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Prof. Fidel Ribeiro OFICIAL DE JUSTIÇA TJ-RS DIREITO PROCESSUAL CIVIL EDITAL 2019 (PJ-H) www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Civil Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Civil 5 TÍTULO I Das Partes E Dos Procuradores CAPÍTULO I DA CAPACIDADE PROCESSUAL Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercí- cio de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Art. 71. O incapaz será representado ou assisti- do por seus pais, por tutor ou por curador, na forma da lei. Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I – incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II – réu preso revel, bem como ao réu re- vel citado por edital ou com hora certa, en- quanto não for constituído advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos ter- mos da lei. Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimen- to do outro para propor ação que verse sobre di- reito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. § 1º Ambos os cônjuges serão necessaria- mente citados para a ação: I – que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de sepa- ração absoluta de bens; II – resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; III – fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV – que tenha por objeto o reconhecimen- to, a constituição ou a extinção de ônus so- bre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. § 2º Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. § 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for ne- gado por um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo. Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: I – a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II – o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III – o Município, por seu prefeito ou procu- rador; IV – a autarquia e a fundação de direito pú- blico, por quem a lei do ente federado de- signar; V – a massa falida, pelo administrador judi- cial; VI – a herança jacente ou vacante, por seu curador; VII – o espólio, pelo inventariante; www.acasadoconcurseiro.com.br6 VIII – a pessoa jurídica, por quem os respec- tivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa designação, por seus direto- res; IX – a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personali- dade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; X – a pessoa jurídica estrangeira, pelo ge- rente, representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou ins- talada no Brasil; XI – o condomínio, pelo administrador ou síndico. § 1º Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no qual o espólio seja parte. § 2º A sociedade ou associação sem per- sonalidade jurídica não poderá opor a irre- gularidade de sua constituição quando de- mandada. § 3º O gerente de filial ou agência presume- -se autorizado pela pessoa jurídica estran- geira a receber citação para qualquer pro- cesso. § 4º Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para práti- ca de ato processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado pelas respectivas procu- radorias. Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: I – o processo será extinto, se a providência couber ao autor; II – o réu será considerado revel, se a provi- dência lhe couber; III – o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre. § 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o rela- tor: I – não conhecerá do recurso, se a providên- cia couber ao recorrente; II – determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. www.acasadoconcurseiro.com.br 7 Questões 1. (2019 – FGV – TJ-CE – Técnico Judiciário – Área Judiciária) Tendo ajuizado uma ação que versa sobre direito real imobiliário, o seu autor deixou de apresentar o consentimento do cônjuge, que estava hospitalizado e inconsciente. Sendo ambos casados pelo regime da co- munhão universal de bens, deve o juiz: a) proceder ao juízo positivo de admissibi- lidade da ação, não sendo exigível a vê- nia conjugal para a propositura da ação; b) suprir o consentimento faltante, dada a impossibilidade física do cônjuge de concedê-lo; c) determinar a suspensão do processo até que o cônjuge possa oferecer o con- sentimento; d) extinguir o feito sem análise do mérito, pois a ausência da vênia conjugal invia- biliza o regular exercício do direito de ação; e) determinar o encaminhamento do fei- to ao Ministério Público para exercer a curatela especial. 2. (2019 – FGV – DPE-RJ – Técnico Médio de Defensoria Pública) Ana, pessoa civilmente capaz, procurou a Defensoria Pública para que esta lhe patro- cinasse a causa, voltada para a obtenção de decisão judicial de reconhecimento de seu direito à percepção de pensão previdenciá- ria em razão da morte de seu companhei- ro, já que, por ora, apenas Fernando, filho de ambos, com doze anos de idade, seria o único beneficiário. Na sequência, Ana, por meio da Defensoria Pública, propôs a medi- da judicial cabível em face da autarquia pre- videnciária e do herdeiro Fernando. Nesse cenário, deverá o julgador: a) nomear curador especial ao segundo réu, tocando à Defensoria Pública tal munus; b) nomear curador especial ao segundo réu, tocando ao Ministério Público tal munus; c) nomear Ana como representante legal do segundo réu, pois ela já figura no processo; d) determinar o prosseguimento do pro- cesso, sem nomeação de curador espe- cial ao segundo réu; e) extinguir o processo em razão da au- sência de capacidade processual do se- gundo réu. 3. (2018 – FGV – TJ-AL – Técnico Judiciário – Área Judiciária) Maria teve o pedido de pensão previdenci- ária negado ao argumento de que Fernan- do, seu convivente falecido, não a registrou em vida como companheira ou dependente em seu órgão pagador. Nesse sentido, a in- tegralidade da pensão foi destinada ao filho único Antônio, menor impúbere, que é fru- to de seu relacionamento com Maria. Nesse cenário, para que Maria obtenha o reconhecimento judicial de união estável e sua dissolução post mortem, deverá propor ação em face de: a) Fernando, postulando que seja nomea- do um curador especial para defender os interesses do réu; b) Antônio, devendo ser informado de que Maria será a representante legal do réu; c) Antônio, devendo o juiz nomear um curador especial ao incapaz; d) Antônio, requerendo a intervenção do Ministério Público para representar o incapaz; e) espólio de Fernando, devendo o juiz nomear um defensor público para defe- sa do réu. www.acasadoconcurseiro.com.br8 4. (2016 – CONSULPLAN – TJ-MG – Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remo- ção) No que tange ao consentimento entre côn- juges para efeito de se tratar sobre direito real imobiliário, julgue as afirmações se- guintes: I. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. II. Ambos os cônjugesserão necessariamen- te citados para a ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens; que seja resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; que seja fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; e que tenha por objeto o reconhecimento, a consti- tuição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. III. Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. IV. É dispensável o consentimento quando se tratar de relacionamento identificado e comprovado como união estável. Está correto apenas o que se afirma em: a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I e II. d) III e IV. 5. (2019 – VUNESP – TJ-RS – Titular de Servi- ços de Notas e de Registros – Remoção) Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo, ressalvando-se que: a) o relativamente incapaz será represen- tado por seus pais. b) estando o réu preso, o juiz necessaria- mente nomear-lhe-á curador especial. c) nas ações possessórias, a participação do cônjuge do réu apenas é indispen- sável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. d) o cônjuge precisará do consentimento do outro para propor qualquer ação. e) verificada a incapacidade processual, o juiz, sem suspender o processo, desig- nará prazo razoável para que seja sana- do o vício. 