se questão é cobrada segundo o previsto 
literalmente no art. 142 do CTN ou não. 
 
Noutro ponto, é importante saber que, salvo disposição de lei em 
contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, 
no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do 
dia da ocorrência do fato geradorda obrigação (art. 143, do CTN). 
 
É muito importante você saber também que, em princípio, o 
lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada (art.144, caput, do CTN), salvo as seguintes 
exceções, em que se aplica ao lançamento a legislação posterior à 
ocorrência do fato gerador: 
 
(i) legislação que instituí novos critérios de apuração ou 
processos de fiscalização, ampliando os poderes de 
investigação das autoridades administrativas. Por exemplo, lei 
nova que autoriza a quebra do sigilo bancário para fins fiscais 
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poderá ser aplicada de forma retroativa, podendo a autoridade 
administrativa competente investigar um contribuinte em período 
anterior ao advento desta nova lei e efetivar o lançamento 
tributário com base nos novos dados averiguados à época do 
respectivo lançamento; 
 
(ii) legislação que outorgue ao crédito maiores garantias ou 
privilégios, exceto para o efeito de atribuir responsabilidade 
tributária a terceiros. 
 
Assim sendo, normalmente, a lei aplicável ao lançamento é a 
vigente na data da ocorrência do fato gerador, que é chamada pela ESAF de 
lei de conteúdo material, mesmo que seja revogada ou modificada, 
exceto nos casos acima relatados. 
 
Por exemplo, imagina-se “o indivíduo que realizou um serviço em 
janeiro, quando a alíquota do ISS era de 3,5%, em fevereiro foi publicada 
lei municipal reduzindo a alíquota para 3%, e em março é efetuado um 
lançamento relativo à prestação de serviço realizada (fato gerador do ISS) 
no mês de janeiro, a alíquota do ISS utilizada no lançamento para cálculo 
do tributo dever ser a vigente na data da ocorrência do fato gerador, que 
é 3,5%”. 
 
Por sua vez, em relação às exceções, a legislação aplicável ao 
lançamento é aquela vigente à época em que for efetuado, que são as 
hipóteses em que a legislação tenha instituído novos critérios de apuração 
ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das 
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores 
garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de 
atribuir responsabilidade tributária a terceiros. 
 
Estas hipóteses excepcionais são denominadas pela ESAF e pela 
jurisprudência do STJ de legislação de conteúdo formal ou processual, 
sendo prerrogativas instrumentais ou procedimentais do Fisco que têm 
aplicação imediata. 
 
Vejamos a seguinte decisão do STJ (REsp 1039364/ES, DJe 16/09/2008) 
que trata do entendimento dominante a respeito da interpretação do art. 
144, §1°, do CTN: “O artigo 144, § 1º, do CTN prevê que as normas 
tributárias procedimentais ou formais têm aplicação imediata, ao 
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contrário daquelas de natureza material, que somente alcançariam 
fatos geradores ocorridos durante a sua vigência. Os dispositivos que 
autorizam a utilização de dados da CPMF pelo Fisco para apuração de 
eventuais créditos tributários referentes a outros tributos são normas 
procedimentais e, por essa razão, não se submetem ao princípio da 
irretroatividade das leis, ou seja, incidem de imediato, ainda que relativas a 
fato gerador ocorrido antes de sua entrada em vigor”. 
 
Neste sentido, podemos exemplificar a lei de conteúdo material 
com o caput, do art. 144, do CTN: “O lançamento reporta-se à data da 
ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, 
ainda que posteriormente modificada ou revogada”. E lei de conteúdo 
formal com o §1°, do art. 144, do CTN, quando se refere aos “novos 
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de 
investigação das autoridades administrativas”. 
 
O CTN ainda dispõe que no caso impostos lançados por períodos 
certos de tempo (IPTU, ITR, dentre outros), aplica-se ao lançamento a lei 
vigente na data em que o fato gerador se considera ocorrido, sendo esta a 
interpretação predominante do art. 144, §2°. 
 
Aqui também merece destaque que a modificação introduzida, de 
ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou judicial, nos 
critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício 
do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo 
sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua 
introdução (art. 146, do CTN). 
 
Este dispositivo consolida o princípio da confiança no âmbito do 
direito tributário, porque protege o contribuinte que confiou e acreditou na 
correta aplicação dos critérios jurídicos adotados pela autoridade 
administrativa no momento do lançamento. 
 
Portanto, nesta hipótese do art. 146 do CTN, novos critérios 
jurídicos somente podem ser utilizados em relação ao mesmo contribuinte 
em situações igualmente novas, que acarretam fatos geradores in concreto 
(fatos imponíveis) inéditos, protegendo a boa fé do contribuinte contra 
mudanças jurídicas repentinas e de efeitos retroativos (“ex tunc”). 
 
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Neste tema, tem pertinência e é correta a interpretação disposta na 
Súmula 227 do extinto Tribunal Federal de Recursos (TFR), dizendo que a 
“mudança de critério jurídico adotado pelo Fisco não autoriza a revisão de 
lançamento”. 
 
Isto é, na hipótese de erro de direito ou modificação de 
interpretação jurídica pelo fisco não será possível alterar o lançamento 
tributário já realizado, sendo possível esta alteração apenas no caso de 
erro de fato, desde que ainda não tenha decorrido o prazo de decadência 
para lançar o tributo 1, já que a revisão do lançamento só pode ser iniciada 
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. 
 
Com efeito, podemos dizer que erro de fato se situa no mundo real, 
no mundo do conhecimento dos fatos, independentemente do conhecimento 
da norma jurídica. Por exemplo, a autoridade administrativa verifica que os 
valores registrados na nota fiscal pelo contribuinte foram transcritos de 
forma incorreta (R$ 100,00 ao invés de R$ 1.000,00). 
 
