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RelatArio de estAgio_5_WEG_THAISY_CORAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR V 
PERÍODO: 21/08/2023 A 05/12/2023 
 
 
 
WEG EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOS S/A. 
METALÚRGICO IV 
 
 
 
 
 
THAISY CORAL BORBA 
 
 
 
 
 
Guaramirim 
 
 
 
1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR V 
PERÍODO: 21/08/2023 A 05/12/2023 
 
 
WEG EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOS S/A. 
METALÚRGICO IV 
 
 
 
 
 Thaisy Coral Borba 
Matrícula: 17204941 
Coordenador: Prof. Bruno Henriques 
Orientador: Luciano Mauro 
 
 
“Concordamos com o conteúdo deste relatório” 
 
 
 
 
Guaramirim
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
WEG EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOS S/A. 
METALÚRGICO IV 
 
Rodovia Br 280, Km 50, 
CEP: 89270-000 
Guaramirim – SC, Brasil 
Fone: (47) 3276-7729 
www.weg.net
https://www.google.com/search?q=weg+guaramirim&source=lmns&bih=695&biw=1536&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwj0uO-yx42CAxUenJUCHbBwBtUQ_AUoAHoECAEQAA
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, gostaria de agradecer a WEG Equipamentos Elétricos S/A, em 
especial aos colaboradores do setor Metalúrgico IV, que tornou possível essa 
experiência, contribuindo para minha evolução profissional e pessoal. 
Ao meu orientador, Eng.º Luciano Mauro, pelas dicas e auxílio durante todo o 
período do estágio. 
Aos analistas Isabela Demathe Lima, Joselito Vieira e Vandoir Luis por não 
medir esforços em esclarecer minhas dúvidas, por sempre compartilhar o 
conhecimento adquirido nestes anos de profissão e se preocupar com o meu 
aprendizado. 
As laboratoristas Elaine, Durcia, Zaíra, Rosi que me auxiliaram, motivaram e 
me ensinaram coisas importantes nessa etapa da minha graduação. 
E a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a 
concretização deste período. 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 5 
2. EMBASAMENTO TEÓRICO ....................................................................... 6 
2.1. Fundição .............................................................................................. 6 
2.1.1. Confecção de modelos: ........................................................................ 7 
2.1.2. Confecção do molde ............................................................................. 7 
2.1.3. Confecção de machos ........................................................................... 8 
2.1.4. Fusão do Ferro fundido ......................................................................... 8 
2.1.5. Vazamento.............................................................................................. 8 
2.1.6. Acabamento ........................................................................................... 9 
2.2. Resinas aglomerantes utilizadas no processo Cold Box para 
fabricação de machos .................................................................................. 9 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.............................................................. 11 
3.1. Estudo de validação de fornecedor através das análises de 
propriedades físicas e mecânicas de resinas poliméricas que são 
utilizadas na fabricação de machos no processo Cold Box. .................. 11 
3.2. Viscosidade ....................................................................................... 11 
3.3. Teor de sólidos .................................................................................. 13 
3.4. Resistência a Tração ......................................................................... 15 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 19 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 23 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
1. INTRODUÇÃO 
 
A WEG S.A. é uma empresa multinacional brasileira líder mundial 
na fabricação de equipamentos elétricos, que atua na fabricação de 
diversas outras soluções para o mercado de transformação de energia, 
como: motores monofásicos para linha branca, motorredutores, motores 
trifásicos de alta e baixa tensão, geradores, turbinas entre outros 
produtos. 
Com mais de 40.000 colaboradores em todo o mundo, o grupo 
WEG opera em 52 parques fabris distribuídos globalmente. A empresa 
desempenha um papel significativo tanto no mercado interno brasileiro 
quanto na exportação para mais de 135 países. A WEG mantém padrões 
rigorosos de qualidade, evidenciados por suas certificações ISO 9001, 
ISO 14001 e ISO 50001, garantindo a excelência de seus produtos. 
O presente relatório tem como objetivo reportar as atividades 
realizadas durante o quinto estágio curricular obrigatório da graduanda 
em Engenharia de Materiais, Thaisy Coral Borba, realizado na empresa 
WEG Equipamentos Elétricos S/A, no período do de 21/08/2023 à 
05/12/2023. 
O estágio foi realizado no parque fabril III – Metalúrgico IV na 
seção de fusão, macharia e moldagem, mais especificamente na área de 
controle de processos. Dentre as principais atividades exercidas estão: 
Auxílio no controle de processo de fundição de carcaças de motores, 
análises de qualidade de fabricação, análise de causa raiz de defeitos, 
busca por soluções de instabilidades de processos. 
Vale salientar o auxílio às atividades do laboratório, como análises 
de granulometria de inoculantes e ensaios relacionados a areia a verde 
e de macharia. 
Dentre as atividades realizadas, serão descritas no presente 
relatório um estudo de validação de fornecedor através das análises de 
propriedades físicas e mecânicas de resinas poliméricas que são 
utilizadas na fabricação de machos no processo cold box. 
 
