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MP X GILBERTO - VINICIUS BENEVENUTI - 201802215174


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NPJ - NUCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS 
VIA BRASIL 
Rua Itapera, 500 - 4º ANDAR – Irajá – 21230-500 – Rio de Janeiro, RJ 
Telefone: (21) 2472-5831 
 
 
** NOME DO ESTAGIÁRIO: VINÍCIUS BENEVENUTI MENEZES CARVALHO 
** MATRÍCULA DO ESTAGIARIO: 201802215174 
EPI ( ) EPII ( ) EPIII ( ) EPIV ( X ) 
1. MINISTÉRIO PÚBLICO 
2. GILBERTO APARECIDO DA CRUZ 
( ) CIVEL ( X ) CRIMINAL ( ) TRABALHISTA ( ) OUTROS 
 
 
 
 
 
NOME DAS PARTES 
 
 
AREA 
 
 
TIPO DE AÇÃO: AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA 
 ATO QUE ASSISTIU: AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA 
 
RELATÓRIO 
 
 
A referida audiência de custódia do processo n°, ocorreu no dia 02/09/2022, 
iniciada às 09:00hrs, na sala de audiências da 2° Vara Criminal e de Execuções Penais 
de São João Del Rei, perante o MM. Juiz Ernane Barbosa Neves. 
O acusado declarou que não foi agredido. Admitiu ter passagens pela polícia por 
crimes ambientais e já chegou a ser preso por furto. Não tem emprego fixo, trabalha 
como chapa, recebendo entre 200 e 400 reais por semana. 
A família não sabe da prisão, solicita ele que a esposa seja comunicada do fato. 
O juiz solicita que o policial penal retire as algemas do acusado. 
A tipificação penal se enquadra no artigo 33 da Lei n° 11.343/06. 
Com parecer ao MP. 
“Meritíssimo Juiz, trata-se de auto prisão em flagrante de Gilberto Aparecido da 
Cruz em decorrência da prática, em tese, do crime capitulado no art. 33 da Lei nº 
11.343/06. O APFD está formal e materialmente válido, sendo pertinente a sua 
homologação. Diante do que restou apurado até o momento para a conversão da prisão 
em flagrante em prisão preventiva, porquanto há provas da existência do crime e de 
sua autoria (fumus comissi delicti), consoante se depreende dos elementos probatórios 
RELATÓRIO DE AUDIENCIA 
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até o momento colhidos, mormente diante das declarações prestadas pelos policiais 
militares envolvidos com a ocorrência, os quais noticiam que receberam notícias de que 
o flagrado estariam comercializando drogas nas proximidades de estabelecimento de 
ensino e, quando abordaram no local indicado, encontraram com ele porções de 
cocaína. O flagrado, ao ser ouvido, informou que venderia a droga com ele encontrada. 
Assim, a materialidade e suficientes indícios de autoria delitiva decorrem da própria 
situação de flagrância, ao que se soma a prova testemunhal e o exame preliminar de 
drogas de abuso já juntado ao procedimento. In casu, não se pode dizer que não esteja 
em flagrante vulneração a ordem pública, diante de condutas tipificadas como tráfico, 
que são mormente praticadas na clandestinidade e sobre as quais, há o interesse do 
Estado em reprimir cada vez mais autores, pelos mais que sabidos e conhecidos males 
e efeitos deletérios que tais práticas ilícitas acarretam no seio social e familiar, atingindo 
principalmente a juventude em desenvolvimento. Ainda que se possa conceder 
eventual benefício futuro e incerto ao acautelado, é necessário refrear agora suas 
inclinações comprovadamente ilícitas e habituais, já que os dados até o momento 
colhidos indicam que ele pretendia fazer da traficância de substâncias proscritas um 
meio de vida, haja vista a quantidade de drogas apreendida e sua variedade. Os 
elementos contidos nos autos ação suficientemente robustos para indicar a vulneração 
da ordem pública, sabendo-se que basta a presença de apenas um dos fundamentos 
da prisão preventiva, para que se justifique a manutenção da prisão em flagrante. 
Nunca é demais ressaltar que o tráfico de drogas possui elevado potencial lesivo, não 
só sob a ótica biopsicológica, como também sob a ótica social, já que é a mola 
propulsora de diversos outros delitos, mormente aqueles de natureza patrimonial e 
aqueles perpetrados em contexto de violência doméstica, sendo extremamente danoso 
aos núcleos familiares, causando reflexos desastrosos na sociedade. O delito doloso 
pelo qual o flagrado foi preso (tráfico de drogas) possui pena máxima de superior a 04 
anos, restando atendida a condição de admissibilidade para a segregação cautelar, 
consoante art. 313, inciso I, do CPP. Há fundamentos indicativos de que, se colocado 
em liberdade, o flagrado voltará a delinquir, dada a própria natureza do delito. Certo, 
portanto, que a aplicação de medidas cautelares diversas permitiria a retomada das 
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atividades ilícitas, razão pela qual não se mostra adequada nem suficiente neste 
momento, sendo necessário acautelar-se o meio social em razão da real e concreta 
possibilidade de reiteração criminosa. O Ministério Público requer a conversão da 
prisão em flagrante em flagrante de Gilberto Aparecido da Cruz.” 
 
Após, o parecer da Defensoria Pública. 
 
“MM. Juiz, requer a Defensoria Pública que seja concedida a liberdade provisória 
ao acusado com aplicação de medidas cautelares diversas da prisão nos termos do 
artigo 319 do CPP.” 
E então a Decisão Judicial. 
“Vistos, etc. Trata-se de prisão em flagrante de GILBERTO APARECIDO DA 
CRUZ acusado(**) de tráfico de drogas, estando, pois, incurso(**) no art, 33 da lei 
11.343/06. O Policial Militar condutor disse que tomou conhecimento, por uma denúncia 
anônima, feita à Polícia Militar, gerando o B.O, 2022-038065983-001, de que um 
indivíduo de cutis branca, de bermuda, boné de cor amarela e uma camisa do time do 
Vasco, estaria nas imediações da Escola Municipal Luzia Ferreira em Santa Cruz de 
Minas; que tal indivíduo estaria nas proximidades da escola, no horário de entrada dos 
alunos oferecendo drogas para as crianças e adolescentes; que foram até o local e 
viram que o referido indivíduo estava na porta da escola entre os pais e alunos, tendo 
sido ele identificado como sendo GILBERTO APARECIDO CRUZ, que GILBERTO 
trajava as mesmas roupas descritas na denúncia; que GILBERTO foi abordado e 
começou a ficar nervoso quando pediram que tirasse o calçado; que localizaram na 
meia de GILBERTO três papelotes de cocaína e a quantia de quarenta reais; que 
GILBERTO disse que havia comprado as drogas e que as revenderia para ganhar 
algum dinheiro. GILBERTO declarou que estava na Praça de Santa Cruz, nas 
proximidades da escola; que havia tomado uma cerveja e uma cachaça antes de ir para 
a praça; que comprou três papelotes de cocaína para revender, sendo que pretendia 
revender a droga por sessenta reais; que foi a primeira vez que estaria vendendo 
drogas. Realizada a audiência de custódia, o Ministério Público requer a prisão em 
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flagrante em preventiva pelos motivos assinalados. A defesa requer que seja concedido 
a liberdade provisória para GILBERTO.” 
O MM. Juiz concedeu o pedido do Ministério Público, solicitando que a esposa 
do acusado fosse notificada. 
O MM. Juiz converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva. Expedindo- 
se mandado de prisão.