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BIOLOGIA-DOS-MICRORGANISMOS-1

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3 
2 OS MICRORGANISMOS ................................................................... 4 
2.1 A história e o descobrimento dos microrganismos ...................... 5 
3 MORFOLOGIA E ESTRUTURA DOS MICRORGANISMOS ............. 7 
3.1 Modo de vida dos microrganismos .............................................. 9 
3.2 Morfologia dos microrganismos ................................................. 11 
3.3 Procariontes .............................................................................. 12 
3.4 Eucariontes ............................................................................... 13 
4 METABOLISMO MICROBIANO ....................................................... 16 
4.1 Importância e objetivos do metabolismo microbiano ................. 17 
4.2 Fisiologia microbiana ................................................................. 19 
5 CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS ................................. 22 
5.1 Bactérias ................................................................................... 22 
6 VÍRUS .............................................................................................. 29 
7 FUNGOS .......................................................................................... 35 
8 PROTOZOÁRIOS ............................................................................ 42 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 52 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é 
semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – 
quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida 
sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta 
para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma 
coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao 
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 OS MICRORGANISMOS 
 
Fonte: tecreview.tec.mx 
 
O termo “microrganismo” é uma definição operacional, que congrega 
táxons variados de organismos unicelulares microscópicos, que vivem na 
natureza como células isoladas ou em agregados celulares. Esta definição inclui 
os grupos das bactérias, arqueas, fungos, protozoários e vírus. (MANFIO, 2003) 
De acordo com Nascimento (2010): 
Os microrganismos habitam os mais diversos locais. Esta 
propriedade é denominada de ubiquidade. Habitam os diferentes 
ecossistemas, fazem parte da microbiota normal do corpo humano, dos 
animais e das plantas, aos milhões, em termos de quantidades. Entre 
estes organismos são estabelecidas relações em diferentes graus de 
parasitismo, mutualismo e comensalismos. São também patógenos 
causadores de doenças e deterioração de equipamentos e alimentos, 
quando não devidamente limpos ou mal armazenados, 
respectivamente. 
Os microrganismos foram os primeiros seres vivos a colonizar a Terra. 
Estima-se que os primeiros microrganismos surgiram há mais de 3,5 milhões de 
anos em um período geológico em que a Terra passava por grandes 
transformações geológicas e químicas, e quando a atmosfera ainda não tinha 
oxigênio (MANFIO, 2003 apud ATLAS & BARTHA, 1998) 
 
5 
 
Atualmente, os microrganismos existem em praticamente todos os 
ambientes do planeta, inclusive em locais cujas condições ambientais 
extrapolam os limites de tolerância de animais e plantas. Devido à sua relativa 
simplicidade morfológica e grande diversidade genética e metabólica, os 
microrganismos se adaptaram para viver em habitats e nas variadas condições 
adversas no planeta. 
Por serem um grupo extenso, e que podem ser benéficos ou nocivos aos 
seres humanos, os microrganismos passaram a ser estudados e avaliados pelo 
homem, através da disciplina de microbiologia que é o ramo, e a especialidade 
da biologia, que estuda os microrganismos, incluindo eucariontes unicelulares e 
procariontes, como as bactérias, fungos e vírus. 
Quanto a definição e o estudo os microrganismos, Manfio (2003), afirma: 
A definição informal do termo “microrganismo” acarreta 
problemas de natureza prática, pois congrega uma diversidade 
biológica muito ampla sob os auspícios da Microbiologia. Empregada 
para designar organismos não-visíveis a olho nu, que ocorrem na 
natureza como células unitárias ou em agregados de células, esta 
definição engloba organismos filogeneticamente distintos, incluindo 
tanto organismos procariotos, as arqueobactérias (Archaea) e 
bactérias, como eucariotos, as algas microscópicas (cianofíceas), 
fungos filamentosos, leveduras e protozoários, além da vasta 
diversidade de vírus. 
2.1 A história e o descobrimento dos microrganismos 
 
Fonte: kullabs.com 
 
6 
 
 
Em 1683, Antoni van Leeuwenhoek, um negociante holandês que tinha 
como passatempo polir lentes e construir microscópios, observou com um 
desses aparelhos, resíduos retirados de seus próprios dentes e viu “seres 
minúsculos” em forma de bastonetes. Ele também observou seres microscópicos 
semelhantes, em muitos outros materiais (água parada, gota de água sobre 
plantas etc.) Em suas descrições, ele refere a esses seres microscópicos como 
"animálculos", que significa pequenos animais. 
Neste mesmo ano, Leeuwenhoek escreveu diversas cartas para a 
Sociedade real inglesa descrevendo os seres que ele via através de seu 
pequeno microscópio. Foram essas cartas que deram início a Microbiologia, 
afinal, foram elas que permitiram que a sociedade tomasse conhecimento da 
existência de pequenos seres microscópicos. 
A descoberta de Leeuwenhoek, fez com que surgisse duas teorias 
controversas; a teoria da abiogênese (geração espontânea), onde os cientistas 
que defendiam esta teoria acreditavam que os “animálculos” se originavam da 
composição de plantas e tecidos de diversos animais. E a teoria da biogênese 
que era muito defendida pelo cientista francês Louis Pasteur, que através de 2 
experimentos conseguiu demonstrar a impossibilidade da geração espontânea. 
(DIAS, 2009) 
Historicamente, o desenvolvimento da Microbiologia como ciência foi 
fortemente influenciado pela necessidade de conhecimento sobre os 
microrganismos causadores de doenças no homem e em outros animais 
(MANFIO, 2003 apud ATLAS & BARTHA, 1998). 
Durante várias décadas, pesquisadores concentraram esforços no 
desenvolvimento de métodos para detecção, isolamento e cultivo de 
microrganismos em condições de laboratório. 
A comprovação de que alguns microrganismos causam doenças foi o 
maior impulso no desenvolvimento da ciência da microbiologia como uma ciência 
biológica independente. Já no século XVI, acreditava-se que algo que causasse 
uma doença poderia ser transmitido de um indivíduo doente a um indivíduo 
sadio. Após a descoberta dos microrganismos, acreditava-se amplamente que 
eles eram os responsáveis, embora faltasse uma prova definitiva. (MADIGAN, 
2016). 
 
7 
 
3 MORFOLOGIA E ESTRUTURA DOS MICRORGANISMOS 
 
Fonte: odemocrata.com.br 
 
Em 1866,o zoólogo alemão E. H. Haeckel sugeriu que os microrganismos 
que não podiam ser classificados como vegetais ou animais, fossem 
denominados de protistas formando o reino Protista, constituído unicamente por 
seres unicelulares. Assim, ao se falar de protistas, estariam envolvidas as 
bactérias, algas, fungos e protozoários, excluindo-se os vírus que não são 
organismos celulares. (CAMPOS, 2016) 
De acordo com Spolidorio et al (2013): 
Os seres vivos são classificados de acordo com a 
complexidade de sua estrutura celular, determinando dois grandes 
grupos: os procariotos e os eucariotos. A classificação mais atual, 
utilizada na maior parte dos trabalhos taxonômicos modernos, divide 
os seres vivos em três domínios: 
 Bacteria ou Eubacteria: compreende todas as bactérias que infectam 
o homem; 
 Archaea ou Archaebacteria: bactérias metanogênicas, termófilas, 
acidófilas e halófilas; 
 Eukaryota: reinos animal, vegetal, fungos e protozoários. Os domínios 
Bacteria e Archaea contêm os seres vivos procariotos. 
 
