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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Fisioterapia DISCIPLINA: Cinesiologia NOME DO ALUNO: Filipe Abrahão Paz Ramalho de Mello R.A: 2280790 POLO: Campinas – Swift – Polo Próprio DATA: 18/05/2023 2 TÍTULO DO ROTEIRO: Cinesiologia INTRODUÇÃO: Para desenvolver o tema foram ministradas quatro aulas práticas, sendo que, a primeira foi realizada no dia 15 de abril de 2023 pela professora Eliza Azevedo, já a segunda aconteceu no dia 13 de maio pela professora Kelly Gavião. A origem do termo cinesiologia vem do grego “kinein” significa movimento, já “logos” estudo, ou seja, literalmente “estudo do movimento”. “A Cinesiologia é uma área de estudo que tem como objetivo compreender os fundamentos do movimento humano a partir da criteriosa análise de suas estruturas anatômicas, especialmente, dos ossos e músculos esqueléticos.” (JUNIOR, HAUSER, DAGNONE E OLIVEIRA, 2011, p.21) Com isso, entendemos que a cinesiologia é um estudo que engloba diversas disciplinas. Ela se fundamenta nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica para realizações dos movimentos e exercícios. O objetivo é buscar a melhora do quadro clínico dos pacientes, proporcionando um trabalho de cura, reabilitação e prevenção. Na primeira aula vimos todo o complexo articular do ombro, cotovelo, antebraço, além do punho e da mão. Pudemos localizar e palpar na prática ossos importantes, tais como: clavícula, úmero, esterno, rádio, ulna, entre outros. Também foram abordados os conceitos dos planos e eixos de movimento do corpo humano. Os planos são referências imaginárias que atravessam o corpo. Em relação ao eixo Junior, Hauser, Dagnone e Oliveira, (2011, p.174) afirmam: “Existem três eixos anatômicos, cada um associado a um plano de movimentação e perpendicular aquele plano”. Vimos ainda o complexo articular do quadril, joelho, tornozelo e pé, por meio das peças anatômicas que nos auxiliam a compreender a localização e movimentos de cada parte do corpo. 3 No segundo dia de aula fizemos uma revisão do conteúdo ministrado na primeira aula, além disso aprendemos detalhadamente sobre a coluna vertebral, seus aspectos anatômicos e como eles influenciam na forma como a coluna se movimenta. Ainda nesta aula praticamos exercícios essenciais para entender como o corpo se movimenta, assim como compreender quais músculos ou grupos musculares atuam sobre determinadas articulações. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES: AULA 1 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Membro Superior 1. Complexo articular do ombro Pensando na composição óssea, o complexo articular do ombro incluí basicamente as clavículas, as escápulas, o esterno e os úmeros, sendo que, cada um deles funciona como uma base de apoio para que ocorra a transmissão de forças para os membros superiores. A clavícula é formada por um osso curto e cilíndrico em formato de “S”, ela possui duas extremidades chamadas de esternal e acromial, que se articulam com o esterno e com a escápula respectivamente. (Fig.1) O esterno fica na região central da caixa torácica e é considerado um osso plano formado por basicamente três partes, manúbrio, corpo e processo xifóide. (Fig.1) Já a escapula é composta por um osso plano e/ou irregular de formato triangular. Ela está localizada na região dorsal da caixa torácica. (Fig.1) Por fim, o úmero que é um osso longo que se articula com a escápula para formar a articulação glenoumeral. (Fig.1) 5 Figura 1 – Ossos Complexo Articular Ombro Fonte: TORTORA G. J.; NIELSEN M. T.. