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Lei em Questão OAB - DIREITO CIVIL PARTE II

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Direito Civil
Prof. Paulo H M Sousa
@COMENDADORSOUSA
▪ Lei em Questão - 40º Exame de Ordem - Aula 1 – 8h30 – Dia 18/12
• Lei em Questão - 40º Exame de Ordem - Aula 2 – 8h30 – Dia
21/12
CRONOGRAMA
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
LEI EM QUESTÃO - 40º EXAME DE
ORDEM
AULA 1
PROF. PAULO SOUSA
Os irmãos Eduardo e Letícia herdaram um apartamento de sua mãe.
Concluído o inventário, decidiram vender o apartamento ao casal
Pedro e Mariana. Para tanto, as partes celebraram contrato de
compra e venda. Pedro e Mariana se obrigaram, solidariamente, a
pagar o preço pactuado (R$ 600.000,00) no prazo de trinta dias.
Não foi avençada cláusula de solidariedade ativa. Alcançado o prazo
contratual, Pedro e Mariana não pagaram o preço.
Tendo em vista a situação hipotética apresentada, assinale a
afirmativa correta.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009474
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) Eduardo, sozinho, tem direito de cobrar a integralidade do preço
pactuado, R$ 600.000,00, de Mariana, sozinha.
B) Letícia, sozinha, tem direito de cobrar apenas a metade do preço
pactuado, R$ 300.000,00, de Pedro, sozinho.
C) Letícia, sozinha, tem direito de cobrar apenas um quarto do
preço pactuado, R$ 150.000,00, de Mariana, sozinha.
D) Eduardo e Letícia não podem pleitear sozinhos o pagamento do
preço, ainda que parcial.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009474
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou
de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se
o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores
continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou
de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se
o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores
continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 275. Parágrafo único. Não importará renúncia da
solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou
alguns dos devedores.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um
credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas
obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Renata alugou um imóvel a Tadeu. Como garantia das obrigações
de Tadeu, Luzia e Humberto prestaram fiança a Renata. Tadeu
descumpriu suas obrigações contratuais, deixando de pagar as
contraprestações ajustadas.
Diante desse quadro hipotético, assinale a afirmativa correta.
A) Não havendo limitação contratual, Renata poderá cobrar de
Luzia, sozinha, todos os acessórios da dívida principal, inclusive as
despesas judiciais, desde a citação dos fiadores.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009475
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
B) Caso sejam demandados, Luzia e Humberto não têm direito de
exigir que sejam primeiro executados os bens de Tadeu, pois, salvo
disposição expressa em sentido contrário, não há benefício de
ordem na fiança.
C) Luzia e Humberto não respondem solidariamente pelas
obrigações decorrentes do contrato de fiança, a não ser que haja
disposição expressa.
D) A fiança constitui contrato informal, entre Renata e os fiadores
(Luzia e Humberto), e poderia ter sido celebrada ainda que
contrariamente à vontade de Tadeu. Ademais, não admite
interpretação extensiva.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009475
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite
interpretação extensiva.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos
os acessórios da dívida principal, inclusive as despesas judiciais,
desde a citação do fiador.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida
tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro
executados os bens do devedor.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito
por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade
entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de
divisão.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Robson, advogado de sucesso e bem-sucedido profissionalmente,
foi preso e condenado, com sentença transitada em julgado, pelo
crime de homicídio, iniciando o cumprimento de sua pena no
regime fechado. Ele é pai de Raquel, 17 anos, fruto de sua união
com Rose e ambos compartilham a guarda da filha. Rose e Robson
divorciaram-se e, em ação própria, foi fixado o dever de Robson
prover alimentos para Raquel.
A respeito dos efeitos da prisão de Robson sobre o dever de
alimentos, assinale a afirmativa correta.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009476
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) Afasta-se a obrigação de prestar alimentos de Robson
considerando que a mãe de Raquel, Rose, ainda está viva.
B) A prisão de Robson suspende o dever de prestar alimentos, o
que volta a produzir seus efeitos imediatamente após o
cumprimento integral da pena.