Já o erro de direito acontece no mundo do direito, isto é, é um erro 
na aplicação e interpretação da norma jurídica. Por exemplo, o Fisco 
compreende como adequada determinada interpretação da norma tributária 
e depois verifica que esta interpretação é equivocada. 
 
Assim, o importante é você saber que se o Fisco quiser promover 
a modificação do entendimento por erro de direito, deve-se aplicar o art. 
146 do CTN, protegendo o direito do contribuinte no que diz respeito aos 
lançamentos tributários já efetivados. 
 
Podemos também citar o seguinte exemplo doutrinário: 
 
“Imagine um fiscal que lança um tributo, aplicando uma alíquota 
de 5% pois identificou a operação tributada como sendo a venda 
de um motor elétrico, mas posteriormente verifica que se trata de 
venda de motor a gasolina, cuja alíquota é de 10%, tal fiscal 
cometeu um erro de fato e deve rever o lançamento corrigindo a 
alíquota aplicável dentro do prazo legal (decadência). 
 
 
1 O prazo de decadência é assunto da próxima aula. 
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Entretanto, se o mesmo fiscal identificou corretamente a 
operação tributada como sendo a venda de um motor a gasolina, 
mas interpretou de forma equivocada a lei, entendendo que era 
caso de aplicação da alíquota de 5%, não poderá posteriormente 
modificar o lançamento, pois ocorreu aqui um erro de direito ou 
modificação de interpretação jurídica pelo fisco”. 
 
Com estas informações, vocês já podem responder os seguintes 
questionamentos: 
 
1.(ESAF/AFRF/2000) Ao procedimento administrativo tendente a verificar 
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, o 
Código Tributário Nacional dá o nome de 
a) processo administrativo fiscal 
b) Auto de Infração 
c) lançamento 
d) Representação Fiscal 
e) Notificação de Lançamento 
 
2. (ESAF/AFTE-RN/2005) Avalie as indagações abaixo e em seguida 
assinale a resposta correta. 
• É vedada a aplicação ao lançamento da legislação que, posteriormente à 
ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha ampliado os poderes de 
investigação das autoridades administrativas? 
• O crédito tributário tem a mesma natureza da obrigação tributária 
principal? 
• A lei vigente à data da ocorrência do fato gerador da obrigação, que tenha 
sido posteriormente revogada, é aplicável ao lançamento do crédito 
tributário? 
a) Sim, sim, sim 
b) Sim, sim, não 
c) Sim, não, sim 
d) Não, sim, sim 
e) Não, sim, não 
 
3. (ESAF/AFTE/PI/ 2002) - Após a ocorrência do fato gerador, nova lei foi 
publicada, aumentando as alíquotas do tributo. Neste caso, o lançamento 
será regido pela lei em vigor na data A 
a) da ocorrência do fato gerador. 
b) da feitura do lançamento. 
c) do pagamento do tributo. 
d) da cobrança do tributo. 
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e) escolhida pelo sujeito passivo. 
 
4. (ESAF/AFRFB/2005) O lançamento, a teor do art. 142 do Código 
Tributário Nacional, é o procedimento administrativo tendente a verificar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o 
sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
Sobre o lançamento, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com 
(V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. 
( ) Trata-se de uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
( ) No sistema tributário brasileiro, o crédito tributário pode ser exigido 
antes da ocorrência do fato gerador da obrigação principal. V 
( ) Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja 
expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em 
moeda nacional ao preço médio do câmbio do mês da ocorrência do fato 
gerador da obrigação. 
a) F, F, V 
b) V, F, F 
c) V, V, F 
d) F, F, V 
e) V, F, V 
 
5. (ESAF/AFTE/PA/2002) O ato ou procedimento administrativo de 
lançamento tem as finalidades abaixo, exceto 
a) identificar o sujeito passivo da obrigação tributária. 
b) determinar a matéria tributável. 
c) quantificar o montante do tributo devido. 
d) verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária. 
e) ensejar o nascimento da obrigação tributária. 
 
6. (CESPE/PGE-ES/2004/adaptada) Avalie o acerto das afirmações adiante 
e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, assinale a 
resposta correta. 
(i) Considere a seguinte situação hipotética. Uma determinada lei autoriza a 
quebra do sigilo bancário para fins fiscais. A autoridade administrativa, de 
acordo com essa lei em vigor, investigou um contribuinte e descobriu que 
ele sonegara tributos relativamente ao período anterior ao advento daquela 
lei e lançou o crédito tributário. Nessa situação, a lei nova poderá ser 
aplicada de forma retroativa, sem que haja qualquer violação às disposições 
do CTN ou à Constituição. 
(ii) O lançamento é regido pela lei em vigência no momento da ocorrência 
do fato gerador da obrigação tributária, inclusive no que se refere à 
definição das garantias e privilégios do crédito tributário e aos poderes de 
investigação das autoridades fiscais. 
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(iii) Lançamento é o procedimento administrativo tendente a constituir a 
obrigação tributária, tendo em vista a ocorrência do fato gerador previsto em 
lei. 
(iv) Lançamento é o procedimento administrativo pelo qual se constitui o 
crédito tributário, a partir da verificação da ocorrência do fato gerador do 
tributo. 
(v) Tendo em vista a capacidade econômica do sujeito passivo, por motivo 
de eqüidade, a autoridade administrativa pode deixar de promover o 
lançamento. 
a) F, V, V, F, V. 
b) F, F, V, V, F. 
c) F, V, F, V, F. 
d) V, F, F, V, F. 
e) V, V, F, V, F. 
 
