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Aula 04
PC-SP (Investigador) Passo Estratégico
de Noções de Direito (Direito Processual
Penal) - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Alexandre Segreto dos Anjos
18 de Setembro de 2023
 
 
SIMULADO 
 
Sumário 
Introdução ........................................................................................................................................ 2 
Questões Estratégicas ...................................................................................................................... 2 
Gabarito ...................................................................................................................................... 13 
Questões Comentadas ................................................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alexandre Segreto dos Anjos
Aula 04
PC-SP (Investigador) Passo Estratégico de Noções de Direito (Direito Processual Penal) - 2023 (Pós-Edital)
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INTRODUÇÃO 
A resolução de questões objetivas é imprescindível para nossa preparação. Dessa forma, 
elaboraremos simulados periódicos para que você, querido aluno, consiga revisar a matéria e 
identificar a forma de cobrança do conteúdo, pelos concursos públicos, beleza? Este Simulado 
contempla questões INÉDITAS e abordará os assuntos das aulas anteriores. 
QUESTÕES ESTRATÉGICAS 
 
1. Com relação as formas de início do inquérito policial nos crimes de ação penal pública 
incondicionada, é correto o inquérito policial se inicia, exceto: 
a) De ofício, por portaria. 
b) Por requisição do Ministério Público. 
c) Por requerimento da vítima. 
d) Pelo auto de prisão em flagrante. 
e) Em face do sistema acusatório adotado pelo Brasil, a autoridade judicial não pode requisitar a 
instauração de inquérito policial. 
 
2. Com relação a investigação de pessoas com foro por prerrogativa de função, aponte a 
alternativa que se coaduna com o entendimento dos Tribunais Superiores. 
a) Não é necessária qualquer autorização para serem investigadas as pessoas que possuem foro 
por prerrogativa de função no STF. 
b) Em relação a autoridades que possuam foro por prerrogativa de função em qualquer tribunal, 
para serem investigadas, é necessário que a autoridade policial obtenha autorização do respectivo 
tribunal. 
c) Autoridades que possuam foro por prerrogativa de função em qualquer tribunal, com exceção 
do STF, para serem investigadas, não necessitam que a autoridade policial obtenha autorização do 
respectivo tribunal. 
d) Não é possível o indiciamento de pessoas que possuam foro por prerrogativa de função. 
e) As investigações contra um Prefeito não necessitam de controle do Tribunal de Justiça. 
 
Alexandre Segreto dos Anjos
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3. Foi instaurado inquérito policial para apurar a suposta prática do crime de roubo cometido 
por Tício. Comprovado o fato e sua autoria. Mévio, advogado de Tício, junta ao inquérito 
policial uma certidão de óbito do autor do crime. Com base na informação acima, aponta a 
alternativa que se coaduna com o entendimento da doutrina e da jurisprudência acerca do 
arquivamento do inquérito policial. 
a) Tendo em vista que a morte do autor do crime extingue a punibilidade, deve a autoridade 
policial arquivar os autos do inquérito policial. 
b) A existência de manifesta causa de excludente de punibilidade impede, sem qualquer exceção, 
o desarquivamento do inquérito policial, tendo em vista que faz coisa julgada material. 
c) Caso o inquérito policial seja arquivado por insuficiência de provas, ele não poderá ser 
desarquivado em nenhuma hipótese. 
d) A certidão de óbito falsa não faz coisa julgada material e, assim, poderá a autoridade policial 
requerer o desarquivamento do inquérito policial. 
e) Para o STJ, a causa excludente de ilicitude não faz coisa julgada material e pode ser 
desarquivado se novas provas surgirem. 
 
4. Sobre os prazos de conclusão do inquérito policial, aponte a alternativa correta. 
a) Caso o indiciado esteja preso, o prazo de conclusão do inquérito policial é de 5 (cinco) dias, 
prorrogáveis por mais 5 (cinco) dias. 
b) Se o crime estiver previsto na lei de drogas e o acusado se encontrar em liberdade, o prazo de 
conclusão do inquérito poderá ser de até 180 (cento e oitenta) dias. 
c) Se o acusado estiver solto, o prazo de conclusão do inquérito é de 30 (trinta) dias, 
improrrogáveis. 
d) Se o crime estiver previsto na lei de drogas e o acusado se encontrar preso, o prazo de conclusão 
do inquérito é de 10 (dez) dias. 
e) Caso o indiciado esteja preso, o prazo de conclusão do inquérito policial é de 5 (cinco) dias, 
improrrogáveis. 
 
5. Sobre o arquivamento do inquérito policial, aponte a alternativa errada. 
a)Se o Ministério Público, quando do oferecimento da denúncia, deixar de incluir um indiciado, 
ocorrerá o que a doutrina chama de arquivamento implícito. 
b) O arquivamento indireto ocorre quando o membro do Ministério Público deixa de oferecer 
denúncia por entender que o juízo é incompetente para processar e julgar a ação penal. 
c) É perfeitamente possível, de acordo com o STF, o arquivamento implícito. 
d) O desarquivamento do inquérito policial não é promovido pela autoridade policial. 
e) A atipicidade da conduta faz coisa julgada material e impede o desarquivamento do inquérito 
policial. 
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6. O inquérito policial possui algumas características. Assim, podemos dizer que ele é: 
a) Um procedimento administrativo, inquisitivo, escrito e disponível. 
b) Um procedimento administrativo, inquisitivo, escrito e dispensável. 
c) Um procedimento administrativo, indisponível, escrito e indispensável. 
d) Um procedimento administrativo, inquisitivo, oficioso e público 
e) Um procedimento administrativo, oficial, oficioso e não discricionário. 
 
7. De acordo com o artigo 6º do Código de Processo Penal, logo que a autoridade tiver 
conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá, exceto: 
a) Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, 
até a chegada dos peritos criminais. 
b) Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
c) Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações. 
d) Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma 
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado 
pela pessoa presa. 
e) Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, obrigatoriamente, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes. 
 
8. Para a prevenção e repressão do crime de tráfico de pessoas, o delegado de polícia pode 
requisitar, mediante autorização judicial, as empresas prestadoras de serviços de 
telecomunicação que disponibilizem meios técnicos adequados, como sinais e outros, que 
permitam a localização da vítima ou suspeito do delito em curso. Assim, é correto afirmar, 
EXCETO: 
a) Para os efeitos da afirmação do enunciado, sinal significa posicionamento da estação de 
cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. 
b) A disponibilização do meio técnico deverá ser fornecida pela prestadora de telefonia móvel 
celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período. 
c) A autorização poderá ser, se autorizada judicialmente, ser superior a 30 (trinta) dias. 
d) Nos crimes de repressão ao tráfico de pessoas, o inquérito policial deverá ser instaurado no 
prazo máximo de 72 (setentae duas) horas. 
e) a autorização permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que 
dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei. 
 
 
 
 
 
 
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9. De acordo com o disposto no Código de Processo Penal sobre o inquérito policial, assinale 
a alternativa correta. 
a) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
b) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver 
notícia. 
c) Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial poderá 
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
d) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado não poderão requerer qualquer diligência, 
que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
e) O inquérito policial não acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma 
ou outra. 
 
10. De acordo com o artigo 14-A do Código de Processo Penal, Nos casos em que servidores 
vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como 
investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos 
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal 
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações 
dispostas no art. 23 (excludentes de ilicitude) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. Com base neste artigo, o 
indiciado poderá constituir defensor no prazo de: 
a) 10 (dez) dias. 
b) 24 (vinte e quatro) horas. 
c) 72 (setenta e duas) horas. 
d) 48 (quarenta e oito) horas. 
e) 5 (cinco) dias. 
 
