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21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 1/43 TECNOLOGIAS VEICULARESTECNOLOGIAS VEICULARES SISTEMA DESISTEMA DE ESTABILIDADE,ESTABILIDADE, MOTORES EMOTORES E ARREFECIMENTOARREFECIMENTO Au to r ( a ) : M e . Fe l i p e D e l a p r i a D i a s d o s S a n to s R ev i s o r : F l av i o N u m a t a J u n i o r Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 10 minutos. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 2/43 Introdução Olá, caro(a) estudante, seja muito bem-vindo(a) ao nosso estudo sobre Tecnologia Veicular. Começaremos nossa discussão abordando o sistema eletrônico de controle de estabilidade. Nessa etapa, iremos entender o que, de fato, é esse sistema, além das principais características e vantagens deste. Ainda, veremos que o grande benefício desse sistema está associado à segurança. Na sequência, iremos mergulhar em tópicos relacionados a motores de combustão interna, abordando os principais elementos que compõem o motor a combustão, como: bloco do motor, cabeçote, cárter, pistão e biela. Veremos a funcionalidade de cada um desses itens. Seguindo nossa jornada, iremos estudar o sistema de arrefecimento, como a importância e o funcionamento desse sistema, para que, em seguida, possamos adentrar nas válvulas de escape e válvulas de admissão, entendendo seus funcionamentos. Para �nalizar, iremos apresentar um outro tipo de motor: Wankel. Aqui, veremos vantagens e desvantagens desse sistema. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 3/43 Você já ouviu falar de Electronic Stability Control? Muitos carros apresentam o botão “ESP” ou “ESC” no painel. Mas você sabe qual a funcionalidade do botão? Ao acioná-lo, é ativado o sistema de controle eletrônico de estabilidade, por isso, o nome "Electronic Stability Control” que, em tradução literal, signi�ca “controle eletrônico de estabilidade”. O sistema apresenta elevado grau de e�ciência em questão de proteção das pessoas que ocupam o meio de transporte e é considerado um dos dispositivos de segurança de maior relevância. A sigla apresentada (ESP/ESC) pode, também, ser encontrada como “ESP”. Nesse caso, a tradução literal é: “programa eletrônico de estabilidade” (Electronic Stability Program). Ou ainda “DSC”, que signi�ca "controle dinâmico de estabilidade” (Dynamic Stability Control) (WETMORE, 2003). Que tal, agora, nos aprofundarmos um pouco mais nos componentes do ESP? Electronic Stability Control (ESC) 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 4/43 Mas, a�nal, como funciona o controle de estabilidade? O controle de estabilidade serve para minimizar a aceleração de um automóvel. Essa redução da aceleração deve acontecer mesmo se o motorista estiver com o pé pressionando o máximo do pedal da aceleração. A situação apresentada ocorre devido ao sistema de aceleração ser integrado, de forma eletrônica, com a central, permitindo interferência. É possível, por exemplo, que a redução ocorra em uma única roda, ajudando a evitar a derrapagem dos carros (MACEY, 2008). Outro momento em que podemos notar a funcionalidade do controle eletrônico de estabilidade é quando entramos em uma curva a uma velocidade maior do que deveríamos. Nesse momento, o carro tenderá a “rabear”, ou seja, tenderá a derrapar, lateralmente, para o lado de fora da curva. Nesse caso, o ESC terá seus sensores acionados que irão perceber a tendência natural do “rabeamento” e evitarão esse processo, trazendo o carro de volta para a trajetória normal (WETMORE, 2003). Os motoristas podem acionar e desacionar o controle de estabilidade presente no painel do carro, conforme apresentado na Figura 3.1 a seguir. Módulo hidráulico com unidade de comando integrado: esse sistema é responsável por operar os comandos da unidade de comando, realizando a regulagem dos freios por meio de sinais de válvulas solenoides. Seu funcionamento se assemelha ao que acontece entre o cilindro mestre e o cilindro de rodas. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 5/43 Figura 3.1 - Botão de acionamento do ESP Fonte: stlynx / 123RF. #PraCegoVer: a imagem contém um botão presente no painel do carro. O botão apresenta a escrita “ESP OFF” e uma luz vermelha de acionamento que indica quando a função está acionada ou desativada. Contudo não é porque o carro possui um controle de estabilidade avançado que podemos abusar. A função ESP possui determinadas limitações. Se houver um excesso muito grande de velocidade ao entrar em uma curva, por exemplo, o controle de estabilidade não será su�ciente para colocar o carro de volta no caminho. Infelizmente, a funcionalidade ESP ainda não é obrigatória no Brasil, ao contrário de países europeus como Alemanha e Suíça. