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APG - SOI IV Bianca Cardoso - Medicina 4 o Período 
IST’s 
Vulvovaginites 
Processo inflamatório da vulva e vagina.
Geralmente se manifesta com algum corrimento 
vaginal.
Corrimento vaginal fisiológico: 
- Pequena quantidade, homogêneo;
- Fluido, esbranquiçado ou amarelado;
- pH entre 4-4,5;
- Odor e prurido ausentes;
- Ausência de sinais inflamatórios.
Mecanismos de defesa da região genital: 
- Vulva: pele, pelos e pequenos lábios, 
protegendo a entrada da vagina.
- Vagina: anatomia, estrutura elástica e 
cilíndrica, microbioma vaginal (predomínio dos 
lactobacilos), pH ácido, epitélio das paredes 
vaginais, resposta imune à agressão.
Os lactobacilos (Doderline) -> produzem 
bacteriocinas (destroem bactérias), peróxido de 
hidrogênio, ativação de linfócitos T (imunidade 
inativa), síntese de biosurfactantes, produzem 
ácido lático (acidificação do pH vaginal).
Lactobacilos -> captam glicogênio das células 
do epitélio vaginal -> transforma em ácido lático 
-> manutenção do pH < 4,5 -> barreira contra 
proliferação de outros agentes infecciosos.
- Na pós menopausa, há queda de estrogênio e 
síntese de glicogênio -> elevação de pH -> 
facilitando a proliferação de infecções 
urinárias e vaginais.
Tipos de Flora: 
Tipo I:
- Predomínio de lactobacilos (80-95%);
- Polimorfonucleares raros ou ausentes;
- pH ácido (4-4,5).
Tipo II:
- Redução de lactobacilos (defesa) e aumento 
de outras bactérias (disbiose).
- Células epiteliais;
- Raros polimorfonucleares.
Tipo III: patológica, associada à infecções 
- Ausência de lactobacilos;
- Predomínio de outras bactérias (anaeróbios); 
Na anamnese, é importante questionar sobre: 
características do corrimento, evolução, fatores 
predisponentes para o aparecimento de 
vulvovaginites e hábitos de higiene íntima.
Exames complementares: 
- pH vaginal;
- Teste das aminas (Whiff teste) -> avalia odor;
- Exame bacterioscópico (secreção);
- Cultura;
- PCR.
Vaginose Bacteriana - Gardnerella 
Principal causa de VVG no menacme.
Definida como um desbalanceado da flora 
vaginal, uma vez que, há queda de lactobacilos e 
aumento de anaeróbios (gardnerella, mobiluncus 
e atopobium).
Redução de lactobacilos -> aumento pH vaginal 
-> aumento dos anaeróbios -> liberação de 
enzimas proteolíticas (propiciam a aderência 
celular e a invasão) -> corrimento branco 
acinzentado com odor fétido.
- lactobacilos produzem o ácido lático, se não 
for produzido, haverá desregulação do pH 
vaginal.
Quadro clínico: 
- 50-75% são assintomáticas;
- Corrimento vaginal branco ou acinzentado, 
homogêneo, odor fétido (peixe).
Fatores de risco: 
- Atividade sexual (a vaginose não é uma IST, 
porém a relação aumenta a chance de 
desabalanço de flora);
- Presença de outras IST’s;
- Raça e etnia;
- Tabagismo;
- Uso de duchas vaginais (diminui proteção 
intrínseca da região vaginal);
- Obesidade.
Complicações: aumenta risco de:
- Parto prematuro;
- Endometrite;
- Aquisição de IST’s;
- Persistência da infecção pelo HPV;
- DIP (doença inflamatória pélvica).
Diagnóstico: 
Critérios de Amsel: no mínimo 3.
- Corrimento vaginal branco ou acinzentado, 
homogêneo.
- pH > 4,5;
- Teste das aminas positivo;
- Clue cells (células guia).
Tratamento: 
- Mulheres sintomáticas;
- Mulheres assintomáticas apenas na gestação 
e quando for realizar procedimento genital.
- Não é necessário tratar parceiro sexual.
- Metronidazol 250mg, VO, 12/12h, por 7 dias.
APG - SOI IV Bianca Cardoso - Medicina 4 o Período 
- Metronidazol gel vaginal 100mg, por 5 dias.
- Clidamicina creme (segunda opção).
Candidíase 
Segunda principal causa de VVG no menacme.
Infecção fúngica causada por espécies das 
leveduras saprófitas, Candida, principalmente 
Candida albicans.
A Candida sp. é presente na flora vaginal de 
forma fisiológica, comensal. Entretanto, quando 
há uma proliferação excessiva desse agente -> a 
candida se adere às çelulas epiteliais -> 
sintomas.