11. Sobre a ação penal, assinale a alternativa correta. 
a) Nos crimes de ação pública que dependem de representação, no caso de morte do ofendido, 
o direito de representação passará somente ao cônjuge, aos ascendentes e ao irmão. 
b) A ação penal nos crimes praticados em detrimento do patrimônio da União, Estados, Municípios, 
quando o crime depender de representação, não poderá, sem ela, ser iniciada a ação penal. 
c) A representação pode ser retratada mesmo após o recebimento da denúncia. 
d) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, 
devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no 
silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. 
e) O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador, mediante 
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 
 
 
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12. É princípio que rege a ação penal pública, exceto: 
a) Princípio da obrigatoriedade. 
b) Princípio da indisponibilidade. 
c) Princípio da divisibilidade. 
d) Princípio da oportunidade. 
e) Princípio da oficialidade. 
 
13. Em relação à ação penal privada, aponte a alternativa correta: 
a) O direito de queixa deve ser exercido no prazo de 6 (seis) meses, contados do dia em que o 
crime se consumou. 
b) Se o querelante deixar, na ação penal privada, de promover, injustificadamente, o andamento 
da ação penal por mais de 20 (vinte) dias, ele perde o direito de prosseguir com a ação privada. 
c) As sociedades legalmente constituídas não podem ser titulares de ação penal privada. 
d) Falecendo o querelante, se as pessoas que têm direito de prosseguir na ação penal não derem 
andamento na ação pelo período de 60 (sessenta) dias, ocorre a perempção. 
e) A ação penal privada é regida pelo princípio da divisibilidade. 
 
14. Com relação à ação penal privada subsidiária da pública, é correto o que se afirma, exceto: 
a) A ação penal privada subsidiária da pública é uma exceção à regra da titularidade exclusiva do 
Ministério Público em relação à ação penal pública. 
b) A ação penal privada subsidiária da pública é regida pelos princípios da ação penal pública. 
c) O Ministério Público tem o prazo de cinco dias para ajuizar a ação penal caso o réu esteja preso. 
d) Caso o Ministério Público não ajuíze a ação penal no prazo legal, o ofendido tem o prazo de seis 
meses, contados da data em que se esgotar o prazo do Ministério Público, para ajuizar a ação 
penal privada subsidiária da pública. 
e) Por se tratar de uma ação privada, é cabível o perdão do ofendido na ação penal privada 
subsidiária da pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15. Com relação à ação penal, é entendimento sumulado pelos Tribunais Superiores, exceto: 
a) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, 
condicionada à representação do ofendido, para ação penal por crime contra a honra do servidor 
público em razão do exercício de suas funções. 
b) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a 
mulher é pública condicionada à representação. 
c) A participação de membro do Ministério Público na faze investigatória criminal não acarreta o 
seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
d) Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, 
não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
e) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a 
mulher é pública incondicionada. 
 
16. Sobre prisão cautelar e definitiva, podemos afirmar, com base no CPP e na jurisprudência, 
que: 
a) É obrigatório que se realize o flagrante, por parte de autoridades policiais, seus agentes e 
qualquer um do povo, quando estiver ocorrendo um crime. 
b) O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no 
estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de 
liberdade, quando o juiz proferir sentença condenatória. 
c) É chamado flagrante impróprio aquele cujo a gente acaba de cometer a infração penal. 
d) Se não houver uma autoridade para lavrar o auto de prisão em flagrante no lugar em que fora 
concretizada a prisão, o preso será liberado. 
e) A prisão preventiva não poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. 
 
17. Sobre a prisão cautelar, fiança e a liberdade provisória, é correto o que se afirma em: 
a) Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz poderá conceder 
liberdade provisória. 
b) É vedado ao juiz dispensar a fiança, mesmo que o preso não possua condições econômicas para 
arcar com o valor cabível. 
c) Não caberá fiança no crime de tortura. Todavia, é possível conceder liberdade provisória. 
d) É cabível arbitrar fiança no caso de prisão por inadimplemento de pensão alimentícia. 
e) Delegado de Polícia somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa 
de liberdade máxima não seja superior a 2 (dois) anos. 
 
 
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18. Sobre a prisão domiciliar, é incorreto: 
a) A prisão domiciliar consiste norecolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só 
podendo dela ausentar-se com autorização judicial. 
b) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 75 anos. 
c) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o acusado for pessoa 
imprescindível aos cuidados de pessoa com deficiência. 
d) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando for o caso de acusada gestante, 
em qualquer momento da gravidez. 
e) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando for o caso de mulher com filho 
de até 12 anos de idade incompletos. 
 
19. A respeito da prisão preventiva, considerando as inovações do Pacote Anticrime, é correto 
dizer que: 
a) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem 
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, 
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado 
pelo estado de liberdade do imputado. 
b) O juiz poderá decretar preventiva de ofício, desde que no curso do processo criminal, sendo 
vedado essa atuação durante o inquérito policial. 
c) É possível a decretação de preventiva nos crimes dolosos com pena privativa de liberdade 
máxima superior a 3 anos. 
d) É incabível decretar prisão preventiva apenas por dúvida sobre a identidade civil da pessoa. 
e) O juiz não poderá revogar de ofício da prisão preventiva, em respeito ao sistema acusatório. 
 
20. Sobre prisão em flagrante, é correto o que se observa na alternativa: 
a) Caso não existam testemunhas presenciais do delito, é impossível lavrar o auto de prisão em 
flagrante. 
b) Considera-se em flagrante quem praticou infração penal nas últimas 24 horas. 
c) Segundo o STJ, mesmo se for declarar a prisão preventiva, não ficará superada a tese de excesso 
de prazo na comunicação do flagrante e a prisão deve ser relaxada. 
d) Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo 
à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade oralmente, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou 
da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
e) É possível a lavratura de auto de prisão em flagrante no caso de crime cuja ação penal é pública 
condicionada. Todavia, nesse caso, haverá necessidade de representação da vítima. 
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21. São medidas cautelares diversas da prisão, exceto: 
a) comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e 
justificar atividades. 
b) monitoração eletrônica. 
c) pagamento de multa. 
d) fiança. 
e) suspensão do exercício de função pública. 
 
22. Sobre as prisões envolvendo mulheres, é incorreto o que se afirma em: 
a) É vedada a substituição da prisão preventiva pela domiciliar se mulher gestante tiver cometido 
crime com violência ou grave ameaça a pessoa. 
b) É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares 
preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres 
durante o período de puerpério imediato. 
c) É vedada a substituição da prisão preventiva pela domiciliar para mãe responsável por criança 
que tiver cometido o crime contra seu próprio filho. 
d) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar para grávida, desde que após os 7 
meses de gravidez. 
e) Cabe substituição de prisão preventiva pela domiciliar no caso de mãe de filho maior de idade, 
porém com deficiência. 
 
23. João, grande empresário do setor imobiliário, e Maria, modelo, são casados. Motivado por 
ciúmes, o marido agride a esposa causando lesões corporais leves. Os vizinhos intervêm e 
conduzem João à delegacia. Considerando que o art. 129, §9º, do CP comina, para a lesão 
corporal no contexto de violência doméstica, a pena de detenção, de 3 meses a 3 anos, é 
possível dizer que: 
a) Caberá somente ao juiz, em audiência especial, arbitrar uma fiança para João. 
b) O delegado poderá arbitrar fiança. 
c) A fiança deve ser fixada entre 10 e 20 salários-mínimos. 
d) O juiz poderá aumentar a fiança em até 100 vezes. 
e) Não caberá fiança. 
 
 
 
 
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24. Acerca do tema fiança, nos termos do Código de Processo Penal, é correto dizer que: 
a) Será exigido o reforço da fiança quando o acusado, regularmente intimado para ato do processo, 
deixar de comparecer, sem motivo justo. 
b) Quando a fiança for insuficiente, será exigido um reforço. Se o reforço não ocorrer, será 
considerada sem efeito e o réu será recolhido a prisão. 
c) O quebramento injustificado da fiança importará na perda da totalidade do seu valor, cabendo 
ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da 
prisão preventiva. 
d) Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execução será promovida 
no juízo criminal pelo órgão do Ministério Público. 
e) Entender-se-á perdido a metade do valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar 
para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta. 
 