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 6/43 Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) O sistema eletrônico de estabilidade é um dispositivo que realiza uma análise da rotação de cada uma das rodas presentes no veículo e, levando em consideração a velocidade, ele realiza uma tomada de decisão em relação ao acionamento do freio e à correção de trajetória do veículo, garantindo maior segurança para o motorista e para os passageiros. Com base no seu conhecimento a respeito dos componentes que formam um sistema de controle eletrônico de estabilidade, leia as a�rmações abaixo e assinale a única correta. a) Módulo hidráulico com unidade de comando integrado: esse sistema é responsável por realizar a medição/averiguação da velocidade do veículo. b) Sensor de velocidade de rodas: é o elemento responsável por registrar toda a movimentação do veículo ao redor do seu eixo vertical. c) Sensor de ângulo de direção: é responsável por operar os comandos da unidade de comando, realizando a regulagem dos freios por meio de sinais de válvulas solenoides. d) Sensor Yaw e de aceleração lateral: é o componente responsável por realizar a medição da posição do volante de forma angular. e) Assistente hidráulico de frenagem: esse mecânico é acionado em caso de emergência e está presente nos carros mais modernos. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 7/43 A partir de agora, iremos discutir os motores que fazem parte da movimentação de um carro. O motor é uma máquina que realiza a conversão de energia em trabalho mecânico, mais especi�camente, realiza a transformação de energia calorí�ca (energia térmica) em energia mecânica (trabalho mecânico). É importante lembrar que, para que a combustão aconteça, são necessários três elementos. Fundamentos dos Motores de Combustão Interna Combustível Calor Ar um combustível (elemento que será queimado, como o etanol ou a gasolina). 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 8/43 Na Figura 3.2, a seguir, é apresentado um esquema dos elementos e fases necessárias para resultar na produção do movimento (energia mecânica). Figura 3.2 - Esquema para produção de trabalho Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer: a imagem apresenta uma ordem de processos. Tudo inicia na soma de três fatores: combustível, calor e ar. A soma dos elementos leva à segunda etapa, com uma seta indicando para baixo, para o segundo processo, em que chegamos à combustão. A partir da combustão há outra seta para baixo indicando mais uma etapa, agora estamostratando da geração de Energia térmica. Por �m, após outra �echa de �uxo para baixo, chegamos na última etapa. Após a geração da energia térmica temos a sua conversão em energia mecânica que resulta no trabalho mecânico. A combustão pode ser classi�cada quanto ao tipo de motor atuante. Nesse caso, podemos falar de alguns tipos. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=xR… 9/43 Combustão externa: máquinas a vapor. A máquina a vapor é um tipo de tecnologia pouco utilizada atualmente para os automóveis. Contudo teve papel fundamental na Primeira Revolução Industrial, época em que foi criada e que deu origem aos automóveis. A Figura 3.3 a seguir ilustra o funcionamento de uma máquina a vapor, na qual ocorre a queima de um �uido e o vapor gerado realiza a movimentação do motor (MORAN et al., 2013). Figura 3.3 - Máquina a vapor Fonte: CBT (1982, p. 18). #PraCegoVer: a �gura apresenta uma máquina de vapor que é constituída por um recipiente onde ocorre a queima do combustível. Abaixo do recipiente há um local onde deve ser provocado o fogo, na imagem é apresentado como uma fogueira. Acima do recipiente há uma tubulação que irá utilizar da fumaça/calor proveniente da queima para realizar a movimentação do motor. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 10/43 Combustão interna: de pistão. Motores de combustão interna são, atualmente, o tipo mais utilizado na movimentação de automóveis. São máquinas térmicas que podem trabalhar de diferentes formas a depender do ciclo que será trabalhado. Quanto ao ciclo, os principais são (MORAN et al., 2013): ciclo de Otto (a gasolina e a etanol); ciclo a diesel; ciclo a óleo diesel de êmbolo rotativo: Wankel. Independente de qual for o ciclo, o princípio de funcionamento é, basicamente, o mesmo e envolve admissão do ar, contato com combustível, injeção de calor, queima da mistura e liberação da fumaça. Veja a seguir, na Figura 3.4, uma ilustração do processo brevemente comentado em um motor de combustão interna (MORAN et al., 2013). 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 11/43 Figura 3.4 - Motor de combustão interna Fonte: Adaptada de pattarawit / 123RF. #PraCegoVer: a �gura apresenta um pistão de formato cilíndrico. O êmbolo do pistão, também de formato cilíndrico, está afastado da parte superior pois há uma mistura de combustível, calor e ar ocupando o espaço entre o êmbolo e a parede. Na �gura é apresentado ainda a válvula de admissão do ar e de escape do resíduo proveniente da queima. Em suma, como o próprio nome sugere, os motores de combustão interna realizam a queima de forma interna. Esse tipo de tecnologia é constituído por elementos como: pistão, virabrequim, cabeçote, válvulas, dentre outros. A seguir, veremos com maiores detalhes os principais elementos. I) Bloco O bloco do motor é responsável por compor a maior parte do próprio motor e funciona como uma sustentação para encaixe e apoio de todos os outros 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 12/43 elementos. É no bloco de motor que iremos encontrar localizados os cilindros, por exemplo. Os blocos são, geralmente, fabricados a partir de ferro fundido ou ligas para garantir melhores propriedades. A Figura 3.5 a seguir apresenta a ilustração de um bloco de motor (MORAN et