7. (ESAF/TRF/2000/adaptada) 1) Uma nova lei do imposto de renda, 
reduzindo a alíquota de um imposto, entrou em vigor e há uma exigência 
tributária relativa a fatos ocorridos antes dessa lei. O lançamento do imposto 
deve levar em consideração a lei nova? 
2) A modificação introduzida nos critérios jurídicos adotados pela 
autoridade administrativa no exercício do lançamento pode ser efetivada, 
em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatos geradores ocorridos 
anteriormente à sua introdução? 
3) O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e se rege 
pela lei vigente à época dessa ocorrência? 
a) não, não, não 
b) sim, sim, sim 
c) não, não, sim 
d) não, sim, sim 
e) sim, não, não 
 
8. (ESAF/IRB 2004) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a 
resposta correta. 
• A obrigação tributária principal nasce com o lançamento do respectivo 
crédito tributário? 
• É permitido que autoridade judiciária realize lançamento de crédito 
tributário, na hipótese de concluir que o contribuinte deixou de recolher 
tributo devido à Fazenda Pública? 
 • Considere a seguinte situação hipotética: Após responder consulta à 
associação de importadores de que seu produto enquadrou-se na alíquota de 
3% do IPI, a autoridade administrativa, em novo entendimento, passou a 
aplicar a alíquota de 5%, tendo em vista decisão judicial em processo 
movido por associado. Nessa situação, haverá incidência da nova alíquota 
aos fatos geradores anteriores ao novo entendimento, cobrando-se o crédito 
suplementar? 
 
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a) Não, não, sim 
b) Não, sim, sim 
c) Não, não, não 
d) Sim, não, sim 
e) Sim, sim, não 
 
9. (ESAF/AFM/Natal/2001) O ato administrativo tributário que se reporta à 
data da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária e rege-se pela lei 
então vigente, constituindo atividade administrativa vinculada e obrigatória, 
é: 
a) notificação. 
b) responsabilização. 
c) integração. 
d) lançamento. 
e) conversão. 
 
10. (CESPE/UNB/PGE/PI/2008). Assinale a opção correta acerca de crédito 
tributário. 
A As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou 
seus efeitos afetam a obrigação tributária que lhe deu origem. 
B As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou 
seus efeitos ou as garantias ou os privilégios a eles atribuídos, ou que 
excluem a sua exigibilidade, podem afetar o seu lançamento, mas não, a 
obrigação que lhe deu origem. 
C As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou 
seus efeitos ou as garantias ou os privilégios a eles atribuídos, ou que 
excluem a sua exigibilidade, não afetam o lançamento que lhe deu origem, 
apenas a obrigação. 
D As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou 
seus efeitos podem modificar a obrigação tributária apenas no que diz 
respeito aos seus elementos principais. 
E A autoridade administrativa não pode, mesmo amparada na lei, extinguir 
o crédito tributário devidamente constituído. 
 
11. (CESPE/UNB/PGE-AL/2009) Um contribuinte foi autuado por ter 
praticado infração tributária. Assim, contra ele foi lavrado auto de infração 
cobrando o tributo sonegado e estipulando as penalidades. Após a defesa 
administrativa, ele conseguiu diminuir o valor referente à multa aplicada. 
Nasituação hipotética acima descrita, 
A o crédito tributário foi alterado, ficando intacta a obrigação tributária. 
B o fato gerador foi modificado e, por isso, também foi modificado o crédito 
tributário. 
C uma vez que o crédito tributário tem origem na obrigação tributária, a 
modificação feita em um causa alteração no outro. 
D o crédito tributário faz nascer a obrigação tributária e, por esse motivo, 
qualquer modificação no crédito altera a obrigação. 
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E a multa alterada modifica o fato gerador e, portanto, o crédito tributário. 
 
12. (CESPE/UNB/Advogado/Petrobras/2007) Pelo instituto da substituição 
tributária progressiva, o substituto paga o tributo em razão de fato gerador já 
ocorrido no passado. 
 
13. (ESAF/Auditor-Fiscal/MG/2005) Assinale a opção correta. 
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador 
deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata restituição da quantia 
paga, caso não se realize o fato gerador presumido” – art. 150, § 7º da 
CRFB/88. O dispositivo referido veicula: 
a) o instituto da substituição tributária para frente. 
b) o lançamento por homologação. 
c) um privilégio do crédito tributário. 
d) hipótese de responsabilidade por sucessão. 
e) sujeição passiva extraordinária. 
 
14. (FGV/ICMS/RJ/2007) De acordo com o art. 150, § 7º, da CRFB/88, a 
atribuição a sujeito passivo de obrigação tributária da condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição cujo fato gerador 
deva ocorrer posteriormente depende de: 
(A) convênio entre os Estados e o Distrito Federal. 
(B) decreto do Chefe do Poder Executivo, desde que autorizado em lei 
específica. 
(C) convênio entre os Estados e o Distrito Federal e lei específica. 
(D) decreto do Chefe do Poder Executivo. 
(E) lei. 
 
 
A primeira questão é a letra “c”. 
 
Ao procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência 
do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível, o Código 
Tributário Nacional dá o nome de lançamento. 
 
A segunda questão é a letra “d” (Não, sim, sim). 
 
No primeiro item, não é vedada (proibida) a aplicação ao 
lançamento da legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador 
da obrigação, tenha ampliado os poderes de investigação das autoridades 
administrativas, conforme o §1°, art. 144, do CTN, que dispõe: “Aplica-se 
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ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato 
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou 
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das 
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou 
privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir 
responsabilidade tributária a terceiros”. 
 
No segundo item, o crédito tributário tem sim a mesma natureza da 
obrigação tributária principal, conforme art. 139, do CTN. 
 
No terceiro item, a lei vigente à data da ocorrência do fato gerador 
da obrigação, que tenha sido posteriormente revogada, é aplicável ao 
lançamento do crédito tributário, conforme o art. 144, caput, do CTN, in 
verbis: “O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente 
modificada ou revogada”. 
 
A terceira questão é a letra “a”. 
 
O lançamento será regido pela lei em vigor na data da ocorrência do 
fato gerador, mesmo que após esta data uma nova lei seja publicada e 
aumente as alíquotas do tributo 
 
A quarta questão é a letra “c” (V, V, F). 
 
O primeiro item é verdadeiro, eis que o lançamento tributário é 
uma atividade vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade 
funcional. 
 
