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Prévia do material em texto

Comunicação oficial
Autoria
João Carlos Rodrigues da Silva
COMUNICAÇÃO 
OFICIAL
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer 
métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do pos-
suidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu 
objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria.
Reitor:
Prof. Cláudio Ferreira Bastos
Pró-reitor administrativo financeiro:
Prof. Rafael Rabelo Bastos
Pró-reitor de Relações Institucionais:
Prof. Cláudio Rabelo Bastos
Diretor de Operações:
Prof. José Pereira de Oliveira
Coordenação pedagógica:
Profa. Maria Alice Duarte G. Soares 
Coordenação NEAD:
Profa. Luciana R. Ramos Duarte
Supervisão de produção NEAD:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
EXPEDIENTE
Ficha Técnica
Autoria: João Carlos Rodrigues da Silva 
Designer instrucional:
João Paulo S. Correia
Projeto gráfico e diagramação:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
Capa:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Tratamento de imagens:
Diego Porto Nojosa
Autoria de leitura complementar
Giselly Bezerra Pereira
Isabela Oliveira Martins
Maria Antônia do Socorro Rabelo Araújo
Revisão Textual: Paola Fonseca Benevides
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO
SILVA, João Carlos Rodrigues da. Comunicação oficial. / João Carlos Ro-
drigues da Silva. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017. 
 
140 p. 
ISBN: 978-85-64026-38-4
1. Linguística. 2. Pontuação. 3. Gramática e Produção. 4. Gêneros Textuais. 
I. Centro Universitário Ateneu.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,
Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse 
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a 
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa. 
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo, 
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.
Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender 
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes 
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para 
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer 
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial. 
O objetivo geral desta disciplina consiste em levar o estudante a aplicar 
adequadamente os múltiplos recursos disponibilizados pela língua na leitura, pro-
dução e oralização dos gêneros textuais afeitos às atividades do administrador, 
em dada situação comunicativa. Espera-se que você esteja apto a dizer que “sabe 
português” e, mais do que isso, que sabe empregar as variantes linguísticas nas 
distintas situações discursivas, variantes essas materializadas em textos e em 
gêneros textuais. Em outras palavras, espero que esta disciplina contribua para 
o aprimoramento da sua competência discursiva, que você esteja interessado e 
comprometido nessa empreitada. Além disso, consequentemente, possa contribuir 
também para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sumário
UNIDADE 01
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA ...............9
1. Linguística e gramática ..................................................................................................10
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje .........................................................................11
1.2. Prescrição e uso cotidiano da língua ..........................................................................11
1.3. Fala e escrita ..............................................................................................................12
2. Variação linguística .......................................................................................................13
2.1. As variações linguísticas ............................................................................................14
2.2. Aspectos a serem considerados na elaboração de textos orais e escritos ................19
Referências .......................................................................................................................22
UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA ..........................................................................................23
1. Pontuação .....................................................................................................................24
1.1. Considerações teóricas sobre os sinais de pontuação ..............................................24
1.2. O ponto final ...............................................................................................................24
1.3. O ponto e vírgula ........................................................................................................25
1.4. A vírgula .....................................................................................................................27
2. O Novo Acordo Ortográfico ...........................................................................................31
2.1. O que mudou: acentuação e uso do hífen .................................................................31
2.1.1. Mudanças no alfabeto .............................................................................................32
2.1.2. Trema ......................................................................................................................32
2.1.3. Mudanças nas regras de acentuação .....................................................................33
2.1.4. Uso do hífen ............................................................................................................36
2.2. Orientações ortográficas ............................................................................................39
2.2.1. Uso de S e Z ............................................................................................................39
2.2.2 Uso de J e G ............................................................................................................41
2.2.3. Uso de X e CH .........................................................................................................42
2.2.4. Substantivos grafados com Ç, SS ou S derivados de verbos .................................43
2.2.5. Uso de E e de I em terminações verbais ................................................................44
2.2.6. Palavras homônimas e parônimas ..........................................................................44
2.2.7. Uso e grafia dos porquês ........................................................................................46
Referências .......................................................................................................................47
UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL ...........................................................................49
1. Concordância verbal e nominal: usos mais frequentes .................................................50
1.1. Concordância verbal ...................................................................................................50
1.1.1. Outros casos de concordância verbal .....................................................................54
1.2. Concordância nominal ................................................................................................57
1.2.1. Adjetivo referente a vários substantivos ..................................................................58
1.3. Regência nominal e verbal: usos mais frequentes .....................................................62
1.3.1. Regência nominal ...................................................................................................631.3.2. Regência verbal e significação dos verbos .............................................................64
1.3.3. Complementos comuns a mais de um verbo ..........................................................65
1.3.4. Regência de alguns verbos .....................................................................................65
1.3.5. Verbos indicativos de movimento x verbos de permanência ..................................72
1.4. Emprego do sinal indicativo de crase .........................................................................74
1.4.1. Uso obrigatório da crase .........................................................................................76
1.4.2. Não há uso de crase ...............................................................................................77
1.4.3. Casos especiais de uso da crase ............................................................................80
1.4.4. Casos de uso facultativo .........................................................................................81
Referências .......................................................................................................................83
UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. Tipos e gêneros textuais ...............................................................................................86
1.1. A diversidade de gêneros ...........................................................................................87
1.2. Sequências textuais: narração, descrição, exposição, argumentação e injunção .....88
1.2.1. Narrativa ..................................................................................................................89
1.2.2. Descritiva .................................................................................................................90
1.2.3. Expositiva ................................................................................................................90
1.2.4. Argumentativa .........................................................................................................91
1.2.5. Injuntiva ...................................................................................................................91
1.3. Gêneros e funções: apelativo, informativo, expressivo, 
 poético, metalinguístico e fático ................................................................................92
1.3.1. Função referencial ou denotativa ............................................................................93
1.3.2. Função emotiva ou expressiva ................................................................................94
1.3.3. Função apelativa ou conativa ..................................................................................94
1.3.4. Função poética ........................................................................................................94
1.3.5. Função fática ...........................................................................................................94
1.3.6. Função metalinguística ............................................................................................95
2. Gêneros oficiais e comerciais ........................................................................................95
2.1. Critérios de distinção entre gêneros oficiais e comerciais ..........................................97
2.2. Os gêneros oficiais no Manual de Redação da Presidência da República ................98
2.3. Os gêneros empregados na indústria e no comércio ...............................................106
2.3.1. Memorando circular ...............................................................................................106
2.3.2. Ofício .....................................................................................................................107
2.3.3. Carta comercial .....................................................................................................110
2.3.4. Ata .........................................................................................................................112
2.3.5. E-mail ....................................................................................................................113
2.3.6. Curriculum Vitae ....................................................................................................114
2.3.7. Requerimento ........................................................................................................116
2.3.8. Declaração ............................................................................................................116
Referências .....................................................................................................................118
MATERIAL COMPLEMENTAR:
A Contribuição da Comunicação Interna na Motivação dos Colaboradores: 
um Estudo de Caso na Empresa Porto Freire Engenharia .............................................119
COMUNICAÇÃO OFICIAL 9
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE 
VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA
Apresentação
De agora em diante, você entrará no mundo da comunicação voltada es-
pecialmente para a produção de textos que circulam nas esferas administrativa 
privada e pública. Mas, antes disso, é preciso que você domine alguns conceitos 
básicos a respeito da língua e também reveja assuntos importantes da gramática 
da língua portuguesa. Tais assuntos são necessários para que você possa produ-
zir com correção os documentos que circulam no dia a dia de uma empresa.
Assim sendo, nesta primeira unidade, você estudará os conceitos de linguísti-
ca, gramática, variação, norma, fala, escrita, dentre outros, os quais são importantes 
para o entendimento da complexidade do uso da língua portuguesa, ou seja, esses 
conceitos colaboram para que você consiga adequar a linguagem à situação comuni-
cativa, levando em conta os recursos linguísticos disponibilizados pela própria língua. 
Bons estudos!
Objetivos de aprendizagem
• Distinguir Linguística de Gramática;
• Conceituar língua, linguagem e fala;
• Reconhecer as diversidades de uso da língua em uma situação comunicativa;
• Adequar a linguagem à situação comunicativa, levando em conta os recursos 
linguísticos disponibilizados pela língua;
• Compreender as diferenças entre a oralidade e a escrita.
Uni
10 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1. LINGUÍSTICA E GRAMÁTICA
Durante sua vida escolar, constituída pelos ensinos básico, fundamental 
e médio, você ouviu falar em gramática. Não só ouviu falar, como muito estudou. 
Nas seções a seguir, você verá os dois conceitos, onde convergem, divergem e 
quais as consequências do seu uso cotidiano da vida social.
Note que existem basicamente três concepções para o termo Gramática. 
A primeira, mais conhecida e difundida, entende que a gramática é uma espécie 
de manual que traz as regras para o correto uso da língua pelos falantes, seja 
na modalidade falada ou na escrita. Essa concepção é chamada de gramática 
normativa. Em termos técnicos, a gramática é o conjunto sistemático de normas 
do bem falar e escrever estabelecidas por especialistas com base nas obras dos 
grandes autores da literatura. Assim entendida, somente a norma padrão segue a 
gramática, pois a variante culta sofre variação, mas é aceita socialmente porque 
está na fala dos falantes das altas camadas sociais. Todas as demais variantes 
estariam fora do padrão e seriam consideradas como desvios, erros, deformações, 
degenerações, etc. Desse ponto de vista, vem a noção de “falar e escrever errado” 
(TRAVAGLIA, 1997).
Já a segunda concepção entende que gramática apresenta a descrição 
da estrutura e do funcionamento da língua, de sua forma e de sua função. Nesse 
sentido, a gramática pode ser definida, então, como um conjunto de regras que 
o cientista da linguagem constata nos dados de fala e escrita que analisa com 
base em uma teoria e em um método. Assim, essa concepção busca descrever 
os fatos da língua, sem julgá-los como certos ou errados. Por isso, entendaque 
uma frase gramatical seria aquela que segue as regras de funcionamento da 
língua segundo uma dada variante linguística. Essa concepção é denominada 
de gramática descritiva.
A terceira concepção vai revelar que a gramática é o conjunto das regras 
que você, falante de uma língua, de fato aprendeu durante sua existência, as quais 
você usa quando fala ou escreve. Nesse caso, para saber gramática não precisa ir 
à escola, porque o aprendizado gramatical ocorre em decorrência das interações 
sociais e das inúmeras situações sociodiscursivas no seu dia a dia. A esta concepção 
dá-se o nome de gramática internalizada (TRAVAGLIA, 1997).
Mas será que sempre foi assim? Será que sempre existiram os três tipos?
COMUNICAÇÃO OFICIAL 11
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje
Note que nem sempre os estudiosos se deram conta de que havia no 
mínimo essas três possibilidades de entendimento do que seria a gramática. No 
princípio, o tipo de gramática predominante foi o primeiro: a gramática normativa; 
esta remonta à Grécia. Depois foi acatado pelos estudiosos de Roma até chegar 
a nós, brasileiros, por intermédio de autores portugueses, que se basearam nos 
autores romanos. Como você pode perceber, a história do desenvolvimento da 
gramática tem uma tradição, que só veio a ser um pouco quebrada com o surgi-
mento da ciência da linguagem: a Linguística.
Fique atento
Mas você sabe o que é Linguística e o que ela defende?
Para responder a essa pergunta, você precisaria de um livro inteiro, mas, 
por enquanto, contente-se com uma síntese. A linguística, compreendida em 
termos gerais como a ciência que estuda a linguagem verbal humana sob distintos 
enfoques, desenvolveu-se principalmente a partir do século XIX e, ao contrário da 
gramática, não é normativa, ou seja, não tem por objetivo prescrever como se deve 
dizer (CÂMARA JR., 1964). 
A Linguística é principalmente descritiva e explicativa (tem por objetivo 
dizer o que a língua é e por que é assim). Assim como um engenheiro químico não 
afirma que uma reação é certa ou errada, um biólogo não diz que uma espécie não era 
para existir ou que ela não é bonita, um astrônomo não classifica os corpos celestes 
em bons e maus, um linguista não condena certas formas de falar, não afirma que são 
inexistentes nem prescreve e nem prescreve como se deve falar, mas busca descrever 
e explicar as construções, as formas encontradas nos dados oferecidos pela língua. 
Essa é, em síntese, a ciência da linguagem (TRAVAGLIA, 1997).
1.2. Prescrição e uso cotidiano da língua
Como você observou, a gramática normativa baseia-se mais nos dados co-
lhidos nas fontes escritas e dá pouca importância aos dados oriundos da oralidade.
Esse tipo de gramática apresenta, ao lado da descrição dos fatos da língua, as nor-
mas e regras que todos os falantes e escritores devem seguir para falar e escrever 
corretamente, ou seja, dita como se deve falar ou não, como se deve escrever ou 
12 COMUNICAÇÃO OFICIAL
não. Trata-se, assim, de uma espécie de lei que regula o uso da língua portuguesa 
pelos seus usuários. As regras que afetam a fala e a escrita são redigidas, por 
exemplo, sob a forma de frases imperativas ou afirmativas (TRAVAGLIA, 1997):
• “Não se deve iniciar frase com pronome oblíquo átono”
• “O verbo deve concordar em número e pessoa com o sujeito”
• “Usa-se vírgula antes da conjunção coordenativa mas”
Em vista dessas e das demais regras, todo falante ou produtor de texto 
deve ficar atento ao que prescreve a gramática normativa. Ela continua a ser parâ-
metro para as atividades de fala e de escrita. Veja, por exemplo, o caso dos con-
cursos públicos. Nesses certames, as provas de língua portuguesa e redação 
exigem que o candidato responda as questões com base nas regras da gramática 
normativa. Por isso, é importante que você tenha conhecimento e aplique as regras 
da gramática normativa tanto na fala quanto na escrita. 
Em outras situações comunicativas, no entanto, tais regras não precisam 
ser seguidas à risca (e nem são). É o caso, por exemplo, das conversas informais 
(na sala da casa, com seus colegas por telefone, no bate-papo na Internet) e das 
mensagens trocadas entre amigos via e-mail ou celular.
Fique atento
O status da pessoa com quem você fala pode trazer grandes diferenças no 
uso das formas e recursos da língua. Empregam-se formas ou pronúncias e tom de 
voz que demonstram respeito especial à pessoa a quem você se dirige. 
1.3. Fala e escrita
Nas seções anteriores, algumas vezes, você viu que a fala e a escrita foram 
mencionadas. Você sabe que são diferentes. Mas em que exatamente consiste 
essa diferença?
Há todo um conjunto de fatores que distinguem fala e escrita, mas, 
antes de tudo, é preciso deixar claro que não é verdadeira a afirmativa de que a 
fala seria informal e a escrita seria formal. Primeiro, cada uma apresenta um con-
COMUNICAÇÃO OFICIAL 13
junto próprio de variedades de grau de formalismo. A língua falada pode variar, 
por exemplo, do modo mais formal (em um discurso de conclusão de curso) até 
o mais informal (nas conversas com os amigos em um bar). Da mesma forma, a 
língua escrita pode variar do mais formal (na escrita de uma redação para con-
curso) até o mais informal (nas comunicações pessoais por e-mail).
Veja o quadro a seguir, que sintetiza algumas diferenças entre elas:
Quadro 1 – Distinções entre a fala e a escrita
FALA ESCRITA
Dependente do contexto Independente do contexto
Repetitiva Condensada
Não-planejada Planejada
Imprecisa Precisa
Fragmentada Não-fragmentada
Pouco elaborada Elaborada
Predominância de frases curtas, simples ou coordenadas. Predominância de frases complexas, com subordinação.
Fonte: Adaptado de TERRA, 2013, p. 37.
Lembre-se que essas distinções partem de uma divisão do fenômeno co-
municativo em apenas duas partes (por isso, chamada visão dicotômica). Tal visão 
bipartite não representa fielmente o que acontece na realidade, mas para os seus 
propósitos é suficiente.
2. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Aparentemente, a língua portuguesa falada no Brasil é uma só, uma vez 
que, todo brasileiro é capaz de percorrer o país de norte a sul, leste a oeste e, du-
rante essa viagem, pode se comunicar sem maiores problemas com todo e qualquer 
brasileiro que encontre pelo caminho. Mas, se você estudar mais a fundo, verá que 
não é bem isso. Há variações (ou variantes linguísticas) na língua portuguesa, que 
dependem de vários fatores. É sobre essa constatação que trataremos a seguir.
14 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.1. As variações linguísticas
Você pode perceber claramente diferenças no falar de brasileiros oriundos 
de diversas partes do Brasil. Por exemplo, nos seus contatos com outras pessoas, 
você pode detectar rapidamente se o falante é de São Paulo, Rio de Janeiro ou 
Salvador. As diferenças começam pela entonação/pronúncia, passam pela me-
lodia e pela tonicidade e se estendem ao léxico (ou vocabulário) que o falante 
usa. Assim, o termo para designar um pequeno inseto hematófago que, à noite, 
principalmente, voa emitindo um zumbido agudo e que nos pica, varia, conforme 
o dicionário Houaiss, entre bicuda, carapaná, carapanã, fincão, fincudo, meruço-
ca, moroçoca, mosquito-pernilongo, muriçoca, muruçoca, perereca, pernilongo e 
sovela. O uso de uma ou outra palavra vai depender do lugar, configurando a 
variação geográfica ou variação diatópica. Além dessa variação, temos as varia-
ções diacrônica (histórica), diastrática (social), diamésica (relativa ao uso oral e 
escrito) e diafásica (registro). Vejamos cada uma delas. 
A variação diatópica (ou geográfica) pode se estender ao nível fonético, 
por exemplo, a pronúncia do fonema /r/ nas palavras carne, porta, trocar por fa-
lantes nativos do Rio de Janeiro e São Paulo. Aquela variação pode se estender 
também ao nível morfológico (variante morfológica), como no caso do /r/ no final 
de verbos (verbos no infinitivo, por exemplo, andar, que é pronunciado como andá). 
Você sabe que esse /r/ é um morfema flexional, ou seja, um morfemaque tem como 
significado não um referente externo à língua, mas sim uma categoria linguística. 
Nesse caso, o significado é: “este verbo está na sua forma infinitiva”. Então, o /r/ em 
questão pode ser ou não pronunciado e essas são as variantes. Logo, os falantes 
podem dizer andá/andar; fazê/fazer; saí/sair e assim por diante (ALKMIN, 2004).
A variação diafásica (ou registro) é aquela relacionada ao contexto de fala. 
Por exemplo, uma mesma pessoa fala para os amigos do trabalho “tô a fim de fazê 
um lanche” e fala para os seus supervisores, durante uma reunião, “vou fazer um 
lanche”. Nesse caso, se você pensar que essa pessoa “apaga” partes de palavras 
quando está em uma situação informal e não apaga quando está em uma situação 
de maior formalidade, você tem um caso de variação diafásica. O mesmo pode 
ocorrer em relação à escrita: nas comunicações entre amigos pelo WhatsApp, po-
de-se “relaxar” um pouco, mas, nas comunicações em grupos de trabalho, a escrita 
deve ser mais formal.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 15
A variação diastrática é aquela relativa ao uso da língua pelas diversas 
camadas sociais. Ela vai além das diferenças entre a fala das pessoas mais esco-
larizadas e das menos escolarizadas, pois, além do pertencimento a uma classe 
social, os seguintes fatores influenciam na forma de falar ou escrever, por exemplo:
• Classe social: pertencer à classe “alta, média ou baixa” pode infl uir na fala. Por 
exemplo, blusa e brusa; globo e grobo. 
• Idade: pessoas idosas tendem a utilizar vocabulário diferente do vocabulário 
das mais jovens. 
• Sexo: homens e mulheres tendem a utilizar vocábulos específi cos em dada 
situação discursiva ou utilizar recursos típicos. Por exemplo, mulheres tendem a 
alongar vogais (vestido maravilhoooooooso) e a usar mais adjetivos no diminutivo 
(bonitinho, gostosinho, vermelhinho).
• Profi ssão: determinados profi ssionais utilizam expressões típicas de seu métier. 
Por exemplo: policiais, médicos, advogados, professores etc. (esse uso típico é 
chamado de jargão).
A variação histórica, por sua vez, é um processo de mudança em uma dada 
língua que ocorre em dado intervalo de tempo e pode ser identificada ao se com-
parar dois estados de uma mesma língua. O processo de mudança é gradual: 
uma variante, inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes, passa a ser 
adotada por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga 
permanece ainda sendo usada entre as gerações mais velhas, período em que as 
duas variantes convivem; porém, com o tempo, a nova variante torna-se normal na 
fala, e finalmente consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças po-
dem ser de grafia ou de significado. Observe um trecho de uma crônica de Carlos 
Drummond de Andrade em que essa variação é abordada.
??
Curiosidade
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mi-
mosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral 
dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando 
a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
16 COMUNICAÇÃO OFICIAL
A variação diamésica é aquela relativa ao uso da fala e da escrita em dife-
rentes contextos sociais. Você já leu algumas diferenças entre a fala e a escrita, 
e a variação diamésica opera justamente no controle que o falante faz daque-
las diferenças no momento da comunicação. Por exemplo, uma secretária, com 
curso superior, pode chegar a uma lanchonete e dizer: “me vê aí um cafezim!”. 
Depois, no escritório, ela pode dizer: “dona Rute, por favor, traga um cafezinho 
para o Dr. Arnaldo”, ou escrever: “Sr. Arnaldo, enviei-lhe os relatórios”. Esses dois 
usos demonstram o domínio das diferenças das características das modalidades
oral e escrita.
Por curiosidade, atente que a Sociolinguística é a ciência que estuda os 
distintos falares e falantes de uma mesma língua, buscando explicar e descre-
ver como se apresentam as diferenças nos seus modos de falar de acordo com o 
lugar em que estão (variação diatópica), de acordo com a situação de fala ou regis-
tro (variação diafásica), de acordo com o nível socioeconômico do falante (variação 
diastrática). Portanto, busca-se localizar e descrever, regional e socialmente, os 
dialetos de uma língua, ou seja, os diferentes falares que ela pode apresentar.
Pratique
1. Explique em que consistem as variantes linguísticas.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 17
Fique atento
A diversidade linguística não é um problema, mas uma qualidade constitutiva 
do fenômeno linguístico, de uma língua. 
Agora que você já conhece as principais variações, surge uma pergunta: e 
o que vem a ser a norma culta?
Norma culta, ou língua culta, é aquela convencionalmente considerada 
“certa” ou “modelar, é a variedade linguística valorizada pelos falantes que inte-
gram o grupo social de maior prestígio”. Nas aulas, exemplifica-se dizendo que 
se trata do “padrão Jornal Nacional”. Nesse noticiário, você pode observar que 
os apresentadores não pronunciam o /r/ à maneira do interior de São Paulo nem 
“chiam” os /s/ como os cariocas, nem pronunciam o /t/ ou o /d/ como os falantes do 
Rio Grande do Norte.
A língua coloquial, por sua vez, considerada uma variante mais espontâ-
nea, é aquela utilizada nas relações informais entre os falantes, com característi-
cas peculiares a cada grupo, região e grau de escolaridade. Já o Registro, como 
você viu, consiste na variante escolhida pelo sujeito em cada ato específico de 
comunicação, segundo o contexto. Os registros são basicamente dois: o formal e 
o informal, segundo o distanciamento requerido pela situação. Entre os dois extre-
mos, conforme você observou, há muitas gradações. Não é, portanto, uma simples 
denominação de certo e de errado (ALKMIN, 2004).
Pratique
2. O que vem a ser a norma culta?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
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18 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Veja o que Sírio Possenti, professor da Unicamp, respondeu quando lhe perguntaram: O 
que propõem os linguistas quando afirmam que não existe o “português mais certo ou mais errado”?
Os linguistas separam uma avaliação de fatos linguísticos considerando apenas as 
regras que regem qualquer variedade de qualquer língua e uma avaliação que a “sociedade” 
faz de cada uma dessas variedades. Por exemplo, considerando apenas os fatos, o que se ouve, 
verifica-se que formas como os livro e 10 real seguem uma regra, isto é, são construções regulares: 
esta gramática marca com o “s” de plural apenas o primeiro elemento- (se -forem três ou quatro, 
isso dependerá de quais eles são: os meus livro é bem mais provável do que os meu livro; mas 
meus livro verde é previsível). O linguista também sabe que há outra gramática do português, 
que segue outra regra: marcacom “s” todos os elementos da sequência: os livros, os meus livros, 
meus livros verdes. Para um linguista, o conceito de certo e errado não tem sentido (seria como 
um botânico achar que uma planta está errada). Para ele, a questão é quais são as regras em 
cada caso. E ele pode comparar esses dados com os de outras línguas. Verificará, por exemplo, 
que o inglês segue uma regra diferente, marcando apenas o nome, não importa o lugar dele na 
sequência: the books ou the green and blue books (cuja “tradução” literal seria os verde e azul 
livros). Em nenhuma variedade do português se diz o ovos ou o livros. Mas o linguista também sabe 
que a sociedade em que se fala esta língua faz uma avaliação das diferentes formas e considera 
algumas delas erradas (e até feias) e outras corretas. Ele tentará compreender a que se deve essa 
avaliação. Quase sempre há uma explicação ligada aos grupos sociais (capital, cidade importante 
culturalmente, sede da corte etc.) ou aos campos em que se fala ou escreve. A literatura aceita 
mais variedades do que a ciência. Os jornais aceitarão mais ou menos variedades, conforme se 
pretendam mais ou menos populares. As noções de certo e errado têm origem na sociedade, 
não na estrutura da língua. É certo o que uma comunidade considera certo. E essa avaliação 
muda historicamente.
Disponível em: <http://goo.gl/naAIjW>. Acesso em: 14 jan. 2014.