al., 2013). Figura 3.5 - Bloco de motor Fonte: Cardille (2009, p. 22). #PraCegoVer: a imagem apresenta um bloco de motor. É um bloco maciço que apresenta um formato retangular com a parte central um pouco mais �na do que as extremidades. O bloco contém vários detalhes de furação para receber parafusos, tubos e mangueiras. Os furos estão presentes em todas as laterais e apresentam diferentes diâmetros. O bloco apresenta ainda uma junta na parte superior para garantir a vedação do bloco e o cabeçote do motor. II) Cabeçote 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 13/43 O cabeçote, como o nome sugere, é a cabeça de algum outro elemento, no caso, o motor. Serve como uma tampa para fechar o bloco em sua parte superior. A união entre cabeçote e bloco é, normalmente, realizada por parafusos. Sua fabricação, na maioria das vezes, ocorre a partir do mesmo material do bloco. Vale destacar que, para garantir a integridade interna do bloco, há uma vedação entre o bloco e o cabeçote. Veja, na Figura 3.6, uma ilustração representando o cabeçote com a junta (WETMORE, 2003). Figura 3.6 - Representação de um cabeçote Fonte: Cardille (2009, p. 22). #PraCegoVer: a imagem apresenta um cabeçote. É um elemento maciço cheio no formato retangular. Apresenta detalhes de furação em todas as faces que servem para conexões ligadas a outros elementos. Junto ao cabeçote temos ainda, localizado mais acima, a presença de uma junta para vedação da parte superior. Essa junta é um “contorno” da peça. Acima da junta temos ainda uma tampa de válvula, que, junto com a junta, realiza a vedação de todo o cabeçote. A tampa possui o mesmo formato que a junta com alguns furos para conexões. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 14/43 III) Cárter Esse elemento é responsável por realizar o fechamento na parte inferior do bloco. O cárter serve, também, como um depósito para o óleo lubri�cante do motor que, porventura, pode vazar. O vazamento pode ser prejudicial ao meio ambiente, uma vez que pode contribuir para a poluição do solo. Sua fabricação ocorre, normalmente, com uma chapa de alta dureza, e o processo de produção utilizado é o de prensagem. Na Figura 3.7, é possível observar a descrição fornecida a respeito do cárter (SOUZA, 2016). Figura 3.7 - Cárter Fonte: CBT (1982, p. 19). #PraCegoVer: a imagem apresenta o cárter. É um elemento em formato de semicilíndrico e de corpo alongado. Este elemento apresenta juntas para ligação com outros elementos e encontra-se localizado nas faces do semicilindro. As juntas possuem o formato do contorno da peça. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 15/43 IV) Pistão (êmbolo) O pistão é um dos elementos mais conhecidos quando tratamos do funcionamento de um motor de combustão. Sua fabricação, geralmente, ocorre a partir de ligas de alumínio e apresenta uma geometria cilíndrica na maioria das vezes. Além disso, ele pode apresentar dois tipos de anéis (FILIPPO FILHO, 2014). Anéis de vedação: próximos da parte superior do corpo e realizam a vedação no contato com outros elementos. Anéis de lubri�cação: próximos da parte inferior do pistão e são responsáveis por realizar a lubri�cação das paredes do cilindro. SAIBA MAIS O pistão, presente dentro dos cilindros, realiza um movimento de sobe e desce. Ao descer, ele libera espaço para a mistura de ar e combustível entrar. Na sequência, o pistão sobe, comprimindo a mistura, aumentando a temperatura e provocando a queima desta com o auxílio de uma ignição. A queima irá ocasionar a movimentação do pistão para baixo novamente, iniciando todo o ciclo. Para saber mais, acesse o vídeo a seguir: 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 16/43 O pistão é conectado à biela, por meio de um pino que, normalmente, é fabricado a partir de aço cementado. A Figura 3.8 apresenta a representação de um pistão com os elementos citados. Figura 3.8 - Pistão Fonte: CBT (1982, p. 19). #PraCegoVer: a imagem apresenta diversos elementos.A começar pelo elemento central que é o pistão (êmbolo no formato cilíndrico com furo passante central). Acima do pistão é apresentado o anel de lubri�cação e o anel de vedação, ambos no formato circular. A parte interna do pistão recebe o nome de câmara de combustão. Além disso, o corpo do pistão contém um furo na parede onde deve ser encaixado um pino junto a um anel elástico (trava) que também se encontra presente na imagem próximo ao furo de encaixe. A S S I S T I R 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 17/43 V) Biela A biela é responsável pela conexão entre um pistão e um virabrequim. A fabricação dela, comumente, ocorre a partir do aço forjado; além disso, o corpo pode ser dividido em três partes: cabeça, corpo e pé. A cabeça se conecta ao pistão por meio do pino. Já o pé se conecta ao virabrequim por meio de um material antifricção, conhecido como bronzina ou casquilho, conforme ilustrado na Figura 3.9. A biela é responsável por transformar um movimento retilíneo em movimento rotativo (FILIPPO FILHO, 2014). 