6. (2018 – IDHTEC – CRQ – 19ª Região (PB) – Advogado) Sobre a capacidade processual das partes, assinale a alternativa correta no que tange a atuação do cônjuge da parte processual. a) É sempre indispensável ao cônjuge o consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobi- liário. b) Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é dispensável nas hipóteses de compos- se ou de ato praticado por ambos. c) É dispensável a citação de ambos os cônjuges para a ação resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles. d) Na ação que tenha por objeto o reco- nhecimento, a constituição ou a extin- ção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges, a citação de ambos os cônjuges é necessária. e) É dispensável a citação de ambos os cônjuges para a ação fundada em dívi- da contraída por apenas um dos cônju- ges a bem da família. www.acasadoconcurseiro.com.br 9 TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro 7. (2017 – FMP Concursos – PGE-AC – Procu- rador do Estado) Considere as seguintes afirmativas sobre o tema das partes e dos procuradores no âm- bito do Código de Processo Civil. Assinale a alternativa INCORRETA. a) Ambos os cônjuges serão necessaria- mente citados para a ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de sepa- ração absoluta de bens. b) É vedado às partes, a seus procurado- res, aos juízes, aos membros do Minis- tério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do pro- cesso empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados. c) O gerente de filial ou agência presume- -se autorizado pela pessoa jurídica es- trangeira a receber citação para qual- quer processo. d) Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. e) Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu é sem- pre indispensável. 8. (2016 – IADHED – Prefeitura de Araguari – MG - Procurador Municipal) Considerando as afirmativas abaixo sobre a representação ativa e passiva em juízo, que podem ser verdadeiras ou falsas, assinale a alternativa que corresponde à sequência correta das afirmações. Serão representados em juízo, ativa e pas- sivamente: I – A União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; II – O Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; III – O município, por seu prefeito, procura- dor ou advogados; IV – A autarquia e a fundação de direito pú- blico, por quem a lei federal designar; a) I (verdadeira); II (verdadeira); III (verda- deira); IV (falsa); b) I (verdadeira); II (verdadeira); III (falsa); IV (falsa); c) I (falsa); II (verdadeira); III (falsa); IV (verdadeira); d) I (verdadeira); II (falsa); III (falsa); IV (falsa). 9. (2016 – FCC – Prefeitura de Campinas – SP – Procurador) Em relação à capacidade processual, é cor- reto afirmar: a) Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz extinguirá o processo na primeira hipótese e suspendê-lo-á na hipótese de irregularidade. b) O juiz nomeará curador especial ao réu preso revel, bem como ao réu revel ci- tado por edital ou com hora certa, en- quanto não for constituído advogado. c) Ambos os cônjuges serão necessaria- mente citados para a ação que verse sobre direto real, mobiliário ou imobili- ário. d) A falta de consentimento de um côn- juge a outro, para ajuizamento de de- mandas, quando necessário mas não suprido pelo juiz, caracteriza mera irre- gularidade processual. e) A sociedade ou associação sem perso- nalidade jurídica pode opor a irregula- ridade de sua constituição quando de- mandada, por não possuir capacidade postulatória. www.acasadoconcurseiro.com.br10 10. (2018 – VUNESP – Prefeitura de Bauru – SP- Procurador Jurídico) A relação jurídica processual possui requi- sitos próprios, denominados pressupostos processuais, que devem estar presentes a fim de que esse processo suporte resolução de mérito da relação jurídica material que está por detrás da lide. Sobre a capacidade processual, como pressuposto da relação jurídica processual, é correto afirmar que a) toda pessoa, que se encontre no exercí- cio de seus direitos ou não, tem capaci- dade para estar em juízo. b) o juiz nomeará curador especial ao réu citado pelo correio, enquanto não for constituído advogado. c) o Município será representado em juí- zo, ativa e passivamente, por seu pre- feito ou procurador. d) o cônjuge não necessitará do consenti- mento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário. e) verificada a incapacidade processual, o juiz, de plano, deve extinguir o proces- so, sem resolução de mérito. Gabarito: 1. B 2. A 3. C 4. A 5. C 6. D 7. E 8. B 9. B 10. C www.acasadoconcurseiro.com.br 11 TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro QUESTÕES AUTORAIS DO PROF. FIDEL 1. Dentre as várias capacidades, o direito re- conhece a capacidade de gozo ou de di- reito. Trata-se de uma capacidade mate- rial, atribuída a todas as pessoas, isto é, a quem possui personalidade, seja pessoa física(natural) ou jurídica. Quanto à capaci- dade para estar em juízo, o CPC atribui-a a: a) toda pessoa que se encontre no exercí- cio de seus direitos b) toda pessoa que nasce com vida c) ao assistente ou representante d) exclusivamente aos advogados por se tratar de capacidade postulatória e) aos advogados, membros do Ministério Público e Defensoria Pública 2. O instituto jurídico da curadoria especial encontra-se previsto no CPC 2015, sendo certo afirmar que: a) quando houver parte no processo re- presentada pela Defensoria Pública, de- verá ser exercido pelo Ministério Públi- co para evitar conflito de interesses. b) será dado curador especial ao réu preso c) a revelia sempre será hipótese da no- meação de curador especial pelo Juiz d) havendo conflito de interesses entre in- capaz e seu representante ou assisten- te legal, deverá ser nomeado pelo juiz curador especial e) a curadoria especial será exercida pelos pais ou responsável do incapaz 3. Josefina, casada com José em regime de separação absoluta de bens, deseja propor ação possessória em defesa da posse de bem imóvel do qual é única proprietária e possuidora, onde vem sendo injustamente turbada pormoradores de rua, no centro de Porto Alegre. Neste caso: a) é indispensável a vênia conjugal a ser prestada por José b) caso José recuse-se, sem motivo, a prestar a outorga uxória, Josefina de- verá requerer ao juiz que o suprimento dê-se na via judicial c) a outorga conjugal não é necessária, neste caso. d) a outorga conjugal de José constitui-se pressuposto de validade inarredável e) embora a separação absoluta de bens fosse razão para ser desnecessária a ou- torga conjugal, a existência no presente caso de composse e atos praticados por ambos evidencia a necessidade da con- cordância de José para a propositura da lide 4. João, advogado, interpôs recurso de ape- lação em um processo cível, a mando de Lucas, seu constituído. Todavia, a consti- tuição de João como procurador de Lucas deu-se de modo verbal, através de conver- sa telefônica entre os dois e o instrumen- to de mandato, procuração, não chegou a ser assinado. Foi assinalado prazo razoável pelo relator do processo para que o defeito na representação fosse sanado. Prazo este, que não foi cumprido por Lucas e seu cons- tituído. Neste caso: a) as contrarrazões de recurso deverão ser desentranhadas dos autos. b) o recurso não será provido, caso conhe- cido. c) o processo será extinto. d) será decretada a revelia de Lucas. e) não é hipótese de aplicação da revelia ou de extinção do processo, visto que este encontra-se em fase recursal. www.acasadoconcurseiro.com.br12 5. Genivaldo, terceiro interessado no processo em que figuram como autor e réu Jeremias e Augusto, sofreu acidente de trânsito que culminou em sequelas gravíssimas, que não o permitem mais exprimir sua vontade. a) O juiz nenhuma providência deverá to- mar, visto que Genivaldo não é parte no processo e sim mero terceiro inte- ressado. b) Deverá ser assinalado prazo razoável para que compareça aos autos repre- sentante de Genivaldo, agora absoluta- mente incapaz. c) Deverá ser assinalado prazo razoável para que compareça aos autos assistente de Genivaldo, agora, relativamente incapaz. d) Se Genivaldo estiver litigando ao lado do polo ativo e o processo se encontrar na sua instância originária, deverá ser extinto sem julgamento de mérito. e) A incapacidade civil superveniente de uma das partes ou de terceiro não gera qualquer consequência ao andamento processual. 6. Com relação ao condomínio edilício: a) é uma pessoa jurídica, que de acordo com o CPC deve ser representado em juízo por seu síndico. b) pode estar em juízo apenas no polo ativo, em eventual ação de cobrança de cotas condominiais ou em busca de outros direitos que lhe sejam atribuídos por força de Lei ou contrato. c) não encontra-se na lista das pessoas jurídicas de direito privado do Código Civil, embora tenha capacidade proces- sual reconhecida pelo CPC. d) para que possa constituir procurador, os poderes a este conferidos devem ser outorgados por todos os condôminos. e) o Código de Processo Civil optou por dar ao síndico os poderes de represen- tação do condomínio edilício em juízo, em detrimento do administrador. 