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, p.248. Vimos ainda que o complexo articular do ombro é subdividido em dois conjuntos. De acordo com Moreira e Russo (2005, p.35), “A grande variabilidade de movimentos que ocorrem no complexo do ombro depende de um conjunto de seis articulações”. Sendo que esses conjuntos são subdivididos em articulações verdadeiras e funcionais. As articulações verdadeiras são compostas pelas articulações esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral. Já as articulações funcionais são formadas pelas articulações escapulodorsal, subacromial e sulco bicipital. Nesta aula ainda aprendemos sobre os eixos de movimento possíveis a partir da posição anatômica do ombro, são eles: medial-lateral, anteroposterior e longitudinal. Esta articulação é caracterizada como triaxial ou com três graus de liberdade. Um destaque importante da aula foi entender os movimentos possíveis do ombro e suas amplitudes, além de identificar os músculos que realizam os movimentos. 6 Os movimentos realizados pelos ombros são: flexão, extensão, hiperextensão, abdução, adução, rotação medial, rotação lateral, abdução horizontal e adução horizontal. A flexão ocorre no plano sagital, esse movimento é realizado pelos músculos deltóide, coracobraquial, bíceps braquial (cabeça longa), e peitoral maior (parte clavicular). A flexão do ombro atinge uma amplitude de movimento de 180º, para alcançar esse ângulo, além desses músculos, o ombro conta com o ritmo escapuloumeral, que entra em ação a partir dos 30º, que é a rotação para cima da escápula, por meio dos músculos escapulotorácicos trapézio e serrátil anterior. Quando falamos de extensão, também estamos falando do movimento no plano sagital, esse movimento é realizado pelos músculos deltoide, latíssimo do dorso, redondo maior, tríceps braquial (cabeça longa), peitoral maior (parte esternal), este tendo ação quando o braço estiver a 90º, já quando falamos de extensão como o retorno à posição anatômica, correspondendo a 0º. Também ocorre no plano sagital o movimento de hiperextensão, esse movimento é realizado a partir da posição anatômica é possível alcançar 45º de amplitude de movimento e utiliza os músculos latíssimo do dorso e deltóide (parte espinhal), Já o movimento de abdução, ocorre no plano frontal e é realizado pelos músculos supra-espinhoso e deltoide. Nos primeiros 90º o supra-espinhoso tem um maior torque, a partir de 90º o deltoide se torna mais ativo, com o supra-espinhoso desempenhando um papel de estabilizador da cabeça do úmero. Para atingir 180º é necessário além desses músculos o ritmo escapuloumeral, músculos trapézio (fibras superiores e inferiores), serrátil anterior (fibras inferiores), o infra-espinhoso, o subescapular e o redondo menor que neutralizam o deslocamento superior produzido pelas fibras médias do deltoide. A adução também acontece no plano frontal, esse movimento é realizado pelos músculos peitoral maior, latíssimo do dorso e redondo maior. 7 Quando referimos a rotação medial ocorre no plano transverso, esse movimento é realizado pelos músculos subescapular, peitoral maior, deltoide, latíssimo do dorso e redondo maior, e numa posição neutra é possível alcançar 45º de amplitude de movimento. A rotação lateral, da mesma maneira que a rotação medial, acontece no plano transverso, esse movimento é realizado pelos músculos infra-espinhoso, redondo menor e deltoide (parte espinhal), e é possível alcançar 45º na posição neutra. Temos ainda a abdução horizontal que ocorre no plano transverso, e o movimento é feito pelos músculos deltoide (parte espinhal), infra-espinhoso e redondo menor. Para executar esse movimento o ombro precisa estar a 90º de abdução e é possível alcançar aproximadamente 30º de amplitude de movimento. Por fim o movimento de adução horizontal, que também acontece no plano transverso, e para ser realizado usa os músculos peitoral maior e deltoide (parte clavicular), para a execução esse movimento acontece com o ombro a 90º de abdução e é possível alcançar aproximadamente120º de amplitude de movimento. Durante a aula também aprendemos os movimentos realizados pela escápula e os