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DIREITO PENAL - Culpabilidade

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Culpabilidade
SEGURANÇA PÚBLICA - Agente
Teorias
Psicológica
Normativa (Psicológico-
normativa
Normativa Pura ou 
Extrema
Limitada (adotada pelo 
CP)
Culpabilidade
Teorias
Psicológica: o pressuposto fundamental da culpabilidade é a
imputabilidade., compreendida como a capacidade do ser
humano de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se
de acordo com esse entendimento, isto é, consiste na relação
psíquica entre o autor e o resultado.
Dolo e culpa são espécies da
culpabilidade, pois são as formas
concretas pelas quais pode se
revelar o vínculo psicológico entre
o autor e a conduta praticada.
Culpabilidade
Fato típico
Conduta
Resultado finalístico
Relação de causalidade
Tipicidade
Ilicitude Culpabilidade
Imputabilidade
Dolo (normativo) ou 
Culpa
Teoria 
Psicológica
Culpabilidade
Teorias
Psicológica/Psicológico-normativa: estabelece o dolo e a culpa na
culpabilidade e atribui um novo elemento, estritamente
normativo, inicialmente chamado de normalidade das
circunstâncias concomitantes, e, posteriormente, de motivação
normal, atualmente definido como exigibilidade de conduta
diversa.
Assim, a estrutura da culpabilidade
passa a ser composta por três
elementos: imputabilidade, dolo ou
culpa e exigibilidade de conduta
diversa.
Culpabilidade
Fato típico
Conduta
Resultado 
naturalístico
Relação de 
causalidade
Tipicidade
Ilicitude Culpabilidade
Imputabilidade
Dolo (normativo) ou 
Culpa
Exigibilidade de 
conduta diversa
Teoria 
Psicológica-
normativa
Culpabilidade
Teorias
Normativa Pura ou Extrema: teoria
responsável pela migração do dolo e da
culpa para o fato típico.
A culpabilidade, portanto, ficou com os
seguintes elementos: imputabilidade,
exigibilidade de conduta diversa e
consciência da ilicitude (retirada do
dolo, integrando a própria
culpabilidade, não mais como atual,
mas potencial consciência).
Culpabilidade
Fato 
típico
Conduta (dolo 
ou culpa)
Resultado 
naturalístico
Relação de 
causalidade
Tipicidade
Ilicitude Culpabilidade
Imputabilidade
Potencial 
consciência da 
ilicitude
Exigibilidade de 
conduta diversa
Teoria 
Pura ou 
Extrema
Culpabilidade
Teorias
Limitada: possui as mesmas
premissas que a teoria pura,
contudo, diverge desta apenas no
tocante à natureza jurídica das
descriminantes putativas sobre a
situação fática. Para a limitada,
cuida-se de mais uma hipótese de
erro sobre elementos do tipo; já
para a extremada, equipara-se a
erro de proibição.
Culpabilidade
Teoria da Coculpabilidade: essa teoria
imputa ao Estado parcela da
responsabilidade social pelos atos
criminosos dos agentes em razão das
desigualdades sociais. Não há exclusão da
culpabilidade, mas essas circunstâncias
externas devem ser consideradas na
dosimetria da pena.
Para alguns autores, a carga de valores
sociais negativos deve ser considerada,
em prol do réu, uma atenuante
inominada, na forma prevista no art. 66
do Código Penal.
Culpabilidade
Culpabilidade Formal: é definida em abstrato. Serve para o
legislador na edição da lei para cominar os limites máximos
e mínimos de pena atribuída a determinada infração penal.
Culpabilidade Material: é
estabelecida no caso concreto,
dirigida a um agente culpável
que cometeu um fato típico e
ilícito, para a fixação da pena
pelo juiz.
Culpabilidade
Graus de culpabilidade: A maior
ou menor culpabilidade do autor
da infração penai constitui-se em
circunstância judicial, destinada à
dosimetria da pena em compasso
com as regras estatuídas pelo art.
59, caput, do CP. Influem,
portanto, na quantidade da pena a
ser concretamente aplicada.
Culpabilidade
Elementos
Imputabilidade
Potencial 
consciência da 
ilicitude
Exigibilidade de 
conduta diversa
Imputabilidade
Elemento intelectivo: consistente na higidez psíquica que
permita ao agente ter consciência do caráter ilícito do fato.
Elemento volitivo: em que o
agente domina sua vontade, ou
seja, exerce controle sobre a
disposição surgida com o
entendimento do caráter ilícito
do fato, e se determina de
acordo com este entendimento.
