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. O QUE SÃO “PONTOS DE OURO”? CURSO BASEADO NAS PRINCIPAIS LEIS; BASEADO NOS PRINCIPAIS ARTIGOS; IDENTIFICAR O QUE É MAIS COBRADO EM PROVA; . COMO IDENTIFICAR O QUE MAIS É COBRADO? TEM DUAS FORMAS: (LABIRINTO) Forma mais complexa/dificil – Fazer mapeamento das questões dos últimos 5 anos; Pesquisar em sites especializados; Pesquisar questões no site referentes ao cargo; Separar por tópicos as questões; Fazer um RANKING dos tópicos; . Estudar a teoria: - Letra de lei; - Doutrina - livros, pdf, e-books; - Jurisprudência; Depois voltar para as questões; Questões do perfil da banca (onde?); . 02. Forma mais simples – Pegar tudo isso pronto; Estudar a teoria de forma objetiva e resumida; Fazer questões do perfil da Banca (onde?) . Estudar a teoria: - Letra de lei; - Doutrina - livros, pdf, e-books; - Jurisprudência; Depois voltar para as questões; Questões do perfil da banca (onde?); LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997. Define os crimes de tortura e dá outras providências BASE CONSTITUCIONAL – Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III - a dignidade da pessoa humana; Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) II - prevalência dos direitos humanos; Dos Direitos e Garantias Fundamentais – Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Mandado Constitucional de Criminalização – Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; Segundo Cleber Masson, os mandados de criminalização indicam matérias sobre as quais o legislador ordinário não tem a faculdade de legislar, mas a obrigatoriedade de tratar, protegendo determinados bens ou interesses de forma adequada e, dentro do possível, integral. Salienta-se, assim, que os mandados constitucionais de criminalização são normas de eficácia limitada. Isto porque não define a conduta incriminada, nem muito menos estabelece sanção, vindo apenas a definir, de forma nem sempre a especificar, a conduta por incriminar. NATUREZA HEDIONDA – O crime de tortura tem natureza de crime equiparado a hediondo. Não é hediondo, e sim equiparado. Consequências – Insuscetíveis de fiança, de indulto, graça ou anistia; rescrição – São prescritíveis, ou seja, prescrevem. ESTRUTURA DA LEI DE TORTURA Espécies de Tortura; Art. 1º, I, “a” – Tortura confissão; Tortura Prova; Tortura probatória; Art. 1º, I, “b” – Tortura Crime. Art. 1º, I, “c” – Tortura discriminatória; Racial; Art. 1º, II – Tortura castigo; Art. 1º, §1º – Tortura pela tortura; ou tortura prova; Art. 1º, §2º – Tortura omissiva; tortura imprópria. Art. 1º, §3º - Tortura qualificada pela lesão corporal grave ou gravíssima ou pela morte; Art. 1º, §4º - Tortura majorada; Art. 1º, §5º - Efeitos da condenação; Art. 1º, §6º - Consequências; Art. 1º, §7º - Regime Inicial fechado; Art. 2º - Princípio da Extraterritorialidade; CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DO CRIME DE TORTURA – Bem jurídico protegido; Sujeito ativo do crime; Sujeito passivo do crime; Elemento subjetivo; Dolo Específico; Natureza hedionda; Crime de máximo potencial ofensivo – São aqueles que a constituição exigiu um tratamento diferenciado. São eles: Tráfico, Terrorismo, Tortura e os definidos como hediondos. Dessa forma, não se aplicam os institutos da Lei 9.099/95, como transação pena; suspensão condicional do processo; rito sumaríssimo. CLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE TORTURA Art. 1º, I, a, b, c Art. 1º, II 1. Crime comum; 2. Crime formal; 3. Exige dolo específico; 4. Punido com reclusão de 2 a 8 anos; 5. Equiparado a hediondo; 1. Crime próprio (bipróprio); 2. Crime material; 3. Exige dolo específico; 4. Punido com reclusão de 2 a 8 anos; 5. Equiparado a hediondo; Art. 1º, §1º Art. 1º, §2º 1. Crime comum/Próprio (divergente); 2. Crime material; 3. Não exige dolo específico; 4. Punido com reclusão de 2 a 8 anos; 5. Equiparado a hediondo; 1. Crime próprio; 2. Crime de mera conduta; 3. Não exige dolo específico; 4. Punido com detenção de 1 a 4 anos; 5. Não é equiparado a hediondo; DA ANÁLISE DOS CRIMES EM ESPÉCIE Art. 1º Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa; Classificação geral dos crimes (art. 1º, I, a, b, c) Sujeito Ativo – Se praticado por funcionário público – Aumento de Pena de um sexto até um terço. Núcleo do tipo – Meios de execução – Causando – Finalidade específica (Dolo Específico) – Ausência do dolo específico - Momento consumativo - Crime formal – Não obtenção do resultado pretendido TORTURA CONFISSÃO – TORTURA PROVA – TORTURA PROBATÓRIA Art. 1º, I, a – Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; Pena - reclusão, de dois a oito anos. Crime de abuso de autoridade – Lei N. 13.869 de 2019 – Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a: (...) III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro: (Promulgação partes vetadas) Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência. TORTURA CRIME Art. 1º, I, b – Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; Pena - reclusão, de dois a oito anos. TORTURA RACIAL – Art. 1º, I, c – Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental para em razão de discriminação racial ou religiosa; Pena - reclusão, de dois a oito anos. Classificação do crime Rol taxativo – Sujeito passivo – Ação direta de inconstitucionalidade por Omissão – ADO 26 – STF; ADO 26/DF 1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08/01/1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”); TORTURA CASTIGO (Art. 1º, II) – Art. 1º, II – Constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Pena - reclusão, de dois a oito anos. Classificação do crime Núcleo do tipo – Sujeito Ativo– Sujeito Passivo Meios de execução – Causando – Finalidade específica (Dolo Específico) – Tortura castigo (Art. 1º, II) X Maus-tratos (Art. 136, CP) Maus-tratos Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina: Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa São várias as diferenças entre a Tortura castigo (Art. 1º, II) e Maus-tratos (Art. 136, CP). De início, podemos apontar as principais: “elemento subjetivo”, “meios de execução” e “intensidade do sofrimento da vítima”. Nesse mesmo sentido, temos a jurisprudência do STJ. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – A figura do inc. II do artigo 1º, da Lei nº 9.455/97 implica na existência de vontade livre e consciente do detentor da guarda, do poder ou da autoridade sobre a vítima de causar sofrimento de ordem física ou moral, como forma de castigo ou prevenção. O tipo do artigo 136, do Código Penal, por sua vez, se aperfeiçoa com a simples exposição a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, em razão de excesso nos meios de correção ou disciplina. Enquanto na hipótese de maus-tratos, a finalidade da conduta é a repreensão de uma indisciplina, na tortura, o propósito é causar o padecimento da vítima. IV. Para a configuração da segunda figura do crime de tortura é indispensável a prova cabal da intenção deliberada de causar o sofrimento físico ou moral, desvinculada do objetivo de educação. V. Evidenciado ter o Tribunal a quo desclassificado a conduta de tortura para a de maus tratos por entender pela inexistência provas capazes a conduzir a certeza do propósito de causar sofrimento físico ou moral à vítima, inviável a desconstituição da decisão pela via do recurso especial. (REsp 610.395/SC, Rel. Min. Gilson Dipp, Quinta Turma, julgado em 25.05.2004, DJ 02.08.2004 p. 544). LEI 9.455/97 - Art. 1°, II - TORTURA – CASTIGO CÓDIGO PENAL - Art. 136 - MAUS TRATOS - Submeter alguém a intenso sofrimento físico ou mental. Expor a perigo a vida ou a saúde Pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade; Pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância. Com emprego de violência ou grave ameaça; Quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado; Com o fim de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia; quer abusando de meios de correção ou disciplina. TORTURA PELA TORTURA – TORTURA PRÓPRIA – (Art. 1º, §1º) § 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal. Pena - reclusão, de dois a oito anos. Classificação do crime Núcleo do tipo – Sujeito Ativo – Sujeito Passivo – Meios de execução – Causando – Finalidade específica (Dolo Específico) – Desnecessidade de finalidade específica – Aqui não há qualquer finalidade específica, ou seja, não é exigido para seu aperfeiçoamento o especial fim de agir por parte do agente, bastando, para a configuração do crime, o dolo de praticar a conduta descrita no tipo objetivo. Desta forma, a submissão de pessoa presa a sofrimento físico ou mental a atos não previstos em lei não exige o dolo específico configura o crime em análise. Nesse sentido: STJ - (Informativo 433) – [...] Então, é inegável que a vítima, enquanto estava detida, foi submetida a intenso sofrimento físico por ato que não estava previsto em lei, nem resultava de medida legal, o que configurou a tortura prevista no art. 1º, § 1º, da Lei n. 9.455/1997. Essa modalidade de tortura, ao contrário das demais, não exige especial fim de agir por parte do agente para configurar-se, bastando o dolo de praticar a conduta descrita no tipo objetivo. [...] TORTURA OMISSIVA – TORTURA IMPRÓPRIA – (Art. 1º, §2º) – Art. 1º,§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. Classificação do crime – Núcleo do tipo – Sujeito Ativo – Pena – Finalidade específica (Dolo Específico) – Natureza não