 
 
 
6 
2. EMBASAMENTO TEÓRICO 
2.1. Fundição 
A palavra "fundição" tem origem no latim "fundere", que significa "fundir". 
O termo "fundição" se refere ao processo de fundir um material, como metal, 
transformando-o de seu estado sólido para o estado líquido e, em seguida, 
moldando-o em uma forma desejada. A descoberta histórica desse processo 
desempenhou um papel fundamental na fabricação de objetos de metal e outros 
materiais que acompanharam o progresso da humanidade ao longo de milênios, 
hoje temos métodos de fabricação desde o mais artesanal até o mais 
automatizado (Medeiros, 2015). 
 
Figura 1 - Forno vazador automático 
 
Fonte: Indufor (2023). 
A fundição é um processo de fabricação amplamente empregado na 
indústria para a criação de peças de ferro fundido com características e formatos 
específicos. Dentre as vantagens das peças fundidas, destacam-se a 
capacidade de produzir produtos com formas tão simples quanto complexas, a 
flexibilidade no tamanho da peça, a disponibilidade de diferentes padrões de 
acabamento e a possibilidade de manter tolerâncias dimensionais variando entre 
± 0,2 mm e ± 0,6mm (Moro, 2007). 
 O ferro fundido cinzento é um dos produtos do processo de fundição e é 
chamado assim devido à sua superfície cinza característica, que resulta de sua 
 
 
 
7 
estrutura microscópica de grafite em forma de lamela dispersa na matriz de ferro. 
Esta estrutura garante uma boa usinabilidade, absorção de vibrações e impactos 
sendo ideal em aplicações que necessitam de uma boa estabilidade como peças 
de máquinas girantes. O ferro fundido cinzento, ainda apresenta uma boa 
resistência ao desgaste e uma boa capacidade de dissipação de calor, tudo isso 
atrelados a um baixo custo, o que o torna um material ótimo para aplicação em 
carcaças de motores e máquinas em geral. 
O processo de produção é altamente diversificado devido às 
particularidades de cada método de produção. Dada a complexidadeda 
atividade, é possível resumir o processo em algumas etapas gerais, 
especialmente considerando o método empregado pela empresa WEG S/A 
conhecido neste estágio, que é chamado academicamente como fundição por 
gravidade em areia verde. 
2.1.1. Confecção de modelos: 
O processo começa com a criação de um modelo com o formato 
aproximado da peça a ser fundida, onde suas dimensões devem considerar a 
contração de solidificação do metal. Esse modelo pode ser feito de variados 
materiais como madeira, metal ou plástico. 
2.1.2. Confecção do molde 
O molde desempenha um papel crucial na formação do ferro fundido, e é 
confeccionado a partir da mistura de diversos materiais, incluindo areia de 
quartzo, que proporciona resistência mecânica e propriedades refratárias; argila 
bentonita, responsável por conferir plasticidade ao molde; e carvão, utilizado 
para reduzir a rugosidade do produto final. Esse material é compactado sobre o 
modelo para criar um molde de areia em duas partes: a caixa de molde superior 
e a caixa de molde inferior, após a compactação é retirado o modelo do molde 
restando apenas uma caixa com a cavidade com o formato da peça a ser fundida. 
A compactação pode ser realizada manualmente ou com máquinas automáticas 
de moldagem (Evangelista et al, 2020). 
O processo de fundição possui muitas variáveis de contorno como: grau 
de automação, produtividade, precisão dimensional, acabamento..., mas existe 
 
 
 