C) Robson poderá cessar a prestação de alimentos, independente
de interpelação judicial, assim que Raquel alcançar a maioridade, o
que acontecerá muito em breve.
D) O fato de Robson estar preso não afasta sua obrigação alimentar.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009476
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco
entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a
obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro
lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo,
serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as
pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na
proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma
delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Súmula nº 358 do STJ: O cancelamento de pensão
alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão
judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Entendimento do STJ (número do processo não foi
divulgado em razão de segredo judicial): “(...) o fato de estar preso
não isenta o alimentante de seu dever para com o alimentado, pois
existe a possibilidade de exercer atividade remunerada no cárcere”.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Maria Cristina era casada com Roberto, falecido no início de 2022,
sem deixar testamento, sob o regime de separação convencional de
bens. O casal sempre viveu em um imóvel de propriedade de
Roberto com seus dois filhos, Alcino e Valério, que não moram mais
com os pais. Roberto deixou, além do referido imóvel residencial,
alguns investimentos e outro imóvel, de natureza comercial.
Sobre o direito real de habitação do cônjuge sobrevivente, assinale
a afirmativa correta.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009477
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) Maria Cristina é titular do direito real de habitação, sem prejuízo
de sua participação na herança de Roberto.
B) Maria Cristina não é titular do direito real de habitação, uma vez
que existe mais de um imóvel a inventariar dentre os bens que
compõem a herança de Roberto.
C) Maria Cristina receberá seu quinhão da herança, mas só tem o
direito de permanecer morando no imóvel em que vivia com
Roberto, caso Alcino e Valério autorizem.
D) Maria não é titular do direito real de habitação, pois esse não se
aplica aos casamentos sob a vigência do regime de separação
convencional de bens.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009477
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
(Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso
Extraordinário nº 878.694)
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.829.
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente,
salvo se casado este com o falecido noregime da comunhão
universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da
herança não houver deixado bens particulares;
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o
regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que
lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único
daquela natureza a inventariar.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Joana, conhecida durante toda a sua vida em sua cidade natal pelo
prenome Giovanna, começa a enfrentar uma série de embaraços e
constrangimentos ao ser chamada em órgãos públicos por seu
prenome registral, constante de seus documentos de identificação
civil.
Diante disso, Joana, de 19 anos de idade, consulta você, como
advogado (a), buscando descobrir a viabilidade jurídica de alterar o
seu prenome e os eventuais requisitos jurídicos que deveriam ser
observados caso seja possível a mudança.
Sobre a pretensão de Joana, assinale a afirmativa correta.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009478
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) Poderá alterar seu prenome para Giovanna, bastando realizar
solicitação, por escrito e fundamentada, diante do oficial do
Registro Civil, dependendo, no entanto, de sentença judicial.
B) Não poderá alterar seu prenome para Giovanna, pois vigora no
Direito Brasileiro o princípio da imutabilidade do nome.
C) Poderá alterar seu prenome para Giovanna, mediante
requerimento pessoal e imotivadamente, independentemente de
decisão judicial.
D) Não poderá alterar seu prenome registral, mas poderá incluir o
nome Giovanna, por ser este apelido público e notório.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009478
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Lei nº 6.015, Art. 56. A pessoa registrada poderá, após ter
atingido a maioridade civil, requerer pessoalmente e
imotivadamente a alteração de seu prenome, independentemente
de decisão judicial, e a alteração será averbada e publicada em
meio eletrônico.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Lei nº 6.015, Art. 56. § 1º A alteração imotivada de prenome
poderá ser feita na via extrajudicial apenas 1 (uma) vez, e sua
desconstituição dependerá de sentença judicial.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Lei nº 6.015, Art. 57. A alteração posterior de sobrenomes
poderá ser requerida pessoalmente perante o oficial de registro
civil, com a apresentação de certidões e de documentos
necessários, e será averbada nos assentos de nascimento e
casamento, independentemente de autorização judicial, a fim de:
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Lei nº 6.015, Art. 57. I - inclusão de sobrenomes familiares;
II - inclusão ou exclusão de sobrenome do cônjuge, na constância
do casamento;
III - exclusão de sobrenome do ex-cônjuge, após a dissolução da
sociedade conjugal, por qualquer de suas causas
IV - inclusão e exclusão de sobrenomes em razão de alteração das
relações de filiação, inclusive para os descendentes, cônjuge ou
companheiro da pessoa que teve seu estado alterado.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Lei nº 6.015, Art. 57. § 1º Poderá, também, ser averbado,
nos mesmos termos, o nome abreviado, usado como firma
comercial registrada ou em qualquer atividade profissional.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Lei nº 6.015, Art. 57. § 2º Os conviventes em união estável
devidamente registrada no registro civil de pessoas naturais
poderão requerer a inclusão de sobrenome de seu companheiro, a
qualquer tempo, bem como alterar seus sobrenomes nas mesmas
hipóteses previstas para as pessoas casadas.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Antônio é proprietário de um prédio que não tem acesso à via
pública. De um lado, Antônio tem Ricardo como vizinho, cuja
propriedade alcança a via pública. Do outro lado, Antônio tem Luíza
como vizinha, cuja propriedade também alcança a via pública.
