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Princípios e Fontes
DIREITO DO TRABALHO
PRINCÍPIOS E FONTES
1. Princípio da Proteção, Protetor, da favorabilidade, da tutela, tuitivo ou corretor 
de desigualdades
O direito individual do trabalho exige, efetivamente, um desequilíbrio na relação material 
entre empregador-empregado. O empregado é hipossuficiente e não possui a mesma liberdade 
contratual, logo, o direito material busca corrigir essa desigualdade e proteger a parte mais frágil.
Três diversos sentidos:
in dubio pro operário ou in dubio pro misero: havendo uma regra com diversas inter-
pretações, deve ser adotada a mais vantajosa ao trabalhador.
As normas jurídicas estão sujeitas à interpretação, por isso, se tiver uma norma que está aberta 
a mais de uma interpretação, deve-se optar pela mais protetiva e vantajosa para o trabalhador.
“Importante invocar, nessa seara, o princípio da proteção, na sua vertente in dubio pro 
operario, de modo que, diante da interpretação de uma norma que possa chegar a mais 
de uma conclusão, prefere-se aquela que favoreça o empregado. (...)” (E-ED-RR-2983500- 
63.1998.5.09.0012, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Jose 
Roberto Freire Pimenta, DEJT 17/03/2017).
Por exemplo: uma norma coletiva com a redação “o empregado possui direito a receber 
uma cesta básica por mês”, surgindo uma discussão se o empregado com esse direito é 
somente aquele que está trabalhando ou aquele que ainda possui o vínculo, mas não presta 
serviço efetivamente? A empresa, ao analisar a convenção, entendeu que o pagamento só 
teria que ser feito ao primeiro grupo citado. Já os funcionários que não trabalhavam por 
receberem benefício previdenciário, por exemplo, não tinham direito ao pagamento da cesta 
básica. Perante a situação, o funcionário entrou com uma ação trabalhista alegando que 
apesar não prestar serviços na prática, continuava sendo empregado, portanto, detentor do 
direito de receber a cesta básica.
Como o texto da norma era muito genérico, possibilitou mais de uma interpretação e isso 
permitiu adotar a mais vantajosa ao trabalhador. 
Por exemplo: o aviso prévio é proporcional ao tempo de serviço prestado. Sendo sabido o 
direito a receber o aviso prévio que irá aumentar três dias para cada ano de serviço prestado, 
ao olhar no texto da norma, não é estabelecido especificadamente se, quando o empregado 
pede demissão, precisa aplicar essa regra.
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Princípios e Fontes
DIREITO DO TRABALHO
Assim, o entendimento que prevaleceu diz respeito a aplicabilidade da proporcionalidade 
do aviso prévio somente quando ocorre a dispensa do empregado.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CONSULPAM/Prefeitura de Viana – ES/Procurador/2019) Relativamente aos princí-
pios do Direito do Trabalho, assinale a alternativa CORRETA:
c) O in dubio pro operario é regra de aplicação da norma, visa proteger o empregado. 
Em caso de dúvida quanto a que norma aplicar, aplica-se a mais benéfica.
COMENTÁRIO
O item afirma que existem várias normas e não várias interpretações.
2. (ESAF/PGFN/Procurador da Fazenda Nacional/2015) Assinale a opção incorreta.
d) O Juiz do Trabalho, após encerramento da instrução processual, se tiver dúvida 
quanto ao direito do trabalhador reclamante, deverá julgar favoravelmente ao obreiro, 
tendo em vista o princípio in dubio pro operario.
COMENTÁRIO
Restrições:
• Não pode ser aplicado quando se trata de matéria probatória: o princípio de direito ma-
terial não pode ser transportado para o processo do trabalho;
Suponha: uma situação em que o empregado alega que cumpriu horas extras, enquanto 
o empregador nega, e a ação trabalhista pede a condenação nas horas extraordinárias. 
Nisso, o reclamante levou duas testemunhas afirmando que ocorreu as horas extras, ao 
passo que o empregador também para sustentar que não houve as horas extras. Assim, a 
prova está dividida e o juiz não consegue identificar qual será mais fidedigna.
Nesse sentido, é preciso utilizar a teoria do ônus da prova, em que é preciso olhar quem 
é que, efetivamente, tinha o ônus de provar. Se era o trabalhador e a prova está dividida, 
não foi feita prova cabal, tornando o processo improcedente. Se era o empregador, e não 
foi feita prova cabal, ele estará condenada. 
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Princípios e Fontes
DIREITO DO TRABALHO
Norma mais favorável: havendo diversas normas sobre o mesmo tema, deve-se aplicar 
aquela mais favorável ao trabalhador.
Nesse caso, se tem mais de uma regra sobre o mesmo assunto. Assim, deve-se escolher 
qual das regras é a mais vantajosa para o trabalhador.
Por exemplo: uma empresa possui dois regulamentos, A e B. Em A, está escrito que o 
empregado terá direito à férias de 30 dias + 2/3 que será recebido a mais sobre a remune-
ração, e também consta que ganhará uma gratificação de 500 reais mensais. Em B, está 
escrito que terá direito à férias de 40 dias + 1/3, e gratificação de 300 reais.
O regulamento A ou B é o mais vantajoso? 
Três teorias para aplicação da norma mais favorável:
Acumulação
Também é conhecida como teoria atomista. São coletadas as normas mais vantajosas e 
somadas num super conjunto mais vantajoso para o trabalhador. Pelo exemplo, as férias de 
40 dias, 2/3 e gratificação de 500 reais mensais é muito mais vantajoso.