8 
uma variável que se destaca dentre todas elas e é determinante para a qualidade 
da peça que se quer obter, essa variável é o tipo de molde e suas propriedades 
físicas resultante. Por exemplo a taxa de dissipação de calor através do molde 
de areia verde é determinada pelo tamanho de grão e permeabilidades da areia, 
que pode facilitar ou dificultar o resfriamento do metal líquido por tanto são 
responsáveis pelas as características de resistência mecânica da peça obtida 
(Moro, 2007). 
2.1.3. Confecção de machos 
O macho é um dispositivo fabricado através de areia de quartzo e resinas 
poliméricas que podem ser utilizados para formar os vazios, furos e reentrâncias 
de uma peça. O mesmo deve oferecer uma resistência mínima para manuseio 
e não causar defeitos ao produto fundido. Eles são inseridos ao molde após a 
retirada do modelo e antes que a caixa seja fechada para receber o metal 
líquido (CEMP,2015). 
2.1.4. Fusão do Ferro fundido 
O ferro fundido geralmente é produzido através aquecimento de sucatas 
metálicas a temperaturas elevadas, cerca de 1300ºC a 1500ºC, em um forno 
fusor, sua composição química pode ser ajustada com minérios aditivos, a 
mesma ainda é controlada para se manter em uma faixa desejável de 
composição química requerida para cada tipo de peça. 
2.1.5. Vazamento 
O ferro no estado líquido é transportado e vazado na cavidade de um 
molde confeccionado em areia verde. À medida que o ferro líquido é vazado, 
passa pelo processo de resfriamento, e ocorre sua solidificação, conferindo à 
peça a morfologia desejada. A taxa de resfriamento desempenha um papel 
crucial na determinação da microestrutura resultante do ferro cinzento, 
influenciando na sua resistência mecânica. Após a conclusão do processo de 
solidificação, o molde é quebrado, revelando uma peça de ferro fundido 
finalizada. 
 
 
 
9 
2.1.6. Acabamento 
A peça fundida ainda passa pelo processo de rebarbação, inspeção e 
usinagens para atingir as dimensões final desejável. 
2.2. Resinas aglomerantes utilizadas no processo Cold Box para 
fabricação de machos 
A utilização de macho no processo de fundição tem como objetivo 
promover os vazios e reentrâncias que são desejados em peças de geometria 
complexa. O sistema de produção de machos utilizados no setor metalúrgico IV 
da empresa WEG S/A, utiliza o método Cold Box para obtenção dos machos 
que são usados na linha de produção de peças fundidas. 
O sistema Cold Box fenólico uretânico e o maquinário de sopradoras 
automáticas são responsáveis por dar forma à mistura de areia usada na 
fabricação dos machos. Este processo é responsável pelo endurecimento da 
mistura já dentro do ferramental (molde do macho), onde ocorre a reação de 
dois componentes químicos que formam o poliuretano. Essa reação entre os 
dois componentes advém da poliadição da resina de formaldeído, que é o 
componente parte I, e do isocianato, componente parte II da reação (CEMP, 
2015). 
Figura 2 - Reação de formação do poliuretano 
 
Fonte: Chemicals (2023). 
No processo, os elementos-chave são os componentes parte I e parte II 
respectivamente, resina fenol-formaldeído e o isocianato, que são misturadas a 
areia de quartzo. Essa mistura é soprada e comprimida em uma caixa de 
machos e solidificada por meio de uma catalise com gás de amina. As taxas 
de adição dos componentes partes I e II, geralmente utiliza-se entre 0,4 % e 
1,2% para cada parte, variando conforme a aplicação do macho e o tipo de 
material do molde empregado (CEMP, 2015). 
 
 
 
10 
A reação de endurecimento dos machos com o processo Cold Box 
fenólica uretânica é muito rápida, o que torna o processo, atrativo para 
produções em larga escala e que possuem geometrias complexas. A 
resistência mecânica empregada a mistura moldada, permite uma produção 
automatizada com confiabilidade e estabilidade térmica que permite sua 
utilização seguida de sua produção (Chemicals, 2023). 
 
Figura 3 - Machos fabricados para uso fundição de carcaça de motor. 
 
Fonte: Autor (2023). 
 
O processo ainda permite a reutilização da areia após utilização dos 
machos, através de um tratamento mecânico ou térmico, a areia pode recircular 
no sistema e ser reinserido ao processo de fundição como areia de moldagem 
a verde, seu pH quase neutro possibilita quimicamente essa atividade sem 
causar danos ao processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
3.1. Estudo de validação de fornecedor através das análises de 
propriedades físico-químicas e mecânicas de resinas 
poliméricas que são utilizadas na fabricação de machos no 
processo Cold Box. 
 