Fatores de Risco: 
- Gravidez; 
- Imunossupressão;
- Diabetes;
- Uso de antibióticos; 
- Estresse;
- Contraceptivos hormonais;
- Hábitos de higiene íntima inadequada;
- Uso de DIU e diafragma.
Quadro clínico: 
- Prurido intenso;
- Corrimento vaginal esbranquiçado com 
aspecto de “leite coalho”, sem odor;
- Dispareunia, queimação e disúria;
- Piora dos sintomas antes da menstruação.
Classificação: 
Diagnóstico: 
- pH vaginal < 4,5;
- Teste das aminas negativo;
- Microscopia;
- Cultura de secreção vaginal.
Tratamento: 
- Via oral e tópica;
- Não precisa tratar parceiro, uma vez que não é 
IST.
- Pode tratar gestante, porém apenas por via 
vaginal.
- Não complicada: miconazol nistatina por via 
tópica ou fluconazol ou itraconazol VO 
(segunda opção).
- Complicada: episódio agudo: fluconazol VO, 
i t raconazol VO ou miconazol tópico; 
manutenção: fluconazol VO (1x 6 meses), 
miconazol tópico ou miconazol óvulo vaginal. 
Tricomoníase 
Vulvovaginite menos frequente.
IST não viral mais comum no mundo.
- A transmissão sexual é a mais comum, mas 
também existe a de mães infectadas para RN.
Causada por um protozoário flagelado unicelular, 
Teichomonos vaginalis. 
- Parasita com mais frequência a genitália 
feminina do que a masculina. 
Fisiopatologia: 
Produção de enzimas proteolíticas -> aderência 
ao epitélio vaginal -> processo inflamatório -> 
sintomas -> corrimento.
Sinais e sintomas: 
30% dos casos são assintomáticos.
- Corr imento vaginal intenso, amarelo-
esverdeado, as vezes acinzentado, bolhoso e 
espumoso, odor fétido, ardor, prurido;
- Se inflamação intensa, o corrimento aumenta 
e pode haver sinusiorragia (sangramento 
relacionado à atividade sexual) e dispareunia 
(dor genital durante a relação sexual);
- Eritema e edema vulvar;
- Sintomas urinários, disúria.
- Piora no período menstrual e após relações 
sexuais.
Na maioria dos casos, não há complicações 
graves na mulher, mas a tricomoníase pode 
propiciar a transmissão de outros agentes 
infecciosos agressivos. 
Na gestação, quando não tratada, pode evoluir 
para rotura prematura das membranas.
A o e x a m e e s p e c u l a r, é p e r c e p t í v e l 
microulcerações no colo uterino, um aspecto de 
morango ou framboesa (teste de Schiller) 
(edemaciado, com petéquias) e colo tigroide 
(quando joga lugol/iodo).
A inflamação das paredes -> elevação pH 
vaginal para 6,7-7,5 -> proliferação bacteriana 
patológica -> vaginite bacteriana -> liberação de 
aminas de odor fétido + bolhas no corrimento 
vaginal purulento.
Diagnóstico: 
Anamnese e exame físico.
APG - SOI IV Bianca Cardoso - Medicina 4 o Período 
O mais comum é o exame a fresco (laboratorial 
microbiológico), por meio da gota do conteúdo 
vaginal e soro fisiológico, com observação do 
parasita ao microscópio.
- visualiza-se o movimento do protozoário 
(flagelado) e muitos leucócitos.
Normalmente, teste de aminas positivo.
pH vaginal > 4,5.
PCR.
Tratamento: 
- Apenas via oral;
- Precisa tratar parceiros sexuais.
- Em gestantes o tratamento é o mesmo.
- Metronidazol dose única (400mg) ou 250mg 
por 7 dias.
Uretrites 
Inflamações da uretra, geralmente bacteriana.
Sintomas clássicos: ardência ao urinar e 
corrimento uretral.
Clamídia 
IST bacteriana mais comum do mundo.
Agente etiológico: Chlamydia trachomatis.
Bactéria gram-negativa.
Parasitas intracelulares obrigatórias.
Responsáve l por 25% das causas de 
infertilidade (10% homens e 15% mulheres).
É comum a coinfecção com gonorreia, 
Se instala nas células epiteliais que revestem a 
vaginaou a uretra.
Os sintomas são devido aos glóbulos brancos, 
responsáveis por atacar as bactérias.
- Clamidia -> GB se direcionam às células 
infectadas (muitos GB se deslocam, já que, 
normalmente, há a instalação de muitas 
bactérias) -> apoptose (morte celular).
- O grande número de GB -> inflamação -> 
edema, queimação e dor -> vaginite, uretrite, 
cervicite e prostatite.