O segundo item é verdadeiro, pois, no sistema tributário brasileiro, 
o crédito tributário pode ser exigido antes da ocorrência do fato gerador da 
obrigação principal, no caso de substituição tributária para frente 
disciplinada no art. 150, §7°, da CF/88: “A lei poderá atribuir a sujeito 
passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento 
de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não 
se realize o fato gerador presumido”. 
 
O terceiro item é falso, porque, salvo disposição de lei em contrário, 
quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no 
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lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia 
da ocorrência do fato gerador da obrigação (art. 143 do CTN) e não ao 
preço médio do câmbio do mês da ocorrência do fato gerador da obrigação. 
 
A quinta questão é a letra “e”. 
 
O ato ou procedimento administrativo de lançamento possui as 
finalidades de identificar o sujeito passivo da obrigação tributária; 
determinar a matéria tributável; quantificar o montante do tributo devido; 
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, mas não tem 
a finalidade de ensejar o nascimento da obrigação tributária, que surge com 
o fato gerador e não com o lançamento tributário. 
 
A sexta questão é a letra “d” (V, F, F, V, F). 
 
O primeiro item é verdadeiro, porque a lei nova poderá ser aplicada 
de forma retroativa, sem que haja qualquer violação às disposições do CTN 
ou à Constituição, pois o §1°, do art. 144, do CTN dispõe que “Aplica-se 
ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato 
gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou 
processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das 
autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou 
privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir 
responsabilidade tributária a terceiros”. 
 
O segundo item é falso, uma vez que o lançamento é regido pela lei 
em vigência no momento da ocorrência do fato gerador da obrigação 
tributária, exceto e não inclusive no que se refere à definição das garantias 
e privilégios do crédito tributário e aos poderes de investigação das 
autoridades fiscais, como citado acima pelo §1°, do art. 144, do CTN. 
 
O terceiro item é falso, pois o lançamento não constituir a obrigação 
tributária. O lançamento tributário constitui o crédito tributário e declara 
a obrigação tributária. 
 
O quarto item é verdadeiro, porque o lançamento é o procedimento 
administrativo pelo qual se constitui o crédito tributário, a partir da 
verificação da ocorrência do fato gerador do tributo. 
 
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O quinto item é falso, pois não juridicamente possível que, tendo 
em vista a capacidade econômica do sujeito passivo, por motivo de 
eqüidade, a autoridade administrativa possa deixar de promover o 
lançamento, que é atividade administrativa vinculada e obrigatória, sob 
pena de responsabilidade funcional. 
 
A sétima é “c” (não, não, sim). 
 
No primeiro item, o lançamento do imposto de renda não deve levar 
em consideração a lei nova, eis que, no caso, o lançamento deve se reportar 
à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então 
vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 
 
No segundo item, a modificação introduzida nos critérios jurídicos 
adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento não 
pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeitopassivo, quanto a fatos 
geradores ocorridos anteriormente à sua introdução, mas somente a fatos 
geradores ocorridos posteriormente à sua introdução, conforme art. 146, 
do CTN. 
 
No terceiro item, o lançamento reporta-se sim à data da ocorrência 
do fato gerador e se rege pela lei vigente à época dessa ocorrência (art. 144, 
caput, CTN) 
 
A oitava questão é a letra “c” (não, não, não). 
 
No primeiro item, a obrigação tributária principal não nasce com o 
lançamento do respectivo crédito tributário, mas sim o fato gerador. 
 
No segundo item, não é permitido que autoridade judiciária realize 
o lançamento de crédito tributário, mas somente a autoridade 
administrativa competente. 
 
No terceiro item, não pode haver incidência da nova alíquota aos 
fatos geradores anteriores ao novo entendimento, cobrando-se o crédito 
suplementar, porque o art. 146 do CTN dispõe: “A modificação 
introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou 
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa 
no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um 
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mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à 
sua introdução”. 
 
A nona questão é a alternativa “d”. O ato administrativo tributário 
que se reporta à data da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária e 
rege-se pela lei então vigente, constituindo atividade administrativa 
vinculada e obrigatória, é o lançamento. 
 
A décima questão é a letra “b”. 
 
O art. 140 do CTN dispõe que “as circunstâncias que modificam o 
crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os 
privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a 
obrigação tributária que lhe deu origem”. 
 
Portanto, são falsas as alternativas “a”, “c” e “d”. 
 
Todavia, é correto dizer que as circunstâncias que modificam o 
crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos ou as garantias ou os 
privilégios a eles atribuídos, ou que excluem a sua exigibilidade, podem 
afetar o seu lançamento, pois, por exemplo, uma inexatidão a respeito do 
valor do crédito tributário pode acarretar novo lançamento, de acordo com 
o previsto no inc. V, do art. 149, do CTN. 
 
A letra “e” é falsa, uma vez que a autoridade administrativa pode, 
quando amparada na lei, extinguir o crédito tributário devidamente 
constituído. Por exemplo, no caso de prescrição do crédito tributário. 
 
A décima primeira (11) questão é a letra “a”. 
 
A resposta da questão é novamente o art. 140 do CTN, 
estabelecendo que “as circunstâncias que modificam o crédito tributário, 
sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele 
atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação 
tributária que lhe deu origem”. 
 
O auto de infração é uma espécie de documentação do ato de 
lançamento. 
 
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A décima segunda (12) é errada, porque pelo instituto da 
substituição tributária progressiva, o substituto paga o tributo em razão de 
fato gerador ainda não ocorrido, de acordo com o art. 150, §7°, da CF/88. 
 
A décima terceira (13) é letra “a”. 
 
“A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo 
fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata restituição 
da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”, segundo o 
art. 150, § 7º, da CRFB/88. 
 
Tal dispositivo referido veicula o instituto da substituição 
tributária para frente ou substituição tributária subseqüente ou 
progressiva. 
 