 Devido à recente crise de matérias primas mundial, causada pela 
pandemia de COVID em 2019, veio a necessidade de fomentar fornecedores 
alternativos de matéria prima para os mais diferentes setores de fabricação. 
Com isto se achou pertinente testarmos diferentes provedores e validar seus 
produtos, para utilização no processo de fabricação de machos. 
 Tendo em vista a teoria de fundição e o processo Cold Box de 
obtenção de machos, foi proposto um estudo comparativo de diferentes 
fornecedores de resina fenólica uretânica e isocianato. 
O objetivo do estudo é verificar comportamento de resinas polimérica de 
diferentes fornecedores, bem como averiguar suas propriedades físicas e 
químicas e ainda comparar com os dados do fornecedor já existente e 
normativas internas da empresa WEG. 
 Para isso foram feitos testes de viscosidade, resistência à tração, 
teor de sólidos e vida de banca, com dois tipos de mistura, utilizando uma 
mesma areia de quartzo padrão, alterando apenas o fornecedor de resinas. O 
fornecedor B, representa um provedor já conhecido, que é utilizado atualmente 
no processo de fabricação Cold Box da linha de fabricação de machos do 
metalúrgico IV – WEG S/A, e o fornecedor B será nosso objeto de estudo e 
comparação para avaliação de possível novo fornecedor. 
 
3.2. Viscosidade 
 O ensaio de viscosidade foi feito através do viscosímetro Copo 
Ford. Ele é um teste, rápido e simples de aferição da viscosidade de líquidos. 
Consiste em medir o tempo que o líquido demora para escoar em fluxo continuo 
sem falhas através de um copo com dimensional específico e orifício de 
diâmetro conhecido. Para isso deve-se extrair a amostra da substância a ser 
analisada com temperatura especifica de 25ºC, deposita-la no copo retirando o 
 
 
 
12 
excesso com auxílio da placa lembrando que o orifíciodeve estar bloqueado 
para que não haja escoamento, a vazão é liberada, e com auxílio de um 
cronometro é medido o tempo que todo volume do fluido leva para escoar em 
fluxo continuo pelo orifício do copo (CEMP, 2015). 
Figura 4 - Ensaio com viscosímetro Copo Ford 
 
Fonte: Autor (2023). 
 
Na tabela 1, abaixo apresenta os resultados obtidos de viscosidade para 
as resinas dos fornecedores A e B, e seus respectivos produtos ativos parte I e 
parte II. Os resultados foram comparados com a normativa interna da empresa 
WPR-3325, onde são definidos parâmetros mínimos para o bom funcionamento 
do processo de fabricação, e com a base de testes do fornecedor (B.T.F) que 
são dados obtidos do produto junto ao fornecedor de ambos ativos das resinas 
parte I e parte II. 
 
 
 
 
Tabela 1 – Viscosidade das resinas parte I e II. 
Fornecedor A B 
Parte I 25,64 s 27,11 s 
Parte II 17,27 s 14,60 s 
B.T.F. Parte I 
Não 
informado 
25 - 35 s 
B.T.F. Parte II 10 - 20 s 
WPR-3325 Parte I 25 - 40 s 
WPR-3325 Parte II 10- 20 s 
 
 
 
13 
 
3.3. Teor de sólidos 
 
O teor de sólidos é um parâmetro essencial para caracterização da 
matéria orgânica presente na amostra e está diretamente relacionado com a 
quantidade de água e a quantidade de minerais presente na resina, sendo 
expressa em gramas por litro ou porcentagem (Chernicharo, 2007). 
 Seguindo a normativa interna de determinação do teor de sólidos em 
resinas de fundição WPS – 3788 os ensaios foram feitos em triplicatas, afim de 
garantir confiança nos resultados. 
Cápsulas de alumínio foram os recipientes escolhidos para realização do 
ensaio, onde passaram pelo processo de desumidificação, permanecendo a 105 
± 2ºC por 1 hora. Após esta etapa, as cápsulas foram resfriadas em dessecador 
e pesadas. E em seguida foram adicionadas aos recipientes de alumínio 1,5 
gramas das resinas fenólicas (parte I) e de isocianato (parte II), como mostra a 
figura 5. 
 
Figura 5 - Amostra de resina para ensaio de teor de sólido. 
 
Fonte: Autor (2023). 
 Os corpos de prova foram levados a uma estufa 105 ± 2ºC por 3 horas. 
Passado o tempo, as mesmas foram retiradas e resfriadas em dessecador e 
pesadas novamente. Para calcular o teor de sólidos das resinas foi utilizado a 
seguinte expressão. 
 