8 
 
 
Fonte: ebah.com.br 
Os vírus não se enquadram em nenhum dos grupos determinados para 
os seres vivos, pois não são células verdadeiras e dependem do hospedeiro para 
a sobrevivência e proliferação da espécie. A classificação dos vírus está 
relacionada com sua composição química e morfológica ou com a presença do 
ácido nucleico. 
De forma geral, todos os sistemas biológicos possuem as seguintes 
características comuns: 
 Habilidade de reprodução; 
 Capacidade de ingestão ou assimilação de substâncias 
alimentares, visando a obtenção de energia e de crescimento; 
 Habilidade de excreção de produtos tóxicos; 
 Capacidade de reagir ou se adaptar às alterações do meio 
ambiente, 
 Susceptibilidade a mutações. 
 
Segundo Campos (2016): 
Os microrganismos apresentam sistemas específicos para 
estudo das reações fisiológicas, genéticas e bioquímicas, constituindo 
a base da vida. Seu crescimento reprodução é rápido e em ritmo 
elevado, sendo que algumas espécies bacterianas podem apresentar 
100 gerações em menos de 24 horas. Os processos metabólicos 
microbianos são similares ao que ocorrem nos vegetais superiores e 
 
9 
 
nos animais. As leveduras, por exemplo, utilizam a glicose, 
basicamente do mesmo modo que as células de mamíferos, mostrando 
que o mesmo sistema enzimático está presente nestes organismos tão 
diversos. 
3.1 Modo de vida dos microrganismos 
A maioria dos microrganismos são benéficos, mas existe alguns tipos que 
podem causar danos aos demais organismos. Neste sentido, os microrganismos 
são divididos em diferentes grupos, conforme o seu modo de vida, sendo estes 
alguns deles: 
Sapróbios (saprófitos): comensais ou decompositores de substâncias 
orgânicas mortas; São também conhecidos como microrganismos recicladores. 
Entre estes, muitos podem desenvolver o parasitismo facultativo. 
 
Fonte: todabiologia.com 
Parasitos: causam danos as células vivas de outros organismos. O 
parasitismo se manifesta em diferentes graus, desde o parasito obrigatório ao 
hiperparasitismo. No parasitismo obrigatório há uma completa dependência do 
hospedeiro para a sua multiplicação; no parasitismo múltiplo sobrevive em vários 
hospedeiros e no parasito facultativo existe outro modo de vida que é o 
saprofitismo. Já no hiperparasitismo ocorre parasitismo no mesmo grupo. 
 
 
10 
 
 
Fonte: culturacolectiva.com 
 Simbiontes: estabelecem relações em diferentes graus, desde as mais 
próximas (simbiose mutualística, onde há interação morfológica e física entre 
dois organismos, a exemplo dos líquenes e das micorrizas) até as mais 
antagônicas (tipo de relação onde um deles é prejudicado em detrimento do 
outro). 
 
Fonte: pt.wikipedia.org 
 
11 
 
3.2 Morfologia dos microrganismos 
As células são consideradas as unidades básicas de qualquer organismo, 
desde os microrganismos constituídos por uma única célula até as formas de 
vida com tecidos especializados e órgãos complexos. 
Todas as células possuem uma barreira de permeabilidade chamada de 
membrana citoplasmática que separa o interior da célula, o citoplasma, do 
ambiente externo. O citoplasma é uma mistura aquosa de macromoléculas – 
proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos e polissacarídeos – moléculas orgânicas 
menores (principalmente precursores de macromoléculas), diversos íons 
inorgânicos, e ribossomos, as estruturas sintetizadoras de proteínas das células. 
A parede celular confere resistência estrutural à célula; é uma estrutura 
relativamente permeável localizada exteriormente à membrana plasmática além 
de ser uma camada muito mais forte do que a membrana em si. (MADIGAN, 
2016). 
 
Fonte: lifecitologia.blogspot.com 
Existem fundamentalmente duas classes de células, embora estas sejam 
quimicamente similares, pois ambas contêm ácidos nucleicos, proteínas, 
lipídeos e carboidratos. Os procariotos apresentam o material genético disperso 
pelo citoplasma e não separado por uma membrana, enquanto os eucariotos 
possuem um núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. 
Embora a complexidade nuclear seja utilizada para dar nome a essas duas 
 
12 
 
classes de células, há outras diferenças importantes entre procariotos e 
eucariotos. (SPOLIDORIO, et al 2013) 
3.3 Procariontes 
 
Fonte: bol.uol.com.br 
 
Os procariotos incluem os reinos Bacteria e Archaea e consistem em 
células pequenas e estruturalmente bastante simples. (MADIGAN, 2016) 
O seu material genético (cromossomo circular) não é envolvido por uma 
membrana e não possuem organelas revestidas por membrana. As bactérias 
são limitadas por uma parede celular que consiste geralmente de polissacarídeo 
complexo peptidoglicano, um polímero de açúcares mistos e aminoácidos. 
 
 
Fonte: educacao.globo.com 
 
13 
 
 Há duas formas de estruturas de paredes celulares: uma parede fina que 
cerca a membrana celular e que retém o corante cristal violeta (bactéria Gram-
positiva) ou uma parede fina colocada entre duas membranas fosfolipídicas de 
camada dupla (bactéria Gram negativa). Normalmente se dividem por fissão 
binária, em que seu DNA é duplicado e a célula se divide em duas. 
(SPOLODORIO, et al, 2013) 
 
 
Fonte: dbio.uevora.pt 
Apesar de possuírem uma estrutura relativamente simples, as células 
procarióticas são bioquimicamente versáteis e diversas. Por exemplo, todas as 
principais atividades metabólicas são encontradas em bactérias, incluindo os 
três processos para obtenção de energia: glicólise, respiração e fotossíntese. 
3.4 Eucariontes 
Os eucariontes são caracteristicamente maiores que os procariontes e 
contêm uma variedade de estruturas citoplasmáticas envoltas em membranas, 
chamadas de organelas. 
De acordo com Raven et al (2014): 
 
14 
 
Diferentemente das células procarióticas, as células 
eucarióticas possuem, entre outras características: 
 Um núcleo limitado por uma membrana, formando uma cavidade 
centralizada que guarda o material genético da célula. 
 Algumas organelas limitadas por membranas, formando 
compartimentos flutuantes no hialoplasma que possuem funções 
especializadas. (Organela significa "pequeno órgão" e indica que, 
assim como os órgãos do corpo humano, as organelas têm funções 
específicas e fazem parte de um sistema maior.) 
 Vários cromossomos lineares, diferentemente do único cromossomo 
circular de uma célula procarionte. 
 
 
Fonte: alunosonline.uol.com.br 
Essas células também incluem, mais proeminentemente, o núcleo que 
contém o DNA, mas também mitocôndrias e cloroplastos, organelas 
especializadas no fornecimento de energia para a célula, além de diversas outras 
organelas. 
Normalmente, o núcleo de uma célula eucarionte é a organela mais 
proeminente de uma célula. As células eucarióticas têm um núcleo verdadeiro, 
o que significa que o DNA celular é cercado por uma membrana. Portanto, o 
núcleo abriga o DNA da célulae direciona a síntese de proteínas e ribossomos, 
organelas celulares responsáveis pela síntese proteica. 
Os microrganismos eucariotas incluem algas, protozoários e outros 
protistas, bem como os fungos. As células de plantas e animais também são 
 
15 
 
eucarióticas. Apesar das diferenças estruturais claras entre procariotos e 
eucariotos a palavra “procariota” não implica um parentesco evolutivo. 
(MADIGAN, 2016) 
 
Fonte: biologia.top 
 Diferenças entre procariontes e eucariontes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
Complexa 
Há migração 
maturação do RNA 
Simples 
Direta 
Transcrição 
Presentes Ausentes Histonas 
Linear Circular Forma 
Possuem vários 
cromossomas 
Só possuem 1 molécula de 
DNA 
Organização 
Núcleo das células, 
mitocôndrias e 
cloroplastos 
Disperso no citoplasma Localização 
Eucariontes Procariontes 
 