A décima quarta (14) é letra “e” conforme disposto literalmente no 
art. 150, § 7º, da CF/88. 
 
3.1 Modalidades de lançamento 
 
Existem apenas três modalidades de lançamento tributário, que são 
determinadas de acordo com característica de nenhum, maior ou total 
auxílio do sujeito passivo (contribuinte ou responsável) da relação 
tributária no ato de lançar, que são as seguintes em ordem decrescente de 
auxílio: 
 
(a) lançamento de ofício, direto, ex officio ou unilateral; 
 
(b) lançamento por declaração ou misto; 
 
(c) lançamento por homologação ou “autolançamento”. 
 
Em outras palavras, no lançamento de ofício não há auxílio do 
sujeito passivo; no lançamento por declaração há um maior auxílio do 
sujeito passivo e no lançamento por homologação há total auxílio do sujeito 
passivo no ato ou procedimento de efetuar o lançamento tributário. 
 
Por exemplo, a ESAF já considerou como correta a alternativa que 
dizia que o lançamento por homologação é aquele efetuado pelo 
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contribuinte. 
 
Vamos para as características fundamentais de cada modalidade de 
lançamento para acertar todas as questões a respeito do tema. 
 
(a) Lançamento de ofício, direto, ex officio ou unilateral – É 
aquele em que o Fisco, dispondo de dados suficientes para efetuar a 
cobrança, realiza-o, dispensando o auxílio do contribuinte ou do 
responsável tributário. 
 
Exemplos: IPTU (lançamento de ofício, por excelência), IPVA, 
autos de infração, a grande maioria das taxas e a contribuição de 
iluminação pública. 
 
O art. 149, do CTN, estabelece nove (9) hipóteses expressas em que 
autoridade administrativa deve efetuar o lançamento de ofício ou realizar 
a sua revisão de ofício, a saber: 
 
(i) quando a lei assim o determine; 
 
(ii) quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, 
no prazo e na forma da legislação tributária; 
 
(iii) quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no 
prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de 
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-
se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo daquela 
autoridade; 
 
(iv) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo 
de declaração obrigatória; 
 
(v) quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da 
pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se 
refere o item seguinte; 
 
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(vi) quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou 
de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de 
penalidade pecuniária; 
 
(vii) quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; 
 
(viii) quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não 
provado por ocasião do lançamento anterior; 
 
(ix) quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu 
fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou 
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial. 
 
Os itens acima são normalmente cobrados em provas de concurso!!! 
 
Entretanto, é perceptível da análise de algumas hipóteses do art. 
149, do CTN, que todos os tributos podem vir a ser lançados de forma 
direta (ex officio), uma vez que a autoridade administrativa competente é 
obrigada a lançar de ofício o tributo no caso de omissão ou incorreção do 
auxílio praticado pelo sujeito passivo no lançamento por declaração ou no 
lançamento por homologação. 
 
Assim, é correto dizer que o lançamento de ofício pode ser utilizado 
quando da inobservância, conforme o tributo devido, do lançamento por 
homologação ou por declaração. 
 
Por sua vez, o lançamento de ofício pode ser realizado, inclusive se 
já foi procedido outro lançamento de ofício, sendo o casode revisão de 
ofício. 
 
É a hipótese, por exemplo, de comprovação que, no lançamento 
anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou 
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial, previsto 
no art. 149, IX, do CTN. 
 
É relevante saber também que a revisão do lançamento só pode ser 
iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública (art. 149, 
parágrafo único, do CTN). 
 
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Isto é, extinto o direito do Fisco não pode mais existir o lançamento 
ou revisão do próprio. 
 
A extinção decorre do término do prazo para o fisco lançar o 
tributo, sendo este prazo de decadência, que iremos estudar com mais 
afinco na próxima aula. 
 
Mas já destacamos neste momento que, no direito tributário, é 
muito importante você saber que a constituição formal do crédito tributário 
é o ponto culminante da distinção entre a decadência do direito de lançar e 
a prescrição do direito de o Fisco cobrar o crédito tributário. 
 
Portanto, com o acontecimento do fato gerador e antes de ser 
constituído formalmente, é prazo decadencial e, após a sua constituição 
formal, é prazo prescricional. 
 
Nesse contexto, entende-se que a decadência é a regra que se refere 
ao prazo para o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento. 
 
(b) Lançamento misto ou “por declaração” – É aquele 
representado pela ação conjugada do fisco e do sujeito passivo 
(contribuinte ou o responsável tributário), restando ao fisco o trabalho 
privativo de efetuar o lançamento. 
 
O fisco, não dispondo de dados suficientes para realizar o 
lançamento, conta com o auxílio do contribuinte que supre a deficiência da 
informação por meio da declaração prestada (art. 147). 
 
Os exemplos são raríssimos no sistema tributário brasileiro, tais 
como imposto de importação (II) sobre bagagem acompanhada e o imposto 
sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) de competência municipal. 
 
Com efeito, o ato ou procedimento do lançamento por declaração 
ou misto é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de 
terceiro (obrigação tributária acessória), quando um ou outro, na forma da 
legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações 
sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
 
Em síntese, no lançamento por declaração o fisco lança o tributo 
com base nas informações prestadas pelo sujeito passivo. 
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Destaco que a retificação da declaração por iniciativa do próprio 
declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível 
mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o 
lançamento (art. 147, § 1°, do CTN). 
 
Portanto, o contribuinte pode pedir a retificação de declaração já 
realizada, visando a reduzir ou excluir o tributo, desde que o faça antes da 
notificação do lançamento e mediante comprovação do erro na declaração. 
 
Por usa vez, os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu 
exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que 
competir a revisão da declaração (art. 147, § 2°, do CTN). 
 
(c) Lançamento por homologação ou “autolançamento” – É 
aquele em que o sujeito passivo (contribuinte ou responsável tributário) 
auxilia ostensivamente a Fazenda Pública na atividade de lançamento, 
cabendo ao Fisco homologando-o, conferindo sua exatidão (art. 150 do 
CTN). 
 
