Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SOLOS DO LITORAL DE SÃO PAULO EDITORES Frede rico Fernando Folcon i Arsen io Negro Jr . C. Angelino Neto N. Aoki C. S. Carvalho S. Golombek Y. Hasui P. A. C. Luz L. Marlin F. Massad J. A. Mioto J. T. L. de Moraes N. Morales M.Mor i S. Novojo s S. Niyama C. S. Pinto O. G. Ramos K. Suguio A. H. Texeira M. Vargas C. M. Wolle C. T. Yossuda AUTORES C. A. N. CONSULTORIA SCAC IPT CONSULTRIX UNESP . RIO CLARO THEMAG ORSTOM - FRANÇA EPUSP IPT IPT IPT F. FERRAZ IPT IPT EPUSP UERJ · OGR IGUSP A. H. T. CONS. E PROJ. THEMAG IPT GEOTÉCNICA Correspondência aos autores pode ser enviada aos cuidados da ABMS: IPT - Cidade Universitária, Caixa Postal 7141, CEP 01064-970, São Paula, SP. Tel/Fax : 268·7325 MESA REDONDA DOliTORAl N DE SAO PAUlO ORGANIZAÇÃO Arsenio Negro Jr., Arg imiro A. Ferreiro , Urbono R. Alonso Poulo A. C. Luz, Frede rico Fern a nd o Falconi , Regis Q . Frota PROMOÇÃO Associação Brasile iro de Mecânica do s Solos : NRSP . ABMS COLABORAÇÃO Associa çã o Construtores da Ba ixa da Sa ntista . ASSECO B Associa çã o de Engen he iros e Arquitetos de Santos AuxíliO Fundação de Amp aro à Pesqu isa d o Estado de São Pau lo · FAPESP PREFÁCIO Com redobrada sa tisfação ap resentamos este volume, que contém uma síntese do estado a tua l do conhecimento sob re os solos que ocorrem na faixa litorâ nea do Estado de São Paulo. Aborda mos aqui temas ligados não só á ba ixada litorânea mas também ás encostas do Serra do Mar que a confina. Este volume, o terceiro de uma série iniciada em 1992, segue a linha editorial dos dois primeiros (Solos da Cidade e Solos do Interior de São Paulo): reúne contribuições especificas, encomendadas a renomados autores, obser- vando temática e aborda gem editoria l unificada. Com isto pretendeu-se at ingir a unidade necessár io á confecção de um livro, sem prejuizo, contudo da identidade de estilo dos autores. Este volume de revisão e síntese pretende tornar -se obra de leitura , consulta e referéncia pa ra profissiona is que a tuam em Engenhar ia Civil no faixa litorânea . O livro foi organi- zado em doze cap ítulos cada um abordando um a ssunto particula r. Os quat ros primeiros tratam de assu ntos básicos e os sete seguintes de temas ap licados, de interesse específico. O último capi tulo contém uma extensa revisão bibliográfica que, em conjunto com as referências incluida s ao fina l de cada capitulo, virtua lmente exaurem a literatura disponi- ve] sobre o assunto. O Capitulo 1 fornece uma revisão histérico dos conhecimentos geotécnicos que se acumulou sobre a reg ião. Dada a extensão do tema, este capi tulo foi subd ividido em duas partes: na primeira trata -se da Serra do Mar, no segunda aborda -se a Baixado Li torân ea . O Capitulo 2 fornece uma atualizado quadro da geologia do Pré-Cambr iana da fa ixa costeira, contendo inclusive dados de evolução tectônico e de sismicidade. O Capi tulo 3 ap resenta as pectos da formação da s plcníces costeiras no Quartená rio, que deram origem aos sedimentos que a li ocorrem e que apresentam gra nde interesse geo técnico. O Capitulo <I trato das propr ieda des dos sedimentos mar inhos do litoral, o luz da histório geolág ica descrito no capítulo anterior . O primeiro tema de interesse prá tico especifico é abordado no Capítulo 5, que trato de prob lemas de fundações executadas nas encostas da Serro do Mor. Os Capitulas 6 e 7 abo rdam o estado da prá tica de fundações rasas e profundas na Baixada Litorâ neo, com ênfase nas condições encontrada s no cidade de Santos, com suas notár ios dificuldades e desafios técnicos . O Capitulo 8 discute os principa is mecanismos de instcbilizocões que são observados nas encostas do Serra do Mar e morros isolados, que se estende m 00 longo do litoral. Já o Capitulo 9 fornece uma deta lhado revisão sobre os processos de estcbilizccõo usados 00 longo da Serra do Mor, suas caracteristicas e desempenho . o Capítulo 10 discute o atraente temo do transposição dos baixados litorâneos por meios de aterros lançados sobre sedimentos de baixo resistência superficia l. A implantação de obra s portuários nestas condições represento desafios que são discutidos no Capítulo 11, que abordo o assunto através de estudo de cosa s. Finalmente o Capítulo 12 apresento uma atualização bibliográfico sobre os solos do faixa litorâneo do Estado de São Pa ulo, incluindo relação de importantes relatórios produzido s pelo IPT sobre o ossunto, de sde o década de 40. Por motivos diversos alguns tópicos que de spertam interesse não puderam ser incluídos nestevolume: geografia, barragens e túneis são temas que serõo tratados em eventos futuros. Como dos outros vezes, poro divulgação e discussão do temário deste livro foi realizado uma mesa redondo homânima nos dias 5 e 6 de dezembro de 1994, em Santos , organizado pelo Núcleo Regional do ABMS, com o colaboração do ASSECOB e do AEAS. Os Editores manifestam agradecimento á contribuição essencial dos autores dos ca pítulos deste livro, que revelaram singulares entusiomo e competência no redação de seus trabalho s. Agrad ecem também á FAPESP . Fundação de Amparo á Pesquiso do Estado de São Paulo, pelo continuado apoio. São Paulo, dezembro de 1994 Falconi e Negro íNDICE 1. HISTÓRIA DOSCONHECIMENTOS GEOTÉCNICOS: PARTE 1 - SERRADO MAR PARTE2 • BAIXADA LITORÂNEA Milton Vorgos 17 2. GEOLOGIA DO PRÉ·CAMBRIANO Yociteru Hasui, José Augusta Mioto e Noberto Morales 41 3. GEOLOGIA DO QUARTENÁRIO Kenitiro Suguio e LouisMartin 69 4. PROPRIEDADES DOS SEDIMENTOS MARINHOS Faiçal Mossad 99 5. FUNDAÇÕES NA SERRA Mário Mori e Sigmundo Golombek 129 6. FUNDAÇÕES RASAS NA BAIXADA SANTISTA Alberta HenriquesTeixeira 137 7. FUNDAÇÕES PROFUNDASNA BAIXADA SANTISTA Nelson Aoki e Constantino Angelino Neto 155 8. TALUDES NATURAIS Claudio Michael Wolle e Celso SantosCarvalho 179 9. ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES Paulo Afonsode Cerqueira Luze Carmo Tsuguinori Yassuda 205 10. ATERROS NA BAIXADA Carlos de Sousa Pinto 235 11. OBRAS PORTUÁRIAS Octávio Galvõo Ramos e Sussumu Niyama 265 12. BIBLIOGRAFIA José Theophilo Leme de Moraes e Sergio Novajas 289 GEOLOGIA DO QUATERNÁRIO Keniliro Suguioe louisMarlin RESUMO o litoral d o Estado de são Paulo é caracte rizado por u ma sucp.s- aa a ~e p laní cies s~dlm~ntares ma i s ou men os extensas ) sepa radas por p on t o e s e m p r -omon t o r-Lo do e mb a s ame n to c ristalino pre - c a mbr t an o , que al cançam o ma r . Ac h am-se amplamente c í s t r-t oui daa n a me t a de su l do 11 t oraI pau l ista e to rna m-se g rad ua l mente meno s e xp ressivas rum o ao no r t e . . Os sedime nto s que con s tituem essas p laníc ies f ora m depositados durante dois e v e ntos t ransgresst vos/regresstvos p ri ncipais . no P Ie i s t~c en o Superi or e Hol oc en o , e m a mb ien te s mari n h? s r a s o s. As vari a":' ç on s de nível r e l ati vo do ma r dura n t e o Qu a t erna r l 0. l i g a d a s p r imor- dial mente às f l utuações g lácto-eustát tcas . desempe nha r a m um p a pe l es s~ncial nas suas ~ r igens . - Ao m~smo t~mpo e m qu~ s ã o fo r ma l i zadas as unid ad e s li t o e s tra t i - g r áf!cas , ar guma s pe la pr i me i r a ve z , é a qui t embem e n fat izada a i m- po r t a nci a pra ti c a ~ economica do seu conhecimento , de mo do cada vez ma i s d~ta lhad o , na solução e mitigaçào de algun s dos p r o bl ema s d~co r rentes da oc up a çjio huma n a a c e 1e r-ada de s s a s á r~ as , l i g ad o s às qu~s= tõ~s geoté cni cas ~ geoambi p n tals . 1 . I NTRODUÇÃO A porção da c o s t a brasilei ra aqu i ent:ocada estende-se na d í r-e-. çã~ NE-SW e está s i t u a d a e nt re l o n g i t u d e s 44 -4 5 ' e 4 S - 0 0 ' W. Co mpreen de toda a linha c o s t e i r a d o Es t a d o de são Paul o que, e m li nha r e t a : perfaz ma i s de 40 0 km de e xt~n s ão . Esta po r ç ão ~ c lassificável n a li nha cos t e i ra c ris t a l i na de Si l ve i r a (1964 ), qu e é c a r-ac t e r-Lz arf a p rin cipa l men te pela on ipre s enç a da Se r r ado Mar . - As denomi n a ç õ e s nor t e , cen t ro e sul . a o refe ri r-se aos di f eren- t e s segmentos do l i t o r al pau l i sta , já são mui to antigas e a s o rigens de stes termo s a cham-se perdi das na litera tura . Embo r a despojadas d~ r i gor científ i c o, e s s a s de signações são bastante p ráticas e, por is- s o mesmo, t~m si do freqUen t eme n te usadas . Po r o u t r-o l a do , com ob j etivos di versos t ê m sido u sado s crité - ri o s menos s ubjeti v o s , com o os baseados em parâmetros tec tônicos ou ge("4TOr fo l0gicos , tais ccsm , di s t Rncia do caT'f'le xo c ristalino da lima praial atual. 70 SOlOS 00 LITORAL DE S" O PAULO la r gu r a e comp r i mento d as p l a n í c i e s c o s t e i r a s . p adrõe s de d r-e nagem , etc . Fu l f aro e t a t • ( 9 74 ), v a l end o- s e de c r ité r ios de p r o v á v el com- par tl mentaçào t ec tôn ica at ri buída po r al i nhamentos o b l í q u o s o u trnns vers ai s à cos t a , subdi v idi r am o l i t o r a l pau l ista e m p l a n í c i e s d~ C a~ nané l a / Iguape. I t a nh a ém. Santos . Be rtloga e Caragua tatu ba . Usando c rité r ios ma i s ge o mo rfol bgl c os. Ma r t in & Su g u i o ( 19 75 , 197 6a ) re c onhe c eram no l i t ora l pa u l i s t a, morfolog i a de s u b mersão ao norte e de e mersão ao s u l . De f a t o, a o n o r t e , o e mbasamen to cri s t a l ! no a tinge quase c o n t i nu ame nte o ma r, e xc e t o ao l o n go de r e s t ri t a s plan í ci e s f ormad a s n a su a porção i n t e r n a p o r depósitos con ti nen t a is e na po r ç ã o e xte r na po r de pós itos mar i nh o s . Cons ide ran do -se o s l i mi t e s ma i s i mpo rtantes d o e mbasamen to pr~ c amb r i a no , do s u l para o n o r t e , po dem s e r r e c o nh e cidas q uat ro un i d a - des mor- r o t ég í c as : Ca n a n'; ia/Iguape , I t a nh a e m/ Bant.os , Ber t i oga / ll h a de são Se bast iao e Ca raguata t u ba/Ubatu ba . (Fig . 