Pratique
3. No seu dia a dia, você deve usar apenas a norma culta? Justifique.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 19
2.2. Aspectos a serem considerados na 
 elaboração de textos orais e escritos
Como você viu, há basicamente dois polos que se opõem em se tratando de 
variação. Tais polos são representados pela formalidade e pela informalidade no 
uso da língua. Segundo Alkmin (2004), em nossa sociedade, eventos de fala como 
conferências, entrevistas de emprego, conversa entre fornecedores e empresários 
são geralmente considerados como situações formais, por isso não é adequado, 
por exemplo, utilizar gírias nessas ocasiões. É preciso mais formalidade. Por outro 
lado, eventos de fala como reunião de amigos no bar, festas e encontros entre 
amigos, debate sobre futebol e confraternizações na empresa são considerados 
informais. Logo, a variante empregada pelos participantes deve corresponder às 
expectativas convencionadas socialmente. Caso o falante não atenda às conven-
ções, corre o risco de ser “punido” como, por exemplo, através de um olhar de 
reprovação. 
Fique atento
 Da mesma forma que existem os eventos que envolvem a fala existem os 
eventos que envolve a escrita. Também, nesses casos, o autor deve respeitar o grau 
de formalidade exigido pelo contexto social. Escrever um memorando, por exemplo, 
exige mais formalidade que um lembrete para ser exposto no quadro de aviso. 
Para você adequar sua linguagem às circunstâncias do ato de comunica-
ção, são vários os fatores que, isolados ou combinados, deve observar. A seguir, 
observe alguns desses fatores:
• O interlocutor (não se fala do mesmo com o encarregado, com o gerente ou 
com o presidente da empresa, nem escreve para eles da mesma forma).
• O assunto (não se fala da morte de uma pessoa amiga do mesmo modo que 
se fala de uma partida de futebol, nem se escreve da mesma forma).
• O ambiente (não se fala do mesmo jeito em um templo religioso, em uma reunião 
e em um churrasco com amigos).
• A relação falante-ouvinte (não se fala da mesma maneira com um amigo e 
com um estranho; ou em uma relação social informal e uma relação formal).
20 COMUNICAÇÃO OFICIAL
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CO
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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Pratique
4. Qual a variedade linguística adequada para se utilizar durante uma entrevista de 
emprego. Justifique.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
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Nem todas as variações linguísticas têm o mesmo prestígio social no Bra-
sil. Basta lembrar-se de algumas variações usadas por pessoas de determinadas 
classes sociais ou regiões, para perceber que há, às vezes, certo preconceito em re-
lação a elas. Assim, além do português padrão, existem outras variedades de usos 
da língua cujos traços mais comuns podem ser vistos a seguir (ALKMIN, 2004):
COMUNICAÇÃO OFICIAL 21
• Uso de “r” pelo “l” em fi nal de sílaba e nos grupos consonantais: pranta/planta; 
broco/bloco.
• Alternância de “lh” e “i”: mulhe>muié; velho >véio~véi.
• Tendência a tornar paroxítonas as palavras proparoxítonas: relâmpago > relampo; 
árvore >arvre.
• Redução dos ditongos para vogais simples: baixa >baxa; beijo >bêjo.
• Simplifi cação da concordância: As mina pira, meu!
• Ausênciade concordância verbal quando o sujeito vem depois do verbo: Começou 
os descontos.
• Emprego do pronome pessoal reto em função de objeto (e não só de sujeito): 
Eu vi ele na loja.
• Assimilação do “ndo” em “no” (dizendo >dizeno) ou do “mb” em “m” (também 
>tamém).
• Desnasalização das vogais postônicas: homem > home.
• Supressão do “r” do infi nitivo ou de substantivos em “or”: pecar >pecá; amor >amô.
• Simplifi cação da conjugação verbal: eu amo, você ama, nós ama, eles ama.
Pratique
5. Explique o que é sotaque.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
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22 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Relembre
Recorde-se que existem, basicamente, três concepções para o termo 
gramática: a normativa, a descritiva e a internalizada; e que toda língua possui 
variações linguísticas, determinadas a partir da região ou do local onde nasceu e 
viveu o falante (geográfica ou variação diatópica), a partir do contexto de fala, ou 
seja, da situação comunicativa onde ocorre a comunicação, a partir da mudança 
em uma dada língua que ocorre em dado intervalo de tempo (variação histórica).
Além desses fatores, influem nas variações linguísticas: a classe social 
do falante, a idade e o sexo. Por fim, para o falante adequar sua linguagem às 
circunstâncias do ato de comunicação, são vários os fatores que, isolados ou com-
binados, devem ser observados, a saber: interlocutor, assunto, ambiente, relação 
falante-ouvinte.
Referências
ALKMIN, T. Sociolinguística. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. (org.). Introdução à 
linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez, 2004. V.1.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: 
Publifolha, 2008.
CÂMARA JR., J. M. Dicionário de fi lologia e gramática. 2. ed. São Paulo: J Ozon 
Editor, 1964.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2012.
TERRA, M. R. Letramento & letramentos: uma perspectiva sócio-cultural dos usos 
da escrita. In: D.E.L.T.A., 29:1, 2013, p.29-58.
TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática 
no 1o e 2o graus. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
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Comunicação oficial
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João Carlos Rodrigues da Silva
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métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do pos-
suidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu 
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Coordenação NEAD:
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Supervisão de produção NEAD:
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EXPEDIENTE
Ficha Técnica
Autoria: João Carlos Rodrigues da Silva 
Designer instrucional:
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Projeto gráfico e diagramação:
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Capa:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Tratamento de imagens:
Diego Porto Nojosa
Autoria de leitura complementar
Giselly Bezerra Pereira
Isabela Oliveira Martins
Maria Antônia do Socorro Rabelo Araújo
Revisão Textual: Paola Fonseca Benevides
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO
SILVA, João Carlos Rodrigues da. Comunicação oficial. / João Carlos Ro-
drigues da Silva. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017. 
 
140 p. 
ISBN: 978-85-64026-38-4
1. Linguística. 2. Pontuação. 3. Gramática e Produção. 4. Gêneros Textuais. 
I. Centro Universitário Ateneu.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,
Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse 
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a 
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa. 
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo, 
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.
Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender 
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes 
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para 
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer 
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial. 
O objetivo geral desta disciplina consiste em levar o estudante a aplicar 
adequadamente os múltiplos recursos disponibilizados pela língua na leitura, pro-
dução e oralização dos gêneros textuais afeitos às atividades do administrador, 
em dada situação comunicativa. Espera-se que você esteja apto a dizer que “sabe 
português” e, mais do que isso, que sabe empregar as variantes linguísticas nas 
distintas situações discursivas, variantes essas materializadas em textos e em 
gêneros textuais. Em outras palavras, espero que esta disciplina contribua para 
o aprimoramento da sua competência discursiva, que você esteja interessado e 
comprometido nessa empreitada. Além disso, consequentemente, possa contribuir 
também para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sumário
UNIDADE 01
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA ...............9
1. Linguística e gramática ..................................................................................................10
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje .........................................................................11
1.2. Prescrição e uso cotidiano da língua ..........................................................................11
1.3. Fala e escrita ..............................................................................................................12
2. Variação linguística .......................................................................................................13
2.1. As variaçõeslinguísticas ............................................................................................14
2.2. Aspectos a serem considerados na elaboração de textos orais e escritos ................19
Referências .......................................................................................................................22
UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA ..........................................................................................23
1. Pontuação .....................................................................................................................24
1.1. Considerações teóricas sobre os sinais de pontuação ..............................................24
1.2. O ponto final ...............................................................................................................24
1.3. O ponto e vírgula ........................................................................................................25
1.4. A vírgula .....................................................................................................................27
2. O Novo Acordo Ortográfico ...........................................................................................31
2.1. O que mudou: acentuação e uso do hífen .................................................................31
2.1.1. Mudanças no alfabeto .............................................................................................32
2.1.2. Trema ......................................................................................................................32
2.1.3. Mudanças nas regras de acentuação .....................................................................33
2.1.4. Uso do hífen ............................................................................................................36
2.2. Orientações ortográficas ............................................................................................39
2.2.1. Uso de S e Z ............................................................................................................39
2.2.2 Uso de J e G ............................................................................................................41
2.2.3. Uso de X e CH .........................................................................................................42
2.2.4. Substantivos grafados com Ç, SS ou S derivados de verbos .................................43
2.2.5. Uso de E e de I em terminações verbais ................................................................44
2.2.6. Palavras homônimas e parônimas ..........................................................................44
2.2.7. Uso e grafia dos porquês ........................................................................................46
Referências .......................................................................................................................47
UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL ...........................................................................49
1. Concordância verbal e nominal: usos mais frequentes .................................................50
1.1. Concordância verbal ...................................................................................................50
1.1.1. Outros casos de concordância verbal .....................................................................54
1.2. Concordância nominal ................................................................................................57
1.2.1. Adjetivo referente a vários substantivos ..................................................................58
1.3. Regência nominal e verbal: usos mais frequentes .....................................................62
1.3.1. Regência nominal ...................................................................................................63
1.3.2. Regência verbal e significação dos verbos .............................................................64
1.3.3. Complementos comuns a mais de um verbo ..........................................................65
1.3.4. Regência de alguns verbos .....................................................................................65
1.3.5. Verbos indicativos de movimento x verbos de permanência ..................................72
1.4. Emprego do sinal indicativo de crase .........................................................................74
1.4.1. Uso obrigatório da crase .........................................................................................76
1.4.2. Não há uso de crase ...............................................................................................77
1.4.3. Casos especiais de uso da crase ............................................................................80
1.4.4. Casos de uso facultativo .........................................................................................81
Referências .......................................................................................................................83
UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. Tipos e gêneros textuais ...............................................................................................86
1.1. A diversidade de gêneros ...........................................................................................87
1.2. Sequências textuais: narração, descrição, exposição, argumentação e injunção .....88
1.2.1. Narrativa ..................................................................................................................89
1.2.2. Descritiva .................................................................................................................90
1.2.3. Expositiva ................................................................................................................90
1.2.4. Argumentativa .........................................................................................................91
1.2.5. Injuntiva ...................................................................................................................91
1.3. Gêneros e funções: apelativo, informativo, expressivo, 
 poético, metalinguístico e fático ................................................................................92
1.3.1. Função referencial ou denotativa ............................................................................93
1.3.2. Função emotiva ou expressiva ................................................................................94
1.3.3. Função apelativa ou conativa ..................................................................................94
1.3.4. Função poética ........................................................................................................94
1.3.5. Função fática ...........................................................................................................94
1.3.6. Função metalinguística ............................................................................................95
2. Gêneros oficiais e comerciais ........................................................................................95
2.1. Critérios de distinção entre gêneros oficiais e comerciais ..........................................97
2.2. Os gêneros oficiais no Manual de Redação da Presidência da República ................98
2.3. Os gêneros empregados na indústria e no comércio ...............................................106
2.3.1. Memorando circular ...............................................................................................106
2.3.2. Ofício .....................................................................................................................107
2.3.3. Carta comercial .....................................................................................................110
2.3.4. Ata .........................................................................................................................112
2.3.5. E-mail....................................................................................................................113
2.3.6. Curriculum Vitae ....................................................................................................114
2.3.7. Requerimento ........................................................................................................116
2.3.8. Declaração ............................................................................................................116
Referências .....................................................................................................................118
MATERIAL COMPLEMENTAR:
A Contribuição da Comunicação Interna na Motivação dos Colaboradores: 
um Estudo de Caso na Empresa Porto Freire Engenharia .............................................119
COMUNICAÇÃO OFICIAL 23
Uni
CONVENÇÕES DA ESCRITA
Apresentação
Nesta unidade, você entenderá os aspectos relativos às convenções da 
escrita. Chamam-se “convenções”, porque são regras que foram estabelecidas em 
decorrência de um acordo entre entidades que representam os falantes da língua 
portuguesa. A partir do momento em que foi estabelecido tal acordo, todos os 
falantes e os produtores de texto da língua portuguesa são obrigados a seguir. É o 
caso, por exemplo, da ortografia/acentuação da língua portuguesa. 
Na década de 1960, no século XX, escrevia-se “êle”, depois, já na década 
de 1970 do mesmo século, passou-se a escrever “ele”, fruto de um acordo ortográ-
fico que modificou alguns aspectos da acentuação e, consequentemente, da gra-
fia. Algo semelhante aconteceu com o Novo Acordo de 1990, o qual você estudará 
também nesta unidade. Além disso, conhecerá aspectos relativos à gramática da 
nossa língua. Então? Ao trabalho!
Objetivos de aprendizagem
• Apropriar-se das convenções ortográficas da língua portuguesa;
• Aplicar, na produção textual, as convenções ortográficas da língua portuguesa;
• Aplicar, na produção de textos orais e escritos, os conhecimentos relativos à 
norma culta da língua portuguesa;
• Apropriar-se das regras de pontuação;
• Compreender a função organizadora dos sinais de pontuação.
24 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1. PONTUAÇÃO
1.1. Considerações teóricas sobre os sinais de pontuação
Os sinais de pontuação indicam, na escrita, as várias possibilidades de 
entonação da fala, além de demarcar fronteiras sintáticas. Além disso, também se 
relacionam ao ritmo da escrita. De modo geral, você pode classificar os sinais de 
pontuação em três tipos básicos (ROCHA LIMA, 1996):
Sinais que indicam frase não concluída:
• Vírgula;
• Travessão;
• Parênteses;
• Ponto-e-vírgula;
• Dois pontos.
Sinal que indica final de discurso ou de parte dele:
• Ponto final.
Sinais que indicam uma intenção, estado emocional ou entonação típica:
• Ponto-de-interrogação;
• Ponto-de-exclamação;
• Reticências.
Você estudará, nas seções a seguir, o ponto final, o ponto-e-vírgula e a 
vírgula principalmente.
1.2. O ponto final
Quanto ao aspecto entonacional, indica um silêncio prolongado, maior 
que o da vírgula e o do ponto-e-vírgula. Na elaboração do texto, é usado para se-
parar orações ou frases, indicando o término do período e ajudando a organizar 
as ideias. É usado, portanto, quando há necessidade de se fazer uma pausa, a fim 
de encerrar o pensamento proposto ou a linha de raciocínio desenvolvida. Veja a 
seguir o detalhamento do emprego do ponto final (ROCHA LIMA, 1996; MARTINS 
& ZILBERKNOP, 2010).
COMUNICAÇÃO OFICIAL 25
a) Usa-se para encerrar período simples.
 Exemplo: 
 O trabalho enobrece o homem.
b) Separar orações (períodos) em um mesmo parágrafo.
 Exemplo:
 O trabalho enobrece o homem. Essa ideia é bastante difundida e aceita, mas 
pode justificar formas de trabalho que não enobrecem tanto assim. É o caso, 
por exemplo, do trabalho semiescravo muito comum em fazenda no interior do 
Pará. Nessas circunstâncias, o trabalho avilta o homem.
c) Separar um parágrafo de outro (ponto parágrafo)
 Exemplo: 
 O trabalho enobrece o homem. Essa ideia é bastante difundida e aceita, mas 
pode justificar formas de trabalho que não enobrecem tanto assim. É o caso, 
por exemplo, do trabalho semiescravo muito comum em fazenda no interior do 
Pará. Nessas circunstâncias, o trabalho avilta o homem.
Outro caso bastante comum de trabalho que não enobrece é aquele feito 
por força da necessidade. Muitos empregados continuam em seus postos de tra-
balho, porque necessitam dele e, consequentemente, da remuneração, não têm 
preparo para encontrar emprego melhor e, por isso, acomodam-se.
d) Indicar término de abreviaturas
 Exemplo:
 Doutor > Dr. 
 Professor > Prof.
1.3. O ponto e vírgula
Costuma-se afirmar que o ponto e vírgula marca uma pausa intermediária 
entre o ponto e a vírgula, mas isso não é suficiente. Por isso, é importante ressaltar 
outros critérios que orientam o uso do ponto e vírgula. Tais critérios são de nature-
za sintática, como verá a seguir:
26 COMUNICAÇÃO OFICIAL
a) Usa-se na marcação da fronteira entre as orações coordenadas, principal-
mente com orações adversativas e conclusivas.
Exemplo: Faça o que quiser; mas me entregue as mercadorias em dia.
b) Usa-se para marcação da fronteira entre duas orações coordenadas, com 
a conjunção intercalada.
Exemplo: A auditoria apontou muitas razões para o nosso fracasso; nunca, 
porém, devemos desistir.
c) Usa-se para separar os membros de uma enumeração.
Exemplo: Para escolhermos um bom colaborador, devemos observar:
 • O perfi l psicológico;
 • A atuação dele nos empregos anteriores; e
 • Sua disponibilidade para crescer na empresa.
d) Usa-se para separar orações coordenadas sem conjunção (assindéticas):
Exemplo: As compras foram poucas, sem importância; o chefe não reconheceu 
sua culpa.
O verdadeiro autor do crime foi condenado; o réu indefeso, absolvido.
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 27
1.4. A vírgula
A vírgula é um dos sinais de pontuação mais usados. As regras de uso 
são basicamente de natureza sintática, ou seja, para empregá-la é interessante 
você dominar um pouco a análise sintática. Se não conseguir, fique atento para a 
entonação e sequência das frases quando lidas em voz alta, porque isso vai ajudar 
bastante a perceber as breves pausas proporcionadas pelo uso da vírgula.
Observe os diversos casos de uso da vírgula (LUFT, 1996).
a) Para marcar a inversão ou a intercalação do adjunto adverbial.
 Exemplo: Na data solicitada por V. Sa., o orçamento lhe foi enviado.
 O consumidor, presumivelmente, tem sempre razão.
Amanhã pela manhã, diga ao nosso colaborador mais jovem que não es-
queça a missão.
Fique atento
Quando o adjunto adverbial é de curta extensão, com uma palavra, a vírgula 
é facultativa. Entretanto, em certos casos, principalmente com advérbios terminados 
em –mente e que indicam avaliação, o uso da vírgula é obrigatório.
Exemplo: Infelizmente, não posso ajudar você. Procure o chefe para liberá-lo. 
b) Para separar ou isolar oração intercalada.
 Exemplo: As empresas, disse o palestrante, precisam investir na formação de 
seus profi ssionais.
c) Para indicar elipse (supressão) de um verbo.
Exemplos: Tenho muitos sonhos; meu amigo, somente um.
 Uns dizem que se ele se mudou; outros, que foi demitido.
 Eu votei no atual presidente do sindicato. Você,não.
28 COMUNICAÇÃO OFICIAL
d) Para isolar expressões corretivas ou explicativas, como: isto é, a saber, por 
exemplo, ou seja, aliás, digo, ou melhor, etc. e também algumas conjunções 
coordenativas deslocadas.
 Exemplos: O indicado, ou melhor, o escolhido fará o curso de informática completo. 
 O presidente da empresa disse que vai flexibilizar custos, ou seja, vai haver cortes.
 Eu não entendi a explicação, havia, porém, uma chance de ouvi-la novamente.
e) Para separar elementos coordenados, os que têm a mesma função sintática.
 Exemplos: Sapatos, sandálias, tênis e chinelos estão em promoção em janeiro.
 Falante, sorridente, simpático, o vendedor tenta convencer o consumidor.
 Comprei um celular, uma televisão, um computador e um ventilador na promoção.
f) Para isolar o termo repetido (pleonástico).
 Exemplos: Funcionário do mês, já não o sou.
 A mim, você me deve dinheiro.
 O celular, José o trazia escondido na cueca por medo de assalto.
g) Para isolar nome de lugar nas datas e endereços.
 Exemplo: Fortaleza, 10 de janeiro de 2014.
h) Para separar ou intercalar aposto e vocativo.
 Exemplos: Encaminhamos, caro amigo, as planilhas que você pediu.
 Sr. Antônio, por favor compareça amanhã ao RH.
 José Carlos, gerente comercial, é o nosso novo colaborador. Seja bem-vindo, 
José Carlos!
i) Para separar orações coordenadas assindéticas.
 Exemplo: Os consumidores chegam, olham, perguntam, pegam, mas não 
compram.
j) Antes de conjunções coordenadas: adversativas, explicativas e conclusivas.
 Exemplos: Procurei um bom emprego, mas não encontrei.
 Não faça isso, pois posso me aborrecer.
 As vendas não foram boas, portanto a equipe precisa reagir.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 29
Fique atento
Usa-se vírgula separando as orações coordenadas aditivas unidas pela con-
junção E quando os sujeitos de cada uma delas for diferente ou quando o E = mas 
(AZEREDO, 2008).
Exemplo: O diretor deu voto a nosso favor, e o presidente concordou.
Um consumidor reclamou bastante, e não foi atendido.
k) Para isolar a oração subordinada no início do período.
 Exemplos: Participamos de um treinamento a fi m de aprendermos a usar o 
novo sistema da empresa. 
 Sairemos quando vocês voltarem.
 (oração principal + oração subordinada; sem vírgula)
 A fi m de aprendermos a usar o novo sistema da empresa, participamos de um 
treinamento. 
 Quando vocês voltarem, sairemos.
 (oração subordinada no início do período + oração principal; com vírgula)
l) Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplos: A empresa, que é a maior do Nordeste, vai ser vendida para os 
americanos.
 O papa, que é argentino, tem dado declarações controversas.
Fique atento
É proibido usar vírgula:
• Separando o sujeito do verbo.
 Os empregados da maior rede varejista do Brasil, reclamaram das condições de 
trabalho. (vírgula entre o sujeito e o verbo = errado)
30 COMUNICAÇÃO OFICIAL
• Separando o verbo de seus complementos.
 A distribuidora renovou, toda sua frota recentemente. (vírgula entre o verbo e 
seu complemento = errado)
A vírgula é usada principalmente para:
• Separar vários núcleos de uma enumeração ou termo da oração composto:
 Todos nós queremos segurança, amizade, dinheiro e diversão.
 Maria, João, Roberto, Davi e Ricardo formarão um grupo de trabalho.
• Isolar o aposto: Barcelona, cidade espanhola, não fala o idioma espanhol.
• Isolar o vocativo: Artur, você já fez a sua tarefa?
• Isolar o adjunto adverbial deslocado: Antes do final do expediente, preciso 
dos mapas de vendas de ontem.
• Separar orações coordenadas assindéticas (sem conjunção coordenada): 
Cheguei ao trabalho, abri a porta, liguei as luzes, arrumei minha mesa e só 
então me dei conta de que era domingo.
• Separar orações na ordem inversa: Quando a sirene tocou, todos saíram correndo.
• Isolar orações adjetivas explicativas: Márcio, que aspira ao cargo de execu-
tivo, não poupa esforços para agradar seus superiores.
Pratique
1. Coloque vírgulas quando necessário.
 a) Eu tenho um jardim muito pequeno cheio de altos e baixos sem água cheio de 
pedras areia ervas daninhas e onde bate o sol o dia inteiro. O que o senhor 
me aconselha?
 b) Está vendo meu filho como eu sempre acordo cedo para trabalhar.
 c) Para a composição da chapa está faltando apenas um nome.
 d) Depois de muita luta foi o bandido capturado de forma espetacular pelos 
agentes federais.
 e) Adotou o jornalista posição francamente favorável à inclusão do craque na 
equipe.
 f) Sempre que existir problema avise-me.
 g) Surgiu na década passada novo gênero de música popular.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 31
 h) Após o discurso que pronunciou na sessão de quarta-feira o Senador sentiu 
crescer o seu prestígio em todas as camadas da população.
 i) A solução é a meu ver que devolvam a terra a seu legítimo dono.
 j) Já imaginaram o que correria se de uma hora para outra os computadores 
deixassem de funcionar?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
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2. O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
2.1. O que mudou: acentuação e uso do hífen
O acordo é apenas ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, 
não afeta nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças 
ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma 
oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses 
países. O acordo afeta somente as convenções da escrita: regras acordadas entre 
os usuários de uma dada língua (ABAURRE; PONTARA, 2006). 
Fique atento
Estas regras:
• não representam fielmente a fala/ pronúncia;
• não influenciam na fala/pronúncia; e
• são elaboradas segundo critérios diferentes.
32 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.1.1. Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram reintroduzidas as letras k, w e 
y. Logo, o alfabeto completo agora é este:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da nossa lín-
gua, e eram e são usadas em várioscasos. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida:W (watt); km (quilômetro), kg 
(quilograma).
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): Walker; Yan; 
Kelvin; etc.
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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2.1.2. Trema
Não se usa mais o trema (¨) nos grupos gue, gui, que, qui. O trema era o 
sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deveria ser pronunciada. Mas 
atenção: continua-se pronunciando do mesmo jeito que antes.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 33
ANTES AGORA
lingüiça linguiça
seqüência sequência
bilíngüe bilíngue
argüir arguir
Fique atento
O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas: 
Müller> mülleriano.
2.1.3. Mudanças nas regras de acentuação
a) Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas 
(palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
ANTES AGORA
idéia ideia
bóia boia
colméia colmeia
assembléia assembleia
heróico heroico
Fique atento
Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas, por isso continuam 
a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis: papéis, 
herói(s), anéis, fiéis, céu(s), corrói, sóis, chapéu(s).
b) Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando 
vierem depois de um ditongo.
34 COMUNICAÇÃO OFICIAL
ANTES AGORA
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
Fique atento
Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos 
de s), o acento permanece: Acaraú; Icaraí.
c) Não se usa mais o acento das palavras terminadas êem e ôo(s).
ANTES AGORA
crêem creem
dêem deem
lêem leem
vôo voo
abençôo abençoo
d) Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, 
 péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Fique atento
Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado 
do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é 
a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: O encarregado não pôde fazer muito pelo amigo na seleção para 
a nova vaga.
O encarregado não pode fazer muito pelo amigo na seleção para a nova vaga.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 35
Permanecem como antes:
e) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
 Exemplos: Precisamos pôr em dia os salários.
 Vamos começar nossa reunião por um ponto essencial.
f) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, e 
também os de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos: Todas as nossas mesas têm um computador.
 A minha mesa tem um computador.
 Os novos colegas de trabalho só vêm na próxima semana.
 O novo colega só vem na próxima semana.
Fique atento
É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/
fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara.
g) Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, 
(eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
h) Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, 
como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. 
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do 
indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
I) Se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
• Verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxá-
gues, enxáguem.
• Verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delín-
quas, delínquam.
36 COMUNICAÇÃO OFICIAL
II) Se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos: (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais 
fortemente que as outras):
• Verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
gues, enxaguem.
• Verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delin-
quas, delinquam.
