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Características dos Seres Vivos “A vida é geralmente definida em termos de uma lista de propriedades essenciais que são compartilhadas por todos os seres vivos, tais como: reprodução, nutrição, crescimento, metabolismo, desenvolvimento, irritabilidade, composição química e hereditariedade.” 1 Reprodução Capacidade de originar descendentes com características semelhantes. ● Sexuada ou gâmica: normalmente, dois organismos originam um novo indivíduo com troca de material genético entre células especiais de reprodução - gametas. Vantagens: Variabilidade genética; melhor adaptabilidade. Desvantagens: alto gasto energético; processo lento. ● Assexuada ou agâmica: Um único indivíduo origina outros, sem que haja troca de material genético entre células de reprodução. Alguns de seus tipos são: - Fragmentação: o organismo fragmenta-se espontaneamente ou por acidente e cada fragmento desenvolve-se originando um novo ser vivo (estrelas do mar). - Divisão múltipla: o núcleo da célula-mãe divide-se em vários núcleos. Cada núcleo rodeia-se de uma porção de citoplasma e de uma membrana, dando origem às células-filhas que são libertadas quando a membrana da célula-mãe se rompe (protozoários). - Partenogênese: óvulo se desenvolve originando um novo organismo, sem ter havido fecundação (abelha - zangões - e alguns vertebrados). - Bipartição: um indivíduo divide-se em dois com dimensões sensivelmente iguais (protozoários e bactérias). - Esporulação: formação de células reprodutoras - os esporos - que, ao germinarem, originam novos indivíduos (fungos). - Brotamento/gemiparidade: um broto se desenvolve no indivíduo e depois de um tempo se desprende, passando a ter uma vida independente (esponjas). Vantagens: formação de clones (mitose); todos os indivíduos originam vários descendentes; processo rápido; baixo gasto energético. Desvantagens: diversidade de características quase nula; difícil adaptabilidade; não favorece a evolução das espécies. 1.1 Hereditariedade Consiste na transmissão de um conjunto de características genéticas a descendentes de uma espécie. Essas instruções genéticas estão presentes na molécula do DNA (ou RNA). 2 Nutrição O crescimento dos seres vivos depende da aquisição de substâncias retiradas dos alimentos. Tais substâncias são passadas por transformações e são integradas aos organismos, formando suas composições químicas, que consistem em: - Hidratos de carbono/carboidratos; proteínas; gorduras; vitaminas; minerais; água. Essas substâncias são produtos da combinação dos seguintes elementos: Carbono ©, Hidrogênio (H), Oxigênio (O), Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Enxofre (S). 2.1 Energia Pelo modo que os organismos obtêm energia do alimento, eles são classificados como: ● Autótrofos: nutrem-se por meio da fotossíntese (plantas, algas e algumas bactérias). ● Heterotróficos: alimentam-se de outros seres vivos, pois são incapazes de produzir energia sozinhos (animais, fungos, protozoários e algumas bactérias). 2.2 Fotossíntese É um processo físico-químico pelos seres autótrofos, a nível celular, que utilizam CO2 e H2O para obter glicose (C6H12O6) através da energia solar. (reação anabólica)𝐶𝑂 2 + 𝐻 2 𝑂 + 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 ⇒ 𝐶 6 𝐻 12 𝑂 6 + 𝑂 2 Já os seres heterótrofos obtêm energia através do processo inverso: (reação catabólica)𝐶 6 𝐻 12 𝑂 6 + 𝑂 2 ⇒ 𝐶𝑂 2 + 𝐻 2 𝑂 + 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 3 Metabolismo É o conjunto de reações químicas realizadas no interior de um organismo vivo. Classifica-se: ● Anabolismo: reações de síntese, que produzem nova matéria orgânica nos seres vivos (usualmente, requerem energia - endotérmicas). ● Catabolismo: reações de decomposição/degradação, que produzem nergia a partir da decomposição das moléculas mais complexas (matéria orgânica) (usualmente liberam energia - exotérmicas). 4 Irritabilidade Consiste na capacidade dos seres vivos reagirem aos estímulos do ambiente como sons, luzes, produtos químicos e outros fatores do ambiente. Curiosidade: as plantas não possuem sistema nervoso, por isso possuem respostas menos elaboradas que as dos animais. Alguns exemplos são: o movimento da dormideira quando ela é tocada e o fototropismo, que é o crescimento da planta orientado pela luz. 5 Formação celular Todo ser vivo é formado por células, que são a unidade morfofisiológica dos seres vivos, sendo que todas as reações metabólicas ocorrem ao nível celular. ● Seres unicelulares: seres formados por uma única célula (bactérias, protozoários, algas e fungos). ● Seres pluricelulares: formados por mais de uma célula (animais e plantas). Obs.: Vírus é uma exceção, pois é acelular. 5.1 A célula As células, basicamente, possuem membrana plasmática, núcleo (material genético) e citoplasma, sendo classificadas de acordo com seu nível de “complexidade”: ● Células procarióticas: não apresentam carioteca (membrana nuclear) e possuem apenas uma organela, o ribossomo (bactérias, cianobactérias e arqueobactérias). ● Células eucarióticas: possuem carioteca e várias outras estruturas membranosas - organelas - além do ribossomo. 5.2 Vírus - Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios; - Fora de um organismo vivo não se reproduzem. Eles são constituídos de ácido nucléico (DNA ou RNA), envolvido por um invólucro protéico denominado capsídeo; - Observável apenas no microscópio eletrônico (0,1 m de diâmetro);µ - Podem sofrer mutações (principalmente vírus de RNA); - As viroses mais frequentes nos humanos: Gripe, Catapora ou Varicela, Caxumba, Dengue, Febre Amarela, Hepatite, Rubéola, Sarampo, Varíola, Herpes simples, Raiva e Covid-19. 6 Evolução É o processo de desaparecimento ou surgimento de novas espécies devido a variabilidade genética. Este processo é muito lento e pode levar até milhares de anos. Alguns dos mecanismos de mudança evolutiva são: ● Teoria da seleção natural: os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente. ● Mutação: alteração aleatória do material genético. ● Migração: quando espécies novas ou variações delas vão para outros habitats. ● Deriva genética: as frequências dos alelos de uma população se alteram ao longo das gerações.
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