Exemplos: ICMS, IR, ITR, IPI, ISS, e a maior parte dos impostos, 
uma vez que tal lançamento simplifica a vida do fisco, independendo o 
pagamento do tributo de qualquer providência estatal. 
 
Deste modo, o lançamento tributário por homologação ocorre 
quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de 
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa, operando-se pelo ato em que a referida autoridade, 
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, 
expressamente a homologa (art. 150, caput, do CTN). 
 
O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos do lançamento 
por homologação extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior 
homologação ao lançamento (art. 150, §1°, do CTN). 
 
Assim, por exemplo, o imposto de renda pessoa física (IRPF) ou o 
imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ) são tributos lançados por 
homologação, uma vez que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever 
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
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operando-se a extinção do crédito tributário sob condição resolutória da 
ulterior homologação. 
 
Lembramos que quando resolutória a condição, verifica-se os 
efeitos tributários desde o momento da prática do ato ou celebração do 
negócio jurídico. Já quando suspensiva a condição, verifica-se os efeitos 
tributários quando acontece a condição. 
 
Por sua vez, conforme o próprio CTN, não influem sobre a 
obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados 
pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do 
crédito (art. 150, §2°). 
 
Todavia, estes atos anteriores à homologação, praticados pelo 
sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do 
crédito serão considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo 
o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação (art. 150, § 3°, do 
CTN). 
 
Nesse rumo, se a lei não fixar prazo para homologação do 
lançamento, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; 
expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, 
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, 
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação (art. 150, 
§4°, do CTN). 
 
Com efeito, no lançamento por homologação, o contribuinte, ou o 
responsável tributário, deve realizar o pagamento antecipado do tributo, 
antes de qualquer procedimento administrativo, ficando a extinção do 
crédito condicionada à futura homologação expressa ou tácita pela 
autoridade fiscal competente. 
 
Estes dois últimos parágrafos serão estudos detalhadamente na 
próxima aula, pois se referem aos prazos de extinção da obrigação 
tributária. 
 
Noutro ponto, observo que quando o cálculo do tributo tenha por 
base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, 
serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo 
regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou 
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não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os 
documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente 
obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, 
administrativa ou judicial (art. 148, do CTN). 
 
É o chamado lançamento por arbitramento, que, na verdade, 
segundo as provas de concurso da ESAF, não é uma quarta modalidade de 
lançamento, mas sim uma técnica para definir a base de cálculo do 
tributo, uma vez que a atividade realizada pelo sujeito passivo não foi 
correta (não merece fé) ou o sujeito passivo foi omisso. 
 
Assim sendo, destaco que o arbitramento é medida excepcional 
que somente se verifica na hipótese de recusa ou sonegação de documentos 
ou informações pelo sujeito passivo, pois existindo elementos suficientes 
para apuração do valor real da base de cálculo do tributo (recibos, rescisões 
contratuais, relações de empregado etc.), é ilegítimo o lançamento efetuado 
com base em arbitramento. 
 
Realçamos também que estecontraditório, administrativo ou 
judicial, previsto no art. 148 do CTN, significa dizer que o contribuinte 
tem o direito de contestar o arbitramento, ou seja, o contribuinte pode se 
defender da forma como o Auditor-Fiscal realizou o arbitramento, que não 
é caracterizado como de presunção absoluta (não admite prova em 
contrário). 
 
Portanto, o contribuinte pode fazer prova em contrário do 
arbitramento feito pela autoridade fiscal, procurando mostrar a real base de 
cálculo do tributo. 
 
Nessa esteira, cita-se a esclarecedora decisão do STJ: 
 
“TRIBUTÁRIO. ICMS. ART. 148 DO CTN. ARBITRAMENTO DA 
BASE DE CÁLCULO. INDÍCIOS DE SUBFATURAMENTO. 
1. A pauta fiscal é valor fixado prévia e aleatoriamente para a 
apuração da base de cálculo do tributo. Não se pode confundi-la com 
o arbitramento de valores previsto no artigo 148 do Código Tributário 
Nacional, que é modalidade de lançamento, regularmente prevista na 
legislação tributária. 
2. O art. 148 do CTN deve ser invocado para a determinação da base 
de cálculo do tributo quando certa a ocorrência do fato imponível, o 
valor ou preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos registrados 
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pelo contribuinte não mereçam fé, ficando a Fazenda Pública, nesse 
caso, autorizada a proceder ao arbitramento mediante processo 
administrativo-fiscal regular, assegurados o contraditório e a ampla 
defesa. 
3. Ao final do procedimento previsto no art. 148 do CTN, nada 
impede que a administração fazendária conclua pela veracidade dos 
documentos fiscais do contribuinte e adote os valores ali consignados 
como base de cálculo para a incidência do tributo. 
4. Caso se entenda pela inidoneidade dos documentos, a autoridade 
fiscal irá arbitrar, com base em parâmetros fixados na legislação 
tributária, o valor a ser considerado para efeito de tributação. 
5. No caso, havendo indícios de subfaturamento, os fiscais 
identificaram o sujeito passivo, colheram os documentos necessários à 
comprovação da suposta infração e abriram processo administrativo 
para apurar os fatos e determinar a base de cálculo do imposto a ser 
pago, liberando na seqüência as mercadorias. Não se trata, portanto, 
de pauta fiscal, mas de arbitramento da base de cálculo do imposto, 
nos termos do que autoriza o art. 148 do CTN”. 
 
Destarte, é correto afirmar que a utilização de pauta fiscal pela 
administração tributária é uma forma de arbitramento da base de cálculo 
para o pagamento do tributo. 
 
Por seu turno, é importante dizer que, apesar do acórdão afirmar 
expressamente que o arbitramento é modalidade de lançamento, o 
entendimento prevalecente até hoje em bancas de concurso é que o 
lançamento por arbitramento é modalidade que se enquadra no lançamento 
direto ou ex officio e não uma quarta modalidade autônoma de lançamento. 
 
