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Pincel Atômico - 14/01/2024 09:40:29 1/5 MARCIA DAMIN DA SILVA Avaliação Online (Curso Online - Automático) Atividade finalizada em 17/04/2023 19:31:05 (690449 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: HISTORIOGRAFIA. [794861] - Avaliação com 10 questões, com o peso total de 30,00 pontos [capítulos - Todos] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-FEV2022 - SGegu0A200123 [82265] Aluno(a): 91418984 - MARCIA DAMIN DA SILVA - Respondeu 10 questões corretas, obtendo um total de 30,00 pontos como nota [360059_1147 72] Questão 001 (BÚZIOS 2012) O século XX conheceu, no campo da historiografia, uma extraordinária mudança na concepção do documento e das fontes históricas disponíveis ao historiador. Sobre este aspecto, pode-se afirmar que Lucien Febvre, historiador francês integrante dos Annales, foi o responsável pela sistematização da vertente historiográfica posteriormente conhecida como História das Mentalidades. Nesta modalidade a compreensão dos sentimentos e subconscientes dos atores históricos era possibilitada por meio da análise de relatos obtidos junto à psicologia. Ciência, que com Sigmund Freud, ganhara notoriedade no início do século XX. a História Social inglesa, da qual fizeram parte os historiadores Christopher Hill e E. P. Thompson, esteve envolvida na busca de novas fontes e novas concepções de documentos, bem como na ruptura com o materialismo histórico e a superação da metodologia marxista de análise histórica das sociedades. a escola do Annales, da qual Fustel de Coulanges e Georges Duby fizeram parte, foi responsável por uma mudança considerável nos paradigmas historiográficos sobre o documento histórico, bem como nas novas possibilidades metodológicas ao afastarem da análise econômica e da história política a história cultural. A cultura, a partir de então, deveria ser analisada fora da área de influência da economia e da política. houve, a partir dos pressupostos da escola metódica, uma reavaliação do valor de fontes históricas tradicionalmente utilizadas enquanto documentos históricos. Ou seja, as fontes orais, vestígios arqueológicos, objetos e utensílios deixaram de ter valor documental, dando espaço para as fontes textuais e escritas que permitiam aos historiadores confirmar sua veracidade. X a expansão documental começa com a gradual diversificação do que se entendia por fontes textuais, tradicionalmente registradas por meio da escrita. Por conseguinte, amplia a noção de fontes não textuais, que a partir de então também estariam disponíveis ao historiador: fontes orais, fontes iconográficas, objetos e utensílios, fontes naturais, etc. Marc Bloch foi um expoente desta problematização. [360059_1222 07] Questão 002 (ENADE 2017) Entre o final dos anos 1980 e o início da década seguinte, o mundo passou, nos termos do historiador francês Ernest Labrousse, por uma “conjuntura histórica de transformação”, separando a bipolaridade estrita do pós-guerra de uma nova situação econômica e política caracterizada por múltiplas polaridades, cujos contornos não estão ainda muito bem definidos. ALMEIDA, P. R. “As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização. In.: SARAIVA, J.F.S. (org.) História das relações internacionais contemporâneas: da sociedade internacional do século XIX à era da globalização. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2008 (adaptado). No texto acima, assinala-se a dificuldade em definir os contornos da nova ordem mundial, iniciada entre o final da década de 1980 e o início da década de 1990. Entretanto, com relação a esse período, há concordância entre os historiadores quanto ao papel central desempenhado pela(o) Pincel Atômico - 14/01/2024 09:40:29 2/5 universalização do padrão-ouro como resultado da internacionalização dos mercados e da concorrência entre capitais internacionais. X crescente interrelação dos mercados globais devido à mudança de percepção do papel das fronteiras políticas fim dos regionalismos, com a dissolução do bloco soviético e a difusão dos planos econômicos quinquenais Otan, em decorrência da adesão ao Pacto de Varsóvia e como resultado da conscientização da interdependência econômica decadência do regime liberal, em decorrência da consolidação das fronteiras nacionais e da crescente regulamentação do mercado. [360059_8402 6] Questão 003 “Na região africana do Benin, a