2.1.4. Uso do hífen
As observações a seguir se referem ao uso do hífen em palavras formadas 
por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, 
agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, ex-
tra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, pro-
to, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
a) Com prefi xos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h: anti-higi-
ênico; super-homem; pré-histórico.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
b) Não se usa o hífen quando o prefi xo termina em vogal diferente da vogal com 
que se inicia o segundo elemento: autoescola; antiáereo; autoaprendizagem; 
hidroelétrico; superoferta.
Fique atento
O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando 
este se inicia por o: cooperar; coordenador; etc.
c) Não se usa o hífen quando o prefi xo termina em vogal e o segundo elemento 
começa por consoante diferente de r ou s: anteprojeto; semicírculo; superdes-
conto; superproteção.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 37
Memorize
Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. 
Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
d) Não se usa o hífen quando o prefi xo termina em vogal e o segundo elemento 
começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras: antirracismo; antis-
social; ultrassom; minissaia.
e) Quando o prefi xo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento 
começar pela mesma vogal: contra-ataque; micro-ondas; mega-ação.
f) Quando o prefi xo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento 
começar pela mesma consoante: inter-regional; sub-bibliotecário.
Memorize
Nos demais casos, você não usa o hífen. 
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
• Com o prefi xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: 
sub-região, sub-raça etc.
• Com os prefi xos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, 
n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
g) Quando o prefi xo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo 
elemento começar por vogal: interestadual; superinteressante; superoferta.
h) Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre 
o hífen: ex-chefe; ex-mulher; além-mar; recém-contratado; recém-saído; recém-
-chegado; pós-ação.
i) Deve-se usar o hífen com os sufi xos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e 
mirim: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
38 COMUNICAÇÃO OFICIAL
j) Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se 
combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabu-
lares: café com leite; casa de detenção; gerência de projetos; casa de força, etc.
k) Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de compo-
sição: girassol; madressilva; mandachuva; paraquedas; paraquedista; pontapé.
Emprego do hífen com prefixos
Regra básica: sempre se usa o hífen diante de h: (anti-higiênico, super-homem).
Outros casos:
1. Prefixo terminado em vogal
• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2. Prefixo terminado em consoante
• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações:
• Com o prefi xo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça 
etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
• Com os prefi xos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: 
circum-navegação, pan-americano etc.
• O prefi xo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia 
por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
• Com o prefi xo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como 
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
• Com os prefi xos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, 
sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
Pratique
2. Reúna os elementos a seguir, comou sem hífen, seguindo as regras do Novo 
Acordo Ortográfico:
 a) vice + presidente = _____________________________________________
 b) ante + visão = ________________________________________________
 c) pré + conceito = _______________________________________________
COMUNICAÇÃO OFICIAL 39
 d) sub + locar = _________________________________________________
 e) anti + racismo = _______________________________________________
 f) pró + europeu = _______________________________________________
 g) anti + social = _________________________________________________
 h) para + queda = ________________________________________________
 i) pan + americano = _____________________________________________
 j) sub + raça = __________________________________________________
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
2.2. Orientações ortográficas
Antes de tudo, é bom você saber que não há como formular regras defi-
nitivas para todos os casos da ortografia da língua portuguesa. Há, no entanto, 
algumas orientações que ajudam na consolidação da escrita das palavras. Além 
dessas orientações, que consistem em certas padronizações de escrita, o usuário 
da língua deve sempre observar os seguintes preceitos:
• Observar a grafia das palavras;
• Ler pausadamente a palavra sobre a qual tem dúvida;
• Escrever as palavras, observando com cuidado a parte problemática.
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Em síntese: VER – LER – ESCREVER muito e sempre, até automatizar.
2.2.1. Uso de S e Z
a) Observe a correlação entre as frases e como se escreve a palavra derivada:
 Meu primo nasceu na França. > Meu primo é FRANCÊS.
40 COMUNICAÇÃO OFICIAL
 Joana gosta do campo. > Joana é CAMPONESA.
 Os moinhos de vento são da Holanda. > Os moinhos de vento são HOLANDESES.
• Regra: escrevem-se com ES (ESA) os sufixos que indicam nacionali-
dade, origem ou procedência.
b) Observe como se escreve o feminino das palavras:
 Ele é profeta, e ela é PROFETISA.
 Ele é sacerdote, e ela é SACERDOTISA.
 Carlos é poeta, e Maria é POETISA.
• Regra: escreve-se com ISA o sufixo que indica gênero feminino.
c) Observe como se escreve o substantivo abstrato derivado do adjetivo da frase 
anterior:
 Carro de fórmula 1 é rápido. > A RAPIDEZ é típica de fórmula 1.
 O balão era leve. > O balão tem LEVEZA.
 A foto ficou nítida. > A foto tem NITIDEZ.
• Regra: são escritos com Z (EZ/EZA) os sufixos que se unem a adjetivos 
para formar substantivos abstratos.
d) Veja como se escreve o verbo derivado do nome à esquerda:
 aviso>AVISAR
 análise>ANALISAR
 improviso>IMPROVISAR
• Regra: escreve-se com S (ISAR) os verbos derivados de nomes que pos-
suem S na última sílaba, ou seja, acrescenta-se o sufixo AR ao radical.
e) Observe o verbo derivado do nome à esquerda:
 canal>CANALIZAR
 setor>SETORIZAR
 trauma>TRAUMATIZAR
 padrão>PADRONIZAR
• Regra: escreve-se com Z (IZAR) os verbos formados a partir de nomes 
que não têm Z no radical.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 41
f) Veja as palavras a seguir:
Faisão Sousa maisena pousada coisa ausência
• Regra: em todas elas, o fato fonológico antes da letra S é um DITONGO. 
Logo, depois de ditongo escreve-se a letra S e não Z .
g) Veja as formas verbais derivadas dos verbos QUERER e PÔR. São escritas 
com S ou com Z? 
 Você QUIS me enganar.
 Se eu QUISESSE, poderia ir embora.
 Eu PUS os meus sonhos num barco de papel.
 Se você PUSESSE os seus sonhos num barco de papel, eles naufragariam.
 Nós PUSEMOS muito dinheiro na empresa.
• Regra: TODAS as formas derivadas dos verbos PÔR e QUERER são 
escritas com a letra S.
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2.2.2 Uso de J e G 
a) Observe as palavras em vermelho, derivadas das palavras à esquerda:
 canja>CANJINHA
 loja>LOJISTA, LOJINHA
42 COMUNICAÇÃO OFICIAL
 cereja>CEREJEIRA
 gorja>GORJETA
 viajar>VIAJAREI, VIAJAREMOS, VIAJARIAS
 arejar>AREJADO, AREJAMOS, AREJAREMOS
 enferrujar>ENFERRUJADO, ENFERRUJAREMOS, ENFERRUJARÁS
• Regra: nomes e verbos terminados em J mantêm a terminação em J.
b) Observe o que está em destaque nas palavras a seguir:
Adágio privilégio vestígio necrológio refúgio
• Regra: escreve-se com G as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, 
ÓGIO, ÚGIO.
c) Observe novamente a seguinte lista de palavras:
Coragem estiagem vertigem fuligem ferrugem penugem
• Regra: Escreve-se com G as palavras terminadas em AGEM, IGEM, UGEM.
 Exceções: PAJEM e LAMBUJEM.
2.2.3. Uso de X e CH
a) Observe as palavras a seguir:
faixa trouxa rouxinol encaixado 
seixo afrouxar deixar gueixa
• Regra: depois de DITONGO escreve-se X e não CH.
b) Observe agora mais uma lista de palavras:
enxoval enxotar enxaguar enxuto enxovia enxó
• Regra: após sílaba inicial EN usa-se X e não CH.
 Observação: Essa regra não se aplica às palavras com sílaba inicial en- for-
madas a partir de palavras grafadas com ch. 
COMUNICAÇÃO OFICIAL 43
 Exemplos: 
 cheio > ENCHER 
 charco > ENCHARCAR 
 chiqueiro > ENCHIQUEIRAR
2.2.4. Substantivos grafados com Ç, SS ou S derivados de verbos
Observe a grafia dos substantivos derivados dos verbos e, em seguida, leia 
as regras de escrita:
a) deter > detenção; 
 reter > RETENÇÃO 
 conter > CONTENÇÃO
 abster > ABSTENÇÃO
• Regra: se o verbo termina em TER, o substantivo é escrito com a termi-
nação ÇÃO.
b) agredir > agressão; progredir > PROGRESSÃO;
 transgredir > TRANSGRESSÃO; discutir > DISCUSSÃO
 regredir > REGRESSÃO ; imprimir > IMPRESSÃO
 deprimir > DEPRESSÃO; conceder > CONCESSÃO
 exprimir > EXPRESSÃO; 
 reprimir > REPRESSÃO
 suprimir > SUPRESSÃO
• Regra: se o verbo apresenta GRED ou PRIM no radical ou, ainda, termina 
em TIR e DER, o substantivo é escrito com a terminação SSÃO.
• Atenção: Exceder > exceção
c) expandir > expansão; pretender > PRETENSÃO
 ascender > ASCENSÃO; compreender > COMPREENSÃO
• Regra: se o verbo termina em NDIR ou NDER, o substantivo é escrito com SÃO.
44 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.2.5. Uso de E e de I em terminações verbais 
a) Verbos terminados em –UAR. Observe a grafia deles:
 efetuar> Tomara que ele EFETUE as contas.
 habituar> Tomara que você se HABITUE à nova vida.
 tumultuar> É possível que ele TUMULTUE a eleição.
 continuar> Peço que você CONTINUE a estudar.
• Regra: as formas verbais terminadas em UAR são escritas com E na 3ª 
pessoa do SINGULAR.
b) Verbos terminados em –UIR. Veja a grafia de cada um deles:
 Possuir> Bill Gates POSSUI muito dinheiro e fama.
 Distribuir> Hoje você DISTRIBUI simpatia, amanhã nem tanto.
 Usufruir> Agora ele USUFRUI do que conquistou ao longo da vida.
 Concluir> Hoje José CONCLUI suas tarefas.
• Regra: as formas verbais terminadas em UIR são escritas com I na 3ª 
pessoa do SINGULAR.
2.2.6. Palavras homônimas e parônimas
• Pesquise, se necessário, e escreva frases coerentes com as palavras homônimas 
a seguir.
 a) assento:
 b) acento:
 c) cessão:
 d) seção/secção:
 e) sessão:
 f) concerto:
 g) conserto:
 h) tacha:
 i) taxa:
 j) incipiente:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 45
• Pesquise, se necessário, e escreva frases coerentescom os parônimos a seguir.
 a) comprida:
 b) cumprida:
 c) cumprimento:
 d) comprimento:
 e) eminente:
 f) iminente:
 g) fl agrante:
 h) fragrante:
 i) infligir:
 j) infringir:
@
CO
NE
CT
E-S
E
• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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Fique atento
Algumas orientações ortográficas (FERREIRA, 2007):
Letra G: 
• Nas terminações: ágio (sufrágio); égio (egrégio); ígio (prestígio); ógio (relógio); 
e úgio (refúgio).
• Nas terminações: agem (serragem); igem (vertigem); ugem (ferrugem).
46 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Letra I:
• Nas formas verbais que tenham I no infinitivo: sair > eu saí; contribuir > eu contribuí.
• Atenção! Nas formas verbais que tenha A no infinitivo o “som” é de I, mas es-
creve-se E na 3ª pessoa: marcar > tomara que ele marque; que ele cante; etc.
Letra S:
• Na terminação: ês/esa de adjetivos que indicam procedência ou origem: holan-
dês, camponesa.
• Nos verbos terminados em: isar, formados a partir de palavras que tenham s no 
radical: friso > frisar.
• Nas formas verbais dos verbos querer e pôr.
Letra A:
• Nos substantivos abstratos formados a partir de adjetivos: lúcido > lucidez; es-
casso > escassez; mudo > mudez.
• Nos verbos terminados em: izar, formados a partir de palavras que não tenham 
s no fim do radical: padrão > padronizar; trono > entronizar; canal > canalizar.
Quando surgir alguma dúvida, você pode, também, acessar o Vocabulário 
Ortográfico da Língua Portuguesa – VOLP pelo seguinte link: <http://goo.gl/wvzs2G>.
2.2.7. Uso e grafi a dos porquês
Os porquês são usados da seguinte forma:
FORMA EXEMPLO REGRA
PORQUE = Explicação / Justifi -
cativa (pois; já que; uma vez que)
Não fui trabalhar porque estava 
doente.
Usa-se PORQUE em caso de fra-
se com justifi cativa ou explicação. 
É sinônimo de “pois”, “já que”.
PORQUÊ(S) (= motivo(s))
Todos sabem bem o porquê de o chefe 
fi car revoltado.
Tenho os meus porquês para explicar 
tudo isso...
Usa-se PORQUÊ se antes dele 
houver um artigo (o/os). Equivale 
a “o(s) motivo(s)”.
POR QUE/POR QUÊ (=pelo qual)
Por que você sumiu? Você sumiu por quê? 
Diga-me por que você sumiu. Gostaria 
de saber o motivo por que você sumiu.
Usa-se POR QUE no início de 
frase interrogativa e POR QUÊ no 
fi nal (interrogativa indireta).
(SAVIOLI, 1997).
COMUNICAÇÃO OFICIAL 47
Pratique
3. Complete as frases com o porquê adequado a cada contexto.
 a) E ___________________ era das que resistem muito, só agora começavam 
os cabelos escuros a intercalar-se de alguns fios prata.
 b) As causas __________________________ luto são nobres; você agora 
compreende o ____________ de meu esforço?
 c) Parou ___________________________ ? _______________ parou? Será 
__________________ acha que já fez o suficiente?
 d) Você não veio _____________________ não precisava. E ela não veio 
_______________________?
 e) ____________________ você fez isso? Diga-me __________________ .
 f) Desejo saber ________________________ você não compareceu.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual. 
Referências
ABAURRE, M. L. M; PONTARA, M. Gramática – texto: análise e construção de 
sentido. São Paulo: Moderna, 2006.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: 
Publifolha, 2008.
FERREIRA, M. Aprender e praticar gramática. ed. renov. São Paulo: FTD, 2007.
LUFT, C. P. A vírgula. São Paulo: Ática, 1996.
MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português instrumental. 29. ed. São Paulo: 
Atlas, 2010.
ROCHA LIMA, C. H. da. Gramática normativa da língua portuguesa. 33. ed. São 
Paulo: J. Olympio Editora, 1996.
SAVIOLI, Francisco. P. Gramática em 44 lições. 13. ed. São Paulo: Ática, 1997.
48 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Anotações
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Comunicação oficial
Autoria
João Carlos Rodrigues da Silva
COMUNICAÇÃO 
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer 
métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do pos-
suidor da propriedadeliterária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu 
objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria.
Reitor:
Prof. Cláudio Ferreira Bastos
Pró-reitor administrativo financeiro:
Prof. Rafael Rabelo Bastos
Pró-reitor de Relações Institucionais:
Prof. Cláudio Rabelo Bastos
Diretor de Operações:
Prof. José Pereira de Oliveira
Coordenação pedagógica:
Profa. Maria Alice Duarte G. Soares 
Coordenação NEAD:
Profa. Luciana R. Ramos Duarte
Supervisão de produção NEAD:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
EXPEDIENTE
Ficha Técnica
Autoria: João Carlos Rodrigues da Silva 
Designer instrucional:
João Paulo S. Correia
Projeto gráfico e diagramação:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
Capa:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Tratamento de imagens:
Diego Porto Nojosa
Autoria de leitura complementar
Giselly Bezerra Pereira
Isabela Oliveira Martins
Maria Antônia do Socorro Rabelo Araújo
Revisão Textual: Paola Fonseca Benevides
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO
SILVA, João Carlos Rodrigues da. Comunicação oficial. / João Carlos Ro-
drigues da Silva. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017. 
 
140 p. 
ISBN: 978-85-64026-38-4
1. Linguística. 2. Pontuação. 3. Gramática e Produção. 4. Gêneros Textuais. 
I. Centro Universitário Ateneu.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,
Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse 
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a 
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa. 
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo, 
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.
Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender 
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes 
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para 
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer 
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial. 
O objetivo geral desta disciplina consiste em levar o estudante a aplicar 
adequadamente os múltiplos recursos disponibilizados pela língua na leitura, pro-
dução e oralização dos gêneros textuais afeitos às atividades do administrador, 
em dada situação comunicativa. Espera-se que você esteja apto a dizer que “sabe 
português” e, mais do que isso, que sabe empregar as variantes linguísticas nas 
distintas situações discursivas, variantes essas materializadas em textos e em 
gêneros textuais. Em outras palavras, espero que esta disciplina contribua para 
o aprimoramento da sua competência discursiva, que você esteja interessado e 
comprometido nessa empreitada. Além disso, consequentemente, possa contribuir 
também para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sumário
UNIDADE 01
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA ...............9
1. Linguística e gramática ..................................................................................................10
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje .........................................................................11
1.2. Prescrição e uso cotidiano da língua ..........................................................................11
1.3. Fala e escrita ..............................................................................................................12
2. Variação linguística .......................................................................................................13
2.1. As variações linguísticas ............................................................................................14
2.2. Aspectos a serem considerados na elaboração de textos orais e escritos ................19
Referências .......................................................................................................................22
UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA ..........................................................................................23
1. Pontuação .....................................................................................................................24
1.1. Considerações teóricas sobre os sinais de pontuação ..............................................24
1.2. O ponto final ...............................................................................................................24
1.3. O ponto e vírgula ........................................................................................................25
1.4. A vírgula .....................................................................................................................27
2. O Novo Acordo Ortográfico ...........................................................................................31
2.1. O que mudou: acentuação e uso do hífen .................................................................31
2.1.1. Mudanças no alfabeto .............................................................................................32
2.1.2. Trema ......................................................................................................................32
2.1.3. Mudanças nas regras de acentuação .....................................................................33
2.1.4. Uso do hífen ............................................................................................................36
2.2. Orientações ortográficas ............................................................................................39
2.2.1. Uso de S e Z ............................................................................................................39
2.2.2 Uso de J e G ............................................................................................................41
2.2.3. Uso de X e CH .........................................................................................................42
2.2.4. Substantivos grafados com Ç, SS ou S derivados de verbos .................................43
2.2.5. Uso de E e de I em terminações verbais ................................................................44
2.2.6. Palavras homônimas e parônimas ..........................................................................44
2.2.7. Uso e grafia dos porquês ........................................................................................46
Referências .......................................................................................................................47
UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL ...........................................................................49
1. Concordância verbal e nominal: usos mais frequentes .................................................50
1.1. Concordância verbal ...................................................................................................50
1.1.1. Outros casos de concordância verbal .....................................................................54
1.2. Concordância nominal ................................................................................................57
1.2.1. Adjetivo referente a vários substantivos ..................................................................58
1.3. Regência nominal e verbal: usos mais frequentes .....................................................62
1.3.1. Regência nominal ...................................................................................................63
1.3.2. Regência verbal e significação dos verbos .............................................................64
1.3.3. Complementos comuns a mais de um verbo ..........................................................65
1.3.4. Regência de alguns verbos .....................................................................................651.3.5. Verbos indicativos de movimento x verbos de permanência ..................................72
1.4. Emprego do sinal indicativo de crase .........................................................................74
1.4.1. Uso obrigatório da crase .........................................................................................76
1.4.2. Não há uso de crase ...............................................................................................77
1.4.3. Casos especiais de uso da crase ............................................................................80
1.4.4. Casos de uso facultativo .........................................................................................81
Referências .......................................................................................................................83
UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. Tipos e gêneros textuais ...............................................................................................86
1.1. A diversidade de gêneros ...........................................................................................87
1.2. Sequências textuais: narração, descrição, exposição, argumentação e injunção .....88
1.2.1. Narrativa ..................................................................................................................89
1.2.2. Descritiva .................................................................................................................90
1.2.3. Expositiva ................................................................................................................90
1.2.4. Argumentativa .........................................................................................................91
1.2.5. Injuntiva ...................................................................................................................91
1.3. Gêneros e funções: apelativo, informativo, expressivo, 
 poético, metalinguístico e fático ................................................................................92
1.3.1. Função referencial ou denotativa ............................................................................93
1.3.2. Função emotiva ou expressiva ................................................................................94
1.3.3. Função apelativa ou conativa ..................................................................................94
1.3.4. Função poética ........................................................................................................94
1.3.5. Função fática ...........................................................................................................94
1.3.6. Função metalinguística ............................................................................................95
2. Gêneros oficiais e comerciais ........................................................................................95
2.1. Critérios de distinção entre gêneros oficiais e comerciais ..........................................97
2.2. Os gêneros oficiais no Manual de Redação da Presidência da República ................98
2.3. Os gêneros empregados na indústria e no comércio ...............................................106
2.3.1. Memorando circular ...............................................................................................106
2.3.2. Ofício .....................................................................................................................107
2.3.3. Carta comercial .....................................................................................................110
2.3.4. Ata .........................................................................................................................112
2.3.5. E-mail ....................................................................................................................113
2.3.6. Curriculum Vitae ....................................................................................................114
2.3.7. Requerimento ........................................................................................................116
2.3.8. Declaração ............................................................................................................116
Referências .....................................................................................................................118
MATERIAL COMPLEMENTAR:
A Contribuição da Comunicação Interna na Motivação dos Colaboradores: 
um Estudo de Caso na Empresa Porto Freire Engenharia .............................................119
COMUNICAÇÃO OFICIAL 49
Uni
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL
Apresentação
Nesta unidade, você retomará mais assuntos da gramática normativa. Es-
ses assuntos já foram vistos por você no ensino fundamental e no ensino médio. 
Agora é hora de uma revisão e, ao mesmo tempo, uma oportunidade a mais para 
aprofundamento do estudo. São pontos importantes, porque no dia a dia de uma 
empresa – e também no seu próprio dia a dia – você é chamado a produzir textos 
diversos, os quais circularão também entre seus superiores. Já imaginou um des-
ses textos produzidos por você sair circulando por aí cheio de “erros de português”, 
como se diz? Ainda é tempo de você compreender as regras de concordância 
nominal e verbal, da regência e da crase, a fim de aplicá-las posteriormente na 
produção de textos da esfera administrativa, tanto orais como escritos. Ao trabalho!
Objetivos de aprendizagem
• Compreender as regras de concordância nominal e verbal, aplicando-as poste-
riormente na produção de textos da esfera administrativa;
• Diferenciar os aspectos sintático-semânticos das regências verbal e nominal;
• Compreender os diferentes usos da regência nominal e verbal;
• Compreender os casos gerais e específicos do uso do sinal indicativo de cra-
ses, à luz da regência verbal;
• Empregar adequadamente as regras do sinal indicativo de crases na produção 
textual.
50 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL: USOS MAIS FREQUENTES
Concordância é a acomodação das flexões das palavras que se rela-
cionam entre si na frase. Concordância verbal, em termos gerais, consiste na 
relação entre verbo e sujeito, em que este deve concordar com seu sujeito em 
número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª). Veja a síntese das regras. Co-
mece pelos casos mais comuns de CONCORDÂNCIA VERBAL (BECHARA, 2009; 
AZEREDO, 2008; SAVIOLI, 1997).
1.1. Concordância verbal
a) Com sujeito simples: o verbo concorda com o sujeito simples (termos em italic 
nos exemplos a seguir) em número e pessoa. 
 Exemplos: 
 O gerente pediu dois novos relatórios. 
 Depois do Natal, vêm as prestações.
b) Com sujeito composto antes do verbo:
• O verbo vai para o plural quando o sujeito é anteposto:
 Exemplo: Os novos empregados e seus supervisores reuniram-se ontem.
• O verbo vai para o singular caso os núcleos estejam resumidos por nada, tudo, 
ninguém. 
 Exemplo: Grampeador, durex, calendário, canetas, porta-retrato, tudo estava 
espalhado sobre a mesa do chefe.
c) Com sujeito composto posposto depois do verbo: o verbo vai para o plural ou 
concorda com o núcleo mais próximo:
 Exemplos: 
 No trabalho, convivem a alegria e a tristeza. 
 No trabalho, convive a alegria e a tristeza. 
d) Com sujeito composto por diferentes pessoas do discurso: o verbo vai para o 
plural na pessoa que prevalecer, assim: [eu + tu + ele = nós]
 Exemplo: Maria, Francisco e eu formamos uma equipe.; [tu + ele = vós/vocês].
e) Com sujeito representado por substantivo coletivo: verbo no singular.
 Exemplo: O bando assaltou um carro de entregas da nossa empresa.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 51
Fique atento
Se o coletivo vier seguido de expressão modificadora no plural, admite-se 
verbo no singular ou no plural. 
Exemplo: Um bando de pombos fez um ninho próximo à minha janela. (verbo 
no singular, concorda com “um bando”) ou
Um bando de pombos fizeram um ninho próximo à minha janela(verbo no 
plural, concorda com “de pombos”).
f) Com sujeito constituído de pronome de tratamento: verbo fi ca obrigatoriamente 
na terceira pessoa.
Exemplos: Vossa Excelência já assinou o documento? 
 Vossa Senhoria não me engana.
 Vossas Senhorias se enganaram.
g) Com sujeito constituído por nomes próprios só usados no plural:
• Se o nome não for precedido de artigo, o verbo fi ca no singular:
Exemplos: Minas produz queijo e poetas.
 EUA oferece ajuda a aliados.
• Se houver artigo, o verbo vai para o plural:
Exemplos: As Minas Gerais produzem queijos e poetas.
 Os EUA oferecem ajuda a aliados.
Memorize
Em títulos de obras, pode-se empregar o singular ou o plural:
Exemplo: Os Sertões são/é um grande livro de Euclides da Cunha sobre 
Canudos.
h) Com sujeito constituído por QUE ou QUEM:
• pron. + QUE → verbo concorda com pronome que antecede o QUE.
 Exemplos: Sou eu que trago o material.
52 COMUNICAÇÃO OFICIAL
 És tu que levas alegria à minha vida.
 São eles que levam a culpa.
• pron. + QUEM => verbo fi ca na 3ª pessoa do singular ou concorda com o pro-
nome que antecede o QUEM. 