25. Acerca do tema prisão, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores, é correto 
dizer que: 
a) Não é válida a prisão em flagrante efetuada por guarda municipal. 
b) A decisão proferida em audiência de custódia reconhecendo a atipicidade do fato não faz coisa 
julgada. 
c) Não é ilegal a decisão judicial que, ao decretar a prisão preventiva, descreve a conduta do 
agente de forma genérica. 
d) Atos infracionais pretéritos não podem ser utilizados como fundamento para a decretação de 
prisão preventiva. 
 
26. A respeito das provas ditas inadmissíveis, é incorreto afirmar que: 
a) A prova ilícita deverá ser desentranhada do processo. 
b) Em qualquer caso, são consideradas inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas. 
c) A prova ilícita, segundo o Código de Processo Penal, são aquelas obtidas com violação de 
normas constitucionais ou legais. 
d) É considerada fonte independente, aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, 
próprios da investigação criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
e) O juiz que conhecer o conteúdo da prova que foi considerada inadmissível não poderá proferir 
a sentença ou o acórdão. 
 
 
 
 
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27. Acerca dos documentos, assinale a alternativa correta. 
a) As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, serão admitidas em juízo 
b) As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu direito, 
desde que haja consentimento do signatário. 
c) A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, mesmo quando 
não contestada a sua autenticidade. 
d) A fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original. 
e) Não se consideram documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou 
particulares. 
 
28. A respeito das provas no processo penal, é correto o que se afirma em: 
a) É absolutamente vedada, inclusive em favor do réu, o uso de provas ilícitas. 
b) O Código de Processo Penal adota o sistema do livre convencimento motivado. 
c)Confissão do réu pode suprir a realização do exame de corpo de delito. 
d) O exame de corpo de delito deverá ser feito depois das 6:00 e antes das 18:00. 
e) A autópsia será feita pelo menos três horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência 
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
 
29. Quanto à cadeia de custódia, novidade legislativa trazida pelo Pacote Anticrime, é correto 
afirmar, exceto: 
a) Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter 
e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para 
rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. 
b) Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se 
relaciona à infração penal. 
c) O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. O 
lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. 
d) A coleta dos vestígios deverá ser realizada necessariamente por perito oficial, que dará o 
encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a realização 
de exames complementares. 
e) Na central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, todas as pessoas que tiverem 
acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora 
do acesso. 
 
 
 
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30. Considerando a temática de provas e perícias em nosso Código de Processo Penal, é 
correto o que se afirma em: 
a) Não existe previsão legal para que os peritos sejam ouvidos em audiência. Apesar disso, as 
partes podem, sem qualquer problema, apresentar quesitos para eles respondam por escrito. 
b) O delegado pode, de ofício, realizar a interceptação de comunicações telefônicas, desde que 
se trate de um crime envolvendo privação de liberdade. 
c) O exame de corpo de delito pode ser substituído pela acareação. 
d) É preciso que o juiz conceda autorização para que o delegado acesse o whatsapp de um 
indivíduo que foi preso em flagrante. 
e) É permitido a indicação pela parte de somente um assistente técnico por perícia realizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito 
1. Letra E 
2. Letra C 
3. Letra D 
4. Letra B 
5. Letra C 
6. Letra B 
7. Letra E 
8. Letra E 
9. Letra B 
10. Letra D 
11. Letra D 
12. Letra D 
13. Letra D 
14. Letra E 
15. Letra B 
16. Letra B 
17. Letra C 
18. Letra B 
19. Letra A 
20. Letra E 
21. Letra C 
22. Letra D 
23. Letra B 
24. Letra B 
25. Letra B 
26. Letra B 
27. Letra D 
28. Letra B 
29. Letra D 
30. Letra D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. Com relação as formas de início do inquérito policial nos crimes de ação penal pública 
incondicionada, é correto o inquérito policial se inicia, exceto: 
a) De ofício, por portaria. 
b) Por requisição do Ministério Público. 
c) Por requerimento da vítima. 
d) Pelo auto de prisão em flagrante. 
e) Em face do sistema acusatório adotado pelo Brasil, a autoridade judicial não pode requisitar 
a instauração de inquérito policial. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. Nos crimes de ação penal pública incondicionada, o inquérito policial pode ser 
iniciado mediante portaria da autoridade policial. É o que se extrai do artigo 5º, I do CPP. 
 
B - Incorreta. De acordo com o artigo 5º, II do CPP, o Ministério Público, pode requisitar a 
instauração de inquérito policial 
 
C - Incorreta. A vítima, de acordo com o artigo 5º, II, 2ª parte do CPP, pode requerer a 
instauração de inquérito policial. 
 
D- Incorreta. O auto de prisão em flagrante, apesar de não mencionado no artigo 5º do CPP, é 
forma inequívoca de instauração do inquérito policial, dispensando, inclusive, a portaria. 
 
E - Correta. De acordo com o artigo 5º, II do CPP, a autoridade judiciária pode requisitar a 
instauração de inquérito policial. Não há qualquer ofensa ao sistema acusatório, uma vez que a 
requisição não confere a autoridade judiciária não conduz ou dirige o inquérito, que deve ser 
feito exclusivamente pelo delegado de polícia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Com relação a investigação de pessoas com foro por prerrogativa de função, aponte a 
alternativa que se coaduna com o entendimento dos Tribunais Superiores. 
a) Não é necessária qualquer autorização para serem investigadas as pessoas que possuem foro 
por prerrogativa de função no STF. 
b) Em relação a autoridades que possuam foro por prerrogativa de função em qualquer tribunal, 
para serem investigadas, é necessário que a autoridade policial obtenha autorização do 
respectivo tribunal. 
c) Autoridades que possuam foro por prerrogativa de função em qualquer tribunal, com exceção 
do STF, para serem investigadas, não necessitam que a autoridade policial obtenha autorização 
do respectivo tribunal. 
d) Não é possível o indiciamento de pessoas que possuam foro por prerrogativa de função. 
e) As investigações contra um Prefeito não necessitam de controle do Tribunal de Justiça. 
Comentários: 
A - Incorreta. As investigações envolvendo autoridades com foro privativo no STF somente 
podem ser iniciadas com autorização deste Tribunal. (informativo 812 - STF) 
 
B - Incorreta. Somente é necessária autorização, para que se proceda investigação das 
autoridades que detenham foro por prerrogativa de função no STF. Assim, não é necessária 
autorização para investigar autoridades que detenham foro por prerrogativa de função em 
outros tribunais, conforme entendimento do STF. 
 
C - Correta. É o entendimento empossado pelo STF. Para que se investigue pessoas com foro 
no STF, há necessidade de autorização. Em relação a pessoas que possuem foro em tribunal 
diverso do STF, não há essa necessidade. 
 
D - Incorreta. O indiciamento é um ato privativo da autoridade policial. Pessoas que detém o 
foro por prerrogativa de função podem ser indiciadas. Se o indiciamento for de pessoa que 
possui foro por prerrogativa de função no STF, é necessário que tenha havido autorização deste 
tribunal para a investigação e que o indiciamento tenha ocorrido no relatório do inquérito. 
Atenção!!! Magistrados e membros do MP não podem ser indiciados. 
 
E - Incorreta. O prefeito possui foro por prerrogativa de função constitucionalmente previsto. 
Assim, as investigações criminais contra ele instauradas necessitam de supervisão do Tribunal 
de Justiça. 
 