identidade brasileira é visível em diversos seg-mentos, sobretudo, na culinária: com a feijoada, que antes de se transformar em uma iguaria nacional era um prato característico da senzala; ou com o kosidou, a mandioca ou o milho que fazem parte da dieta local. A relação cultural entre os dois países pode ser vista também nas festas populares, com a comemoração de Nosso Senhor do Bonfim; ou com o folguedo da burrinha, que segundo alguns estudiosos muito se parece com os festejos do boi”. (Reportagem: Influências brasileiras caracterizam a rotina dos moradores do Benin). A influência africana na cultura brasileira se fez muito forte em função do tráfico de escravizados que trouxe forçadamente muitos africanos para o Brasil. Contu-do, o que historicamente explicaria tanta influência brasileira na cultura africana, especificamente do Benin, conforme ressalta a reportagem é a figura dos Portugueses que viviam entre as duas regiões. Mercadores brasileiros que viviam na África. Brasileiros que faziam turismo pelas colônias africanas. X Retornados, pessoas que após a liberdade conseguiram retornar à África. Europeus que colonizaram tanto o Brasil quanto regiões africanas. [360059_1221 58] Questão 004 (ENADE 2017) A história se faz com documentos. Documentos são os traços que deixaram os pensamentos e os atos dos homens do passado. Entre os pensamentos e os atos dos homens, poucos há que deixam traços visíveis, e estes, quando se produzem, raramente perduram: basta um acidente para os apagar. Ora, qualquer pensamento ou ato que não tenha deixado traços visíveis tenham desaparecido, está perdido para a história: é como se nunca houvesse existido. Por falta de documentos, a história de enormes períodos de passado da humanidade ficará para sempre desconhecida. Porque nada supre os documentos: onde não há documentos não há história. LANGLOIS, C.; SEIGNOBOS, C. Introdução aos Estudos Históricos. São Paulo: Editora Renascença, 1946 (adaptado). O trecho apresentado foi publicado originalmente em 1898, na França, em um manual de História muito influente à época. Com base nesse excerto, infere-se que os documentos podem ser substituídos por traços que denotem tanto a presença humana no tempo quanto os gostos, gestos e valores do ser humano em determinado período. X fornecem testemunho sobre uma parcela dos acontecimentos do passado sem os quais a escrita da história é impossível. são equivalentes aos acontecimentos humanos, pois carregam em si os pensamentos e os atos pretéritos.. Pincel Atômico - 14/01/2024 09:40:29 3/5 são registros textuais, preferencialmente produzidos por organismos vinculados ao Estado, o que assegura sua autenticidade. recuperam o passado em si, na medida em que expressam ações e ideias de homens que viveram em épocas pretéritas [360059_1221 82] Questão 005 (CAMPOS NOVOS – 2019) Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) sobre a obra historiográfica de Eric John Ernest Hobsbawm: ( ) Nasceu em Alexandria, mas é mundialmente conhecido como um historiador britânico e marxista. ( ) Sua obra histórica privilegiou o estudo da construção das tradições no contexto do Estado-nação. ( ) Nos escritos Nações e Nacionalismos e A Invenção da Tradição tratou também da história das ideologias políticas e sociais. ( ) Considerava que, muitas vezes, as tradições são inventadas por elites nacionais para justificar a existência e importância de suas respectivas nações. ( ) Nos seus livros A era das Revoluções e Riqueza das Nações tratou com destaque das classes dominantescomo promotoras do crescimento econômico. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. X V - V - V - V - F. V - F - V - V - F. F - V - F - V - V. F - V - V - F - V. V - F - F - V - F. [360060_7261 4] Questão 006 O gráfico contém dados extraídos do banco de dados The Transatlantic Slave Trade que se referem à entrada de escravizados africanos no Brasil. Indique a alternativa que pode ser confirmada pelos dados apresentados. Em 1845 se vê uma queda no número de entrada de escravizados em função da promulgação da Lei Eusébio de Queirós que acabou definitivamente com o tráfico. A grande alta da entrada de africanos entre os anos de 1825 e 1830 se deve à baixa do preço em função da competição com o comércio de escravizados das Antilhas. X A queda do número em 1831 se deve à Lei Feijó que tentou proibir o tráfico e o posterior aumento do número