7. Acerca da representação em juízo, dispõe o Código de Processo Civil de 2015 que: a) a União, será representada pela Advo- cacia-Geral da União, sempre direta- mente. b) o Município deve necessariamente ser representado em juízo pelo Prefeito; c) é vedado às autarquias disporem em Lei do ente federativo ao qual pertencem sobre sua representação, por tratar-se de matéria de competência exclusiva da União. d) a herança jacente ou vacante serão re- presentadas em juízo por seu inventa- riante, nos termos do CPC. e) a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem perso- nalidade jurídica serão representados pela pessoa a quem couber a adminis- tração de seus bens, vedada a arguição da irregularidade como matéria de de- fesa. Gabarito: 1. A 2. D 3. C 4. E 5. C 6. C 7. E www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Civil 13 CAPÍTULO II DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES Seção I DOS DEVERES Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma partici- pem do processo: I – expor os fatos em juízo conforme a ver- dade; II – não formular pretensão ou de apresen- tar defesa quando cientes de que são desti- tuídas de fundamento; III – não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito; IV – cumprir com exatidão as decisões juris- dicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação; V – declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residen- cial ou profissional onde receberão intima- ções, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporá- ria ou definitiva; VI – não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. § 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas menciona- das no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. § 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabí- veis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acor- do com a gravidade da conduta. • valor da causa irrisório ou inestimável: a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.) • destinatário da multa: Estado • multa não paga no prazo dado pelo juiz → conversão em dívida ativa e compor- ta execução sob o rito de execução fis- cal. § 3 o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será ins- crita como dívida ativa da União ou do Es- tado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o pro- cedimento da execução fiscal, revertendo- -se aos fundos previstos no art. 97 . § 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1º , e 536, § 1º . § 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. § 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual respon- sabilidade disciplinar ser apurada pelo res- pectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. www.acasadoconcurseiro.com.br14 § 7º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI (inovação ilícita), o juiz determi- nará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem pre- juízo da aplicação do § 2º (multa). § 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. Art. 78. É vedado às partes, a seus procura- dores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar ex- pressões ofensivas nos escritos apresentados. § 1º Quando expressões ou condutas ofen- sivas forem manifestadas oral ou presen- cialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. § 2º De ofício ou a requerimento do ofen- dido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. Seção II DA RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou inter- veniente. Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II – alterar a verdade dosfatos; III – usar do processo para conseguir objeti- vo ilegal; IV – opuser resistência injustificada ao an- damento do processo; V – proceder de modo temerário em qual- quer incidente ou ato do processo; VI – provocar incidente manifestamente in- fundado; VII – interpuser recurso com intuito mani- festamente protelatório. Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz con- denará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advoca- tícios e com todas as despesas que efetuou. § 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os liti- gantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária. § 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mí- nimo. (aqui, regra idêntica à do ato atenta- tório à dignidade da justiça) § 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo proce- dimento comum, nos próprios autos. Ato atentatório à dignidade da justiça: Mul- ta – até 20% do valor da causa. Sendo irri- sória, até 10x o valor do salário mínimo. O VALOR É REVERTIDO PARA A JUSTIÇA E NÃO SE APLICA AOS ADVOGADOS, DP E MP Litigância de má-fé: Multa -: >1% e <10% do valor da causa. Sendo irrisória, até 10x o valor do salário mínimo. O VALOR DAS SAN- ÇÕES IMPOSTAS AO LITIGANTE DE MÁ FÉ REVERTERÁ EM BENEFÍCIO DA PARTE CON- TRÁRIA. TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br 15 Seção III DAS DESPESAS, DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E DAS MULTAS Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou reque- rerem no processo, antecipando-lhes o paga- mento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reco- nhecido no título. § 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determi- nar de ofício ou a requerimento do Ministé- rio Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica. § 2º A sentença condenará o vencido a pa- gar ao vencedor as despesas que antecipou. Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que re- sidir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos hono- rários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. § 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput : I – quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; II – na execução fundada em título extraju- dicial e no cumprimento de sentença; III – na reconvenção. § 2º Verificando-se no trâmite do proces- so que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução, jus- tificando seu pedido com a indicação da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter. Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha. Art. 85. A sentença condenará o vencido a pa- gar honorários ao advogado do vencedor. § 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sen- tença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente. § 2º Os honorários serão fixados entre o mí- nimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I – o grau de zelo do profissional; II – o lugar de prestação do serviço; III – a natureza e a importância da causa; IV – o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. § 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observa- rá os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais: I – mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzen- tos) salários-mínimos; II – mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos; III – mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vin- te mil) salários-mínimos; IV – mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários-mínimos; www.acasadoconcurseiro.com.br16 V – mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos. § 4º Em qualquer das hipóteses do § 3º : I – os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida a sentença; II – não sendo líquida a sentença, a defini- ção do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liqui- dado o julgado; III – não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em hono- rários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa; IV – será considerado o salário-mínimo vi- gente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação. § 5º Quando, conforme o caso, a condena- ção contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3º, a fixação do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente. § 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2º e 3º aplicam-se independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito. § 7º Não serão devidos honorários no cum- primento de sentença contra a Fazenda Pú- blica que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada. § 