1) A p ri mei ra d e s s a s un i d a de s ac ha -se c omp l e t a me n t e p r e enc h i d a po r depósitos qua t e rn á r i o s e a li nh a de p ra ia é p r a ti c amen t e r-e t í Lj ne a , Pa ra o no r t e , essas pI a n i ci e s to r nam-se cada V l"!Z men os pre enc hi d a s a t é que , f i nalme n t e . nã á r ea da Ba ia d e I l ha Grande no Ri o de J aneiro escassos d e pós ito s q ua t e rn á ri os ac ham-se prese n t e s. De s c a r t a n do - s e a p rese nça de dep o s í t os s edi me n t a r e s ma is c on ~ p icuos ao s UI J esta l i nh a cos te i r a é b a s t a n t e un i f orme nas c a r a c t e r i s t i c as mo rfol o g i c a s . Po r e xe mp l o , os mo r r o s de r och a s p ré -ca mb r i a nas das p t e n i c t e s coste i r as AO s ul pode m s e r r e c í r me n t e comp a r a do s c om as i lh a s e x istentes n a s l i nh a s coste i r a s a o nor te. - A dt r e r-enc í a çjio mo r r o l o g í c a o b s ervável e n t re as pa rtes norte e s u l pod e ser e xp I t c ada , tant o por d i r c r-en ç a s na di n âmi ca de s e di men- .t a ç ã o , como por in f luênc ia t e ctô ni ca . De s t a man eira, pode - se p o s t u - l a r que o s uprimen t o s e d i me n ta r te nh a s i do mai s imp or tante n a p a r t ~ s ul do que na no r te , o u qu e a metade su l d a l inha cos t e i r a t enha s o - f r i do l e v an t amen t o e nquan t.o a metade nor t e c r-e s ubme ti d a à subs i - dê nc i a . Como 8 mai oria dos ri o s adjac~n t p. s n asc ~ n a S~ r ra do Mar f l ui pa r a o i n!~ rio r d o conti nen t ~ J e xceto~o Rio Ri be ira dp. Igu ap~ . a pr i meira h t p o t.e s e pare c e í nac e t t a vo t e nao e xp l icari a as d t f'e r-on -. ças na dist r ibuição do s s~ d i me ntos q UAternári o s . Se a segunda hi p0 t ~ se e a t t v e r- c o r-r-e t a , a l i nh a cos te i r a mo s tra ri a uma tend;; nc ia parA s ubmers ã o ao no rte e e me r s ã o ao su 1 . Es ta d i f~ r-ene i a çÃo e n t r-e as p r o v i nc í as nor t e e s u l é també m evi de nte n a l argu r a e de c l í v í d ad e d a pl ã ta fo r ma c on t i ne nta l . Em f r-e n t e à r-eg t jio monta nh osa de P a r at i (RJ ) . ar; nor t e , a i s óba t a de SOm e stá s ituada a 8 km d a li nh a d e c o s t a , e n- qu a n t o que n a á rea de San to s s i t ua - no a 30 km e n a r e gi Ão de Ca n a - n é i a (S P) , a o su l , e s t á a 50 km . Anal ogamen t e, a s ma iore s ar t t t uoo s oc o r r e m mai s p r ó xi mas à l inh a cos te i r a ao nor t e do que ao s ul . É também inte r e ssante ve r-I fi ca r q ue a t r-a n s t çjio e n t r-e as z on a s de e mer-s jio e de submersÃo n ã o é b r usca ma s g radual . I s t o p a r -ec e e I i- mi na r a possi b il i d a de de c1ife r e nciaçÃo morfol ó g i c a po r in t e raç ã o t c c tôn ica ent re b l ocos sepa rados por de e c o n t t nu t dade e norma is à 1 inhã c o s t e i r a se ndo , e ntÃo , ne c e s s á r i o ap e l a r para o mecanismo de fl e xu r a cont i nenta l d ife re ncia l para e xp li ca r a s difp.r~ nç as o bservad as . 2 . ESBoçO ESTRUTURAL ,T o da es ta r egião , ex c etuando-sc p~quenas b a 9 i a s sedi m~n ta res e p lan ic ies costeiras. ~ composta por r o c h a s me t a mo r f i c a s pre-c a mbr i a - na s at ravess ad as po r r oc h a s i n t r u s i v a s, a lguma s datando do Cr etáceo. Ne s t a nar- t e da cos ta bra s i l e i ra a margem c o n ti ne n t a l é c ar-ac to-, r l zada por ( Fl g . 2 ) : t.:~·;:_~.\t<J CepÓsi1olo quaternários -to + ~ + + ...'" + + + + :")0 + +rP+ ~ + + ~. . + + + + Morro do Jureôo + .~ + + + :' + + + + + + + + + + + + + + Ubolubo Corogualolubo o 40'" ~ C) ~ s 8 s :< m J> Z,.. J> Õ F i g . I - Planíc i e s cos t e i ras qua t e r nár i as do litoral pa u l is t a distribuí da s e m quat r o compa rti men tos mor fo lóg i co s ( Su gu i o & Martin~ 1978a ) • Fig . 2 - Arc abo uç o ~ s t rutu ra1 da marg~m cont in~nta1 ~ das ar~as adj ac~~ t e s do SE do Brasil (At me t da , 1975 ) . t:im~~J Quaterná rio ~ . ~Tercia rjo [i] Intr usões W Pré -C ambriano ~ Mesozó ico·Paleozóico /,"" Limites dos orébens ~ Falhos normais ....<'-<' Fluu,as fa lhados ~ Folhos Iranscor renles -8- Isópocas em km --100-- Isabates em m 50 ! r- ~ Jl... r- O m (J) ~ -c... ;;; O GEOlOGIA DO OUATERNARIQ 73 a) Oc o r r ê nc i a do Plana lto Atl â n t l c 0, que te rmi na e m escarpas c om 900 a 2 .000m de altitu de e estende-se po r mai s de 1. 200 km, dan - do ori gem à Se r r a do Ma r . Es tudo s s í smi c o s real izados por 6accar ( 1970) mostra ram que o e mb asamen to ~ré -c amb rlano s obre a plataforma cont i ne ntal ac h a -se I ncli nado rum o a zona da fa lh a de Santos . Es a s upe r fície roc ho sa c ristali na te ria r e su l t a do do r e c uo e rosi vo para oeste da a nti g a Se r r a do Mar a pa rtir da sua pos i ç ã o o r igi naI na Z0- n a da f a lh a de San tos. A á re a aqui e n focada e x i be nume r-osas I lhas de r ochas pré - c ambrl anas e In t rusi vas a lcali nas se non l an a s . b ) P resen ç a da baci a s edi mentar subma r ina de Sa ntos , uma depres aão t e c t ôn i c a mesozó i c a - c enozói c a pre e nc h i d a por depósitos sedlmentã r es e l ava s b a s ál ti cas. Esta baci a é limitada r umo a o continente pe7 la zona d a f a lha de San tos , cu j o r e j e i t o é s u pe r io r 3 .000m ao nor t e ( á re a de San tos). pass ando g radualmen t e p a ra uma grande fle xu ra fa- lhada para SW. A e s pessu r a máx ima de sedi men tos a cumu l a do s é estima- d a e m 6 .000m. A margem c o n t i ne ntal bras il eira sul -atl â nti c a f o i s ubmetlda à r e a t i v a ç ã o apó s separa ç ã o d a Áfr i c a . Esta reat l v a çao s e f e z sentir no c o n t i nente at r avés de vários e ve ntos , ta i s c omo a ascenção da Ser ra do Mar e a f orma ç ã o dos g r á b e ns da Pa raíba e Gua n a b ara . Enquantõ i s so , a b a c i a de Sa ntos s ofr i a cont í nua subs ldênc i a ( F i g . 3) . Parece que e sses p roce s s o s cont i n ua r am a té o Quate r ná r i o , po is os sedimen- t o s d o g ráben do Para í b a a cham- se a fetados porf a l h a s p ó s - de po s l c i o - n ai s de d i fe re n te s idades (Su gul o & Ve s puc c i, 19 66; Rl c c oml n l,1 9 69 ) . Al é m d isso , a ba i xa ativi dade s ísm i c a n o sistema tectônico da Serra do Mar pa rece i ndica r que e le n ã o se acha c omp l e t a me n t e Inatlv0 ( Fu I fa r o & Po nçano , 19 74 ; Al meida , 197 5 ) . - Du ran te o Ceno z o i c o , zona po siti v a do cont i nente e á rea negat !- va a djace nte do ocean0 pe r ma ne ce r a m ati vas . De s t e mod o , s er i a poss l- v e l v í a ua t í z a r- uma áre a com me can i s mo de fle xu r a contl nen tal (!lt:'urc art, 1949) , que po de ri a o rigi na r a s difere n ç a s mor f o l óg icas obse r vadas en t re a s partes no rte e su l do li t o r a l pauli sta . Ac e i t a nd o- s e esta hl 7 pótese c om0 sendo ve r d a d e ira , pode-se admiti r a s seguintes posslblll dades (Flg . 4 ): - a) Se a I1 nh a prala l e s t i ve r situada à esquerda da linha de fi" xu ra, isto é , n a zona de le vantame nto , a ar~ a c o s t e ira e xibi rá morfõ logla de e mersão . - b ) Se a linha pra l al e s t i ve r l oc a l i z a d a à d i rei ta d a l Lnh a de fl exu r a, isto é , na zona de subs i dênc l a , a á re a costeira sera ca rac- te rizada po r mor f o l o g i a de sUbmersão . c) Se a linh a pralal esti ve r no me s mo lado da li nha de fle xura , t a n to ao norte como a0 s u l , ma s a distâncias r e la t iva me n t e diferen- t es de l a , a á rea costei r a e x i b i rá ca racterísticas de eme r são dlferen c l a l . - Essas t rê s poss ib ilidade s pod em s e r complement adas po r duaa ou- tras s l tuaç~e s n a s quai s conside ram-se a di stância ent re o levanta- men t o máximo e a l i nh a de fl e xura : d ) A zo na de l e van t amento máximo está l on ge da l i nha de flexu- r a. e) A zo na de l eva n t a men t o máxi mo está próx ima à l inha de f l e xu - r a. Co nside r a n do - se altu ras d e l evan t a me n t o h para ( d) e (e) . Iguais e m amb o s os casos , a s uper fíc ie a fetada pe l o f enômeno se rá ma i s e x- tensa e m (d) do que em (e) . Na r e a l i da de , a zona de l evan t ame n t o má- xi mo é e ncon t r ada ma i s p r ó xima à li nh a pral a l ao norte do que ao su l. Is t o pod e r i a e xp lica r porque zonas ma i s e xtensas e ste jam subm,,- t i das ao l e vantamen t o n a po rção s u l e porque pal e onível s marl nh0s ho loc ênl c os, próx imo s à linha pra l al atual , estej a m mai s altos no n0L t e do q ue a o sul . 74 SOLOSDO LITORAL DE SÃO PAULO SE ! i i l S. SEBASTIÃO : Ser ra da Boca lna , 20, E.v. o 40m 'e.l=l!!",,*,,;;;;/I E.KO 600m Io!'..........iiiiõõ~.......• I . Apt iono - Albiono 4. Oligoceno -M ioceno 2. Conicclcno- Sonloniano NW ! 5 . Plioceno - Quaternório I Serra da MantiQueira IBACIA 00 PARANÁ 17:"'-; -'- ISol opliono ~ Grupo.Bouru (./ ::.} .:.}:.::.':::1 Pndlio, :o,ceno . Ouo'e, · ~ Senorllono Svp. ~ BasallO do Cre· ~ ~ ComadaJmarinhos ~ Iduo inferior ~ Paleozóico ~~1~~~~rg Su p- ~--------~ FOfm. Tremembé Q Inlrua6.. etee- X •. :-:-:-:-: QIiQoce no W UnOI = VulcU':' alcalinos Fi g . 3 - Poss í vel e vo l u ção t ecto no - magmá ti ca-se di me n ta r d a margem con t i nenta l c das áre as a d ja= ce n t e s à Ba ci a de San t os ( Al me i da , 19 75 ). GEOlOGIA DO OUATERNÁRIO CONTINENTE " CASO Linho costeiro com morfo- I~io de emersõo 2' CASO Linho costeiro com morfo- 10010 de submersão 3' CASO Linho costeiro com emer - silo diferencial 4' CASO Zona de emersllo máximo lonoe do linho de flexuro 5'1 CASO Zona de emersllo máximo próximo'o linho de f lexuro NIVEL 00 MAR N.M. N.M. N.M.(sull N.M. (nor te) N.M. 75 Fig . 4 - Esquema s de di fe renc i a ção do lito ral p a u l i s t a em areas com ca r acte rist ic a s de e mersão ( metade s ul) e de sub- mersã o (metade norte) por me c an i smo de fl exura cont i- nental (Ma r t i n & Su gui o . 19 78 a ). 