Por último, observo igualmente que o lançamento regularmente 
 notificado ao sujeito passivo da relação tributária só pode ser alterado em 
virtude de: (i) impugnação do sujeito passivo; (ii) recurso de ofício; (iii) 
iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no 
artigo 149 do CTN (lançamento de ofício). 
 
Vamos agora para as questões: 
 
15. (ESAF/PFN/2004) Consideradas as disposições do Código Tributário 
Nacional, é correto afirmar que é lícito à autoridade administrativa rever de 
ofício o lançamento já procedido 
a) somente no caso de lançamento anterior por homologação. 
b) no caso de qualquer lançamento anterior, exceto o de ofício. 
c) no caso de qualquer lançamento anterior, inclusive o de ofício. 
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d) somente no caso de lançamento anterior com base na declaração do 
sujeito passivo. 
e) somente no caso de lançamento anterior relativo à empresa concordatária. 
 
16. (ESAF/AFTN/1994) O ato mediante o qual o contribuinte antecipa o 
pagamento de imposto, sem prévio exame da autoridade administrativa, e 
fica aguardando a ratificação do seu proceder, de modo expresso ou tácito, 
chama-se 
a) pagamento por consignação 
b) lançamento por homologação 
c) lançamento por declaração ou misto 
d) antecipação de pagamento, sob condição suspensiva 
e) denúncia espontânea de pagamento para evitar a mora fiscal e aplicação 
de penalidades pela fazenda pública 
 
17. (ESAF/AFTE/MS/2001) Lançamento por homologação é aquele 
efetuado 
a) de ofício. 
b) pelo contribuinte. 
c) pela repartição fiscal. 
d) pelo sujeito passivo, com prévio exame da autoridade fiscal. 
e) por presunção, pelo agente fiscal. 
 
18. (ESAF/AFRF/2002/adaptada) Preencha a lacuna com a expressão 
oferecida entre as cinco opções abaixo. Se a lei atribui ao contribuinte o 
dever de prestar declaração de imposto de renda e de efetuar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade, o lançamento é por _________. 
a) declaração. 
b) direto. 
c) arbitramento. 
d) homologação. 
e) misto. 
 
19. (ESAF/AFTN/1996) É incorreto afirmar que: 
a) o lançamento regularmente notificado pode ser alterado mediante recurso 
de ofício; 
b) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer 
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória, o lançamento pode ser efetuado e revisto de ofício; 
c) o lançamento pode ser revisto de ofício quando se comprove ação ou 
omissão do sujeito passivo ou de terceiro legalmente obrigado que dê lugar 
à aplicação de penalidade pecuniária; 
d) o ato administrativo do lançamento pode ser alterado de ofício quando se 
comprove que o sujeito passivo agiu com dolo, fraude ou simulação; 
e) a impugnação do sujeito passivo não pode alterar lançamento tributário 
regularmente notificado. 
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20. (ESAF/AFTE-MG/2005/adaptada) Considerando o tema “crédito 
tributário”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, 
assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente poderá 
ser alterado por iniciativa de ofício da autoridade administrativa. 
( ) A utilização de pauta fiscal pela administração tributária é uma forma de 
arbitramento da base de cálculo para o pagamento do tributo. 
( ) O lançamento pode ser revisto de ofício, mesmo se efetuado em qualquer 
modalidade. 
a) V, F, V. 
b) V, V, V. 
c) F, F, F. 
d) F, V, F. 
e) F, V, V. 
 
21. (TTN/98/ESAF) No que diz respeito ao lançamento tributário, pode 
afirmar-se que, de acordo com o Código Tributário Nacional, 
a) apesar de decorrente de lei, a atividade fiscal que culmina com o 
lançamento tem caráter discricionário, a ser sopesado pelo agente fiscal. 
b) as modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício, 
somente. 
c) ele somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação ou 
omissão do sujeito passivo que dê lugar à aplicação de penalidade 
pecuniária. 
d) pagamento antecipado pelo obrigado, nos tributos sujeitos a lançamento 
por homologação, extingue o crédito tributário, sob condição resolutória. 
e) a alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo 
somente pode dar-se por meio de impugnação deste último. 
 
22. (TRF/2005/ESAF) Sobre as modalidades de lançamento do crédito 
tributário, podemos afirmar que 
a) lançamento por homologação é feito quanto aos tributos cuja legislação 
atribua ao sujeito passivo o dever de calcular o tributo, submetê-lo ao prévio 
exame da autoridade administrativa, e realizar seu pagamento. 
b) o lançamento por declaração é aquele feito em face da declaração 
prestada pelo próprio contribuinte ou por terceiro. 
c) o lançamento de ofício é aquele feito pela autoridade administrativa, com 
base nas informações prestadas pelo contribuinte. 
d) a revisão do lançamento, emquaisquer de suas modalidades, pode ser 
iniciada mesmo após a extinção do direito da Fazenda Pública, nos casos de 
erro por parte do contribuinte. 
e) na hipótese do lançamento por homologação, não fixando a lei ou o 
regulamento prazo diverso para homologação, seu prazo será de cinco anos, 
contados do fato gerador. 
 
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23. (AFTE/PI/2001/ESAF) Escolha o tipo de imposto em que é adotado o 
lançamento de ofício, unilateral ou direto. 
a) imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. 
b) imposto sobre produtos industrializados. 
c) imposto sobre a propriedade territorial rural. 
d) imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
e) imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação. 
 