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 18/43 Figura 3.9 - Biela Fonte: CBT (1982, p. 20). #PraCegoVer: a imagem apresenta uma biela. Este elemento possui um corpo retangular com as extremidades circulares. Cada extremidade circular apresenta um furo passante central. Uma das extremidades apresenta um diâmetro maior, recebe o nome de Pé, e deve ser encaixado a bronzina, um anel metálico bipartido. A outra extremidade, de diâmetro menor, recebe o nome de cabeça e apresenta uma bucha para encaixe, também no formato de anel. VI) Virabrequim O virabrequim pode ser também chamado de girabrequim, ou ainda de árvore de manivela. Ele é um elemento produzido a partir do aço forjado ou fundido. Esse elemento é caracterizado pela presença de dois tipos de mancais: os mancais excêntricos, que se conectam nas bielas, e os mancais de centro, que realizam a sustentação do virabrequim ao bloco. A Figura 3.10 apresenta 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 19/43 um virabrequim, em que é possível notar os dois tipos de mancais citados (MACEY, 2008). Figura 3.10 - Representação de um virabrequim Fonte: Cardille (2009, p. 23). #PraCegoVer: a imagem apresenta um virabrequim em sua posição de funcionamento. O virabrequim é um elemento que lembra um parafuso e apresenta um corpo cilíndrico e cabeça chata. A cabeça recebe o nome de “volante” e é uma engrenagem com dentes retos. Ao longo do corpo, temos vários mancais excêntricos que apresentam o formato de círculos. Além disso, no meio do corpo, temos a indicação de um mancal de centro. Todo esse conjunto está na posição de funcionamento dentro de um motor. VII) Válvulas As válvulas são elementos característicos dos motores de combustão. Existem dois tipos de válvulas, sendo elas: válvulas de escape e válvulas de 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 20/43 admissão. O acionamento de ambas as válvulas ocorre por meio de um sistema de comando de válvulas (MACEY, 2008). A movimentação do virabrequim realiza a movimentação do eixo de comando das válvulas com o auxílio de uma engrenagem. Além disso, o eixo de comando das válvulas é conectado, por meio de uma vareta, ao eixo dos balancins, responsável por realizar o acionamento das válvulas (MACEY, 2008). O movimento do pistão controla a abertura ou o fechamento das válvulas e está diretamente relacionado ao ponto de injeção. Assim, o trabalho em conjunto dos elementos citados proporciona o funcionamento perfeito do motor. A Figura 3.11 abaixo ilustra as válvulas e seus elementos de apoio citados (MACEY, 2008). 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 21/43 Figura 3.11 - Representação do sistema de válvulas Fonte: CBT (1982, p. 21). #PraCegoVer: a imagem apresenta as válvulas juntamente com seus elementos de apoio. As válvulas estão associadas a um pistão (corpo cilíndrico). Acima das válvulas, encontra-se localizado o eixo dos balancins juntamente com o balancim. Os eixos apresentam formato cilíndrico enquanto os balancins apresentam o formato de uma alavanca. Este elemento (balancim) por sua vez se conecta a varetas, de formato de haste, que estão ligadas à árvore de comando de válvulas. As varetas apresentam grande comprimento e em seu �nal, fazendo a conexão entre a árvore e a haste, temos o tucho onde as varetas são encaixadas e o ressalto onde o tucho se conecta com a árvore. As engrenagens citadas anteriormente, e presentes na Figura 3.11, necessitam de um aprofundado estudo de relação. Por exemplo, se a relação for de 1:2, quer dizer que a cada uma rotação da árvore de manivelas teremos meia rotação da árvore de comando das válvulas (BOSCH, 2005). 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 22/43 Tipos, Características, Funcionamento, Arrefecimento e Lubrificação Agora, vamos estudar sobre tipos, características, funcionamento, arrefecimento e lubri�cação. O sistema de arrefecimento do motor de um carro apresenta papel fundamental para o bom funcionamento do veículo, pois ele é o responsável por garantir a temperatura adequada (WETMORE, 2003). Sabemos que as tecnologias tendem a não trabalhar bem em elevadas temperaturas devido ao superaquecimento no motor. Por essa razão, uma vez que estejamos realizando o correto controle da temperatura do sistema (temperatura de operação), estamos garantindo maior vida útil aos equipamentos e acessórios envolvidos (WETMORE, 2003). Fonte: bhakpong / 123RF. Mas a�nal, como o sistema de arrefecimento funciona? Bom, tudo começa na bomba d’água que promove a circulação do �uido refrigerante presente no 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 23/43 radiador. O �uido percorre todas as galerias internas do motor, retirando o calor gerado no processo e realizando a dissipação para o meio. Nesse momento, entram as válvulas termostáticas, as quais possuem a função de controlar o �uxo do �uido dentro do sistema de refrigeração. Esse processo é necessário, pois parte do �uido está ganhando calor e outra parte está perdendo calor no radiador, aguardando a abertura da válvula termostática, para que possa haver a entrada no motor e realizar o “empurramento” da água quente, dando passagem para a água fria, provocando o resfriamento do motor. Esse ciclo ocorre em looping toda vez que houver aquecimento do �uido do radiador até uma determinada temperatura a ponto de realizar o acionamento da válvula (FILIPPO FILHO, 2014). Apesar de o sistema, teoricamente, funcionar de forma ideal, na vida real, podemos ter alguns problemas nesse sistema de arrefecimento, gerando o superaquecimento. É válido destacar que, quando algo não está indo bem, muitas vezes, é sinalizado pelo nosso carro. Por exemplo, temos a luz de advertência vermelha no painel, o medidor de temperatura chegando ao limite máximo e a fumaça saindo do capô (FILIPPO FILHO, 2014). Realizar um percurso com o motor em elevada temperatura, além do limite, poderá ocasionar a deformação permanente dos cilindros, o que, consequentemente, poderá dani�car o radiador, cabeçote e, ainda, acabar impactando as válvulas de expansão e de admissão, assim como os pistões (FILIPPO FILHO, 2014). 