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1 DISFUNÇÕES CINESIOLÓGICAS E BIOMECÂNICAS DO QUADRIL E MEMBROS 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 2. QUADRIL .............................................................................................................. 4 2.1 Funcionamento do Quadril ............................................................................. 5 2.1.1 Osso do Quadril Direito- Vista Lateral e Osso do Quadril Direito- Vista Anterior ................................................................................................................. 6 2.1.2 Osso do Quadril Direito - Vista Lateral ..................................................... 7 3. MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO .................................... 12 4. MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO .................................... 13 5. MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO .................................... 14 6. DISFUNÇÕES NO QUADRIL ............................................................................. 19 6.1 Função do Quadril ........................................................................................ 22 6.2 Lesões no Quadril ........................................................................................ 22 6.3 Principais Causas de Dores no Quadril ........................................................ 23 6.4 Patologias do Quadril ................................................................................... 24 6.4.1 Bursite .................................................................................................... 24 6.4.2 Tendinite................................................................................................. 25 6.4.3 Osteoartrose ........................................................................................... 25 6.4.4 Impacto femoroacetabular ...................................................................... 25 7. MEMBROS INFERIORES – FUNÇÃO NO CORPO HUMANO .......................... 27 8. MEMBROS SUPERIORES – FUNÇÃO NO CORPO HUMANO ........................ 33 REFERÊCIAS.............................................................................................................37 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 INTRODUÇÃO Biomecânica do quadril O quadril é a articulação proximal do membro inferior: situada na raiz do membro inferior, a sua função é orientar-lhe em todas as direções do espaço, por isso possui três eixos e três graus de liberdade. A cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo do osso Ilíaco. O quadril é a articulação proximal do membro inferior: situada na raiz do membro inferior, a sua função é orientar-lhe em todas as direções do espaço, por isso possui três eixos e três graus de liberdade. Os membros permitem que o corpo se movimente, ou seja, eles são responsáveis pela mobilidade, sustentação e equilíbrio. Os membros superiores são: Braços: O corpo humano é formado por dois braços (esquerdo e direito), sendo o úmero o único osso presente nesses membros. Antebraços: Localizados entre os cotovelos e os punhos, os antebraços são formados por dois ossos: rádio e a ulna (cúbito). Ombros: Os ombros, chamados também de cintura escapular, são formados por dois ossos: a clavícula e a escápula. Mãos: O corpo humano é formado por duas mãos, constituídas de 5 dedos cada. Os ossos da mão são: ossos do carpo (oito ossos), ossos do metacarpo (cinco ossos) e ossos do dedo ou falange (três ossos). Os membros inferiores são: Quadril: O quadril (pelve, bacia ou cintura pélvica) é o local de transição entre a região do tronco e dos membros inferiores. É formado pelos ossos: ílio, ísquio, sacro, púbis; e nas mulheres essa estrutura é mais larga a fim de facilitar no parto. Coxas: As coxas estão localizadas acima dos joelhos e atuam na sustentação do corpo. Elas são formadas pelo maior osso do corpo humano: o fêmur. Pernas: as pernas possuem a função de sustentação do corpo e estão localizadas entre os joelhos e os tornozelos. Elas são formadas pelos ossos: tíbia e fíbula. Pés: O corpo humano é composto por dois pés, sendo que cada um deles possui 26 ossos, a saber: tarsos (07 ossos), metatarsos (05 ossos) e os ossos dos pés ou falanges (14 ossos). 