Exemplo:
 Fui eu quem falou/falei as verdades e os colegas não gostaram.
i) Com núcleos do sujeito unidos por OU:
• verbo fi ca no singular se houver ideia de EXCLUSÃO:
 Exemplo:
 Anjo ou demônio ali logo se via.
• verbo fi ca no plural se houver ideia de ADIÇÃO:
 Exemplo:
 Meu chefe ou meus colegas sempre reclamam de mim.
Fique atento
Quando se quer destacar o primeiro elemento, pode-se deixar no singular.
Exemplo: O Presidente com sua comitiva chegou à cidade.
j) Com núcleos do sujeito unidos por COM: o verbo fi ca no plural (com = e).
 Exemplo: O Presidente com a sua comitiva chegaram à cidade.
k) Sujeito de verbo transitivo direto na forma passiva sintética: o verbo concorda 
com o substantivo que é sujeito passivo (se apassivador).
 Exemplos:
 Ouviram-se as reclamações.
 Ouviu-se uma reclamação.
 Vende-se casa.
 Vendem-se casas.
 Corta-se cabelo.
 Fazem-se unhas.
 Compram-se sucatas.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 53
Fique atento
Se o sujeito é indeterminado, o verbo é transitivo indireto (exige preposição) 
ou intransitivo fica somente no singular. 
Exemplos:
Assiste-se hoje a crimes bárbaros.
Precisa-se de costureiras com experiência.
Trata-se de uma explosão de casos de dengue.
Necessita-se de pedreiros.
Não se morre de raiva.
l) Com sujeito formado por expressões específi cas:
• um ou outro: verbo permanece no singular (exclusão).
Exemplos: Um ou outro terá de trabalhar domingo.
 Uma ou outra não foi batida neste mês.
• um e outro; nem um nem outro, nem... nem: verbo deve ir para o plural ou 
singular, se indicar exclusão.
Exemplos: Um e outro tinham resolvido sair cedo do trabalho.
 Nem um nem outro havia previsto as falhas.
 Nem um nem outro puderam entrar no local da reunião.
• um dos que: verbo fi ca, em geral, no plural.
Exemplos: Não sou um dos que acreditam nas novidades da tecnologia.
 O meu colega de infância fora um dos que não resistira às tentações.
• mais de; menos de: verbo concorda com o numeral que consta na expressão. 
Exemplos: Mais de umeleitor anulou o voto.
 Mais de duzentas alunas participaram do concurso.
• quais de nós; quantos de nós; alguns de nós; muitos de nós: verbo concorda 
com o pronome indefi nido ou interrogativo, fi cando na terceira pessoa do plural, 
ou concorda com o pronome pessoal. 
Exemplos: Quais de nós são/somos corajosos para enfrentar o chefe quando 
ele está zangado?
 Quantos de nós batalharão/batalharemos pela liberdade de expressão.
 Muitos de nós vimos/viram a saída para a iminente falência da empresa.
54 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1.1.1. Outros casos de concordância verbal
m) DAR; BATER; SOAR: quando indicam horas, concordam com o numeral (quan-
tidade de horas).
 Exemplos: Quando deu uma hora, começaram as palestras.
 Soavam duas horas, e o trabalho recomeçava.
 Bateram quatro horas no relógio da praça.
n) HAVER; FAZER; TER; ESTAR; IR (como impessoais): fi cam na terceira pessoa 
do singular.
 Exemplos:
 Fará 50 anos essa revolução.
 Havia jardins e praças bem cuidados na empresa.
 Faz cem anos da I Guerra Mundial.
 Deveria haver mais jardins e praças bem cuidados na nossa cidade.
 Tem horas que me falta a paciência com vocês.
 Vai em mais de dois anos que não sei o que são férias.
 Está muito quente hoje.
Fique atento
ACONTECER, OCORRER, BASTAR e EXISTIR apresentam, em geral, 
sujeito posposto e devem concordar com ele. 
Exemplos: Aconteceram muitos escândalos ultimamente no Brasil.
Ocorreu um acidente na Linha Amarela.
Bastam duas indicações para o cargo.
Existem publicações que devemos ler.
o) SER: concorda ora com o sujeito, ora com o predicativo.
I. Concorda com o PREDICATIVO nos seguintes casos:
• nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, demonstrativos ou indefi nidos.
Exemplos: Que são seis anos?
 Quem teriam sido os primeiros colocados?
 Tudo são fl ores.
 Isto são fofocas...
COMUNICAÇÃO OFICIAL 55
• quando o sujeito for “o resto” ou “o mais”: 
Exemplos: Cultive a honestidade e a lealdade. O resto são atributos sem im-
portância.
 Há mansões, mas o mais são casebres.
II. Concorda com o SUJEITO no seguinte caso: quando o sujeito for nome próprio 
ou pronome pessoal. 
Exemplos: Fernando Pessoa é muitos poetas em um só.
 Todo eu era olhos e coração para ela.
III. Nas indicações de data, hora e distância, SER concorda com o numeral.
Exemplos: Eram doze horasquando terminou meu turno.
 É uma da manhã! Vá dormir!
 São doze metros até o portão.
 Hoje é dia 20 de janeiro de 2014.
 Hoje são vinte de janeiro.
Fique atento
Um caso especial merece destaque: a locução PARECER + INFINITIVO 
admite duas possibilidades de concordância: flexiona-se o primeiro e não o segundo, 
ou vice-versa. Exemplo: Neste nosso ambiente, as pessoas parecem murchar. Ou: 
as pessoas parece murcharem. 
Alguns casos de concordância
Regra geral: o verbo concorda com o núcleo sujeito em pessoa e número.
A primeira fase dos processos seletivos serão no auditório Dr. Manoel Neto.
Sujeito composto após o verbo: verbo fica no plural ou concorda com o núcleo mais próximo: 
Atrapalharam nosso desempenho a pressa e a concorrência entre nós mesmos.
Atrapalhou nosso desempenho a pressa e a concorrência entre nós mesmos.
Sujeito com presença de OU/NEM: se houver ideia de exclusão, o verbo fica no singular; se for 
de adição, vai para o plural.
Argentina OU Alemanha vencerá a competição.
56 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pressa OU concorrência prejudicam o desempenho.
Nem você nem o João serão escolhidos...
Nem você nem o João se casará com ela.
Verbo + pronome “se”: 
• se o verbo e transitivo direto e o pronome é apassivador, então o verbo concorda com o sujeito: 
Vendem-se casas. Alugam apartamentos na praia. Compram-se carros usados.
• se o verbo e intransitivo ou transitivo indireto e o pronome é índice de indeterminação do 
sujeito, então o verbo fica no singular: Precisa-se de pedreiros. Necessita-se de serventes. Trata-se 
de casos isolados. Discorda-se da opinião emitida.
Expressão partitiva + expressão no plural modificando-a:
• verbo no singular ou no plural: a maior parte dos acionistas discordou/discordaram.
Expressão numérica com valor aproximado:
• verbo concorda com o valor do numeral: Mais de dez pessoas reclamaram.
Com os pronomes QUE e QUEM:
• que: verbo concorda com o antecedente deste pronome: Todos sabemos os problemas que 
aconteceram. Todos viram o problema que aconteceu.
• quem: verbo concorda com o antecedente ou fica na 3ª pessoa do singular: Foram os auditores 
quem descobriram/descobriu a verdade.
Pratique
1. Tendo em vista a concordância verbal, corrija as frases a seguir.
 a) Existe pessoas interessadas na compra da casa.
 b) Haveriam questões fáceis na prova.
 c) Basta duas reuniões para resolvermos o problema.
 d) Vende-se casas novas.
 e) Neste concurso, devem haver mais de 10 mil candidatos.
 f) Se não houvesse surgido tantos pedidos, o estoque estaria bem.
 g) Espera-se novas contribuições.• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 57
1.2. Concordância nominal
Concordância nominal é o processo utilizado pela língua para marcar for-
malmente as relações de determinação ou dependência morfossintática, existen-
tes entre os termos dos grupos de palavras (chamados de sintagmas), no interior 
das orações. A concordância nominal se estabelece entre o núcleo de um grupo 
nominal (e suas flexões de gênero e número) e todos os termos a ele associados 
(ABAURRE, 2006).
Figura 01: Diagrama da concordância nominal.
ADJETIVOS
PRON. ADJETIVOS 
ARTIGOS NUMERAIS 
PARTICÍPIOS
SUBSTANTIVOS
PRONOMES
NUMERAIS 
SUBSTANTIVOS
OS MEUS DOIS ANTIGOS PROFESSORES CATEDRÁTICOS
SINTAGMA NOMINAL
CONCORDAM EM GÊNERO 
E NÚMERO COM
1444442444443
 Fonte: Produzido pelo autor. 
Concordância do adjetivo com mais de um substantivo é influenciada:
• pela posição do adjetivo: antes ou depois dos substantivos;
• pelo gênero e número dos substantivos com os quais o adjetivo concorda; e
• pela função sintática do adjetivo: adjunto adnominal ou predicativo.
Daí, você pode escrever a seguinte regra geral: O artigo, o pronome, o 
numeral e o adjetivo devem concordar em gênero e número com o substantivo ao 
qual se referem. Veja o exemplo esquematizado a seguir:
Exemplo:
Os nossos dois brinquedos preferidos estão quebrados.
 artigo pronome numeral substantivo adjetivo
 (masc. pl) (masc. pl) (masc. pl) (masc. pl) (masc. pl)
58 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1.2.1. Adjetivo referente a vários substantivos
a) Quando o adjetivo vier DEPOIS de dois ou mais substantivos do mesmo gênero, há 
duas possibilidades de concordância: o adjetivo assume o gênero do substantivo 
e vai para o plural, ou concorda em gênero e número com o mais próximo.
 Exemplos:
 O governador recebeu ministro e secretário espanhol.
 
 O governador recebeu ministro e secretário espanhois.
 masculino/plural
 
b) Quando o adjetivo estiver ANTES de dois ou mais substantivos de gêneros diferen-
tes, também há duas possibilidades de concordância: o adjetivo vai para o masculino 
plural OU concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.
 Exemplos:
 O advogado apresentou justos argumentos e razão.
 masculino/plural 
 O juiz apresentou justo argumento e razão.
 Concordou com o 
 substantivo mais próximo.
 O juiz apresentou justa razão e argumento. 
 concordou com o 
 substantivo mais próximo.
 
 Dois ou mais adjetivos referentes a um substantivo determinado por artigo 
admitem duas possibilidades:
• O substantivo fica no singular e põe-se o artigo também antes do segundo adjetivo.
 Exemplo: Meu professor ensina a língua inglesa e a francesa.
• O substantivo fica no plural e omite-se o artigo antes do segundo adjetivo:
 Exemplo: Meu professor ensina as línguas inglesa e francesa.
c) Quando o adjetivo vier anteposto a dois ou mais substantivos, concordará com 
o mais próximo, se funcionar como adjunto adnominal; entretanto se funcionar 
como predicativo, haverá duas possibilidades: poderá ir para o plural ou con-
cordar com o mais próximo.
123123
123123
123123
1231442443
1231442443
COMUNICAÇÃO OFICIAL 59
adjetivo substantivo substantivo
Ex.: Nunca vi tamanho desrespeito e ingratidão.
Ex.: Permaneceu fechada a porta e o portão.
predicativo do sujeito (concorda com o mais próximo)
predicativo do sujeito (masculino plural)
Ex.: Permaneceram fechados a porta e o portão.
adjunto adnominal
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Fique atento
E se os substantivos forem antônimos? Quando isso acontecer, o adjetivo 
irá obrigatoriamente para o plural. Exemplos: 
• Passei dia e noite tensos no trabalho.
• Esse pessoal é de extremos: tem coragem e preguiça grandiosas. 
60 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Agora veja algumas palavras muito usadas – seja na fala seja na escrita – 
e que sempre trazem dúvidas quanto à concordância:
d) MENOS, ALERTA e PSEUDO são advérbios e ficam INVARIÁVEIS. 
 Exemplos: Os soldados estavam alerta.
 Há menos pessoas do que prevíamos.
 
e) As expressões é proibido, é necessário, é bom, é preciso quando se referem 
a palavras desacompanhadas de determinantes (artigos, por exemplo), tomadas, 
portanto, em sua generalidade, ficam invariáveis.
 Exemplos: É proibido entrada.
 Cerveja é bom.
 Coragem é necessário.
 Porém, COM determinante, HAVERÁ A CONCORDÂNCIA.
 Exemplos: É proibido a entrada.
 A cerveja é boa.
 A coragem é necessária.
f) As palavras BASTANTE, MEIO, POUCO, MUITO, CARO, BARATO:
 
• Quando apresentam a FUNÇÃO de adjetivo, FLEXIONAM-SE, ou seja, REA-
LIZAM A CONCORDÂNCIA:
 Exemplos: Serviu-nos meia porção de arroz.
 Conversamos bastantes vezes a esse respeito.
 Os automóveis estão caros.
 As frutas estão baratas.
 Já é meio-dia e meia.
• Quando têm valor de advérbio ficam invariáveis.
 Exemplos: Maria está meio aborrecida.
 Os alunos são bastante estudiosos.
 Esses automóveis custam caro.
 As laranjas custam barato.
 Estamos muito cansadas.
 
g) Os adjetivos ANEXO, OBRIGADO, INCLUSO, MESMO, PRÓPRIO, SÓ, LESO, 
QUITE concordam com o substantivo a que se referem.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 61
Exemplos: Seguem anexos os documentos da partilha de bens.
A carta segue anexa.
Os documentos estão inclusos.
Ela mesma redigiu a carta.
Eles estão sós.
Estou quite com você.
Muito obrigada – disse ela.
Fique atento
Os advérbios só (equivalente a somente), menos e alerta e as expressões 
em anexo e a sós são invariáveis, isto é, só têm essa forma. Não devo escrever, 
por exemplo, “Seguem em anexos os relatórios”. 
 Outros exemplos:
 Elas só esperam uma nova oportunidade.
 Leia a carta e veja as fotografi as em anexo.
 Os operários fi caram a sós com o chefe. 
DICAS: 
I. Quando só equivaler a sozinho, será adjetivo e concordará com o substantivo.
Exemplos: Joana fi cou só em casa. (sozinha)
Lúcia e Lívia fi caram sós. (sozinhas)
II. Quando só equivaler a somente, será advérbio e fi cará INVARIÁVEL
Exemplos: Depois da guerra só restaram cinzas. (apenas, somente)
 Eles queriam fi car só na sala. (apenas, somente)
III. Quando bastante equivaler a muiotos/muitas, será adjetivo e concordará com 
o substantivo.
Exemplos: Há bastantes motivos para sua ausência. (adjetivo)
 Os alunos falam bastante. (advérbio)
IV. Meio equivalente a metade = adjetivo, logo concorda com o substantivo.
Exemplo: Ela romou meia garrafa de vinho. (adjetivo)
V. Meio equivalendo a um pouco é advérbio e não varia.
Exemplo: As candidatas pareciam meios nervosas. (advérbio)
62 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Alguns casos de concordância nominal
• Anexo, incluso, obrigado: concordam com a palavra a que se referem. Estão inclusas as 
cópias que o Sr. pediu. Nós mulheres somos obrigadas a fazer isso também?
• Bastante: fica no singular quando for igual a muito/a e no plural quando for igual a muitos/as. 
Você pediubastantes cópias! Ficamos bastante irritadas com seu pedido.
• Meio: não tem plural quando é igual a “mais ou menos/um pouco”. A assessora ficou meio 
chateada porque ninguém a ouviu.
1.3. Regência nominal e verbal: usos mais frequentes
Denomina-se regência a relação de interdependência estabelecida entre 
palavras (termo regente e termo regido) em um grupo nominal ou verbal (BE-
CHARA, 2009; AZEREDO, 2008). Você estudará aqui a regência estabelecida por 
intermédio de uma preposição (lembra-se das preposições? Não? Então, aqui está 
a lista completa delas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, 
perante, por, sem, sobre, sob, trás). A escolha da preposição depende da signifi-
cação de cada uma e da relação estabelecida com o vocábulo regente. Observe o 
exemplo detalhado a seguir:
Exemplo:
Concordei com você ontem, mas hoje não. 
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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Termo 
regente
Preposição Termo 
regido
COMUNICAÇÃO OFICIAL 63
1.3.1. Regência nominal 
A regência nominal estuda a relação entre os nomes (substantivos, ad-
jetivos e advérbios) e os termos regidos por eles. Essa relação é sempre regida 
por preposição. É válido lembrar que muitos nomes derivados (cognatos) apresen-
tam o mesmo regime dos verbos de que derivam. Assim sendo, o conhecimento 
da regência de certos verbos permite que se conheça a regência dos nomes 
cognatos, como o substantivo “obediência”, o adjetivo “obediente”, e o advérbio 
“obedientemente”, que exigem a preposição a, exatamente como ocorre com o 
verbo “obedecer”, que lhes deu origem (BECHARA, 2009; AZEREDO, 2008; SA-
VIOLI, 1997; ROCHA LIMA, 1996). Segue uma pequena relação de substantivos e 
adjetivos acompanhados das preposições mais usadas.
SUBSTANTIVOS
admiração por, perante.
adepto de
alheio a
afeição por
aversão a, por
atentado a, contra
compatibilidade entre
conformidade com
capacidadede, para
ciente de
devoção a, por
dúvida acerca de, de, em, sobre
habilidade de, em, para
liberdade para, de
manutenção de, em
obediência a
ojeriza a
respeito a, por
Observação: Preposição pode ser omitida antes de oração desenvolvida.
Exemplo: Não há dúvida (de) que você é o mais indicado para o serviço.
ADJETIVOS
acostumado a, com
agradável a, para, de
ansioso por, para
apto para
ávido por
capaz de
compatível com
contemporâneo a
contraditório a
diferente de
essencial a, para
fácil para, de
favorável a, para
hábil em, para
habituado a, com
imbuído de, em
Impróprio para
Insensível a, para, com
passível de, a
prestes a
próximo, junto a, de
relacionado a, com
residente em
satisfeito com, por
semelhante a, em
sensível a, para
sito em
64 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Observação: Preposição pode ser omitida antes de oração desenvolvida. 
Exemplo: Estava ansioso que o expediente acabasse.
Fique atento
Os verbos que não indicam movimento exigem a preposição em. Alguns 
exemplos: morar em, residir em, estar em. O mesmo acontece com o adjetivo 
relacionado ao verbo “situar”: sito em. Por isso não devo escrever: 
José da Silva, residente à rua B, casa 10, vem requerer 2ª chamada de prova. 
Advérbios
Os advérbios terminados em–mente, em geral, seguem a mesma regência 
dos adjetivos dos quais derivam. 
Exemplos: análogo a – analogamente a; contrário a – contrariamente a; 
contraditório com – contraditoriamente com; diferente de – diferentemente de; 
favorável a – favoravelmente a; relativo a – relativamente a.
1.3.2. Regência verbal e signifi cação dos verbos
Enquanto os nomes (regência nominal) podem apresentar duas ou mais 
preposições sem alterar o significado, alguns verbos modificam o significado de 
acordo com a preposição, ou seja, alguns verbos apresentam sentidos diferentes 
conforme a preposição utilizada. Essa é uma diferença significativa entre regência 
nominal e verbal, por isso, o estudo da sintaxe de regência verbal é bem mais 
complexo do que o de regência nominal. Há, entretanto, verbos que admitem 
mais de uma regência sem ter seu sentido alterado. 
Exemplo: Falar sobre o assunto. Falar do assunto. Falar acerca do as-
sunto. Ele não tarda em chegar. Ele não tarda a chegar. (ABAURRE; PONTARA, 
2006; SAVIOLI, 1997; BECHARA, 2009; ROCHA LIMA, 1996).
Em algumas construções, a preposição é usada para acrescentar dife-
rentes nuances de significação aos verbos. Veja os casos a seguir:
Cumpri o dever. / Cumpri com o dever. – O verbo é originalmente transitivo 
direto (primeiro exemplo). A preposição serve para acentuar a ideia de cuidado, zelo.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 65
Fiz que ele fosse aprovado./ Fiz com que ele fosse aprovado. – O verbo 
fazer é transitivo direto. A preposição emprega valor de dedicação, esforço. 
Comi o bolo. / Comi do bolo. – Apenas um pedaço do bolo, e não todo ele 
foi comido.
Fique atento
Quando dois ou mais verbos com regências diferentes em relação a um 
mesmo elemento, a gramática normativa exige que se apresentem os dois objetos 
distintos: Entrei e saí da sala com extrema rapidez.
Correção: Entrei na sala e saí dela com extrema rapidez. 
1.3.3. Complementos comuns a mais de um verbo
Se existir um mesmo complemento para uma sequência de verbos com a 
mesma regência, você pode repeti-lo (valorizando cada um dos verbos) ou omiti-
-lo (dando ênfase ao conjunto de ações).
Exemplos: Gosto de meus amigos. Eu muito os admiro e os respeito.
Gosto de meus amigos. Eu muito os admiro e respeito. 
Os verbos admirar e respeitar são transitivos diretos, o que possibilita essa 
construção.
1.3.4. Regência de alguns verbos
Agora, você estudará a sintaxe de regência de alguns verbos. Lembre-
-se sempre que você deve ficar atento ao significado do verbo associado a uma 
preposição ou a outra. Lembre-se, ainda, que esse estudo sempre deve ser 
aplicado na produção de textos relacionados à esfera administrativa, ou seja, 
na hora em que você for produzir ofícios, memorandos, atas, requerimentos, 
declarações etc. 
66 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Agradar
a) No sentido de acariciar, acarinhar, é transitivo direto.
Exemplo: Com a sua habitual calma, Chico agradava o fi lho.
b) No sentido de satisfazer, contentar, é transitivo indireto.
 Exemplo: As palavras do professor agradaram ao público que o ouvia.
Aspirar
a) No sentido de respirar, sorver, é transitivo direto.
 Exemplo: Em Guaramiranga, aspiramos o ar puro da serra.
b) No sentido de desejar, pretender, buscar, é transitivo indireto (com preposição A).
 Exemplo: Camila aspira ao cargo de gerente.
Fique atento
Segundo a gramática normativa, não se usa “aspiro-lhe”, e sim aspiro a 
ele(s), a ela(s).
Exemplo: Camila aspira ao cargo de gerente? Sim, aspira a ele. 
Assistir
a) No sentido de ver, testemunhar, presenciar, estar presente, é transitivo indireto.
Exemplos: Assistimos a um bom fi lme motivador.
 Assistirei à peça com Miguel Falabella.
Fique atento
Da mesma forma que o verbo aspirar, o verbo assistir não deve ser usado 
com o pronome lhe. Você deve usar a preposição a. Veja:
Exemplo: – Vocês assistiram ao filme motivador?
– Assistimos a ele sim. 
COMUNICAÇÃO OFICIAL 67
b) No sentido de prestar assistência, confortar, ajudar, proteger ou servir, pode ser 
empregado sem preposição ou com preposição “a”.
Exemplo: O enfermeiro assiste os doentes./ O enfermeiro assiste aos doentes.
c) No sentido de caber, pertencer de direito ou razão, é transitivo indireto.
Exemplo: Ao consumidorassiste-lhe o direito de trocar a mercadoria com defeito.
d) No sentido de morar, residir, usa-se a preposição EM.
Exemplo: Muitos brasileiros gostam de assistir em condomínios fechados.
Memorize
O uso do verbo assistir como sinônimo de residir é arcaico, isto é, antigo.
É raro que se use assim hoje em dia. 
Atender
a) Pode ser empregado com ou sem preposição “a”:
 Exemplos: O diretor atendeu os/aos funcionários.
 O governador não atende as/às reivindicações dos funcionários em greve.
 Marta, atenda o/ao telefone, por favor!!
Chamar
a) No sentido de chamar a presença de alguém, emprega-se sem preposição:
 Eu chamei meu assessor e pedi um favor.
 Ninguém o chamou aqui, seu Joaquim.
b) No sentido de pedir auxílio ou atenção, utiliza-se a preposição “por”.
 Exemplo: A secretária foi à sala e disse à amiga que a fi lha chamava por ela.
c) Com o sentido de apelidar, dar nome, qualifi car, pode ser empregado de acordo 
com as seguintes construções:
 Chamaram-no fofoqueiro.
 Chamaram-no de fofoqueiro.
 Chamaram-lhe fofoqueiro.
 Chamaram-lhe de fofoqueiro.
68 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Custar
a) No sentido de ser custoso, difícil ou complicado, tem como sujeito aquilo que 
é difícil.
 Exemplos: Custa-me o seu silêncio. (O seu silêncio é custoso para mim).
 Custa-me dizer que você será despedido.
b) No sentido de causar, acarretar consequências, emprega-se da seguinte forma:
 Exemplo: A imprudência custou-lhe uma séria repreensão.
c) No sentido de indicar preço, não se emprega com preposição.
 Exemplo: Nosso novo escritório custou 50 mil reais.
Memorize
Esse verbo apresenta usos completamente diferentes quando se compara 
à fala cotidiana com o que manda a gramática normativa. Veja: 
Veja mais alguns verbos que admitem dupla regência, ou seja, dependem do 
complemento que se usa: “coisa” ou “pessoa”, ou ainda ambos ao mesmo tempo.
Avisar
 Pode ser empregado das seguintes formas:
 Exemplos: Avisei a empresa do acidente. / Avisei o acidente à empresa.
 A empresa foi avisada do acidente. O acidente foi avisado à empresa.
Comunicar
 Esse verbo apresenta a sintaxe direta para coisa e indireta para pessoa =
comunicar algo a alguém.
 Exemplo: Comunicamos ao diretor a decisão do grupo de estudo.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 69
Cientificar
 Emprega-se direto para pessoa e indireto para coisa:
 Exemplo: Cientificamos o diretor da decisão do grupo.
Informar
 Informamos alguma coisa a alguém (direto para coisa e indireto para pessoa) 
ou informar alguém de/sobre alguma coisa (direto para pessoa e indireto para 
coisa). 
 Assim:
 Exemplos: O presidente informou o povo sobre as novidades na economia.
 O presidente informou as novidades na economia ao povo.
Esquecer / Lembrar
Esses verbos admitem três construções diferentes:
• Esqueci o nome dele.
• Esqueci-me do nome dele.
• Esqueceu-me o nome dele.