16 
 
 
Fonte: hanatemplate.com 
4 METABOLISMO MICROBIANO 
 
Fonte: percursodosaber.com.br 
As células microbianas vivem comumente em grupos, chamados de 
comunidades microbianas. Todas as células apresentam algum tipo de 
metabolismo por meio da retirada de nutrientes do meio ambiente e 
transformação dos mesmos em novos materiais e resíduos celulares. 
(MANDIGAN,2016) 
Chama-se metabolismo ao conjunto de reações químicas que ocorrem 
nas células, e que lhe permitem manter-se viva, crescer e dividir-se. É a soma 
de todas as reações enzimáticas que ocorrem na célula por meio de uma 
 
17 
 
integração altamente coordenada, onde muitos mecanismos de sistemas 
multienzimáticos participam, trocando matéria e energia entra a célula e o seu 
meio ambiente. (LIMA e CÉZAR, 2014) 
As reações químicas podem ser divididas em duas classes: 
Catabolismo: reações que liberam energia. Ocorre através da quebra de 
orgânicos complexos em compostos químicos mais simples. As reações 
catabólicas fornecem energia necessária para dirigir as reações anabólicas, 
através de molécula de Trifosfato de Adenosina (ATP). 
Anabolismo: reações que precisam de energia para acontecerem. É a 
formação, construção de moléculas mais complexas a partir de moléculas mais 
simples. 
 
Fonte: diferenca.com 
4.1 Importância e objetivos do metabolismo microbiano 
Segundo Almeida (2018), o metabolismo é importante em vários 
aspectos: 
 Avaliar a diversidade e versatilidade bioquímica 
 Relação microrganismos e doenças 
 Papel dos microrganismos na natureza 
 Explorar os microrganismos economicamente 
 Cultivo, crescimento e controle dos microrganismos. 
 
18 
 
 Desenvolvimento de métodos moleculares para diagnóstico e controle 
dos microrganismos 
 Controle dos processos de deterioração de materiais 
 Reciclagem da matéria 
 
Os objetivos e resultados do metabolismo, regem todo o ciclo de vida dos 
microrganismos e influenciam, diretamente, o meio em que vivem e os seres 
vivos com quem convivem. Dentre os vários resultados podemos destaca: 
I. Transformações químicas celulares - produção e utilização de 
energia/poder redutor. 
II. Transporte 
III. Produzir unidades básicas, como polímeros (PS, Lipídeos, 
proteínas, ácidos nucléicos); estruturas celulares 
IV. Crescimento e reprodução, 
V. Reparar danos e manutenção celular 
VI. Locomover-se; 
VII. Armazenar nutrientes 
VIII. Excreção. 
 
Durante o metabolismo a energia produzida é conservada para que, ao 
construir novas estruturas, a célula precisará utilizar essa energia. A produção 
dessas novas estruturas leva à divisão celular e formação de duas novas células. 
Em microbiologia, utiliza-se a palavra crescimento em referência a um aumento 
no número de células em consequência da divisão celular. (MADIGAN, 2016) 
Durante o metabolismo e crescimento, ambos os eventos, genético e 
catalítico, acontecem na célula; o fluxo de informação biológica é iniciado e há o 
envolvimento de diversas vias metabólicas. 
Do ponto de vista genético, o genoma da célula é replicado, e as proteínas 
necessárias para o suporte do crescimento sob determinadas condições, são 
biossintetizadas nos processos sequenciais de transcrição e tradução. Esses 
eventos requerem que a maquinaria catalítica da célula – as enzimas – execute 
reações que forneçam energia, além dos precursores necessários para a 
biossíntese de todos os componentes celulares. (MADIGAN, 2016) 
 
19 
 
4.2 Fisiologia microbiana 
 
Fonte: timetoast.com 
Os microrganismos estão agrupados conforme as suas necessidades 
nutricionais, de modo que foram, a princípio, divididos em autotróficos (capazes 
de sintetizar nutrientes a partir de elementos primários) e heterotróficos (capazes 
de degradar compostos pré-formados para assimilar os nutrientes). As 
necessidades nutricionais dizem respeito às fontes de energia, luz, compostos 
inorgânicos e orgânicos, que são fornecidos aos microrganismos. 
(NASCIMENTO, 2010) 
A assimilação dos nutrientes pelos microrganismos ocorre através de 
reações enzimáticas, que são liberadas no substrato, promovendo a 
decomposição (catabolismo ou decomposição) ou por vias metabólicas de 
biossíntese (anabolismo). Poucos são os microrganismos capazes de realizar a 
nutrição pela ingestão ou fagocitose. 
Os microrganismos exibem os mais diversos mecanismos nutricionais. 
Em relação aos procariotos (Bacteria e Archaea), a nutrição ocorre 
predominantemente pela absorção, uma vez que a grande maioria destes 
organismos possui uma espessa parede celular, impossibilitando a realização de 
fagocitose. 
 
 
 
20 
 
 Principais vias metabólicas 
Glicolítica: processo anaeróbio da oxidação da glicose (C6H12O6) até 
ácido pirúvico. 
 Fermentativa: processo de obtenção de energia pelo qual a molécula 
orgânica que está sendo metabolizada não é completamente oxidada, ou seja, 
não extrai todo o seu potencial energético. Produtos: ácidos acético e lático, 
álcoois (etanol, metanol e butanol), cetonas (acetona) e gases (dióxido de 
carbono e hidrogênio molecular). 
 Respiração aeróbia: processo de oxidação do piruvato, resultante da 
glicólise, a dióxido de carbono e água. Requer O2 como aceptor final de elétrons 
e é muito mais eficiente na obtenção de energia do que a via glicolítica ou a 
fermentativa. 
 Respiração anaeróbia: os microrganismos são capazes de utilizar 
muitos outros aceptores finais de elétrons, como o sulfato em bactérias do 
gênero Desulfovibrio. Para isto, multiplicam-se na ausência de oxigênio. 
Os fatores físicos necessários ao crescimento microbiano incluem luz, 
temperatura, aeração, pH etc. Os microrganismos são classificados em 
diferentes categorias conforme estes fatores. 
 
 Quanto às fontes de energia e de carbono 
Fotolitotróficos ou fotoautotróficos: luz como fonte de energia e CO2 
como fontes de carbono. Ex. bactérias fotossintetizantes (cianobactérias), 
bactérias sulfurosas púrpuras (Chromatium) e bactérias sulfurosas verdes 
(Chlorobium); 
Fotorganotróficos: luz como fonte de energia e compostos orgânicos 
(álcool, carboidratos, ácidos orgânicos etc.) como fontes de carbono. Ex. 
bactérias verdes não sulfurosas (Chloroflexus) e bactérias púrpuras não 
sulfurosas (Rhodopseudomonas); 
Quimiolitotróficos: compostos inorgânicos (gás sulfídrico (H2S), enxofre 
elementar (S), amônia (NH3), gás hidrogênio (H2), nitrato (NO3 -), nitrito (NO2 -
) e ferro (Fe2+)) como fonte de energia e como fonte de energia e CO2 como 
fontes de carbono. 
 Quimiorganotróficos: compostos orgânicos como fontes de energia e 
de carbono. Ex. a maioria das bactérias, fungos e protozoários. 
 
21 
 
 Quanto ao ph 
Acidófilos: crescimento ótimo em pH abaixo de 7; 
Mesófilos: crescimento ótimo em pH em torno de 7; 
Alcalófilos: crescimento ótimo em pH acima de 7. 
 Quanto à aeração 
Aeróbios: crescem apenas em presença de oxigênio livre; 
Anaeróbios: crescem apenas na ausência de oxigênio livre; 
Microaeróbios: crescem sob baixa tensão de oxigênio livre;Anaeróbios facultativos: são anaeróbios, porém crescem em condições 
aeróbias. 
 
