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DIREITO PENAL - Das Medidas de Segurança

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DIREITO PENAL
VIDEOAULA
PROF. FELIPE FAORO BERTONI
Das Medidas de Segurança
www.acasadoconcurseiro.com.br
http://www.acasadoconcurseiro.com.br
DIREITO PENAL
3
Das Medidas de Segurança
Medida de segurança: é uma espécie de sanção penal (medida de prevenção especial), a qual 
possui função preventiva e terapêutica.
 • A medida de segurança se aplica aos sujeitos inimputáveis ou semi–imputáveis.
PENA  FATO TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL
Fundamento: culpabilidade.
MEDIDA DE SEGURANÇA  FATO TÍPICO + ILÍCITO + SUJEITO NÃO CULPÁVEL
Fundamento: periculosidade.
Periculosidade
Periculosidade Ficta  a legislação presume que o sujeito é considerado perigoso (inimputáveis, 
artigo 26, CP).
Periculosidade Real  há a necessidade de se averiguar se a periculosidade é real (semi–
imputáveis, art. 26, parágrafo único, CP).
Inimputáveis
Art. 26 – É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar–se de acordo com esse entendimento. 
Redução de pena
Parágrafo único – A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de 
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não 
era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar–se de acordo com 
esse entendimento. 
Espécies de medidas de segurança:
1) Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro 
estabelecimento adequado (medida detentiva)
2) Sujeição a tratamento ambulatorial (medida restritiva)
Espécies de medidas de segurança:
Internação: em regra, quando o agente é inimputável e o fato é punido com reclusão.
Tratamento ambulatorial: em regra, quando o agente é inimputável e o fato é punido com 
detenção.
4
ATENÇÃO! Há posicionamento dos Tribunais Superiores no sentido de que é possível a aplicação 
da medida de tratamento ambulatorial mesmo nos casos puníveis com reclusão se manifesta a 
desnecessidade do agente.
Internação provisória:
CUIDADO! Não confunda a aplicação da medida de segurança de internação com a medida 
cautelar de internação provisória. 
Medida de segurança de internação  É uma espécie de sanção penal prevista no art. 96, I, CP.
Internação provisória: é uma medida com característica cautelar prevista no artigo 319, inciso 
VII, CPP.
Art. 96, CP. As medidas de segurança são:
I – Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro 
estabelecimento adequado; 
 Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
VII – internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave 
ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi–imputável (art. 26 do Código Penal) 
e houver risco de reiteração.
Aplicação da medida de segurança:
Inimputáveis (art. 26, CP): é isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz 
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar–se de acordo com esse entendimento
Se o magistrado identificar que o delito foi praticado por autor inteiramente incapaz de entender 
o caráter ilícito do fato ou de determinar–se de acordo com esse entendimento, irá prolatar a 
chamada sentença absolutória imprópria. Ou seja, absolverá o agente, não irá lhe aplicar uma 
pena, e sim uma medida de segurança.
Semi–imputáveis (art. 26, parágrafo único, CP): A pena pode ser reduzida de um a dois terços, 
se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar–se de acordo com esse entendimento.
O semi–imputável, ao contrário do inimputável, possui uma capacidade ao menos parcial 
de entender o caráter ilícito de seus atos. Desse modo, não ficará isento de pena nem será 
absolvido. Ele será condenado, mas terá sua pena diminuída de 1/3 a 2/3.
ATENÇÃO! Adotou–se, no Brasil, o sistema vicariante ou unitário, segundo o qual aplica–se OU 
medida de segurança OU pena privativa de liberdade. 
Assim, no caso do semi–imputável, o Magistrado condena o indivíduo, aplica a minorante da 
semi–imputabilidade reduzindo a pena de 1/3 a 2/3 e se entender que o condenado necessita 
de tratamento, pode substituir a pena aplicada pelo tratamento ambulatorial ou pela internação 
(medidas de segurança).
DIREITO PENAL| FELIPE FAORO BERTONI
5
Substituição da pena por medida de segurança para o semi–imputável
Art. 98 – Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de 
especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou 
tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior 
e respectivos §§ 1º a 4º
CUIDADO! E se o condenado adquirir uma doença mental DEPOIS de já ter sido condenado e a 
pena aplicada? Nessa hipótese, o sujeito imputável e que está cumprindo pena pode ter a pena 
substituída por medida de segurança pelo juízo da execução penal.
ATENÇÃO! Se o sujeito recobrar sua saúde mental, deve prosseguir no cumprimento de sua 
pena.
Prazos: a internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando 
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação da periculosidade. O prazo 
mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. 
Prazo
Art. 97, § 1º, CP – A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, 
perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. 
O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos.
Assim, de acordo com o Código Penal, o Juiz deverá fixar um prazo mínimo de 1 a 3 anos, findo 
o qual se deverá realizar perícia médica no sujeito para avaliar a permanência ou cessação da 
sua periculosidade. Se a periculosidade persistir, deverá ser mantida a medida de segurança, 
devendo ser repetira perícia médica anualmente ou a qualquer tempo, a depender do juízo da 
execução.
CUIDADO! Apesar de o legislador ter mencionado prazo indeterminado, nossa Constituição 
Federal veda a aplicação de penas perpétuas. Assim, se o máximo de cumprimento de pena é 40 
anos, como pode a medida de segurança ser maior?
 O Supremo Tribunal Federal (STF) apresentou dois entendimentos distintos:
1) A medida de segurança não pode ultrapassar o prazo máximo definido na legislação para 
pena privativa de liberdade (40 anos, art. 75, CP).
2) A medida de segurança não pode ultrapassar a pena máxima abstratamente cominada ao 
tipo penal infringido. 
Exemplo: se um sujeito se encontra internado pela prática de um fato típico de homicídio 
qualificado, não pode a sua internação ser superior a 30 anos, tendo em vista que a pena do 
homicídio qualificado é de 12 (mínima) a 30 (máxima) anos.
 O Superior Tribunal de Justiça (STJ) se filia ao entendimento de que o tempo de duração da 
medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada 
ao fato típico imputado.
Desinternação:
Caso a perícia constate que o sujeito não apresente mais sinais de periculosidade, o Magistrado 
irá conceder a desinternação ou liberação do indivíduo, em caráter condicional, de modo que 
6
o agente seja novamente submetido à medida se praticar fato indicativo de sua periculosidade 
antes de decorrer um ano de sua liberação.
Extinção da punibilidade:
Caso ocorra a extinção da punibilidade por qualquer motivo, não se imporá medida de segurança 
e nem subsistirá medida de segurança que já tenha sido imposta.
LEGISLAÇÃO!
TÍTULO VI
 VIDAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
ESPÉCIES DE MEDIDAS DE SEGURANÇA
Art. 96. As medidas de segurança são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I – Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro 
estabelecimento adequado; (Redaçãodada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único – Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que 
tenha sido imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Imposição da medida de segurança para inimputável
Art. 97 – Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato 
previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê–lo a tratamento ambulatorial. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Prazo
§ 1º – A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando 
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo 
mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Perícia médica
§ 2º – A perícia médica realizar–se–á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de 
ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984)
Desinternação ou liberação condicional
§ 3º – A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida 
a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de 
persistência de sua periculosidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º – Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do 
agente, se essa providência for necessária para fins curativos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
DIREITO PENAL| FELIPE FAORO BERTONI
7
Substituição da pena por medida de segurança para o semi–imputável
Art. 98 – Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de 
especial tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou 
tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior 
e respectivos §§ 1º a 4º. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Direitos do internado
Art. 99 – O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será 
submetido a tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96

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