 
 
 
14 
𝑇𝑆 =
(𝑃𝑓 − 𝑃𝑐)
𝑃𝑎
𝑥100 
Onde: 
TS=Teor de sólidos (%) 
Pf= peso da cápsula + peso do resíduo (g) 
Pc=Peso da cápsula (g) 
Pa= Peso da amostra (g) 
 
Os dados obtidos para as resinas divididas em parte I (fenólica) e parte 
II (isocianato) estão apresentados abaixo na tabela 2, eles foram comparados 
com a base de testes do fornecedor (B.T.F) de cada resina e a exigência da 
normativa interna WPR-3325. 
 
Tabela 2– Teor de sólidos das resinas parte I e II. 
Fornecedor A B 
Parte I 53,48% 55,75% 
Parte II 76,62% 73,18% 
B.T.F. Parte I Não 
informado 
50 - 55 % 
B.T.F. Parte II 74 - 78 % 
WPR-3325 Parte I 50 - 55 % 
WPR-3325 Parte II 74 - 78 % 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3.4. Resistência a Tração 
 
O teste de tração é um ensaio destrutivo que mede a resistência máxima 
de esforço de tração que um corpo suporta antes de sua ruptura, com ele é 
possível também obter outras informações como resistência ao escoamento e 
ductilidade do material, geralmente é interpretado por um gráfico de tensão 
deformação, onde o comportamento mais comum é a aplicação de uma carga 
trativa gerando uma deformação elástica, seguida de uma deformação plástica 
e pôr fim a ruptura do corpo de prova (Callister, 2002). 
 
 
Figura 6 - Diagrama tensão x deformação 
 
Fonte: Gomes (2010). 
 
Para avaliar a qualidade das resinas em simulação de seu desempenho 
junto à areia de quartzo na produção de machos, foram realizados testes de 
tração. O objetivo foi analisar a resistência mecânica fornecida aos corpos de 
prova ao utilizar resinas de dois fornecedores diferentes e submetê-los a 
diversas condições de trabalho. 
Para isso foi necessário confeccionar duas misturas padrão, uma para 
cada fornecedor diferente, e dar formato aos corpos de prova através de uma 
 
 
 
16 
sopradora de laboratório, para isso foi seguido a normativa interna de preparação 
de mistura para testes do processo cold box, WPS – 10223. 
Para produzir uma mistura padrão utiliza-se 3000 g de areia de quartzo. 
Após pesada, a areia padrão é colocada no misturador de bancada (figura 7), e 
adicionado 21,1 g de resina fenólica parte I, e então a mistura é agitada por 1 
minuto e 30 segundos e posteriormente 21,1 g da resina isocianato parte II, é 
inserida no misturador e agitada por mais 1 minuto e 30 segundos. O misturador 
é desligado e a areia está pronta para moldagem na sopradora. 
 
Figura 7 - Batedeira de mistura padrão 
 
Fonte: Autor (2023). 
 
A mistura então é levada para sopradora (figura 8), onde é feita 
moldagem com parâmetros específicos de pressão de sopro e lavagem, e então 
é aplicado o gás de amina que faz a catalise do processo e acelera a solidificação 
da mistura em um molde, produzindo o corpo de prova. O mesmo, é tracionado 
pela máquina universal de resistência a tração (figura 9). 
A seguir as imagens dos equipamentos utilizados para realizar os 
ensaios laboratoriais. 
 
 
 
17 
 
Figura 8 - Sopradora de laboratório 
 
 
Figura 9 - Máquina de resistência à tração 
 
Fonte: Autor (2023). Fonte: Autor (2023). 
 
 
Os ensaios de tração foram executados com corpos de prova em 
triplicata, sendo divididos da seguinte maneira; 3 corpos de prova foram 
tracionados logo após sua fabricação para se obter a resistência a tração 
imediata (RT) N/cm²; 3 corpos de prova foram fabricados e tracionados após 1h 
de confecção e 3 corpos de prova foram produzidos em imediato e rompidos 
após 24 horas da sua moldagem. 
 A natureza da composição das amostras, constituída por uma mistura 
de areia e resinas poliméricas, resulta em um comportamento considerado frágil 
quando submetido a esforços de tração. 
Com os dados coletados pelos ensaios foi construído uma tabela com a 
média dos valores de resistência à tração, segue a tabela 3 com os resultados 
obtidos nos ensaios para os dois fornecedores. 
 