4 QUADRIL A articulação do quadril é uma das articulações mais importantes no corpo humano. Ele nos permite caminhar, correr e pular. Suporta o peso do nosso corpo através da conexão com nossas pernas. A articulação do quadril é também uma das nossas articulações mais flexíveis e permite maior amplitude de movimento do que todas as outras articulações do corpo, exceto o ombro. Figura 1 Fonte: Google Essa é uma das articulações mais importantes no corpo humano. Ela nos permite caminhar, correr e pular. Suporta o peso do nosso corpo através da conexão com nossas pernas. A articulação do quadril é também uma das nossas articulações mais flexíveis e permite maior amplitude de movimento do que todas as outras articulações do corpo, exceto o ombro. O quadril é uma articulação sinovial de “esfera e soquete” formada entre a coxa e o fêmur. Uma estrutura redonda, em forma de xícara no coaxial conhecido como acetábulo, forma o soquete para a articulação do quadril. A cabeça arredondada do fêmur forma a bola da articulação. Cartilagem hialina alinha o acetábulo e a cabeça do fêmur, proporcionando uma superfície lisa para os ossos em movimento deslizarem um com o outro. A cartilagem 5 hialina também atua como um amortecedor de choque para evitar a colisão dos ossos durante o movimento. Entre as camadas de cartilagem hialina, membranas sinoviais secretam fluido sinovial aquoso para lubrificar a cápsula articular. Em torno da articulação do quadril existem muitos ligamentos que impedem o deslocamento seu deslocamento. Os fortes músculos da região também ajudam a manter a tudo junto e evitar o deslocamento. Funcionalmente, a articulação do quadril goza de uma gama alta de movimentos. A estrutura de “esfera e soquete” da articulação permite que o fêmur circunscreva livremente um círculo de 360 graus. O fêmur também pode girar em torno de seu eixo de cerca de 90 graus na articulação. Apenas a articulação do ombro proporciona um nível tão elevado de mobilidade quanto ela. Além de ser flexível, cada articulação do quadril deve ser capaz de suportar metade do peso do corpo juntamente com quaisquer outras forças que atuam sobre o corpo. Durante uma corrida e um salto, por exemplo, a força dos movimentos do corpo multiplica a força sobre os quadris. Cabe a essa articulação ser capaz de acomodar essas forças extremas, repetidas vezes, durante atividadesfísicas intensas. 1. Funcionamento do Quadril O osso do quadril, ou coxal, é primitivamente formado por três peças ósseas: Ílio:Situa-se superior e lateralmente é a porção mais larga do osso. Ísquio: É a porção póstero-inferior; tem um corpo e um ramo. Púbis: É a porção antero-inferior do osso íliaco. Cintura Pélvica É formada pela união dos dois ossos ilíacos Pelve É o anel osseoconstituido pelos dois ossos ilíacos, mais o sacro e o cóccix. A união dos três ossos se dá no centro acetábulo ou cavidade cotilóide. 6 Figura 2 Fonte: Google 1.1.1 Osso do Quadril Direito- Vista Lateral e Osso do Quadril Direito- Vista Anterior Figura 3 Fonte:Google http://3.bp.blogspot.com/-hg21lOQmetQ/Uq3vCKAxsjI/AAAAAAAAA5k/WbIYAJAcYxk/s1600/CIMG0156.JPG http://4.bp.blogspot.com/-GCWPpiBIgg0/Uq-PzfR0MtI/AAAAAAAABA4/edJ4Ky2a1Eo/s1600/Ossos+do+quadril+2.png 7 1.1.2 Osso do Quadril Direito - Vista Lateral Figura 4 Fonte: Google Pelve Masculina X Pelve Feminina A Pelve da mulher é mais larga que a do homem, devido a função reprodutora própria da mulher. O Forame obturador tem uma abertura de forma "redonda", no homem, e "triangular", na mulher. Localiza-se abaixo do acetábulo e é limitado pelo púbis e pelo ísquio. Figura 5 Fonte: Google http://1.bp.blogspot.com/-GqOVTg0FLZ8/Uq-PzYC3-5I/AAAAAAAABBM/ljFZIPtLknM/s1600/Ossos+do+quadril.png http://1.bp.blogspot.com/-ij2sGYF_KkM/Uq-QTHHtmuI/AAAAAAAABBY/7ehy9eB9vW4/s1600/abertura+do+quadril.png 8 ARTICULAÇÕES No quadril identificam-se três articulações: a sinfisiana referente à união das sínfises, a sacro-ilíaca, união entre o osso sacro e os ilíacos, e a coxofemoral. Figura 6 Fonte: Atlas de Anatomia Humana http://2.bp.blogspot.com/-idCQVo_qzzg/Uq-S906amhI/AAAAAAAABBk/e73ELBL-Q2A/s1600/CIMG0138.JPG 9 ARTICULAÇÃO SACRO-ILÍACA São fortes articulações sinoviais entre as faces articulares do sacro e do ilíaco Classificação: Diartroanfiartrose; Anteriormente: Uma cápsula sinovial Posteriormente: Formada por uma união fibrosa de curtos feixes colágenos espessos do ligamento sacro-ilíaco interósseo. Tipo: Plana e Irregular Plana:Porque permite movimentos de deslizar ou escorregar. Irregular: As superfícies ósseas possuem depressões irregulares,que resultam em um encaixe parcial dos ossos, ajustando-se com segurança e não sendo facilmente deslocadas. Movimentos: Nutação e Contranutação (oscilação) ARTICULAÇÃO INTERPÚBICA A sínfese púbica esta formada por uma fibrocartilagem- o disco interpúbico, que une o púbis direito ao púbis esquerdo na linha média ventral. Classificação: Anfiartrose Tipo: Fibrocartilaginosa-sínfese São as articulações nas quais os ossos estão unidos por um disco fibrocartilaginoso de espessura variável, formando um verdadeiro ligamento interósseo. Movimento: Discreto deslizamento ARTICULAÇÃO DO QUADRIL Também denominada articulação coxofemoral, a cabeça do fêmur articula-se com o acetábulo do osso ilíaco. Classificação: Diartrose (sinovial) Tipo: Esferoide (esferoidal) 10 Orla Acetabular É uma margem fibrocartilagínea que tem como função aprofundar a cavidade acetabular. Graus de liberdade: Três graus – Triaxial Movimentos: o Flexão o Extensão o Abdução o Adução o Rotação interna o Rotação externa o Circundação Figura 7 Fonte: Google http://3.bp.blogspot.com/-BVYZm5_i7zQ/Uq35UZIPJMI/AAAAAAAAA6M/GMjz801x9MI/s1600/CIMG0129.JPG 11 FLEXÃO DO QUADRIL Flexão: É a diminuição do ângulo formado entre os segmentos que se articulam. Amplitude do movimento articular de 0° a 120° (110° a 125°). Os músculos envolvidos nesse movimento são: Íliopsoas, Sartório, Reto femoral, Tensor da fáscia lata e Adutor magno, Pectíneo, Glúteo médio(fibras anteriores), Glúteo mínimo, Adutor curto(auxilia), Adutor longo (auxilia), Grácil(auxilia). Figura 8 Fonte: Google http://3.bp.blogspot.com/-FRCDaen6bKw/Uq37CQ5MN0I/AAAAAAAAA6Y/Bz6wTSzqpgs/s1600/SAM_0120.JPG 12 MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO Figura 9 Fonte:www.beginnertriathlete.com EXTENSÃO DO QUADRIL Extensão: é o aumento do ângulo entre os segmentos que se articulam.Amplitude do movimento articular de hiperextensão de 0° a 10° (0° a 30°) Os músculos que participam desse movimento são: Glúteo máximo, Glúteo médio(fibras posteriores), semitendinoso, semimembranoso, bíceps femoral(porção longa) adutor magno(porção extensora). Figura 10 Fonte: Google http://4.bp.blogspot.com/-rGss0yFlAlw/Uq80fSA-btI/AAAAAAAAA98/rVVcSZgWiJY/s1600/Hip-Flexors.jpg http://2.bp.blogspot.com/-BhC4cRAO0DE/Uq37fAqwN-I/AAAAAAAAA6o/UY544ewA7Y4/s1600/SAM_0121.JPG 13 MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO Figura 11 Fonte:blog.corewalking.com ABDUÇÃO DO QUADRIL Abdução: é quando o segmento corporal se afasta da linha média. Amplitude do movimento articular de 0° a 45°(40° a 55°) Os músculos que participam desse movimento são: Tensor da fáscia lata, Sartório, Glúteo médio, Glúteo mínimo, Glúteo máximo, Piriforme, Obturador interno (auxilia), Obturador externo (auxilia). Figura 12 Fonte: Google http://2.bp.blogspot.com/-nf9Pr6vI-XA/Uq84sfE38gI/AAAAAAAAA-8/s0N36O1zqRo/s1600/Hamstring-Anatomy.jpg http://3.bp.blogspot.com/-nkloKz_On0Q/Uq3782yqjqI/AAAAAAAAA6w/IknVSmCuwAE/s1600/SAM_0124.JPG 14 MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO Figura 13 Fonte: blogneurafitness.com Figura 14 Fonte:liftingforhelth.com http://2.bp.blogspot.com/-rf3oNVz06yU/Uq88TgM_RzI/AAAAAAAAA_k/w5iprqYS2J0/s1600/images.jpg http://3.bp.blogspot.com/-HkXYFUAHajg/Uq88cS2M59I/AAAAAAAAA_s/CCv2VGCfJdA/s1600/glute-muscles.jpg 15 ADUÇÃO DO QUADRIL Adução: é a aproximação do segmento e m direção a linha média do corpo. Amplitude do movimento articular de 0° (30° a 40° cruzando a linha mediana) Os músculos que participam desse movimento são: Pectíneo, Adutor longo, curto e magno, Grácil, Psoas ilíaco, glúteo máximo, semitendinoso(auxilia) e semimembranoso (auxilia). Figura 15 Fonte: Google Músculos que participam desse movimento Figura 16 Fonte: Google http://3.bp.blogspot.com/-bc9ISNPafnI/Uq38f5CfvaI/AAAAAAAAA7A/7uJ_rX7oQuM/s1600/SAM_0126.JPG http://4.bp.blogspot.com/-hQrT8y9VAyI/Uq8-6t-KCKI/AAAAAAAABAA/HbRhjh91kU0/s1600/Muscles_that_move_the_femur.jpg 16 ROTAÇÃO INTERNA E EXTERNA Rotação interna: é o movimento em torno do eixo longitudinal, aproximando o segmento da linha média do corpo. Amplitude do movimento articular de 0° a 35° (30° a 45°) Os músculos que participam desse movimento são: Tensor da fáscia lata, Glúteo minimo, médio, semitendinoso (auxilia), semimembranoso(auxilia). Figura 17 Fonte: Google MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO Figura 18 Fonte: Google http://3.bp.blogspot.com/-AEix9lSJJs4/Uq386QfqWeI/AAAAAAAAA7I/DGNnSxP5pSc/s1600/SAM_0127.JPG http://2.bp.blogspot.com/-7JHWmI9Uta8/Uq9CfJKL93I/AAAAAAAABAY/QbO62OB2ncw/s1600/semimembranoso.jpg 17 Rotação externa: é o movimento em torno do eixo longitudinal, afastando o segmento da linha média do corpo. Podendo também ser chamado de rotação lateral. Amplitude do movimento articular de 0° a 45° (40° a 50°) Os músculos que participam desse movimento são: Glúteo médio, Piriforme, Obturador interno, Quadrado da coxa, Gêmeo superior e inferior.Piriforme, Obturador interno e externo, Gêmeo superior, Gêmeo inferior, Sartório, Bíceps femoral, Pectíneo, Grácil, Adutores: longo, curto e magno. MÚSCULOS QUE PARTICIPAM DESSE MOVIMENTO Figura 19 Fonte: Google CIRCUNDAÇÃO DO QUADRIL Circundação: Movimento circular de umsegmento corporal, associando os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução. O segmento descreve, aproximadamente, um círculo em torno de um ponto fixo. http://1.bp.blogspot.com/-tFqEu0bqOrg/Uq9F95bo3rI/AAAAAAAABAo/9W9H1jYsFaE/s1600/joelho+musculos.gif 18 Figura 20 Fonte: Google Os músculos que participam desse movimento são (Ântero-versão da