hedionda – CF/88 – Art. 5º - XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; Prevaricação Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. TORTURA QUALIFICADA – (Art. 1º, §3º) – § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. Classificação do crime – Crime qualificado pelo resultado – O crime qualificado pelo resultado é aquele em que o legislador, após descrever uma conduta típica, com todos os seus elementos, acrescenta-lhe um resultado cuja ocorrência acarreta o agravamento da sanção penal. Crime preterdoloso – O crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado pelo resultado, no qual o agente pratica uma conduta anterior dolosa, e desta decorre um resultado posterior culposo. Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente. Tortura qualificada pela morte – Ocorre quando da tortura resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. Homicídio qualificado pela tortura – CP – Art. 121, § 2°, III – Se o homicídio é cometido: com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. Crime Progressivo – Crime progressivo é aquele realizado mediante um único ato ou atos que compõem único contexto. Em outras palavras, ocorre quando o agente, para alcançar um resultado mais grave, passa por uma conduta inicial que produz um evento menos grave. No crime progressivo o agente, desde o início, tem a intenção de praticar um crime mais grave, mas, para concretizá-lo, passa pelo menos grave. Nesse caso, o dolo continua o mesmo. TORTURA MAJORADA (Art. 1º, §4º) – § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público; II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos; III - se o crime é cometido mediante seqüestro. EFEITOS DA CONDENAÇÃO (Art. 1º, §5º) – § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada. Efeito automático da condenação – “A perda do cargo, função ou emprego público é efeito automático da condenação pela prática do crime de tortura, não sendo necessária fundamentação concreta para a sua aplicação" (AgRg no Ag 1388953/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 20/06/2013, DJe 28/06/2013): STJ: “Isso porque, conforme dispõe o § 5º do art. 1º deste diploma legal, a perda do cargo, função ou emprego público é efeito automático da condenação, sendo dispensável fundamentação concreta. (REsp 1.044.866-MG, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 2/10/2014.) CONSEQUÊNCIAS (Art. 1º, §6º) – § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. Fiança e liberdade provisória – A GRAVIDADE EM ABSTRATO DO CRIME NÃO CONSTITUI FATOR DE LEGITIMAÇÃO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA LIBERDADE. – A natureza da infração penal não constitui, só por si, fundamento justificador da decretação da prisão cautelar daqueleque sofre a persecução criminal instaurada pelo Estado. Precedentes. STF – Impende assinalar, por isso mesmo, que a gravidade em abstrato do crime, qualquer que seja, não basta para justificar, só por si, a privação cautelar da liberdade individual de qualquer paciente. REGIME INICIAL DO CUMPRIMENTO DE PENA (Art. 1º, §7º) § 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. DIVERGÊNCIA NO ÂMBITO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – PRIMEIRA TURMA - INFORMATIVO STF n. 789 Crime de tortura e regime inicial de cumprimento da pena – O condenado por crime de tortura iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, nos termos do disposto no § 7º do art. 1º da Lei 9.455/1997 - Lei de Tortura. (....) O Ministro Marco Aurélio (relator) denegou a ordem. Considerou que, no caso, a dosimetria e o regime inicial de cumprimento das penas fixadas atenderiam aos ditames legais. Asseverou não caber articular com a Lei de Crimes Hediondos, pois a regência específica (Lei 9.455/1997) prevê expressamente que o condenado por crime de tortura iniciará o cumprimento da pena em regime fechado, o que não se confundiria com a imposição de regime de cumprimento da pena integralmente fechado. Assinalou que o legislador ordinário, em consonância com a CF/1988, teria feito uma opção válida, ao prever que, considerada a gravidade do crime de tortura, a execução da pena, ainda que fixada no mínimo legal, deveria ser cumprida inicialmente em regime fechado, sem prejuízo de posterior progressão. HIPÓTESE DE EXTRATERRITORIALIDADE (Art. 2º) – Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. REVOGÇÃO DO ART. 233 DO ECA (Art. 4º) – Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 233. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a tortura: (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997) QUESTÕES (VUNESP -PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1a Classe) Sobre a Lei n o 9.455/97, que dispõe sobre a TORTURA, é correto afirmar que os casos de tortura com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa e para provocar ação ou omissão de natureza criminosa, o crime somente se consuma quando o agente obtém o resultado almejado. o crime de tortura é próprio, uma vez que só pode ser cometido por policiais civis ou militares. privar de alimentos pessoa sob sua guarda, poder ou autoridade é uma das formas de tortura previstas na lei, na modalidade “tortura-castigo”. se o agente tortura a vítima para com ele praticar um roubo, responderá por crime único, qual seja, o crime de roubo, por este ter penas maiores. quando o sujeito ativo do crime de tortura for agente público, as penas são aumentadas de um sexto a um terço (NUCEPE - PC-PI - Delegado de Polícia Civil) Após a Segunda Guerra Mundial, adotada e proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, os direitos inerentes à pessoa humana passam a ser protegidos mundialmente. No Brasil, os atos de tortura e as tentativas de praticar atos dessa natureza são coibidos. Marque abaixo a alternativa CORRETA quanto ao crime de tortura. O crime de tortura é inafiançável, embora suscetível de graça ou anistia. Se o crime de tortura é cometido contra maior de 60 (sessenta) anos aumenta-se a pena em de 1/3 (um terço) até à metade. Se o crime de tortura é cometido por agente público, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) até à metade. d. Não se constitui crime de tortura o constrangimento de alguém com o emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico, em razão de discriminação racial ou religiosa. e. Constitui crime de tortura: constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com o objetivo de obter alguma informação, declaração ou confissão. (UERR - SEJUC - RR - Agente Penitenciário) Em relação ao crime de tortura tipificado na Lei n. 9.455/97 (Lei da Tortura) o sofrimento físico ou mental ao qual foi submetida a vítima: Sempre é antecedido da exigência de ter sido intenso; É antecedido da exigência de ter sido intenso apenas quando o agente for funcionário público; É antecedido da exigência de ter sido intenso apenas quando o agente for ascendente ou descendente da vítima; É antecedido da exigência de ter sido intenso apenas quando houver o emprego de violência ou ameaça; Nem sempre é antecedido da exigência de ter sido intenso (Concurso SJC-SC - 2019 - Agente Penitenciário) Analise as afirmativas abaixo com fundamento na Lei no 9.455, de 7 de abril de 1977, que define os crimes de tortura e dá outras providências. Aumenta-se a pena do crime de tortura de um sexto até um terço se o crime é cometido mediante sequestro. A pena para o crime de tortura, quando resulta morte, é de reclusão de oito a doze anos. O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. O condenado por crime de tortura, quando resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4. São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. (IADES - 2019 - SEAP-GO - Agente de Segurança Prisional) A respeito da Lei no 9.455/1997 (Lei da Tortura), assinale a alternativa correta. A consumação se dá com o emprego de meios violentos, ocasionando sofrimento físico ou mental, englobando, inclusive, o mero aborrecimento, o qual é apto a configurar o crime de tortura. A tortura-castigo exige uma relação de guarda, poder ou autoridade entre o sujeito ativo e o passivo. c. A diferenciação entre a tortura e os maus-tratos é o elemento subjetivo. No crime de maus-tratos, não há o animus corrigendi, disciplinandi, já no crime de tortura, o agente tem esse ânimo, além de agir com ódio, com vontade de ver um sofrimento desnecessário, com sadismo. d. O objeto jurídico tutelado pela norma penal no crime de tortura é apenas a integridade corporal e a saúde física. e. O dolo específico não constitui elementar fundamental para a configuração das modalidades do crime de tortura previstas no art. 1o da Lei no 9.455/1997. (FCC - 2019 - SEFAZ-BA - Auditor Fiscal - Administração, Finanças e Controle Interno - Prova I ) Lindomar é agente público e foi condenado à pena de reclusão de quatro anos pela prática de tortura. De acordo com a Lei federal nº 9.455/1997, que define os crimes de tortura e dá outras providências, a condenação de Lindomar acarretará a suspensão do seu cargo, função ou emprego público por dois anos. perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por quatro anos. suspensão do seu cargo, função ou emprego público por quatro anos. perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício por oito anos. perda do seu cargo, função ou emprego público e a interdição permanente para seu exercício.
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