Tabela 3– Resistência Média à Tração 
Tipo A B 
Resistência 
atração imediato 
(RT) N/cm² 
153,2 116,5 
Após 1h 212,8 
 
156,7 
 
Após 24h 222,9 181,1 
 
Mín. 120 
B.T.F. 
Não 
informado 
 
 
 
 
 
 
18 
Com o intuito de verificar o tempo em que é possível se trabalhar com a 
mistura de areia incorporada com a resina, sem obter perdas significativas nas 
propriedades do sistema, foi realizada a análise de vida de banca da mistura. 
Para isso após feita a mistura padrão ela é armazenada em um saco plástico. 
Após 30, 60 e 90 min é confeccionado os corpos de prova com a mistura, e então 
eles são tracionados imediatamente. Neste ensaio, uma redução na resistência 
à tração superior a 20% é considerada significativa, indicando uma perda 
específica nas propriedades da resina e marcando o encerramento do teste 
(CEMP, 2015). 
Os resultados obtidos de perda percentual da resistência a tração no teste 
de vida de banca para as 2 misturas utilizando os produtos dos fornecedores A 
e B, foram descritos na tabela 4. 
 
Tabela 4– Percentual de perda de vida de banca 
Perda percentual 
de propriedades 
com moldagem 
após 
A B 
0,5 h 14% 8% 
1 h 33% 10% 
1,5 h 54% 23% 
 
 
 
 
 
 
19 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Tendo em vista as análises já apresentadas neste trabalho e para melhor 
avaliar os resultados de tração, foi criado uma árvore de amostragem, onde a 
variável, resina parte I (fenólica) e parte II (isocianato) aplicada na mistura, é 
definida para teste de ambos fornecedores. Varia- se então os tempos de cura, 
que foram divididos em três, resistência a tração em imediato, após 1 hora de 
moldagem e após 24 horas gerando 18 resultados possíveis de resistência a 
tração. 
 
 
 
Figura10 - Árvore de amostragem 
 
Fonte: Autor (2023). 
 
Este tipo de análise possibilitou organizar a metodologia e observar o 
desempenho das resinas. Com os resultados do foi construído um gráfico de 
variação da resistência à tração nos diferentes tempos de cura representado pela 
figura 11 abaixo. 
 
 
 
 
20 
Figura 11 - Gráfico de variação de resistência à tração. 
 
Fonte: Autor (2023). 
 
 Ambos fornecedores apresentaram resultados satisfatórios para 
resistência à tração, se mantendo acima do limite inferior de especificação (LIE), 
de 120 N.cm-2, conforme a norma interna WPS-27850. O fornecedor A ainda 
apresentou resultados de resistência a tração superiores a 200N/cm² após 1 hora 
e após 24 horas de confecção do corpo de prova, já as resinas do fornecedor B 
se mostraram com um comportamento característico entre as triplicatas dos 
corpos de prova, e obteve uma resistência máxima média à tração um pouco 
menor que 200N/cm², tendo como desempenho após 1 hora de 156,7N/cm² e 
após 24 horas de moldagem do corpo de prova 181,1N/cm². 
 
Os resultados dos ensaios de vida de banca demonstrado na tabela 4 
apresentaram os respectivos percentuais de perda da resistência à tração. 
Perdas superiores a 20%, da resistência à tração imediata (0 h) são 
considerados significativos e passiveis da inutilização da mistura no processo de 
moldagem de machos. Segue abaixo a análise dos dados no gráfico de variação 
da perda de resistência à tração de misturas moldadas após os tempos de 0,5 
horas ,1 hora e 1,5 horas. 
 
 
 
 
21 
Figura 12 - Gráfico de variação da perda de resistência à tração. 
 
Fonte: Autor (2023). 
 
 O gráfico representado na figura 12 de variação do percentual de perda 
de resistência, possibilita observar uma perda crescente da resistência a tração 
dos fornecedores e A e B, porém com uma aceleração diferente, onde o 
fornecedor A mostrou uma perda mais rápida de suas propriedades, quando 
comparados ao fornecedor B, que se mostrou uma combinação com menos 
perdas de propriedades ao longo do tempo de mistura formada, possibilitando 
uma vida de banca maior. 
Analisando os resultados dos ensaios de viscosidade foi constatado que 
ambos fornecedores, apresentaram resultados positivos quando comparados a 
literatura interna da empresa, onde atenderam a normativa WPR – 3325 Parte I 
que define como ideal 25-40 segundos de escoamento de resinas fenólicas e 
WPR – 3325 Parte II atende ao critério estabelecido de 10-20 segundos de 
escoamento para a resina isocianato. 
Os resultados obtidos nas análises de teor de sólidos, mostraram que o 
fornecedor B, atual fornecedor da linha de fabricação de machos, obteve um 
resultado ligeiramente maior que o especificado vide norma WPR - 3325 Parte I, 
que tem como critério estabelecido uma porcentagem de teor de sólidos entre 
50-55%; para resina fenólica utilizada nos ensaios o mesmo apresentou um 
 