músculos usados para cada movimento, são eles: elevação, depressão, protração, retração, rotação para cima e rotação para baixo. A elevação da cintura escapular é realizada pelos músculos levantador da escápula, romboides e trapézio parte ascendente, com a articulação acromioclavicular deslocando-se superiormente em aproximadamente 60º. Já o movimento da depressão da cintura escapular, é realizada pelos músculos trapézio, mas a parte descendente e peitoral menor, a partir de uma posição de repouso é possível alcançar de 5 a 10º de depressão. A importância desse movimento é porque ajuda na estabilização da escápula e elevação do corpo ao usar muletas. 8 A prostração da cintura escapular é feita pelo músculo serrátil anterior, com as margens mediais deslocando para longe da linha média em até 15 cm, esse movimento também é chamado de abdução da escápula. O movimento de retração da cintura escapular é realizado pelos músculos trapézio parte transversa e romboides, esse movimento também é conhecido como adução da escápula. A rotação para cima da escápula é efetuada pelos músculos trapézio parte ascendente e descendente e serrátil anterior (fibras inferiores), por meio de forças conjugadas ou conjugação de forças. Nes movimento acontece a contração dos músculos em direções opostas para a realização do mesmo movimento. Para a realização do movimento de rotação para baixo da escápula são utilizados os músculos levantador da escápula, romboides e peitoral menor, compondo outro exemplo de forças combinadas, o levantador contrai na direção superior, o peitoral menor na direção inferior e o romboides na direção medial. Um destaque importante desta aula, foi a didática da professora Eliza Azevedo, propondo que começássemos entender os movimentos pensando na anatomia de forma prática, lembrando dos tipos de articulações, da localização dos músculos e como eles agem sobre as estruturas de acordo com a direção das suas fibras. Este desafio foi proposto para que não ficássemos decorando nomes e sim, compreendendo de forma prática a real funcionalidade de cada parte estudada. 9 2. Complexo articular do cotovelo e antebraço O complexo articular do cotovelo é formado por três ossos, o rádio, o úmero e a ulna, sendo que, cada um deles é ajustado para que os movimentos sejam executados. “Quando comparado com outras articulações do membro superior, o complexo do cotovelo demonstra grande estabilidade em razão de seus componentes ósseos apresentarem uma amplitude de movimento “limitada” e da existência do reforço capsuligamentar.” (MOREIRA E RUSSO, 2005, p.48) Embora tenha uma amplitude de movimentação limitada o complexo do cotovelo é de extrema importância, visto que, os componentes ósseos que compõe essa região estão tão ajustados de maneira a permitir, como por exemplo, que uma pessoa leve o alimento até a boca. O rádio está localizado na lateral do antebraço e apresenta em sua porção próxima ou extremidade superior a cabeça, o colo e a tuberosidade. A ulna fica na região medial do antebraço. Moreira e Russo (2005, p.48), “sua extremidade proximal possui o olecrano, o processo coronóide e as incisuras troclear e radial.” Já o úmero é formado por um osso longo que faz ligação com o rádio e com a ulna. (Fig.2) 10 Figura 2 - Complexo articular do cotovelo Fonte: TORTORA G. J.; NIELSEN M. T.. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, p.256. Em sua estrutura articular e ligamentar, o cotovelo é constituído por uma cápsula articular comum e reforçada por ligamentos, essas articulações são: umerorradial, umeroulnar e radioulnar proximal. A articulação umerorradial é classificada como uma articulação do tipo gínglimo ou dobradiá, capaz de realizar movimentos de flexão e extensão. O úmero articula-se com a face proximal da cabeça do rádio. Apesar da articulação umeroulnar, assim como a articulação umerorradial também ser considerada do tipo gínglimo ou dobradiça, pela sua capacidade de fazer movimentos de flexão e extensão, ela é articulada com a tróclea do úmero com a incisura troclear da ulna. 11 Tanto a articulação umerorradial, quanto a articulação umeroulnar podem ser consideradas verdadeiras articulações do cotovelo, visto que elas trabalham de forma integrada por meio de deslizamento e rolamento. Elas ocorrem no plano sagital e ao redor do eixo medial-lateral. E são consideradas uniaxiais ou monoaxiais, por permitirem movimento somente ao redor de um eixo de rotação. Já a articulação radioulnar proximal, a cabeça do rádio movimenta-se com a incisura radial da ulna. Ela é classificada como uma articulação do tipo pivô ou trocóide, visto que, a cabeça do rádio realiza um giro em volta da incisura radial da ulna. Focando nosso estudo no antebraço, é importante ressaltar que a articulação dessa região é formada por dois ossos, o rádio e a ulna. A junção das articulações desses dois ossos forma duas articulações a radioulnar proximal e a radioulnar distal. A somatória da articulação umerorradial, com as articulações radioulnares próxima e distal possibilitam os movimentos de pronação e supinação do antebraço. Os movimentos realizados pelos cotovelos e antebraço são: flexão, extensão, pronação e supinação. O movimento de flexão do cotovelo tem amplitude ativa de 145º de amplitude de movimento. Os grupos musculares que atuam nesse movimento são: bíceps braquial, braquial e braquiorradial. No movimento de extensão de cotovelo a amplitude é zero e o principal músculo que atua nesse movimento é o tríceps braquial. A amplitude para o movimento de pronação do antebraço, quando a palma da mão está voltada para baixo, é de 85º. O músculo que atua nesse movimento é pronador quadrado. No caso do movimento de supinação do antebraço, oposto da pronação, palmas das mãos voltadas para cima, a amplitude do movimento também se repete 85º, já o músculo que que atua é o supinador. 12 3. Complexo articular do punho e da mão O punho está localizado entre o antebraço e a mão. Sua articulação é formada pelos ossos do carpo e o rádio. Os ossos do carpo são oito e estão dispostos em duas fileiras, quatro em uma fileira proximal, nesta fileira estão os ossos escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme. E quatro na fileira distal formada pelo trapézio, trapezoide, capitato e hamato. (Fig. 3) Figura 3 – Complexo Articular do Punho e da Mão Fonte: TORTORA G. J.; NIELSEN M. T.. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, p.261. O rádio está ligado ao processo estiloide, a incisura ulnar e a face articular para o carpo. Já a ulna não se articula diretamente ao carpo. Os movimentos existentes no punho são: flexão, extensão, abdução e adução com amplitudes de 45º. As principais articulações do punho são: articulação radiocarpal e articulação mediocarpal, mas também existe a articulação intercarpal, que faz a união entre os ossos do carpo. 13 A nossa mão é formada por cinco ossos dos metacarpos e 14 falanges, dividas em cinco falanges distais, cinco proximais e quatro médias. A explicação para a existência de apenas quatro falanges médias, se dá, pois o polegar apresenta apenas duas falanges, uma proximal e uma distal. Nas mãos existem quatro articulações, a carpometacarpal, a qual possui a forma de uma sela invertida, que permite o movimento em dois eixos, apesar deste não se dar de forma independente. As articulações metacarpofalângicas tem como função conectar os ossos metacarpais e as falanges proximais. Já a as articulações interfalângicas proximais unem as falanges proximal e médiae as distais conectam as falanges média e distal. Fizemos o trabalho de palpação combinado com exercícios específicos para obter contrações isoladas de alguns músculos com o objetivo de perceber o funcionamento dos mesmos. Tais como: bíceps braquial onde realizamos a flexão de cotovelo; tríceps braquial, neste caso foi feita a extensão de cotovelo; serrátil anterior, no qual fizemos um movimento anterior e lateral da escápula ao longo das costelas; deltoide responsável pela abdução de ombro, entre outros. 