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apre- ciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º. § 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários in- cidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas. § 10. Nos casos de perda do objeto, os ho- norários serão devidos por quem deu causa ao processo. § 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levan- do em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo ve- dado ao tribunal, no cômputo geral da fixa- ção de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento. § 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77 . § 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou jul- gados improcedentes e em fase de cumpri- mento de sentença serão acrescidas no va- lor do débito principal, para todos os efeitos legais. § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedadaa compensação em caso de sucumbência parcial. § 15. O advogado pode requerer que o pa- gamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de ad- vogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14. § 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios inci- dirão a partir da data do trânsito em julgado da decisão. § 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria. TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br 17 § 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorá- rios ou ao seu valor, é cabível ação autôno- ma para sua definição e cobrança. § 19. Os advogados públicos perceberão ho- norários de sucumbência, nos termos da lei. Art. 86. Se cada litigante for, em parte, vence- dor e vencido, serão proporcionalmente distri- buídas entre eles as despesas. Parágrafo único. Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro res- ponderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários. Art. 87. Concorrendo diversos autores ou diver- sos réus, os vencidos respondem proporcional- mente pelas despesas e pelos honorários. § 1º A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a respon- sabilidade proporcional pelo pagamento das verbas previstas no caput . § 2º Se a distribuição de que trata o § 1º não for feita, os vencidos responderão solidaria- mente pelas despesas e pelos honorários. Art. 88. Nos procedimentos de jurisdição volun- tária, as despesas serão adiantadas pelo reque- rente e rateadas entre os interessados. Art. 89. Nos juízos divisórios, não havendo li- tígio, os interessados pagarão as despesas pro- porcionalmente a seus quinhões. Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconheci- mento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu. § 1º Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será pro- porcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu. § 2º Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente. § 3º Se a transação ocorrer antes da sen- tença, as partes ficam dispensadas do paga- mento das custas processuais remanescen- tes, se houver. § 4º Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir inte- gralmente a prestação reconhecida, os ho- norários serão reduzidos pela metade. Art. 91. As despesas dos atos processuais pra- ticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública se- rão pagas ao final pelo vencido. § 1º As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público ou pela De- fensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública ou, havendo previsão or- çamentária, ter os valores adiantados por aquele que requerer a prova. § 2º Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adian- tamento a ser feito pelo ente público. Art. 92. Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o au- tor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado. Art. 93. As despesas de atos adiados ou cuja re- petição for necessária ficarão a cargo da parte, do auxiliar da justiça, do órgão do Ministério Pú- blico ou da Defensoria Pública ou do juiz que, sem justo motivo, houver dado causa ao adia- mento ou à repetição. Art. 94. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido no processo. Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver re- querido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por am- bas as partes. www.acasadoconcurseiro.com.br18 § 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorá- rios do perito deposite em juízo o valor cor- respondente. § 2º A quantia recolhida em depósito ban- cário à ordem do juízo será corrigida mo- netariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º . § 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratui- dade da justiça, ela poderá ser: I – custeada com recursos alocados no orça- mento do ente público e realizada por servi- dor do Poder Judiciário ou por órgão públi- co conveniado; II – paga com recursos alocados no orça- mento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por parti- cular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Na- cional de Justiça. § 4º Na hipótese do § 3º, o juiz, após o trân- sito em julgado da decisão final, oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da estrutura de órgão público, observando- -se, caso o responsável pelo pagamento das despesas seja beneficiário de gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2º . § 5º Para fins de aplicação do § 3º, é vedada a utilização de recursos do fundo de custeio da Defensoria Pública. Art. 96. O valor das sanções impostas ao liti- gante de má-fé reverterá em benefício da par- te contrária, e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União. Art. 97. A União e os Estados podem criar fun- dos de modernização do Poder Judiciário, aos quais serão revertidos os valores das sanções pecuniárias processuais destinadas à União e aos Estados, e outras verbas previstas em lei. Seção IV DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratui- dade da justiça, na forma da lei. § 1º A gratuidade da justiça compreende: I – as taxas ou as custas judiciais; II – os selos postais; III – as despesas com publicação na impren- sa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; IV – a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; V – as despesas com a realização de exame de código genético – DNA e de outros exa- mes considerados essenciais; VI – os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradu- tor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; VII – o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução; VIII – os depósitos previstos em lei para in- terposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos proces- suais inerentes ao exercício da ampla defe- sa e do contraditório; IX – os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judi- cial no qual o benefício tenha sido concedi- do. § 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas des- pesas processuais e pelos honorários advo- catícios decorrentes de sua sucumbência. TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br 19 § 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes aotrânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extin- guindo-se, passado esse prazo, tais obriga- ções do beneficiário. § 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. GRATUIDADE PARCIAL x TOTAL § 5º A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos proces- suais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário ti- ver de adiantar no curso do procedimento. PARCELAMENTO DAS DESPESAS § 6º Conforme o caso, o juiz poderá con- ceder direito ao parcelamento de despe- sas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. § 7º Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3º a 5º , ao custeio dos emolumentos previstos no § 1º, inciso IX, do presente artigo, obser- vada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva. § 8º Na hipótese do § 1º, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo com- petente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parce- lamento de que trata o § 6º deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento. Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contesta- ção, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 1º Se superveniente à primeira manifes- tação da parte na instância, o pedido pode- rá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspende- rá seu curso. § 2º O juiz somente poderá indeferir o pe- dido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. § 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. § 4º A assistência do requerente por advo- gado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça. § 5º Na hipótese do § 4º, o recurso que verse exclusivamente sobre valor de ho- norários de sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o próprio advogado de- monstrar que tem direito à gratuidade. § 6º O direito à gratuidade da justiça é pes- soal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimen- to e deferimento expressos. § 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indefe- ri-lo, fixar prazo para realização do recolhi- mento. www.acasadoconcurseiro.com.br20 IMPUGNAÇÃO AO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formu- lado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso. Parágrafo único. Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será revertida em be- nefício da Fazenda Pública estadual ou fede- ral e poderá ser inscrita em dívida ativa. Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratui- dade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação. § 1º O recorrente estará dispensado do recolhimento de custas até decisão do re- lator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso. § 2º Confirmada a denegação ou a revoga- ção da gratuidade, o relator ou o órgão co- legiado determinará ao recorrente o reco- lhimento das custas processuais, no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de não conheci- mento do recurso. Art. 102. Sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deve- rá efetuar o recolhimento de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das sanções previstas em lei. Parágrafo único. Não efetuado o recolhi- mento, o processo será extinto sem reso- lução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência re- querida pela parte enquanto não efetuado o depósito. CAPÍTULO III DOS PROCURADORES Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal. Art. 104. O advogado não será admitido a pos- tular em juízo sem procuração, salvo para evi- tar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. § 1º Nas hipóteses previstas no caput , o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. § 2º O ato não ratificado será considera- do ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advoga- do pelas despesas e por perdas e danos. Art. 105. A procuração geral para o foro, ou- torgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a pra- ticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar qui- tação, firmar compromisso e assinar declara- ção de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br 21 § 1º A procuração pode ser assinada digi- talmente, na forma da lei. § 2º A procuração deverá conter o nome do advogado, seu número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo. § 3º Se o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de regis- tro na Ordem dos Advogados do Brasil e en- dereço completo. § 4º Salvo disposição expressa em sentido contrário constante do próprio instrumen- to, a procuração outorgada na fase de co- nhecimento é eficaz para todas as fases do processo, inclusive para o cumprimento de sentença. Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado: I – declarar, na petição inicial ou na contes- tação, o endereço, seu número de inscri- ção na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o recebimento de intima- ções; II – comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço. § 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I (ENDEREÇO E NÚMERO DA OAB), o juiz ordenará que se supra a omissão, no prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição. § 2º Se o advogado infringir o previsto no inciso II (mudança de endereço), serão con- sideradas válidas as intimações enviadas por carta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos. Art. 107. O advogado tem direito a: I – examinar, em cartório de fórum e secre- taria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independente- mente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anota- ções, salvo na hipótese de segredo de justi- ça, nas quais apenas o advogado constituí- doterá acesso aos autos; II – requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias; III – retirar os autos do cartório ou da se- cretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. (cuidado, PRAZO COMUM não retira) § 1º Ao receber os autos, o advogado assi- nará carga em livro ou documento próprio. § 2º Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos so- mente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos. § 3º Na hipótese do § 2º, é lícito ao procu- rador retirar os autos para obtenção de có- pias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem preju- ízo da continuidade do prazo. § 4º O procurador perderá no mesmo pro- cesso o direito a que se refere o § 3º (“Carga Xerox”) se não devolver os autos tempes- tivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz. § 5º O disposto no inciso I (examinar pro- cessos e vista como procurador por 5 dias) do caput deste artigo aplica-se integralmen- te a processos eletrônicos. (Incluído pela Lei nº 13.793, de 2019) www.acasadoconcurseiro.com.br22 CAPÍTULO IV DA SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos ex- pressos em lei. Art. 109. A alienação da coisa ou do direito li- tigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes. § 1º O adquirente ou cessionário não pode- rá ingressar em juízo, sucedendo o alienan- te ou cedente, sem que o consinta a parte contrária. (suceder, só com consentimento. Intervir como assistente litisconsorcial, não necessita consentimento) § 2º O adquirente ou cessionário poderá in- tervir no processo como assistente litiscon- sorcial do alienante ou cedente. § 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao ad- quirente ou cessionário. Art. 110. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 2º (Suspensão do processo). Art. 111. A parte que revogar o mandato ou- torgado a seu advogado constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) dias, observar-se-á o disposto no art. 76 . (extinção se autor, revelia se réu, exclusão ou revelia se terceiro, a depender do lado que estiver) Art. 112. O advogado poderá renunciar ao man- dato a qualquer tempo, provando, na forma pre- vista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. § 1º Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o man- dante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo § 2º Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido ou- torgada a vários advogados e a parte con- tinuar representada por outro, apesar da renúncia. CAPÍTULO III DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de ou- tros cujas atribuições sejam determinadas pe- las normas de organização judiciária, o escri- vão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intér- prete, o tradutor, o mediador, o conciliador ju- dicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. Seção I DO ESCRIVÃO, DO CHEFE DE SECRETARIA E DO OFICIAL DE JUSTIÇA Art. 150. Em cada juízo haverá um ou mais ofí- cios de justiça, cujas atribuições serão determi- nadas pelas normas de organização judiciária. Art. 151. Em cada comarca, seção ou subseção judiciária haverá, no mínimo, tantos oficiais de justiça quantos sejam os juízos. Art. 152. Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: I – redigir, na forma legal, os ofícios, os man- dados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício; II – efetivar as ordens judiciais, realizar cita- ções e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pe- las normas de organização judiciária; III – comparecer às audiências ou, não po- dendo fazê-lo, designar servidor para subs- tituí-lo; IV – manter sob sua guarda e responsabili- dade os autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto: TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br 23 a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz; b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; c) quando devam ser remetidos ao conta- bilista ou ao partidor; d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência; V – fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições refe- rentes ao segredo de justiça; VI – praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios. § 1º O juiz titular editará ato a fim de regu- lamentar a atribuição prevista no inciso VI. § 2º No impedimento do escrivão ou che- fe de secretaria, o juiz convocará substituto e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato. Art. 153. O escrivão ou chefe de secretaria de- verá obedecer à ordem cronológica de recebi- mento para publicação e efetivação dos pronun- ciamentos judiciais. Art. 153. O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem crono- lógica de recebimento para publicação e efeti- vação dos pronunciamentos judiciais. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) § 1º A lista de processos recebidos deverá ser disponibilizada, de forma permanente, para consulta pública. § 2º Estão excluídos da regra do caput : I – os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz no pronunciamento judicial a ser efetivado; II – as preferências legais. § 3º Após elaboração de lista própria, res- peitar-se-ão a ordem cronológica de rece- bimento entre os atos urgentes e as prefe- rências legais. § 4º A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá reclamar, nos próprios autos, ao juiz do processo, que re- quisitará informações ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2 (dois) dias. § 5º Constatada a preterição, o juiz deter- minará o imediato cumprimento do ato e a instauração de processo administrativo dis- ciplinar contra o servidor. Art. 154. Incumbe ao oficial de justiça: I – fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências pró- prias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas, certifi- cando no mandado o ocorrido, com men- ção ao lugar, ao dia e à hora; II – executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; III – entregar o mandado em cartório após seu cumprimento; IV – auxiliar o juiz na manutenção da or- dem; V – efetuar avaliações, quando for o caso; VI – certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber. Parágrafo único. Certificada a proposta de autocomposição prevista no inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa. Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e re- gressivamente, quando: I – sem justo motivo, se recusarem a cum- prir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que estão subordinados; II – praticarem ato nulo com dolo ou culpa. www.acasadoconcurseiro.com.br 25 Questões QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 1. (FGV – 2019 – TJ-CE – Técnico Judiciário – Área Judiciária) No curso de determinado processo, a parte autora veio a falecer. Cumpridos os requisi- tos legais, o juiz deferiu a habilitação reque- rida pelo único herdeiro do autor primitivo, ordenando a efetivação das anotações cabí- veis. O fenômeno processual delineado na espé-cie é: a) substituição processual; b) sucessão processual; c) nomeação à autoria; d) assistência litisconsorcial; e) litisconsórcio passivo superveniente 2. (FGV – 2019 – DPE-RJ – Técnico Médio de Defensoria Pública) Quanto ao benefício da gratuidade de justi- ça, é correto afirmar que: a) só pode ser requerido na petição inicial ou na contestação, sob pena de preclu- são; b) a alegação de hipossuficiência econô- mica, formulada por pessoa física, é do- tada de presunção absoluta de veraci- dade; c) a decisão que o indeferir é irrecorrí- vel, podendo ensejar o ajuizamento de mandado de segurança; d) a circunstância de a parte requerente ser patrocinada por advogado particu- lar configura óbice à sua concessão; e) pode consistir na redução percentual das despesas que ao beneficiário caiba adiantar no curso do feito. 3. (FGV – 2019 – DPE-RJ – Técnico Médio de Defensoria Pública) João foi assistido pela Defensoria Pública em ação indenizatória, na qual obteve gra- tuidade de justiça. Ocorre que João restou vencido na deman- da e, de acordo com o Novo Código de Pro- cesso Civil de 2015, as obrigações decorren- tes de sua sucumbência: a) serão automaticamente extintas em ra- zão da inexigibilidade de adimplemento da obrigação pelo princípio do acesso à justiça, desde que a gratuidade de jus- tiça tenha sido deferida e mantida du- rante todo o curso do processo, até o seu trânsito em julgado; b) serão automaticamente extintas em razão da invalidade da obrigação de pagar quantia certa pela sucumbência, sob pena de violação ao princípio da isonomia, desde que a gratuidade de justiça tenha estado em vigor na data em que ocorreu o trânsito em julgado do processo; c) ficarão sob condição suspensiva de va- lidade e somente poderão ser executa- das se, nos 3 (três) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insufici- ência de recursos que justificou a con- cessão de gratuidade; d) ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos sub- sequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor de- monstrar que deixou de existir a situ- ação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade; www.acasadoconcurseiro.com.br26 e) poderão ser imediatamente executa- das pelo credor, independentemente da demonstração de que a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade deixou de existir, eis que a gratuidade de justiça consiste em benefício concedido pelo poder público a seus próprios atos, não alcançando direitos de particulares. 4. (FGV – 2019 – DPE-RJ – Técnico Médio de Defensoria Pública) O Novo Código de Processo Civil de 2015 estabelece que a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despe- sas processuais e os honorários advocatí- cios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. Nesse contexto, de acordo com o citado di- ploma legal: a) a gratuidade da justiça compreende, dentre outras, as despesas com a rea- lização de exame de código genético – DNA e de outros exames considerados essenciais; b) a insuficiência financeira deve ser pro- vada pela parte que requerer a gratui- dade de justiça, não cabendo a pre- sunção de veracidade da alegação de insuficiência deduzida por pessoa natu- ral; c) o direito à gratuidade da justiça é ine- rente ao polo ocupado pela parte (autor ou réu), se estendendo ao litisconsorte e ao sucessor do beneficiário, indepen- dentemente de novo requerimento e deferimento expressos; d) a concessão de gratuidade afasta au- tomaticamente a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decor- rentes de sua sucumbência; e) a gratuidade, quando deferida, o será integralmente, sendo vedada a con- cessão parcial em relação a algum ato processual ou a redução percentual de despesas processuais que o beneficiá- rio tiver de adiantar no curso do proce- dimento. 5. (FGV – 2018 – TJ-SC – Oficial da Infância e Juventude) No que concerne à gratuidade de justiça, é correto afirmar que: a) só pode ser deferida ao litigante cuja causa seja patrocinada pela Defensoria Pública; b) a decisão que a indeferir é passível de impugnação por via recursal; c) compreende as multas impostas ao be- neficiário em razão do cometimento de atos caracterizadores de litigância de má-fé; d) isenta o beneficiário da obrigação de pagar os honorários advocatícios de- correntes de sua sucumbência; e) deve ser requerida em petição autôno- ma, instruída com os documentos que comprovem a insuficiência de recursos. 6. (FGV – 2018 – TJ-AL – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador) A gratuidade de justiça: a) não pode ser deferida em favor de pes- soa jurídica; b) afasta o dever de o beneficiário pagar as multas processuais que lhe sejam im- postas; c) não pode ser requerida em petição de recurso; d) não consta no edital; e) pode abarcar um, alguns ou todos os atos, ou consistir na redução percentu- al das despesas a cargo do beneficiário. www.acasadoconcurseiro.com.br 27 TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro 7. (FGV – 2018 – TJ-AL – Analista Judiciário – Área Judiciária) No tocante à alienação de coisa litigiosa, por ato entre vivos e a título particular, é corre- to afirmar que: a) pode dar azo à substituição processual, do alienante pelo adquirente, caso as- sim consinta a parte contrária; b) o adquirente poderá intervir no proces- so como assistente simples; c) não altera a legitimidade dos litigantes, ressalvada a hipótese de consentimen- to da parte contrária; d) os limites subjetivos da coisa julgada material não alcançam o adquirente, se este não tiver participado do processo; e) o alienante deverá promover a denun- ciação da lide em relação ao adquiren- te. 8. (CESPE – 2019 – TJ-AM – Assistente Judiciá- rio) Acerca dos sujeitos do processo, julgue o item seguinte. O advogado não poderá renunciar ao man- dato, uma vez que a sua revogação pode ocorrer somente por vontade da parte. ( ) Certo ( ) Errado 9. (CESPE – 2019 – TJ-AM – Assistente Judiciá- rio) Acerca