76 SOLOS DO LITORAL DE SÃO PAULO 3 . MUDANÇAS DE NÍVE L RELATIVO DO MAR EVI DÊNC IA DE PALEONÍVEI S MAR INHOS Ma pe a men t o sistemático do s depó s i t o s s edi menta r es d a s pl aní c i e s coste i ras e datações d e a most ras pel o mó t o do d o r a d l oc arbon o e m mai s de 100 a mostras pe rmitiram identi f ica r e v l d~ nc i as I nc on t e stáve i s dei xa d a s po r dive rsa s fases t ransg ressi vo- r eg re s slvas q uate r ná rias. qu~ f o r am de cisi vas na evol ução geo lóg ica das p laní cies c o s te i r a s do li toral pau l i sta . Essas e v i dê nc i a s v inham se n do menc i o nad a s por d i ve r sos a uto r e s . tais c omo Hartt( 1870) . Br-an ne r ( 1904) , Freitas (19 5 1) e Bi gare l l a ( 19 6 5) . Ent ret a n t o , e l a s f oram no in í c i o e stu d a d as sob o pon t o de vi s t a essencial mente geomortológ ico tendo s ido consi de radas como de I d a de s t erc i á ri a s , e nq uanto que atualme n t e são atr i bu í das ao Quater- nár i o . At ó 1960 e r a m escassas as pe squ i s a s sob re pa leoní ve i s q uate r- ná r ios ) no Bras i l , sendo um ~os p r ime iro s e s t u dos feitos de ma n e i r a siste mati ca . I n c l uindo da taçoes , o de Van And e ] & Labo re I ( 1964) . Apó s 1974. as mud a n ç a s de n í v el r e l a t ivo do ma r, pr i ncipa lme n t e du rante os ú ltimos 7 .000 a nos . t ê m s i d o e s t u d a d a s por vár i o s pesqu i- sado res (Mart i n & Suguio . 1 975. 1 9 7 6 a ,b . c ; 19 7 8 a .b. Sugui o & Ma r - t i n o 197 6 a ,b, 1 9 7 8 a , b ,c, 198 2 a ,b ; Mar tl n e t a L , , 19 79 , 1 98 0; Su- guio e t a l ,. , 19 80 ) . a) Ev i dê ncias geológicas - Depós i t o s ma r inh o s quate rnários s i- t uados acima do n í v e l do mar atua l consti tuem e v i dê nc i a s i nsofismá- v e i s de paleoní veis marinhos mais alto s do qu e o atua l . Ma pe ame n t o geológi co e datações por radioca r bono, e xecuta d os de man ei ra sistemá tica , pe r miti ram distingui r vá rias geraçnes d e te r r a ç o s arenosos const r uí dos após os n í vei s má ximo s r e l a c i o n a do s a e p i sód i o s t rans- g ressi vos d o Quate r ná r io . b) Evi dê ncias bio lógi cas - Essas e v i dê nc ias são r e p r e s e n t a d a s po r i nscrustações de vermetídeos (gastrópod e s) , o s t r a s , c o r a i s e e ra c a s , be m como t ocas de ouri ços , situados a c i ma do nível de vida de s~ se s o r ga n i s mos . indi cando paleoní ve is ma r i nh o s ma i s a ltos do q u e o atual ( Labo re I . 19 7 9 ) . Al é m disso . mu i t o s te rraços ma rinh o s p l e i s t o - c ê n icos e h o l oc ê n i c o s e x i be m f r e q Uen t e s tubos d e Ca~ ~ i c h i r u 8 (c rus- táceos) situ a dos também aci ma da p resente zona de vida des t e a n i mal ( Su gu í o & Mar t in, 1 9 76 b : Sugu io e t a l. .1 984; Rodrigues e t a l , , 1 9 8 5 ) . c ) Evidências p r ó-histó ricas - Di v e r s o s sambaquis , const r uídos pe los antigos índios da zona lito rânea , são e nc o n t r a do s n a s pl a n í - cies costei ras da metade s u l do Estado de são Paulo . A posição ge o - g rá fica desses sambaqu i s , freq Uentemente situados no i nte r io r do con t i nente ( a t é ma i s d e 30 k m d a atua l l inh a de c o sta) , só pode se r e x~ pl i c a d a pe l a e xte nsão l a gu nar mai o r do que a atua l e conse q Uente me n- te po r um nível marinho ma is a I to do que o atual (Martin e t al . , 1984, 19 86; Suguio et a I . , 199 2 ) . PALEONÍ VEIS MAR IMIOS MAIS ALTOS QUE O ATUAL a) Pa leon í ve i s mai s al~os anter i ore s a 120 .000 a no s A.P . Dois e p isódios depaleoniveis ma i s a ltos , p r o v a v e lme nte anteri ore s a 120. 000 a nos A.P . (~angamoniano ou Rl s s /WUrm ), são con s pic u amente r e pre s e n t a do s n a pl an l cl e costei ra d o Es t a do do Rio Grande do Sul . Vl l lwock et a I . (1 9 86 ) admit iram ten tativamen e que e s s e s ní v e i s po derlam ser do Pl el s t oc eno mó d l o a i nfer i or e de no mi na ram- nos r e spe c t l vamente , c omo Ba rrei r a 11 e I (Fi g . 5) . Pode r iam ser at ri b uídos respectivamente aos estád ios i n te rg l a cia i s Ya r mouth i ano (Mi n del /Ri s s ) e Af t on l an o (GUnz/Mi nde l) . Di spersos at ravé~ das p laníc ie s c oste i r as de Sa n ta Ca t a r i n a , Pa r ana e provavelme n t e S a o Pa u l o . e x i s t e m a lguns 15 m 20-25 m ~:*'i Seq. l,onsQ'essivoI~~:·~~ Formação Glosaim:::':~:' .•~ Plioct no r - - - - - - - - - -Pleisloceno - - --- ----- Nível 0110 11 Nível oUo 111 fT:Tl EmOO $O'T'lenlO crislO-- ~ lino Pre"ec04Tàiano f ig . S - Sistemas de ilhas-bar r e iras / l agunas I a I V f orma1 os 1ura n t e qua t r o e p i só1 ios 1e pal e onive is mar i nho s quate r ná r ios , mais al t o s 10 q u~ o atua l , ao lon go 10 l i t ora l s ul -ri ogra n1 ense ( mon i f . 1e Villwoc k e t a I. , 19 8 6 ) . ....... 78 SOLOS DO LITORAL DE SÃO PAULO te r r aços a ren o so s ou c a s c a l hosos com mai s de 1 3 m d e al tura, de pro - vável o r igem mar inha , que poderiam ser c o r re l ac i o n a do s à Barre ira 1 1 do Ri o Grande do Sul (Martin e t aI ,. 19B 8 ) . Nenhuma ev i d~ nc i a d e pa - l eon Ível marinho c o r re l ac i o n á ve l a Barreira I f oi , a t~ agora , enc o n trada fora do Rio Grande do Sul . - b ) Pal eon ível marinho mais alto de 1 20 . 0 00 a nos A.P . Nes ta ~poca . o n ível r el ativo do mar e s t a v a si tuado provavelme n te 8t 2m acima do a tual . Este e p i s n d i o d e nível marinho mais al t o ~ conhe cido c omo Transgressão Canan~ia no li t oral paulista ( Sugui o & Mar tin , 197Ba) ou c omo Penúltima Transgre ssã o n a s planí ci e s cos te i- r a s da Bahia , Sergipe e Alagoas (B ittencourt e t aI . , 1979) . A idade absoluta desta transg r e s são f o i estabelecida atrav~s de c i nc o da ta- çnes r e ali z a d a s em amostras de c o r a l obtidas da po rção b a s al d o t er r a ço mar inh o n a pl an í c i e c o s te i r a do Estado da Bahia usando-se o m~= todo do I o/U (Marti n et a I . , 19 8 2 ) . Embora bem preservado s e m c e r tas áreas , com o nas planí ci es c o s t e i r a s de C anan~ i a ( Sugui o & Tessl er , 1987) e Paranaguá (Tessler & Suguio , 1 9 8 7 ), os a floramentos desta formação nas c os t a s sul e sudeste do Brasil não f orne c em materi al que possa se r datado para obtenção de sua ida de abso l ut a . Entretan- to , tronc os de madeira ca r b o n i z a dos c o letados do in t eri or das arg i- las basais desses a f lo r a me nto s indi caram que a s idades s i t uam- se acl ma do limite de al c anc e do m~ todo d o rad i oc arb on o . Se gu ndo Ma s s art (1985a, b) , c a ma d a s situadas nas porções b asa is das f ormaçnes Cana- n~ia (pl eis toc~ni ca ) e Ilha Co mp r i d a (hol oc ~ni c a ) e xi bem propr i e d a - de s geot~c nic as d ist i ntas , sen d o a p rime i r a supe r- consolidada e a segu nd a mol e a mui t o mol e . c ) Pal eon Ív eis ma r i nh o s mais alto s d o Hol o c eno Os pal eon ívei s ho l oc ~ n i c os mais al t o s exis~ntes no l itoral b r a s i l e i r o (norde s te , l~ste e s u de s t e ) f o r a m bem defin ido s e m funç ão d~ num~ro s as rec on s truçoes no t ~mpo e no es paço , rnali z ada s at rav~s d~ ma is de 70 0 da t a ç õ e s a o r adi oc arbono ( Su gui o et a i . , 19 8 5 , 19 8 8 ) . Além diss o , a s p o s i ç õ e s de a lgu ns sambaqu is , qu ando com paradas com suas ·idades absolu t a s o bt idas Eor r a di o c arbon o e se ~s val ore s de b 13C(PD B) de conc h a s de molus c o s tem fo rn~c i do informaçoes adicio- n a is mui t o i n te re ssa n tes sobre a s flutu a ç o e s de n i v e l re lati vo do mar duran t e o s ú l timo s 7. 0 0 0 a nos (Fl exor et a i . , 19 79) . Usa ndo -se todos e s ses d ados f oi po s s ível de l inea r c u r v a s pa~ ciai s ou comp letas d a s flutu a ç nes de n ível re lat ivo do mar para v a - r i o s s e t ore s da c osta brasil e ira . Pa r a se te r c u r vas r el a t ivamen t e h omog~neas , somente s egm en t o s bas tan te c u rtos (60 a 80 km ) , com a r c a bouços geol ó g i cos seme l hantes e dados sufi c i en t eme n t e numero s o s ( 2Õ a 30 d a taç õe s ) , for am cons ide rado s . CURVAS DE FLUTUAÇÕES DE Nf.VEL RELATIVO DO MA R DURANTE OS ÚLTI - MOS 7.000 ANOS PARA O LITO RAL PAULISTA A Fig . 6 mostra c la r a mente que os pal e onívei s r elativos do mar est ive ram mais al t o s do qu e o a tual , c om o pi co má x i mo oco r re ndo h á ce rc a de 5 . 150 a nos A.P . • ao longo d e todo o litora l pau lista . To d a s a s c u r vas e x i be m a me sma c o n figu ração ge r a l . e mbo r a a p rese n te m d ife - r enç a s de ampli tude nos pi cos . Todos os setore s pare c em t er passado , a pns 5 . 150 a no s A.P . , por du a s r á p i das oscil ações dI' n íve l r elativo dQ ma r de 2 a 3m, qu~ p o d em se r de o r i gem ess~ncialment~ g láclo- e us- tát ic a . A I ~m dis so , no l i toral paulista , as linh a s coste i ras h o l o - c~ n icas pare c e m t e r s ido a fetadas por fl exu r a s conti nenta is r e g i o - na i s . ~mbo ra est~ f e nômeno não te nha gran de i nf l u~nci a p. m e sc a la np tempo do Holoceno . Por ou tro l ado , de s vios no p i c o de 5 . 150 ano s , qu e n ã o podem se r e xp l icados pela gláci o-eu s t a si a nem pe la tectono-eus- tasi a t~m sido ~ xp licadns . pp.ln m~nn s e m pa rt~ , p~ 10 l ~vantamen to r~ GEOlOGIA DO OUATERNARIO ~~ A-Salvador (Bah~L.__ __ Jr 6~~ql 2 i --6 anos A.P.x1.000 f i g . 6 _ \ u r v a s de v a r i a ç à n de ní vel r el a t ivn dn ma r du r ante n s ul t lmns 7 .000 a nns a n lnngn dn l i t n ral paul i st a e m cnn frnn tn à rurv a de Sa l va d n r (BA ) segu n d n Mar t in & S u~ gu í o (1 9 89). 79 --- Brasil --- Estados Unidos -6 -8 -10 -12 -14 -16 -18 ~ 2 _1-- _---- idades ..o A.P. I 1000 anos , ..".............. (1''" ...,)"0/ .. " '/, '/, / /' fi g . 7 _ Curv a s mé d i a s esquemát icas de mu d anç a de níve l r e l a i- vn dn mar an lnngn das c nstas c~ntra l dn Brasi l e d n s udes te d n s Es adn s Unidns de 7 .000 a nnS A. P . até hnje ( Mar tl n & Sugu í o , 1989) . 80 SOLOS 00 LITORAL DE SAO PAULO g l o na l de tod a a superfí ci e geo lda l a ntes de 5 . 