14 AULA 2 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Membro Inferior 1. Complexo articular do quadril A formação articular do quadril é composta pelos ossos do fêmur e ilíaco. O ilíaco é formado pela união dos ossos ílio, ísquio e púbis (Fig. 4). E trata-se de um osso plano, chato e irregular. Figura 4 – Complexo Articular do Quadril Fonte: MAGALHÃES, L.. Toda Matéria. Articulações do Corpo Humano. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/articulacoes-do-corpo-humano/. Acesso em: 20 de maio de 2023. O fêmur é o maior osso do corpo humano, ele está ligado ao quadril por meio da sua parte superior, denominada fêmur proximal, que se articula com o acetábulo da pelve. A cabeça femoral forma a “bola”, e o acetábulo forma o “soquete” em uma articulação do tipo “bola e soquete” do quadril. “Para a obtenção de movimentos articulares eficientes, é necessária uma interação da cintura pélvica e da coxa com o quadril. O complexo do quadril ‘a mais proximal das articulações dos membros inferiores, porém, ao contrário do complexo do ombro, ele é uma articulação bastante estável e alguns movimentos não possuem grande amplitude, como ocorre no ombro.” (MOREIRA E RUSSO, 2005, p.76) 15 A articulação do quadril possui 3 graus de liberdade, podendo realizar movimentos de flexo-extensão, adução e abdução, rotação interna e externa e ainda circundução (Fig. 5) Figura 5 – Movimentos da articulação do quadril. Fonte: MOREIRA, D.; RUSSO, A.F.. Cinesiologia clínica e funcional. São Paulo – SP: Editora Atheneu, 2005, p.80. Os movimentos realizados por esta articulação possuem amplitudes diferentes. Para flexão de quadril, a maior mobilidade é de 120°, isso quando associada a flexão de joelho. No caso da abdução e adução, a amplitude é de 30°, sendo que esta segunda precisa estar associada a uma flexão ou extensão de quadril, visto que na posição anatômica existe o contato dos membros entre si. 16 Temos ainda a rotação lateral do quadril, que acontece quando o trocânter maior do fêmur é voltado para trás e neste caso atinge uma amplitude de 60°. A rotação medial se dá quando o trocânter maior do fêmur é voltado para frente atingindo uma amplitude de 30°. 17 2. Complexo articular do joelho É importante ressaltar que a articulação do joelho é considerada a maior do corpo humano. Por estar localizada entre as articulações do quadril e do tornozelo, trata-se de uma articulação intermediária. Ela é formada basicamente pelos ossos do fêmur, tíbia, patela e fíbula. (Fig. 6) Figura 6 - Complexo articular do joelho e quadril Fonte: TORTORA G. J.; NIELSEN M. T.. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, p.270. Segundo Moreira e Russo (2005.p.92), “O joelho é uma das articulações que mais sofrem lesões no corpo, já que é mantido e suportado quase que inteiramente por músculos e ligamentos, praticamente sem o auxílio de estruturas ósseas.” A amplitude do movimento de flexão é de 130º a 140º, porém esta amplitude é reduzida para 120º caso o quadril esteja estendido. Com uma articulação em dobradiça o joelho sempre deve se mover por um eixo realizando a flexão e a extensão no plano sagital. Esta articulação também possibilita uma leve rotação medial durante a flexão e no último nível de extensão do joelho, bem como uma rotação lateral quando o joelho está destravado. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-movimentos-do-corpo-humano 18 3. Complexo articular do tornozelo e do pé “O segmento tornozelo-pé apresenta grande harmonia e sincronia de movimentos; ele é capaz de se tornar uma estrutura bastante rígida e, ao mesmo tempo, bastante flexível, o que lhe confere algumas características: ajustar-se a superfícies irregulares; controlar e estabilizar o membro inferior quando se tem uma descarga de peso; absorver choques provenientes do corpo e do solo; e elevar ou impulsionar o corpo quando se faz necessário.” (MOREIRA E RUSSO, 2005, p.106) O pé é formado pelo conjunto de ossos do tarso, metatarsos e falanges. O tarso é composto pelo tálus, calcâneo, navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e o cuneiforme lateral. Já o metatarso é constituído por cinco ossos numerados de I a V de medial para lateral. Assim como nos dedos da mão, os dedos dos pés apresentam três falanges, com exceção do dedo I, que apresenta apenas falange proximal e distal. Este ainda recebe o nome de Hálux. (Fig. XXX) O tornozelo é formado pela tíbia, fíbula e tálus. A articulação do tornozelo, ou talocrural, conecta a tíbia e a fíbula ao tálus, um dos ossos do pé. A principal desta articulação é permitir os movimentos de dorsiflexão que tem uma amplitude que pode variar entre 20º e 30º de movimento e flexão plantar com amplitude entre 30º e 50º. Temos também articulação subtalar que com o auxílio de articulações do antepé e médiopé permite os movimentos e eversão e inversão do pé. (Fig. 7) 19 Figura 7: Complexo articular do Pé e Tornozelo Fonte: TORTORA G. J.; NIELSEN M. T.. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, p.320. Para encontrar aprimorar o aprendizado foi proposto aos alunos fazer a palpação para localizar as principais estruturas ósseas das partes estudadas nesta segunda aula. Na região da pelve, encontramos crista do ílio, espinha ilíaca anteroposterior, espinha ilíaca póstero-superior, tuberosidade do ísquio e sínfise púbica. Observamos e identificamos outros ossos importantes e seus respectivos acidentes ósseos, tais como, fêmur, tíbia, fíbula, falanges, entre outros. Com a ajuda da professora e participação dos colegas, conseguimos entender e fixar o conteúdo teórico, aplicando na prática os conhecimentos adquiridos. Pudemos fazer a relação entre as articulações estudadas e os movimentos que elas realizam de acordo com os planos e eixos anatômicos. De forma muito didática, a professora se utilizou de uma folha de papel e uma caneta para representar os planos e eixos de movimento respectivamente. Todos os alunos que antes tinham dificuldades em entender esta dinâmica, conseguiram absorver a lógica por trás das nomenclaturas. 20 Conseguimos também determinar os músculos que realizam os movimentos articulares baseado no conhecimento de sua localização, de quais articulações eles atravessam e também a direção de suas fibras. Como exemplo é possível citar o músculo reto femoral que atravessa duas articulações, a do quadril e a do joelho, e, portanto, possui ação sobre as duas, realizando tanto flexão de quadril, como a extensão do joelho. Já os outros três ventres do quadríceps cruzam apenas a articulação do joelho, tendo ação apenas sobre ele e não sobre o quadril. Além destes podemos citar: • Flexão de joelho: Isquiotibiais • Abdução de quadril: Glúteo máximo, glúteo médio, tensor da fáscia lata • Adução de quadril: Adutor longo, o adutor curto, o adutor magno, o grácil, e o pectíneo • Flexão plantar de tornozelo: Sóleo, gastrocnêmio • Dorsiflexão de tornozelo: Tibial anterior Também realizamos palpação associada a movimentos ativos para conseguirmosperceber as contrações musculares durante sua ação. Nesta prática percebemos músculos como: glúteos máximo e médio, isquiotibiais, reto femoral, vastos medial e lateral, tibial anterior, adutores de quadril, entre outros. 