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Página 1 de 8 CLÍNICA CIRÚRGICA GRANDES AULA 20/10/2023 Feridas cutâneas em equinos e ruminantes Casuísta 70-80% Comum complicação: sequestro ósseo e granulação exuberante em cavalos Ferida é a interrupção da continuidade do tecido tegumentar (pele, casco) que recobre o corpo ou órgão de um indivíduo. Também chamada solução de continuidade. Equídeo tem tanta ferida por não serem domados, por serem mal acondicionados, estressados, pi- quete não muito bem fechado. Maioria das feridas lacerantes. Abaixo do carpo/tarso não temos musculatura (temos pele, tendão e osso) e muitas vezes são feri- das complicadas de serem tratadas. Prejuízos financeiros! – medicação, tratamento, prognóstico ruim descartamos animal Arpejo e miopatia fibrosa – ex: de níveis que pode chegar uma simples ferida, animal inutilizável CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Em relação a morfologia, ocorrência: CONTUSÃO: pancada, batida. Não obrigatoriamente teremos uma ferida, mas forma hematoma e dependendo de como for a pancada esse hematoma evolui para abscesso que pode fistular e surgir feri- da. Essa ferida assusta muito (pode acontecer isso com corda), a pele toda pode necrosar e cair, e não da pra sabermos a extensão dela, pode expor tecido nobre. Inicialmente uma contusão pode não gerar uma ferida, mas depois forma edema, hematoma, abscesso, necrose ABRASIVAS: ralado, tira as camadas superficiais da epiderme PERFURANTE: comum por galho, arame, geralmente atingem profundidades maiores justamente pela natureza do objeto que causa ela INCISA: não é cirúrgica, é um bom exemplo, mas ocorre se ferir com objeto cortante de maneira li- near com bordos regulares LACERANTE: mais comum. Geralmente bordos irregulares, perda tecidual e laceração de vaso, nervo REPARO TECIDUAL - FASES DO REPARO: Dividida didaticamente, geralmente ocorre em simultâneo com predomínio de uma delas Aconteceu a ferida, temos a FASE INFLAMATÓRIA – devido dor ocorre vasoconstrição (inicial 5 min - Catecolaminas), ajuda interromper sangramento (hemostasia espontânea ou orgânica). 5-10 min depois ocorre vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular para chegar ele- mentos celulares (macrófagos, basófilos, neutrófilos) e não células (fator necrose tumoral...). Ocorre for- mação de uma rede de fibrina (coágulo). Esses macrófagos e neutrófilos fazem desbridamento orgânico, remoção de debris celulares e bactérias. Quando o animal não consegue fazer esse desbridamento vem a infecção. Fagocitose e liberação de enzimas lisossômicas, digerem o tecido necrosado. Esses macrófagos vão atrair fibroblastos para termos o colágeno que é fundamental para reparar ferida, FASE PROLIFERATIVA – proliferação de tecido. Precisa unir bordos, pra isso precisa que ocorra isso. Quando temos uma ferida precisa produzir tecido para reposição, pra repor tecido do tendão é complicado por ser células especializadas, • Granulação: tecido róseo, vivo, aspecto sadio. Formação de tecido de granulação formado por fibras colágenas e vasos que fazem remoção de metabólitos e proteção. Ocorre o pre- enchimento com um tecido de rápida e fácil produção. Ocorre a invasão por fibroblastos e síntese de colágeno III. Intensa angiogênese (produção de vasos) para fornecer nutrição e oxigênio, para retirada de metabólitos. Armadilha para bactéria, fungos... tecido rico em vasos é potente para debelar infecção Página 2 de 8 • Contração da ferida: redução da ferida por contração centrípeta, periferia para o centro. Os miofibroblastos (fibroblastos modificados) são atraídos para a ferida e possuem capa- cidade de contração. A taxa de contração é variável, depende da ferida e do animal = Flanco equino 08, a 1 mm/dia (contrai mais, mais rápido); Região distal de membro (carpo/tarso) 0,2 mm/dia • Epitelização: troca do tecido de granulação por pele. Ocorre multiplicação (mitose) e mi- gração dos queratinócitos, células epiteliais da periferia para o centro. É imaturo, frágil. Tem taxa de epitelização variável = Flanco equino 0,2 mm/dia; Membro distal 0,09 mm/dia FASE DE REMODELAMENTO – redução de fibroblastos e angiogênese, predomínio das fibras de co- lágeno do tipo I. Orientação das fibras de acordo com as linhas de tensão ou linhas de Langer. Linhas de tensão da pele são o sentido em que as fibras de colágeno correm/se organizam. No re- paro as fibras são depositas desorganizadamente e com o passar da evolução são organizadas e dis- postas conforme orientação das linhas de tensão para que fiquem mais resistentes. Quando feita uma incisão, ela deve ser no mesmo sentido das fibras para não prejudicar o reparo. O pelo não cresce no mesmo sentido. Classificação quanto: GRAU DE CONTAMINAÇÃO DAS FERIDAS • LIMPA: exclusivamente cirúrgica, feita por incisão, com contaminação mínima, com bordos regulares • LIMPA CONTAMINADA: geralmente são decorrentes de procedimentos em trato digestório, trato geniturinário e respiratório. • CONTAMINADA: geralmente com pouca presença de tecido necrótico, pode ou não ter processo séptico Ex: ferida na cerca, chifrada • SUJA INFECTADA: presença abundante de secreção, bordos irregulares, presença de corpo estranho TIPO DE FECHAMENTO DE FERIDAS / TRATAMENTO: • PRIMEIRA INTENÇÃO (Primário): sutura. Fechamento por sutura com fio absorvível multi (mono* poliglecaprone 25) OU não absorví- vel mono (Nylon) Indicado: FERIDAS LIMPAS e LIMPAS CONTAMINADAS • PRIMÁRIO RETARDADO: sutura atrasada. Fechamento por sutura das extremidades da ferida em torno de 2 a 5 dias após lesão quando ainda não houve contaminação Indicado: FERIDAS LIMPAS CONTAMINADAS E CONTAMINADAS • TERCEIRA INTENÇÃO (Secundário): sutura, mas mais atrasada. Fechamento com sutura nas extremidade da ferida após mínimo de 5 dias de ocorrência da lesão com presença de tecido de granulação Indicado: FERIDAS CONTAMINADAS ou INFECTADA • SEGUNDA INTENÇÃO*: sem sutura, com bandagem/curativo. Cicatrização de dentro da ferida em direção ao nível da pele sem usar sutura, com auxilio de bandagens Indicado: FERIDAS INFECTADA e com grandes perdas teciduais, com presença de tecido necrótico Página 3 de 8 MANEJO DO PACIENTE 1. Proteger ferida com compressa estéril para evitar maior contaminação e traumas adicionais 2. Se necessário conter hemorragia com pinça hemostática para vaso pequeno ou pressão com compressa estéril 3. Exame clínico junto com contenção hemorrágica – pode apresentar taquicardia, sudorese, o que demonstra dor. Coloração de mucosa, se mucosa oral está úmida, se está desidratado, turgor de pele, enoftalmia 4. Classificar a ferida durante exame clínico. Quanto morfologia e grau de contaminação 5. Manipulação da ferida • SEDAÇÃO se necessário – Não usar Fenotiazina (hemorragia), nem Quetamina (queremos ele em pé) Detomidina ou Xilazina • ANALGESIA Dipirona, Meloxicam, Flunixina meglumina, Fenilgutazona (por 15d virá uma gastrite) Os anti-inflamatórios mais recentes e modernos: Firocoxib e Cetoprofeno – não teremos gastrite • ANESTESIA LOCAL: bloqueio regional Epinefrina/adrenalina (vasoconstritor) junto com o anestésico, vai aumentar o tempo do efeito e aju- da na hemostasia Lidocaína, Bupivacaína • ANESTESIA GERAL em casos graves de feridas extensas (cavidade abdominal, articular) Não usar Acepromazina (hemorragia) • TRICOTOMIA em torno da ferida, bem delimitada retangular e quadrada. • PROTEÇÃO da ferida com compressa/gaze estéril para fazer a tricotomia • ANTISSEPSIA dos bordos com PVPI ou Clorexidine degermante [é residual] (na ferida é citotóxico) Enxaguar com solução salina de preferência (isotônico), de maneira estéril. Água