 
 
 
 
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3. Foi instaurado inquérito policial para apurar a suposta prática do crime de roubo cometido 
por Tício. Comprovado o fato e sua autoria. Mévio, advogado de Tício, junta ao inquérito 
policial uma certidão de óbito do autor do crime. Com base na informação acima, aponta a 
alternativa que se coaduna com o entendimento da doutrina e da jurisprudência acerca do 
arquivamento do inquérito policial. 
a) Tendo em vista que a morte do autor docrime extingue a punibilidade, deve a autoridade 
policial arquivar os autos do inquérito policial. 
b) A existência de manifesta causa de excludente de punibilidade impede, sem qualquer 
exceção, o desarquivamento do inquérito policial, tendo em vista que faz coisa julgada material. 
c) Caso o inquérito policial seja arquivado por insuficiência de provas, ele não poderá ser 
desarquivado em nenhuma hipótese. 
d) A certidão de óbito falsa não faz coisa julgada material e, assim, poderá a autoridade policial 
requerer o desarquivamento do inquérito policial. 
e) Para o STJ, a causa excludente de ilicitude não faz coisa julgada material e pode ser 
desarquivado se novas provas surgirem. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. De acordo com o artigo 17 do CPP, a autoridade policial não poderá mandar 
arquivar os autos do inquérito policial. 
 
B - Incorreta. A existência de causa manifesta de causa excludente de punibilidade faz coisa 
julgada material e impede o desarquivamento do inquérito policial. Contudo, se juntada uma 
certidão de óbito falsa, pode haver o desarquivamento do inquérito policial. 
 
C - Incorreta. A insuficiência de provas não faz coisa julgada material. Assim, pode o inquérito 
ser desarquivado, se novas provas surgirem. 
 
D - Correta. Este é o entendimento dos Tribunais Superiores, uma vez que a certidão de óbito 
falsa não é capaz, segundo o entendimento dos Tribunais Superiores, de gerar a coisa julgada 
material. 
 
E - Incorreta. Para o STJ, a causa excludente de ilicitude faz coisa julgada material e impede o 
desarquivamento do inquérito policial. 
Atenção!! Para o SFT, a causa excludente de ilicitude não faz coisa julgada material e não impede 
o desarquivamento do inquérito policial se novas provas surgirem. 
 
 
 
 
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4. Sobre os prazos de conclusão do inquérito policial, aponte a alternativa correta. 
a) Caso o indiciado esteja preso, o prazo de conclusão do inquérito policial é de 5 (cinco) dias, 
prorrogáveis por mais 5 (cinco) dias. 
b) Se o crime estiver previsto na lei de drogas e o acusado se encontrar em liberdade, o prazo 
de conclusão do inquérito poderá ser de até 180 (cento e oitenta) dias. 
c) Se o acusado estiver solto, o prazo de conclusão do inquérito é de 30 (trinta) dias, 
improrrogáveis. 
d) Se o crime estiver previsto na lei de drogas e o acusado se encontrar preso, o prazo de 
conclusão do inquérito é de 10 (dez) dias. 
e) Caso o indiciado esteja preso, o prazo de conclusão do inquérito policial é de 5 (cinco) dias, 
improrrogáveis. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. De acordo com o artigo 10 do CPP, caso o acusado esteja preso, o prazo de 
conclusão do inquérito policial é improrrogável de 10 (dez) dias. 
Obs.: Neste ponto, vale uma ressalva. O recém aprovado Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019) 
incluiu o art. 3º-B, §2º no CPP, em que se admite a possibilidade prorrogação, pelo juiz de 
garantias, do prazo de inquérito por mais 15 dias, no caso de investigado prezo, após 
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público. Ocorre, porém, que tal 
disposição se encontra suspensa por decisão do Ministro Fux, após julgamento de medida 
cautelar na ADI 6298/DF. É preciso, então, aguardar para ver como seguirá o julgamento final 
da ADI. Por enquanto, permanece absoluta a redação do art. 10 do CPP. Logo, o prazo para 
conclusão do inquérito policial, em se tratando de investigado preso, é de 10 (dez) dias. 
 
B - Correta. De acordo com o artigo 51 da Lei 11.342 de 2006, o prazo para conclusão do 
inquérito no caso de o acusado se encontrar em liberdade é de 90 (noventa) dias. Este prazo, 
poderá ser duplicado pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da 
autoridade policial. Assim, pode o prazo, em caso de réu solto, chegar a 180 (cento e oitenta) 
dias. 
 
C - Incorreta. Caso o réu se encontre em liberdade, o prazo para conclusão do inquérito policial 
é de 30 (trinta) dias e, pode ser prorrogado, conforme o § 3º do artigo 10 do CPP, se o fato for 
de difícil elucidação e o indiciado estiver solto. 
 
D - Incorreta. De acordo com o artigo 51 da Lei 11.342 de 2006, o prazo para conclusão do 
inquérito no caso de o acusado se encontrar em liberdade é de 90 (noventa) dias. 
 
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E - Incorreta. De acordo com o artigo 10 do CPP, caso o acusado esteja preso, o prazo de 
conclusão do inquérito policial é improrrogável de 10 (dez) dias. 
 
 
5. Sobre o arquivamento do inquérito policial, aponte a alternativa errada. 
a)Se o Ministério Público, quando do oferecimento da denúncia, deixar de incluir um indiciado, 
ocorrerá o que a doutrina chama de arquivamento implícito. 
b) O arquivamento indireto ocorre quando o membro do Ministério Público deixa de oferecer 
denúncia por entender que o juízo é incompetente para processar e julgar a ação penal. 
c) É perfeitamente possível, de acordo com o STF, o arquivamento implícito. 
d) O desarquivamento do inquérito policial não é promovido pela autoridade policial. 
e) A atipicidade da conduta faz coisa julgada material e impede o desarquivamento do inquérito 
policial. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A assertiva está correta. O arquivamento implícito ocorre quando, ao oferecer a 
denúncia, o Ministério Público deixa de incluir um indiciado ou um fato investigado. O 
arquivamento implícito não é aceito pelo STF. 
 
B - Incorreta. A assertiva está de acordo com o que se entende por arquivamento indireto. 
 
C - Correta. O arquivamento implícito ocorre quando ao oferecer a denúncia, o Ministério 
Público deixa de incluir um indiciado ou um fato investigado. O arquivamento implícito não é 
aceito pelo STF. 
 
D - Incorreta. A assertiva está correta. Se a autoridade policial não pode promover o 
arquivamento do inquérito policial, de igual forma, ela também não pode desarquivá-lo. Assim, 
quem desarquiva o inquérito policial é o Ministério Público, quando houver notícia de nova 
prova. 
 
E - Correta. Assertiva está correta. A atipicidade da conduta faz coisa julgada material e, assim, 
impende o desarquivamento do inquérito policial. 
 
6. O inquérito policial possui algumas características. Assim, podemos dizer que ele é: 
a) Um procedimento administrativo, inquisitivo, escrito e disponível. 
b) Um procedimento administrativo, inquisitivo, escrito e dispensável. 
c) Um procedimento administrativo, indisponível, escrito e indispensável. 
d) Um procedimento administrativo, inquisitivo, oficioso e público 
e) Um procedimento administrativo, oficial, oficioso e não discricionário. 
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Comentários: 
A - Incorreta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, ele é pré-jurídico. É 
inquisitivo, uma vez que não há contraditório ou ampla defesa. É escrito conforme o artigo 9º 
do CPP. Contudo, não é disponível, uma vez que a autoridade policial não pode arquivar os 
autos do inquérito. 
 
B - Correta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, ele é pré-jurídico. É 
inquisitivo, uma vez que não há contraditório ou ampla defesa. É escrito conforme o artigo 9º 
do CPP. Por fim, ele é também dispensável, uma vez que não é obrigatório para a propositura 
da ação penal. 
 
C - Incorreta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, ele é pré-jurídico. É 
indisponível, uma vez que a autoridade policial não pode arquivar os autos do inquérito. É 
escrito, conforme o artigo 9ºdo CPP. Porém, é dispensável, uma vez que não é obrigatório para 
a propositura da ação penal. 
 