• Lembro o acontecimento.
• Lembro-me do acontecimento.
• Lembra-me o acontecimento.
Implicar
a) No sentido de ter implicância com, mostrar má disposição para com alguém, 
usamos a preposição “com”.
 Exemplo: Implicou com os colegas.
b) No sentido de comprometer-se, enredar-se, envolver-se em situações emba-
raçosas, é acompanhado de pronome reflexivo e de complemento introduzido 
pela preposição EM.
 Exemplo: Atualmente muitas autoridades que se implicam em negociatas.
c) No sentido de trazer como consequência, acarretar, usa-se sem preposição.
 Exemplo: Pouco estudo geralmente implica subemprego.
70 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Obedecer/desobedecer
a) São verbos transitivos indiretos, ou seja, exigem preposição “a”.
 Exemplos: Meu auxiliar não é capaz de obedecer às minhas ordens.
 Obedeça à sinalização.
b) Mesmo sendo um verbo transitivo indireto, modernamente admite voz passiva:
 Exemplos: A sinalização deve ser obedecida.
 Idêntica caso ocorre com desobedecer.
Pedir
a) Usa-se sem preposição, exceto se houver a preposição para subentendida, e 
entre o verbo e a preposição houver uma palavra como licença, autorização, 
permissão.
 Exemplos: Pedimos que sejam observadas as regras de convivência nessa 
empresa.
 Os rapazes pediram para sair mais cedo.
Perdoar – Pagar – Agradecer
a) Na língua culta, constroem-se com objeto direto em relação à coisa e objeto 
indireto em relação à pessoa.
 Exemplos: Perdoei o pecado que você cometeu.
 Agradeça ao seu amigo a dica fornecida.
 Já paguei as contas a meus credores.
Preferir
a) Deve ser usado sem termos que indiquem comparação (mais que, menos que, 
mais do que). A sintaxe original é: PREFERIR ALGO A OUTRA COISA. 
 Exemplos: Prefiro praia a serra. 
 Prefiro uma reunião longa a redigir um relatório chato.
Proceder
a) No sentido de ter fundamento, portar-se, conduzir-se, não se usa preposição 
(intransitivo).
 Exemplos: Seu pedido não procede.
 Sr. Macedo procedia brilhantemente em público.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 71
b) No sentido de provir, originar-se, descender, usa-se a preposição “de”.
Exemplo: A língua portuguesa procede do latim.
c) Usa-se com preposição “a” no sentido de dar início, realizar.
Exemplo: Proceder-se-á a uma sindicância para apurar o caso.
Responder
a) A regência padrão exige que se use preposição “a”:
 Exemplos: Os alunos devem responder às perguntas e ao questionário.
b) Esse verbo aceita a construção na voz passiva: 
 Exemplo: As perguntas e os questionários devem ser respondidos.
Simpatizar/antipatizar
a) O verbo simpatizar não é pronominal, ou seja, não deve ser usado nenhum 
pronome junto a ele. Pede objeto indireto regido da preposição com.
Exemplos: Simpatizei com meu novo colega de trabalho. (correto)
 Simpatizei-me com ele. (errado)
 Não simpatizei com ele nem com suas ideias.
Visar
a) No sentido de fazer pontaria, apontar arma de fogo contra algo ou alguém, e 
ainda no sentido de pôr o visto, assinar ou rubricar, não exige preposição.
Exemplos: Visei o alvo.
 As autoridades visaram o passaporte.
b) No sentido de terem vista um fi m, pretender, deve-se empregar de preferência 
com a preposição “a”.
Exemplo: Nossa empresa não visa somente ao lucro.
Fique atento
Se após o verbo “visar” vier outro no infinitivo, então não precisa usar preposição: 
Ex.: As equipes de venda visam alcançar suas metas. (E não: “...visam a 
alcançar”...) 
72 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pratique
2. Escreva nos parênteses (C) para correto ou (E) para errado, considerando a 
regência verbal culta.
 ( ) Assiste todos o direito de lutar por justiça.
 ( ) Vou à serra aspirar o ar puro da montanha.
 ( ) Avisei-lhe da chegada das mercadorias.
 ( ) Pagamos os fornecedores ontem.
 ( ) Perdoamos os erros dos ignorantes.
 ( ) Obedeci ao que me foi ordenado.
 ( ) Notificaram os alunos sobre as provas.
 ( ) O novo prédio situa-se à rua Crisalda, 17.
 ( ) Pagamos ao banco ontem.
 ( ) Pisaram nos meus calos!
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
1.3.5. Verbos indicativos de movimento x verbos de permanência
Verbos que indicam deslocamento, movimento (chegar, ir, voltar, etc.) cons-
troem-se com a preposição “a”, em contraste com os que indicam permanência 
(morar, residir, etc.), que se constroem com a preposição “em”.
Exemplos: Ele chegou ao trabalho muito cedo.
O presidente veio ao Rio de janeiro de carro.
Ele mora na rua Coletor Gadelha.
Ficarei no escritório até mais tarde.
Veja alguns verbos para sintetizar a regência. Lembre-se de que o uso na 
fala cotidiana é muito diferente daquele que a gramática normativa exige.
VERBO SENTIDO/USO E REGÊNCIA
ASPIRAR = RESPIRAR: sem preposição. Aspirou fumaça e tossiu muito.= DESEJAR: rege preposição “a”. Aspirou ao cargo de gerente.
ASSISTIR = VER: rege preposição “a”. Assisti ao novo fi lme de Padilha.= AJUDAR: indiferente. Assisto os/aos necessitados.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 73
IR / CHEGAR
= DESLOCAMENTO TEMPORÁRIO: rege preposição “a”. Cheguei/irei ao trabalho cedo.
= DESLOCAMENTO DEFINITIVO: rege preposição “para”. Irei para o Rio de Janeiro.
PAGAR /
PERDOAR
= OBJETO ÉGENTE: rege preposição “a”. Paguei ao credor.
= OBJETO É NÃO-GENTE: sem preposição. Paguei o cartão.
OBEDECER / 
DESOBEDECER
Regem preposição “a”. Obedeça/desobedeça à sinalização.Aceitam passiva: A sinalização 
deve ser obedecida/desobedecida.
SIMPATIZAR / 
ANTIPATIZAR
Não se deve usar pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos...).Simpatizei com você. (E não 
“Simpatizei-me com você”)
VISAR
= MIRAR ou ASSINAR: sem preposição. Visei o alvo e atirei.
= DESEJAR: rege preposição “a”. Viso a um alto cargo na empresa.
AVISAR 
INFORMAR 
NOTIFICAR 
PREVENIR
Todos eles exigem dois complementos, organizados de duas formas:
1ª) Avisar/informar/notifi car/prevenir alguma coisa a alguém.A empresa notifi cou o problema 
aos clientes.
2ª) Avisar/informar/notifi car/prevenir alguém de/sobre alguma coisa.Prevenimos os nossos 
colaboradores sobre as difi culdades.
PREFERIR
Não usar termo que indique comparação de inferioridade ou inferioridade (mais do que, 
menos do que, mais que...).Prefi ro carne a peixe. 
@
CO
NE
CT
E-S
E
• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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Pratique
3. Coloque “C” para as frases cuja regência verbal esteja de acordo com a norma 
padrão da língua e “E” para as frases cuja regência esteja incorreta. Reescreva 
as frases incorretas, corrigindo-as.
74 COMUNICAÇÃO OFICIAL
 a. ( ) Carlito aspirou ao aroma das flores do campo.
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 b. ( ) Lembrei de trazer a gramática para a aula de revisão.
 _______________________________________________________________
 c. ( ) O diretor do espetáculo não lhes informou que a verba tinha sido cortada.
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 d. ( ) O direito de se defender assiste ao réu.
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 e. ( ) Todos os dias eu assisto a novela Malhação.
 _______________________________________________________________
 f. ( ) Salomão já namorou com todas as garotas de sua turma.
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• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
1.4. Emprego do sinal indicativo de crase
??
Curiosidade
A palavra crase tem origem no termo grego (krasis) e significa mistura, fusão.
Na língua portuguesa, crase é a junção de duas vogais idênticas: o + o 
(em coordenação, cooperação); a + a = à. Na escrita, a identificação da crase se 
dá pela presença do acento grave ( ` ), especificamente nos casos de contração 
ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos (a, as) ou com os 
pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo.
Exemplos:
Devo obediênciaa + alei.
Devo obediência à lei.
Observe que a palavra à esquerda é o termo regente e a palavra à 
direita é o termo regido: 
COMUNICAÇÃO OFICIAL 75
Termo 
regente
Termo 
regido
Retornaremos à cidade hoje.
Uma vez que você tenha aprendido isso, deve estar se perguntando como 
saberá se usa ou não o acento indicativo de crase. Para responder a essa pergun-
ta, entenda algumas regras práticas:
Veja o caso desta frase: 
A rua da minha casa é paralela a rodovia.
• Há ou não crase no “a” antes de rodovia?
• Para saber, você deve seguir o seguinte raciocínio:
Primeiro – Veja se o termo regente (palavra à esquerda do “a”) exige ou 
não preposição “a”. Se exigir, já tem 50% de chance de haver crase. No caso, a 
regência da palavra “paralelo” nos diz que exige um “a” (Quem é “paralelo é para-
lelo” a algo). Se não souber a regência, troque a palavra “rodovia” por qualquer um 
masculino, assim: “paralelo ao caminho”. Você viu que “apareceu” um “a”. Esse “a” 
é a preposição exigida por “paralelo”.
Segundo – Veja agora se o termo regido (palavra à direita do “a”) aceita 
artigo feminino “a”. Se aceitar, é preciso colocar o acento indicativo de crase, 
porque você viu que o termo regente exige preposição “a”. Você tem na frase em 
estudo que “rodovia” é uma palavra do gênero feminino e aceita artigo, logo há dois 
“AA”, por isso a crase.
Agora a frase fica assim: 
A rua da minha casa é paralela à rodovia.
Memorize
Outros exemplos para você raciocinar:
Poucos convidados compareceram à festa.
Depois do almoço, ninguém retornou à sede empresa.
Atentos às modificações, os moradores discordaram do novo regulamento.
Colocamos os móveis junto à parede.
76 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Fique atento
Outra regra prática:
No caso de nome de lugar (cidade, país, etc.), substitua o a ou as por para. 
Se der para usar para a, ponha o acento indicativo de crase: 
• Irão à Colômbia (irão para a Colômbia).
• Voltou a Fortaleza (voltou para Fortaleza, e não para a Fortaleza sem crase).
• Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o de se transformarem da, 
há crase.
• Retornou à Argentina (voltou da Argentina).
Foi a Roma (voltou de Roma e não da Roma). 
1.4.1. Uso obrigatório da crase
a) Nas locuções adverbiais, prepositivas ou conjuntivas com substantivo 
feminino: à vista, às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à 
frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida 
que, à proporção que, à força de, à espera de etc.
Exemplos:
• Chegou às pressas.
• Preço à vista: 234,00.
• Ele ainda vive à custa do pai. 
• Maria estava à espera do irmão. 
• Minha ansiedade aumentava à medida que o tempo passava.
• Pedi fi lé à moda da casa. 
Fique atento
Com a locução prepositiva “à moda de”, você pode ter a omissão de 
“moda de”. Fica, então, somente o “à”: Neymar fez um gol à Pelé.
Esse caso também é típico de menu de restaurantes:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 77
Exemplos:
• Bife à milanesa.
• Peixe à baiana.
• Mas se a palavra depois do “a” for masculino então não pode haver crase:
• Bife a cavalo. (não é bife à moda do cavalo!!) 
b) Nas formas àquela, àquele, àquelas, àqueles, àquilo, àqueloutro (e derivados):
Exemplos:
• Cheguei àquele (a + aquele) lugar que você me indicou.
• Vou àquelas cidades históricas de Minas. 
• Referiu-se àqueles livros da lista dos mais vendidos. 
• Não deu importância àquilo que a deixava preocupada. 
c) Nas indicações de horas, desde que determinadas: 
Exemplos:
• Chegou ao trabalho pontualmente às 8 horas.
• Saí da balada à uma da madrugada.
• Horário das aulas: 18h50 às 21h50
• O horário de verão termina à zero hora.
• O horário de verão termina à meia-noite.
Fique atento
A indeterminação afasta a crase: 
Chegarei a qualquer hora.
1.4.2. Não há uso de crase
a) Palavra masculina:
Exemplos:
• Andar a pé ou a cavalo é um bom exercício.
• Aceitamos pagamento a prazo.
78 COMUNICAÇÃO OFICIAL
• Caminhadas a esmo.
• Você está cheirando a suor podre.
• Vamos à festa de fi m de ano vestidos a caráter. 
• Vendas a prazo.
Fique atento
Sempre use o sinal indicativo de crase quando estiver subentendido (elíp-
tico) um substantivo feminino: 
Exemplos:
Referiu-se à Apollo. (à nave Apollo).
Dirigiu-se à Gustavo Barroso. (fragata Gustavo Barroso)
Vou à Melhoramentos. (Editora Melhoramentos)
Fez alusão à Isto é. (revista Isto é)
b) Nome de lugar (cidade, estado, país, etc.) que não aceite artigo “a”, mesmo 
sendo substantivo feminino: 
Exemplos:
• Chegou a Brasília. 
• Irei a Roma esteano.
• Vou a Fortaleza.
• Retornaremos a Paris.
• Vamos Trinidad e Tobago.
Fique atento
Há crase quando se atribui uma qualidade ao local:Exemplos:
Irei à Roma dos Césares.
Referia-me à bela Lisboa.
Chegamos à Brasília das mordomias.
Chegamos à velha e boa Londres.
Iremos à Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 79
c) Verbo/perífrase verbal: 
Exemplos:
• A partir de hoje, passaremos a ter mais um amigo.
• Começou a fazer frio hoje. 
• Pôs-se a falar sem parar.
d) Palavras repetidas: 
Exemplo:
 Dia a dia, mês a mês, cara a cara, frente a frente, gota a gota, de ponta a ponta, 
um a um etc.
e) Pronomes que não aceitam artigo “a”:
Exemplos:
• Pediram a ela que saísse um pouco mais tarde.
• Cheguei a esta conclusão: é muito complicado fechar uma empresa.
• Dedicou o livro a essa colega nossa. 
• Não diga nada a ninguém.
• Peça a alguém para lhe dar esclarecimentos.
• Parti a toda velocidade.
• Pedi a cada um que desse opinião sincera.
• Referi-me a tudo que sabia.
• Peço a você que me escute.
• Você é contrário a alguma decisão minha?
• Recomendamos a Vossa Senhoria que acesse nosso site e faça o pedido online.
Fique atento
Os pronomes SENHORA e SENHORITA aceitam artigo “a”, logo é preciso 
usar crase quando o contexto exigir.
Exemplos:
Recomendamos à Sra. Maria do Socorro que fizesse um novo curso.
Peço à senhora que não me contrarie em público. 
80 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pratique
4. Justifique a não ocorrência de crase nos seguintes casos:
 a) O SAC dá ouvidos a reclamações.
 b) Não me referi a mulheres, mas a meninas.
 c) A pena para esse caso pode ir de advertência a multa.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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f) Numerais:
 Exemplos:
 • O número de admitidos este mês chegou a oito. 
 • Nasci a 23 de junho.
 • Fiz visitas a cinco empresas. 
 • Período de aplicação de provas: 2 a 6 de dezembro. 
Fique atento
Se o numeral for do gênero feminino e admitir artigo, então é possível a crase:
Exemplo: Crianças morrem às centenas de fome e doenças pelo mundo. 
1.4.3. Casos especiais de uso da crase
a) As palavras distância e casa: sem crase se não houver modifi cador; com crase 
se houver:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 81
 Exemplos: A polícia ficou a distância dos manifestantes.
 A polícia ficou à distância de dois quarteirões dos manifestantes. (o trecho 
sublinhado modifica, especifica o quanto distante estava a polícia)
 Vou a casa cedo. 
 Vou à casa de um amigo. (o trecho sublinhado modifica, especifica a casa)
 Voltou à casa dos pais.
b) A palavra terra: se indicar o planeta ou o lugar de origem (nascimento) admite 
artigo, por isso exige a crase.
 Exemplos:
 Os astronautas regressaram à Terra. 
 Meu plano é retornar à terra de onde saí.
 O navio estava chegando a terra. (Sentido de terra firme, não recebe crase) 
 O marinheiro foi a terra. (Não há artigo com outras preposições.
 Ex.: O marinheiro viajou por terra). 
1.4.4. Casos de uso facultativo
a) Antes de pronome possessivo: 
 Exemplos:
 Levou a encomenda a sua (ou à sua) tia.
 Não fez menção a nossa empresa (ou à nossa empresa).
 Nesses casos, a crase evita a ambiguidade. 
b) Antes de nomes de mulheres: 
 Exemplos:
 Faremos uma visita a Joana (ou à Joana).
 Declarou-se a Joana (ou à Joana). 
Em geral, se a pessoa for íntima de quem fala, usa-se a crase; caso con-
trário, não. 
c) Com até: 
 Exemplo: 
 Os meninos foram até a praça. (ou até à praça)
82 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pratique
5. Escreva nos parênteses (C) para correto ou (E) para errado, considerando o 
emprego do sinal indicativo de crase, segundo a norma culta.
 ( ) À uma hora da madrugada, não se deve perturbar o sono alheio.
 ( ) Diga à ela que preciso da resposta ao convite.
 ( ) Cuidado, obras à 100 metros.
 ( ) Estou visando à promoção da minha vida.
 ( ) Essa foto agradou a minha mãe.
 ( ) Alertei à moça que o celular havia caído.
 ( ) O gerente saiu às pressas para uma reunião.
 ( ) O período de férias será de 2 à 30 de outubro. 
 ( ) Funcionaremos de segunda à sexta.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
Relembre
Caros estudante, vejam os pontos principais desa unidade.
Conceito de crase: fusão de dois “AA” (a + a), o primeiro é preposição; o se-
gundo, artigo.
Método prático para saber se há crase: troca-se a palavra do gênero 
feminino por uma masculina equivalente. Se aparecer “ao(s)”, é porque se deve 
usar a crase.
É proibido usar crase: quando a palavra à direita do “a” é substantivo 
masculino ou verbo ou pronomes ou existem palavras repetidas; quando o nome 
de lugar (cidade, estado, país) não admitir artigo “a”.
É obrigatório usar crase: nas locuções adverbiais femininas que indicam 
tempo (horas), lugar e modo; nas locuções prepositivas e nas conjuntivas.
Crase opcional (facultativa): antes de pronomes possessivos femininos, 
antes de nomes de mulher e depois da palavra “até”.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 83
Referências
ABAURRE, M. L. M; PONTARA, M. Gramática – texto: análise e construção de 
sentido. São Paulo: Moderna, 2006.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: 
Publifolha, 2008.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. São Paulo: Nova Fron-
teira, 2009.
ROCHA LIMA, C. H. Gramática normativa da língua portuguesa. 33. ed. Rio de 
Janeiro: José Olympio, 1996.
SAVIOLI, Francisco. P. Gramática em 44 lições. 13. ed. São Paulo: Ática, 1997.
Anotações
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84 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Anotações
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Comunicação oficial
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João Carlos Rodrigues da Silva
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer 
métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do pos-
suidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu 
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Coordenação pedagógica:
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EXPEDIENTE
Ficha Técnica
Autoria: João Carlos Rodrigues da Silva 
Designer instrucional:
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Projeto gráfico e diagramação:
Francisco Cleuson do Nascimento Alves
Capa:
Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Tratamento de imagens:
Diego Porto Nojosa
Autoria de leitura complementar
Giselly Bezerra Pereira
Isabela Oliveira Martins
Maria Antônia do Socorro Rabelo Araújo
Revisão Textual: Paola Fonseca Benevides
FICHA CATALOGRÁFICA
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA CENTRO UNIVERSITÁRIO
SILVA, João Carlos Rodrigues da. Comunicação oficial. / João Carlos Ro-
drigues da Silva. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2017. 
 
140 p. 
ISBN: 978-85-64026-38-4
1. Linguística. 2. Pontuação. 3. Gramática e Produção. 4. Gêneros Textuais. 
I. Centro Universitário Ateneu.
Seja bem-vindo!
Caro Estudante,
Este material didático foi produzido para você, que demonstra interesse 
pela linguagem, pelo uso da língua portuguesa, ferramenta importante no dia a 
dia, tanto na interação pessoal quanto na profissional dentro de uma empresa. 
Aliás, talvez a mais importante, pois é pela linguagem que você se situa no mundo, 
expressa suas ideias, vontades, desejos e constrói sua identidade.
Outro ponto importante a ser destacado é mais prático: você vai aprender 
as nuances das regras da norma culta, as quais são exigidas nas mais diferentes 
situações da vida social, como em questões de concursos e em entrevistas para 
emprego. Então, diante dos desafios do uso da própria língua, costuma-se dizer 
que a pessoa não sabe falar o português, quando, na realidade, ela domina e utili-
za apenas uma de suas variantes: a coloquial. 
O objetivo geral desta disciplina consiste em levar o estudante a aplicar 
adequadamente os múltiplos recursos disponibilizados pela língua na leitura, pro-
dução e oralização dos gêneros textuais afeitos às atividades do administrador, 
em dada situação comunicativa. Espera-se que você esteja apto a dizer que “sabe 
português” e, mais do que isso, que sabe empregar as variantes linguísticas nas 
distintas situações discursivas, variantes essas materializadas em textos e em 
gêneros textuais. Em outras palavras, espero que esta disciplina contribua para 
o aprimoramento da sua competência discursiva, que você esteja interessado e 
comprometido nessa empreitada. Além disso, consequentemente, possa contribuir 
também para o seu sucesso profissional e pessoal.
Sumário
UNIDADE 01
A LINGUÍSTICA E UM NOVO PONTO DE VISTA SOBRE O USO DA LÍNGUA ...............9
1. Linguística e gramática ..................................................................................................10
1.1. Linguística e gramática ontem e hoje .........................................................................11
1.2. Prescrição e uso cotidiano da língua ..........................................................................11
1.3. Fala e escrita ..............................................................................................................12
2. Variação linguística .......................................................................................................13
2.1. As variações linguísticas ............................................................................................14
2.2. Aspectos a serem considerados na elaboração de textos orais e escritos ................19
Referências .......................................................................................................................22
UNIDADE 02
CONVENÇÕES DA ESCRITA ..........................................................................................23
1. Pontuação .....................................................................................................................24
1.1. Considerações teóricas sobre os sinais de pontuação ..............................................24
1.2. O ponto final ...............................................................................................................24
1.3. O ponto e vírgula ........................................................................................................25
1.4. A vírgula .....................................................................................................................27
2. O Novo Acordo Ortográfico ...........................................................................................31
2.1. O que mudou: acentuação e uso do hífen .................................................................31
2.1.1. Mudanças no alfabeto .............................................................................................32
2.1.2. Trema ......................................................................................................................32
2.1.3. Mudanças nas regras de acentuação .....................................................................33
2.1.4. Uso do hífen ............................................................................................................36
2.2. Orientações ortográficas ............................................................................................39
2.2.1. Uso de S e Z ............................................................................................................39
2.2.2 Uso de J e G ............................................................................................................412.2.3. Uso de X e CH .........................................................................................................42
2.2.4. Substantivos grafados com Ç, SS ou S derivados de verbos .................................43
2.2.5. Uso de E e de I em terminações verbais ................................................................44
2.2.6. Palavras homônimas e parônimas ..........................................................................44
2.2.7. Uso e grafia dos porquês ........................................................................................46
Referências .......................................................................................................................47
UNIDADE 03
GRAMÁTICA E PRODUÇÃO TEXTUAL ...........................................................................49
1. Concordância verbal e nominal: usos mais frequentes .................................................50
1.1. Concordância verbal ...................................................................................................50
1.1.1. Outros casos de concordância verbal .....................................................................54
1.2. Concordância nominal ................................................................................................57
1.2.1. Adjetivo referente a vários substantivos ..................................................................58
1.3. Regência nominal e verbal: usos mais frequentes .....................................................62
1.3.1. Regência nominal ...................................................................................................63
1.3.2. Regência verbal e significação dos verbos .............................................................64
1.3.3. Complementos comuns a mais de um verbo ..........................................................65
1.3.4. Regência de alguns verbos .....................................................................................65
1.3.5. Verbos indicativos de movimento x verbos de permanência ..................................72
1.4. Emprego do sinal indicativo de crase .........................................................................74
1.4.1. Uso obrigatório da crase .........................................................................................76
1.4.2. Não há uso de crase ...............................................................................................77
1.4.3. Casos especiais de uso da crase ............................................................................80
1.4.4. Casos de uso facultativo .........................................................................................81
Referências .......................................................................................................................83
UNIDADE 04
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
1. Tipos e gêneros textuais ...............................................................................................86
1.1. A diversidade de gêneros ...........................................................................................87
1.2. Sequências textuais: narração, descrição, exposição, argumentação e injunção .....88
1.2.1. Narrativa ..................................................................................................................89
1.2.2. Descritiva .................................................................................................................90
1.2.3. Expositiva ................................................................................................................90
1.2.4. Argumentativa .........................................................................................................91
1.2.5. Injuntiva ...................................................................................................................91
1.3. Gêneros e funções: apelativo, informativo, expressivo, 
 poético, metalinguístico e fático ................................................................................92
1.3.1. Função referencial ou denotativa ............................................................................93
1.3.2. Função emotiva ou expressiva ................................................................................94
1.3.3. Função apelativa ou conativa ..................................................................................94
1.3.4. Função poética ........................................................................................................94
1.3.5. Função fática ...........................................................................................................94
1.3.6. Função metalinguística ............................................................................................95
2. Gêneros oficiais e comerciais ........................................................................................95
2.1. Critérios de distinção entre gêneros oficiais e comerciais ..........................................97
2.2. Os gêneros oficiais no Manual de Redação da Presidência da República ................98
2.3. Os gêneros empregados na indústria e no comércio ...............................................106
2.3.1. Memorando circular ...............................................................................................106
2.3.2. Ofício .....................................................................................................................107
2.3.3. Carta comercial .....................................................................................................110
2.3.4. Ata .........................................................................................................................112
2.3.5. E-mail ....................................................................................................................113
2.3.6. Curriculum Vitae ....................................................................................................114
2.3.7. Requerimento ........................................................................................................116
2.3.8. Declaração ............................................................................................................116
Referências .....................................................................................................................118
MATERIAL COMPLEMENTAR:
A Contribuição da Comunicação Interna na Motivação dos Colaboradores: 
um Estudo de Caso na Empresa Porto Freire Engenharia .............................................119
COMUNICAÇÃO OFICIAL 85
Uni
PRODUZINDO OS GÊNEROS TEXTUAIS DA ESFERA ADMINISTRATIVA
Todos os dias, você se comunica inúmeras vezes, seja falando ou escre-
vendo, nas mais diversas ocasiões e com as mais diversas pessoas. Esse fato é 
tão corriqueiro que você não pensa nos inúmeros gêneros textuais que estão à sua 
disposição e que permitem suas práticas discursivas diárias. Só para você ter uma 
breve ideia, você verá alguns gêneros do discurso com os quais você trava contato 
diariamente: outdoor, anúncio, notícia (falada e escrita), conversa telefônica, reca-
do, cartaz, faixa, folder e panfleto. Já tinha pensado nisso? E olhe que não somos 
profissionais da comunicação, como os jornalistas, por exemplo.