Inimputabilidade
Hipóteses
Distúrbios mentais
Menoridade
Embriaguez
Critérios da inimputabilidade
A) Critério biológico: para esse critério
basta ser portador de anomalia psíquica
para ser inimputável. É irrelevante que
tenha o sujeito, no caso concreto, se
mostrado lúcido ao tempo da prática da
infração penal para entender o caráter
ilícito do fato e determinar-se de acordo
com esse entendimento. Esse sistema
valora o laudo pericial.
Critérios da inimputabilidade
B) Critério psicológico: para esse
critério não precisa ser portador
de anomalia psíquica para ser
inimputável. Importa apenas se o
agente, ao tempo da conduta,
tinha a capacidade de
entendimento e
autodeterminação,
independentemente de sua
condição mental ou idade.
Critérios da inimputabilidade
C) Critério biopsicológico: para esse critério não basta ser
portador de anomalia psíquica para ser inimputável.
Considera-se inimputável aquele que, em razão de sua
condição mental (por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado), era, ao tempo da conduta,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esse
critério nada mais é que a fusão dos dois anteriores.*
Inimputabilidade
Nosso ordenamento adotou como regra o sistema
biopsicológico, como se estabelece a seguir:
“Art. 26 - É isento de pena o
agente que, por doença mental
ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao
tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de
entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo
com esse entendimento”.
Inimputabilidade
Exceção:
Nosso ordenamento adotou o sistema biológico no que tange aos
menores de 18 anos
“Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação
especial.”
“Art. 228. São penalmente
inimputáveis os menores de dezoito
anos, sujeitos às normas da legislação
especial.”
Inimputabilidade
Causas de 
inimputabilidade
Menoridade
Doença mental
Desenvolvimento mental 
incompleto
Desenvolvimento mental 
retardado
Embriaguez completa 
proveniente de caso 
fortuito ou força maior
Inimputabilidade
Menoridade: independentemente da inteligência, da perspicácia e do
desenvolvimento mental, são tratadas como inimputáveis.
A presunção de inimputabilidade é absoluta!
Conforme, Cléber Masson, e nos
termos da Súmula 74 do STJ, a prova
da menoridade deve ser feita por
documento hábil. Esse documento
pode, mas não deve ser
necessariamente a certidão de
nascimento. Serve qualquer
documento de identidade, certidão de
batismo, carteira escolar etc.
Inimputabilidade
Menor de idade e emancipação civil:
O menor de 18 anos de idade, ainda
que civilmente emancipado continua
inimputável penalmente, pois não se
pode confundir a imputabilidade
penal com a capacidade civil.
Inimputabilidade
Crimes permanentes e
superveniência da maioridade penal:
O agente poderá ser
responsabilizado pelos atos
praticados após o inicio da sua
imputabilidade penal. Os anteriores,
todavia, devem ser desprezados
para fins penais.
Inimputabilidade
Doença Mental:
Deve ser interpretada em sentido amplo, pois engloba tanto problemas
patológicos, quanto toxicológicos.
A doença mental pode ser
permanente ou transitória, como é o
caso do delírio febril. Deve, contudo,
existir ao tempo da prática da
conduta para acarretar no
afastamento da imputabilidade.
Os doentes mentais, durante os
intervalos de lucidez, são penalmente
imputáveis.
Inimputabilidade
Desenvolvimento mental incompleto:
Abrange os menores de 18 anos e os
silvícolas, estes últimos nem sempre
serão inimputáveis, pois vai depender
do grau de assimilação dos valores
sociais, a ser revelado pelo exame
pericial.
Assim, o silvícola poderá ser:
imputável, semi-imputável ou
inimputável.
Inimputabilidade
Desenvolvimento mental retardado:
É aquele queque não se compatibiliza
com a fase da vida em que se encontra
determinado indivíduo,resultante de
alguma condição que lhe seja peculiar.
A pessoa não se mostra em sintonia
com os demais indivíduos que possuem
sua idade cronológica.
Obs.: O surdo-mudo não é
automaticamente inimputável.
Inimputabilidade
Efeitos:
Os menores de 18 anos sujeitam-se à legislação especial (CF, art.
228); Lei 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.
Os demais inimputáveis submetem-se à justiça penal.
São processados e julgados como qualquer outra
pessoa, mas não podem ser condenados.
Inimputabilidade
Imputabilidade diminuída ou restrita :
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser
reduzida de um a dois terços, se o
agente, em virtude de perturbação de
saúde mental ou por desenvolvimento
mental incompleto ou retardado não
era inteiramente capaz de entender o
caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse
entendimento.