D - Incorreta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, ele é pré-jurídico. É 
inquisitivo, uma vez que não há contraditório ou ampla defesa. Ele é oficioso, tendo em vista 
que nas ações penais públicas incondicionadas deve ser instaurado de ofício. Contudo, ele é 
sigiloso. 
 
E - Incorreta. O inquérito policial é um procedimento administrativo, ele é pré-jurídico. É 
inquisitivo, uma vez que não há contraditório ou ampla defesa. Ele é oficial, pois deve ser 
realizado por agentes dos quadros públicos. Ele é oficioso, tendo em vista que nas ações penais 
públicas incondicionadas deve ser instaurado de ofício. Contudo, ele é discricionário, uma vez 
que a autoridade policial somente irá realizar diligências que julgar necessárias. 
 
7. De acordo com o artigo 6º do Código de Processo Penal, logo que a autoridade tiver 
conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá, exceto: 
a) Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais. 
b) Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais; 
c) Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações. 
d) Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma 
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado 
pela pessoa presa. 
e) Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, obrigatoriamente, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes. 
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Comentários: 
A - Incorreta. É o teor do artigo 6º, I do CPP. 
 
B - Incorreta. É o teor do artigo 6º, II do CPP. 
 
C - Incorreta. É o teor do artigo 6º, VI do CPP. 
 
D - Incorreta. É o teor do artigo 6º, X do CPP. 
 
E - Correta. De acordo com o artigo 6º, VIII do CP, a autoridade policial deverá ordenar a 
identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua 
folha de antecedentes. 
 
 
8. Para a prevenção e repressão do crime de tráfico de pessoas, o delegado de polícia pode 
requisitar, mediante autorização judicial, as empresas prestadoras de serviços de 
telecomunicação que disponibilizem meios técnicos adequados, como sinais e outros, que 
permitam a localização da vítima ou suspeito do delito em curso. Assim, é correto afirmar, 
EXCETO: 
a) Para os efeitos da afirmação do enunciado, sinal significa posicionamento da estação de 
cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. 
b) A disponibilização do meio técnico deverá ser fornecida pela prestadora de telefonia móvel 
celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual 
período. 
c) A autorização poderá ser, se autorizada judicialmente, ser superior a 30 (trinta) dias. 
d) Nos crimes de repressão ao tráfico de pessoas, o inquérito policial deverá ser instaurado no 
prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas. 
e) a autorização permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que 
dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A alternativa está de acordo com o§ 1º do artigo 13-B do CPP. 
 
B - Incorreta. A alternativa está de acordo com o § 2º, II do artigo 13-B do CPP. 
 
C - Incorreta. A alternativa está de acordo com o § 2º, III do artigo 13-B do CPP. 
 
D - Incorreta. A alternativa está de acordo com o § 3º do artigo 13-B do CPP. 
 
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E - Correta. De acordo com o artigo 13-B, § 2º, I do CPP, a autorização NÃO permitirá acesso 
ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, 
conforme disposto em lei; 
 
9. De acordo com o disposto no Código de Processo Penal sobre o inquérito policial, 
assinale a alternativa correta. 
a) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
b) Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas 
tiver notícia. 
c) Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial poderá 
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
d) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado não poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
e) O inquérito policial não acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a 
uma ou outra. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. De acordo com o artigo 17 do CPP, a autoridade policial NÃO poderá mandar 
arquivar autos de inquérito. 
 
B - Correta. É o teor do artigo 18 do CPP. 
 
C - Incorreta. De acordo com o § único do artigo 20 do CPP, nos atestados de antecedentes 
que lhe forem solicitados, a autoridade policial NÃO poderá mencionar quaisquer anotações 
referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
 
D - Incorreta. De acordo com o artigo 14 do CPP, O ofendido, ou seu representante legal, e o 
indiciado PODERÃO requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da 
autoridade. 
 
E - Incorreta. De acordo com o artigo 12 do CPP, o inquérito policial ACOMPANHARÁ a 
denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. De acordo com o artigo 14-A do Código de Processo Penal, Nos casos em que servidores 
vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como 
investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos 
extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal 
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações 
dispostas no art. 23 (excludentes de ilicitude) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor. Com base neste artigo, o 
indiciado poderá constituir defensor no prazo de: 
a) 10 (dez) dias. 
b) 24 (vinte e quatro) horas. 
c) 72 (setenta e duas) horas. 
d) 48 (quarenta e oito) horas. 
e) 5 (cinco) dias. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. De acordo com artigo 14-A, § 1º do CPP, o prazo é de 48 (quarenta e oito) horas. 
 
B - Incorreta. De acordo com artigo 14-A, § 1º do CPP, o prazo é de 48 (quarenta e oito) horas. 
 
C - Incorreta. De acordo com artigo 14-A, § 1º do CPP, o prazo é de 48 (quarenta e oito) horas. 
 
D - Correta. É o teor do artigo 14-A, § 1º do CPP. 
 
E - Incorreta. De acordo com artigo 14-A, § 1º do CPP, o prazo é de 48 (quarenta e oito) horas. 
 
 
11. Sobre a ação penal, assinale a alternativa correta. 
a) Nos crimes de ação pública que dependem de representação, no caso de morte do ofendido, 
o direito de representação passará somente ao cônjuge, aos ascendentes e ao irmão. 
b) A ação penal nos crimes praticados em detrimento do patrimônio da União, Estados, 
Municípios, quando o crime depender de representação, não poderá, sem ela, ser iniciada a 
ação penal. 
c) A representação pode ser retratada mesmo após o recebimento da denúncia. 
d) As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação 
penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratosou estatutos designarem 
ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. 
e) O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador, mediante 
declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 
 
 
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Comentários: 
A - Incorreta. O direito de representação, conforme o § 1º do artigo 24 do CPP, passará 
também aos descendentes. 
 
B - Incorreta. Os crimes em detrimento do patrimônio da União, Estados, Municípios são de 
ação penal pública incondicionada, conforme expõe o artigo 24, §2º do CPP. 
 
C - Incorreta. A representação, de acordo com o artigo 25 do CPP, é irretratável após o 
oferecimento da denúncia. 
 
D - Correta. É o teor do artigo 37 do CPP. 
 
E - Incorreta. De acordo como artigo 39 do CPP, o procurador precisa ter poderes especiais 
para exercer o direito de representação. 
 
12. É princípio que rege a ação penal pública, exceto: 
a) Princípio da obrigatoriedade. 
b) Princípio da indisponibilidade. 
c) Princípio da divisibilidade. 
d) Princípio da oportunidade. 
e) Princípio da oficialidade. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. O princípio traduz a ideia de que havendo indício de autoria e prova da 
materialidade do fato típico e não existindo causas extintivas da punibilidade, não pode o 
Ministério Público deixar de ajuizar a ação penal. Tal princípio somente é aplicável na ação penal 
pública, uma vez que na ação penal privada aplica-se o princípio da oportunidade. 
 
B - Incorreta. O princípio trata da impossibilidade de o Ministério Público desistir da ação penal 
intentada, conforme artigo 42 do CPP. É exclusivo da ação penal pública, uma vez que a ação 
penal privada é regida pelo o princípio da disponibilidade. 
 
C - Incorreta. O membro do Ministério Público pode, havendo mais de um autor, propor a ação 
penal em face de somente um, relegando a propositura da outra ação penal para momento 
posterior, a seu critério. É exclusivo da ação penal pública, uma vez que a ação penal privada é 
regida pelo o princípio da indisponibilidade. 
 
D - Correta. É um princípio exclusivo da ação penal privada, onde a vítima pode decidir se vai 
ou não ajuizar a ação penal. 
 
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E- Incorreta. É um princípio exclusivo da ação penal pública, que será deflagrada por órgão 
oficial. 
 