 Quanto à temperatura 
 Psicrófilos: ótimo crescimento a 10°C, porém toleram temperaturas 
entre -10°C a 20°C. Microrganismos típicos de ambientes glaciais; 
 Psicrotróficos: ótimo crescimento a 20°C, porém toleram temperaturas 
entre 0°C a 30°C. Microrganismos típicos de ambientes refrigerados; 
 Mesófilos: ótimo crescimento a 35°C, porém toleram temperaturas entre 
10°C a 45ºC. Microrganismos típicos do ambiente e da microbiota humana e de 
animais; 
Termófilos: ótimo crescimento a 60°C, porém toleram temperaturas entre 
40°C a 70°C. Microrganismos típicos de compostagem ou processos térmicos; 
Extremófilos: ótimo crescimento a 90ºC, porém toleram temperaturas 
entre 65°C a 110°C. Microrganismos típicos de ambientes quentes (vulcões, 
regiões termais, gêiser). 
 
 Quanto à pressão osmótica 
Hipotônicos: devido a menor concentração de sais no meio, a bactéria 
absorve líquidos em excesso, tornando a célula túrgida; 
Isotônicos: a concentração de sais no meio está em equilíbrio com o do 
citoplasma bacteriano; 
Hipertônicos: devido a maior concentração de sais no meio, a bactéria 
perde líquidos em excesso, ocorrendo plasmólise da célula. 
 
22 
 
5 CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS 
5.1 Bactérias 
 
Fonte: pebmed.com.br 
As bactérias são seres unicelulares aclorofilados, microscópicos, que se 
produzem por divisão binária. Elas são células que podem várias formas, como 
esféricas ou em forma de bastonetes curtos, com tamanhos variados, 
alcançando às vezes micrômetros linearmente. 
Entre as principais características das células bacterianas estão suas 
dimensões, forma, estrutura e arranjo. Estes elementos constituem a morfologia 
da célula, podendo ser: cocos, cocobacilos, bacilos, e que podem apresentar 
diferentes arranjos em pares ou cadeias. As bactérias espiraladas ocorrem como 
células isoladas. 
 Cada forma celular individual de espécies diferentes exibe nítidas 
diferenças no comprimento, número, e amplitude das espirais e na rigidez das 
paredes celulares. A unidade de medida das bactérias é o micrômetro, que 
equivale a 10-3 mm. As bactérias mais frequentemente estudadas em laboratório 
medem, aproximadamente, entre 0,5 e 1,0 µm e entre 2,0 e 5,0 µm. (CAMPOS, 
2016) 
Na maioria das espécies, a proteção da célula é feita por uma camada 
extremamente resistente, a parede celular, havendo imediatamente abaixo uma 
 
23 
 
membrana citoplasmática que delimita um único compartimento contendo DNA, 
RNA, proteínas e pequenas moléculas. São chamadas de procarióticas porque 
não possuem um núcleo organizado e são morfologicamente mais simples que 
as células dos organismos “superiores”. Compreende os domínios: Bacteria e 
Archae. 
 
Classificação bacteriana 
Procariótas: Pró (antes) Karyon (núcleo) 
 
 
Fonte: khanacademy.org 
Eucariótas: Eu (verdadeiro) Karyon (núcleo) 
 
Eubactérias: Água, solo e organismos vivos. Estas bactérias são organismos 
procariontes e representam o maior número de espécies dentro da lassificação 
antiga do “Reino Monera”. Fazem parte do Grupo Eubactéria todas as bactérias 
(excluindo as arqueobactérias) e as cianobactérias. 
 
Arqueobactérias: Ambientes inóspitos (pântanos, oceano, salinas, vulcões, 
etc.) 
 
24 
 
 
Fonte: bol.uol.com.br 
Capacidade de síntese: - Autotróficas 
 - Heterotróficas 
 
Pressão osmótica: - Osmofílicas 
 - Halofílicas 
 
Tensão de Oxigênio: -Aeróbias 
 - Anaeróbias estritas 
 - Anaeróbias facultativas 
 - Microaerófilas 
 
Temperatura: - Psicrófilas 
 - Mesófilas 
 - Termófilas 
 
PH: - Acidófilas 
 - Neutrófilas 
 - Basófilas 
 
 
 
25 
 
Morfologia bacteriana 
 
Segundo Guerra (2017): 
As Bactérias fazem parte dos seres Procariontes (sem núcleo 
organizado) e diferem das células Eucarioticas, principalmente, pela: 
 Ausência de organelas e citoesqueleto em seu citoplasma; 
 O glicocálix está presente como cápsula (proteção contra 
fagocitose: papel importante na virulência) ou camada viscosa 
(protege contra desidratação), além de promoverem adesão; 
 Ribossomos de tamanho menor (70S); 
 Presença de Parede Celular complexa de Peptideoglicano; 
 Membrana plasmática sem carboidratos e, geralmente, sem 
esteróides (o que a torna mais rígida); 
 Normalmente possui um único cromossomo circular 
 Não tem histonas. 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 Formas 
As bactérias podem se apresentar nos seguintes tipos morfológicos: 
Bastonetes ou bacilos: Bastonetes longos ou curtos com extremidade 
reta ou de ponta arredondada, ou ainda curvos. Ex: Tuberculose e 
Hanseníase. 
Espirilos: Forma de hélice, saca-rolha ou espiralar. Ex: Leptospirose 
 
26 
 
Cocos: Podem ser esféricos, elípticos, em forma de ponta de lança, 
riniformes, etc. Ex: Gonorréia e Meningite. 
Vibriões: Bactérias em forma de “vírgula”. 
 
 
Fonte: biologia-basica.blogspot.com 
 Arranjos 
Os cocos podem formar diferentes arranjos, de acordo com a sua divisão 
celular (em plano único, ou em mais planos): 
Diplococos: não Cocos agrupados 2 a 2 (divisões em um único plano). 
Estreptococos: vários cocos dispostos em cadeia, similar a um cordão 
de pérolas. (Divisão em um único plano). 
Tétrades: Grupos de 4 cocos unidos (divisão em 2 planos). 
Sarcinas: Grupos de 8 cocos unidos, de forma semelhante a um cubo 
(divisão em 3 planos). 
Estafilococos: Cocos agrupados de forma aleatória, semelhante ao 
formato de um cacho de uvas (divisão em muitos planos). 
Os bastonetes (ou bacilos) não se dispõe em tantos arranjos como os 
cocos, sendo que, na sua grande maioria, se apresentam de forma isolada. 
Porém, ocasionalmente podem ocorrer aos pares (diplobacilos) ou em cadeias 
(estreptobacilos). 
 
27 
 
Dependendo do gênero, fase de crescimento ou da composição do meio 
de cultura, estas bactérias podem também apresentar arranjos diferenciados, 
como crescimento em paliçada ou letras chinesas (Corynebacterium/Difteria). 
(NOGUEIRA, 2015) 
 Quando os bastonetes são muito curtos, podemos encontrar alguns 
autores denominando-os cocobacilos. 
 Os espirilos ocorrem, predominantemente, como células isoladas. 
Exibem, porém, nítidas diferenças em relação ao comprimento, largura, número 
e amplitude dos espirais. 
 