É justamente sobre essa constelação de gêneros textuais que você pode 
observar e utilizar cotidianamente a seguir. Seu foco, entretanto, deverá ser nos 
gêneros relativos à esfera administrativa, tanto a pública quanto a particular (priva-
da). Siga a viagem através do mundo dos gêneros do discurso.
Objetivos de aprendizagem
• Identificar, em diferentes gêneros, os diferentes modos de organização discursiva;
• Diferenciar tipo textual de gênero textual, aplicando-os na produção de textos;
• Compreender as características específicas de cada modo de organização e 
suas funções discursivas em diferentes gêneros;
• Reconhecer gêneros e funções: o apelativo,o informativo, o expressivo, o poé-
tico, o metalinguístico e o fático;
• Produzir os gêneros oficiais e comerciais.
86 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
Nas práticas sociais da sociedade ocidental, os falantes/ouvintes desen-
volveram a competência socioedutativa, que os leva a diferenciar determinados 
gêneros. Por exemplo, qualquer um é capaz de saber, intuitivamente, se o que está 
ouvido ou lendo é uma piada, um poema, uma receita ou uma conversa telefônica. 
A competência textual do falante permite, ainda, saber se, nesse texto, predominam 
sequências de natureza dissertativa, narrativa, descritiva ou expositiva, etc. Isso 
só é possível por causa da diversidade de gêneros existentes e postos à sua 
disposição (KOCH, 2002). 
O estudo dos gêneros do discurso não é novo. Os gregos foram os primeiros 
a tratar deles. Para Aristóteles, que analisou a fundo os gêneros do discurso, três 
elementos compõem o discurso: (a) aquele que fala; (b) aquilo sobre o que se 
fala e (c) aquele a quem se fala, os quais estão associados às principais praticais 
sociais daquele tempo. Veja a síntese da teoria aristotélica para os gêneros do 
discurso, chamados por ele de judiciário, deliberativo e epidítico.
Quadro 1 – Os gêneros do discurso segundo Aristóteles
GÊNERO AUDITÓRIO TEMPO ATO (OBJETIVO) VALORES
ARGUMENTO 
TÍPICO
Judiciário Juízes Passado (fatos a julgar)
Acusar; 
Defender Justo; Injusto
Entimema 
(dedutivo)
Deliberativo Assembleia Futuro Aconselhar; Desaconselhar Útil; Nocivo
Exemplo 
(indutivo)
Epidítico Espectador Presente Louvar; Censurar Nobre; Vil Amplificação
Fonte: Produzido pelo autor.
Como se vê, Aristóteles já percebia que os gêneros do discurso não po-
dem ser tratados independentemente de sua realidade social e de sua relação com 
as atividades humanas. Eles não subsistem isolados nem alheios um ao outro, pois 
são formas constitutivas do texto em funcionamento. Todos os gêneros têm uma 
forma e uma função, bem como um estilo e um conteúdo, mas sua determina-
ção se dá, basicamente, pela função e não pela forma. Você não deve, portanto, 
conceber os gêneros como modelos estanques nem como estruturas rígidas, mas 
como formas culturais e cognitivas de ação social. 
COMUNICAÇÃO OFICIAL 87
Mas por que existem tantos gêneros textuais? É o que você verá na pró-
xima seção.
1.1. A diversidade de gêneros
Mikail Bakhtin, estudioso dos gêneros do discurso, afirma que todas as 
esferas de atividade humana estão relacionadas com a utilização da língua nas 
práticas sociais, em esferas ou instâncias de produção discursiva ou de atividade 
humana. Não são textos nem discursos, mas propiciam o surgimento de discur-
sos bastante específicos: discurso jurídico, discurso jornalístico, discurso religioso, 
discurso político, etc. Assim sendo, não é surpresa a natureza e o modo de utili-
zação da língua serem tão diversificados quanto às próprias esferas da atividade 
humana, ou seja, cada grupo de atividade, de profissão e de profissionais, tem 
seus gêneros característicos. O gênero textual, então, vai refletir as condições 
específicas e as finalidades de cada uma das esferas de atividade profissional, 
tanto no que se refere ao conteúdo temático quanto ao estilo verbal e à seleção dos 
recursos linguísticos disponíveis (recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais), e 
ainda quanto à construção composicional.
Fique atento
Nos termos de Bakhtin (2000), portanto, os gêneros em geral podem ser 
assim caracterizados:
• são tipos relativamente estáveis de enunciados que circulam em cada esfera 
de atividade humana;
• apresentam uma estrutura composicional, um conteúdo e um estilo próprios;
• são entidades discursivas escolhidas tendo em vista o domínio discursivo, os 
participantes e a intenção do falante/produtor de texto. 
Então, há tantos gêneros quanto forem as esferas de atividade humana;
dentro de cada uma, por sua vez, existem inúmeros gêneros à disposição dos usuá-
rios da língua. Para finalizar, lembre que os gêneros chegam até você engajados em 
um suporte. Chama-se suporte de um gênero o local físico ou virtual com formato 
específico que serve de base ou ambiente de fixação do gênero materializado como 
texto. O suporte de um panfleto é o papel; do e-mail, é a tela do computador ou do 
smartphone; do telejornal, a tela da TV; e assim por diante.
88 COMUNICAÇÃO OFICIAL
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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1.2. Sequências textuais: narração, descrição, exposição, 
 argumentação e injunção
Faz-se muita confusão em torno da distinção entre gênero, texto, sequência 
textual e tipo textual. Você já viu o que é gênero, sabe que o texto oral ou escrito 
materializa um gênero também oral ou escrito e que gênero textual se refere aos 
textos materializados em situações comunicativas recorrentes. Você encontra os 
gêneros em sua vida diária e sabe que apresentam padrões sócio-comunicativos 
característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e 
estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, insti-
tucionais e técnicas (MARCUSCHI, 2005). 
Mas há realmente distinção entre tipo textual e sequência textual. Veja que 
não é bem uma diferença. Acompanhe.
Tipo textual designa, segundo Marcuschi (2005), uma espécie de sequência 
retórica definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, 
sintáticos, tempos verbais, relações lógicas, estilo). O tipo caracteriza-se muito 
mais como sequências linguísticas (sequenciação de enunciados, um modo re-
tórico) do que como textos materializados; a rigor, são modos textuais. Tipos 
textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias chamadas também de sequ-
ências textuais: narração, argumentação, exposição, descrição, injunção. 
COMUNICAÇÃO OFICIAL 89
Tais sequências podem ocorrer juntas em um mesmo texto ou em um mes-
mo gênero, com predomínio maior ou menor de uma ou de outra. Por exemplo, 
em uma ata de reunião de condomínio ou de empresa, predomina a sequência 
narrativa, porque, como você verá, esta se caracteriza pela exposição de fatos 
decorridos com personagens, em um dado ambiente e no decorrer de certo tempo. 
Ainda na ata, ocorre, em segundo plano, a sequência descritiva. Veja o esquema 
das características dos tipos textuais (o mesmo que sequências textuais):
Figura 01: Tipos textuais.
 Fonte: Marcuschi (2005). 
Veja agora a conceituação de cada uma das sequências textuais:
1.2.1. Narrativa
Sequência que conta ações ocorridas ou em desenvolvimento. Apresenta 
verbos nos tempos do pretérito (verbos do mundo narrado, do passado), abrangen-
do determinados personagens inseridos em dado espaço real ou virtual. Uma típi-
ca sequência narrativa completa pode ser descrita a partir de cinco elementos, que 
são: situação inicial, complicação (ou conflito), desenvolvimento (ações e reações), 
clímax e situação final (ou desfecho). Veja o exemplo de ocorrência de sequência 
narrativa em uma ata da Faculdade Ateneu (adaptada):
90 COMUNICAÇÃO OFICIAL
FACULDADE ATENEU – ATA DE REUNIÃO DE COLEGIADO
Aos vinte dias do mês de outubro de dois mil e doze, às nove horas e quinze minutos, 
na sala D1 da Unidade Messejana, reuniram-se os seguintes coordenadores e professores do 
Curso de Ciências Contábeis: José da Silva, João da Silva, Joaquim da Silva,Manoel da Silva, 
Maria da Silva e Joana da Silva. No horário supracitado, o professor José da Silva começou a 
reunião dando as boas vindas e anunciado a pauta, constituída de dois momentos: o primeiro, a 
análise geral dos cursos, com críticas e sugestões, e a segunda, discussão sobre a preparação 
para o ENADE. Disse ainda que o que fosse dito na reunião deveria ser em prol do curso e o que 
de bom fosse decidido seria implantado e eventualmente outras sugestões seriam levadas para 
a Direção da FATE.
1.2.2. Descritiva
A sequência descritiva apresenta uma exposição de diversos aspectos que 
configuram o objeto sobre o qual incide a descrição. Por intermédio dela, o pro-
dutor de texto pode dar detalhes a respeito do ambiente, dos personagens, das 
ações, etc. As sequências textuais descritivas surgem comumente articuladas com 
sequências textuais de outros tipos, notadamente com a narrativa. 
A reforma do antigo prédio ficou pronta em tempo recorde. Sua antiga fachada escura em 
estilo neoclássico foi restaurada e pintada com cores mais alegres. As antigas portas de madeira 
de lei, grandes e maciças, receberam tratamento antifungos e anticupim, e foram envernizadas. 
Agora brilham, chamando a atenção de quem passa na calçada, que, aliás, foi lavada e retocada 
em toda a sua extensão.
1.2.3. Expositiva
Exposição sintética pelo processo de composição. Um sujeito e um predica-
do (no presente) e um complemento com um grupo nominal. Enunciado de identi-
ficação de fenômenos. Leia o exemplo de um trecho do livro Filosofia e educação: 
aproximações e convergências, que apresenta principalmente essa sequência:
Os ensaios reunidos neste volume estão assentados, precisa-
mente, nesta perspectiva dialógica e convergente entre Filosofia e 
Educação. Objetivam, desse modo, servir aos intelectuais que se 
dedicam aos dois campos do saber, porque são filósofos-educado-
res ou educadores-filósofos. Destinam-se, ainda, aos estudantes 
de Filosofia e de Educação que, no esforço rigoroso e específico de 
suas áreas de investigação, sentem a necessidade de compreen-
COMUNICAÇÃO OFICIAL 91
der sempre mais as interconexões entre o amor ao saber e a dedi-
cação em educar. Não se trata de uma obra que encerra todas as 
questões nem que apresenta uma visão exaustiva de toda a história 
do pensamento filosófico em suas relações com o saber pedagógi-
co. Mesmo assim, tem-se aqui uma abordagem bastante ampla de 
toda a filosofia, dos filósofos pré-socráticos aos pensadores atuais, 
em 22 diferentes perspectivas (OLIVEIRA, 2012).
1.2.4. Argumentativa
A sequência argumentativa é constituída basicamente de enunciados que 
têm como objetivo sustentar um ponto de vista ou se contrapor a ele. Ao utilizar-se 
dessa sequência, o usuário da língua busca basicamente convencer o interlocu-
tor, o auditório. O esquema típico de uma sequência argumentativa é composto 
por três elementos básicos: os dados (premissas), o escoramento de inferências 
(raciocínio, justificativas) e a conclusão. Em outras palavras: tese + argumentos + 
conclusão. Quanto ao aspecto gramatical, vale dizer que os verbos se apresentam 
principalmente no presente do indicativo (tempos do mundo comentado).
As distorções de nosso mercado de trabalho são colossais. Os ex-
cessivos encargos previdenciários e a obsoleta legislação traba-
lhista já são responsáveis pela exclusão econômica e social de 50 
milhões de brasileiros, expulsos dos mercados formais de trabalho 
por impostos que impedem o maior uso da mão de obra. A enor-
me cunha fiscal aumenta o custo do trabalho para as empresas, 
derruba o salário dos trabalhadores e exclui dos mercados formais 
exatamente os mais desfavorecidos. Eles se tornam prisioneiros da 
armadilha da baixa produtividade, privados dos investimentos em 
máquinas e equipamentos que aumentam continuamente os salá-
rios na economia formal (Época, nº 559, 02 Fev 09, p. 59).
1.2.5. Injuntiva
Essa sequência se caracteriza por apresentar verbos no modo impera-
tivo. Isso significa que o usuário da língua tem por objetivo básico incitar o outro 
à ação ou instruí-lo, por intermédio de ordem, conselho, convite ou sugestão. Às 
vezes, você pode modalizar (suavizar) a ordem usando expressões do tipo “é bom 
que”, “seria necessário que”, “pode ser que” entre outras. Essa sequência é muito 
frequente em manuais de instrução, receitas e ordens. Em A pedagogia antes da 
pedagogia, veja um caso em que a ordem está modalizada, suavizada.
92 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Hoje o filósofo, ou talvez fosse melhor se contentar em dizer o 
professor de filosofia, não pode retomar exatamente o modelo da 
filosofia antiga. Hoje parece impossível fazer de uma universida-
de uma comunidade pedagógica no sentido filosófico do termo, na 
qual mestres e discípulos vivem juntos experiências em comum 
num comum ideal. Mas, hoje, o discurso do professor de filosofia 
ainda pode se apresentar sob uma forma tal que o estudante possa 
percorrer um caminho de amadurecimento intelectual e espiritual e 
transformar-se interiormente (BOTTER, 2012, p. 26).
1.3. Gêneros e funções: apelativo, informativo, 
 expressivo, poético, metalinguístico e fático
Você já viu as características dos gêneros textuais e das sequências 
textuais que ocorrem nesses gêneros. Agora você analisará esses gêneros sob a 
perspectiva da teoria da comunicação, caracterizando os elementos da comunica-
ção e as funções da linguagem. A teoria da comunicação é um modelo que explica 
a comunicação verbal entre dois interlocutores. Seu objetivo principal é demonstrar 
que a comunicação humana se estrutura a partir de alguns elementos com finali-
dades específicas. A base dessa teoria está na identificação dos elementos, num 
total de seis. Veja o conhecido esquema da comunicação:
Figura 02: Esquema da comunicação de R. Jakobson
EMISSOR
REFERENTE
(CONTEXTO)
CANAL
MENSAGEM
CÓDIGO
RECEPTOR
 Fonte: Produzido pelo autor. 
No esquema anterior, você vê os participantes do ato de comunicação:
• O emissor: também conhecido por remetente e locutor, é aquele que envia 
determinada mensagem para outro, utilizando-se de um canal. O emissor pode 
ser um indivíduo, um grupo de indivíduos, uma empresa, etc.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 93
• O receptor: também conhecido por destinatário ou locutário, é aquele que 
recebe, decodifi ca e entende a mensagem que lhe chegou do emissor por 
intermédio de um dado canal. Igualmente ao emissor, o receptor pode ser um 
indivíduo, um grupo de indivíduos, uma empresa, etc.
• A mensagem: constitui-se no conjunto de informações, de enunciados, utiliza-
dos pelo emissor produzidos pela seleção e combinação de signos linguísticos 
de uma dada língua. Tem sempre um objetivo.
• O código: é o sistema utilizado pelos falantes para transmitir a mensagem. 
Pode ser entendido como um conjunto de signos linguísticos convencionais que 
se agrupam segundo as regras da língua, chamada de gramática. No seu caso, 
você utiliza o código chamado língua portuguesa.
• O contexto: trata-se do referente ou conteúdo a que a mensagem se refere. 
É o assunto.
Fique atento
Como se vê, qualquer que seja a mensagem, há sempre um objetivo pre-
dominante, que pode ser a expressão de emoções, sentimentos, a transmissão de 
notícias, de informações ou simplesmente o estabelecimento do contato. A isso 
associam-se as funções da linguagem, que são o conjunto de finalidades comuni-
cativas estabelecidas por intermédio dos enunciados da língua. 
Veja agora as funções da linguagem, já que se falou nelas:
1.3.1. Função referencial ou denotativa
Nos textos em que predomina essa função, você tem a ênfase no contexto, 
no referencial. O objetivo atrelado a essa função é transmitir informação sobre 
a realidade ou sobre um elemento a ser designado. Os verbos estão preferencial-
mente nos tempos do presente e na terceira pessoa. Reportagens, artigos, enfim, 
texto de natureza científica e dissertativa (textos de linguagem denotativa) tendem 
a apresentar a função referencial como predominante.94 COMUNICAÇÃO OFICIAL
1.3.2. Função emotiva ou expressiva
Nos textos em que predomina essa função, você tem a ênfase na expres-
são de emoções, sentimentos, atitudes e estados de espírito do emissor da 
mensagem. Aqui, os verbos podem se encontrar em qualquer tempo, mas, em 
geral, os pronomes de primeira pessoa são mais empregados (eu, nós). Memórias, 
depoimentos pessoais, opiniões pessoais e autobiografias são os textos típicos 
nos quais se encontra o predomínio da função emotiva.
1.3.3. Função apelativa ou conativa
Nos textos em que predomina essa função, você tem a ênfase no recep-
tor ou destinatário, com o objetivo principal de convencer, de persuadir o ou-
tro, influenciando seu comportamento. Vale lembrar que o receptor pode ser uma 
pessoa, um grupo de pessoas e até uma nação inteira. O uso do vocativo, de 
formas verbais no imperativo e dos pronomes de segunda pessoa (tu e você) são 
exemplos das marcas linguísticas presentes nos textos em que predominam essa 
função. Textos de propaganda são exemplos típicos do predomínio dessa função.
1.3.4. Função poética
Nos textos em que predomina essa função, você tem a ênfase na elabo-
ração da própria mensagem. O objetivo consiste em chamar a atenção para 
a própria mensagem, uma vez que sempre há um trabalho de elaboração, no 
que se refere à maior liberdade no uso das palavras, exploradas no seu aspecto 
conotativo, pois produz efeitos de sentido inusitados que chamam a atenção do 
receptor. É nos poemas que essa função mais se manifesta, mas também pode 
ocorrer em jogos de linguagem presentes, por exemplo, nas propagandas.
1.3.5. Função fática
Não há propriamente textos em que predominem a função fática, pois o ob-
jetivo principal dessa função consiste em estabelecer e manter a comunicação 
entre emissor e receptor, ou seja, manter o canal aberto. As expressões que 
você usa para iniciar uma conversa (olá, oi, tudo bem, como vai você? Como é 
que ta a vida?), um diálogo, são exemplos típicos da função fática.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 95
1.3.6. Função metalinguística
Nos textos em que predomina essa função, você tem a ênfase no ato de 
falar sobre a própria linguagem, ou seja, o usuário toma o próprio código de co-
municação como assunto de seu discurso. O objetivo consiste em esclarecer ou 
explicação o próprio código. É muito comum quando se vai explicar o significado de 
uma palavra. Graças à essa função, você pode elaborar os dicionários, conceituar 
as classes de palavras, formular, enfim, as regras da língua.
Memorize
Você se comunica utilizando os gêneros textuais, os quais fazem parte das 
suas práticas sociais da vida cotidiana. Por isso é que se diz que os gêneros estão 
associados às esferas de atividade da vida humana.
Os gêneros apresentam um conteúdo temático, uma estrutura composicional 
e um estilo.
Em cada gênero, é possível identificar uma ou mais sequência textual: nar-
rativa, descritiva, expositiva, argumentativa e injuntiva.
Também é possível identificar, na comunicação humana, os elementos que 
a compõem: emissor, receptor, código, canal, mensagem, referente.
A esses elementos estão associadas as funções da linguagem: função 
emotiva ou expressiva (ênfase no emissor); função apelativa ou conativa (ênfase 
no receptor); função fática (ênfase no canal); função metalinguística (ênfase no 
código); função poética (ênfase na mensagem). 
2. GÊNEROS OFICIAIS E COMERCIAIS
Você acompanhou até agora a caracterização dos gêneros textuais, dos 
elementos da comunicação e das funções da linguagem. Nas próximas se-
ções, você entrará em detalhes a respeito dos gêneros textuais relacionados à 
esfera de atividade administrativa, seja pública seja privada. Para distinguir as 
duas esferas, você pode chamar de gêneros oficiais (relacionados a atos adminis-
trativos), aqueles relativos à administração pública federal, estadual e municipal; e 
de gêneros comerciais, aqueles relativos à administração das empresas privadas. 
Dentre os gêneros, destacam-se o ofício, o memorando, o e-mail corporativo, a ata 
de reunião, o relatório, o requerimento etc.
96 COMUNICAÇÃO OFICIAL
??
Curiosidade
Mas quais as principais características da moderna comunicação empresarial?
A resposta é bem simples: de acordo com Gold (2010), os textos na moderna 
comunicação empresarial devem ser objetivos, claros, coerentes, concisos, corretos 
e adequados à finalidade discursiva.
A objetividade é alcançada na medida em que o emissor dá prioridade às 
ideias principais, às ideias relevantes, importantes, retirando do texto tudo o que 
for supérfluo. Adjetivos demais, por exemplo, é um indício de exagero que deve 
ser cortado.
A clareza é alcançada na medida em que o emissor usa frases curtas e 
as organiza na ordem direta, empregando um vocabulário adequado para que o 
receptor possa compreendê-lo. Parágrafos longos e mal pontuados, frases longas 
e com inversões, ambiguidades e vocabulário muito técnico ou muito erudito em 
nada colaboram para a clareza.
A coerência é alcançada na medida em que o emissor estabelece adequa-
damente as conexões entre as partes do texto, utilizando bem os elementos de 
coesão: pronomes, advérbios e conjunções, por exemplo. Além disso, o bom 
redator deve ficar atento ao encadeamento lógico do texto, o que se faz principal-
mente pelas relações de tempo, espaço, causa-consequência, enumeração, etc.
A concisão é obtida por intermédio da precisão na informação, empregan-
do o mínimo de palavras com a maior exatidão possível. Assim, o emissor deve 
focar nas informações que são realmente relevantes e não ficar repetindo as mes-
mas informações várias vezes no texto.
A correção é conseguida na medida em que o emissor domina as regras 
gramaticais e aplica-as na produção do texto. As falhas de ortografia, acentua-
ção, pontuação, concordância e regência, por exemplo, saltam aos olhos do re-
ceptor do texto e depõem contra a empresa que enviou o documento e contra 
quem o redigiu. Lembre-se: a escrita não se apaga; uma vez assinado e enviado o 
documento, não há como voltar atrás.
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• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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A adequação à finalidade discursiva exige que o emissor leve em conta o 
destinatário da mensagem e o assunto a ser tratado. Em casos mais formais, não 
é aconselhável enviar um simples e-mail ou um recado. Se a empresa necessitar 
do patrocínio da prefeitura para algum evento, por exemplo, o adequado é enviar 
um ofício ao órgão competente e não um e-mail informal. Da mesma forma, um 
bilhete colado no quadro de avisos não é o gênero discursivo adequado para os 
funcionários exigirem melhorias nas condições de trabalho. Um abaixo-assinado 
seria mais adequado.
Fique atento
A correspondência empresarial é mais do que uma forma de comunicação. 
É também um instrumento de marketing, pois leva consigo a imagem da empresa 
perante o público e perante o destinatário.
2.1. Critérios de distinção entre gêneros oficiais e comerciais
Os gêneros oficiais e comerciais distinguem basicamente por três crité-
rios: o contexto de circulação, a formatação e o estilo.
98 COMUNICAÇÃO OFICIAL
O contexto de circulação é o ambiente físico, o local, onde circulam os 
documentos. Um documento oficial (aquele da esfera pública federal, estadual ou 
municipal) circula entre os órgãos de cada administração: ministérios, secretarias,autarquias, fundações, gabinetes, etc.
Memorize
A formatação consiste na distribuição das partes que compõem o documento 
escrito ao longo da folha de papel, configurando-se as margens e espaçamentos dos 
parágrafos de acordo com as regras da ABNT, da ISO ou do Manual de Redação da 
Presidência da República (ou outro documento que venha a normatizar a escrita).
O estilo, por sua vez, consiste na adequada escolha das palavras, expres-
sões e estrutura frasal utilizadas para constituir a mensagem. Por exemplo, fórmu-
las de tratamento, de abertura e de fechamento de documentos podem ser muito 
usadas nos documentos oficiais e não o serem nos documentos que circulam na 
iniciativa privada.
2.2. Os gêneros oficiais no Manual de Redação da 
 Presidência da República
O Manual de Redação da Presidência da República é uma obra publi-
cada pela própria Presidência da República, e um de seus objetivos consiste em 
“uniformizar e simplificar as normas de redação de atos e comunicações 
oficiais” (BRASIL, 2002, p. VIII). Outro importante objetivo é contribuir para a 
consolidação de uma cultura administrativa de “profissionalização dos servidores 
públicos e de respeito aos princípios constitucionais da legalidade, impessoalida-
de, moralidade, publicidade e eficiência, com a consequente melhoria dos serviços 
prestados à sociedade” (id. ib.).
??
Curiosidade
Mas por que você deve saber um pouco mais a respeito dos gêneros oficiais do 
referido Manual?