 
13. Em relação à ação penal privada, aponte a alternativa correta: 
a) O direito de queixa deve ser exercido no prazo de 6 (seis) meses, contados do dia em que o 
crime se consumou. 
b) Se o querelante deixar, na ação penal privada, de promover, injustificadamente, o andamento 
da ação penal por mais de 20 (vinte) dias, ele perde o direito de prosseguir com a ação privada. 
c) As sociedades legalmente constituídas não podem ser titulares de ação penal privada. 
d) Falecendo o querelante, se as pessoas que têm direito de prosseguir na ação penal não derem 
andamento na ação pelo período de 60 (sessenta) dias, ocorre a perempção. 
e) A ação penal privada é regida pelo princípio da divisibilidade. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. De acordo com o artigo 38 do CPP, o prazo é de 6 (seis) meses, contados da data 
em que se descobre a autoria do delito. 
 
B - Incorreta. A perempção ocorre quando o querelante deixa, injustificadamente, de dar 
andamento à ação penal durante 30 (trinta) dias consecutivos, conforme texto do artigo 60 do 
CPP. 
 
C - Incorreta. De acordo com o artigo 37 do CPP, as sociedades legalmente constituídas podem 
ser titulares de ação penal privada. 
 
D - Correta. É o teor do artigo 60, II do CPP. 
 
E - Incorreta. A ação penal privada é regida pelo princípio da indivisibilidade. 
 
 
14. Com relação à ação penal privada subsidiária da pública, é correto o que se afirma, 
exceto: 
a) A ação penal privada subsidiária da pública é uma exceção à regra da titularidade exclusiva 
do Ministério Público em relação à ação penal pública. 
b) A ação penal privada subsidiária da pública é regida pelos princípios da ação penal pública. 
c) O Ministério Público tem o prazo de cinco dias para ajuizar a ação penal caso o réu esteja 
preso. 
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d) Caso o Ministério Público não ajuíze a ação penal no prazo legal, o ofendido tem o prazo de 
seis meses, contados da data em que se esgotar o prazo do Ministério Público, para ajuizar a 
ação penal privada subsidiária da pública. 
e) Por se tratar de uma ação privada, é cabível o perdão do ofendido na ação penal privada 
subsidiária da pública. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A assertiva está de acordo com o com o entendimento doutrinário. 
 
B - Incorreta. De acordo com a doutrina majoritária, a ação penal privada subsidiária da pública 
é regida pelos princípios da ação penal pública, sendo inaplicável os institutos próprios da ação 
penal privada. 
 
C - Incorreta. A alternativa está de acordo com o que expõe o artigo 46 do CPP. 
 
D - Incorreta. A alternativa está de acordo com o que expõe o artigo 38 do CPP. 
 
E - Correta. Na ação privada subsidiária da pública não são aplicáveis os institutos próprios da 
ação penal privada. Assim, por exemplo, não se aplicam os institutos do perdão do ofendido, 
perempção, etc. 
 
15. Com relação à ação penal, é entendimento sumulado pelos Tribunais Superiores, exceto: 
a) É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, 
condicionada à representação do ofendido, para ação penal por crime contra a honra do 
servidor público em razão do exercício de suas funções. 
b) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a 
mulher é pública condicionada à representação. 
c) A participação de membro do Ministério Público na faze investigatória criminal não acarreta 
o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
d) Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, 
não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
e) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a 
mulher é pública incondicionada. 
 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A alternativa está de acordo com a súmula 714 do STF. 
 
B - Correta. De acordo com a súmula 542 do STJ, a ação penal é pública incondicionada. 
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C - Incorreta. A alternativa está de acordo com a súmula 234 do STJ. 
 
D - Incorreta. A alternativa está de acordo com a súmula 524 do STF. 
 
E - Incorreta. A alternativa está de acordo com a súmula 542 do STJ. 
 
 
16. Sobre prisão cautelar e definitiva, podemos afirmar, com base no CPP e na 
jurisprudência, que: 
a) É obrigatório que se realize o flagrante, por parte de autoridades policiais, seus agentes e 
qualquer um do povo, quando estiver ocorrendo um crime. 
b) O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no 
estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de 
liberdade, quando o juiz proferir sentença condenatória. 
c) É chamado flagrante impróprio aquele cujo agente acaba de cometer a infração penal. 
d) Se não houver uma autoridade para lavrar o auto de prisão em flagrante no lugar em quefora 
concretizada a prisão, o preso será liberado. 
e) A prisão preventiva não poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares. 
 
Comentários: 
 
A - Incorreta. Para os policiais, o flagrante é obrigatório. Todavia, para as pessoas do povo, será 
facultativo. É como dispõe o art. 301 do CPP. 
 
B - Correta. É nesse sentido a redação do art. 387, §2º, do CPP. 
 
C - Incorreta. Trata-se do chamado flagrante próprio. 
 
D - Incorreta. De acordo com o art. 308 do CPP, não havendo autoridade no lugar, o preso 
será apresentado à do lugar mais próximo. 
 
E - Incorreta. É justamente o contrário do que dispõe o art. 312, § 1º, do CPP. 
 
 
17. Sobre a prisão cautelar, fiança e a liberdade provisória, é correto o que se afirma em: 
a) Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz poderá 
conceder liberdade provisória. 
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b) É vedado ao juiz dispensar a fiança, mesmo que o preso não possua condições econômicas 
para arcar com o valor cabível. 
c) Não caberá fiança no crime de tortura. Todavia, é possível conceder liberdade provisória. 
d) É cabível arbitrar fiança no caso de prisão por inadimplemento de pensão alimentícia. 
e) Delegado de Polícia somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena 
privativa de liberdade máxima não seja superior a 2 (dois) anos. 
 
 
 
Comentários: 
 
A - Incorreta. Na verdade, o juiz “deverá” conceder fiança nessas situações. 
 
B - Incorreta. O art. 350 do CPP autoriza a dispensa da fiança pelo juiz. 
 
C - Correta. De fato, o crime de tortura não admite fiança. Porém, se não estiverem presentes 
os requisitos da prisão preventiva, é possível que seja concedida a liberdade provisória sem 
fiança, podendo o juiz, entretanto, fixar medidas cautelares diversas da prisão. 
 
D - Incorreta. Não cabe fiança em caso de prisão civil, conforme art. 324, II, do CPP. 
 
E - Incorreta. Segundo o art. 322, caput, do CPP, para o delegado arbitrar fiança, a pena 
privativa de liberdade máxima não pode exceder 4 (quatro) anos. 
 
 
18. Sobre a prisão domiciliar, é incorreto: 
a) A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só 
podendo dela ausentar-se com autorização judicial. 
b) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for maior de 75 
anos. 
c) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o acusado for pessoa 
imprescindível aos cuidados de pessoa com deficiência. 
d) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando for o caso de acusada 
gestante, em qualquer momento da gravidez. 
e) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando for o caso de mulher com 
filho de até 12 anos de idade incompletos. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A assertiva está de acordo com o art. 317 do CPP. 
 
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B - Correta. A prisão domiciliar poderá ser concedida no caso de cautelar decretada contra 
maior de 80 anos, nos termos do art. 318, I, do CPP. 
 
C - Incorreta. A assertiva está de acordo com o art. 317, III, do CPP. 
 
D - Incorreta. A assertiva está de acordo com o art. 317, IV, do CPP. 
 
E - Incorreta. A assertiva está de acordo com o art. 317, V, do CPP. 
 
 
19. A respeito da prisão preventiva, considerando as inovações do Pacote Anticrime, é 
correto dizer que: 
a) A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem 
econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, 
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado 
pelo estado de liberdade do imputado. 
b) O juiz poderá decretar preventiva de ofício, desde que no curso do processo criminal, sendo 
vedado essa atuação durante o inquérito policial. 
c) É possível a decretação de preventiva nos crimes dolosos com pena privativa de liberdade 
máxima superior a 3 anos. 
d) É incabível decretar prisão preventiva apenas por dúvida sobre a identidade civil da pessoa. 
e) O juiz não poderá revogar de ofício da prisão preventiva, em respeito ao sistema acusatório. 
 