pelve): músculos lombares, iliopsoas, sartório, pectíneo, reto femoral, tensor da fáscia lata, adutores (auxiliam) glúteo médio (porção anterior), glúteo mínimo, obturador externo. (retroversão da pelve): reto abdominal, obliquo externo, obliquo interno, glúteo máximo, glúteo médio (porção posterior), bíceps femoral (porção longa), semitendinoso, semimembranoso, adutor magno (porção extensora, piriforme, obturador interno, quadrado femoral. http://1.bp.blogspot.com/-_pPv-RfKZY0/Uq3-80cOyGI/AAAAAAAAA7c/VIuPDJcTnfY/s1600/SAM_0132.JPG 19 DISFUNÇÕES NO QUADRIL Figura 21 Disfunções no quadril costumam ser um problema comum principalmente entre pessoas com obesidade, atletas de alto rendimento, idosos ou mesmo aqueles que praticam esportes por hobby – como ciclistas e jogadores de futsal. As dores na coluna podem ser, em muitos casos, ocasionadas na articulação sacro-ílíaca, uma das regiões que mais sofre com traumas repetitivos diretos e indiretos. Ou, ainda, podem ter como motivação a má postura. As disfunções de movimento mais comuns são observadas em diversas situações. No caso de idosos, destacam-se as fraturas, sobretudo aquelas decorrentes de quedas de altura ou da cama. “Geralmente, as disfunções no quadril em idosos estão atreladas à osteoporose. Já as disfunções de origem não traumática, a exemplo das osteoartrites, têm causa na perda da cartilagem e nas patologias inflamatórias, como inflamações dos tendões e na própria musculatura”, explica o médico Marcos Leonhardt, mestre em Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Membro (USP) e especialista em Cirurgia do Quadril e Trauma. Em pacientes mais jovens – ainda mais em quem pratica atividades físicas – é comum a incidência de lesões causadas pelo impacto fêmoro-acetabular, provocado pelo choque entre o colo do fêmur e a bacia, causando extremo desconforto ao paciente. A origem dos traumas, aliás, é semelhante ao que afeta muitos pacientes 20 infantis. Estima-se que mais da metade das disfunções no quadril em crianças seja resultado da prática excessiva de esportes. Em contrapartida, boa parte da população infantil que não se exercita está acima do peso. Na América Latina, o índice de menores de 5 anos de idade com sobrepeso já passa dos 7%. Em alguns casos, as disfunções também são causadas por lesões na região do quadril e dos ombros, justamente por conta da obesidade. Com adultos, uma alimentação precária em nutrientes, somada às horas de trabalho em frente ao computador e à cultura de exercícios físicos no máximo estilo “no pain, no gain” – ou seja, “sem dor, sem ganho” – são algumas das razões do aumento progressivo de disfunções. É evidente que outras causas também devem ser consideradas. Entre elas estão algumas desordens do controle motor provocadas por traumas, por envelhecimento ou herança genética. Ainda assim, mesmo quando a capacidade de movimento do paciente não pode ser totalmente readquirida, é possível trabalhar para diminuir suas restrições ou limitações. Assim como acontece com os ombros, o complexo lombo-pélvico-quadril (LPQ) é formado por complexos articulares que garantem estabilidade (e mobilidade) nos membros inferiores. O complexo LPQ é formado pelas articulações lombossacral (LS), sacroilíacas (SI) e coxofemoral (CF). Durante o tratamento das disfunções, a região deve ser considerada como um todo, pois objetiva-se reabilitar a consciência de movimento e estabilidade do paciente. Na prática com idosos Fratura do colo do fêmur: o tratamento é cirúrgico. As lesões no colo do fêmur podem ter duas opções dependendo do tipo de desvio: a cirurgia de fixação, que preserva a cabeça do fêmur, ou ainda a cirurgia de substituição por prótese total ou parcial. Fratura transtrocanteriana: requer tratamento cirúrgico, sempre de fixação. Não há possibilidade de correção por substituição. Lesões não traumáticas relativas a disfunções no quadril Osteortrose/osteoartite: em graus mais leves, pode ser conduzida com tratamento clínico e tratamento medicamentoso para analgesia, além de fisioterapia 21 com ênfase no glúteo médio. Nos casos mais avançados, em que o tratamento tradicional não obteve resultados, deve-se recorrer à substituição articular; Figura 22 Fonte: Google Tendinopatias: na maioria das vezes, as lesões nos tendões podem ser tratadas com fisioterapia e ênfase na analgesia, além de fortalecimento e agrupamento muscular. Em casos refratários, pode-se recorrer à infiltração, que consiste na combinação de analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia. Figura 23 Fonte: Google 22 2. Função do Quadril O quadril é uma região complexa que liga a coxa e a bacia (fêmur a pelve), permitindo a sustentação do tronco e os movimentos dos membros inferiores. Esses movimentos são de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa, além