 
 
22 
resultado de 55,75% para parte I da resina. Ainda para parte II a normativa 
interna WPR – 3325 específica um range de teor de sólidos entre 74 -78% para 
resina de isocianato, o mesmo fornecedor B atingiu uma faixa menor que a 
especificadas, obtendo como resultado médio em triplicata de 73,18%. Já para 
o fornecedor A objeto de estudo, seus produtos obtiveram resultados 
satisfatórios e dentro do especificado pelas normativas internas, reiterando a 
possibilidade de atender como um novo fornecedor. 
Tendo em vistas os resultados obtidos nesse estudo foi possível observar 
que o fornecedor A, atende as propriedades mínimas exigidas para ser 
empregado na linha de fabricação de machos que é insumo de fundição do 
metalúrgico IV, considerando que o fornecedor B já é um prestador de insumo e 
ainda atende as exigências mínimas das normativas interna, em ressalvo nos 
testes de teor de sólidos. 
 O corpo de engenharia decidiu então seguir com os tramites para a 
aprovação do fornecedor A, e o processo seguirá para uma nova etapa, onde 
será programado um teste piloto em uma família de machos, diretamente na 
linha de fabricação, para avaliarmos sua atuação e comportamento no processo 
fabril existente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O quinto estágio acadêmico da aluna foi realizado na WEG Equipamentos 
Elétricos S/A, uma instituição que é referência mundial na fabricação de motores 
elétricos, sendo pioneira nos desenvolvimentos de soluções para o setor de 
energia. isto foi de extrema importância para o seu crescimento pessoal e 
profissional. 
 A convivência com a rotina em uma empresa, possibilitou 
desenvolver responsabilidade, senso crítico, criatividade em gerar soluções e 
ainda a importância do trabalho em equipe e da cooperação de todos. 
A liberdade concedida pelo supervisor possibilitou que as atividades 
realizadas fossem voltadas a processo de fabricação, engenharia e qualidade, 
de maneira séria e apostando na competência da estagiária, incentivando um 
comportamento profissional de engenharia, resultando no bom desenvolvimento 
do estágio. 
As experiências e tarefas desenvolvidas durante este período possibilitou 
experiências muito significativas para formação acadêmica da aluna, 
incentivando a capacidade de se reinventar, se adaptar e buscar seu 
crescimento profissional com a consolidação dos conhecimentos técnicos 
adquiridos na graduação como: conhecimento aprimorado sobre o processo de 
fundição e fabricação de machos, conformação mecânica; materiais ferrosos; 
materiais poliméricos; gestão; controle de processo; entre outros... Além de que, 
o ambiente de trabalho em uma indústria agregam em um crescimento pessoal 
significativo, tornando esta fase ainda mais importante no âmbito profissional. 
 
 
 
 
 
 
24 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABIFA - COMISSÃO DE ESTUDOS DE MATÉRIAS PRIMAS. MÉTODO DE ENSAIO 
073: MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE 
ESCOAMENTO DE LÍQUIDOS PELO USO DO COPO FORD. 2015. Disponível em: 
MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE ESCOAMENTO DE 
LÍQUIDOS PELO USO DO COPO FORD. Acesso em: 25 nov. 2023. 
CHEMICALS, ASK. COLD BOX – TECNOLOGIA FENÓLICO URETÂNICO. 2023. 
Disponível em: https://www.ask-chemicals.com/pt/produtos-servicos/aglomerantes-de-
caixa-fria/cold-box-pu-technology. Acesso em: 05 dez. 2023. 
CHERNICHARO, C. A. L. Reatores Anaeróbios-Princípios do tratamento biológico 
de águas residuárias, 2da Ed., vol. 5. Belo Horizonte, Brasil: Departamento de 
Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais, 2007. 
Ciência e Engenharia de Materiais – uma Introdução, Willian D. Callister, Jr. LTC 5. 
edição. 
EVANGELISTA, Adônis Souza. SILVA, Jefferson. Processo de fundição e sua 
versatilidade na fabricação de peças. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do 
Conhecimento. Ano 05, Ed. 03, Vol. 11, pp. 21-50. março de 2020. ISSN: 2448-0959, 
Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-
mecanica/processo-de-fundicao 
MEDEIROS, Gian Paulo. PROCESSO de FUNDIÇÃO. Joinville: IFSC, 2015. Color. 
Disponível em: 
https://docente.ifsc.edu.br/gianpaulo.medeiros/MaterialDidatico/Processos%20de%20F
abrica%C3%A7%C3%A3o%20I/Aula%202%20/aula%202%20Processo%20de%20Fu
ndicao%20-%20aula%202%20Processo%20de%20Fundicao.pdf. Acesso em: 01 nov. 
2023. 
MORO, Norberto. PROCESSOS de FABRICAÇÃO: fundição. Florianópolis: Cefet- Sc, 
2007. Color. Disponível em: https://norbertocefetsc.pro.br/downloads/fundicao.pdf. 
Acesso em: 15 nov. 2023. 
MOTORES INDUSTRIAIS WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. WPR-10223: 
Procedimento de preparação da mistura padrão e soprar corpos de prova para 
processo Cold Box. Guaramirim, 2023. 
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-mecanica/processo-de-fundicao
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-mecanica/processo-de-fundicao
 