Comentários: 
 
A - Correta. É a nova redação do artigo 312, caput, do CPP que inclui o indício de perigo 
gerado pelo estado de liberdade do imputado. 
 
B - Incorreta. O Pacote Anticrime, privilegiando o sistema acusatório no processo penal, pôs 
fim à prisão preventiva de ofício pelo magistrado. Nesse sentido, alterou o artigo 311 do CPP, 
que agora dispõe: “Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a 
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou 
do assistente, ou por representação da autoridade policial.” 
 
C - Incorreta. Segundo o art. 313, I, do CPP, o requisito é pena máxima superior a 4 anos. 
 
D - Incorreta. Segundo o art. 313, § 1º, do CPP, será possível a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes 
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a 
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
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E - Incorreta. Caberá ao juiz revogar, de ofício ou a pedida, a prisão preventiva, caso seja 
verificado ausência de motivo para que ela subsista. Nesse sentido, vide art. 316 do CPP. 
 
20. Sobre prisão em flagrante, é correto o que se observa na alternativa: 
a) Caso não existam testemunhas presenciais do delito, é impossível lavrar o auto de prisão em 
flagrante. 
b) Considera-se em flagrante quem praticou infração penal nas últimas 24 horas. 
c) Segundo o STJ, mesmo se for declarar a prisão preventiva, não ficará superada a tese de 
excesso de prazo na comunicação do flagrante e a prisão deve ser relaxada. 
d) Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de 
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade oralmente, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente 
ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
e) É possível a lavratura de auto de prisão em flagrante no caso de crime cuja ação penal é 
pública condicionada. Todavia, nesse caso, haverá necessidade de representação da vítima. 
 
Comentários: 
 
A - Incorreta. A falta de testemunhas não impedirá a lavratura do APF. Todavia, nesse caso, 
duas pessoas que presenciaram a apresentação do preso à autoridade deverão assinar o termo 
junto com o condutor. Nesse sentido: art. 304, § 2º, do CPP. 
 
B - Incorreta. Não existe esse prazo na lei. 
 
C - Incorreta. Segundo a tese fixada pelo STJ, “uma vez decretada a prisão preventiva, fica 
superada a tese de excesso de prazo na comunicação do flagrante.” 
 
D - Incorreta. Segundo o teor da SV 11, a justificativa do uso de algemas deve ser feita por 
escrito, obrigatoriamente. 
 
E - Correta. A representação da vítima é condição de procedibilidade da ação penal. Inclusive, 
o inquérito policial ou termo circunstanciado não poderão ser iniciados sem ela. 
 
 
21. São medidas cautelares diversas da prisão, exceto: 
a) comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informare justificar atividades. 
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b) monitoração eletrônica. 
c) pagamento de multa. 
d) fiança. 
e) suspensão do exercício de função pública. 
Comentários: 
A - Incorreta. Trata-se de alternativa de teor correto, compatível com o art. 319, I, do CPP. 
B - Incorreta. Trata-se de alternativa de teor correto, compatível com o art. 319, IX, do CPP. 
 
C – Correta. Não existe previsão nesse sentido. Multa é, na verdade, espécie de pena e não de 
medida cautelar alternativa à prisão. 
 
D - Incorreta. Trata-se de alternativa de teor correto, compatível com o art. 319, VIII, do CPP. 
 
E – Incorreta. Trata-se de alternativa de teor correto, compatível com o art. 319, VI, do CPP. 
 
22. Sobre as prisões envolvendo mulheres, é incorreto o que se afirma em: 
a) É vedada a substituição da prisão preventiva pela domiciliar se mulher gestante tiver cometido 
crime com violência ou grave ameaça a pessoa. 
b) É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares 
preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres 
durante o período de puerpério imediato. 
c) É vedada a substituição da prisão preventiva pela domiciliar para mãe responsável por criança 
que tiver cometido o crime contra seu próprio filho. 
d) O juiz pode substituir a prisão preventiva pela domiciliar para grávida, desde que após os 7 
meses de gravidez. 
e) Cabe substituição de prisão preventiva pela domiciliar no caso de mãe de filho maior de 
idade, porém com deficiência. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A alternativa está de acordo com o art. 318-A do CPP. 
 
B - Incorreta. Trata-se de disposição do parágrafo único do art. 292. 
 
C - Incorreta. A alternativa está de acordo com o art. 318-A do CPP. 
 
D - Correta. A substituição para gestante pode ocorrer em qualquer momento da gravidez. 
 
E - Incorreta. A alternativa está de acordo com o art. 318, III, do CPP. 
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23. João, grande empresário do setor imobiliário, e Maria, modelo, são casados. Motivado 
por ciúmes, o marido agride a esposa causando lesões corporais leves. Os vizinhos intervêm 
e conduzem João à delegacia. Considerando que o art. 129, §9º, do CP comina, para a lesão 
corporal no contexto de violência doméstica, a pena de detenção, de 3 meses a 3 anos, é 
possível dizer que: 
a) Caberá somente ao juiz, em audiência especial, arbitrar uma fiança para João. 
b) O delegado poderá arbitrar fiança. 
c) A fiança deve ser fixada entre 10 e 20 salários-mínimos. 
d) O juiz poderá aumentar a fiança em até 100 vezes. 
e) Não caberá fiança. 
 
Comentários: 
 
A - Incorreta. Em razão da quantidade de pena, a pena poderá ser arbitrada pelo Delegado de 
Polícia. 
 
B - Correta. Nesse sentido: art. 322 do CPP. 
 
C - Incorreta. Segundo art. 325, I, do CPP, considerando a pena máxima, o valor a ser fixado 
será entre 1 (um) e 100 (cem) salários-mínimos. 
 
D - Incorreta. A questão diz que João é um grande empresário. Logo, se se acreditar que a 
situação econômica do réu recomenda, poderá aumentar o valor fixado em até mil vezes, 
conforme art. 325, §1º, III, do CPP. 
 
E – Incorreta. Não há essa vedação na lei. 
 
24. Acerca do tema fiança, nos termos do Código de Processo Penal, é correto dizer que: 
a) Será exigido o reforço da fiança quando o acusado, regularmente intimado para ato do 
processo, deixar de comparecer, sem motivo justo. 
b) Quando a fiança for insuficiente, será exigido um reforço. Se o reforço não ocorrer, será 
considerada sem efeito e o réu será recolhido a prisão. 
c) O quebramento injustificado da fiança importará na perda da totalidade do seu valor, cabendo 
ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação 
da prisão preventiva. 
d) Nos casos em que a fiança tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execução será 
promovida no juízo criminal pelo órgão do Ministério Público. 
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e) Entender-se-á perdido a metade do valor da fiança, se, condenado, o acusado não se 
apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta. 
 
Comentários: 
 
A - Incorreta. Nesse caso, será considerada quebrada a fiança, conforme art. 341, I, do CPP. 
 
B - Correta. É nesse sentido o art. 340, I, do CPP e seu parágrafo único. 
 
C - Incorreta. O quebramento importa na perda da metade do valor da fiança, conforme art. 
343 do CPP. 
 
D - Incorreta. Conforme art. 348 do CPP, a execução ocorrerá no juízo cível. 
 
E - Incorreta. Haverá perda da totalidade, conforme art. 344 do CPP. 
 
 
25. Acerca do tema prisão, de acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores, é 
correto dizer que: 
a) Não é válida a prisão em flagrante efetuada por guarda municipal. 
b) A decisão proferida em audiência de custódia reconhecendo a atipicidade do fato não faz 
coisa julgada. 
c) Não é ilegal a decisão judicial que, ao decretar a prisão preventiva, descreve a conduta do 
agente de forma genérica. 
d) Atos infracionais pretéritos não podem ser utilizados como fundamento para a decretação de 
prisão preventiva. 
 