se deve a sua ineficácia. A queda expressiva no número de importações de escravizado em 1831 se deve à promulgação do Bill Aberdeen na Inglaterra pressionando para a extinção do tráfico. Pincel Atômico - 14/01/2024 09:40:29 4/5 A alta na importação de africanos em 1840 se deve à grande crise econômica vivenciada pelos ingleses, que acabou barateando o preço dos escravizados no cenário internacional. [360060_1150 44] Questão 007 (MONTE HOREBE 2019) Assinale a alternativa que traz a CORRETA interligação entre as noções de modernidade e progresso. A Belle Époque e a busca da beleza que a caracterizou determinava um mundo de progresso em que a beleza sempre estaria acima da ordem e da disciplina. X A modernidade, como um projeto civilizatório, se baseou na construção de uma sociedade disciplinar voltada para o progresso, e da chamada modernização, a partir deste originada. A noção de modernidade e de progresso são e relacionam na construção de sociedades humanas ricas de novidades, porém desordenadas. A modernidade e o progresso não podem ser relacionados, tendo em vista que a busca pela novo não precisa vir acompanhada do conceito relativo de progresso. A ordem não pressupõe o progresso no mundo da modernidade. [360060_7259 0] Questão 008 “A monarquia de Gao sob os askiya, herdeira de longa tradição de governo, fundava- se nos valores islâmicos s e consuetudinários. Segundo os antigos costumes sudaneses e songhai, o toi (rei) era o pai do povo, dotado de poderes semissagrados, fonte de fecundidade e prosperidade. Quem dele se aproximasse, tinha de se prostrar em sinal de veneração. JaÌ• a tradção islâmica estipulava que o monarca de Gao, muçulmano desde o século XI, devia governar segundo os preceitos do Corão. Estas duas tradições combinavam-se; dependendo da personalidade do soberano, predominava uma ou outra”. (CISSOKO. SeÌ•keÌ•neÌ• Mody. HistoÌ•ria Geral da AÌ•frica : AÌ•frica do seÌ•culo XII ao XVI. BrasiÌ•lia: UNESCO, 2010, vol. IV:p. 218) O texto acima acerca dos Songhais nos permite concluir que X o Estado Songhai combinava a influência islâmica e os valores tradicionais. os Songhais fundamentavam-se somente em valores tradicionais africanos. o rei dos Songhais era importante politicamente não tendo nenhum tipo de importância sagrada. o toi, espécie de rei dos Songhais, era um título simbólico, uma vez que dependia dos sacerdotes para governar. quando os europeus chegaram na região, os Songhais ainda não haviam sido convertidos ao Islã. Pincel Atômico - 14/01/2024 09:40:29 5/5 [360061_7262 8] Questão 009 Emoriô ê-emoriô ê-emoriô emoripaô emoriô deve ser uma palavra nagô uma palavra de amor um paladar emoriô deve ser alguma coisa de lá o Sol, a Lua, o céu pra Oxalá Emoriô é uma composição de Gilberto Gil e João Donato feita em 1975. O texto mistura o português com o nagô, língua falada por muitos africanos escravizados trazidos para o Brasil. Ao fazer uso do nagô junto ao português na composição, os autores fazem uma crítica à herança cultural africana. expressam o distanciamento cultural brasileiro com relação à sua herança africana. X ressaltam a herança cultural africana a partir da produção musical. enfatizam a separação racial e a dominação do branco. evidenciam a perda da relação brasileira com o seu passado histórico. [360061_7261 8] Questão 010 "Não vimos a Bahia ainda a pouco ameaçada de uma medonha insurreição africana? Não sentimos aqui também os mesmos receios? Nada, nada disto é bastante para desenganarmos que estamos continuamente com o pé sobre um vulcão" (Diário do Rio de Janeiro, 1/10/1836:1). Tendo em vista o contexto da publicação do Diário do Rio de Janeiro, analise as afirmações a seguir: I- A Insurreição africana a qual se refere o jornal é a Revolta dos Malês, com a participação de africanos islamizados. II – O trecho do jornal demonstra o receio causado por possíveis levantes de escravizados, a exemplo do ocorrido na Bahia. III – O trecho do jornal contradiz a abordagem que transformavam os africanos e descendentes em agentes passivos frente ao violento sistema a qual estavam submetidos. IV – Ao mencionar o levante baiano, o articulista do jornal em questão está referindo- se à importante Revolta de Beckman, que contou com a participação de diversos escravizados. Estão corretas: X I, II e III. I e II. II e III. I apenas. II, III e IV.
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