é hipotônica, pode causar lise na célula • EXPLORAR FERIDA com luva estéril, antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços. Analisar profundidade, se tem comunicação com cavidade (abdominal, torácica ou articular); Se possui CE (se deixar não fecha); Se possui fratura (crepitação); Se foi no membro, se possui cominaçãocom bainha tendínea, tendão ou ligamento. Isso nos dá o prognóstico. • DEBRIDAMENTO remoção de tecido necrótico da ferida, reavivamento dos bordos Cirúrgico: bisturi, tesoura, mais usado em grandes Enzimático Biológico: com larva Mecânico: mais usado em grandes - Hidrodinâmico: com líquidos antissépticos e pressão para retirar contaminantes. Clorexidina aquosa a 0,05% com seringa 60 ml (pode ser de 20 mas da mais trabalho) + cateter 16G Waterpik – equipamento de dentista - Bandagem: durante as trocas Tipos de BANDAGENS: • ABSORVENTES - Não aderentes - Aderentes • OCLUSIVAS • COMPRESSIVAS • BIOLÓGICAS Página 4 de 8 ABSORVENTES – mais usadas - Aderentes: seca (tecido necrótico) e úmida seca (secreção) - Não aderentes: quando tem tecido de granulação, Bandagem é composta por 3 camadas: • Primária – contato com a ferida • Secundária – acolchoamento (absorção) com compressa, algodão ortopédico • Terciária – proteção e sustentação, linha de descanso, atadura ATB Usamos quando: • Grande extensão da ferida • Envolvimento de cavidades • Envolvimento de articulação sinovial Como saber se chegou até alguma articulação = artrocentese na face oposta da ferida (agulha e luva estéril), injeto solução salina estéril, se tiver acometido vai extravasar • Bainha tendínea, tendões e ligamentos • Mordedura por cães • Imunossupressões • Evidência de processo infeccioso TÉCNICAS: • Perfusão regional PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES – Característicos em equídeos SEQUESTRO ÓSSEO: fragmento ósseo desvitalizado (necrosado) que se separa do osso sadio devido a um processos de necrose. Ele se separa do segmento maior de osso porque necrosou. Ocorre um trauma periosteal decorrente da ferida (maior incidência em feridas de região distal pe- la falta de musculatura). Arame liso lacera primeiramente pele, lacerou tendão, abaixo dele está o osso, o que recobre esse osso é o periósteo = trauma periosteal. A camada mais externa da cortical é nutrida pelo periósteo, dessa forma a cortical vai necrosar, não recebe sangue. Interrupção da drenagem venosa, fluxo arterial reduzido, estase venosa local e trombose, isquemia cortical local. Mais comum: feridas lacerantes DIAGNÓSTICO • Anamnese: ferida sempre recidivando, feridas crônicas que não cicatrizam, trajeto fistuloso crônico, não fecha • Sinais clínicos: pode ou não ter claudicação • RX: sinais só 10 a 14 dias após ferida TRATAMENTO = Sequestrectomia Remoção do fragmento ósseo, curetagem do tecido necrótico, lavagem (Clorex aquosa – excelente asséptico e nada citotóxico) abundante da ferida e bandagem. Se necessário faz ATB com perfusão regi- onal Página 5 de 8 GRANULAÇÃO EXUBERANTE Tecido de granulação que se torna exuberante quando ultrapassa o nível da pele, impedindo a contração e a epitelização da ferida. Ocorre em grande parte dos casos em região distal de membros dos equídeos e pode ocorrer em bovinos (raro). Etiologia não esclarecida. DIAGNÓSTICO • Geralmente clínico, mas cuidado! Tem lesões que são iguais macro • Biópsia • Histopato Diferencial: habronemose, CCS, pitiose TRATAMENTO/MANEJO: permitir contração e epitelização • Bandagem para imobilizar, evita e diminui chance de exuberar • Corticosteroides em pomada inibe que exubere. Corticoide inibe enzima, inibindo epitelização (não queremos) • Agentes cáusticos (prof não usa): sulfato de cobre (pó azul que corrói granulação, mas pode cau- sar dermatite, podendo corroer em pele integras, então passar vaselina