Comentários: 
 
A - Incorreta. De acordo com o artigo 301 do CPP, qualquer pessoa pode prender quem esteja 
em flagrante delito. Assim, não há óbice na prisão em flagrante realizada por guardas municipais. 
Julgado pelo STJ no HC 421.954/SP. 
 
B - Correta. A alternativa está de acordo com o entendimento do STF, HC 157306/SP. 
 
C - Incorreta. De acordo com o STF, HC 157604/RJ, é ilegal a decisão judicial que, ao decretar 
a prisão preventiva, descreve a conduta do agente de forma genérica. 
 
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D - Incorreta. De acordo com o STJ, RHC 63855/MG, atos infracionais pretéritos podem ser 
utilizados como fundamento para a decretação de prisão preventiva. 
 
26. A respeito das provas ditas inadmissíveis, é incorreto afirmar que: 
a) A prova ilícita deverá ser desentranhada do processo. 
b) Em qualquer caso, são consideradas inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas. 
c) A prova ilícita, segundo o Código de Processo Penal, são aquelas obtidas com violação de 
normas constitucionais ou legais. 
d) É considerada fonte independente, aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de 
praxe, próprios da investigação criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
e) O juiz que conhecer o conteúdo da prova que foi considerada inadmissível não poderá proferir 
a sentença ou o acórdão. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. A alternativa está de acordo com o que dispõe o artigo 157 do CPP. 
 
B - Correta. De acordo com o artigo 157, § 1º do CPP, quando não for evidenciado o nexo de 
causalidade entre a prova ilícita e a derivada da ilícita ou quando a prova derivada puder ser 
obtida por uma fonte independente da ilícita, elas poderão ser admitidas. 
 
C - Incorreta. A alternativa está de acordo com o que dispõe 2ª parte do artigo 157 do CPP. 
 
D - Incorreta. A alternativa está de acordo com o que dispõe o § 2º do artigo 157 do CPP. 
 
E - Incorreta. A alternativa está de acordo com o que dispõe o § 5º do artigo 157 do CPP. 
 
27. Acerca dos documentos, assinale a alternativa correta. 
a) As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, serãoadmitidas em 
juízo 
b) As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu 
direito, desde que haja consentimento do signatário. 
c) A letra e firma dos documentos particulares serão submetidas a exame pericial, mesmo 
quando não contestada a sua autenticidade. 
d) A fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do original. 
e) Não se consideram documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou 
particulares. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. De acordo com o artigo 233 do CPP, elas NÃO serão admitidas. 
 
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B - Incorreta. De acordo com o § único do artigo 233 do CPP, não há necessidade de 
consentimento do signatário. 
 
C - Incorreta. De acordo com o artigo 235 do CPP, só há necessidade de exame pericial se 
contestada a sua autenticidade. 
 
D - Correta. É o teor do § único do artigo 232 do CPP. 
 
E - Incorreta. De acordo com o artigo 232 do CPP, consideram-se documentos quaisquer 
escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. 
 
28. A respeito das provas no processo penal, é correto o que se afirma em: 
a) É absolutamente vedada, inclusive em favor do réu, o uso de provas ilícitas. 
b) O Código de Processo Penal adota o sistema do livre convencimento motivado. 
c) Confissão do réu pode suprir a realização do exame de corpo de delito. 
d) O exame de corpo de delito deverá ser feito depois das 6:00 e antes das 18:00. 
e) A autópsia será feita pelo menos três horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência 
dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. Jurisprudência e doutrina admitem, excepcionalmente, em respeito ao princípio 
da razoabilidade, o uso de provas obtidas de forma ilícita, se esta for a única forma de se 
absolver um inocente. 
 
B - Correta. De fato, como regra geral, o processo penal adota o sistema do livre 
convencimento motivado, também chamado de persuasão racional do juiz. 
 
C - Incorreta. Quando a infração deixar vestígios, o exame de corpo de delito, direto ou indireto, 
será indispensável. A confissão do acusado não é capaz de supri-lo. Nesse sentido: art. 158, 
caput, CPP. 
 
D - Incorreta. Conforme o art. 161 do CPP, o exame de corpo de delito poderá ser feito em 
qualquer dia e a qualquer hora. 
 
E - Incorreta. Na verdade, o prazo necessário para iniciar a autópsia é de seis horas após o 
óbito, segundo o art. 162, caput, do CPP. 
 
29. Quanto à cadeia de custódia, novidade legislativa trazida pelo Pacote Anticrime, é 
correto afirmar, exceto: 
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a) Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter 
e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, 
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte. 
b) Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se 
relaciona à infração penal. 
c) O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. 
O lacre rompido deverá ser acondicionado no interior do novo recipiente. 
d) A coleta dos vestígios deverá ser realizada necessariamente por perito oficial, que dará o 
encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo quando for necessária a 
realização de exames complementares. 
e) Na central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, todas as pessoas que 
tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a 
data e a hora do acesso. 
 
Comentários: 
A - Incorreta. É o conceito de cadeia de provas apresentado pelo art. 158-A, caput, do CPP. 
 
B - Incorreta. É o conceito exato de vestígio, extraído do art. 158-A, § 3º, do CPP. 
 
C - Incorreta. São previsões encontradas, de fato, no art. 158-D e 158-D, § 5º, do CPP. 
 
D - Correta. Trata-se da única alternativa falsa e, portanto, nossa resposta. Na verdade, 
conforme, art. 158-C, caput, do CPP, a coleta de vestígios será preferencialmente (e não 
necessariamente) realizada por perito oficial. 
 
E - Incorreta. É nesse sentido o art. 158-E, § 3º, do CPP. 
 
30. Considerando a temática de provas e perícias em nosso Código de Processo Penal, é 
correto o que se afirma em: 
a) Não existe previsão legal para que os peritos sejam ouvidos em audiência. Apesar disso, as 
partes podem, sem qualquer problema, apresentar quesitos para eles respondam por escrito. 
b) O delegado pode, de ofício, realizar a interceptação de comunicações telefônicas, desde que 
se trate de um crime envolvendo privação de liberdade. 
c) O exame de corpo de delito pode ser substituído pela acareação. 
d) É preciso que o juiz conceda autorização para que o delegado acesse o whatsapp de um 
indivíduo que foi preso em flagrante. 
e) É permitido a indicação pela parte de somente um assistente técnico por perícia realizada. 
 
Alexandre Segreto dos Anjos
Aula 04
PC-SP (Investigador) Passo Estratégico de Noções de Direito (Direito Processual Penal) - 2023 (Pós-Edital)
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. Túlio Lages 
Aula 00 
 
 
 
Comentários: 
A - Incorreta. O art. 159, § 5º, do CPP permite que as partes requeiram a oitiva dos peritos. 
 
B - Incorreta. A interceptação telefônica requer sempre autorização judicial, sob pena de 
produzir provas ilícitas. Afinal, trata-se de violação do direito de intimidade, constitucionalmente 
protegido e muito caro à sociedade. Dessa forma, para violar tal proteção, é necessária uma 
análise detida do magistrado e sua autorização. 
 
C - Incorreta. Conforme o art. 158 do CPP anuncia, quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o exame de corpo de delito. 
 
D - Correta. Trata-se de jurisprudência fixada pelo STJ, que, sob pena de caracterizar nulidade, 
a prova obtida pelo delegado ao vasculhar o whatsapp do investigado só é considerada lícita 
se for precedida de autorização judicial de quebra de sigilo telefônico. 
 
E - Incorreta. Sendo o caso de perícia complexa, o CPP admite, no art. 159, § 7º, que a parte 
possa indicar mais de um assistente técnico. 
 
 
 
 
 
 
Espero que tenha gostado. 
Forte Abraço, querido Aluno. 
 
 
 
@alexandre_segreto 
Alexandre Segreto dos Anjos
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