150 an o s A. P . , segui- do por a ba i xa mento e pequeno de s l oc amen t o p a r a leste ( Mar t l n e t a i . , 198 5 ) . S i mi l a r me n te , de press ão r e g i onal do geó lde , segui da po r l e v a n t ame nto em e sc a l a secul a r , pode r i a e xp l ica r as r á p i da s osc i lações após 5 . 150 anos A. P . 4. PAPÉIS DAS FLUTUAÇÕES DE Ní VEL RELATIVO DO MA R E DA DERI VA LI - TORÂNEA SOBRE A SEDI MENTAÇÃO ARENOSA COSTEIRA Em s uma , I nd epe n de nte me nte da origem , as costas no r deste , l e s t e e sude s t e do Brasi l sof re r am s u bmers ã o at~ cerca de 5 . 150 anos A. P . , se gu i da po r eme rsã o a té o s dias atuais , I nc l u indo duas peque - nas oscilações . Es ta nã o é a situaç ã o ub í q ua duran t e este I nte r valo de tempo . Po r e xe mp l o , ao longo da c os ta at lÂnt ica e do Go lfo do M~ xl co do s Es t ados Uni do s , o n íve l r el a t i vo do ma r n un c a I n te rceptou o a tual n ível du r a nte o Hol oc eno ( Fl g. 7) . Evidentemen t e , a e vo l ução l i t o r â ne a du rante este laps o de tempo nã o ~ com pa rável ne s sas du a s áreas . Cos t a s de s ubme rsã o , como as dos Estados Un idos , são ca r acte- r i z a da s e or si stemas de I lh as-h~rre l ras / l agunas, e nquan t o q ue c ostas e m e mer sao c o mo as do Brasi l , sao c a r acte r izadas po r e xtensas p l an l cies de c r is t as pral a l s , mu l t a s ve ze s impre ci samen t e re fe r idas comõ p l a n í c i e s de r e s t in ga s . S ituação equ i v a lente à e ncont rada atualmente no s Estados Un idos de ve te r e xi sti do no Br a sil h á ce rca de 5 . 150 A. P . PAPEL DAS FLUTUAÇÕES DE NÍVEL RELATIVO DO MAR Segundo Bruun (1 96 2 ) , uma ve z e stabe lec ido o pe r fi l de e q u l l i- brio e m uma zona l i t o r âne a, poster i o r asce nção do ma r pe rtu rba rá es- t e e qu i l í b r i o , qu e se rá recu~e rado pe l a s ua trans laçÃo,( mlg ração) r~ mo a o con t i ne n t e . Em conseq Uenc la , o p ri sma p ralal seraerodido e o ma t e r i a l r esu lt an t e s e r á tra nspo rtado c deposi t ado na s áreas de an t e p r a i a . Es t e p r oc esso I nd uz i rá uma e lev ação do f u ndo da a ntep r ala em igu a l magn i t u de ao l evan t a men t o de n i ve l do mar , conse rvando a ssi m c o ns tan t e a profun d i da de da água . Expe r i ê nc i a s d e l a borató ri o e de campo conduzidas po r vár i o s a u t ore s ( Schw a r t z , 19 65 , 196 7 e Dubo i s , 19 76, 19 77 ) r a t ifi c a r am a h l p~ t ese de Bruun . Embora esta r e gra t e nha sido de s envol vida somente pa- r a a s ituaç ão Invers a à e nc ont r a da no Brasi l , Isto ~ , s u b i da de n i - v el r e l a t ivo do mar , o e qu i l í b r i o de s tru i do na di nâmica de se d l me nta ção l i t orân e a du ran te a de s c ida de n ive l r e l a t i vo do mar tamb~m deve r á s e r r est au rado ( F l g. 8) . De f a t o , de sc i da de n i ve l r e l a t ivo dõ mar c om dec r~scl mo de profundidade de águ a p roduz i rá desequll i b rl o no perfll , gue s e t o r na r á ma i s " a g r a d a do" . Em conseqUênc l a , as o ndas transpo r t a r ao o s s e d ime n t os I nconso ll dado s da a nte p rala r umo ao con- ti ne n te , depos itando - os no pr i sma pra l al e e ntão propi ci ando a p r o - grad a ç ã o c os te i r a . Es t a t ransfe rênc i a ce ssará s o men t e quando a pro- fundidade de á gu a ~ rev ! ame n te e x is te n te f or a tingi da . Comp a ra t i vame~ te, es te proc e sso e a n al o go a o qu e oco r re com o per f i l prai a l de t e m pe s t a de, que é r e cu pera do por transferênci a de s e d i men t o da a n t e= p ra i a para o p r isma pral al e m um pe rfi I de o nd u l aç Se s (swell proflle ) , c omo se e ncont r a ampl amen t e r egi s trado na l i t e r a tura ( Davl e s , 197 2 ; Kl ng, 19 7 2; Komar , 19 73 , 197 6 ; Swl ft , 1976 ). Anal o g amen t e , este me - can ismo pode s e r perfei t amente obse r vado du rante o cicio men s al da s ma r é s . Duran t e as maré s de s í z j g í a , co r r espondente a uma " ml n l - t r a n s gre s s ã o", oco r re r á e rosão na pós-prai a e de po s i ç Ão n a a nte p rala e: c o n t r a riame nte , du rante as mar~s de quad ratura , cor res po nde nte a uma lt ml nl -re gr~ ss ão", o c o r-r-e r a d ep o s í çjio na pó s -p r fli a f') o r-osjio na an t c - GEOlOGIA 00 OUATEANAAIO 81 ~Ero'ão ~ .- ~DepoSlçoo Nível médiodo mor opó. elevação Nlvelmédio iniciai do mor P2 ~ 0,'02 Perfil di fundo opó. elevação do n1vel do mor - . .... ~ • • 'I l:'t. ...... ~lo.'\;•.:• •~~ ~; "; 10 I Perfil de fWldo lnidoI Nível médio iniciai do mor Nlvel media do mor o o. o descido p, Flg .8 - Com~0r tamen tn o~ p~rfll oe e qu l l ! b rl n on f u no n to ranea ~m fun c an o a s ub l o a o@ nlvel rplatlvn ( mnol f . oe 8 r u n n . 19 6 2 ) e e m funç ãn 00 o@scloa r ela tivn dn mar (Dn ml n guez . 1983 ) . oa znna l i 00 mar d~ niv~l 120.000 anal A.P. :l.100 anal A.P. I I --- Plei. loceno 01- Holoceno - ---- - - - - - - - - I I Borr~ira 1/ i Barreiro lI/ I I Barreiro IV I I I I I II I I Perfil Ironsversol b ccstc : teecere IlQUOP8, S.P.) ::' : ··:-\:: :~~\~\.:.~ ; ,;.,::., : :~m i . .:;..~~. Forrnoç~"'~~' :l.90m Nível de maré alto 5 .,: ........~OnonélO .:.:. I 4 10m I Formoç30 . ::':~<':; : ::;'.:~':::: ;' . ....j,~:B:lm 2.BOm 2.40... 2.6Om° Morro d.lcoporo ...~.~~~:: : ::~~<:-,:.:.:...'.;,.:.':..:...:::; '.,;.:;~;;;&; .I ;~~'c~~·<::·.::.: : .:....\:~~:.:::~W Flg .9 - D~ pós ltos arenn sns de Icapara . prÓxlmn a Iguap@ (SP) . c ujos np ns s i t uam-se o c@r c a oe 13 .8 e 3m acima do atual ' n i ve l rln ma r~ Rl ta , prnvav~lm~nte c nr r~spnndent~8 ~s Bar r~l ras TI , 111 e I V, resp~ c i v a m@n t e . on Rln Gr a no e do Sul ( Ma r t l n e a ] . . 1988) . 82 SOlOS DO LITORAl DE S"O PAULO p raia . Log o , e ob v i o que , em costas a renosas de s uave decl i v idade , co- mo é o caso das praias da me t a de sul do li toral paulista , uma desci- da de nível r el a t i v o do mar Indu z i r á Intenso t ransporte de a reia da p l a t afo rma continental inte r na para a praia . Se a de ri va l itorânea fo r min ima ou ausente , proc e s s ar- s e - á p r o g r a d a ç ã o da linha costeira at ravós da ac reção d e suc e s s iva s c r istas pralals . PAPEL DA DERIVA LITORÂNEA o transpor t e d e areias ao longo d e uma praia a renosa é causado principalmente por c o r r e n te s longitudi~ais (ou de de ri va l ! t o r â ne a ) ge radas pe l a s ondas . De f a t o, pro x imo as praias , as o ndas n a o encon- tram p ro f u nd idade su fic i e nte p ara o seu a vanço e se a r rebentam . Es te f enômeno é acompa nh ado pela li be ração de g rande quantidade de e ner- g i a, qu e se r á parci a lmente usada pa r a coloca r as a reias e m suspens ão e , e m parte , pa r a ge r a r co r r entes de deriva li t orân e a. Ob v i a mente , este me c an i smo é ati vo somente q uando as f r e ntes dos t re ns de ond a ap roxi mam-se obliquamente à p raia . A vel oc idade desta corr en te é mu i t o l enta mas a sua influênc i a é mul t o e fet i v a o nde a areia t enh a s ido colocad a em suspensão pel ~ que b r a d e ondas e , por tanto , v o lum e si gn ifi c a t ivo de areia s era t ranspor tado des ta manei ra . Vários cá l cul os t êm mostrado que a ve l o- ci d a de máxima das co r rentes é a lcanç ada q uando as o nd a s atingem a l i nh a de c ost a co m Incl inação e ntre 46 e 58" ( Larras, 1981). Uma combT na ç ã o do e fe i to de e s pal hame n to das ondas quebrad as e das c o rren t es de de r i va litorânea p r ov oc ará u m transporte pul s a t ó ri o d a a r ei a . Ce r tamente, a direç~o de transporte depende r á do â ng u lo de Inc i dênc i a das fren t e s de onda que c he gam à prai a . Não h á dúvid a de qu e , duran t e a desc ida de nivel r e l a t i v o d9 mar , a areia supr id a para r e cupera ç ão do perfil de equ l li b ri o se r a parci almente t ranspo rtada ao l ongo das pra i a s e m conse q Uênc i a deste mecanismo . Este t ranspo rte prosseguirá até qu e a a reia s e ja r e t i d a por um obstác u lo . Isto e xp l ica as grande s d ife re nç as q ue podem e x i s - ti r den ~ro de uma área 9ue te nha s i do subme ti d a a uma descida unifo~ me de nivel do mar . Deposl t~s arenosos e o dem se r meno s desenvolvi d o s ou me smo aus en t e s onde o tran si to ll tora ne o s ej a dominante e to rnar- se -ão i mpo rtantes o nde uma trapa ou obstáculo t enha facil itado a s u a rete nção . Há mu i t o s tipos difere n t es de o bs tácu l os naturais , tai s c omo , embaiamento s costei r os, ilhas, b a ix l o s f o rmando á re a s d e e ner- gia multo f raca , pontões do e mb a s a me n t o c r i sta l i no , Importantes de- semboc aduras fluvi ais , e t c . 5. UNIDADES LITOESTRATIGRÁF ICAS FORMAÇÃO MORRO DE ICAPARA a) In tro duç ã o - S i t ua d a e s t r a t i g r a f lcamente a cima da Fo rma ç ão Pa rlqUe ra-Açu , considerada de Idade t erci ária (S u nd a ram & Sugul o, 1985; Mel o , 1990 ), e ab ai xo da Formação Ca nanéla (Sugulo & Petri, 1973 ) oc o r r e m, segundo Ma rtln e t aI . (19 88 ) , r e sto s de um t erraço de const rução marinh a , de nature za arenosa e topo ma i s ou meno s e rod ido e si tua d o ce r ca de 13 m aci ma d o n ivel a t u a l do mar . Este testemu nho pare c e te r s i do preservad o dos e ve ntos e rosivos po s t e r i ores , prov a- velmen t e por se a c har ma i s ou meno s p r o t e g i d o por de trás d o Morr o de Icapara , a o nor t e de I guape . Propõe-se , a qu i , a de s ignaç ão Formaç ã o Mo r r o de I c apara para esta unidade sed i mentar . b) Ll tol o g l a - Ar e i a médi a a g r ossa , s e m qu alquer es t r utu ra s e- GEOlOGIA DO OUATERNÁRIO 83 rll mentar v i s i vel , c ons ti tui a f ormação Morro de Icapara , para a qua l nÃo f oi pos s ivel até o momen t o defi nir uma s eç ã o - t i po ou seçõe s d e r eferênc i a . c ) Su pe r f i c i e s del iml t an tes , d istr ibu i ç ã o e m área e espessura - Deve apre s en t ar-se com s u pe r f i c i e s del imi t an t es e ros iv a s , tan t o e~ r el ação à f orma ç ão Par iqUera-Açu, sotopo s ta , be m como e m r e l a ç ã o a formaç ão Ca nané i a , superpos t a . No Es t a do de s ã o Paulo foi r ec o nhec i - da , até o momento , som en t e ao nor t e de Iguape na r egião de Ic apara (flg . 