21 AULA 3 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Coluna Vertebral A coluna vertebral é constituída de 33 ou 34 vértebras superpostas e intercaladas por discos intervertebrais. Ela se estende desde a base do crânio até a extremidade caudal do tronco. A pelve é a base da coluna, local onde os membros inferiores se articulam. Superiormente, articula-se com o osso occipital e inferiormente, com o Ilíaco. É dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacrococcígea. “De forma muito simplificada, é uma haste firme e flexível, constituída de elementos individuais unidos entre si por articulações, conectados por fortes ligamentos e suportados dinamicamente por uma poderosa massa musculotendinosa.” (NATUR, 2004, p.17) Pensando na questão anatômica, a coluna vertebral pertence ao esqueleto axial, que é composto por crânio, vértebras de todos os segmentos, costelas e esterno. O esqueleto axial é conectado pelas articulações entre as costelas e o esterno e a articulação sacrilíaca, que abrange o sacro e o ílio. Ela tem funções básicas, suporte, proteção da medula espinhal no canal vertebral e o movimento das vértebras articuladas entre si, proporcionando toda mobilidade da coluna vertebral. Quando falamos de movimentação a coluna realiza os movimentos de: flexão, extensão, inclinação lateral direita, inclinação lateral esquerda, rotação direita, rotação esquerda.. Em aula vimos na prática os movimentos e a forma que são realizados. Importante para entender, todo o processo de flexão, extensão, inclinação, etc. (Fig. 8). 22 Figura 8 – Movimentos Básicos da Coluna Vertebral Fonte: NATUR, J. Coluna Vertebral. São Paulo – SP: Editora Etcetera, 2004, p.36. Comparando os segmentos vertebrais, a região torácica tem amplitude de flexão muito menor, em torno de 9º, similar à articulação entre C3-C4, que realiza amplitude de até 12º. Agora quando analisamos a rotação, a cervical tem maior amplitude, nesse caso, a região torácica possibilita maior movimento que a região lombar. Na prática conseguimos palpar algumas proeminências ósseas, por exemplo: o processo mastoide é uma projeção cônica que pode variar de tamanho e forma localizada na parte posterior do osso temporal. Nele estão ligados os músculos esternocleidomastoideo, esplênio da cabeça e dorsal longo da cabeça. https://pt.wikipedia.org/wiki/Osso_temporal https://pt.wikipedia.org/wiki/Esternocleidomastoideo 23 Vimos ainda a protuberância occipital externa, localizada entre o ápice do osso e o forame magno, entre outros. Também vimos em aula a forma como fica a musculatura abdominal quando a pessoa é colocada em algumas formas, por exemplo: decúbito dorsal com elevação de cabeça, decúbito dorsal com elevação de um membro inferior e até mesmo simulando uma tosse. Sentimos como ficam os músculos eretores da espinha, quando a pessoa é colocada em decúbito ventral e é solicitado que ela eleve o membro superior e também em decúbito ventral com a elevação de membro inferior. E fomos desafiados a descobrir os músculos em algumas situações de movimento do tronco. Uma delas flexão de tronco, na qual aprendemos que o músculo Reto abdominal é o principal para execução desse movimento. Aprendemos ainda que para a o movimento de extensão do tronco usamos os músculos eretores da espinha, que incluem o iliocostal torácico, o longuíssimo dorsal, o espinhal torácico e o iliocostal lombar. Vimos também os músculos que realizam a inclinação do tronco, os principais desse movimento são os oblíquos, interno e externo do abdome e o quadrado lombar do lado do movimento. Por fim, aprendemos sobre os músculos ligados a rotação do tronco, sendo alguns deles o transverso abdominal, multífido, interespinhais, entre outros. 