do movimento de circundução. Uma articulação intacta permite os movimentos do quadril em várias direções, tem estabilidade e é indolor. A pratica regular de exercícios físicos feitos de maneira correta e acompanhados por profissionais da área, previne e ameniza lesões e desconfortos articulares no quadril. Infelizmente grande parte da população tem conhecimento mas não valoriza essa prática, refletindo em desconfortos e dores articulares que podem estar relacionados a lesões já instaladas ou levar a elas. 3. Lesões no Quadril Sabemos que todas as articulações estão sujeitas a lesões, mas uma comumente afetada por exercícios mal feitos, posturas incorretas, impactos e outras causas – como as genéticas e congênitas -, está a articulação do quadril. Algumas dores no quadril podem ser melhoradas com uma pratica de exercícios corretos, outros com fisioterapia e outros apenas cirurgicamente. Em todos os casos é melhor prevenir do que remediar. É imprescindível observar o próprio corpo e ao menor sinal de dor ou desconforto procurar um profissional. Caso contrário será necessária uma artroplastia de quadril (procedimento cirúrgico que substitui a cabeça do fêmur por uma prótese). Dor é um sinal de que algo não está bem e a procura pela identificação da causa é de suma importância, por isso, uma avaliação médica simplifica essa busca. Após o diagnóstico, uma série de intervenções serão feitas – conforme a patologia instalada -, como simples exercícios físicos feitos com acompanhamento ou fisioterapia ou, em casos mais extremos, a cirurgia. Além dessas intervenções, é necessário que a pessoa com dor ou que já teve dores no quadril tenha alguns cuidados para que essa dor não progrida ou retorne. Principalmente cuidar da postura em diferentes posições e o sobrepeso. 23 Figura 24 Fonte: Google 4. Principais Causas de Dores no Quadril São vários os fatores que podem causar dores e desconfortos na região do quadril. Esta dor pode não necessariamente ser do quadril, mas sim o resultado de lesões ou disfunções em outras partes do corpo, como por exemplo, uma lesão na coluna lombar. As dores ou desconfortos mais comuns na região do quadril são causadas por impacto direto ou indireto e por uso excessivo da região. Dores crônicas podem ser causadas por fibromialgia, artrite reumatoide ou artrose. Ainda existem outras causas de dores no quadril que tem relação direta com a articulação como o impacto femoroacetabular, lesão do lábrum, necroseda cabeça femoral e fratura por estresse. 24 5. Patologias do Quadril Figura 25 Fonte: Google 1.1.3 Bursite Processo inflamatório em uma ou mais bursas (pequenas bolsinhas de tecido conjuntivo que tem como função diminuir o impacto entre os músculos, tendões e ossos) situadas na região do quadril. As causas mais comuns dessa inflamação podem estar associadas a microtraumas em uma região do osso da perna (no trocanter do fêmur) provenientes de estresse repetitivo, desequilíbrio muscular ou fraqueza dos músculos que se inserem no trocanter. A pessoa apresenta dor na região lateral do quadril (onde se localiza o trocanter) que piora depois de muito tempo em pé, longos períodos caminhando ou subindo e descendo escadas. Pode apresentar conjuntamente rigidez na articulação e dificuldade em ficar sentada em superfícies duras, bem como dor forte de um ou ambos os lados (aí os dois lados estão inflamados) na hora de dormir. 25 1.1.4 Tendinite Causa mais comum de dores, principalmente entre as mulheres. Ocorre devido a inflamação dos tendões ao redor do quadril. Pode ter como causa um movimento mal executado, um passo em falso, um giro brusco do quadril, etc. Quando se torna crônico pode levar ao rompimento de tendão. A dor se localiza comumente na lateral do quadril podendo irradiar para a perna. Atividades que envolvem o uso excessivo das pernas como ciclismo, futebol e corrida são as que mais induzem a ter tendinopatias pelo excesso de impacto do tendão contra proeminências ósseas e também pelo aumento da carga de exercício de forma abrupta. Entretanto, pessoas sedentárias com sobrepeso ou com disfunções biomecânicas, como o valgo dinâmico, podem potencializar a sobrecarga nos tendões e apresentar este mesmo quadro clínico. 1.1.5 Osteoartrose É uma doença crônica e degenerativa caracterizada por um desgaste da cartilagem do quadril que tem a função de suavizar os movimentos. Esse desgaste é gradativo, e com o tempo vai diminuindo a espessura da cartilagem até esta desparecer e ocorrer atrito entre os ossos da articulação. É difícil identificar a origem, que pode estar desde predisposição genética até traumas e fraturas. Os idosos e pessoas com sobrepeso são mais susceptíveis a artrose. Esta patologia em fase avançada leva a um quadro de dor e incapacidade funcional. A dor referida é sentida na parte anterior da coxa e virilha. 