 
 
25 
MOTORES INDUSTRIAIS WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. WPR-27850: 
ProcedimentoSoprar corpo de prova com areia do processo Cold Box. 
Guaramirim, 2023. 
 MOTORES INDUSTRIAIS WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. WPR-2792: 
Referências de Processo de resinas cura a frio. Guaramirim, 2022. 
MOTORES INDUSTRIAIS WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. WPR-3325: 
referências de processo de Resina fenólica, resina isocianato e catalizador moldagem 
Cold Box. Guaramirim, 2023. 
MOTORES INDUSTRIAIS WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS. WPS-3788: 
Procedimento de determinação do teor de sólidos em resinas para fundição. 3 ed. 
Guaramirim: Intern, 2021. 
 
 
 
 
 
 
26 
ANEXO (A) – Histórico da empresa 
“A trajetória da WEG S.A. começou em 1961, quando foi fundada em 
Jaraguá do Sul, Santa Catarina, pelos visionários Werner Ricardo Voigt, Eggon 
João da Silva e Geraldo Werninghaus. Inicialmente conhecida como 
Eletromotores Jaraguá, a empresa deu os primeiros passos na produção de 
motores elétricos, marcando o início de uma jornada que transformaria a 
companhia em uma referência global no setor industrial. 
Ao longo dos anos, a WEG registrou um crescimento exponencial, 
ampliando sua oferta de produtos para além dos motores elétricos, 
diversificando-se em soluções para automação industrial, energias renováveis, 
tintas e vernizes, entre outros. Esse crescimento foi acompanhado por uma 
expansão internacional notável, alcançando presença em mais de 135 países. 
Sua estratégia centrada em inovação e investimento em pesquisa e 
desenvolvimento permitiu à WEG destacar-se globalmente, oferecendo 
produtos de alta qualidade e tecnologicamente avançados, estabelecendo 
parcerias com renomadas empresas em diversos setores industriais. 
A empresa também consolidou sua posição por meio de aquisições 
estratégicas, fortalecendo seu portfólio e sua presença em diferentes mercados 
ao redor do mundo. A preocupação com a sustentabilidade sempre foi uma 
prioridade, impulsionando iniciativas que visam desenvolver soluções mais 
ecoeficientes e sustentáveis. 
Além disso, a WEG é reconhecida por sua gestão corporativa sólida, 
sendo listada na Bolsa de Valores brasileira (B3) e parte do Índice de 
Sustentabilidade Empresarial (ISE), destacando-se pelo compromisso com 
boas práticas socioambientais e de governança. 
A empresa continua a buscar expansão, explorando novas oportunidades 
de negócios e investindo em tecnologias emergentes, mantendo-se como líder 
global no setor de motores elétricos e soluções industriais, com um legado de 
inovação, qualidade e compromisso” 
Fonte: WEG S/A – Institucional: Histórico
 
 
 
27 
ANEXO (B) – Cronograma de atividades realizadas
 
 
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES: 21/08/2023 - 05/12/2023 
ALUNA: THAISY CORAL BORBA 
 
Mês Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 
Integração com a empresa 
Construção de base de conhecimento 
Análise de granulometria de inoculante 
Práticas de caracterização de propriedades da areia 
Levantamento de possíveis melhorias 
Atividades de qualidade do processo 
Outras atividades 
Elaboração do relatório de estágio 
 
 
 
28

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