9) . Desc onhece- s e ~ espe s~u ra de s t a_formação . d) I dade e e o r re l aç oe s - Nao s e dl spoe, ate ago ra , de qualquer ma t er ial que permita rleflnir a s ua Idade a bso l u t a . En tre tan t o, a c or r elação ge omorfológlc a com os quat ro sis t emas d e Ilhas-barreiras 7 l agunas , r e c onhec idos por Vi l lw oc k et ai . (1 986) , perm i t e consl derá- l a c o r re l ac l on á ve l à Barreira 11 da Provinc l a Co s te i r a Sul -Riogran- dense (fl g . 5 ) . De fat o , ao longo das plani cies costeiras dos e s t a - d o s de San t a Ca t a ri na e Paraná , ao sul d a oco r r ê nc ia paulista do Mor ro de Ic apara, e x i s tem também testemunh o s compostos de depósitos a r e nosos ou c ong l ome r á t lc o s , indicativos de n ivel marinho pre térito si~ t uado 13 a 15m acima d o a t ua l. Segundo Bi garella e t a l , (1975) , um de s s e s e xe mpI os é representado pe lote r r aço a reno s o com o topo a 13 , 9 m Acima do n ivel a tual rlo mar, e nc o n t r a do na região de I t apema ( Esta do de Sa n ta Cat a r i na) . - FORMAÇÃO CANANSIA a) In t rod uç ão - Na acepçao o r i g i na l d e Sugu io & Pe t r i (1 973) , co r r e s pond e a parte d o s d e pos i t o s a rgilo-a re noso na ba s e e areno s o no topo , c u j a loc ali d a d e - ti po está e m Ca nanéi a , n a i lha homôn im a do li t o r a l sul- pa u li s t a . As s uas a l t iturl es a ci ma do n ive l atual d o mar v ari am de 5 a 6m J unto ao oceano , até 9 a 10m junto às s erra s d e r och a s c r ist a l i na s pre - c ambrl ana s. b) Lltolog la - Su gu l o & Pet r l ( 1973 ) , e m sondage n s exe gutadas na pl an i c i e Ca n ané ia-I gu ape pe lo a nt igo IGG ( I ns t itu t o Geog ra fl co e Geo lóg i c o) , r e conhe c eram as qu at r o seqUênc i a s li tol ógi cas: (I) c ama- das areno s a s e cong lomerá t l cas com arg il a s subo r d i n adas , (11 ) a rgi- l a s s i l t í c as , (I U) a r-e í as silt ic a s e (I V) a re i a s Inc on s ol1dada s bem s e l e c i o na rla s (fig . 10 ) . De a c ordo com Su gu l o & Petri (1973) e Pe t r i & Sugui o (1 9 73) , a f o rmaç ã o Canan~ la se r ia c ompo s t a por are i a I nc o nso l i dada c om e xt r e ma un í f'o rm í dado g r a nu lomó t r l c a , c o n te ndo 80% dos grão s no In t erva l õ e nt re are i a f ina ( 0 , 1 25 - O,250mm) a mul t o fina ( 0 , 0 6 2 - O, 1 25mm) . freqU en t emen t e Impre gn a d a com ma t órla orgâni ca , podendo i nc l u i r l e i tos de a rg i la . Na acepção o ri g i na l , somente a s eqU ênc i a IV s eri ã at ri buída à fo r ma ção Ca n a né l a , r epresen t ando um depós i t o r e gressivo . Suguio_& Mar t in (1 97 8a, c ) inc orpora~ a s un i d a des 11 e 1 11 , pa s s an d o a f o rmaç a o a s e r com pos t a pe las s eqU e nc ias lI , 111 e I V. Po rem, Ponç a - no ( 1981) at ri b u i r ia a os s ed i mentos ma i s fin o s , d a s s e qUê nc ias 11 e 11 1 de Pe t ri & Sugu l o ( 1973 ) , a des i gna ç ã o fo r ma ção Ilha Comp r i d a . A idéia ma i s ace i t a atua lm en t e ( Su gui o & Te s s l er , 198 7 , 19 9 2 ) é a d e Sugu io & Mar tln (1 9 78 a , c ) . Estud o mais porme n o r i z ado desta f orma ç ã o na s il has Co mp r i d a e Ca na né ia , bem como na p l a n i c i e c o s te i r a adjacent e ( Sugulo & Te s sler, 19 8 7 ) permi t iu r e c onh e c e r e s t r u t u r a s s edi me nta res si ng enétlcas r epre senta t i vas de a mbiente s deposicionais de mar r a s o . Ar e i a s fin as c om lami naç õe s defi n idas por minerai s opacos e i nterca laçõe s a re na -argi- l osas , e x i b i ndo ac ama me n t o s o ndu lados , l en t l cul are s e " fl a s er" a s - s o c iados a intensas b i o tu rb a ç õ e s e e st r uturas de sob recarga , são pro vavelme n t e r e l a ci on a d o s à fac e l i t orân e a supe ri o r ( up pe r shore face)7 SOLOS DO LITORAL DE silo PAULO FURO NRI FURO N!!2 21 1lI .....:.'.-....... ••• 1 •.,... ~-:~~;:.....' ... I-::'.:~~.», :.,....:.':. " ........ ~.· ..' ..' ..·.' ... . .::.: :. ..', .': ~';':J• .:..r...... " '.' .·.. .'· ,', -,' •v- ",:..... :'.'1'.-'·..",.........'.. . . 167 I lJI 30 37 II 49 IJZ 31 II 47~~ Coordenadal ' Furo N'I 24°45'30" lalilude lul 47-38'24" langilude o"Ie Furo NI2 24° 52'26" lalilude sul 47°43'30" longitude oeste Embasamenlo Pri-cambriono ~6.40..E.ê:!l2t=,.. 1- CClOQlomerado e arenllo cClOQlomerdlico II- SiIle aroiloso com dialomó- ceas e rarOI foramlníferol 1lI- Arolla Iillasa com abundon- I" foraminíferal 1Il- Areia fino muilo bem sele- cionado Fl g .1 0 - Est rati gra f ia do s f u rns dp snndag~m ~ xp.c utadns p~ ln an I~n Instltutn Gp. ng r áf l c n e Gp.o1Agl c n IGr (P~trl & Sugu í o , 19 71 ) . GEOlOGIA DO OUATERNARIO 85 Es s e s sedi mentos s ão s u pe rpo s tos por a r eias fi nas e ma is puras c om l amin a ç õe s hori z on t a i s e s ub-ho r i zo ntais pa ra lelas e c om est rat ifl ca ções c r u za da s de b a i xo â ng u l o e g r etas de c o n t r a ç ã o , r epre s en t and0 um suba mb i e n t e mai s raso do qu e o an t er i or , s u bmetido a e xpos ições sub a~ reas peri bdi c a s e m uma an t ep r a i a, ind i c at ivas do f im da Tran s - g ressão C an an~ i a (Fi g . 11 ) . c) ê upe r fí c !es de l i mi t a n t e s , distr ibu i ç ã o em á rea e espessura - A Forma ç a o Ca na nc ia e x i be s u pe r f i c ie s del l mitantes e ro s i va s , t an t o e m r el a ç ã o às fo rmaç õe s Pa r i q Ue r a - Aç u o u Morro de I capara , so t opo s - tas, bem como e m r el a ç ã o à Fo rmação I lh a Comp r i d a , s u pe r post a.• . Ela oco r re mais ou menos con tinuamen t e · ao longo das planici e s cos te iras , i n te r rompida pelos po ntões do emba s a mento pró-cambr iano, pel o me no s n a me tade s ul do litoral pau l i s ta , is to é , até as vi z i- nh a nç a s ge San tos . Na pl a níc i e de Ber ti o ga , p rbx imo ao val e do . Rio I t apanh au , oco r re m os ul ti mos afloramen t o s provave lmen te a tribu ive i s à Forma ç ã o Can an~i a ma is típica . Resto s de terraços marinhos com 7 a 8m de a l tura , mui to di ssecado s pe la e rosão , ocorrem t a mbém na porç ã o norte da p l aní ci e de Ca r a guat a t u b a e n tre os morros de Indaiaquara e Emp re sa , a lém de algun s t este munhos r e du z i do s e Isolados no cent r o e s u l daquel a pl anici e . A- i da de pl ei s t oc ê n i c a desses depbsi tos é a test a da po r f rag me nto s de ma de ira c o l e t a dos de depós i tos argil o- are nosos preenchendo as partes e r od i da s de s s a s a reias, que f orne c eram idade s s upe r i o re s a 6 . 000 anos A.P . Na l oc al i dade- t i po de Ca n a né i a (Ge obrás S . A. , 1966 ) , bem como n a á rea de Ca raguatatuba ( Fú l fa r o e t aI . 1976) , a espessu ra da Forma ção Ca nanóia se gu n do fu r~s de s ondagem de ve s e r s ueeri o r a 30m . d) Idade e Co r r e laçoes - A idade de sta f orma ç a o , de t ermi nada at ravés de cora i s ( Mart i n e t ai ., 198 2 ), é de ce rca de 120 . 00 0 a n os A. P . gorresponde ndo , por t an t o, ao e s tádio i nte rg l ac l a l Sangamoni a no da Amer i c a da No r t e ou Rlss/WUr m d os Al pe s ( Eu ropa) . Embora apresen- tem- se mul t o b em pre s ervados , o s afl orame n t os desta f orma ç ã o n ã o te m fo r necido ma t eri a l qu e po ssa s e r da tado pa r a obtenção de idade a bso lu t a . Po ré m, t ronc os de ma deira c a r bo nizados proveni en t e s do i nte= ri or da s a rg i l a s b a s a l s de s s es afl oramen to s indi c aram q ue a idade está al é m do alcanc e do mé t odo do radi oc arbono (normalmen t e ce rca de 30 .000 a no s) . Os r e gi s t ros de s t e t erraço ocorre m, pel o meno s , da Pa raí ba ao Ri o Grande do Su l . Ne s t e e s t a do , co r respond e r i a à Barreira II I (Fig .5) do s qu a tro s istemas d p. il has- b a r r e i r a s / lagu na s de Villwock et ai . (1 986). A par tir d a s sua s est r u t u r as s e di mentares hi drodln âmi c a s P. t ubo s f os s ilizado s de Ca ~ l i c h i ru B é pos s ív p. l r e con s truir as posi ç õe s d o s pa l e on iveis r el a t ivo s do mar durante a sua deposi ç ã o. No e ntan- to , a e sc a s s e z de i d a de s absolutas não permiti u , a t é o mome n t o , dp. - l i nea r a c u r v a de fl u tuações de nível r e l a t i vo do mar ao re dor de 1 20 . 000 a no s A. P . , ou compa r a r as alturas de r ec on s truç ões mais ou menos si nc rôn ic a s de di fe ren t e s po ntos do li toral brasil e iro . e) P rob lp.ma de nomenclatu ra e s t r atig rá fic a - A denominaç ã o For- ma ç ã o Ca nanéi a para estes de pbsitos pl eis t oc ênicos foi p ropost a por Sugu i o & Pe t r i ( 1 97 3 ), te ndo sido redefinida por Su gui o & Mar ti n (1978 a) na f orma atu almente aceita . Ma i s ta r de , a me s ma de s i g n a ç ã o f o i u s ada por Ojed a y Ojeda & Aranh a ( 19BO) , para r eferir-se a o in t erval o 4.447-4 . 580m do poç o A-SCS- 2 pe r-r u r-a do na Bac ia de Santos na plataf o r ma cont i ne nt a l de Santa Cata r i n a L ,·ompo s t o por b asa l t os jc r-e t ac e o a , _ _ Po r que s t a o de prio ridade , aqui e man t ida a de s í gria çao Fo r-maç ao Ca nanéia pa ra os sedimentos do Pl eis t oc e no Su pe r i o r do li t oral pau- li s t a, c u j a id a de si tua-se e m t o r no de 1 20 .000 ano s A.P. 86 SOLOS 00 LITORAL DE SAo PAULO .2 !.. _Continente .8 ;; ã ~ ~ LITOLOGIAS ArQilo It:?-.~ Soloo(enoso {U:.~.:·:::::] ~~:~~ Acomomenlo "floser" Solo húmicoF.:.;.'.·:·.K.'. !.~:..·J re~~~Morco ondulodo de pequeno . ' : " eSCOla Areio tino Omuilo t ino f.t...;.:.:.~.::.:.~'.:.l l1'1Pi:l ES1rol jficO Ç~ cruzodo espi - ~nho -de - pe .. . Areia méd io 1:""':::; :1~Acomom.nIO 1' "liculor CoscolhoE{~~t~ ~Acomomen lo ondulodo ESTRUTURAS SEDIMENTARES ~~~~l Bolsos de orQilo Tubos de Collichirus mol2! t,J'-J ~~ij Bolsos orenescs Biolurboçbes &)~1:1 ~ Morco de sobrtcorQo Estruluros de escape !@\!