Inimputabilidade
Emoção e paixão:
Diferentemente do que ocorria
sob a vigência do CP de 1890,
não se admite a alegação de
legítima defesa da honra, quando
era comumente possível a
absolvição de autores de crimes
passionais.
Inimputabilidade
Emoção e paixão:
Art. 28 - Não excluem a
imputabilidade penal:
I - a emoção ou a paixão;
Imputabilidade
Emoção 
e Paixão
Normal Imputabilidade
Atenuante 
genérica ou 
privilégio
Patológica
Inimputa
bilidade
Medida de 
segurança 
(absolvição 
imprópria
Semi-
imputabili
dade
Medida de 
segurança ou 
pena diminuída 
(sentença 
condenatória
Inimputabilidade
Embriaguez:
“É a intoxicação aguda produzida no corpo humano pelo álcool ou por
substância de efeitos análogos, apta a provocar a exclusão da
capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. Como exemplos de substâncias de
efeitos análogos podem ser apontados o éter, a morfina, o clorofórmio e
quaisquer outras substâncias entorpecentes, ainda que não previstas na
Portaria do Ministério da Saúde responsável por essa tarefa,
dependendo, nesse caso, de perícia.”
(Cléber Masson)
Inimputabilidade
Embriaguez quanto à intensidade:
àCompleta, total ou plena
à Incompleta , parcial ou semiplena
Inimputabilidade
Embriaguez quanto à origem:
àVoluntária ou intencional
àCulposa
àPreordenada
àAcidental
Culpabilidade
Potencial consciência da ilicitude:
Trata-se do segundo elemento da
culpabilidade, representando a
possibilidade que tem o agente imputável
de compreender a reprovabilidade da sua
conduta.
Culpabilidade
Exclusão
1) Erro de proibição: é a causa excludente (dirimente) da potencial
consciência da ilicitude.
“Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do
fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto
a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o
erro se o agente atua ou se omite sem a
consciência da ilicitude do fato, quando
lhe era possível, nas circunstâncias, ter
ou atingir essa consciência.”
Culpabilidade
Exclusão
1) Erro escusável: quando o agente atua ou se omite sem ter
a consciência da ilicitude do faca em situação na qual não é
possível lhe exigir que tenha esta consciência. Afasta-se a
culpabilidade.
2) Erro inescusável: ocorre quando o agente atua ou se omite sem a
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas
circunstâncias, ter ou atingir essa consciência (art. 21, parágrafo
único). Acarreta apenas a diminuição da pena (de um sexto a
um terço).
Culpabilidade
Espécies de erro de proibição:
1) Erro de proibição direto: o agente se equivoca quanto ao conteúdo
de uma norma proibitiva, ou porque ignora a existência do tipo
incriminador, ou porque não conhece completamente o seu conteúdo,
ou porque não entende o seu âmbito de incidência.
2) Erro de proibição indireto (descriminante putativa por erro de
proibição): o agente sabe que a conduta é típica, mas supõe
presente uma norma permissiva, ora supondo existir uma causa
excludente da ilicitude, ora supondo estar agindo nos limites da
descriminante.
Culpabilidade
Erro de proibição e erro de tipo:
O erro de tipo é o equívoco que recai sobre as
circunstâncias do fato, sobre elementos do tipo penal; o erro de
proibição, por sua vez., recai sobre a ilicitude do fato.
Culpabilidade
Exigibilidade de conduta:
“Para a reprovação social, não basta que o autor do fato lesivo
seja imputável e tenha possibilidade de lhe conhecer o caráter ilícito.
Exige-se, ainda, que nas circunstâncias tivesse a possibilidade
de atuar de acordo com o ordenamento jurídico.” (Cléber
Masson)
Culpabilidade
Coação irresistível
“Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou
em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da
ordem.”
Culpabilidade
Requisitos da coação irresistível
A) Coação moral: pode ser exemplificada como ameaça;
promessa de fazer o mal.
A doutrina entende que se trata apenas da coação moral (vis
compulsiva) e não da coação física (vis absoluta).
Culpabilidade
Requisitos da coação irresistível
B) Irresistibilidade da coação: assim compreendida aquela a
que o coato, oprimido pelo medo, não pode subtrair-se, mas
apenas sucumbir ante a violência moral, realizando a
conduta criminosa para satisfazer a vontade do autor da
coação.
Culpabilidade
Obediência hierárquica
“Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou
em estrita obediência a ordem, não manifestamente
ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem.”
Culpabilidade
Requisitos da obediência hierárquica
a) Ordem do superior hierárquico
b) Ordem não seja manifestamente (claramente) ilegal
c) Estrita observância da ordem

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