COMUNICAÇÃO OFICIAL 99
A resposta é simples. Na vida cotidiana de uma empresa, é bastante provável 
que você tenha contato com documentos oriundos do setor público. Sua empresa 
pode, por exemplo, participar de uma licitação e vencê-la, e você necessitará produzir 
certos documentos no modelo público.
Além disso, nos concursos públicos, há questões que abordam os documen-
tos da chamada redação oficial, as quais se baseiam justamente no conteúdo do 
Manual. Sabendo disso agora, você já está um passo à frente de quem desconhece 
essa obra, por isso a importância de conhecermos um pouco mais a redação oficial. 
Comece pelo mais comum dos documentos públicos: o ofício, já conhecido nosso. 
Veja a reprodução de ofício circular produzido pela Previdência Social para divulgar 
um concurso de redações:
100 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Observe nele todas as características descritas no Manual de Redação 
da Presidência da República, a saber:
• logotipo da Previdência (e nesse caso também uma marca alusiva aos seus 90 anos);
• Número do ofício alinhado à esquerda, seguido da indicação de origem;
• Local e data abaixo do número do ofício, alinhados à direita;
• Destinatário (nesse caso o destinatário e genérico – diretor(a) de escola);
• Vocativo formal, com entrada de parágrafo de 5,0 da margem esquerda;
• Parágrafos numerados (exceto o primeiro);
• Despedida (parágrafo de número 4);
• Fecho (centralizado); e
• Assinatura e cargo (também centralizados).
Observe, ainda, no rodapé do ofício o endereço da Previdência.
Fique atento
O Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para 
todas as modalidades de comunicação oficial:
• Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:
 Respeitosamente,
• Para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:
 Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades 
estrangeiras, que atendem a rito etradição próprios, devidamente disciplinados no 
Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores (BRASIL, 2002, p. 11).
No que se refere à diagramação, o manual de Redação da Presidência da 
República estabelece o seguinte:
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de 
apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 
11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
COMUNICAÇÃO OFICIAL 101
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Romanpoder-se-á utilizar as 
fontes Symbole Wingdings;
c) é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as 
faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita terão as distâncias 
invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);
e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada 
parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma 
linha em branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, 
sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que 
afete a elegância e a sobriedade do documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão 
colorida deve ser usada apenas para gráfi cos e ilustrações;
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel 
de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos docu-
mentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de 
texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para 
casos análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da se-
guinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chaves 
do conteúdo. Exemplo: “Of. 123 – relatório produtividade ano 2002”. (BRASIL, 
2002, p. 11-12).
Fique atento
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênti-
cas. A única diferença é esta: o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de 
Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido 
para e pelas demais autoridades. 
102 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Veja um exemplo de aviso com indicação dos espaçamentos (BRASIL, 
2002, p. 16):
 Aviso nº 45/SCT-PR
 Brasília, 27 de fevereiro de 1991.
 
 A Sua Excelência o Senhor
 [Nome e cargo]
 Assunto: Seminário sobre uso de energia no setor público.
Senhor Ministro,
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Pri-
meiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser 
realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de Ad-
ministração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul, nesta capital.
O Semiário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacio-
nal das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgão Público, instituido 
pelo Decreto nº 1C 99.656 de 26 de outubro de 1990.
 Atenciosamente,
 [nome do signatário]
 [cargo do signatário]
5 cm
3,0 cm
2,5 cm
1,5
 cm
A administração pública trabalha bastante com memorando. Esse tipo 
de documento é a modalidade de comunicação utilizada entre unidades adminis-
trativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível 
ou em níveis diferentes. É, portanto, uma forma de comunicação eminentemente 
interna. Sua principal característica é a agilidade e sua tramitação deve primar 
pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Os despachos, 
por exemplo, devem ser dados no próprio documento e, se faltar espaço, em folha 
de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo sim-
plificado, assegurando maior transparência na tomada de decisões e permitindo 
que se perceba o andamento da matéria tratada no memorando.COMUNICAÇÃO OFICIAL 103
Memorize
Quanto à forma e à estrutura, o memorando segue o modelo do padrão 
ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo 
que ocupa (BRASIL, 2002).
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos 
Observe um exemplo de memorando (BRASIL, 2002, p. 18):
 Mem. 118/DJ.
 Em 12 de abril de 1991.
 Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
 Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores.
1. Nos termos do Plano Geral de Informação, solicito a Vossa Senho-
ria verifi car a possibilidade do que sejam instalados três microcomputadores neste 
Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que 
o idela seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. 
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processoador de textos, e 
outro gerenciador de banco de dados.
3. o treinamento de pessoal para operação dos micros poderia fi car 
a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefi a já 
manifestos sem acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fi m, que a informatização dos trabalhos deste 
Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretu-
do, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.
 Atenciosamente,
 [nome do signatário]
 [cargo do signatário]
(297 x210 mm)
5 cm
3,0 cm
2,5 cm
1,5
 cm
104 COMUNICAÇÃO OFICIAL
@
CO
NE
CT
E-S
E
• Anote suas ideias e dúvidas para ampliar sua discussão na sala virtual, no fórum tira-dúvidas.
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_________________________________________________________________________
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Por fim, vale ressaltar as indicações de emprego dos pronomes de trata-
mento preconizadas pelo Manual (BRASIL, 2002, p. 9-10).
I. Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
a) do Poder Executivo:
• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República;
• Ministros de Estado4;
• Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
• Ofi ciais-Generais das Forças Armadas;
• Embaixadores;
• Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de 
natureza especial;
• Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
• Prefeitos Municipais.
b) do Poder Legislativo:
• Deputados Federais e Senadores;
• Ministros do Tribunal de Contas da União;
COMUNICAÇÃO OFICIAL 105
• Deputados Estaduais e Distritais;
• Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;
• Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
c) do Poder Judiciário:
• Ministros dos Tribunais Superiores;
• Membros de Tribunais;
• Juízes;
• Auditores da Justiça Militar.
Fique atento
O Manual preconiza que, em comunicações oficiais, está abolido o uso do 
tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade 
é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua 
repetida evocação. 
II. Excelentíssimo Senhor: esse vocativo é empregado em comunicações dirigidas 
aos chefes de Poder seguido do cargo respectivo.
Exemplos:
 • Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
 • Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
 • Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do 
cargo respectivo:
 Exemplos:
 • Senhor Senador,
 • Senhor Juiz,
 • Senhor Ministro,
 • Senhor Governador,
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades 
tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:
106 COMUNICAÇÃO OFICIAL
 • A Sua Excelência o Senhor
 • Fulano de Tal
 • Ministro de Estado da Justiça
 • 70064-900 – Brasília. DF
Fique atento
Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades 
que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o 
uso do pronome de tratamento Senhor. 
Link para WEB
Como se vê o Manual de Redação traz essas e outras importantes regras 
para que se consiga escrever com clareza, precisão, correção e presteza. Acesse 
o manual completo no seguinte link:
<http://goo.gl/864y4s>. 
2.3. Os gêneros empregados na indústria e no comércio
A seguir, você verá a conceituação, caracterização e exemplificação de 
alguns gêneros muito utilizados na esfera administrativa privada, isto é, aqueles 
gêneros que circulam no dia a dia das empresas.
2.3.1. Memorando circular
Documento, semelhante a um oficio na estrutura, redigido para vários 
destinatários, com a finalidade de divulgar uma ordem ou procedimento a ser ado-
tados por todos na empresa. Veja a estrutura segundo o padrão moderno de 
formatação (elementos alinhados à esquerda e justificados).
COMUNICAÇÃO OFICIAL 107
Logo da empresa
Memo nº ____/ Origem 
Local e data
Do(a):
Para:
Assunto:
Texto textotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotexto-
textotextotextotextotextotextototextotextotextotextotextotexto.
Texto extotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotexto-
textotextotextotextotexto.
Fecho,
Nome do signatário
Função
2.3.2. Ofício
Chama-se ofício a correspondência oficial, enviada geralmente para 
funcionários ou autoridades públicas ou também um particular. É o tipo mais 
comum de correspondência oficial expedido por órgãos públicos. Na adminis-
tração privada, é utilizado na maioria das vezes para comunicação formal com 
órgãos públicos. Mantém o padrão moderno de formatação: sem entrada de 
parágrafos, ou seja, elementos alinhados à esquerda e justificados. Apresenta 
as seguintes partes, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da 
República (BRASIL, 2002, p. 11-12):
108 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pratique
1. Redija um MEMORANDO, no padrão moderno, considerando as seguintes 
informações:
 • Emissor: Gerente de Marketing
 • Receptor: Gerente Geral
 • Assunto: Campanha publicitária de final de ano
 Conteúdo básico: informar sobre como será realizada a campanha publicitária de 
final de ano e sugerir data e hora para a reunião de apresentação do planejamento 
e da execução da campanha.
 a) Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede 
 b) Local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
 c) Assunto: resumo do teor do documento
 d) Destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. 
No caso do ofício deve ser incluído também o endereço.
 e) Texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, 
o expediente deve conter a seguinte estrutura:
 – introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresen-
tado o assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho 
a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a 
forma direta;
 – desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de 
uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, 
o que confere maior clareza à exposição;
 – conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição 
recomendada sobre o assunto.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a)e 
colega, na sala virtual.
Mas na correspondência empresarial o ofício se torna mais simples na es-
trutura. Veja:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 109
Logo da empresa
Of nº ____/ Origem
Local e data
Vocativo,
Texto textotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotexto-
textotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotexto-
textotextotextotextotextotextotextotextotexto.
Texto textotextotextotextotextotextotextotextotextotextotextotexto-
textotextotextotextotexto.
Respeitosamente,
Nome do signatário
Função
Endereço do receptor
Pratique
2. Quais as diferenças entre ofício e memorando?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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110 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.3.3. Carta comercial
Denomina-se carta comercial o documento empresarial escrito e enviado 
com o objetivo de estabelecer uma comunicação comercial para iniciar, manter 
ou encerrar uma transação. Geralmente é empregada para captar clientes. Hoje 
em dia, as empresas usam o modelo moderno de formatação da carta comercial 
(MARTINS & ZILBERKNOP, 2010; GUIMARÃES, 2012; GOLD, 2010). Veja um 
exemplo de um trecho de uma excelente carta comercial enviada por uma revista 
semanal na tentativa de manter um assinante ativo.
Pratique
3. Escreva C para correto e E para errado nas assertivas a seguir, levando em conta 
o que se estudou a respeito da correspondência oficial e empresarial.
 ( ) A redação da correspondência oficial caracteriza-se, entre outros aspec-
tos, pela exigência do uso das regras do padrão culto da linguagem, de 
padronização, clareza e concisão. 
 ( ) O caráter impessoal da redação oficial implica que a correspondência de 
servidor dirigida a uma autoridade hierarquicamente superior não deve 
ser assinada.
 ( ) Em correspondências, a forma de tratamento utilizada para prefeitos é 
Vossa Excelência.
 ( ) Considera-se apropriado, nas correspondências oficiais, o emprego de 
preciosismos, neologismos e regionalismos.
 ( ) Quanto à natureza, documentos e correspondências oficiais são classifi-
cados,a partir de normas federais, em normais e urgentes. 
 ( ) O caráter público da documentação oficial exige que não se use vocabulário 
técnico-científico nem vocábulos de origem estrangeira.
 ( ) No caso de governadores e ministros, o vocativo a ser empregado nas 
correspondências é Senhor antecedido do cargo respectivo.
 ( ) Na documentação administrativa privada, não há necessidade de o emitente 
ser tão respeitoso com o destinatário, como ocorre no serviço público. 
 ( ) Estados e municípios não podem modificar seus documentos oficiais, por 
mínimo que seja.
 ( ) A linguagem do e-mail profissional nas empresas pode lançar mãos de 
muitas abreviações e reduções de palavras, como é usual em comunica-
ções via Internet.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 111
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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Logo da empresa
Prezado João Carlos,
Você já foi assinante da revista ESPIA e isso diz tanto sobre a sua personalidade 
que me animei a fazer-lhe um convite exclusivo. E o convite fica ainda mais especial nes-
se tempo em que a moeda mais valorizada não é o euro, nem o dólar... É a informação.
A informação semanal de alta qualidade que você já recebeu na ESPIA e que, 
por alguma razão, interrompeu por um tempo.
Meu convite é que encerre esse tempo sem a sua ESPIA e volte agora a 
ser assinante.
Afinal, você faz parte da história mais importante e respeitada revista brasilei-
ra. E, se ESPIA chegou a essa invejável posição, foi porque até hoje se inspira nas 
exigências e necessidades de leitores como você.
[...]
Uma coisa é ler a edição de ESPIA de uma semana. Outra é ler as de todas 
as semanas. Quando você lê ESPIA continuamente, vai adquirindo uma base sólida 
e crescente de conhecimento sobre tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Cada 
edição acrescenta um pouco mais. E esses patrimônio ninguém tira de você.
Volte agora a assinar espia com 50% de desconto. Em outras palavras, você 
só paga a metade do preço.
[...]
Enfim, João Carlos, espero que aprecie meu convite. Muito obrigado por sua aten-
ção e mantenha o sólido patrimônio de conhecimento que é só seu e ninguém tira de você.
José Soares
Diretor de Assinaturas
112 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Memorize
Observe que não há no corpo da carta o local e a data, uma vez que eles já 
vêm no envelope de endereçamento. 
Pratique
4. Cite 4 (quatro) características da moderna carta comercial, quanto à forma e 
quanto ao estilo.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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2.3.4. Ata
Ata é o gênero textual que apresenta o resumo escrito dos fatos e falas 
acontecidos durante uma reunião, sessão ou assembleia. Nela predominam sequ-
ências descritivas e narrativas. Os verbos encontram-se nos tempos do passado 
(pretérito) e os números devem ser escritos preferencialmente por extenso. Se a 
empresa preferir, pode adotar um livro de atas, com sua abertura e páginas nume-
radas e rubricadas. Quem redige a ata é o(a) secretário(a) (MARTINS & ZILBERK-
NOP, 2010; GUIMARÃES, 2012; GOLD, 2010). Veja um exemplo de um trecho de 
uma ata, com sua abertura e seu fechamento típicos em destaque:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 113
FACULDADE ATENEU
ATA DE REUNIÃO DE COLEGIADO
Aos vinte dias do mês de outubro de dois mil e doze, às nove horas 
e quinze minutos, na sala D1 da Unidade Messejana, reuniram-se os se-
guintes coordenadores e professores do Curso de Ciências Contábeis: José da 
Silva, João da Silva, Joaquim da Silva, Manoel da Silva, Maria da Silva e Joana 
da Silva. No horário supracitado, o professor José da Silva começou a reunião 
dando as boas vindas e anunciado a pauta, constituída de dois momentos: o 
primeiro, a análise geral dos cursos, com críticas e sugestões, e a segunda, 
discussão sobre a preparação para o ENADE. Disse ainda que o que fosse dito 
na reunião deveria ser em prol do curso e o que de bom fosse decidido seria im-
plantado e eventualmente outras sugestões seriam levadas para a Direção da 
FATE.[...] E nada mais havendo a tratar, o Coordenador da Reunião, Prof. 
José da Silva, encerrou os trabalhos, determinando a lavratura desta ata, 
que, após lida e achada conforme, vai assinada pelos presentes.
2.3.5. E-mail
O e-mail não é exatamente um gênero textual específico, é antes um su-
porte (ou um canal de comunicação) por intermédio do qual circula uma série de 
comunicações empresariais. Por exemplo, por e-mail posso enviar um convite,um aviso, uma convocação, marcar uma reunião, emitir ordens ou simplesmente 
trocar ideias com um colega de trabalho sem necessariamente falar de trabalho.
Isso não quer dizer que no e-mail pode tudo. Ao contrário, de acordo com Gold 
(2010), é importante manter o mínimo de formalidade no nível de linguagem, evi-
tando que a mensagem mostre-se descuidada, lisonjeira demais ou até ofensiva. 
Fique atento
Você não deve escrever apelidos ou palavras de baixo calão nos textos 
dos e-mails. Lembre-se: tudo que você escrever poderá ser usado contra você (ou 
a seu favor, se for bom). 
114 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Pratique
5. O uso do suporte eletrônico (computador/e-mail) está muito disseminado. Qual é 
o maior problema com relação às mensagens empresariais enviadas por e-mail?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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2.3.6. Curriculum Vitae
Trata-se do gênero textual que traz os dados pessoais, educacionais e 
profissionais de quem se candidata a um emprego ou a um curso de pós-gra-
duação de uma universidade. Essa forma de escrever vem do latim e significa 
literalmente “trajetória de vida”, por isso nele você deve apontar sua trajetó-
ria educacional e/ou acadêmica e as experiências profissionais durante sua vida, 
como forma de demonstrar suas habilidades e competências. Dessa forma, você 
fornece ao futuro empregador uma primeira visão de seu perfil profissiográfico, 
que será complementado por testes, como entrevista, provas escritas ou dinâmi-
cas de grupo. 
Fique atento
Não é preciso dizer que você não deve inventar no curriculum curso, está-
gios ou empregos mirabolantes para impressionar os outros. Hoje em dia, devido à 
pressa e objetividade, é importante reduzir o curriculum a duas páginas, nas quais 
devem constar somente os empregos, cursos e estágios que tenham relação com o 
cargo pretendido. Sugere-se a seguinte estrutura básica para compor o curriculum 
(MARTINS & ZILBERKNOP, 2010; GUIMARÃES, 2012). 
COMUNICAÇÃO OFICIAL 115
1. DADOS PESSOAIS
[nome]
[formas de contato: e-mail e telefones]
2. OBJETIVO
Atuar como...
3. FORMAÇÃO ACADÊMICA
[liste somente graduação, cursos de extensão e pós-graduação]
4. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
[liste somente aquelas mais importantes ou relacionadas ao futuro emprego] 
5. REFERÊNCIAS PROFISSIONAIS
[liste pelo menos contatos profi ssionais importantes: ex-gerentes, diretores, 
supervisores...]
Fique atento
Para sua segurança, não exponha todos os seus dados pessoais. Por exem-
plo, número do CPF e da carteira de identidade, bem como endereço completo não 
devem ser fornecidos. Deixe para fazer isso quando for contratado. 
Observação: Foto é opção sua. Se puser, escolha uma foto recente e a 
mais sóbria possível.
Pratique
6. Elabore seu currículo vital e apresente para seu totor.
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e 
colega, na sala virtual.
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116 COMUNICAÇÃO OFICIAL
2.3.7. Requerimento
Trata-se do gênero textual por intermédio do qual o emissor solicita algo 
a uma autoridade. Em alguns casos, é necessário citar o amparo legal. Atual-
mente, há modelos semiprontos à disposição do emissor, que apenas preenche 
as lacunas com os seus dados e complementa-o escrevendo o que realmente 
quer. Pode-se, em alguns casos, anexar documentos que sustentem o pedido 
(MARTINS & ZILBERKNOP, 2010; GUIMARÃES, 2012). Veja um modelo básico 
de requerimento, com seu fecho característico.
REQUERIMENTO
 Fulano de Tal, código nº 201000567, regularmente matriculado no 3º 
semestre do Curso de Matemática, vem requerer o trancamento de matrícula 
a fim de tratar de problema de saúde, conforme atestado médico em anexo.
 Nestes termos, pede deferimento.
 Fortaleza, 20 de janeiro de 2014.
 Assinatura
2.3.8. Declaração
Declaração é o documento empresarial emitido por pessoa com autorida-
de suficiente e competente para comprovar algo perante terceiros. O solicitante 
pode pedir uma declaração de que sempre foi assíduo no trabalho e nunca 
trouxe problemas para a empresa. Veja um exemplo.
DECLARAÇÃO
Declaro para os devidos fins que o professor João Carlos trabalhou 
nesta instituição de ensino no período de 10 de janeiro de 1995 a 20 de janeiro 
de 2010 e que não há nada durante esse período que desabone sua conduta.
Fortaleza, CE, 22 de janeiro de 2010.
 Maria Lucila
 Diretora do Colégio das Graças
COMUNICAÇÃO OFICIAL 117
Fique atento
Repartições públicas fornecem ATESTADOS e não declarações, mas o 
objetivo é o mesmo. 
Relembre
Caro estudante, veja os principais pontos trabalhados nesta unidade.
• Ofício: Forma de correspondência oficial trocada entre chefes ou dirigentes de 
hierarquia equivalente ou enviada a alguém de hierarquia superior ao emitente.
• Memorando oficial: Modalidade de comunicação trocada entre unidades admi-
nistrativas de um mesmo órgão.
• Procuração: Documento pelo qual uma pessoa autoriza outra a tratar de um 
assunto ou a agir em seu nome.
• Recibo: Nele se declara o recebimento de uma dada quantia ou mercadoria.
• Requerimento: Instrumento pelo qual se solicita algo a uma autoridade.
• Convocação: Espécie de convite em que não há cunho social e sim administrativo.
• Aviso: Comunicado formal que serve para ordenar, cientificar, prevenir, noti-
ciar, convidar.
• Declaração: Documento de fé pública que presta informação sobre a situação 
de alguém para terceiros.
• Bilhete: Texto simples e breve em que se informa algo a alguém de modo 
bem informal.
• Circular: Comunicação que, reproduzida em muitos exemplares, é dirigida a 
diversos departamentos ou órgãos.
118 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Referências
ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. Trad. Antônio Pinto de Carvalho. Rio 
de Janeiro: Ediouro, s/d.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
BOTTER, B. A pedagogia antes da pedagogia. In: OLIVEIRA, Paulo Eduardo de 
(org.). Filosofia e educação: aproximações e convergências. Curitiba: Círculo de 
Estudos Bandeirantes, 2012. 
BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Manual de redação da Presidência 
da República. Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. 2. ed. rev. e 
atual. Brasília: Presidência da República, 2002.
GOLD, M. Redação empresarial. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
GUIMARÃES, T. de C. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2012.
KOCH, I. G. V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.
MARCUSCHI, L.A. Gêneros do discursos e ensino. Brasília: UnB, 2005. (mimeo).
MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português instrumental. 29. ed. São Pau-
lo: Atlas, 2010.
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de (org.). Filosofia e educação: aproximações e con-
vergências. Curitiba: Círculo de Estudos Bandeirantes, 2012.
Anotações
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COMUNICAÇÃO OFICIAL 119
A CONTRIBUIÇÃO DA COMUNICAÇÃOINTERNA NA MOTIVAÇÃO DOS 
COLABORADORES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA PORTO 
FREIRE ENGENHARIA
Giselly Bezerra Pereira¹
Isabela Oliveira Martins²
Maria Antônia do Socorro Rabelo Araújo³
Resumo
Este artigo tem como objetivo conhecer a importância da comunicação in-
terna para a motivação de funcionários do setor administrativo da empresa Porto 
Freire Engenharia. Empresa esta que é atuante no setor imobiliário cearense des-
de 1984 e tem seu portfólio bem diversificado. Buscou-se identificar como ocorre a 
comunicação interna da empresa em estudo e se, realmente, os seus funcionários 
estão satisfeitos. Ao final deste artigo, foram propostas à empresa sugestões de 
melhoria a partir dos resultados obtidos por meio de pesquisa, na qual foi aplicado 
um questionário com os colaboradores. Quanto aos fins, a pesquisa aplicada é 
descritiva e a técnica de análise dos dados é quantitativa, feita por métodos es-
tatísticos e qualitativos pela análise do conteúdo. O questionário foi o instrumento 
utilizado neste trabalho como fonte de coleta de dados na pesquisa de campo, 
utilizada como meio de investigação. Com base nos resultados da pesquisa, per-
cebe-se que a empresa apresenta um sistema consistente e de boa comunicação 
interna que mantém seus funcionários motivados com a organização. Ao final do 
trabalho foi sugerido à Porto Freire Engenharia a criação de um departamento de 
Endomarketing formalmente constituído para consolidação das ações de melhoria 
na comunicação já implantadas. Este novo setor será um complemento para as 
1Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade Ateneu – FATE – Fortaleza/CE – <gisellly_15@hotmail.com>.
2Graduanda do curso de Administração de Empresas – Faculdade Ateneu – FATE – Fortaleza/CE –<isabelamartinsoliveira@
hotmail.com>.
³Mestre em Administração. Professora orientadora da Faculdade Ateneu – FATE – Fortaleza/CE – <socorro.rabelo@fate.edu.br>.
Material complementar
120 COMUNICAÇÃO OFICIAL
atividades já realizadas pela organização, cabe à empresa avaliar os custos e os 
benefícios e colocá-los em prática para melhorar a integração de seus funcionários 
com a organização.
Palavras-chaves: Comunicação Interna; Motivação; Endomarketing.
1. Introdução
No cenário atual, as empresas estão em busca de contratar os melhores 
profissionais para fazer parte de seu quadro de funcionários. Hoje, os colaborado-
res são notados como peça chave para o alcance de objetivos da empresa, por-
tanto, as organizações estão sempre buscando desenvolver práticas para motivar 
os parceiros internos.
O presente trabalho busca responder a seguinte pergunta problema: Como 
a comunicação interna contribui de forma positiva para a motivação dos colabora-
dores da empresa Porto Freire Engenharia? Tendo como o objetivo geral conhecer 
a importância da comunicação interna na motivação dos colaboradores na empre-
sa Porto Freire Engenharia e os seguintes objetivos específicos: 1) Identificar se a 
comunicação interna utilizada pela empresa é eficiente; 2) Verificar se os colabora-
dores têm conhecimento dos valores, dos princípios e das metas da organização; 
3) Analisar se os profissionais se sentem motivados. 
Nesse sentindo, o estudo que será apresentado no decorrer deste artigo 
busca investigar concretamente qual o grau de importância que os colaboradores 
pontuam para uma boa comunicação interna e até que ponto essa aplicação o 
deixa motivado, com o sentimento de que é importante e faz parte da empresa. 
A Porto Freire Engenharia iniciou no mercado de imóveis em 1984, hoje, 
com a diversificação das atividades, foi constituído o Grupo Porto Freire, que 
abriga além da Porto Freire Engenharia, responsável pela comercialização de 
imóveis a preço fechado, a Blocktec, fábrica de pré-moldados, e a Fundação Por-
to Freire, por meio da qual o Grupo Porto Freire divulga e dissemina os valores 
relacionados aos seus fundamentos filosóficos e às práticas de responsabilidade 
social, cultural e ambiental.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 121
A metodologia que foi aplicada para validar o problema do artigo foi com 
base descritiva e a técnica de análise dos dados é quantitativa. Foi aplicado um 
questionário com 24 perguntas. A amostragem utilizada somou-se em 50% para 
o setor administrativo da organização, sendo o total efetivo desse setor de 120 
funcionários, foram aplicados 60 questionários.