~&J rm Eslruluro pedoQenélico LominoçOts~rolol~ horizO(l~~ Eslrot if icoçllo cruzodo de boi- 1015e sub·honzonlOlS ~~ la an<;Julo NMA-N(vtl de Mori Alio / Conlolo mois ou menos lrons icionol NVVV1. Conlolo erosivo ~ creste Iimonólico 2 4 :5 7 6 Oc~ono_ Iml Fig . ) ) _ Seções 90l una res integra~as da Formação Cananéia na planicie costeira hom~nima. most rando as li - t~l~gias e as estruturas s edimen tares p redomina~ tes (Sugulo & Tessler . 198 7) . GEOlOGIA DO QUATERNARIO FORMAÇÃO I LHA COMPRIDA 87 a) Introduç~o - Na po rç ~o e xte r na (l ado oc eânico dos depósito s r~ nosos da Fo r mação Can anéia) oco r r e m se d i me n t os , cuja a ltitude si - t ua - s e normalm e nte e n tre 3 a 4m, sepa rados e n t r e s i po r uma esca rpa dn I a 2m. ~les form a m uma f a ixa pra ti c amen t e con ti nua e nt re o ocea- no e os depositos a r en os os ma i s an t i gos. Mais para o in t er i or , na s zo na s e rodidas da Fo rma ç ão Cana né ia , f oram deposi t a dos s edimen t o s a r Rl lo-are nosos de o rigem f l úv io- laguna r . Oc o r r e m també m are ias lagu= oa res r e c ob r indo a nt iga s f o rma ç õe s a rgi losas de man gu e ou de fund o de bal a , além de b anc os de conc has de mo lu s c os com 20 a 30 c m de es- p~ssu ra interca lados na s a r e ias l a gun a r e s . A ess es depósitos se d i me n t a r e s das planíc ies costei ras paul is- as , l i g a dos à T ransgre ss ~o San to s (Suguio & Mar tin, 197 8 a ) , p r o põe- s e a design aç ~o Forma ç ã o Il ha Co mp r ida , em subst ituição à Forma ç ã o San t os , qu e vi nha sendo usada info r malmen e a t é o momento (Sugu io & Tess le r , 199 2) . b ) Lito log ia - A s eme l hanç a dos amb i e n t es de sedi ment aç ão f a z c om q ue as fo r maç õe s Cananéia e I lh a Comprida sejam mui t o semel han- tes e nt r e si . Ou t ro f a t o q ue c ont r i bui pa ra i s to é que par t e desta formação resu lta ria do r etraba l h a mento da formação mais a ntiga . Des- te modo , p redomi nam areias f i n a s a mu i t o f i n as, f orm a ndo te rraços r e cobe rt9s por co rdões litorâneo~ (ou c ri sta s p raiais) re~ressi vos em s u pe r f i c ie , c l a r ame n te disce r ni veis sob r e f o tog rafias ae reas e m gran de exten ~ ão . Ao lado desses de pó s itos marin~os ocorrem , com fre 9 Up. n= c i a , deposi tos a re no -argilosos de o rigem fluvio-estuari no ou fluvio- lagunar . Depós itos eóli co s s~o po uc o conspí cuos em toda a p l an l ci e co s t e i r a paul ista , s endo encont rados de manei ra mais r e pre s en t a t iva na por~ão sul da Ilha Comp r i da . Sao c omun s as l ami na ç oe s e m a r eias , r e alçadas pelas coryce nt ra- ç~es de minera is pesados opacos , se ndo a impregnaç~o por m? t eria o r - ganica b em ma i s r ara e incip iente do qu e n a Fo rmaç ao Ca na ne i a . c ) Superflci es delimitantes , distribuição e m área e espessu ra - A Forma ç ã o I l ha Comp rida e xi be s u pe r flcie delimitante i n fe rio r de na t u r eza e ro s i v a , e mbora o s e u contato com as a re i as pl eis t oc ê n i c a s se j a di f i cilmente reconhecive l . - A s ua oco r rência , em re lação a o s depósitos da Fo r mação Ca na- né i a , é ma i s res t rita na pl anlci e c os t e ira Ca nané ia- Iguape , o nd e a Fo r mação I l ha Comp rida a pa r ece ma is conspicuamente na i lha homô nima. A I l ha Comprida é uma f eição t i po ilha - b a r r e ira (Ma r ti n & Suguio , 1978b ), que f oi estu dada e m de talhes por Barce los et a i . ( 1976) . A parti r da r e g i ã o de San t os o s depósito s holocê nicos p a s s am a pre do- minar sob re os pl ei s t oc êni c os , chegando a se r e xc l usi vos e m vá rias p l an i ci e s c o s t e i r a s da pa rte no r t e do es tado . A e s pe s s u r a da Fo rmaç~o Ilha Compr i da deve s er, e m ge ra l , infe - ri or à da Formaç~o Can a néi a , situando-se e nt re 10 a 20 m. d) Idade e co r re l ações - O e vento geo lógico de nl ve l mari nho ma i s alto do q ue o a tu a l , qu e originou a Fo rmaç~o I l ha Comp rida é c o nhec ido no li toral pau l ist a com o Tran sgre ss~o Santo s . Os pal e on l- vei s mar i nh o s mais al t o s do Holoc e no f oram bem defin i do s e m fun ç ã o de numero s a s r e construç õe s no t empo e no espaço , r e al i z adas at r avés de ma i s de 100 da t a ç õe s e xec u t a das no l i t ora l paul i s t a pe l o mé t odo do r adi oc arbono . Numerosos te stemu nhos de an t igos nlveis mar inhos pu de ram s er defi n i dos , permitindo const r u ir c u r va s de var i aç ~o do n l = ve l r el a t ivo do ma r durante os úl t im o s 6 .000 a 7 .000 a nos (Suguio et al . , 1980 ) . Co r r e s po nde r i a à Ba r re i ra IV (Fig . 5) dos quat ro siste- ma s de i l has- ba r r e i ras /!agunas , c once bidos po r Vil lwoc k e t al o (1986 ) . e ) Probl e ma de nomenclatu ra est ratigráfic a - A dominaç~o Fo rma- ç ao Santo s teria s ido a t r i bu l da po r Ojeda y Ojeda & Cé se r o ( 1 9 7 3 ) , r~ 88 SOLOS DO LITOR AL DE SÃO PAULO a e v o - mfJnos Su gui o f~ r l ndo- se aos sedi mentos cont i ne ntai s macrocl á s ti cos . e ncontrados no poç o l-SPS-3 e nt re 670-2 .590m na Baci a de Santos , de prováve l i d~ de t e rc i á r i a . Por que st~o de prior i dade , pro põe - s e a q u i qu e s eja abandon a da a mesma deslgnaç~o que vinh a se ndo e mp regada informalmente aos depós i - tos h ol ocêni c os de Transgre ss~o San t os ( Su guio & Tessl er . 199 2 ) . Em subs ti tul ç~o , ~ropõe- se o uso da dominaç ~o Formaç~o Ilha Compr i d a para e s te s deposltos . Este nome havi a sido proposto i mpropri amen t e por Ponçano (1 981) para r eferir-se à s se q Uênc l as I! e 111 ge Sugu i o & Petrl ( 1973) , i gno r a ndo o fato de q ue essas s eqUencias ja h a viam s i do incorporad a s à Formaç80 Ca na né ia , jun t amen t e c o m a IV , po r Su - guio & Mar t l n ( 19 78 a ) . OUTRAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFI CAS a) Dados de subsuperrl ci e e outras unidadesl1 t oes t rat i grárlc as Localmente , c omo na planicl e c os te i ra de San t o s , fo ram r eal i z a das mui tas sondagens . Poré m, s end o na sua to ta lidade fu r os e xec utados c om fins geotécn l cos , a s informações ge ol ógi c a s obt i d a s são l imitada s em quantidade e qualidade . Na plani ci e c os te i r a e n t r e o Morro da Juréia e Barra do Una, a o s ul de Peruibe , foram e xec utad a s sondage ns r el ativamente profund a s (mais de 150m) . Es s a s sondagens mos traram qu e a superfi ci e do e mb a s a mento cris t a lino pré-c ambri ano é ba s t an t e i rregu lar . Além di sso , e s 7 tudos de di a t omá c e as reali zado s por Se r vant-V i l da r y & Sugu l o (1 99 0 ) indicaram a possib il i d ade de e x istência de sedi men tos t e rc iários , de ambi ente t r~ns ic iona l l ne s t a área . • b) Dep osltos c o l u v l o - a l uv i a i s - No sopo da e s c a r p a do Pl anal t o At l â n t i c o oco r r e m depósito s colúvi o-aluvi a l s in t erdigi tado s com as fo rmações qu a t e rnárias da plani ci e c oste i ra . Es t e fa to f o i demon s tra do por Fúlfaro e t a i . (19 76) e por SU8u lo et a i . (1976 ) em e studoi r e a li za dos, respe ctivamente , nas pl an i c i e s costei ras de Ca raguata t u - ba e Itanhaém . Entretanto , seria ne cess ári o r e al izar pesqu isas mais po rmenorizadas para c a r ac te r i z a ç ão mais adequada desses de pó s itos . 6. MODELO DE EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DAS PLANÍCIES COSTEI RAS PAULIS- TAS Não há um modelo gue , através de uma úni ca s eqUência de e ve n- tos , e xplique a evoluçao geologica e m todas as unidades morfol ó gi cas que constituem o l itoral paulista . Porém , não h~ dúvida ge qu e a s etapas transgressivo- regressi vas das transgre ssoes Cananeia e San os foram decisivas no desenvolvimento da s planí ci es c ostei ras paul i s- tas . Deste modo, como não s e pretende d i scut i r exaus tivamen te lução geológica de c ~d a uma das un i da de s morfol ógicas e muito de cada uma das planicies , o modelo I dealizado po r Ma r t i n & (1 978 a ) pre s t a - s e bem para esta f inalidade ( Fi g . 1 2): a) Pr i meiro estádio - Durante o máximo da Transgressão Canan;la ( 120 .000 anos A. P. ) , o ma r deve t er ati ng ido o sopé da Serra do Mar , q uando foram depositadas a s a rgil a s t r-u n s t c í one í s e marinhas da Fo r - ma ç ã o Cananéia, re cobrindo parcialmen t e a Fo r ma ção PariqUera-Açu . Um ~oasível regist ro transg ressi vo- regre s sivo a nte r i o r , cor~e sponden t e a Ba r re i r a 11 do Ri o Grand e do Sul , oc orre a pe nas na r e g i a o de I c apa ra ( Ma rt i n e t a L , , 1988). - b ) Segundo estádio - Com o a dve nto da f a s e r e gre s s iva, de pósi- tos de cr istas pralais ( cordões li t orâneos) fo ram sed i mentados no GEOlOGIA DO OUATERN ÁRIO III estóQio - Móximo da trcns çressôo Cananéia McSximo do Cononéio ","", ,'., Superfocie de deposíçê o :": :~:!;i~~;.~:~:€;~~~~~~~~r0 22 estóOio- ReQressão e depos içóo de co rdões lito râneos Col&.lo- olu.lol ~estóQio- Erosõo parcial dos depÓsitos marinhos Colúvio - aluvial 4 11estágio- Transgressõo Santos- Holoceno Colú.., lo- aluvial 89 FI g .l ;> - E stá~ 1 0S ~ vo l u t l vos p r o po s t os para e xp lica r a 0 rl g~m da pl an l cl e costei ra de sde Ca na- n~la a t~ 0 Morro da Juré l a ( Ma r t i n & Sugu i o, J 978 a ) , 90 SOLOS 00 LITORAL DESÃO PAULO p ara oc o r-- e x l - o pa dos d~pó s l tos ar~nosos da Forma ç ã o Canan~ l a . c) T~ rc~ l ro es á d l o - Durant~ ~sta fas~ o nív~1 mar i nh o ~s~eve sempr~ mai s baixo do que ho j e e m d ia (mais de 100m abaixo do nlvel atual há c~ rc a de 18 .00 0 anos A. P . l . quando os rios qu e ~renavam a pl aní cl ~ cos t~ l ra de v~m er e rodido profundamen t e os deposlto s ch Forma ção Can an~l a . Muito s desses v al e s podem t e r e xibido con f igu r a ç õe s se me l h an t e s às observ adas na á reas de oco rr~ncia da Forma ç ã o BRrrei ras ao l o ng o da c os t a ba i a na . d) Quarto e s t á d i o - No iníci o do úl timo e vento t r a nsg resslvo o nív~1 do mar subiu r ap i d amen t e, tendo u ltrapassado o n íve l a tual en- t r~ 6 .000 a 7 . 