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DIREITO CONSTITUCIONAL - DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

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DIREITO CONSTITUCIONAL
VIDEOAULA
PROF. UBIRAJARA MARTELL
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
www.acasadoconcurseiro.com.br
DIREITO CONSTITUCIONAL
3
Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da República
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a 
Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
SÚMULA VINCULANTE 46
A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo 
e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de 
processo e julgamento.
# Lei 1.079/50 – foi recepcionada 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações 
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
4
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA
Não há necessidade de prévia autorização da Assembleia Legislativa para que o STJ receba denúncia 
ou queixa e instaure ação penal contra Governador de Estado, por crime comum. Vale ressaltar 
que se a Constituição Estadual exigir autorização da ALE para que o Governador seja processado 
criminalmente, essa previsão é considerada inconstitucional. Assim, é vedado às unidades 
federativas instituir normas que condicionem a instauração de ação penal contra Governador por 
crime comum à previa autorização da Casa Legislativa. STF. Plenário. ADI 5540/MG, Rel. Min. Edson 
Fachin, julgado em 3/5/2017 (Info 863).
DIREITO CONSTITUCIONAL | UBIRAJARA MARTELL
5
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: STF somente pode receber a denúncia e o Senado federal iniciar o 
processo de impeachment após AUTORIZAÇÃO da Câmara dos Deputados, pelo voto de 2/3 de seus 
membros (342 votos).
CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS NÃO PODEM PREVER QUE A COMPETÊNCIA PARA JULGAR 
GOVERNADORES SEJA DA ALE ?
Não !! O Estado-membro não pode dispor sobre crime de responsabilidade, ainda que seja na 
Constituição estadual. Isso porque a competência para legislar sobre crime de responsabilidade é 
privativa da União, nos termos do art. 22, I, e art. 85 da CF/88.
As Constituições estaduais não podem prever que os Governadores serão julgados pela Assembleia 
Legislativa em caso de crimes de responsabilidade. Isso porque o art. 78, § 3º da Lei 1.079/50 afirma 
que a competência para julgar os Governadores de Estado em caso de crimes de responsabilidade 
é de um “Tribunal Especial”, composto especialmente para julgar o fato e que será formado por 5 
Deputados Estaduais e 5 Desembargadores, sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça.
STF. Plenário. ADI 4791/PR, Rel. Min. Teori Zavascki; ADI 4800/RO e ADI 4792/ES, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, julgados em 12/2/2015 (Info 774).
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da 
República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções.
IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
O Presidente da República não possui imunidade material, apenas FORMAL (art. 51, I e 86 - juízo de 
admissibilidade da Câmara dos Deputados, art. 86 §3º - não prisão antes da sentença condenatória 
e art. 86, §4º não responsabilização por atos estranhos a função)
6
Art. 86, 4º - espécie de imunidade especial e temporária porque irá durar apenas pelo período do 
mandato
Se o crime praticado não estiver relacionado com as suas funções de Presidente ou tiver sido 
praticado antes do início do mandato, ocorre a sustação do processo e da prescrição, devendo após 
o final do mandato ser remetido a primeira instância.
SE LIGA NA JURISPRUDÊNCIA:
Não é possível aplicar o art. 86, § 4º, da CF/88 para o Presidente da Câmara dos Deputados, 
considerando que a garantia prevista neste dispositivo é destinada expressamente ao chefe do 
Poder Executivo da União (Presidente da República). Desse modo, por se tratar de um dispositivo 
de natureza restritiva, não é possível qualquer interpretação que amplie a sua incidência a outras 
autoridades, notadamente do Poder Legislativo. STF. Plenário. Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, 
julgado em 02 e 03/03/2016 (Info 816).

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