1.1.6 Impacto femoroacetabular É basicamente o contato anormal entre os ossos do quadril, fêmur e acetábulo, durante os movimentos comprometendo a biomecânica dessa articulação. Ocorre uma projeção óssea no colo do fêmur ou ao longo da borda do acetábulo ocasionando um encaixe imperfeito e um impacto anormal na articulação do quadril. Em movimentos do dia a dia já ocorre esse impacto anormal exacerbado nas praticas esportivas que envolvem grandes amplitudes de movimento do quadril. 26 Com o decorrer do tempo e a repetição de movimentos esse impacto pode resultar em degaste precoce da articulação levando ao atrito entre os ossos e ocasionando a artrose. Praticantes de esportes que envolvem grandes amplitudes de movimento, e até mesmo adolescentes com alto nível de atividade física apresentam maiores riscos de desenvolverem essas deformidades do quadril. E muitas vezes nesses adolescentes não apresentam sintomas nessa fase da vida, apresentando esses sintomas na vida adulta. E quando apresenta sintomas como dor e incapacidade funcional juntamente com essas deformidades chamamos de Síndrome do Impacto Femoroacetabular (SIFA). Como evitar a dores no quadril Hoje podemos afirmar com mais certeza que o melhor remédio para todos os males é a pratica regular de exercícios físicos assim como a alimentação. Essa afirmativa é válida também como prevenção de enfermidades e, dentre elas, as patologias do quadril. Com a atividade física certa, regular e bem orientada mantém-se o corpo fortalecido e flexível de forma harmônica. O que protege as articulações – salvo casos de traumas diretos como acidentes ou complicações de fundo genético ou congênito. E quanto a alimentação, existe o jargão mais comum: ‘você é o que você come”. Nesse caso manter uma dieta saudável e equilibrada, evita o sobrepeso que é uma das enfermidades que predispõe a problemas articulares. Além de exercícios físicos e alimentação, podemos elencar outros fatores que ajudam na prevenção das dores, como os calçados usados diariamente e os tênis utilizados na pratica esportiva. Manter-se em posturas adequadas ao sentar, ficar em pé e ao dormir. Fazer check-ups, avaliações médicas e fisioterapêuticas e até mesmo exames como rotina de prevenção, e não apenas quando a lesão já estiver instalada. 27 MEMBROS INFERIORES – FUNÇÃO NO CORPO HUMANO Figura 26 Fonte: Google Os membros inferiores são os elementos principais do sistema locomotor. Graças a eles, o corpo humano é capaz de andar, correr e manter-se em equilíbrio. Além disso, são os membros inferiores que se encarregam de sustentar todo nosso peso corporal. A seguir, apresentaremos sua anatomia completa. Anatomia dos membros inferiores do corpo humano Em sua anatomia, os membros inferiores do corpo humano são formados pelos seguintes elementos, de cima para baixo: Cintura pélvica (formada pelos ossos do quadril); Coxa (osso fêmur); Joelho; Perna (tíbia e fíbula); Tornozelo; Pé (tarso, metatarsos, falanges). 28 Figura 27 Fonte: Google Conheceremos a seguir a anatomia e função de cada um desses componentes. A cintura pélvica A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis), sacro e cóccix, além de uma série de ligamentos. Localiza-se na região inferior do tronco, conectando o esqueleto apendicular inferior ao axial. A cintura pélvica possui um papel muito importante nos membros inferiores, pois reúne em sua estrutura muitos dos ligamentos e músculos necessários para a locomoção do corpo. Além disso, atua diretamente na absorção da transferência de carga proveniente da região superior do corpo (da linha de cintura para cima), o que privilegia o equilíbrio e movimentos corporais. Função da pelve no corpo humano Além de atuar na locomoção, a pelve também possui um papel fundamental na reprodução humana, pois é ali que se alojam alguns dos órgãos do sistema reprodutor: os ovários e o útero das mulheres. A pelve feminina é mais larga do que a masculina, pois sua estrutura é preparada para alojar o feto durante a gestação. 29 Figura 28 Fonte: Google Coxa (fêmur) – o maior dos ossos dos membros inferiores A coxa abriga um único osso: o fêmur, o maior e mais resistente dos ossos dos membros inferiores (e de todo o esqueleto). Sua extremidade superior (denominada “epífise proximal”) apresenta um elemento de características esféricas e alongadas, conhecida como “cabeça”. Sua função é conectar e articular o fêmur com o osso do quadril. Já em sua extremidade inferior (denominada “epífise distal”) apresenta côndilos bem destacados, que mantêm contato com a extremidade superior da tíbia. Entre os côndilos, existe um pequeno sulco (denominado “face patelar”), no qual repousa um pequeno elemento: a patela, o osso do joelho (também conhecida como rótula). Figura 29 Fonte: Google