Taxonomia bacteriana 
 
Fonte: slideshare.net 
 
Taxonomia (do grego tassein = para classificar e nomos = lei, ciência, 
administrar) é considerada a ciência da classificação. A classificação necessita 
da criação de um sistema que facilite identificar os seres. O primeiro sistema de 
classificação foi o de Aristóteles, no século IV a.C., que ordenou os animais pelo 
tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. Vários sistemas foram 
posteriormente criados a partir destas ideias. (NOGUEIRA, 2015) 
 
 
 
28 
 
 Nomenclatura 
Refere-se ao nome do microrganismo, seguindo o Código Internacional 
para Nomenclatura de Procariontes (International Committee on Systematic of 
Prokaryotes). Este contém todos os princípios e recomendações para a 
descrição de uma nova unidade de classificação (ou táxon, no plural taxa), em 
espécie, gênero ou família. (THOMPSON, 2010) 
As regras do código internacional baseiam-se no sistema binominal 
desenvolvido por Linnaeus: O nome de uma espécie bacteriana é proveniente 
da combinação, em latim, formada de duas partes, o nome do gênero, seguido 
pelo nome da espécie bacteriana. Como, por exemplo: Escherichia coli 
(Escherichia é o gênero, e coli a espécie). Seguindo a regra, apenas a primeira 
letra do nome do gênero é escrita em maiúscula, e o nome completo dever· ficar 
em itálico ou sublinhado. Exemplo: Escherichia coliou Escherichia coli. 
No caso de bactérias em que os sorotipos possuem grande importância, 
eles são citados após o nome da espécie, mas não se muda a grafia para itálico, 
o que poderá causar confusão. 
 Exemplo: Salmonella enterica, subespécie (subsp.) enterica sorotipo 
Typhi. Muitas vezes encontraremos escrito Salmonella Typhi. 
 
 Convenção taxonômica 
Sufixos usados para determinação de ordens, famílias e tribos: 
Ordens: sufixo - ales. Ex.: Eubacteriales 
Famílias: sufixo - aceae. Ex.: Bacillaceae 
Tribos: sufixo - eae. Ex.: Proteae (Proteus) 
 
Reprodução em Bactérias 
As bactérias se reproduzem por fissão binária transversa, que havendo a 
replicação do cromossomo a bactéria desenvolve uma parede celular transversa, 
dividindo-a em duas células. Assim, a parede transversa forma como uma 
invaginação da membrana plasmática e da parede celular. Quando a nova 
parede formada não se separa completamente em duas paredes, pode-se 
formar uma cadeia (ou filamento) de bactérias. (BERETTA et al, 2017) 
Existem outras formas de reprodução, como: 
 
29 
 
Transformação: onde a bactéria absorve fragmentos de material 
genético de outra bactéria se rompeu. 
Conjugação: duas bactérias geneticamente diferentes, mas da mesma 
espécie, trocam material genético de forma direta, em Escherichia coli formam 
um pelo oco chamado de pelo F ou pelo sexual que servirá para a troca do DNA. 
Transdução: é o processo de reprodução no qual o DNA bacteriano é 
transferido de uma bactéria para outra por um vírus, os chamados bacteriófagos. 
Quando o bacteriófago entra numa célula bacteriana, o DNA do vírus 
mistura-se com uma parte do DNA bacteriano, de modo que o vírus agora 
carrega esta parte do DNA. Se o vírus infecta uma segunda bactéria, o DNA da 
primeira bactéria pode misturar-se com o DNA da segunda bactéria. 
Existem dois mecanismos de transdução: generalizada, em que qualquer 
gene pode ser transmitido, e restrita, que se limita a alguns genes específicos. 
6 VÍRUS 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
Os vírus são pequenos e de estrutura muito simples, podendo replicar-se 
independentemente do cromossoma de uma célula, mas não 
independentemente da própria célula hospedeira. Não possuem ribossomos 
para síntese proteica ou locais para produção de energia; consequentemente, 
 
30 
 
não realizam as funções de respiração ou Biosintética. (SPOLIDORIO et al, 
2013) 
Apesar de terem a capacidade de se replicar, os vírus não possuem um 
aparato enzimático suficiente para a replicação, necessitando, assim, da 
maquinaria celular para completar o seu ciclo replicativo, o que o torna um 
parasita intracelular obrigatório. 
Sua fragilidade “aparente”, por ser estritamente dependente da célula, é 
descartada pela capacidade de controle e redirecionamento do metabolismo 
celular para o seu próprio benefício. Apesar da baixa complexidade estrutural, 
pode causar grandes danos à célula hospedeira, mesmo apresentando 
morfologicamente apenas o material genético, um capsídeo e, em alguns vírus, 
um envelope. 
 
Fonte: bol.uol.com.br 
Algumas propriedades distinguem os vírus de outros microrganismos. A 
primeira está relacionada ao seu tamanho, o qual pode variar de 10 a 300 nm. 
Dessa forma, são considerados os menores microrganismos existentes, 
podendo ser visualizados apenas através da microscopia eletrônica. Para fins de 
comparação, as bactérias e as hemácias possuem, em média, 10 a 15 vezes o 
tamanho dos vírus, o que possibilita a identificação destes por meio da 
microscopia ótica. 
 
 
31 
 
Estrutura viral 
A forma extracelular de uma partícula viral ou virion varia de tamanho 
entre 10 e 300 nanômetros (nm) de diâmetro. Sua estrutura é formada 
basicamente por um genoma composto por ácido nucleico, como ácido 
desoxirribonucleico (DNA) ou ácido ribonucleico (RNA) – nunca os dois –, 
envolvido por um capsídeo, o qual é composto por várias unidades proteicas 
menores denominadas capsômeros. Ocasionalmente, dependendo do vírus, é 
envolto ainda por outros componentes macromoleculares, como lipídeos e 
polissacarídeos, formando um envelope protetor. (SPOLIDORIO et al, 2013) 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
Algumas propriedades distinguem os vírus de outros microrganismos. A 
primeira está relacionada ao seu tamanho, o qual pode variar de 10 a 300 nm. 
Dessa forma, são considerados os menores microrganismos existentes, 
podendo ser visualizados apenas através da microscopia eletrônica. Para fins de 
comparação, as bactérias e as hemácias possuem, em média, 10 a 15 vezes o 
tamanho dos vírus, o que possibilita a identificação destes por meio da 
microscopia ótica. 
 
32 
 
A segunda propriedade se refere ao genoma viral, que pode ser DNA ou 
RNA, com exceção do Mimivírus (família: Mimiviridae), o qual apresenta em seu 
genoma os dois ácidos nucleicos (DNA e RNA), descoberto em 2003, por 
pesquisadores da Universidade Méditerranée, em Marseille, França. (LA SCOLA 
et al., 2003 apud STEPHENS, et al. 2009.) 
 
Ciclo viral 
A replicação viral, que ocorre no interior da célula do hospedeiro, evolui 
seguindo as etapas de adsorção, penetração, desnudamento, transcrição e 
tradução (síntese), maturação e liberação. 
 
 Adsorção 
É a ligação de uma molécula presente na superfície da partícula viral com 
os receptores específicos da membrana celular do hospedeiro. Nos vírus 
envelopados, as estruturas de ligação geralmente se apresentam sob a forma 
de espículas, como nos Paramyxovírus e nos vírus sem envelope. A ligação 
célula-vírus geralmente está relacionada a um ou grupo de polipeptídios 
estruturais, como acontece nos Papilomavírus. 
 
 Penetração 
É a entrada do vírus na célula. Esta pode ser feita de duas maneiras: fusão 
e viropexia. A fusão é quando a membrana celular e o envelope do vírus se 
fundem, permitindo a entrada deste no citosol da célula. No caso da família 
Paramixoviridae, a proteína F catalisa a ligação da membrana com o envelope. 
 
 Desnudamento 
 Neste processo, o capsídeo é removido pela ação de enzimas celulares 
existentes nos lisossomos, expondo o genoma viral. Além disso, se observa a 
fase de eclipse, onde não há aumento do número de partículas infecciosas na 
célula hospedeira. 
 De uma maneira geral, o vírus que possui como ácido nucleico o DNA, 
faz síntese no núcleo, com exceção do PoxvÌrus, uma vez que precisa da enzima 
polimerase, encontrada no núcleo da célula. O vírus que possui como genoma o 
 
33 
 
RNA faz a síntese viral no citoplasma, com exceção do vírus Influenza, pois já 
possui a enzima polimerase. 
 