na porção distal), albocresil • Ressecção cirúrgica: retirar tecido de granulação (até igualar nível da pele) Sedação nem sempre necessária pois não dói, não tem inervação (Xilazina 10%) e garrote proximal a ferida para diminuir vascularização da ferida, ressecção ventrodorsal (baixo pra cima) por conta da hemorragia Pós: bandagem estéril muito compressiva abre em 2 dias Não precisa de ATB, manter na baia para restringir movimentação (estimula granulação) Faz quantas vezes necessário LESÕES CUTÂNEAS GRANULOMATOSAS EM EQUÍDEOS Aspecto de couve-flor, algo proliferativo ➢ SARCOIDE - verruga do cavalo, várias formas de apresentação clínica e um saco pra tratar (boca onde põe freio, onde põe barrigueira ➢ HABRONEMOSE – úlcera de verão ➢ CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS – neoplasia ➢ PITIOSE – zoonose SARCOIDE Considerado uma neoplasia fibroblástica, cutânea e proliferativa. É a neoplasia cutânea mais comum na espécie equina (90%). Entre 1 e 11,5% dos equinos tem sarcoide. É invasivo localmente, vai invadindo camadas mais profundas, e apresenta grande taxa de recidi- vas pós cirurgia, mas a metástase é muito rara, a não ser uma forma recente descrita como maligna. O sarcoide regredir de maneira espontânea é muito raro. O que causa? Multifatorial, não completamente esclarecido BPV (papiloma vírus bovino) tipo 1 e 2 – esse BPV sofreu mutação em algum momento e conseguiu se alojar e acometer equídeos. Praticamente todo DNA de uma célula que foi acometida pelo sarcoide, ela pode ter o DNA do vírus BPV. Organismo quase que igual em DNA, mas não é ele, é uma mutação. É comum recidivas, por quê? A permanência desse vírus, é comum na periferia da lesão, quando ti- ramos a lesão, o vírus mutado permanece podendo ter recidiva. Histórico de permanência no piquete de bovino com equídeo. SINAIS CLÍNICOS MACROSCOPICAMENTE (não é muito clara a distinção) • Verrugoso – aspecto de verruga • Fibroblástico – aspecto ulcerativo e proliferado • Oculto – forma mais branda, mas se mexe prolifera rápido • Mista – combinação entre apresentações • Maligna – recente (raramente provoca metástase) Página 6 de 8 DIAGNÓSTICO Tem que ter capacidade se dizer se é um sarcoide ou proliferação exuberante. A suspeita é com base aparência clínica – CUIDADO! Oculta enquanto não prolifera, enquanto não provoca inconveniente, não mexemos. Ideal é a biópsia (excisional), coleta de tecido e enviar Diferencial: • Granulação exuberante • CCE • Habronemose • Pitiose TRATAMENTO Ressecção cirúrgica – ressecção de tecido sadio com margem de segurança Recidivas de até 80% Isoladamente apresenta baixíssima eficácia Criocirurgia Taxa de sucesso 50 a 100% Mais indicado = 3 ciclos de congelamento e descongelamento (necrose) Necrosa, cai e tratar depois como ferida aberta de segunda intenção (do leito para superfície) Tie over – técnica de fechamento de ferida Imunoterapia BCG – estimulação do sistema imune. Pode induzir reação anafilática, então ter em mãos anti- histamínico e corticoide Dose inicial de 1 ml/cm3 intralesional (risco de proliferar) Várias aplicações são necessárias (8, 10 e por dose é muito caro) Intervalo entre 2 a 3 semanas entre doses É um manejo inicial pra redução, ajuda a retirar. Tratamentos antivirais tópicos – pode diminuir lesão, associar Aciclovir HABRONEMOSE – Úlcera de verão Habronema muscae Habronema micróstoma Draschia megastoma Forma cutânea*, ocular e gástrica (equino) Locais de ocorrência – existentes, superfícies úmidas como pênis, prepúcio e conjuntiva ocular Esses dípteros estão parasitados pelas larvas das habronemas ou draschia, a mosca no cavalo pousa em boca, região prepucial, conjuntiva ocular... feridas pré-existentes, o parasita passa por essa lesão e se instala no tecido cutâneo. Promove reação de hipersensibilidade devido a