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 24/43 Fonte: pichitstocker / 123RF.Outro problema que pode surgir está relacionado com a presença de impurezas nas canaletas do radiador. Esse depósito de impurezas pode prejudicar o sistema, causando entupimento das vias. É possível citar, ainda, problemas que podem ocorrer na ventoinha, que, por diversas razões mecânicas, tem o funcionamento impedido, contribuindo para a elevação da temperatura do motor. Também, há a tampa do radiador, elemento já estudado ao longo desta unidade. Se a tampa estiver dani�cada, não poderemos garantir pressão su�ciente em toda a linha de arrefecimento do motor. Dessa forma, o �uido irá aquecer ao ponto de evaporar sem seguir pela linha, in�uenciando no baixo rendimento do motor (WETMORE, 2003). Foi apresentado que, a junta do cabeçote é o acessório responsável por realizar a vedação dos cilindros. Caso a junta se rompa, haverá a passagem Mas o que pode levar ao superaquecimento? V E R M A I S 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 25/43 do �uido do radiador para os cilindros (local de combustão), que poderá culminar em acidentes. Além disso, a bomba d’água é outro elemento de atenção. O mau funcionamento pode impedir o �uxo regular do �uido entre o sistema de arrefecimento e o motor. O abuso de carregamento de peso e a elevada aceleração também podem prejudicar seu veículo, a ponto de ele apresentar problemas de arrefecimento. Vale o destaque também para a troca de óleo lubri�cante e a utilização do �uido refrigerante correto, que poderão evitar ações corrosivas, controlar a faixa de temperatura de operação do motor, assim como prevenir o congelamento em temperaturas muito baixas e elevar o ponto de evaporação da água, além de proteger e garantir maior vida útil aos acessórios relacionados, como a válvula termostática e a bomba d’água. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 26/43 Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) O autor Franco Brunetti (2018, p. 21) relata que “as máquinas térmicas são dispositivos que permitem transformar calor em trabalho. O calor pode ser obtido de diferentes fontes: combustão, energia elétrica, energia atômica etc.” Além disso, ele a�rma, ainda, que, “do ponto de vista mecânico, não existem grandes diferenças entre os dois tipos de motores (otto e diesel), a não ser a maior robustez do diesel (decorrente da taxa de compressão necessária)” (BRUNETTI, 2018, p. 36). BRUNETTI, F. Motores de combustão interna: São Paulo: Blucher, 2018. v. 1. Levando em conta seu conhecimento a respeito dos diferentes acessórios que compõem um motor de combustão, assinale a única alternativa correta. a) Biela: a biela é o acessório responsável por transformar o movimento retilíneo, originado do pistão para o virabrequim, em movimento rotativo. b) Bloco: pode apresentar dois tipos de anéis: de vedação e de lubri�cação. Ambos os anéis estão ligados diretamente às válvulas de admissão e de escape. c) Cabeçote: é responsável por compor a maior parte do motor e funciona como uma sustentação para encaixe e apoio de todos os outros elementos. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 27/43 d) Cárter: é a cabeça de algum outro elemento, no caso, o motor. Serve como uma tampa para fechar o bloco em sua parte superior. e) Pistão (êmbolo): esse elemento é responsável por realizar o fechamento na parte inferior do bloco. Agora, vamos estudar sobre comando de válvulas e coletores de admissão variáveis. A produção de energia por um motor veicular apresenta uma baixa e�ciência devido às inúmeras perdas de energia que ocorrem durante todo o percurso. Estudos indicam que o aproveitamento gira em torno de 21 a 30% em motores a gasolina; já para motores a diesel, o valor da e�ciência é um pouco maior, girando em torno de 35 a 40% (WETMORE, 2003). Comando de Válvulas e Coletores de Admissão Variáveis 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 28/43 A baixa e�ciência ocorre por diversos parâmetros que envolvem conforto ao usuário, direção segura, potência do motor su�ciente para atingir as expectativas do consumidor, dentre outros pontos relacionados a questões mais técnicas, como faixa útil de giro, coletores de admissão e de escapamento, per�l de comando de válvulas etc. (MORAN et al., 2013). Veículos de grande porte, por exigirem mais do motor, normalmente, tendem a ter menor e�ciência ainda. Comandos de válvulas variáveis e coletores de admissão são comuns em veículos de grande porte. Esses equipamentos possibilitam benefícios no torque em rotações intermediárias. Já os coletores curto e de grande seção possibilitam potências em regime elevados (MORAN et al., 2013). Empresas automobilísticas devem buscar a melhor adequação de um coletor, que permita a variação no comprimento, de tal forma que a capacidade de enchimento do motor sofra variação, possibilitando maior rendimento volumétrico e, portanto, resultando em maiores valores de torque e potência. REFLITA Fique sempre atento aos sinais que seu carro emite. A desregulagem das válvulas é um problema comum, especialmente, em carros que não apresentam a manutenção em dia. Sinais como ruídos, fumaça, perda de potência do motor, aumento no consumo de combustível e aquecimento do sistema são indicadores de que alguma situação está errada e que existe a possibilidade de ser nas válvulas. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 29/43 O funcionamento do coletor variável está interligado à ignição e à injeção do motor. Os dutos mais curtos permanecem fechados, possibilitando a obtenção de maiores potências. Já os dutos longos e estreitos devem permanecer abertos para que haja a obtenção do torque. As válvulas de admissão realizam seu fechamento de forma mais tardia, para que a e�ciência seja otimizada ainda mais. Em suma, tudo depende do fechamento das válvulas no momento correto (BOSCH, 2005). O coletor de admissão variável é enxergado como o pulmão do motor, uma vez que é ele o responsável pela determinação da quantidade de ar que irá entrar em cada um dos cilindros da câmara de combustão. Após a admissão do ar, ocorre a combustão deste (BOSCH, 2005). Nos sistemas de injeção direto, aquele ar que o coletor aspira é admitido e, na sequência, é distribuído para os cilindros de forma uniforme. Já nos veículos que não possuem o sistema de injeção direta, o coletor deverá realizar a mistura de combustível e ar ao longo de câmaras de combustão do motor (MACEY, 2008). Fonte: aopsan / 123RF. Vale o destaque a respeito do que acontece quando o motor ultrapassa o limite de giro e, portanto, o torque máximo, no momento do funcionamento. Nesse caso, ocorre a energização de uma válvula eletropneumática, promovendo a passagem pela abertura e resultando na mistura que irá percorrer tanto os dutos mais curtos quanto os dutos de maior seção em busca de maior potência. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 30/43 Por �m, cabe ao coletor de admissão variável realizar a movimentação do ar da atmosfera até o interior dos cilindros, uma vez que cada motor apresenta um limite de quantidade de ar que é possível aspirar. praticar Vamos Praticar As válvulas de um motor de combustão interna são dispositivos que objetivam realizar o bloqueio ou a permissão da entrada de �uidos dos cilindros do motor. As válvulas de admissão controlam a entrada de mistura gasosa no cilindro do motor enquanto as válvulas de escape realizam a liberação dos gases após a explosão. A partirdo texto apresentado, faça uma busca por informações de componentes que estruturam um sistema de válvulas de admissão e escape. Então, a partir da �gura abaixo, descreva os itens indicados em cada número. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 31/43 Figura - Sistema de admissão e escape Fonte: Own work / Wikimedia Commons. #PraCegoVer: a �gura apresenta um sistema de admissão e escape. Para começar, imagine um motor completo, com todos os componentes. Na sequência, faça um corte central para observar os componentes internos. É esta a vista apresentada na �gura. O corte central nos possibilita a visão dos pistões para entrada do ar e para escape da queima. Ambos os pistões apresentam retorno por mola. Além disso, apresenta a haste dos pistões e os caminhos a serem percorridos. É destacado, com números, alguns itens. No canto inferior esquerdo é destacado o item 1, representando o risco da base da haste do pistão. Na sequência, um pouco acima, temos o número 2 que representa a haste já comentada. Logo em seguida temos o número 3 representando a mola, também já comentado. O número 4 representa o impulsor do pistão e o número 5 o campo excêntrico associado ao êmbolo. O número 6 representa a posição de repouso do cilindro quando não está em funcionamento e o número 7 a o espaço onde a haste do cilindro deve se movimentar. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 32/43 Os motores do tipo Wankel são motores rotativos que apresentam a combustão interna, assim como os outros modelos estudados ao longo da unidade. Esse tipo de motor foi inventado por Felix Wankel. Ele teve a ideia de utilizar rotores com geometrias semelhantes a triângulos nos lugares dos pinos dos motores. Portanto, ao contrário dos motores mais tradicionais, os motores de Wankel não utilizam o conjunto biela manivela para realizar a conversão de energia retilínea em giratória (MACEY, 2008). Um exemplo do motor Wankel é ilustrado na Figura 3.12 abaixo. Turbocompressor: Características e Funcionamento; Motores Wankel: Funcionamento 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 33/43 Os motores Wankel apresentam um funcionamento mais suave, uma vez que não produzem nenhum tipo de movimento alternativo, sendo, portanto, um sistema mais silencioso e com menor grau de vibração. Outro ponto que vale destacar é o menor número de peças que formam o conjunto. Todos os pontos citados fazem do motor Wankel um sistema atraente para diversas aplicações, incluindo motocicletas e aeronaves (MORAN et al., 2013). Uma grande di�culdade desse tipo de motor é o trabalho com as vedações internas nas regiões das câmaras, uma vez que a baixa durabilidade e o alto consumo de combustível acabam acelerando o processo de degradação. Figura 3.12 - Rotor triangular Fonte: blacklighttrace / 123RF. #PraCegoVer: a imagem apresenta vistas do modelamento de um motor Wankel. O rotor apresenta um formato triangular com as arestas levemente abauladas. Seu centro recebe o encaixe para o eixo e os demais componentes. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 34/43 No que diz respeito ao funcionamento desse sistema, podemos destacar a presença de uma câmara cujo seu interior apresenta um formato oval, conforme apresentado pela Figura 3.12. No interior da câmera, é alojado um rotor de formato semelhante a um triângulo e, com o rotor, há o pistão do rotor, que realiza o giro de forma excêntrica em relação ao eixo principal (MORAN et al., 2013). A situação apresentada é análoga ao virabrequim dos motores já estudos anteriormente. O formato e a geometria dos componentes são tais que os cantos do pistão estão posicionados de forma sempre equidistantes das paredes internas da câmara e sempre muito próximos entre si. Dessa forma, a proximidade provoca uma vedação que vai aumentando e diminuindo conforme o espaço entre os lados do rotor e as paredes da câmara (MACEY, 2008). Portanto, se houver a injeção de alguma mistura no interior da câmara, no momento em que houver o aumento de tamanho, haverá também a compressão subsequente do volume durante o giro do rotor ou do pistão. Diante de todo o processo citado, temos o ciclo básico de quatro tempos (admissão, compressão, explosão e exaustão). Além disso, todas as faces do rotor se encontram em fases diferentes do ciclo de forma simultânea. Vantagens e desvantagens do motor Wankel Fonte: kokandr / 123RF. Ausência/redução de vibração no sistema Número relativamente baixo de componentes Geração de potência maior Distribuição mais uniforme do torque Nível de vedação Maior nível de aquecimento no motor 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 35/43 #PraCegoVer: o infográ�co interativo, intitulado “Vantagens e desvantagens do motor Wankel”, possui seis botões interativos. Logo abaixo, há a ilustração de um motor com duas chaves de boca. O primeiro botão interativo, intitulado “Ausência/redução de vibração no sistema”, ao ser clicado, apresenta o texto “como só existe movimento rotativo sem a conversão para retilíneo (ou vice- versa), temos menor desgaste, menor atrito e, por consequência, menor vibração em todo o sistema, garantindo maior vida útil dos equipamentos envolvidos”. O segundo botão interativo, intitulado “Número relativamente baixo de componentes”, ao ser clicado, apresenta a o texto “em relação ao motor tradicional, o motor Wankel apresenta menos componentes, garantindo maior facilidade para manutenção e troca”. O terceiro botão interativo, intitulado “Geração de potência maior”, ao ser clicado, apresenta o texto “essa classe de motores produz maior torque que um motor tradicional de mesma cilindrada. A situação apresentada deve-se ao fato de cada lado do rotor estar sempre em uma fase diferente do ciclo, garantindo mais explosão a cada volta do eixo”. O quarto botão interativo, intitulado “Distribuição mais uniforme do torque”, ao ser clicado, apresenta o texto “a disponibilização do torque ocorre de forma mais homogênea e constante, possibilitando menor robustez do sistema, garantindo equipamentos 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 36/43 mais compactos, leves e menores”. O quinto botão interativo, intitulado “Nível de vedação”, ao ser clicado, apresenta o texto “existem problemas em manter um nível de vedação ideal entre os cantos do rotor e as paredes da câmara de combustão. Esse problema ocorre devido à dilatação térmica recorrente no material utilizado”. O sexto botão interativo, intitulado “Maior nível de aquecimento no motor”, ao ser clicado, apresenta o texto “esse fato é decorrente da elevada rotação que o motor apresenta, somado ao contato constante e ininterrupto de todas as faces do rotor com o interior da carcaça”. Atualmente, a empresa japonesa Mazda tem investido pesado nesse tipo de motor e vem desenvolvendo tecnologias do motor Wankel a hidrogênio para garantir compatibilidade em questões ambientais. praticar Vamos Praticar Motores Wankel são formados por três camadas de carcaça (central e uma em cada lateral) e são responsáveis por realizar a vedação do motor. Seu interior é composto por um conjunto de elementos que, juntos, realizam a combustão. Dentro dos elementos, podemos citar o rotor no formato de um triângulo com curvas arredondadas que, por sua vez, deve ser acoplado a uma engrenagem que possui a função de engrenar o pinhão do virabrequim. Utilizando um software de modelagem de sua escolha (SolidWorks, Autocad ou outros) faça uma vistaexplodida do motor de Wankel, apresentando os 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 37/43 seguintes componentes: carcaça lateral, engrenagem, rotor, carcaça central e virabrequim. Se necessário, busque por referências externas em relação à montagem dos itens citados. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 38/43 Material Complementar W E B Entenda de vez COMO FUNCIONA O MOTOR DO CARRO! Ano: 2016 Comentário: O vídeo, presente no canal de um grupo de professores, apresenta, por meio de imagens, animações e protótipos, o funcionamento do motor de um carro. O vídeo é produzido de forma bastante didática e contém todo o passo a passo do funcionamento do motor de combustão interna. Para conhecer mais, acesse o link a seguir: ACESSAR https://www.youtube.com/watch?v=Ul1XuiJE0Dw 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 39/43 L I V R O Motores de Combustão Interna Autor: Franco Brunetti Editora: Blucher Capítulo: 4 Ano: 2018 ISBN: 978-85-21-1294-2 Comentário: O livro é uma referência para estudo quando tratamos de motores de combustão. No capítulo 4, será abordado o relacionamento motor-veículo, em que será apresentada uma profunda discussão a respeito da previsão do comportamento de um motor instalado num dado veículo, levando em consideração fatores físicos como força de arrasto, força de resistência ao rolamento e força de rampa. Além disso, será discutido, também, a força total resistente ao avanço de um veículo, em que será trabalhado o raio de rolamento. Para �nalizar o capítulo, é abordado o relacionamento entre ensaios em bancos de provas e aplicações do motor em veículos. Disponível em: Biblioteca Virtual. 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 40/43 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 41/43 Conclusão Caro(a) estudante, chegamos ao �m deste material. Neste texto, nós começamos nossa discussão abordando o sistema eletrônico de controle de estabilidade. Nesta primeira etapa, nós entendemos o que, de fato, é esse sistema, suas principais características e vantagens. Além disso, foram abordados, também, tópicos relacionados a motores de combustão interna, em que estudamos os principais elementos que compõem o motor a combustão, como: bloco do motor, cabeçote, cárter, pistão e biela. Além disso, foi estudada a funcionalidade de cada um dos itens. Na sequência dos nossos estudos, discutimos o sistema de arrefecimento, sua importância e seu funcionamento. Caminhando para uma próxima etapa, foram abordadas as válvulas de coleta e as válvulas de admissão, e fomos capazes de entender o funcionamento e as características destas. Para �nalizar, foi apresentado um outro tipo de motor: Wankel; ainda, discutimos as vantagens e as desvantagens deste. Referên cias BOSCH, R. Manual da tecnologia automotiva. São Paulo: Blucher, 2005. BRUNETTI, F. Motores de combustão interna: São 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 42/43 Paulo: Blucher, 2018. v. 1. CARDILLE, D. M. Uma abordagem a respeito do desgaste em materiais de camisas de cilindro de motores ciclo diesel atendendo as modernas leis de emissões. 2009. Dissertação (Mestrado pro�ssional em Engenharia de Materiais) — Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2009. Disponível em: https://dspace.mackenzie.br/bitstream/handle/10899/24205/Dionisio%20Mateo% 20Cardille.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 14 mar. 2022 CBT — Cia Brasileira de Tratores. Manual de Motores. São Paulo, 1982. COMO funciona o motor 4 tempos? Animação. [S. l.: s. n.], 2017. 1 vídeo (5 min.). Publicado pelo canal QRA Volantão. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V9GjzQQCDa0. Acesso em: 3 abr. 2022. ENTENDA de vez como funciona o motor do carro! [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (17 min.). Publicado pelo canal Manual do Mundo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ul1XuiJE0Dw. Acesso em: 3 abr. 2022. FILIPPO FILHO, G. Máquinas térmicas estáticas e dinâmicas: fundamentos de termodinâmica, características operacionais e aplicações. São Paulo: Érica, 2014. (Disponível na Minha Biblioteca). MACEY, S. Fundamentals of car design and packaging. Los Angeles: Design Studio Press, 2008. MORAN, M. J. et al. Princípios de termodinâmica para engenharia. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013. (Disponível na Minha Biblioteca). SOUZA, J. P. S. T. Análise de um motor à combustão interna: simulação numérica do ciclo Otto. 2016. Monogra�a (Bacharelado em Engenharia Automotiva) -— Universidade de Brasília, Brasília, 2016. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/14975/1/2016_JoaoPauloSTeixeiradeSouza. pdf. Acesso em: 8 mar. 2022. https://dspace.mackenzie.br/bitstream/handle/10899/24205/Dionisio%20Mateo%20Cardille.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://dspace.mackenzie.br/bitstream/handle/10899/24205/Dionisio%20Mateo%20Cardille.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://www.youtube.com/watch?v=V9GjzQQCDa0 https://www.youtube.com/watch?v=Ul1XuiJE0Dw https://bdm.unb.br/bitstream/10483/14975/1/2016_JoaoPauloSTeixeiradeSouza.pdf https://bdm.unb.br/bitstream/10483/14975/1/2016_JoaoPauloSTeixeiradeSouza.pdf 21/01/2024, 21:58 E-book https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=he90Lu2wydIMGmM9yzNJWQ%3d%3d&l=lHwiSHi5q3tH6ZaJZzG7%2bQ%3d%3d&cd=x… 43/43 WETMORE, J. M. Driving the Dream – The History and Motivations Behind 60 Years of Automated Highway Systems in America. Automotive History Review, p. 4-19, 2003.
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