24. (ESAF/Auditor/TCE/GO/2008/adaptada) Em relação ao crédito 
tributário, assinale a opção correta. 
a) O lançamento de ofício somente é utilizado quando da inobservância, 
conforme o tributo devido, do lançamento por homologação ou por 
declaração. 
b) O lançamento por homologação ocorre quando existe determinação legal 
para que o sujeito passivo verifique a ocorrência do fato gerador e antecipe 
o pagamento do tributo, ficando a extinção do crédito tributário sob 
condição resolutória da posterior homologação pelo fisco. 
c) Quando o fisco tem responsabilidade pela verificação da ocorrência do 
fato gerador, do montante do tributo e da identificação e notificação do 
sujeito passivo, diz-se ocorrer lançamento de ofício, que ocorre, por 
exemplo, quanto ao IPTU e ao IR. 
d) As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão, 
efeitos, garantias ou privilégios a ele atribuídos afetam igualmente a 
obrigação tributária que lhe deu origem, eis que o crédito tributário decorre 
da obrigação principal e tem a sua mesma natureza. 
e) A atividade administrativa de lançamento é discricionária quando 
propicia à Administração Tributária verificar o melhor momento de aferição 
do fato gerador. 
 
25. (ESAF/AFRE/CE/2006) Sobre o lançamento tributário, procedimento 
administrativo tendente a verificar, entre outras coisas, a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente e determinar a 
matéria tributável, pode-se afirmar que 
a) a sua revisão só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da 
Fazenda Pública. 
b) o CTN não admite hipótese em que a legislação a ele aplicável seja 
aquela vigente à época em que for efetuado. 
c) só pode ser alterado por impugnação do sujeito passivo. 
d) se o cálculo do tributo tiver por base valor de bens ou direitos, e estes não 
forem corretamente informados pelo sujeito passivo, a autoridade que 
efetivar o lançamento arbitrará estes valores, não podendo mais o sujeito 
passivo contraditá-los. 
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e) trata-se de uma atividade administrativa vinculada e obrigatória, mas que 
pode ser postergada, a critério da autoridade lançadora, por razões de 
conveniência e oportunidade. 
 
26. (ESAF/MPE/GO/2008) Sobre a constituição do crédito tributário pode-
se afirmar, exceto 
a) que a atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória. 
b) que o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser 
alterado no caso de recurso de ofício. 
c) que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e rege-se pela lei então vigente, salvo se posteriormente 
modificada ou revogada. 
d) que compete privativamente à autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário pelo lançamento. 
e) que, salvo disposição legal em contrário, quando o valor tributário estiver 
expresso em moeda estrangeira, no lançamento se fará sua conversão em 
moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da 
obrigação. 
 
27. (ESAF/TTN/1997) No que diz respeito ao lançamento tributário, é 
correto afirmar que 
a) o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação 
e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
b) não é permitida retificação da declaração por iniciativa do próprio 
declarante. 
c) o lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo não pode ser 
alterado. 
d) o Código Tributário Nacional diz haver duas modalidades de lançamento: 
por declaração e ex officio. 
e) quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, far-se-á 
a sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia do lançamento. 
 
28. (ESAF/AFTM/Natal/2008) Sobre o crédito tributário e o lançamento, 
assinale a única opção correta. 
a) O lançamento é o ato administrativo declaratório do crédito tributário e 
constitutivo da obrigação tributária. Sua finalidade é a de tornar líquido e 
certo o crédito tributário já existente e constituído por ocasião da ocorrência 
do fato gerador. 
b) A competência atribuída à autoridade administrativa para efetuar o 
lançamento não é exclusiva, podendo a autoridade judiciária, quando 
constatado vício formal, promover as devidas retificações. 
c) A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, não 
restando à autoridade administrativa possibilidade de análise quanto à 
conveniência e oportunidade do ato. 
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d) Sobrevindo lei de conteúdo material mais benéfica ao contribuinte, após a 
ocorrência do fato gerador e antes de efetuado o lançamento do tributo, deve 
a autoridade administrativa aplicá-la. 
e) O lançamento por arbitramento constitui uma das modalidades de 
lançamento. Ocorre nas situações em que a autoridade fiscal rejeita o valor 
de um bem declarado pelo contribuinte e aplica as “pautas fiscais”. 
 
29. (AFTN/ ESAF/1994) 
I - Dá-se o nome de crédito tributário ao valor que o sujeito ativo da 
obrigação tributária tem o direito de receber de sujeito passivo determinado, 
relativo a certo tributo, fixado consoante procedimento administrativo 
plenamente vinculado denominado lançamento. 
II - Deve a autoridade administrativa ter em consideração a lei que, no 
período entre a data do fato gerador e a do lançamento, for mais favorável 
ao contribuinte. 
III - Quando o lançamento é efetuado pelo Fisco em razão de o contribuinte 
obrigado a declarar não ter apresentado sua declaração, diz-se que se trata 
de lançamento por declaração substitutiva. 
a) A primeira afirmação é verdadeira. As demais são falsas. 
b) A primeira e a segunda afirmações são verdadeiras. A terceira é falsa. 
c) A segunda afirmação é verdadeira. As demais são falsas. 
d) A terceira afirmação é verdadeira. As demais são falsas. 
e) A primeira afirmação é falsa. A segunda e a terceira são verdadeiras. 
 
30. (AFTN/94/ESAF) O lançamento por declaração não pode ser alterado 
a) mediante recurso de ofício. 
b) quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer 
elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração 
obrigatória. 
c) quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro 
legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária. 
d) após a extinção do direito do Fisco. 
e) em conseqüência de decisão administrativa. 
 
31. (AFTE/PA/2002/ESAF) O lançamento regularmente notificado ao 
sujeito passivo poderá ser alterado em decorrência de 
a) transferência da sujeição passiva a pessoa isenta. 
b) majoração superveniente das alíquotas do tributo. 
c) modificação posterior da lei tributária. 
d) interposição de recurso de ofício. 
e) decurso do prazo decadencial. 
 
32. (AFTN/94/ESAF) Não pode ser alterado o lançamento no caso de 
a) impugnação do contribuinte ou responsável. 
b) recurso de ofício interposto pela autoridade contra sua própria decisão.

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