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Litiase Urinaria - TICS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFIPMOC 
Medicina 4o Período - Turma XXVIII - 2023.1 
Acadêmico (a): Bianca Thays Gonçalves Cardoso 
1. Em relação à composição, quais os tipos de cálculos urinários? 
2. O que podemos fazer para evitar a formação de cálculos urinários? 
Os principais tipos de cálculo urinário são: 
a) Cálculos de cálcio: (formado principalmente por oxalato de cálcio) – 70 a 80% 
dos casos. São formados quando há urina alcalina, que aumenta a supersaturação do 
fosfato, podendo ser encontrados na acidose tubular renal distal ou 
hiperparatireoidismo primário; os cálculos são arredondados, radiodensos e não 
costumam apresentar aspecto coraliforme. 
b) Cálculos de ácido úrico: correspondem à 10 - 20% dos casos, mais com um em 
homens. Podem ser puros ou abrigar quantidades variáveis de cálcio. São 
radiotransparentes (não visíveis ao raio-x simples), aparecem na urografia como 
falhas de enchimento. Associados a gota, obesidade, diabetes melito ou diarreias 
crônicas – doenças que deixam o pH da urina mais ácido. 
c) Cálculos de estruvita: (fosfato de amoníaco magnésio) - 5 a 10% dos casos, mais 
comum em mulheres. Pouco radiodensos. Formam -se apenas quando a porção 
superior do trato urinário é infectada por bactérias produtoras de urease, como 
Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae ou espécies do gênero Providencia. A 
hidrólise da ureia pela urease leva à instalação de um pH urinário 
suprafisiológico, maior que 8,0, e à formação da estruvita . Se a infecção não 
for adequadamente tratada, os cristais de estruvita podem crescer rapidamente, 
preencher todo o sistema coletor renal e originar um cálculo coraliforme. 
d) Cálculos de cistina: 1% dos casos. Pouco radiopacos e com aspecto de vidro 
moído. Se formam em indivíduos que possuem uma rara doença autossômica 
recessiva em que a reabsorção renal tubular proximal dos aminoácidos dibásicos 
filtrados é deficiente. A cistina tem importância clínica por ser pouco solúvel na 
urina. A excreção de cistina normal é inferior a 18 mg/ dia, mas heterozigotos 
com hipercistinúria podem excretar até 100 mg/ dia, e homozigotos podem excretar 
mais de 1 g/dia. Os cálculos de cistina são visualizados em radiografias simples, 
e frequentemente se manifestam como cálculos coraliformes ou bilaterais múltiplos. 
 
As principais medidas para evitar a formação de cálculos urinários consistem em: 
• Redobrar o consumo de água em dias quentes, isso porque em dias mais quentes a taxa 
de transpiração aumenta, levando a perca hídrica pelo corpo. 
• Manter um volume urinário alto, ou seja, manter uma ingestão hídrica adequada evitando 
assim a concentração urinária de cálcio. 
• Redução do consumo excessivo de sal, visto que, o sal em excesso pode resultar 
em produção aumentada de cálcio, fósforo, oxalato e ácido úrico, levando a 
formação de cálculos urinários. 
• Consumo moderado de proteína animal, isso porque o excesso de consumo de 
alimentos ricos em proteínas pode levar ao aumento da secreção de ácido úrico. 
• Fazer uso moderado de bebidas alcoólicas, uma vez que elas promovem desidratação 
por meio da inibição do hormônio ADH (antidiurético), o qual regula a quantidade 
de água excretada na urina. 
REFERÊNCIAS: 
• Norris, T. L. (2021). Porth - Fisiopatologia (10th ed.). Grupo GEN. https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788527737876. 
• GOLDMAN, Lee ; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. SaundersE 
lsevier, 2012. 
• BOGLIOLO, L.; BRASILEIRO F ILHO, G. Patologia. 8ªed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2011.

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