 Síntese Viral (Tradução) 
A síntese viral compreende a formação das proteínas estruturais e não 
estruturais a partir dos processos de transcrição e tradução. Os vírus foram 
agrupados em sete classes propostas por Baltimore em 1971, de acordo com as 
características do ácido nucleico e as estratégias de replicação. Nos vírus 
inseridos nas classes I, III, IV e V, o processo de tradução do RNA mensageiro 
ocorre no citoplasma da célula hospedeira. Já nos vírus da classe II, este 
processo ocorre no núcleo. 
Em todas estas classes, o RNA mensageiro sintetizado vai se ligar aos 
ribossomas, codificando a síntese das proteínas virais. As primeiras proteínas a 
serem sintetizadas são chamadas de estruturais, pois irão formar a partícula 
viral. As tardias são as proteínas não estruturais, que participam do processo de 
replicação viral. 
 Na classe VI, os vírus de RNA realizam a transcrição reversa formando o 
DNA complementar (RNA'DNA’RNA), devido a presença da enzima 
transcriptase reversa (família Retroviridae). 
Os vírus da classe VII apresentam um RNA intermediário de fita simples, 
maior do que o DNA de cadeia dupla que o originou (DNA’RNA’DNA). 
Características principais de cada classe. 
Classe I: Ocorre no citoplasma, independente do genoma celular, 
que é bloqueado. 
Classe II: É realizada no núcleo,simultaneamente à síntese do 
genoma celular. 
Classe III: Processa-se no citoplasma; sendo, no início, apenas 
umas das fitas do ácido nucleico copiada. 
Classe IV: Ocorre no citoplasma, por meio de um processo 
complexo, ainda pouco esclarecido. 
Classe V: A fita simples de RNA serve de molde para a formação 
de genoma viral e síntese de RNA mensageiro. 
 
34 
 
Classe VI: Pertence a essa classe a família Retroviridae, que 
possui uma enzima chamada Transcriptase Reversa, responsável 
pela síntese de DNA a partir de RNA. 
Classe VII: Tem como exemplo a família Hepadnaviridae, cuja 
característica principal é a formação de um RNA intermediário. 
 
 Montagem e Maturação 
 Nessa fase, as proteínas vão se agregando ao genoma, formando o 
nucleocapsídeo. Alguns vírus, como o Rotavírus, apresentam mais de um 
capsídeo. A maturação consiste na formação das partículas virais completas, ou 
vírions, que, em alguns casos, requerem a obtenção do envoltório lipídico ou 
envelope. 
Este processo, dependente de enzimas tanto do vírus quanto da célula 
hospedeira, podendo ocorrer no citoplasma ou no núcleo da célula. De uma 
forma geral, os vírus que possuem genoma constituído de DNA condensam as 
suas partes no núcleo, enquanto os de RNA, no citoplasma. 
 
 Liberação 
 A saída do vírus da célula pode ocorrer por lise celular ou brotamento. Na 
lise celular (ciclo lítico), a quantidade de vírus produzida no interior da célula é 
tão grande que a célula se rompe, liberando novas partículas virais que vão 
entrar em outras células. 
Geralmente, os vírus não envelopados realizam este ciclo, ao passo que 
os envelopados saem da célula por brotamento. Neste caso, os nucleocapsÌdeos 
migram para a face interna da membrana celular e saem por brotamento, 
levando parte da membrana. 
 
35 
 
 
Fonte: estudopratico.com.br 
7 FUNGOS 
 
Fonte: todamateria.com.br 
Os fungos são microrganismos ubíquos, eucariotos, aclorofilados, 
aeróbios, heterotróficos, unicelulares e multicelulares. Mais de 250 mil espécies 
 
36 
 
de fungos já são conhecidas. Apesar das dimensões macroscópicas de alguns 
fungos, a exemplo dos cogumelos, são considerados microrganismos, pois 
formam um falso tecido gigante, mas a unidade celular é microscópica. 
(NASCIMENTO, 2010) 
Os fungos são espécies uni ou multicelulares identificadas por sua 
aparência física e por seu habitat. Morfologicamente, os fungos apresentam 
paredes celulares compostas principalmente de quitina, um polímero de N-
acetilglicosamina derivado da glicose. Essas paredes são compostas de 80 a 
90% de polissacarídeos com proteínas, lipídeos, polifosfatos e íons orgânicos 
formando uma matriz. São conhecidos por sua baixa exigência nutricional, o que 
facilita sua sobrevivência em ambientes diversos e a contaminação de produtos 
de consumo humano. (SPOLIDORIO et al,2013) 
Quanto ao modo de vida, a maioria é sapróbio sobre material em 
decomposição, outros são parasitos de plantas e animais (aproximadamente 150 
sp. são patogênicas para humanos e animais). A simbiose também é verificada 
como co-evolução entre fungos e plantas (micorrizas) e algas (líquenes). 
Com o metabolismo aeróbio crescem com facilidade sobre meios à base 
de batata ou carboidratos. As leveduras são aeróbias facultativas e promovem a 
fermentação, sendo de larga aplicação na indústria alimentícia. Os fungos são 
imóveis, exceto algumas estruturas reprodutivas (esporos do filo 
Chytridiomycota) flageladas. Os esporos são estruturas reprodutivas geradas 
por meiose (sexual) e mitose (assexual). 
 
Morfologia 
Morfologicamente, os fungos apresentam paredes celulares compostas 
principalmente de quitina, um polímero de N-acetilglicosamina derivado da 
glicose. Essas paredes são compostas de 80 a 90% de polissacarídeos com 
proteínas, lipídeos, polifosfatos e íons orgânicos formando uma matriz. São 
conhecidos por sua baixa exigência nutricional, o que facilita sua sobrevivência 
em ambientes diversos e a contaminação de produtos de consumo humano. 
(SPOLIDORIO et al, 2013) 
 
37 
 
 
Fonte: anatpat.unicamp.br 
Fungo leveduriforme: unicelular, com células esféricas, blastósporos, 
pseudo-hifas e clamidósporos. (NASCIMENTO, 2010) 
 
 
 Fonte: judytsafrirmd.com Fonte: ibapcursos.com.br 
Fungo filamentoso: multicelular, constituído por estrutura vegetativa 
(hifas). O conjunto de hifas forma o micélio. O micélio cresce de forma radial e 
horizontal, absorvendo nutrientes a partir do contato e ação enzimática sobre o 
substrato. As hifas têm crescimento indefinido enquanto houver nutrientes 
disponíveis. As hifas são cilíndricas, incolores (hialinas) ou levemente escuras 
(demácias). Os fungos filamentosos são divididos em cenocíticos - hifa não 
septada - e apocíticos - hifa septada. (NASCIMENTO, 2010) 
 