dos sujeitos do processo, julgue o item seguinte. O autor, o réu ou o interveniente que litiga- rem de má-fé responderão por perdas e da- nos causados à parte prejudicada. ( ) Certo ( ) Errado 10. (CESPE – 2019 – TJ-AM – Assistente Judiciá- rio) Rodrigo deixou de cumprir sua parte em obrigação de fazer firmada com Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação em desfavor de Rodrigo. Considerando essa situação hipotética, jul- gue o item subsequente. Ainda que beneficiário da gratuidade de jus- tiça, Rodrigo não se exime da responsabili- dade referente às despesas processuais e aos honorários advocatícios decorrentes da sucumbência. ( ) Certo ( ) Errado 11. (FCC – 2019 – TRF – 4ª REGIÃO – Analista Judiciário – Área Judiciária) Em regra, o autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de resi- dir no país ao longo da tramitação de pro- cesso deverá prestar caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento. Porém, de acordo com o Código de Processo Civil, não se exigirá essa caução quando houver dis- pensa prevista em acordo ou tratado inter- nacional de que o Brasil faz parte, bem como a) na ação cautelar, nas ações fundadas em direito indisponível e no cumpri- mento de sentença. b) na reconvenção, na ação cautelar e nas ações que versarem sobre direito real. c) no cumprimento de sentença, na exe- cução fundada em título extrajudicial e nas ações que versarem sobre direito real. d) na reconvenção, no cumprimento de sentença e nas ações fundadas em di- reito indisponível. e) na reconvenção,no cumprimento de sentença e na execução fundada em tí- tulo extrajudicial. www.acasadoconcurseiro.com.br28 12. (FCC – 2019 – TRF – 4ª REGIÃO – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Fe- deral) De acordo com o Código de Processo Civil, a gratuidade da justiça a) não pode ser deferida a empresas, em nenhuma hipótese. b) não compreende o custo com a elabo- ração de memória de cálculo, mesmo quando exigida para instauração da execução, por tratar-se de incumbência dos advogados das partes. c) isenta seu beneficiário de pagar quais- quer multas processuais que lhe sejam impostas. d) poderá ser concedida em relação a ape- nas algum ou a todos os atos processu- ais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais. e) não é cabível em mandado de seguran- ça. 13. (CEV-URCA – 2019 – Prefeitura de Mauriti – CE – Advogado) Considera-se litigância de má fé, EXCETO: a) Interposição de recurso com intuito manifestamente protelatório. b) Uso do processo para conseguir objeti- vo ilegal. c) Alterar a verdade dos fatos. d) Opuser resistência fundada ao anda- mento processual. e) Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontro- verso. 14. (FCC – 2018 – MPE-PE – Técnico Ministerial – Administrativa) A parte que incorrer em litigância de má-fé será condenada pelo juiz ao pagamento de multa a) correspondente a 1% do valor corrigido da causa, podendo ser fixada em até 100 vezes o valor do salário-mínimo quando o valor da causa for irrisório ou inestimável. b) que não poderá ser superior a 1% do valor corrigido da causa, podendo ser fixada em até 10 vezes o valor do salá- rio-mínimo quando o valor da causa for irrisório ou inestimável. c) que não poderá ser superior a 1% do valor corrigido da causa, podendo ser fixada em até 100 vezes o valor do salá- rio-mínimo quando o valor da causa for irrisório ou inestimável. d) que deverá ser superior a 1% e infe- rior a 10% do valor corrigido da causa, podendo ser fixada em até 10 vezes o valor do salário-mínimo quando o valor da causa for irrisório ou inestimável. e) que deverá ser superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa, po- dendo ser fixada em até 100 vezes o valor do salário-mínimo quando o valor da causa for irrisório ou inestimável. 15. (FUNDATEC – 2018 – DPE-SC – Técnico Ad- ministrativo) Sobre a gratuidade de justiça, assinale a al- ternativa correta. a) A pessoa beneficiária de gratuidade de justiça fica dispensada de efetuar depó- sito previsto em lei para interposição de recurso e para propositura de ação. b) A pessoa beneficiária de gratuidade de justiça fica isenta da responsabilidade de pagamento das despesas processu- ais em caso de sucumbência. c) A gratuidade de justiça se estende aos honorários contratuais devidos ao ad- vogado particular contratado. d) Os atos extrajudiciais de acesso à justi- ça não estão abarcados pela gratuidade de justiça. e) A gratuidade de justiça em processos judiciais restringe-se a taxas, custas e emolumentos. www.acasadoconcurseiro.com.br 29 TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro 16. (VUNESP – 2017 – TJM-SP – Escrevente Téc- nico Judiciário) Sobre a gratuidade dos atos processuais, assinale a alternativa correta. a) As multas processuais impostas ao be- neficiário estão afastadas pela gratui- dade concedida. b) Vencido o beneficiário na ação, este não será condenado nas obrigações de- correntes da sucumbência. c) A assistência de advogado particular impede a concessão do benefício da gratuidade. d) O direito à gratuidade se estende ao su- cessor do beneficiário em caso de seu falecimento. e) A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos pro- cessuais. 17. (CESPE – 2019 – TCE-RO – Procurador do Ministério Público de Contas) Advogado postulou em juízo sem procura- ção, sob o fundamento de que a medida se- ria indispensável para evitar preclusão. Considerando essa situação hipotética, assi- nale a opção correta. a) A validade do ato do advogado está condicionada a comprovação de urgên- cia, independentemente da apresenta- ção posterior do mandato. b) É imprescindível a prestação de caução no ato do protocolo do pedido. c) Por ter postulado em juízo sem procu- ração, o referido advogado poderá res- ponder por ato atentatório à dignidade da justiça. d) Por esse ato, a parte poderá ser conde- nada por litigância de má-fé. e) O ato terá validade, desde que a procu- ração seja regularmente exibida no pra- zo dilatório de quinze dias. 18. (CS-UFG – 2018 – Prefeitura de Jataí – GO – Procurador Jurídico) A gratuidade da justiça é considerada tam- bém como norma fundamental do processo civil, porque garante ao hipossuficiente o acesso à Justiça, consagrando assim valores constitucionais. Nesse contexto, a) a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de re- cursos para pagar as custas, tem direito à gratuidade. b) a gratuidade da justiça não compre- ende as despesas com a realização de exame de código genético (DNA), tendo em vista que este tipo de prova pode ser substituída por outros meios menos onerosos. c) o pedido de gratuidade somente pode ser formulado na petição inicial ou na contestação, afastando a possibilidade de se requerer gratuidade em fase re- cursal. d) a concessão de gratuidade da justiça para a pessoa natural depende de prova que demonstre cabalmente a impossibilidade de arcar com as custas processuais. 19. (FUNCERN – 2019 – Prefeitura de Apodi – RN – Procurador) Considerando as disposições do Código de Processo Civil (Lei Federal nº. 13.105/2015) a respeito das despesas processuais e dos honorários advocatícios, afirma-se correta- mente que: a) a sentença condenará o vencido a pa- gar ao vencedor as despesas processu- ais, mesmo que não tenha antecipado. b) a juízo do magistrado responsável pelo caso, a sentença condenará ou não o vencido a pagar honorários ao advoga- do do vencedor. c) serão devidos honorários no cumpri- mento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de preca- tório, desde que não tenha sido impug- nada. www.acasadoconcurseiro.com.br30 d) incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz de- terminar a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocor- rer como fiscal da ordem jurídica. 20. (IBADE – 2018 – Câmara de Porto Velho – RO – Analista Jurídico) De acordo com o Código de Processo Civil vigente, no que se refere aos Procuradores, pode-se dizer que: a) o advogado não será admitido a postu- lar em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescri- ção, ou para praticar ato considerado urgente. b) a parte não postulará em causa própria, mesmo que possua habilitação legal para isto, necessitando, assim, de um advogado constituído. c) não se admite a procuração geral para o foro, devendo ser específicas todas as cláusulas para praticar atos nos proces- sos. d) a parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil ou inscrito em qualquer outro Conselho profissional reconhecido no Brasil para causas de advogados. e) uma procuração específica é sempre exigida para se analisar, em cartório de fórum, os autos de determinado pro- cesso judicial. 