0 00 anos A.P . Deste modo , o mar I nvadi u as á r~ as r e- bai xadas p~la ~rosão , f o r ma ndo um e x ten s o si stema l a gun ar, onde se- dlm~n tos arena-a rgil osos freqüen temp nt~ ri c o s ~m matéria orgân i c a foram deposl tados, f a t o q ue' ati ngiu o cl ímax há a p r-ox í ma d ame n t o 5 . 150 a nos A. P . Enq uanto isso , o mar deve t~r também ~ rodldo a s par "s aI tasda Formação Ca nanéia , r e de posl t a nd o as ar~ las para formar d ~pósl: tos ma rinho s e transl ci onai s hol oc ên l c o s . ,,) Qu in t o estád io - Du rante o r e t o rno do nível marinho para o atua l , c r i s tas pral al s r egre s s iva s ho l oc ê n l c a s f oram fo r madas . F l u- tuaçõ~s do n íve l mar i nho durante a pa rte final da última transgres- são produziram v á r i a s ge raç õ~s de c r is t a s pralals . Deste modo , na Ilha Comp r i da pode-se v i su a l i zar p~l o menos duas geraçõe s de c ris t a s pra i al s hol ocênlcas separad a s por uma zon a baixa e mais ou men os pan t a nosa , qu~ pode s~r acompanh ada por a p rox lmadame n ~ 50 km. - 7 . CONSIDERAÇÕES FINAI S Nest e cap í t u lo são sumariados a l gu n s do s a spectos fundam~n a i s da f orma ç ão das planícl~s c os t~ l ras p aul i stas q ue respondem . p"l o ~~ nos parclalm~nt~ , à qu"s tão: c omo ~ quan do s " formaram essas p l anl- c i e s? R~presenta a sin~~se dos pr lnc l e als trabalhos r ealizado s p~lo auto r . c om a Imprescl ndivel par t l c l p a ç a o d o Dr . Louis Martln (ORS1'(J>1! França ) , du rante os últimos 20 a nos . Em t ermo s est ratigráfi cos . há ne c e s s i da de de pesqui s a s ad ic ionais tal vez c om ap llcaçao de concei - tos de a loest ratig ra f la . pa ra se c h~ga r a uma sistematização mais a p r op r i ad a das un idade s e st rat i g ráfi cas . As necessidades do conhec i mento c a d a vez mai s a pr imo r a do de s sas pl an i cl ~ s costei r as , por r~p r~s~ntarem o r e g i s t r o dos úl timos ~v~n tos geológicos n a zona de In t erfa c e oceano /c o nt i ne nte , podem s er j us t l f lcadas tanto do ponto de vi s t a c i e n t i f ico (acadêmico) , quan t o tec~ noló g i c o (apli cado) . Em te r mos c ientíficos . a possi bi li dade d~ se c o- nhec er como e q uando se f ormaram as pl anicl es c os t e i r a s pa u l i s t a cons titul , por si só , um a ssu nto f a s c ina n t e. Sob o pon t o de v i s t a tec no : l ó g i c o eodem se r e numeradas a lgumas das s eguintes posslb i l ldad~s de apll caçao do s conheci mentos adquirido s : . a ) Em ge ol o g i a a mb iental - Os proc esso s geo loglcos atuan t " s nes- sas local i dades , ho j e e m dia, s ã o uma con tinuação n a t ural dos " v~n t os oc o r r idos no s últ imos milhares de a no s , isto é , o es t udo do pa s s a do pou co r emo t o aj u da rá a c ompr~ender o presente e o s conhec l m~ ntos so bre o passado pouc o r~moto e o pr~ s~ n te c o ns t i t u l r â o uma ferram~ n tã I mpre sclnd ív~l n a comp re e n são do fu tu r o. D~st~ modo , vl slumb ra- s~ a apllcab l l ldad~ desse s conh~c l me n tos em a ssuntos r~ l ac l onados à e rosão ~ sedi mentação , à água subte rrân~ a , à po l uição amb i en tal , etc . na zo- na d~ In t erfac e e nt r~ o conti ne nte ~ o oceano . , b) Em ge o t~cn l a - O mo de l o de ~vo lução geol ~glca concebido p l ani c l es costei ras pau listas e ns ejou a c omp r~e nsao da causa de rênc l a , muit a s v e ze s a me sma profund id a de, d~ camadas argil o s a s ceOlOGIA DO OUATERNÁRIO 91 b o r-d e r í n g Ci;;nclas , Inrto proprt~rtArtps g~o ~~nl cas mul t o rtlf~ rp n tes . A Imp ortância d e s t e fAto f o i rtcmonst r ada por Ma s s ad (1 9 8 5b ) , na s u a t ese de I lvre-d oc ê n - ~IA ~ l e v o u amb~ m a ABMS ( As s oc i a ç Ão Brasile i r a d e Me cÃn i c A do s So- lo s ) a r e a l i zar (Sugu l o . 198 8 ) o slmp~s l o "bep~ sl tos qua e rn~rlos ~ A 8 b a i xa d as litorâ ne a s bras i l e i r a s : o rigem , carac t erlst i cas ge o ~c n í c as ,.. ""xpt:orl;)nc 1as d'" o b r-as v . Pr-ob Le rna s g*:,o t éc n ic t)s . que r~mt)n am A? f im da d~c a~a de 40, f oram s oluc i 2na do s po r Mas sAd (op .c i t .) , a r~ V~S dA apl l caçAo do modelo de e voluçao g eologic a quaternar ia da Bai • da San 15 a id~alizado por Suguio & Mar t l n ( 19 7 8 a) . Ou r o s prob l e~ ·AS po d p m s e r vi s lum b r Ado s no s d epÓs i t o s co l úv io- a luvi ais , po r exe m- p l o , p r- l a oco r rê nc ia d -:- r:-vt:' ntua ls ma ac ;;t:' s ~e rocha s cr ls a r í nas ooe , dl f l c i l men e pode m s er pr~vls tos , mesmo ap0s c a rac e r i zaçÃo ma i s por ~~ n() rlzarla dt:'sst:'s dt:'p0 S i o s sed i m~ nta rt:'s . - A I ~ m d i s s o , em mai o de 19 9 3 f oi I n s t l ul do o pro je t o in i u l ado LOICZ (Land-Ocean In prac tion s in the Coas a I Zone / ln t eraç ões Co n t i - n~n e - Oepano na Zo na Cos pl r a) , sob o s auspí ci os d o pro gra ma I GBP ( I n ern a t i o nal Geosphe re/B tosphe r~ Progra mme - P rog r a ma I n e r naci o- na l Geosf~ra/B ios fe ra ) , em c u j os o b je t i vos se inserem os c onhe c lmen- np r~s"'n nrlns n~ s ,.. capi tult) . 8 . AGRADECIMENTOS T~ mo s o g rato pra zer de deixar a q ui r e gis trado s os no SSo s ma i s sl nc p ros a g rA de c l me n o s ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvo l v imen- t o C i e nt i f ic o e Tec no1 0 glco) e a . ORSTOM (I nst itut F~anç als de Re- c h~ re hes So í o n í f t q uo s pou r l e De v e l o ppom-n e n coo pe r-a t t on I por tP. - rn m ~ n ~""jnrl t) estas p0 s gu1 sns t:' m cnoperaçào o De sejamn s , t Rmbé~ , agra - dece r a FAPESP (Fund a ç a o d e Amparo a Pe squ i s a d o Est ad o de Sa o Pau- lo) por t e r c o nc e d i do , pm v á r ias oc aslõp s , Aux i l io s para os t r a b a - lhos de c a mpo e p ara a di vulgAÇÃO do s rp sul tado s . 9 . REFERÊNCI AS BIBI.IOG RÁFI CAS AL~EIDA , F .F . M.de . 19 7 5. Th e syst e m o f c o n t i ne n t a l rif t s the San to s bast n , 8 rasll . Ana i s d A Ac a de mi a Bras il eira de 48 (supl pmento) : 15- 26 , Rio rte J ane iro. BACCAR, M. A. 1 970 . Ev l d~ nc l as geof l s i c a s d o pacote s e dimen tar no p Ia õ de SÃo Pau l o . In : CONGRESSO BRASILE I RO DE GEOLOGIA , 24 , Bras il i à (DF) , Socied a de Bras i l e ira de Ge ol ogi a , Ana is : 201- 21 0 . BARCELOS, J . H . ; SUGUIO , K. & COIM8RA , A.M._1976 . Sedlmen a çÃo e sub ambientes de po s iclonals da Ilha Comp rl rta , Sao Pau l o . In: CONGRESSÕ BRASILE I RO DE GEOLOGIA, 29 , Ouro Preto ( MG ) . Soci edade Brasi l e ira de Geol o gi a, 1976 . Anais , 2 : 10 7 - 13 5 . BIGAREL LA, J .J. 1965 . Subsidios para o e s ud o das variações d o nlvcl oce â n ico n o Ou a te rn~ rio brasileiro . An a i s dA Academ ia Brasileira de Ci ê nc i as , 37 (suplemen t o ) : 263- 278 . Rio dp Jane i r o . BIGARELLA , J .J . ; BIGARELLA , I .E .K . & J OST , H. 1975 . Tropi cs for discu s si on . In : INTERNATIONAL SYMPOSI UM ON THE OUATERNARY , Boi . Para naense de Geoci . , 33:1 71 - 3 63 . BITTENCOURT, A. C. S . P ., MARTIN,L.; DOMINGUEZ , J . M.L . & VI LAS- BOAS, G . S , 1979 . Ouat e rnary ma r í ne f orma t i o n s of thp coa st o f' he State o f 92 SOLOSDOLITORAL DE SÃO PAULO Bah i a , Bra z! I . In : INTERNATIONAL SYMPOS I UM ON ÇOASTAL EVOLUTI ON IN THE QUATERNARY, são Pau lo . 1978 . Proc ~~ d ln gs . são Pau lo , 19 78 , p . 232-25 3 . BO~. J . 194 9. La t héo r le de l a fle xure con tlnen a le . CONGRES INTERN. DE GEOGRAPHIE , 16 , Llsbone , Comp es Rendus : 167 -190 . BRANN ER, J . C. 1904. The s o ne re~fs of Brazll , thel r geologl cal and g~ ograph l ca l re latlons . Bu l I . Mu s . Co mp . Zoo l . , Ha r va rd , 44, G ~ o l. so r . 7 . BRUUN, P . 196 2 . Sea levei rlse as a cause of sho re e r oslon . Amer l c an Socle y o f Ci v i l Engl nee rs P roc eedlngs , Journa l o f Wat erway s and Harbors Dlvl s i on , 88 : 177- 13 0 . DAVIES, J . E . 19 7 2 . Ge o graph l cal var i a l on in coa s t a l developm~n .In : K.M. Clayton (ed .) Ge omorph o l ogy . Nova Yo r k : Longman , 240 p . DOMINGUEZ , J .M .L . 198 3 . Evol u ç ã o quat~ rnÁria da pl aní ci e cos t e i r a a s soc iada Á f oz do r i o J e q u l lnhonha ( SA) : infl u~ncla das var l aç ~n s d~ n íve l do mar e da de ri va l i o r â ne a de s~dlm~n tos . D i ss~ rtação de me s t r a do . Univers id a de F~de ra l da Bah ia . Insti t uto de Geocl p.nc i a s, 73p~ (I né d i ta) . DUBOIS , R. N. 19 76 . Ne arshore e v ide nc e In suppo r o f t he Bruun rul n o n s h o re e raslon . J ournal o f Geo logy , 8 4 : 485 - 49 1 . DUBOIS , R.N . 1977 . Pre di c tln g be a c h e rosl o n a s a fun c tl on of r í s í ng wa t er l eveI . Jou r nal of Geol ogy , 8 5 :470 -4 76. FLEXOR, J . M.· MA RTI N, L . & SUGUIO , K. 19 79 . Ut l l l s a t i o n du r a ppo r t iso toplq ue I~C / 1 2 c comme I n d l c a t ~ u r d ' o s c lllatl ons l a gunalre s . In: I NTERNATI ONAL SYMPOS IUM ON COASTAL EVO LUTIO N IN THE QUATERNARY, 19 7 R. são Pau lo . P roc ~~d l ngs :3 56-37 5 . FREITAS, R. O. 1951 . Ensaio s o b r e a t ~ ct;;nl c a mo derna do Brasi l . Bo- letim Fa culdade de Fi loso fia . Cip. nc las e L~ tras , Un i ve rsidade d~ são Paulo , 130. G~ologia 6 : 1 20 p . FÚLFARO, V.J . & PONÇANO, W. L . 197 4 . R ec ~n t ec t o n l c f e a t ures i n hn Serra do Mar r nglon , 5 ate o f Sao Pa ul o , Br a zll , and thel r IfTl'Ort anrn to e ngl neerl ns geology . In : INTERNATI ONAL ASSOCI ATION OF ENGIN EERI NG GEOLOGY , 2 , Sao Paulo , P roceedlngs , 1 :1 1 7 . 1 - 11 7 . 7 . FÚLFAR O, V.J . ; SUGUIO , K. & PONÇANO, W. L . 1974 . A gênese das plan í- c i e s costei ras pau lista s . In: CONGRESSO BRASI LEI RO DE GEOLOGI A, 28 . Porto Al e gre (RS) , 19 74 . An a i s, 3 : 37-4 2 . FÚLFARO, V. J.; PONÇ ANO , W. L.; BI STRICHI~C . A . & STEIN , D.P . 