Essa teoria parte da possibilidade de um fracionamento das normas mais vantajosas, for-
mando um conjunto superior de benefícios. Por isso, a teoria enfrentou muita resistência, já 
que acaba criando um terceiro mega diploma de vantagens para o trabalhador. Além disso, 
por essa perspectiva, dificilmente se teriam empregadores criando vantagens.
Conglobamento
Por essa teoria, se considera o conjunto, ou seja, tudo o que está dentro da norma. Tomando 
o exemplo, ou será adotado o pacote completo do regulamento A ou de B. Essa teoria é extre-
mamente utilizada e aceita pelo tribunal do trabalho quando se fala em normas de mesma 
hierarquia, pois preserva o conjunto normativo e permite uma interpretação sistemática.
“COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. REGULAMENTO APLICÁVEL. TEORIA 
DO CONGLOBAMENTO. (...) Referido entendimento não afasta a teoria do conglobamento, 
sendo firme a jurisprudência desta Corte Superior no sentido de que não é plausível eleger de 
regulamentos distintos o que melhor atende aos beneficiários, criando um terceiro regramento 
mais favorável, uma vez que a regra deve ser observada em seu conjunto. (...) (ARR-1650- 
68.2011.5.09.0019, 1ª Turma, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT 28/06/2019). 
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DIREITO DO TRABALHO
Conglobamento Mitigado ou por Instituto
De acordo como essa teoria, é considerado cada uma das matérias, ainda consideran-
do-as em seu conjunto.
Retornando o exemplo, com a aplicação dessa teoria, se observaria a matéria férias: o 
trabalhador decidiria se ter mais dias seria mais vantajoso do que o dinheiro recebido.
Lei 7.064/82
A lei regula a situação do trabalhador que foi contratado no Brasil e transferido para o exterior.
Art. 3º A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegu-
rar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços:
II – a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for 
incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, 
no conjunto de normas e em relação a cada matéria.
Obs.: Assim, é considerado o conjunto.� Suponha: Danilo foi contratado pela multinacional X, em Brasília, e foi transferido 
para prestar serviços na Alemanha, permanecendo no país por 3 anos, em seguida, 
França, por fim, sendo dispensado. De volta ao Brasil, resolve ajuizar uma ação tra-
balhista pedindo horas extras e comissões.
 � A partir do momento em que pediu horas extras durante o período trabalhado na 
França, opta-se pela norma de horas extras mais vantajosa: a francesa, com 35 horas 
semanais. Na situação referente à Alemanha, são solicitadas as comissões, logo, 
supondo que o sistema de comissionamento alemão seja mais vantajoso do que o 
brasileiro, ele será o aplicado. Já sobre férias, o sistema brasileiro é extremamente 
mais vantajoso ao trabalhador, portanto, ele seria o adotado para a matéria férias.
Com normas de hierarquia distinta, por exemplo, norma constitucional e contrato de tra-
balho, deve-se ter em mente que, no direito do trabalho, a hierarquia é plástica, ou seja, fle-
xível, sendo sempre privilegiada a mais favorável.
Suponha: a Constituição Federal afirma que as horas extras são condicionais à, no 
mínimo, 50%, já na contrato de trabalho, consta uma cláusula em que o adicional será de 
90%, sendo esse o aplicado.
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DIREITO DO TRABALHO
Em normas de hierarquia distinta, se adota a teoria da acumulação, pensando nas regras 
mais vantajosas, já que o critério é flexível.
Exceções 
Com a reforma trabalhista, o princípio da norma mais favorável sofre uma grande flexibilização.
Veja três motivos básicos:
Alteração do art. 620 da CLT
Art. 620. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalece-
rão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho.
Acordo coletivo de trabalho: quando o sindicato de trabalhadores assina um instrumento 
normativo com uma empresa ou empresas. Nesse caso, se tem o sindicato dos trabalha-
dores assinando um instrumentos normativo com sindicatos das empresas. Será aplicado 
o acordo coletivo ou convenção coletiva? Não existe hierarquia entre um e outro. Por uma 
opção do legislador com a reforma trabalhista, o acordo coletivo sempre prevalecerá sobre 
as regras estipuladas na convenção.
Isso se configura como uma flexibilização da norma mais favorável porque pode ocorrer 
que a regra prevista na convenção coletiva seja mais vantajosa do que a prevista no acordo.
Inclusão do art. 611-A da CLT
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a 
lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II – banco de horas anual;
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas 
superiores a seis horas;
IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei n. 13.189, de 19 de 
novembro de 2015; (...)
Assim, uma convenção coletiva de trabalho, se prever uma situação menos vantajosa do 
que a própria, não será aplicada a lei e sim a norma coletiva, o que também configura uma 
exceção ao princípio da norma mais favorável. 
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DIREITO DO TRABALHO
Inclusão de parágrafo único do art. 444 da CLT
Art. 444. As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das 
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, 
aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Obs.: Se pode, num contrato de trabalho, adicionar uma série de matérias, desde que não 
contrarie normas de proteção trabalhista.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipó-
teses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponde-
rância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível 
superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Isso se configura como uma exceção ao princípio por, a partir do momento em que são 
estabelecidas regras dentro do contrato, pode ser que alguma seja menos vantajosa do que 
a convenção coletiva, e ainda assim prevalecerá a rega do contrato.
GABARITO
1. e
2. e
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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