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Improbidade administrativa

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A improbidade administrativa é um 
conceito jurídico que se refere a atos 
ilegais e desonestos ou antiéticos 
praticados por agentes públicos ou 
particulares que estejam envolvidos em 
atividades relacionadas à administração 
pública. 
 
Esses atos são tipicamente caracterizados 
por ações que causem prejuízo ao erário 
(conjunto de recursos financeiros do 
Estado) ou violem os princípios éticos e 
legais que norteiam a atuação dos 
agentes públicos. 
 
A lei de improbidade administrativa, em 
vigor no Brasil (Lei Nª8.429/92), define as 
condutas que configuram improbidade e 
estabelece as sanções aplicáveis a quem 
come tais atos. 
 
Essas sanções incluem: 
 Perda da função pública. 
 Suspensão dos direitos políticos. 
 Ressarcimento integral do dano 
causado. 
 Pagamento de multas. 
 
SUJEITO ATIVO E PASSIVO 
O sujeito ativo da 
improbidade administrativa é aquele que 
pratica o ato de improbidade. Em geral, 
trata-se de agentes públicos ou 
particulares que, de alguma forma, estão 
envolvidos em atividades relacionadas a 
administração pública. 
 
 Agentes públicos: Incluem 
servidores públicos, ocupantes em 
cargos de comissão, temporários, e 
qualquer pessoa que exerça 
função pública, ainda que 
temporária. 
 
 Particulares: Também podem ser 
sujeitos ativos da improbidade, 
desde que estejam envolvidos em 
práticas que violem princípios da 
administração pública ou causem 
prejuízo ao erário. 
 
O sujeito passivo é 
aquele que sofre as consequências do 
ato improbo, sendo prejudicado pela 
conduta ilegal. Pode ser o Estado, 
entidades públicas, ou a coletividade em 
geral. 
 
 Estado e entidades públicas: São 
sujeitos passivos quando há 
prejuízo aos recursos públicos ou 
violação de princípios 
administrativos, sendo o Estado o 
titular dos interesses afetados. 
 i 
 
M P R O B i D A D E 
 
 Coletividade: A sociedade como 
um todo também pode ser 
considerada sujeito passivo, uma 
vez que a improbidade 
administrativa compromete a 
confiança nas instituições públicas 
e afetam o bem-estar coletivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODALIDADES 
A lei de improbidade administrativa 
estabelece 3 modalidades, classificadas 
de acordo com a natureza do ato 
praticado pelo agente público ou 
particular. 
 
Pode ser de 2 
maneiras: 
 
 Recebimento de vantagens 
econômicas: Quando um agente 
público obtém, para si ou para 
terceiros, vantagens econômicas 
indevidas em razão do exercício de 
cargo, emprego, função ou 
atividade na administração 
pública. 
 
 Aquisição de bens 
desproporcionais à renda: Caso o 
agente público adquira bens de 
forma incompatível com sua renda 
ou com o seu patrimônio. 
 
Quando o agente 
público pratica ato que causa prejuízo 
aos cofres públicos. 
 
 Concessão indevida de benefício 
fiscal ou tributário: Conceder 
benefício fiscal ou tributário sem 
observância das formalidades 
legais ou com o fim de beneficiar a 
si mesmo ou a terceiros. 
 
Condutas que 
atentem contra os princípios da 
Legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência (LIMPE). 
 
 Usar bens públicos em benefício 
próprio ou de terceiros: Utilizar, em 
proveito próprio ou alheio, bens, 
rendas, verbas ou valores 
integrantes do patrimônio público. 
 
PENAS APLICADAS 
A lei de improbidade administrativa 
estabelece diversas sanções que podem 
ser aplicadas em casos de prática de 
improbidade. Essas sanções têm o 
objetivo de punir os agentes públicos ou 
particulares que causem prejuízo ao 
erário ou violem os princípios da 
administração pública. 
 
As penas estão previstas no artigos 12 a 37 
da referida lei. 
 
Um servidor público 
desvia recursos. O Estado 
ou a coletividade, que 
sofre o prejuízo 
Consiste na 
destituição do agente publico do cargo, 
emprego, função ou mandato eletivo 
que estejam ocupando. 
 