larva, presença de prurido de moderado a intenso, presença de secreção sanguinolenta pela contaminação secundária. Lesões oculares – conjuntiva ou ducto nasolacrimal Forma ocular pode promover epifora (lacrimejamento), quemose (inchaço de conjuntiva) e fotofobia DIAGNÓSTICO Aspecto clínico – lesão granulomatosa com grânulos amarelados Presença de larva em raspado Biópsia e histopato Citológico da habronemose não é fidedigno, não fechar só com isso Página 7 de 8 Diferencial • Granulação exuberante • CCE • Habronemose • Pitiose TRATAMENTOObjetivo: reduzir lesão (coça muito e pode levar a ulceração, miíase, contaminação secundária), diminuir inflamação e evitar novas infestações Ivermectina sistêmica – mata larva Corticoide sistêmico – diminuir lesão e prurido (intralesional ou tópico funciona melhor) Prednisona, Prednisolona 1 mg/kg/dia 10 a 14 dias (disfunção eixo hipotálamo hipofisário, distúrbios hormonais dependendo do tempo que fazemos) Ressecção cirúrgica – convencional, recidiva por conta da mosca Bandagem Pós-operatório – analgésico anti-inflamatório (Dipirona, Meloxicam [mais fraco na analgesia], Flu- nexina meglomina) e ATB (inicialmente Penicilina com gentamicina) CCE – CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS Neoplasia de células epiteliais escamosas, caráter maligno e localmente invasivo. São massas erosivas podendo ser eritematosas, onde surge causa erosão no tecido (baixo relevo, corrói). Segunda neoplasia mais comum em equinos, tem capacidade metastática e geralmente é limita- do a linfonodos regionais Locais de ocorrência: locais desprovidos de pigmento (albino), pouco pelo e junção entre pele e mucosa Fatores predisponentes: substâncias irritantes (iodo em mucosa oral, nasal), esmegma (higiene ajuda a prevenir o câncer) Raios solares quando batem em região sem pigmento, ele inibe gene que é inibidor do desenvolvi- mento do câncer, ficando livre leve e solto – a alta exposição solar Appaloosa e Paint horse DIAGNÓSTICO Aspecto clínico – muito cuidado confundir com sujeita Biópsia Citologia AAF (aspirado por agulha fina) TRATAMENTO: Ressecção cirúrgica convencional Criocirurgia Quimioterapia – muito complicado Cisplatina intralesional (quimioterápico que pode induzir neoplasia, difícil de aplicar e manejar) 5-fluorouracil intralesional Radioterapia Página 8 de 8 PITIOSE Pythium insidiosum (FUNGO) Enfermidade que pode atingir várias espécies inclusive homem (bovinos é raro) Forma cutânea é mais comum, mas temos a vascular e menor ocorrência intestinal Lesão piogranulomatosa (pus), proliferativa, ulcerada, pruriginosa, de rápido crescimento e se- creção piosanguinolenta O microrganismo é termofílico, ou seja, é atraído pela temperatura, é encontrado em regiões ala- gadas e de água parada. Animal vai tomar água em água parada, e microrganismo se atrai pela tempe- ratura do cavalo. Se reproduz assexuadamente por zoósporos contidos em zoosporângios. Dentro das lesões temos trajetos fistulosos e no centro da lesão temos o kanker (grão pequeno), e quando avaliamos a lesão e tiramos o kanker muito provavelmente é pitiose, alta probabilidade. Fístulas com secreção purulenta, grande quantidade de granulação em torno da lesão. DIAGNÓSTICO Histopatologia* Citologia dificilmente confirma Cultura e isolamento kankers Exame direto KOH a 10% para tentar ver hifas TRATAMENTO Ressecção cirúrgica dificilmente traz resultados satisfatórios (fungos) Imunoterapia – vacina Pitium Vac Anfotericina B* sistêmica – antifúngico. Problema: alto potencial de causar insuficiência renal aguda e surdez (mesmo as doses terapêuticas). Iodeto de potássio VO 67 mg/kg por no mínimo 30 dias – age na célula do fungo para matar ele. Abor- tamento, epifora Caso não responsivo ao tratamento, eutanásia
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