38 
 
 
Fonte: biologia.seed.pr.gov.br 
Classificação dos fungos 
Segundo Spolidorio et al (2013), os três principais grupos dos fungos: 
Bolores: são chamados de fungos filamentosos e estão 
presentes amplamente na natureza, principalmente em alimentos 
velhos. O filamento dos bolores recebe o nome de hifa. As hifas podem 
ser septadas (diferentes unidades celulares uninucleadas) ou 
cenocíticas (tubo nucleado contendo citoplasma). Elas crescem por 
alongamento das extremidades, produzindo novos filamentos quando 
outros são perdidos. A porção da hifa que contêm nutrientes é 
denominada hifa vegetativa; a porção relacionada com a reprodução é 
a hifa reprodutiva ou aérea. 
As hifas crescem em conjunto formando ramificações que 
originarão uma massa compacta denominada micélio. A partir do 
micélio, podem surgir estruturas aéreas chamadas de conídios, que 
correspondem aos esporos assexuados, frequentemente 
pigmentados, dando sua coloração ao micélio quando este é formado 
(amarela, preta, marrom, azul esverdeada, vermelha). 
Cogumelos: são denominados basidiomicetos filamentosos que 
formam os corpos de frutificação, parte comestível do cogumelo. 
Geralmente o cogumelo vive como micélio, crescendo em troncos, em 
folhas ou no solo. Em situações desfavoráveis, os corpos de 
frutificação se desenvolvem e formam uma estrutura em forma de 
chapéu denominada píleo. No interior do corpo de frutificação existem 
as lamelas, nas quais se formam os basidiósporos, esporos sexuais 
 
39 
 
que são dispersos na natureza e promovem a disseminação da 
espécie. 
 Leveduras: ou fungos unicelulares, na maioria das vezes, são 
denominadas ascomicetos. As células da levedura são esféricas, ovais 
ou cilíndricas, não filamentosas, e a divisão celular ocorre por 
brotamento. As leveduras apresentam dimensões muito maiores que 
as bactérias e evidentemente organelas intracelulares, como o núcleo. 
Também produzem esporos sexuais denominados ascósporos. 
Existem alguns fungos que são denominados imperfeitos, classificados 
como deuteromicetos. As espécies mais conhecidas são Penicillium, 
Aspergillus e Candida. Essas espécies não apresentam esporos 
sexuais; reproduzem-se por brotamento e podem produzir hifas (Figura 
1.5). Algumas espécies de leveduras, como a Candida, podem formar 
pseudo-hifas, brotos que não se separaram uns dos outros, formando 
uma cadeia de células. Além das pseudo-hifas, Candida também pode 
produzir hifas que facilitam sua penetração nos tecidos mais profundos, 
tornando-a patogênica, levando ao desenvolvimento de infecções 
orais, vaginais, pulmonares e até sistêmicas. Candida spp. produz 
esporos assexuais denominados blastoconídeos, que consistem em 
um broto originário de uma célula parenteral, ou ainda os 
clamidósporos, formados do alongamento e alargamento no interior de 
um segmento de hifa. 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
 
40 
 
Os fungos costumam ser classificados em três grupos taxonómicos 
embora sejam considerados quatro: os Zigomicetos, os Ascomicetos, 
os Basidiomicetose os Fungos imperfeitos. Estes últimos não são um verdadeiro 
filo mas um grupo de fungos cujas estruturas sexuadas não estão bem 
identificadas. Aqui se incluem o Aspergillus e o Penicillium. 
Os Zigomicetos são os fungos mais simples, com hifas asseptadas, aqui 
se incluindo o bolor-do-pão e alguns fungos parasitas de animais. 
Os Ascomicetos incluem fungos cujas hifas apresentam septos 
perfurados, sendo o zigoto substituído por um pequeno saco, o asco. Leveduras, 
morquelas e trufas são exemplos de fungos deste grupo. 
Os Basidiomicetos apresentam hifas septadas, com parede quitinosa. 
Produzem um tipo de esporos, basidiósporo, suportados por um esporângio 
característico, com forma de dedos, o basídio. Aqui se incluem os cogumelos. 
 
 
 
Fonte: cientic.com 
 
 
 
 
 
41 
 
Reprodução dos fungos 
 
Os fungos se reproduzem de forma sexuada ou assexuada, 
principalmente por meio da produção de esporos (Células que originam novos 
indivíduos através da mitose). Em geral são imóveis, com exceção dos 
encontrados em quitrídios. (Fungos do filo Chytridiomycota.) 
Os esporos consistem em um método bastante eficaz de propagação, 
pois podem ser carregados pelo vento, água e animais a grandes distâncias. 
Quando eles caem em um local propício, com água e nutrientes, desenvolvem-
se. Essa facilidade de propagação ajuda a explicar a ampla distribuição de 
muitas espécies. 
 
 Reprodução assexuada 
A reprodução assexuada pode ocorrer de diversas formas. Uma forma 
comum de reprodução apresentada por organismos unicelulares, como 
as leveduras, é o brotamento, no qual ocorre o crescimento de um broto a partir 
da célula-mãe. Leveduras também podem reproduzir-se por divisão 
celular simples. 
Os mofos (ou bolores), frequentemente encontrados em alimentos em 
decomposição, produzem esporos assexuadamente, originando assim, novos 
fungos. 
 
 Reprodução sexuada 
A reprodução sexuada ocorre em três etapas: 
Plasmogamia: nessa etapa, ocorre a fusão do citoplasma de dois 
micélios. Como em muitas espécies os núcleos não se fundem imediatamente, 
os dois núcleos haploides permanecem aos pares na célula. Esse micélio é 
denominado de dicariótico. Com o passar do tempo, esses núcleos passam a 
dividir-se sem que haja a fusão; 
Cariogamia: essa fase pode demorar horas e até mesmo anos. Aqui 
ocorre a fusão dos núcleos haploides, o que forma células diploides. No ciclo de 
vida dos fungos, apenas o zigoto é uma fase diploide; 
Meiose: essa etapa é de extrema importância, pois restabelece a 
forma haploide e origina esporos com maior variabilidade genética. 
 
42 
 
 
 
Fonte: educacao.globo.com 
8 PROTOZOÁRIOS 
 
Fonte: iliveok.com 
Segundo Brusca & Brusca, protozoários são os seres eucariontes que não 
apresentam nível de organização tecidual como as plantas e os animais, e não 
passam pelo processo de formação dos folhetos embrionários, que ocorre 
nesses grupos. Fazem parte do reino Protista, junto com as algas unicelulares 
 
43 
 
crisófitas, euglenófitas e pirrófitas de acordo com suas semelhanças mais 
evidentes. 
A característica única que permite agrupar todas as formas de 
protozoários, inclusive algumas algas, dentro do reino Protista, é o fato desses 
microrganismos serem unicelulares e eucariontes. (PERDOCINI, 2016) 
A maioria dos protozoários são de vida livre e aquática podendo ser 
encontrados na água doce, salobra ou água salgada, levam vida livre também 
em lugares úmidos, rastejando pelo solo ou sobre matéria orgânica em 
decomposição ou agem como parasitas de diversos organismos, podendo gerar 
doenças conhecidas como protozooses. 
Classificação 
Os protozoários são classificados conforme o seu meio de locomoção, e 
divididos em: 
Ciliados ou Ciliata: Locomovem –se na água através do batimento 
de cílios numerosos e curtos e aparece, geralmente, em água doce e salgada, e 
onde existe matéria vegetal em decomposição. Eles executam também outro tipo 
de reprodução, chamado de conjugação (sexuada), onde uma célula transmite 
material genético para outra célula, ocasionando uma variabilidade genética, o 
que é essencial para qualquer tipo de ser vivo. Depois da conjugação, as células 
realizam a reprodução assexuada. Ex: Paramecium, Didinum. 
 
 
Fonte: infoescola.com 
 
44 
 
Flagelados, Flagelata ou Mastigophora: utilizam o movimento de um 
único e longo flagelo, são de vida livre e muitos deles são parasitas de seres 
humanos. Ex: Giardia, Leishamania, Trypanossoma. 
 
 
Fonte: fcnoticias.com.br 
Rizópodos, Rizopoda ou Sarcodina: utilizam pseudópodos ("falsos 
pés"), moldando a forma do seu próprio corpo para se locomover; é o grupo onde 
é encontrada a Ameba, que usa muitos pseudópodes para locomoção. A ameba 
é um ótimo exemplo de protozoário, obtendo seu alimento através do processo 
chamado fagocitose, e digerindo-o em seus vacúolos digestivos. 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
 
45 
 
Espozoários ou Sporozoa: São protozoários que não possuem organelas 
locomotoras nem vacúolos contráteis. Ex: Plasmodium, Toxoplasma. 
 