21. (CESPE – 2019 – CGE – CE – Auditor de Con- trole Interno – Área de Correição) De acordo com o Código de Processo Civil, a gratuidade da justiça poderá ser concedida a) somente em relação a algum dos atos processuais, o que implica isenção do beneficiário da gratuidade do paga- mento, ao final, de multas processuais que lhe sejam impostas. b) em relação a todos os atos processuais, mas isso não isenta o beneficiário da gratuidade do pagamento, ao final, das multas processuais que lhe sejam im- postas. c) somente em relação a algum dos atos processuais, mas isso não isenta o be- neficiário da gratuidade do pagamento,ao final, das multas processuais que lhe sejam impostas. d) em relação a todos os atos processuais, o que implica a isenção do beneficiário da gratuidade do pagamento, ao final, de multas processuais que lhe sejam impostas. e) somente em relação a algum dos atos processuais, afastando-se a possibilida- de de aplicação de multas processuais ao beneficiário da gratuidade. 22. (CESPE – 2019 – PGE-PE – Analista Adminis- trativo de Procuradoria – Calculista) À luz do Código de Processo Civil, julgue o próximo item, relativos às normas funda- mentais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios, à advocacia pública e à aplicação das normas processuais. Caso a fazenda pública seja vencida em demanda judicial, os honorários sucum- benciais do advogado da parte contrária deverão ser fixados segundo a apreciação equitativa do juiz. ( ) Certo ( ) Errado www.acasadoconcurseiro.com.br 31 TJ-RS – PJ-H – Direito Processual Civil – Prof. Fidel Ribeiro 23. (IBGP – 2018 – PBH Ativos S.A. – Analista Jurídico) A médica Carolina é devedora de R$ 100.000,00 (cem mil reais), débito esse ori- ginado de contrato particular de mútuo, vencido e não pago, no qual figura como credora a advogada Zélia. Diante do inadim- plemento, Zélia ajuizou ação de cobrança que, após instrução probatória, culminou em sentença com resolução de mérito pro- cedente. O juiz não se pronunciou quanto ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência à advogada, porque esta atuou em causa própria. A omissa senten- ça proferida transitou em julgado recente- mente. Sobre o caso apresentado, segundo o Códi- go de Processo Civil, assinale a alternativa CORRETA: a) O juiz agiu com acerto ao deixar de con- denar Carolina ao pagamento de hono- rários. b) Os honorários advocatícios de sucum- bência constituem direito do advogado sem natureza alimentar. c) A advogada Zélia não poderá requerer que o pagamento dos honorários seja efetuado em favor da sociedade de ad- vogados no qual figura como sócia. d) O recente trânsito em julgado da omis- sa sentença não obsta o ajuizamento de ação autônoma para definição e co- brança dos honorários de sucumbência. 24. (VUNESP – 2018 – TJ-SP – Escrevente Técni- co Judiciário – Interior) Legalmente, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: a) efetuar avaliações, quando for o caso. b) certificar proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de co- municação que lhe couber. c) manter sob sua guarda e responsabili- dade os bens móveis de pequeno valor penhorados. d) auxiliar o juiz na manutenção da ordem. e) comparecer às audiências ou, não po- dendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo. 25. (CESPE – 2018 – STJ – Técnico Judiciário – Administrativa) Julgue o próximo item, relativo ao dever e às responsabilidades dos sujeitos do pro- cesso. O oficial de justiça goza de proteção legal no sentido de não ser responsabilizado civil ou regressivamente em razão da recusa de cumprimento, no prazo estipulado, de atos determinados pela lei ou pelo juiz. ( ) Certo ( ) Errado Gabarito: 1. B 2. E 3. D 4. B 5. B 6. E 7. C 8. E 9. C 10. C 11. E 12. D 13. D 14. D 15. A 16. E 17. E 18. A 19. D 20. A 21. B 22. E 23. D 24. E 25. E www.acasadoconcurseiro.com.br 33 Questões QUESTÕES AUTORAIS DO PROFESSOR FIDEL 1. O Código de Processo Civil de 2015 enu- mera, de modo exemplificativo, no seu art. 77, deveres das partes, procuradores e to- dos que participarem do processo. Sobre o tema, assinale a alternativa INCORRETA: a) é dever não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento. b) a produção de provas e prática de atos inúteis ou desnecessários à declaração excede os limites legalmente aceitáveis do direito de defesa. c) o cumprimento das decisões de nature- za provisória ou final, sem criar embara- ços, é dever restrito às partes e procu- radores, cujo descumprimento poderá ser punido com a multa por ato atenta- tório à dignidade da justiça. d) aquele que praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigio- so poderá ser punido pela prática de ato atentatório à dignidade da justiça. e) atualizar o endereço para recebimento de intimações quando houver alterado- -o, seja-o provisoriamente ou definiti- vamente, é dever das partes, embora o CPC não tenha previsto a quem o des- cumprir a penalidade por ato atentató- rio à dignidade da justiça. 2. Acerca da punição por ato atentatório à dig- nidade da justiça, assinale a alternativa in- correta: a) pode ser aplicada para quem não cum- prir com exatidão as decisões jurisdicio- nais, de natureza provisória ou final, ou criar embaraços à sua efetivação. b) pode ser aplicada a quem descumprir o dever de não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigio- so. c) a multa aplicação de multa por ato atentatório à dignidade da justiça não impede o infrator de ser responsabili- zado criminalmente, civilmente ou até mesmo processualmente de forma di- versa. d) em caso de valor da causa irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 100 vezes o valor do salário mí- nimo e) se a multa decorrente de sua prática não for paga no prazo dado pelo juiz, será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal. 3. Fidel Ribeiro é um grande advogado, que ao longo de toda sua vida profissional teve a carreira repleta apenas de merecidos elo- gios. Em determinado momento, certo de seu amor à profissão e dedicação para com seus clientes, tomou uma atitude visando o melhor para seu constituído: criou todos os embaraços possíveis à efetivação de uma decisão contrária ao interesse de seus clien- tes, visando protegê-lo, porém excedendo os limites do mero direito de defesa. Com base na situação hipotética, é correto afir- mar que: a) embora imoral a atitude realizada pelo advogado Fidel, não há previsão de tal ato como atentatório à dignidade da justiça. www.acasadoconcurseiro.com.br34 b) a conduta de criar embaraços à efetiva- ção de decisões judiciais, de natureza provisória ou definitiva, pode ser con- siderada ato atentatório à dignidade da justiça, mas não cabe ao juiz da causa apurar a responsabilidade de Fidel ou fixar sua eventual multa. c) a conduta de Fidel configura ato atenta- tório à dignidade da justiça e deverá fi- xada pelo juiz multa de no máximo 20% do valor da causa. d) a conduta de Fidel configura ato atenta- tório à dignidade da justiça e deverá fi- xada pelo juiz multa de no máximo 10% do valor da causa. e) a conduta praticada por Fidel não tem previsão como ato atentatório á digni- dade da justiça e sim como litigância de má-fé. 4. Prevê o CPC que: ”é vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do proces- so empregar expressões ofensivas nos escri- tos apresentados”. Sendo certo afirmar que: a) Quando expressões ou condutas ofensi- vas forem manifestadas oral ou presen- cialmente, o juiz imediatamente deverá cassar-lhe a palavra. b) Expressões ofensivas podem ser risca- das de petições, desde que assim re- querido pela parte ofendida, vedado ao juiz determinar-lhe de ofício. c) A requerimento do ofendido, poderá ser expedida certidão com inteiro teor das expressões ofensivas que consta- vam nos autos do processo e foram ris- cadas por ordem do juiz da causa. d) Aquele que empregar expressões ofen- sivas será condenado a pagar multa de maior do que 1% e menor do que 10% do valor corrigido da causa. e) É vedado ao juiz ou presidente da ses- são cassar a palavra de advogado atu- ando em favor de seu cliente, cabendo ao seu órgão de classe apenas a análise de sua conduta e eventual repreensão. 5. Responde por perdas e danos aquele que litigar
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