https://www.anatomiaemfoco.com.br/esqueleto-humano-ossos-do-corpo-humano/pelve-feminina-masculina-ossos-do-quadril/ https://www.anatomiaemfoco.com.br/esqueleto-humano-ossos-do-corpo-humano/ossos-da-perna-femur-tibia-fibula/femur-anatomia-maior-osso-do-corpo-humano/ 30 Patela (rótula) – articulação do joelho A patela é o elemento de ligação entre dois outros ossos dos membros inferiores: o fêmur e a tíbia. Em sua anatomia, é um osso do tipo sesamoide, ou seja, formado a partirde pequenos elementos ossificados e enraizados nos tendões. Em sua região superior, a patela conecta-se ao tendão originário do músculo quadríceps femoral, cuja função é atuar nos movimentos de extensão e estabilidade do joelho. Dessa forma, a patela atua como uma espécie de polia, amplificando o torque mecânico do músculo da coxa, otimizando seu funcionamento. Da linha central do osso em diante, forma-se o tendão patelar, que se prolonga em direção à tíbia, enraizando-se na mesma e conectando-a ao fêmur. Tíbia – o osso mais solicitado dos membros inferiores A tíbia é o segundo maior osso do corpo humano, e também o mais solicitado. Entre os ossos dos membros superiores, é o que suporta a maior carga. Em sua extremidade superior (através dos côndilos lateral e medial), conecta-se com o fêmur, formando assim, junto à patela, a articulação do joelho. Em sua extremidade inferior (distal), conecta-se com o tálus para, com o auxílio da fíbula, formar a articulação do tornozelo. Figura 30 Fonte: Google https://www.anatomiaemfoco.com.br/esqueleto-humano-ossos-do-corpo-humano/ossos-da-perna-femur-tibia-fibula/tibia-osso-da-perna/ 31 Fíbula (perônio) Também conhecida popularmente como perônio, a fíbula caracteriza-se por seu formato longo e esguio, localizada na região póstero-lateral da tíbia. Entre os ossos dos membros inferiores, auxilia a tíbia nas ações de descarga de peso, apesar de não possuir função de sustentação de carga. Sua principal função, entretanto, é a de servir como um ponto de ancoragem para os músculos da perna. Em sua extremidade superior, articula-se com a região inferior do côndilo lateral da tíbia. Já na extremidade inferior, articula-se com o tálus, formando assim, com o auxílio da tíbia, a articulação do tornozelo. Tornozelo – articulação dos membros inferiores O tornozelo é formado pela articulação entre os ossos tíbia, fíbula e tálus (articulação talocrural). Essa articulação comunica-se inferiormente com a chamada articulação talocalcânea (conexão entre o tálus e o osso calcâneo), que possibilita que o pé exerça movimentos de inversão e eversão. A articulação talocrural possibilita que o pé seja capaz de executar movimentos de flexão plantar e dorsiflexão, atuando como uma espécie de dobradiça. Os ligamentos presentes no esqueleto do pé e os originários da perna auxiliam esses ossos a realizarem os movimentos articulares do tornozelo, possibilitando assim que exerça o seu papel no sistema locomotor do corpo humano. Ossos do pé – Tarso, metatarso e falanges Os ossos do pé constituem na maior concentração de ossos entre os membros inferiores, sendo 26 deles. Podemos dividir o esqueleto do pé em: Tarso; Metatarso; Falanges. O tarso é composto por 7 ossos, entre os quais podemos destacar o tálus (já citado anteriormente) que, conectando-se com as extremidades inferiores da fíbula e tíbia, forma a articulação do tornozelo. Também articula-se com o calcâneo, o quarto elemento da estrutura de articulação do tornozelo. O metatarso constitui na região medial do pé, formando sua sola, que realiza a função de assentar o esqueleto no solo. As falanges correspondem aos dedos dos pés, e são os menores ossos dos membros inferiores, articulando-se com os ossos metatarsais. 32 Figura 31 Fonte: Google Função dos membros inferiores no corpo humano Pode-se destacar que os membros inferiores possuem um papel fundamental no sistema locomotor do corpo humano. Seus ossos, músculos e ligamentos são responsáveis não apenas por suportar sua própria carga e a proveniente da região superior do corpo, como também atuam no equilíbrio e absorção de impactos. Além disso, suas articulações permitem os diversos movimentos já elencados acima executados pela cintura pélvica, joelho, tornozelo e pé. https://www.anatomiaemfoco.com.br/esqueleto-humano-ossos-do-corpo-humano/ossos-da-perna-femur-tibia-fibula/ossos-do-pe-tarso-metatarso-falanges/ 33 MEMBROS SUPERIORES – FUNÇÃO NO CORPO HUMANO Os membros superiores do corpo humano são formados por um conjunto de elementos que, trabalhando em conjunto, nos tornam capazes de exercer uma enorme variedade de movimentos. Graças a essas fantásticas ferramentas, somos capazes de realizar desde um simples aceno até atividades complexas e minuciosas. Figura 32 Fonte: Google Anatomia dos membros superiores do corpo humano Os membros superiores do corpo humano são formados por um conjunto de ossos, articulações e músculos. Essa região do esqueleto humano é dividida em cinco segmentos: Ombro; Braço; Articulação do cotovelo; Antebraço; Articulação do punho; Mão. Apresentaremos a seguir a anatomia e função de cada um deles. 