 
Fonte: wehi.edu.au 
Estrutura dos protozoários 
No corpo unicelular dos protozoários reconhecemos: 
 Membrana; 
 Citoplasma; 
 Núcleo; 
 Orgánulos. 
 
 
Fonte: cienciasresumos.com.br 
 
46 
 
 Membrana 
Todos os protozoários possuem o corpo revestido por uma delgada 
membrana que exerce três importantes funções: proteção, contenção do 
protoplasma interno e osmose. Os rizópodes (amebas), animais bastante 
conhecidos do reino protista, possuem membrana, extremamente delgada, o 
plasmalema. Os flagelados já apresentam membrana mais diferenciada, o 
periplasto ou película. 
 
 Citoplasma 
O citoplasma fundamental dos animais do reino protista aparece 
geralmente dividido em duas partes: ectoplasma e endoplasma. O ectoplasma é 
a parte periférica, mais viscosa e hialina, sendo pouco granulosa. O endoplasma 
é a porção mais interna, menos viscosa e de aspecto granuloso. No endoplasma 
aparecem o aparelho de Golgi, o condrioma, vacúolos digestivos e contrácteis, 
bem como outras estruturas celulares típicas. 
 
 Núcleo 
O núcleo apresenta os mesmos componentes que o núcleo dos 
metazoários, isto é, carioteca, cariolinfa, cariossomos e nucléolos. Geralmente 
os protozoários são uninucleados. Entretanto, há protozoários binucleados 
como Giardia lamblia e plurinucleados como a Opalina ranarum. 
Nos animais ciliados do reino protista observamos o dimorfismo nuclear, 
com a existência de dois núcleos, o macronúcleo com função vegetativa e o 
micronúcleo com função reprodutiva e genética. Outros ciliados possuem macro 
e micronúcleos em número variável. 
 
 Orgânulos 
Nos unicelulares todas as funções fisiológicas são executadas por uma 
única célula, o que determina o aparecimento de diferenciações estruturais 
relativas às funções de nutrição, proteção e locomoção dos animais do reino 
protista. 
Tais diferenciações comparáveis a órgãos de metazoários são 
denominadas orgânulos ou organelas e constituem partes de uma célula. 
 
 
47 
 
Reprodução dos protozoários 
Os protozoários multiplicam-se mais frequentemente por via assexuada, 
mas certos grupos recorrem regularmente ou sob determinadas condições do 
ambiente à reprodução sexuada, enquanto outros têm ciclos complexos nos 
quais alternam fases de multiplicação assexuada e sexuada. A habilidade de 
realizar uma fase sexuada está restrita aos ciliados, apicomplexos e alguns 
táxons de flagelados e sarcodinos. 
O ciclo reprodutivo dos protozoários envolve um período de crescimento 
seguido pela reprodução, crescimento dos organismos resultantes e 
eventualmente sua própria reprodução. O período de crescimento individual 
oscila de várias horas a vários dias ou mesmo vários meses, como ocorre nos 
ciclos de vida de certos foramníferos. 
 
 Reprodução assexuada 
É o processo mais simples de multiplicação, pois partindo de um sóorganismo que apresenta mitoses formam-se outros com as mesmas 
características genéticas do organismo parental. Se não ocorrem mutações 
todos os descendentes serão comparáveis entre si, constituindo, portanto, 
clones. Existem os seguintes métodos: 
 
 Divisão binária simples 
 Este tipo de reprodução baseia-se na bipartição do corpo celular. Nas 
amebas nuas não há plano de divisão, elas simplesmente assumem uma forma 
arredondada e dividem-se em duas metades basicamente iguais as células filhas 
recebem diretamente a estrutura do progenitor; em apenas um dos indivíduos 
será formado, de novo, um vacúolo contrátil. 
Nos ciliados os dois tipos de núcleo (macro e micronúcleo) dividem-se e 
o corpo plasmático geralmente é estrangulado transversalmente; cada indivíduo 
recebe um par de núcleos. São necessárias como novas diferenciações: em 
cada metade um segundo vacúolo contrátil e para a célula filha “posterior” um 
novo citóstoma, incluindo áreas especializadas de cílios, pois o antigo citóstoma 
desloca-se para o organismo “anterior”. 
A diferenciação de novas organelas inicia-se já nas primeiras divisões 
nucleares e precede a divisão do citoplasma. Alguns ciliados, por 
 
48 
 
exemplo, Colpoda, dividem-se dentro de cistos, inicialmente em dois 
irmãos que após nova divisão forma 4 ciliados, os quais são liberados quando 
há ruptura da parede do cisto. 
 
 
Fonte: protistaeplantae.fandom.com 
 Divisão ou Fissão Múltipla (= esquizogonia) 
 A divisão múltipla segue-se às mitoses repetidas; em alguns grupos de 
protozoários, a divisão nuclear não é seguida imediatamente de citodierese. 
Resulta então a acumulação de muitos núcleos, milhares talvez, antes que se 
inicie a diferenciação das células filhas. Quando esta começa a se processar, 
formam-se quase concomitantemente, muitos organismos filhos. 
Então o citoplasma divide-se em tantos territórios quantos os núcleos 
filhos, isolando elementos unicelulados ou esquizozoítos. Ocorre em 
protozoários parasitos (Apicomplexa, Microspora, Ascetospora e Mixozoa) e em 
algumas espécies de vida livre (foramníferos e “radiolários”). 
 
 
49 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 Brotamento 
Brotamento ou gemiparidade: A célula se divide desigualmente, 
distinguindo-se uma célula maior (célula mãe) e outra menor, chamada broto, 
que depois se destaca e cresce até atingir o estado adulto. O processo é comum 
em Suctórios 
Os organismos ciliados resultantes do brotamento, nadam livremente até 
se estabelecerem num substrato, quando perdem os cílios e desenvolvem 
tentáculos alimentadores e pedúnculo fixador. 
 
Reprodução sexuada 
Copulação: Consiste na união de duas células que funcionam como 
gametas, havendo fusão dos núcleos e citoplasma, formando-se uma célula-ovo 
ou zigoto. Os indivíduos que se conjugam são chamados isogametas, quando 
iguais em forma e tamanho. Fala-se em anisogamia quando os indivíduos 
diferem em forma e tamanho; distinguindo-se um macrogrameta (gameta 
feminino) geralmente esférico e um microgameta (gameta masculino) fusiforme. 
O zigoto formado na copulação dos animais do reino protista sofre um processo 
de esporogonia, formando esporozoítas. 
 
 
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Conjugação: união parcial transitória de dois indivíduos, na qual se 
trocam mutuamente núcleos haplóides de modo que, depois de realizada a 
separação, os núcleos dos ex-conjugantes possuem uma nova guarnição 
cromossômica combinada. A conjugação encontra-se somente nos ciliados, os 
protozoários mais altamente diferenciados e mais ricos em diferenciação 
citoplasmática. O ciclo é diplobionte. 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
Ciclo de vida 
Alguns protozoários podem existir de duas formas: 
Trofozoíto: célula vegetativa, capaz de crescer e se reproduzir). 
Cistos: forma de resistência, não se reproduz, vive no ambiente sob 
condições desfavoráveis. 
Uma característica do ciclo de vida dos protozoários, é o encistamento. 
Durante períodos de condições ambientais desfavoráveis certos protozoários 
secretam uma substância que forma um cisto protetor, o qual envolve todo o seu 
corpo, protegendo – os contra a dessecação e contra as baixas temperaturas. 
 
51 
 
 
Fonte: estudeparasitologia.files.wordpress.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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