A clamídia pode se espalhar: 
- corrente sanguínea: ex: quando se espalha 
para a cápsula articular do joelho, gerando 
uma artrite infecciosa. GB se instalam na 
articulação -> GB + clamídia -> dor (disartria 
articular) e dificuldade no movimento 
- contato direto com o olho, podendo 
ocasionar lesões na conjuntiva (conjuntivite) -> 
opacidade da esclera -> tracoma (conjuntivite 
granulomatosa, principal causa de cegueira no 
mundo.
Transmissão: 
- Contato sexual (vaginal, anal, oral).
- Durante o parto.
- Contato direto, pouco provável (clamídia só 
vive fora da célula por alguns segundos).
Sintomas: 
- Maioria assintomático (75% das mulheres e 
50% dos homens).
- Disúria;
- Dispareunia (dor durante a relação sexual);
- Urgência miccional;
- Corrimento pegajoso.
- Aumento de linfonodos.
- O colo do útero pode estar hipertrofiado, 
eritematoso, edemaciado e extremamente 
friável. Isso pode agravar a lesão das tubas 
uterinas e aumentar o reservatório para 
infecções subsequentes.
Tratamento: 
- Azitromicina 1g dose única;
- Doxicicilina 100mg 2x ao dia, 7 dias;
- Amoxicilina 900mg 3x ao dia, 7 dias.
Gonorreia 
Segunda IST mais comum.
Ocorre frequentemente em conjunto com a 
clamídia, devido à semelhança dos fatores de 
risco (múltiplos parceiros sexuais, sexo 
desprotegido) e à facilidade de se instalar uma 
segunda infecção.
Agente etiológico: Neisseria gonorrhoeae 
(gonococo)
Transmissão: 
- Relações sexuais (vaginal, anal e oral).
- Parto.
Homem: gonococo -> invade uretra -> entra nas 
células -> resposta imune -> GB migram para 
uretra pela CS -> atacam célula (apoptose).
- Devido à alta disseminação bacteriana, muitos 
GB vão migrar para as células -> inflamação 
da uretra -> sintomas (disúria) -> uretrite -> 
prostatite (se alcançar a próstata) -> saída de 
pus (devido aos GB e células epiteliais que 
também sofreram apoptose).
- Dor uretral e secreção amarelo-cremosa, 
podendo ser sanguinolenta.
Mulher: pode gerar uretrite, cervicite, vaginite e 
pústulas.
- Mulheres infectadas terão muita dor durante o 
sexo, devido a pressão sobre o colo do útero, 
dev ido a ce rv ic i te ocas ionada pe la 
disseminação bacteriana.
- Gonorreia -> colo uterino -> útero -> saída 
pelas trompas de Fallop -> infecção na 
cavidade pélvica (DIP).
- Assim como a clamídia, pode se espalhar 
para a cápsula articular do joelho, causando 
artrite infecciosa.
- Secreção urinária ou genital incomum, disúria, 
dispareunia, dor ou hipersensibilidade pélvica, 
sangramento vaginal anormal, febre e proctite.
APG - SOI IV Bianca Cardoso - Medicina 4 o Período 
Se não tratada, pode alcançar o SNC, infectando 
as meninges (meningite) e a medula espinal.
- essa meningite é mais comum em crianças. 
Manifestações clínicas: 
- Secreção purulenta ou mucopurulenta;
- Sangramento;
- Edema cervical;
- Disúria;
- Bartolinite (obstrução das glândulas de 
bartolin, responsáveis por produzir fluido 
mucoso que lubrifica e umidifica a vulva, 
principalmente durante a relação sexual).
- Oftalmia gonocócica (”crosta” ocular, comum 
em RN de mães infectadas).
Diagnóstico: 
História clínica + sintomas, podendo ser 
confiamos pela demonstração do micro-
organismo por coloração com gram ou cultura,
Mycoplasma 
Não possui parede celular, explicando sua 
resistência frente aos antibióticos, uma vez que 
eles atuam na parede celular bacteriana.
- Pleomórficas;
- Anaeróbios facultativos;
- Crescimento lento.
É capaz de se instalar no sistema respiratório e 
gênito-urinário.
Agente etiológico: Mycoplasma pneumoniae 
(pneumonia atípica); Mycoplasma genitalium 
(uretrites em lactentes); Mycoplasma ureoplasma 
(uretrites em lactentes e precisa de ureia para 
seu crescimento).
M. genitalium -> contato -> se adere ao epitélio 
do trato urinário por meio das adesinas 
M. ureoplasma -> possui imunoglobulina 
protease IgA -> inibe as imunoglobulinas do 
epitélio -> “escapa” da ação do sistema 
imunológico. Também possui enzimas que 
degradam ureia -> facilitando sobrevivência no 
trato.
Manifestações Clínicas: 
- Assintomáticos;
- Dispareunia;
- Disúria;
- Polaciúria;
- ITU;
- Corrimento incaracterístico.
REFERÊNCIAS: 
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