A 
suspensão dos direitos políticos implica na 
perda temporária dos direitos 
relacionados à participação política, 
como direito de votar e ser votado. 
 
O agente público ou 
particular pode ser condenado ao 
pagamento de multa civil, cujo valor varia 
conforme a gravidade da conduta e o 
prejuízo causado ao erário. 
 
O infrator pode ficar proibido de 
contratar com o poder público ou 
receber benefícios ou incentivos fiscais e 
creditícios, direta ou indiretamente. 
 
Se houver 
enriquecimento ilícito, a pena pode incluir 
a perda dos bens ou valores obtidos de 
forma ilícita. 
 
O agente 
público ou particular pode ser obrigado a 
ressarcir integralmente o dano causado 
aos cofres públicos. 
 
Em casos mais 
graves, a lei permite a aplicação 
cumulativa de ambas as penas: Perda da 
função publica e suspensão dos direitos 
políticos. 
 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
O procedimento administrativo nos casos 
de improbidade segue um conjunto de 
regras etapas estabelecidas pela 
legislação brasileira, em especial pela lei 
Nª8.429/1992. 
 
 Recebimento do fato: O 
procedimento pode ter início por 
meio de denúncia ou 
representação, que são 
comunicados formais apresentados 
à autoridade competente, como 
MP, tribunal de contas ou outros 
órgãos encarregados da 
fiscalização. 
 
 Admissibilidade da denúncia ou 
representação: A autoridade 
competente avalia se a denuncia 
ou representação contém 
elementos suficientes para iniciar 
uma investigação. Se a denuncia 
for considerada válida, o 
procedimento é instaurado. 
 
 Notificação do investigado: O 
agente público ou particular 
acusado de improbidade 
administrativa é notificado para 
apresentar sua defesa prévia. 
 
 Instrução processual: Durante a 
instauração, são realizadas as 
diligências necessárias para a 
coleta de provas e esclarecimento 
dos fatos. Isso pode incluir 
depoimentos, perícias, solicitação 
de documentos e outras medidas 
investigativas. 
 
 Audiência de instrução e 
julgamento: Caso necessário, pode 
ser marcada uma audiência para 
ouvir as partes envolvidas, 
apresentar argumentos e 
esclarecer pontos controversos. 
 
 
 Relatório final: Após a conclusão da 
instrução, é elaborado um relatório 
final que resume as informações 
coletadas e recomendada ou não 
a aplicação de sanções. 
 
 Decisão administrativa: A 
autoridade competente toma uma 
decisão com base no relatório final. 
Se ficar comprovada a prática de 
improbidade administrativa, são 
aplicadas as sanções previstas em 
lei. 
 
 Recurso administrativo: As partes 
envolvidas têm o direito de interpor 
recurso administrativos contra a 
decisão, caso discordem da 
aplicação das sanções. 
 
 
 Execução das sanções: Em caso de 
confirmação, as sanções 
determinadas são executadas, 
como a perda da função pública, 
suspensão dos direitos políticos, 
pagamento de multa, entre outras. 
 
AÇÃO PENAL 
Nos casos de improbidade administrativa, 
é possível a propositura de ações judiciais 
para responsabilizar os agentes públicos 
ou particulares envolvidos. As ações 
judiciais são uma maneira de buscar a 
punição dos responsáveis, a reparação 
dos danos causados e a aplicação das 
sanções previstas em lei. 
 
A ação de improbidade na 
esfera civil visa à responsabilização pelo 
dano causado ao erário e à aplicação 
das sanções previstas na lei Nª 8.429/1992. 
O MP ou a Advocacia Pública pode 
ajuizar esta ação. 
 
Além da ação civil, a 
improbidade administrativa também 
pode configurar crime, nesses casos, é 
possível a propositura de ação penal, 
geralmente pelo MP, para apurar as 
condutas criminosas. As penas criminais 
podem incluir detenção e multa. 
 
Além das 
esferas criminal e civil, é possível a 
instauração de processos administrativos 
para apurar responsabilidades no âmbito 
interno da administração pública. Os 
órgãos de controle interno, como as 
corregedorias, podem conduzir esses 
processos, aplicando penalidades comoadvertências, suspensões e demissões, a 
depender da gravidade da conduta.

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