Este trabalho está estruturado em cinco tópicos. O primeiro é a introdução, 
o segundo é a revisão da literatura na qual são abordadas a comunicação interna 
estratégica nas organizações, a motivação das pessoas na organização e a im-
portância do Endomarketing. Já o terceiro tópico descreve a metodologia utilizada 
na pesquisa, o quarto contém a análise de resultados referente ao questionário 
aplicado. O quinto tópico traz a conclusão deste artigo.
2. Comunicação interna estratégica nas organizações
A comunicação interna é uma ferramenta estratégica essencial para o 
alcance de objetivos organizacionais, pois cria uma ponte entre organizações e 
liderados, gerenciando a entrada e a saída de informações, possibilitando a com-
preensão de ações necessárias para o alcance desses objetivos.
Comunicação é o que conduz todas as ações do ser humano. A palavra 
comunicação deriva do latim comunicare. Segundo Matos (2009, p. 97), comunica-
ção significa o mesmo que “tornar comum, partilhar, trocar opiniões, partilhar ideias 
sentimentos e atitude”.
De acordo com Chiavenato (2010), a dinâmica organizacional somente será 
possível quando a organização assegura que todos os seus membros estejam 
devidamente conectados e integrados para assegurar e facilitar o processo de co-
municação e de tomada de decisão.
Para Matos (2009, p. 93), a comunicação interna é a ferramenta que vai 
permitir que a administração torne comuns mensagens destinadas a motivar, a 
estimular, a considerar, a diferenciar, a promover, a premiar e a agrupar aqueles 
que fizerem parte da organização.
122 COMUNICAÇÃO OFICIAL
O processo de comunicação deve ser eficaz naquilo que comunica, ou seja, 
quanto mais claro e mais objetivo forem transmitidos os objetivos organizacionais, 
maiores são as possibilidades de despertar interesse ao receptor tornando-se ga-
rantia de cumplicidade e de boas práticas organizacionais.
O meio pelo qual essas comunicações acontecem também influencia o pro-
cesso de comunicação. Portanto, a escolha por canais de comunicação adequa-
dos ao receptor influencia todo o processo, salienta Dias (2008, p. 26).
Em uma empresa que utiliza apenas a via oral para oferecer as informações 
para os seus empregados, provavelmente, a mensagem chegará com ruídos ao 
operador porque os gerentes não conseguem absorver a informação da mesma 
forma. Com a inserção de algumas palavras ou a retirada de outras, podem mudar 
totalmente o significado da mensagem.
Comunicação interna como estratégia organizacional:
“é um fator estratégico para o sucesso das organizações porque 
atua principalmente em três frentes: é fundamental para os resul-
tados do negócio, é um fator humanizado das relações de trabalho 
e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos 
internos” (MATOS, 2009, p. 100).
A revisão literária mostra que a comunicação interna tem muito a ver com 
a cultura organizacional, pois revela a maneira de ser da empresa. Nesse sentido, 
Schein (1984) define cultura organizacional como:
“Conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou desco-
briu ou desenvolveu, ao aprender como lidar com os problemas 
de adaptação externa e integração interna e que funcionam bem 
o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos 
membros como forma correta de perceber sentir em relação a es-
ses problemas.”
A cultura organizacional, se bem administrada, garante o sucesso empre-
sarial, pois é formada pelas políticas internas, pela transparência, pela cooperação 
e pelo comprometimento do corpo diretivo da organização, transmitindo valores ao 
seu quadro de funcionários.
COMUNICAÇÃOOFICIAL 123
A cultura organizacional influencia o comportamento dos empregados por 
se constituir de um conjunto de propriedades oriundas do ambiente de trabalho, 
dos valores organizacionais e, em muitos casos, influenciada pelos diretores e/ou 
pelos proprietários da organização.
Portanto, é de suma importância que as organizações possam analisar o ní-
vel cultural organizacional para que consiga traçar uma estratégia de comunicação 
interna eficaz, pois, por meio de um pano de comunicação interna bem elaborado, 
pode motivar seus funcionários fazendo com eles se comprometam com a nova 
postura criada pela empresa.
3. Motivação
Os pensadores definem a palavra motivação em diferentes pontos de vista 
e conceitos. A motivação é uma palavra proveniente do latim motivus, movere, que 
significa mover para alcançar um determinado objetivo. Em sua definição inicial, 
a motivação é o momento em que os seres humanos encontram-se maravilhados 
para alcançar um objetivo, por algum motivo ou razão. 
Segundo Bergamini e Coda 
“Água, comida, reconhecimento etc. não são necessidades e, por-
tanto, nem motivadores, são fatores de satisfação de necessida-
des. Fatores de satisfação, por outro lado, são a antítese das ne-
cessidades – estes fatores as eliminam. Seguindo esse argumento 
é que se pode afirmar que se as necessidades são os motivadores 
e os fatores de satisfação e antítese das necessidades, então os 
fatores de satisfação também serão a antítese dos motivadores. A 
motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e 
não daquelas coisas que satisfazem estas necessidades” (1997, p. 
25, grifo dos autores). 
Seguindo com o mesmo pensamento de Bergamini e Coda, o autor Mas-
low defendia que os fatores de necessidades dividiam-se em cinco níveis de uma 
pirâmide, cuja base está localizada nas necessidades básicas de um ser humano. 
Contudo, o mesmo não conseguiria viver sem atingir esse objetivo. Já o nível mais 
alto, que está no topo da pirâmide, são as necessidades que os deixam completa-
mente satisfeito. Mas Maslow defendia que uma pessoa jamais conseguiria estar 
completamente realizada, dessa forma, o indivíduo sempre estará motivado, pois 
sempre haverá novos objetivos para alcançar. 
124 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Maria Aparecida Ferreira de Aguiar define a teoria de Maslow da seguinte forma: 
“A hipótese central da teoria de Maslow é a existência de uma hie-
rarquia das necessidades humanas, constituídas pelas necessidades 
biológicas, psicológicas e sociais. Somente à medida que as neces-
sidades inferiores da hierarquia são satisfeitas, pelo menos em parte, 
é que surgirão as necessidades superiores da hierarquia. As neces-
sidades humanas foram divididas em necessidades fisiológicas, de 
segurança, de aflição e de amor, de autoestima estética” (2005).
Figura 01: Pirâmide de Maslow.
Fisiológicas
Auto-
realização
Estima
Segurança
Sociais
Fonte: http://goo.gl/MKuQKb
Frederick Herzberg realizou um estudo baseado em entrevistas com 200 
engenheiros e contadores de uma indústria para constatar quais eram os motivos 
que os levavam a ficar felizes e infelizes na organização. Com tal estudo, o mes-
mo formulou a Teoria dos dois fatores, fundamentada em duas premissas básicas 
onde o ser humano é motivado pelo fator higiênico e motivacional. Este está ligado 
às atividades, aos cargos e às responsabilidades que o ser humano vai obter em 
uma organização. Além de estar relacionado com a autonomia para desempenhar 
as atividades e a decisão de como executar o próprio trabalho.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 125
Já o fator higiênico está ligado à estrutura física do ambiente em que o 
indivíduo está inserido, ao salário e ao clima organizacional.
Segundo Bergamini e Coda,
“Herzberg faz essa importante diferença quando distingue fatores 
de motivação e de higiene, sendo que os primeiros estão ligados ao 
próprio indivíduo e ao seu trabalho e os segundos às características 
que estão fora do indivíduo, fazendo parte apenas do ambiente de 
trabalho. Os fatores de higiene dizem respeito a como as pessoas 
são tratadas para que a sua insatisfação seja mantida em grau mí-
nimo, já os fatores de motivação dizem respeito ao uso que se faz 
da energia motivacional interna de cada um. [...] Como pretende o 
próprio Hezberg, os fatores de higiene dizem respeito a como as 
pessoas são tratadas pela organização e os fatores motivacionais 
estão ligados ao uso que a organização faz da energia motivacional 
de cada colaborador” (1997, p. 77).
Por tanto a motivação está ligada diretamente ao resultado do clima orga-
nizacional da empresa. 
Clima organizacional é a qualidade do ambiente que é percebida ou expe-
rimentada pelos participantes da empresa e que influencia o seu comportamento. 
É aquela “atmosfera psicológica” que todos nós percebemos quando entramos 
em um determinado ambiente e que nos faz sentir mais ou menos à vontade para 
ali permanecer, interagir e realizar. O clima não é algo simples de ser analisado 
porque, na maioria das vezes, ele se apresenta difuso, não se mostrando claro aos 
olhos dos que procuram avaliá-lo e entendê-lo.
Tendo por base o que diz Maximiano (2000, p. 107), podemos afirmar que 
o clima organizacional é representado pelos “conceitos e pelos sentimentos que as 
pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de maneira positiva ou 
negativa sua satisfação e sua motivação para o trabalho”.
O clima organizacional é uma resultante das variáveis organizacionais, nas 
quais a cultura organizacional passa por variações devido às mudanças que ocor-
reram no ambiente externo, fazendo com que o ambiente interno absorva essa 
influência que se reflete na relação de trabalho. 
126 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Assim, Souza (1998, p. 37) define que: 
“Clima organizacional é um fenômeno resultante da interação dos 
elementos de cultura. É uma decorrência do peso de cada um dos 
elementos culturais e do seu efeito sobre os dois. A excessiva im-
portância dada à tecnologia leva a um clima desumano; a pressão 
das normas cria tensão; a aceitação dos afetos, sem descuidar os 
preceitos do trabalho, leva ao clima de tranquilidade e confiança, 
entre outros”. 
Analisando essas definições, pode-se perceber que clima organizacional é 
o reflexo dos aspectos positivos e negativos de uma organização afetando o am-
biente e os relacionamentos interpessoais entre os colaboradores.
Outro fator influenciador que ajuda a indicar o que está acontecendo na em-
presa e mostra o nível de satisfação do empregado são as pesquisas de clima or-
ganizacional. Funcionam como verdadeiros termômetros e refletem, dentre outros 
fatores, na necessidade da empresa investir em comunicação interna e externa.
4. Endomarketing
Com a competitividade de mercado as empresas precisam desenvolver fer-
ramentas para tornarem-se únicas. De acordo com Kotler (2000, p. 308), as empre-
sas estão sempre buscando a renovação e a ampliação do valor que têm a ofere-
cer aos seus clientes porque os diferenciais que são copiados pelos concorrentes 
deixam de ter valor. Segundo o autor, quando isso acontece é preciso encontrar 
novas formas de atrair a atenção dos clientes e oferecer-lhes novos benefícios que 
sejam melhores que os anteriores.
Para Kotler (2000, p, 309), existem várias formas pelas quais as empresas 
podem se diferenciar: por produto, por serviço, por canal e por imagem. A diferen-
ciação através de pessoal que trabalha na empresa pode proporcionar vantagens 
competitivas, conforme Kotler (2000, p. 317) representa um diferencial competitivo, 
pois através dos colaboradores a empresa poderá criar um conjunto exclusivo de 
vantagens que somente ele poderá utilizar.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 127
Segundo as pesquisas, o termo endo vem do grego e quer dizer ação inte-
rior ou movimento para dentro, sendo assim o Endomarketing quer dizer marketing 
para dentro ou marketing interno. É toda e qualquer ação de marketing voltada 
para a satisfação e a aliança do público interno com o intuito de melhor atenderaos clientes externos.
De uma maneira mais abrangente, Cerqueira (1994) conceitua Endomarke-
ting como projetos e ações que uma empresa deve empreender para consolidar a 
base cultural do comprometimento dos seus funcionários com o desenvolvimento 
adequado das suas diversas tecnologias. Cerqueira complementa apontando que: 
“Qualquer projeto de Endomarketing estabelece um forte compo-
nente de comunicação integrada, ou seja, comunicação nos dois 
sentidos: estabelece uma base de relacionamento interpessoal que 
desenvolve positivamente a autoestima das pessoas; facilita a prá-
tica da empatia e da afetividade” (1994, p. 51). 
Bekin (2004) define Endomarketing como ações gerenciadas de marketing 
eticamente dirigidas ao público interno das organizações e das empresas focadas 
no lucro, das organizações não-lucrativas e governamentais e das do terceiro se-
tor, observando condutas de responsabilidade comunitária e ambiental.
Marketing interno, segundo Brum (2000), é dar ao funcionário educação, 
carinho e atenção, tornando-o bem preparado e bem informado para que possa 
tornar-se também uma pessoa criativa e feliz, capaz de surpreender, encantar e 
entusiasmar o cliente.
O termo Endomarketing é definido de várias formas e por autores diferen-
tes. Brum (2007) ressalta que as empresas sempre se utilizaram de ações e fer-
ramentas de Endomarketing mesmo sem que isso fosse feito conscientemente 
e que, com o passar do tempo, o Endomarketing consolidou-se como processo 
estratégico e ampliou-se para um método organizado de gestão eficiente do rela-
cionamento das empresas com seus colaboradores.
128 COMUNICAÇÃO OFICIAL
5. Metodologia
A metodologia de pesquisa aplicada é descritiva e a técnica de análise dos 
dados é quantitativa feita por métodos estatísticos. O questionário foi o instrumento 
utilizado nesse trabalho como fonte de coleta de dados na pesquisa de campo, 
utilizada como meio de investigação. 
Segundo Gil (2009, p. 42), as pesquisas descritivas têm como objetivo 
primordial a descrição das características de uma determinada população. Sua 
característica mais significativa está na utilização de técnicas padronizadas de co-
letas de dados, tais como o questionário e as observações sistemáticas.
A pesquisa foi realizada na empresa Porto Freire Engenharia na qual tive-
mos 60 respondentes de um total de 120 colaboradores do setor administrativo. No 
entanto, trabalharemos com uma amostragem de 50%.
ANÁLISE DE RESULTADOS
A análise dos resultados deste estudo consiste em apresentar, no primeiro 
momento, o perfil dos respondentes da investigação. Na sequência, demonstra os 
resultados sobre a percepção dos colaboradores da organização e sobre a contri-
buição da comunicação interna na motivação dos mesmos.
A primeira parte da pesquisa investigou dados sobre sexo, faixa etária, nível 
de escolaridade e tempo de serviço dos profissionais envolvidos. Destaca-se que 
foram distribuídos 120 questionários e recebidos 60, ou seja, trabalhou-se com 
uma amostra de 50% do universo. Conforme os dados do perfil dos respondentes, 
verificou-se que correspondem, em sua maioria, ao sexo feminino (72%), com fai-
xa etária entre 26 a 35 anos (60%), com nível superior completo na escolaridade 
(48%), tendo tempo de serviço de 2 a 4 anos (37%) e faixa salarial de 3 a 5 salários 
mínimos com (29%).
Na segunda parte da análise de resultados, foram verificados os objetivos 
propostos pela pesquisa, analisando a percepção dos colaboradores para com o 
tema desse trabalho, tendo como legenda: discordo plenamente (DP); discordo 
muito (DM); discordo (D); nem concordo, nem discordo (NCND); concordo (C); 
concordo muito (CM); concordo plenamente (CP). A análise dos resultados mais 
relevantes indicou que:
COMUNICAÇÃO OFICIAL 129
55% dos colaboradores responderam que a comunicação sempre ocorre do 
superior para o chefe imediato e assim sucessivamente.
Figura 02: Comunicação interna descendente.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
O fluxo de comunicação da figura 02 é classificado como descendente. Se-
gundo Torquato (1945, p. 54), o fluxo de comunicação descendente segue o pa-
drão de autoridade das posições hierárquicas, respondendo pelo encaminhamento 
das mensagens que saem do topo decisório e descem até as bases.
59% dos colaboradores responderam que a comunicação interna consegue 
atingir seus objetivos comunicando de maneira clara e precisa a todos.
Figura 03: Comunicação interna eficiente.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
80% concordam que os canais de comunicação disponíveis pela empresa 
são adequados e favorecem a comunicação.
130 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Figura 04: Canais de comunicação disponíveis são adequados.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
56% dos respondentes se sentem parte integrante no processo de comuni-
cação sobre o negócio da empresa.
Figura 05: Parte integrante no processo de comunicação da empresa.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
Para Pimenta (2006, p. 119) qualquer objetivo só será alcançado quando 
se tornar possível aos trabalhadores expressarem seus valores, desejos e conflitos 
socializando-os e confrontando-os com os outros.
73% dos colaboradores responderam que, em conversas informais com amigos 
e familiares, sempre se referem à organização como o melhor lugar para trabalhar.
Figura 06: Melhor lugar para se trabalhar.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 131
Em relação à imagem da organização, Westphalen (1991, p. 13) afirma 
que comunicar é edificar capital-confiança baseado no valor da empresa, na sua 
competência, e um capital-simpatia que permite que a empresa seja escolhida, 
apreciada e defendida.
68% dos colaboradores encontram-se motivados em seu relacionamento 
com chefias e colegas de trabalho.
Figura 07: Motivação.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
73% dos colaboradores concordam que se encontram satisfeitos em rela-
ção ao apoio recebido pela chefia para a realização de suas tarefas. 
Figura 08: Apoio recebido pela chefia.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
Partindo do princípio que a comunicação é a base de qualquer processo 
administrativo, Tavares (2009, p. 45) ressalta que a comunicação tem uma grande 
capacidade de resultar em vários fatores positivos como: motivar e integrar o pú-
blico interno. Tendo em vista desenvolver um clima favorável entre funcionários, 
funcionários e chefias e funcionários e empresa. 
75% dos pesquisados têm clareza sobre os valores, os princípios e as me-
tas da organização.
132 COMUNICAÇÃO OFICIAL
Figura 09: Valores, princípios e metas.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
73% dos pesquisados responderam que a empresa se preocupa em rela-
ção ao bem-estar dos funcionários.
Figura 10: Bem-estar dos funcionários.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
Segundo Tavares (2009, p. 25), o gerenciamento de comunicação tem 
grande importância no desenvolvimento comportamental, ou seja, à medida que 
os funcionários passam a ter mais informações sobre o negócio da organização, 
estarão mais motivados a tomar iniciativas nos processos de produção de produtos 
e implementação de serviços.
92% dos respondentes concordam que o setor de Endomarketing é impor-
tante para melhorar o desempenho dos colaboradores. A empresa pode adotar, de 
forma estratégica, a implantação desse setor, pois a mesma não tem implantado 
tal setor atualmente.
Figura 11: Importância do setor de Endomarketing.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 133
92% dos pesquisados responderam que sentem orgulho em pertencer à 
organização.
Figura 12: Orgulho em pertencer à organização.
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2014.
Nota-se que os feedbacks dos colaboradores foram satisfatórios. Portanto, 
a empresa tem capacidade de se comunicar com seus colaboradores, de forma 
eficiente, a fim de mantê-los informados com clareza sobre valores, princípios e 
metas organizacionais, gerando comprometimento de todos, motivando maiores 
índices de produtividade e qualidade.Nesse sentido, Matos (2009, p. 94) fala que a importância da comunicação 
interna deve ser destacada como fator estratégico para a busca constante de me-
lhoria de qualidade de vida no trabalho. A comunicação é a força que dinamiza a 
vida das pessoas nas suas mais diversas situações. 
Conclusão
No mercado atual, as empresas estão em constante mudança, devido aos 
avanços tecnológicos e às políticas econômicas e sociais. Outra grande preocu-
pação das organizações, atualmente, é a preocupação com o meio ambiente, pois 
o mundo está voltando os olhos para tal assunto. Portanto, o mercado tornou-se 
mais competitivo e, agora, as empresas estão buscando alternativas para desta-
car-se no meio de tantas outras. 
Por esses motivos, as organizações estão cuidando melhor dos talentos 
existentes internamente – o colaborador – personagem que é parte fundamental 
para o desenvolvimento e o sucesso da empresa. 
Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que os cola-
boradores precisam estar satisfeitos e motivados para desempenhar as atividades 
dadas ao seu cargo com melhor qualidade. 
134 COMUNICAÇÃO OFICIAL
O objetivo deste trabalho foi apresentar como a comunicação interna in-
fluência na motivação dos colaboradores da empresa Porto Freire Engenharia. 
A comunicação interna é uma grande ferramenta para a organização, pois a 
mesma influência o desenvolvimento organizacional e possibilita um acesso dos 
colaboradores ao objetivo finalmente da empresa. Portanto, fazendo com que o 
mesmo sinta-se parte integrante e importante para a organização, colaborando 
para a sua motivação. 
O presente trabalho possibilitou identificar que o setor de comunicação in-
terna da empresa Porto Freire é bem atuante e consegue atingir seus objetivos 
com clareza. Após a aplicação do questionário, identificamos que o meio de co-
municação mais utilizado é o e-mail. Percebe-se, ainda, que existe uma parte dos 
colaboradores que não tem essa interação. 
Levando-se em conta o que foi observado, conclui-se que a comunicação 
interna exerce um papel crucial para o clima organizacional e, consequentemente, 
para a motivação dos talentos internos. Portanto, deve-se dar uma atenção redo-
brada para o setor já existente. Conclui-se também que a empresa Porto Freire tem 
uma boa comunicação interna, mas é necessário trabalhar para aqueles colabora-
dores que não sentem essa interação com a empresa. Para melhorar a motivação 
dos colaboradores, o trabalho aqui apresentado sugere a implementação do setor 
de Endomarketing, por ser mais completo e englobar a comunicação. 
Referências
BEKIN, Saul F. Endomarketing: Como praticá-lo com sucesso. São Paulo: Pren-
tice Hall, 2004.
BELHLEM. Agrícola de Souza Estratégia empresarial: conceitos, processos e 
Administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1998.
BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing como Estratégia de Gestão. Porto 
Alegre: L&PM, 1998.
______. Um olhar sobre marketing interno. Porto Alegre: L&PM, 2000.
BUENO, C. Wilson. Comunicação Empresarial: Políticas e Estratégias. São Pau-
lo: Saraiva, 2009.
CERQUEIRA, W. Endomarketing: Educação e cultura para a qualidade. Rio de 
Janeiro: Qualitymark, 1999.
COMUNICAÇÃO OFICIAL 135
APÊNCICE 1 – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
1) Sexo: 
 ( ) Feminino
 ( ) Masculino 
2) Qual a sua idade?
 ( ) Até 25 anos
 ( ) 26 a 35 anos
 ( ) 36 a 45 anos
 ( ) 46 a 55 anos
 ( ) Mais de 55 anos
3) Qual a sua escolaridade?
 ( ) Ensino fundamental incompleto 
 ( ) Ensino fundamental completo 
 ( ) Ensino médio incompleto
 ( ) Ensino médio completo
 ( ) Ensino superior incompleto
 ( ) Ensino superior completo
 ( ) OUTROS. QUAL? __________
 
4) Qual sua faixa salarial?
 ( ) Até um salário mínimo
 ( ) Até dois salários mínimos
 ( ) Até três salários mínimos
 ( ) De três a cinco salários mínimos
 ( ) Acima de cinco salários mínimos
5) Qual o seu tempo de serviço na empresa?
 ( ) De 1 a 2 anos 
 ( ) De 2 a 4 anos 
 ( ) De 4 a 6 anos
 ( ) Mais de 6 anos
 Leia as questões a seguir e assinale a que melhor representa sua 
opinião. Assinale apenas uma opção.
136 COMUNICAÇÃO OFICIAL
6) Na sua opinião, o fluxo de comunicação da empresa com seus colabo-
radores ocorre de forma hierarquizada, ou seja, a comunicação sempre 
ocorre do superior para o chefe imediato e assim sucessivamente? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
7) Você já teve oportunidade, na organização, de comunicação direta-
mente com a alta direção? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
8) Na sua opinião, qual meio de comunicação interna é mais eficiente?
 ( ) E-mails 
 ( ) Face-a face 
 ( ) Telefone 
 ( ) Reuniões
 ( ) Flanelógrafos, Cartazes e Banners
 ( ) Videoconferência
9) As comunicações são claras e diretas? Recebo informações dos demais 
setores da organização? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
COMUNICAÇÃO OFICIAL 137
10) Na sua opinião, a comunicação interna consegue atingir seus objetivos 
comunicando de maneira clara e precisa a todos os colaboradores? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
11) Você acredita que os canais de comunicação disponíveis são adequa-
dos e favorecem a comunicação?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
12) Você se sente parte integrante no processo de comunicação sobre o 
negócio da empresa? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
13) Na sua opinião, existe alguma dificuldade para exercer suas atividades 
por conta da estrutura física da empresa?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
138 COMUNICAÇÃO OFICIAL
14) Em conversas informais com amigos e familiares eu sempre me refiro 
à organização em que eu trabalho como sendo o melhor lugar para 
trabalhar?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
15) Você concordaque a empresa promove a motivação dos colaboradores?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
16) Você encontra-se motivado em seu relacionamento com chefias e 
colegas de trabalho?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
17) Você é elogiado pelos seus superiores quando realiza um bom trabalho? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
COMUNICAÇÃO OFICIAL 139
18) Você encontra-se satisfeito em relação ao apoio recebido pela chefia 
para a realização de suas tarefas?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
19) Os valores, os princípios e as metas da organização são claros para você? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
20) Você concorda que a empresa é verdadeira e transparente nos seus 
princípios e nos propósitos apresentados?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
21) Na sua opinião, os colaboradores estão realmente comprometidos com 
os objetivos e as metas da organização? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
140 COMUNICAÇÃO OFICIAL
22) A empresa se preocupa com o bem-estar de seus funcionários? 
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
23) Você concorda que o setor de Endomarketing é importante para o 
melhor desempenho dos colaboradores?
 ( ) Discordo plenamente 
 ( ) Discordo muito 
 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
24) Você sente orgulho em pertencer à organização?
 ( ) Discordo plenamente 
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 ( ) Discordo
 ( ) Concordo
 ( ) Concordo muito
 ( ) Concordo plenamente
 ( ) Nem concordo, nem discordo
Anotações
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