34 Ombro – Anatomia O ombro localiza-se na região superior do esqueleto apendicular, conectando os membros superiores ao tronco. Trata-se da articulação mais móvel do corpo humano, e também uma das mais complexas. Em sua anatomia, é formado por três articulações: Articulação esternoclavicular; Articulação acromioclavicular; Articulação glenoumeral. Cada uma delas envolve a interação entre dois ossos, os quais detalharemos a seguir. Articulações do ombro – características e funções A articulação esternoclavicular é a que conecta os membros superiores ao esqueleto axial, envolvendo a interação entre a região medial da clavícula e o manúbrio do osso esterno. Auxiliada por diversos ligamentos presentes na região, é capaz de realizar os movimentos de elevação, depressão, prostração, retração e rotação. Figura 33 Fonte: Google A articulação acromioclavicular envolve a interação entre a extremidade acromial da clavícula e o acrômio (apófise da extremidade externa da espinha 35 escapular). Essa articulação permite movimentos rotacionais da escápula quando acompanha os movimentos de abdução do braço. Já a articulação glenoumeral é formada pela conexão entre a cabeça do osso úmero e a cavidade glenóide da escápula. É a principal articulação do ombro, tornando-o capaz de realizar a maior quantidade de movimentos do corpo humano. Braço (úmero) – Maior osso dos membros superiores do corpo humano O braço é formado por um único osso: o úmero. É o maior dos ossos dos membros superiores, e possui um papel muito importante no conjunto. Sua extremidade superior articula-se com a escápula, formando a articulação glenoumeral. Já sua extremidade inferior articula-se com os dois ossos que formam o antebraço: ulna e rádio. Juntos, formam uma articulação complexa, que permite os movimentos do tipo dobradiça e também rotacionais: o cotovelo. Antebraço – anatomia O antebraço, como descrito acima, é formado a partir da união entre dois ossos: ulna e rádio. Também conhecido como cúbito, o osso ulna é o maior deles, sendo o mais próximo do cotovelo. Articula-se com o rádio por meio de uma articulação do tipo trocoide. Em sua extremidade inferior, ambos se articulam com os ossos do carpo, formando assim a articulação do punho. O antebraço abriga 20 músculos, conectados anterior e posteriormente ao mesmo. São os principais responsáveis por auxiliar os ossos a realizarem os movimentos articulares de pronação e supinação do antebraço. Mão: a ferramenta polivalente dos membros inferiores De todos os componentes dos membros superiores, a mão é sem dúvida a ferramenta mais polivalente. Graças a ela, somos capazes de executar desde tarefas simples (como amassar uma folha de papel) até trabalhos minuciosos e precisos (como pintar um quadro ou digitar um artigo). O esqueleto da mão localiza-se na extremidade inferior dos membros superiores. Em sua anatomia, podemos dividi-la em: Carpo; Metacarpo; Falanges. 36 Figura 34 Fonte: Google Anatomia e funçãoda mão Como descrito anteriormente, a mão se articula com o antebraço graças a conexão entre os ossos ulna, rádio e carpo. O carpo é formado por 8 ossículos e formato irregular, que mantem conexões com os 5 ossos metacarpianos. Em sua extremidade final, podemos observar os dedos, formados pela união das falanges. Formados a partir da união de três ossos enfileirados (com exceção do polegar, que apresenta apenas 2), as falanges articulam-se com os ossos do metacarpo, possibilitando assim os movimentos de abrir ou fechar a mão, por exemplo. Função dos membros superiores no corpo humano pode-se definir os membros superiores como uma prática e indispensável ferramenta para o corpo humano. Graças a eles, somos capazes de realizar as mais variadas tarefas, desde manusear uma enxada até carregar um bebê. Além disso, os diversos movimentos possibilitados pelos mesmos permitiram ao homem realizar obras de arte de valor inestimável, tocar uma enorme diversificação de instrumentos musicais, escrever livros e, talvez o mais importante, desenvolver a habilidade de realizar cirurgias e salvar vidas. 37 REFERÊNCIAS HAMILL J, KNUTZEN KM. BASES BIOMECÂNICAS DO MOVIMENTO HUMANO. MANOLE: SÃO PAULO, 1999. ENOKA RM. BASES NEUROMECÂNICAS DA CINESIOLOGIA. 2.ED. MANOLE: SÃO PAULO, 2000. HALL S. BASIC BIOMECHANICS. 5.ED.MCGROW HILL: BOSTON, 2007. AMADIO, A. C., & SERRÃO, J. C. (2007). CONTEXTUALIZAÇÃO DA BIOMECÂNICA PARA A INVESTIGAÇÃO DO MOVIMENTO: FUNDAMENTOS, MÉTODOS E APLICAÇÕES PARAM ANÁLISE DA TÉCNICA ESPORTIVA. 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