1976 . Es - co r re game ntos de Ca raguatatu ba: e xp reSSa0 atua l e r egi s tro n a co luna sedimen t ar da p lanície cos ei ra adjac e n t e . In: CONGRESSO BRASILEI RO DE GEOLOGIA DE ENGENHARI A, 1 , Rio de Janei ro , 1976 . Anal s. 2 : 341- 35 0 . GEOBRÁS , S . A. , 1966 . Comp l e xo Val o Grande , Ma r Pe que no ~ Rio Ri b e ira de Iguape . Rel a t óri o Ge o b rás S/ A, En genhari a e Fundações . Se r v iço do Val e do Ribeira . De parta mento de Ág u a s ~ Ene rg ia Elét r ica . são Pau - l o . 2 volumes (i né d ito) . HARTT, C. F , 18 70. Ge ol ogy and physi c al geography o f Brazil . Bo s on : Fl elds Osgood . 6 25 p . GEOlOGIA DOOUATERNÀRIO ~ING , C .A .M . 197 2 . B~ach a n d c o a s t . Lond r~ s: E dward Arn o l d. 5 70 p . 93 ~OHA R , P .D. 1973. Compu t er mo dels for d~l t a growth due to s edlmen Inpu t from rlv~rs and J o n gsho r~ transpor t o Ge ol ogical Soc le t y o f Am~ r l c a Bull e tln . 84 : 22 17 - 2 2 26 . ~O"A R , P. D. 197 6 . Be a c h p r oc c s s c s and ac d í me n t o Logy , Nova Je rs~y : P rp n t l c ~ -H a l l , 4 29 p • LABOREL , J . 1 9 79 . Flxed ma r l ne organisms as blologl c al (o r t h~ study o f r e c en t sea- Ieve l and cll ma t e varla tl ons Rr a z l l l a n tropi cal c o a s t . I n : INTERN ATI ONAL SYMPOS I UM ON EVOLUT I ON IN THE QUATE RNAR Y, s ã o Paulo , 19 78 . P roc eedl n g s . l o , p , 19 3 - 211. indl ca t ors a long t he COASTAL s ã o Pau - LARRAS , J . 1 9 81 . Cours d 'hyd rau l l q u e marl tlm~ e t d e travaux mari t i - mes . Parls:Dunod , 4 5 9 p . MARTIN, L . & SUGUIO , K. 1 9 7 5 . Th e S t a t e o f s ão Paulo coasta l marine Ou a t e r n a r y ge o logy - Th e a nc ie n t st r a n d llne s . Anai s d a Ac a d em i a Br a ~ I l e l r a d e C i ê n c ias , 4 7 (su p leme n t o ) : 249-263 , Ri o d e Jane i ro . MARTI N, L. ~ SUGUIO , K. 19 76 a . O Qua ternári o ma r inho d o li t oral Es t a do d e Sao Pa u lo . In : CONGRESSO BRAS I LEI RO DE GEOLOGI A, 29 , Pre t o (MG ) , An a i s , 1: 21 7 - 23 6 . d o Ou ro MAR TIN , L . & SUGUI O, K. 19 7 6b . E tude pre l l mi n a lre du Qua t ern a lre mari n : comparalson du I l t t o r al d e são Paul o et Sal v ador , Br é s ll . Cah l e r ORSTOM, Sé r i e Gé o l o g l e , 8(1 ): 3 3-4 7 . MARTIN, L . & SUGUI O, K. 1 97 6 c . Le s var l a t l o n s du n lve au d e l a me r a u Ou a t e r n a i r e r e cen t dan s lI' s ud d e l'E t a de são Pau l o : u ti llsa tl on 'Ie s " sambaqui s" d an s l a dé te r ml natlon d ' a nc i -:o nne s l i gne s d e r í v a ge holoc éne s . I n : CONGRES I NTERNATI ONAL DES AM ERI CANI ST ES , 4 2, Pa r is , 1976 . Ac t e s, Pa r i s . V. 9: 73-8 3. MARTIN,L. & SUGUI O, K. 19 78 a . Exc u rsion r ou t e a l o n g t he coast l lne betwee n t he town o f Ca nanéi a ( S t a te o f são Pau lo) a nd Guara tl b a out- let ( S t a t e o f Ri o de J an~ l ro ) . I n : IN TERNAT I ONAL SYMPOSIUM ON~AL EVOLUT IO N IN THE QUATERNARY, s ã o Paul o , 19 78 . Speclal Publl ca tl on n 9 2 , 98 p . MA RT I N, L . & SUGUI O, K. J 9 78b. Ilha Co mp r ida: um e xe mplo d e il h~ ba r re ira l i g ado à s flu t u a ç õ e s do n ível ma r i nh o d u rante o Qu a t erna- rio . I n : CONGRESSO BRAS I LEIR O DE GEOLOGIA, 30 , Recife , So ci e dade Bra sl lelra d e G ~ologla , An a i s , 2 : 90 5 - 9 12 . MARTI N, L . & SUGUI O, K. 1 9 8 9 . Ex cursl on r o u t e a long t he Braz il i a n c o a s t betwe en Santos (St ate o f são Pa ulo ) a nd Ca mp o s ( n o r t h of s t ate o f Ri o d e Janei ro) . I n : I NTERNAT I ONAL SYMP OSI UM ON GLOBAL CHANGES IN SOUTH AM ERTCA DURING THE QUATERNARY, são Pa ulo , 1989 . Spe c ial Pu- b llcatlon n 9 2 , 13 6 p . MART IN, L.; SUGUIO , K. & FLEXOR , J . M. 19 79. LI' Qua t erna lre ma r in du Ilttoral bré slll e n e nt r e Ca n a n é i a ( SP ) et Ba r ra d e Guara tiba ( RJ ). I n: I NTERNATI ONAL SYMPOS IUM ON COASTAL EVOLUT I ON I N THE QUATERNARY, são Paulo , 1 9 78. Proc e edlng s . s ã o Paulo , p. 296-33 1 . MA RTIN , L.; SUGUI O, K. ; FLEXOR , J . M. ; BI TTENCOURT , A. C . S .P. & VI LAS - OOAS , G. S. 1980 . Le Qua t ernalre mar i n bré s i l l en (Ii t t oral paull ste , re I ac i onado s : de me s tra do. SOlOS00 LITORAL DEs AO PAULO s ud fluminense et bahlanals) . Cahler ORSTOM, s~ r le Ge ól ogi e , 9( 1 ): 9 6 - 124 . MA RTI N, L.; BITTENCOURT, A. C.S.P . & VI LAS- BOAS , G. S . 1982. Prlm~ lra ocorrênciB de co ra i s pl eistoc~nl c os da costa bras i l e ira : da taç ã o do mÁ ximo da penúl tima trans gre s s Ão . CI~nclas da Te r ra , 1:1 6-1 7 . MA RTIN , L.; SUGUIO , K. & FLEXOR, J .M. 1984 . I nformaç ões forn e ç l rla s pelos sambaquis na r econs truç ã o de pa l e ollnha s de prai a quat~rnar l a : exemplos da costa brasil eira . Revis t a da P ré-história , 6 : 12 8 - 147 . MARTI N, L. : FLEXOR , J . M. ; BLITZK OW, W.D . & SUGUJO. K. 1985 . Ge ol d c hange ind i c a t l o n s a long the Brazilian co a st during the last 7,000 ye ars. I n : INTERNATIONAL CORAL REEF CCU:;RF.SS, 5 , TaI1 ltl , 1985 . Proceed í nzs , v. 3 : 8 5 - 90. MA RTI N, L. ; SUGUI O, K. & FLEXOR ,J . M. 1986 . She l l - ml dden s a s a sourc e f or addl tlonal Informatl on s i n Ho l oc e ne sho rell ne a nd s c a-d c vc I r e - const ruc tion : exampl es from t he coast of Br a z t L, I n: O. Van ~ Pf asscho (ed .) Sea-l evel r esearch : a manua l f or he collectlon and e valuat lon of data. Norwl ch , Ge obook s , p. 503-5 21 . MARTI N, L.; SUGUIO , K. & FLEXOR, J . M. 1988 . Ha u t s ni veau x marlns pl éls toccnes du Il t t oral bré s l l l e n . PaI ae ogeography , Palae ocllma 0 - logy , Palae oecol ogy, 68 :231-239 . MASSAD, F. 1985a . Progresso s r~c en t es dos estudos sob re as a rgilas quaternárias da Baixada Santlsta . SÃo Paulo , As s oc i a ç ã o Brasi leira de Me c â n i c a doa So los (ABMS) , 21 p . MASSAD, F . 1985b . Argil as qua t ernár i a s da Baixada San I s t a: carac e- ris tlcas e propr iedades ge o t é cn l c a s . Tese d~ Li vre -Docê nc i a , Escola Po lltp. c ni c a /U SP , 249 p . MELO, M.S . 1990 . A Fo r ma ç ã o Pa rlqUe ra- Açu e depósitos sed imentaç Ão, tec tônica e ge omor f o gêne s e. Disse rt açÃo Instituto de Ge oc l êncl as / USP, 2 11p . ( I né d i t a ) . OJEDA Y OJ EDA, H.A . & CÉSERO, P .DE . 1974 . Bacia de Santos e Pe l o t a s: geologia e perspectivas petrollferas . Ri o de J a nei ro , Pe trobrás ( Re - latório Interno Inédito ) . . OJEDA Y OJEDA, H.A , & ARANHA, L . 1980 . Ba c ia de Sa nto s - Integra ç Ão Geológica Regional . Rio de Janeiro . PETROBRÁS / SUPEX, 3 1 p . , Iné d l o (Relatório In terno) . PONÇANO, W,L. 1981 . As c o b e r t u r a s c e nozó ic a s . In : MAPA GEOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ( 1 :500 .000 ) . PRÓ-MI NÉRI O/ PROMOCET , 82- 96 . PETRI , S . & SUG UI O, K. 1971. Some aspec s o f the Neoc enozoi c s ed i - me n t a t i o n In the Ca n a né l a - I guape lagoo na l r egi on, são Paul o , Brazil. Estudos Sedimentol ógi c os, 1 (1 ): 25-33 . PETRI , S. & SUGUI O, K. 1973 . St r at l g r a phy o f the J gu a pe-C a n a né i a la- go onal regl on s e dlmen tary deposl ts, s ã o Paulo State , Br az ll . Pa rt 11: He avy mineral studies , mic roo rganl s ms inven to rie s and stratigraphical Interpretations. Bol e tim IG, I nst ituto de Geoci~nc ias/US P , 4:41-85 . RICCOMINI , C . 1989 . O rlft con tinental do Su de ste do Brasil . Tese de Do u t oramen t o , Ins ti tuto de Geo ci ênclas / USP , 256 p . (inédita) . GEOlOGIA DO OUATERNÁRIO 95 RODRI GU ES , S , de A,; SUGUIO , K. " SHI MIZU, G.Y . 198 5 . Eco logi a e Pa - leoecologla de Cal l i c hi r u8 majo r Sa y ( 1918 ) - Cr us tace a . De c a pod a. Thalasslnldea . I n : SEMINÁRIO REGI ONAL DE ECOLOG I A, 4 , siio Carlos , 1985 . Anais . são Ca rlos . Unl ve r sloaoe Fede ra l de são Ca r l o s . p . 499 - 5 19 . SCHWARTZ . M. L. 1965 . Lab orato r y s tudy o f sea- le ve l r l s e a s a o f s ho re e r o s l o n . Journal o f Geo l o gy , 73 : 5 28 - 53 4 . SCHWARTZ, M. L . 1967 . The Bruun Theo ry o f s ea- l e vel r l s e as a o f s ho re e ros lon . Journal o f Geo logy . 75 :76 - 9 2 . c au s e c ause SERVANT- VILDAR Y. S . " SUGUIO. K. 1990 . Ma r l ne d l a tom s u dy and s tratl - g raphy of Ce no z o l c sedlmen s In t h e c oas a i plaln be tw e en Mo r r o da J u r" l a ano Ba r ra do Una . S ate o f são Paulo , Br a z l l . o ua t c r n e r-y o f South Amp r l c a a no Ant a r e t l c Pe n l n s u l a . 6 :267- 29 6 . S I LVEI RA. J .D . da . 196 4 . Mor f olog Ia do Ii oral . In: A. Aze ve do ( ed .) Bras il , a e r ra e o hom~m . Va I . I : As bas e s fís ic as . Co mpa nhia Edito- ra Nac ional: 25 3 - 30 5 , Sao Pau l o . SUGUIO , K. 198 8 . I n flu~ncla da s fl utuaç õe s do n ível r el a I vo do mar e da de riva 11 o râne a de se di men tos na f orma ç ã o dos p la i no s cos ei r as qua e rnárl os do 8 r as l l . I n : SI MPÓSIO DEPÓS I TOS OUATERNÁRIOS DAS BAI - XA DAS LI TORÂNEAS BRASI LEI RAS: ORI GEM. CARAC TERÍ STI CAS GEOTÉCNICAS F. EXPER I ~NC I AS DE OBRAS . 1988 . Rio de Jane i r o . Assoc i a ção Bra s ll~lr de Mecânica op So l o s (ABMS ) . AnaIs . 1 .1 -1 . 18 . SUGUI O. K. " MARTI N. L . 197 6a . Br a z l l l a n c oa s l t ne Oua e mary formA lons : t he s t ates o f s ã o Pau l o and Bah I a llt t oral zone e vo l utl ve s c hemes . In : INTERNATI ONAL SYMPOSI UM ON CONTINENTAL MARGINS OF ATLANTIC TYPE . Proce e d l n gs . Ana í s da Ac ade mí a BrasIleira de C I~ nc l as . 48 (supl """,nto) : 3 25 - 3 3 4 . SUGUIO . K. " MA RTIN , L . 1976b . P r esenç a de ~a 88a na s f ormaçõe s quaternárI a s do 11 oral na r e c o n s rução pa leoambl en tal . Bo le ti m IG . 7 : 17-26 . ubos fóssei s de Ca l l i ~ paul ls a e sua u 11lzaçao I ns t . de Geoc l ~ncl a s / US P. SUGU IO . K. " MAR TIN , L . 1978a . Ouate rn a r y marl ne f o r matlons o f t he sta e s o f são Pau l o a nd southe rn RI o de Janeiro . In : I NTERNA TIONAL SYMPOS I UM ON COASTAL EVOLUTI ON I N THE OUATERNA RY. s ão Pau lo . 1978. Specl a l Publlcat l o n n 9 I, 55 p . SUGUIO. K. " MARTIN . L. 1978b . Me c a n i s mo de g~ ne se das plan í cies s e- di ment a res do li t o ra l do Es t a do de s ã o Paulo . I n : CONGRESSO BRA S I LEI - RO DE GEOLOGIA . 29 . Ouro Preto ( MG) , Soci e da de Br
Compartilhar