24 AULA 4 ROTEIRO 1 TÍTULO DA AULA: Análise Cinesiológica de Exercícios Nesta aula vimos mais uma vez a respeito dos planos que dividem nosso corpo de três maneiras: Sagital, que divide o corpo em metades direita e esquerda. Frontal, que divide o corpo em metades anterior e posterior e plano transversal, que divide o corpo em metades superior e inferior. Existem três tipos de exercícios e são eles: isométrico, isotônico e isocinético. O exercício isométrico é aquele no qual acontece contração muscular, porém o comprimento do músculo não se altera pois é realizado de forma estática, ou seja, sem movimento articular. Já o exercício isotônico é dividido em dois tipos: concêntrico e excêntrico. O concêntrico é quando durante a contração o músculo sofre encurtamento. Já na fase excêntrica do exercício, o músculo continua sob tensão, porém em processo de alongamento. Podemos citar como exemplo a cadeira extensora em uma academia. Quando contraímos o quadríceps fazendo força para estender os joelhos estamos encurtando a musculatura e portanto trabalhando a fase concêntrica do movimento. Quando ao retornar mantemos a mesma musculatura sob tensão a fim de controlar o movimento, estamos trabalhando a forma excêntrica do movimento. (Fig. 9) 25 Figura 9 – Tipos de Movimento Fonte: DE OLIVEIRA, V. H. R. F.. Treino Mestre. Disponível em: https://treinomestre.com.br/fase- excentrica-e-fase-concentrica-tipos-de-contracao-muscular/, 2019. Tipos de Movimentos. Acesso em: 20 de maio de 2023. Temos ainda, exercícios que podem ocorrer em cadeia cinética aberta e fechada. Na cadeia cinética aberta o segmento distal da cadeia fica livre para se mover, enquanto que na cadeia cinética fechada, o segmento distal está fixo ou apoiado. Como exemplos de exercício em cadeia cinética aberta podemos citar: elevação frontal de ombros com halteres, crucifixo com halteres. Exercícios de cadeia cinética fechada temos: prancha, elevação pélvica no solo, agachamento. Em sala de aula fizemos na prática alguns exercícios para conseguir avaliar o esforço muscular nos três tipos de exercícios, de fase concêntrica, excêntrica e isométrica. Fizemos, agachamentos, ponte, prancha, elevação de quadril, entre outros. Em sala de aula surgiu uma dúvida sobre músculos agonistas e antagonistas ao movimento. Alguns acreditavam que enquanto um musculo faz o movimento de contração o outros está empurrando, mas vimos com destaque pela professora Kelly Gavião, que os músculos não empurram, eles somente puxam. https://treinomestre.com.br/fase-excentrica-e-fase-concentrica-tipos-de-contracao-muscular/ https://treinomestre.com.br/fase-excentrica-e-fase-concentrica-tipos-de-contracao-muscular/ 26 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. DE OLIVEIRA, V. H. R. F.. Treino Mestre. Disponível em: https://treinomestre.com.br/fase-excentrica-e-fase-concentrica-tipos-de- contracao-muscular/, 2019. Tipos de Movimentos. Acesso em: 20 de maio de 2023. 2. HALL, S.J. Biomecânica Básica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 3. HAMILL, J. KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano. 2ª ed, São Paulo: Manole,2008. 4. LIPPERT, L. S. Cinesiologia clínica para fisioterapeutas. 3ªed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 5. MAGALHÃES, L.. Toda Matéria. Articulações do Corpo Humano. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/articulacoes-do-corpo-humano/ . Acesso em: 20 de maio de 2023. 6. MOREIRA, D.; RUSSO, A.F.. Cinesiologia clínica e funcional. São Paulo – SP: Editora Atheneu, 2005. 7. NATUR, J. Coluna Vertebral. São Paulo – SP: Editora Etcetera, 2004. 8. SMITH, L.; WEISS, E. L.; LEHMKUHL, L. D.. Cinesiologia Clínica de Brunnstrom. 5ªed. São Paulo: Manole, 1997. 9. TORTORAG. J.; NIELSEN M. T.. Princípios de Anatomia Humana. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 10. VILELA JUNIOR, G.B.; HAUSER, M.W.; DAGNONE FILHO, D; OLIVEIRA, A.L.. Cinesiologia. Ponta Grossa – PR: Editora UEPG, 2011. https://treinomestre.com.br/fase-excentrica-e-fase-concentrica-tipos-de-contracao-muscular/ https://treinomestre.com.br/fase-excentrica-e-fase-concentrica-tipos-de-contracao-muscular/ https://www.todamateria.com.br/articulacoes-do-corpo-humano/
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