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TIC - Litiase urinaria

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TIC - Litíase urinária 
Em relação à composição, quais os tipos de cálculos urinários? O que podemos fazer 
para evitar a formação de cálculos urinários? 
 De acordo com Goldman, 2018, Cerca de 70% a 80% dos cálculos renais têm 
cálcio em sua composição, podendo formar, muitas vezes, complexos com o oxalato ou 
fosfato. Os cálculos renais que contêm cálcio são mais frequentemente causados por 
excreção excessiva de cálcio (hipercalciúria), de oxalato (hiperoxalúria) ou de uratos 
(hiperuricosúria) ou por uma insuficiente excreção de citrato (hipocitratúria). Os cálculos 
que contêm cálcio apresentam um forte componente genético. Pensa-se que a 
hipercalciúria idiopática possa ser um distúrbio poligênico no qual a desregulação 
generalizada do transporte de cálcio no rim, no intestino e no osso leva a um excesso de 
excreção de cálcio na urina. Os cálculos renais de oxalato de cálcio formam-se nos 
depósitos de fosfato de cálcio, denominados placas de Randall, que se localizam nas 
papilas renais. 
 Além disso, cálculos renais podem ser formados de ácido úrico, a maioria dos 
pacientes com cálculos desse tipo apresenta pH urinário baixo, e alguns apresentam 
baixos volumes urinários ou elevação dos níveis de ácido úrico urinário. Também existem 
cálculos de estruvita, por vezes denominados de cálculos de fosfato triplo, cálculos de 
fosfato de magnésio e amônio e cálculos infecciosos, correspondem a cerca de apenas 
10% a 25% de todos os cálculos mas constituem a maioria dos cálculos coraliformes, que 
são de grandes dimensões que se estendem além de um único cálice renal. Eles são 
muito mais frequentes nas mulheres devido à maior suscetibilidade para desenvolverem 
infecções do trato urinário (ITUs). Por fim, há os cálculos formados cistina, ocorrem em 
uma doença autossômica recessiva causada por mutações do gene SLC3A1, chamada 
de cistinúria, origina uma redução da reabsorção tubular renal e uma excreção urinária 
excessiva dos aminoácidos dibásicos cistina, ornitina, lisina e arginina. A resultante 
excreção urinária de cistina no volume típico de urina excede sua solubilidade em cerca 
de 300 mg/L, pelo que ocorre formação de cálculos. 
 Assim, certas medidas preventivas são aplicáveis a todos os pacientes com 
cálculos renais, independentemente do tipo de cálculo ou risco individual, sugere-se 
ingestão de líquidos suficiente para produzir consistentemente pelo menos 2 litros de 
urina por dia, limitar a ingestão de sódio na dieta abaixo de 2300 mg por dia, aumentar o 
consumo de frutas e vegetais na dieta, manter a ingestão de cálcio adequada, reduzir a 
ingestão de proteína animal não láctea e, finalmente, o controle de peso pode ser útil na 
prevenção da recorrência de cálculos, uma vez que obesidade e ganho de peso são 
fatores de risco para cálculos renais, principalmente em mulheres (CURHAN, 2022). 
Referências: 
GOLDMAN, L.; SCHAFER, A. I. Goldman - Cecil Medicina. 25a ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2018. 
CURHAN, G. C. Pedras nos rins em adultos: Prevenção de pedras nos rins recorrentes. 
UpToDate, 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/kidney-stones-in-
adults-prevention-of-recurrent-kidney-stones?
search=tipos%20de%20calculos%20urinarios&source=search_result&selectedTitle=2~150
&usage_type=default&display_rank=2#H1318835884. Acesso em: 20 set. 2022.

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