Todavia, no caso do imóvel de Luíza, o caminho até a via pública é
menos natural e mais difícil. Ricardo e Luíza recusaram-se a oferecer
voluntariamente a passagem.
Diante disso, Antônio pode exigir
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009479
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) tanto a passagem de Ricardo quanto a de Luiza, a seu critério,
mas só precisará pagar indenização cabal se escolher Luiza.
B) tanto a passagem de Ricardo quanto a de Luiza, a seu critério, e
deverá pagar indenização cabal a quem escolher.
C) que Ricardo lhe dê a passagem, sem que seja obrigado a pagar
qualquer indenização a ele.
D) que Ricardo lhe dê a passagem, mediante pagamento de
indenização cabal.
EXAME XXXVIII - 1ª FASE OAB
ID 4000009479
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via
pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de
indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo
rumo será judicialmente fixado, se necessário.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.285. § 1 o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo
imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.285. § 2 o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de
modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou
porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.285. § 3 o Aplica-se o disposto no parágrafo
antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem
através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste
constrangido, depois, a dar uma outra.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Waldo é titular de vultoso patrimônio e amigo de infância de Tadeu,
que passa por sérias dificuldades econômicas. Frente às
adversidades vividas pelo amigo, Waldo entrega as chaves de um
imóvel de sua propriedade para Tadeu e diz a ele: “a partir de
agora essa casa é de sua propriedade.”
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) A declaração verbal de Waldo, junto da tradição do imóvel, é
suficiente para considerar-se celebrado e realizado um contrato de
doação válido e eficaz.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009046
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009046
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
B) Para que a doação de imóvel de Waldo a Tadeu se aperfeiçoe
será imprescindível celebrar o contrato por meio de escritura
pública, seja qual for o valor do imóvel.
C) Para que Waldo realize a pretendida doação de imóvel a Tadeu
de modo válido, será imprescindível celebrar o contrato de forma
escrita, seja por meio de escritura pública ou de instrumento
particular, a depender do valor do imóvel.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009046
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
D) Caso Waldo optasse por doar dinheiro para Tadeu adquirir um
imóvel, a doação seria válida sem que se fizesse por escritura
pública ou instrumento particular, independentemente do valor
transferido ao donatário.
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma
pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou
vantagens para o de outra.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou
instrumento particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre
bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a
tradição.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública
é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à
constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais
sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo
vigente no País.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Henrique, 50 anos, médico dermatologista, recebe em seu
consultório Nicola, 70 anos, dentista, para a realização de um
procedimento ambulatorial em sua mão.
Durante o procedimento, Henrique ministra erroneamente ácido na
mão de Nicola, que era alérgico, fato conhecido por Henrique antes
do início do procedimento. Henrique imediatamente adota as
medidas preventivas necessáriasà mitigação do dano, mas Nicola
fica com sequelas permanentes na mão, inabilitando-o parcialmente
para o exercício da profissão, porque impede que ele realize
procedimentos ortodônticos que necessitam do uso de ambas as
mãos.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009047
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A respeito da indenização a que Nicola faz jus, assinale a afirmativa
correta.
A) Deve abranger os danos emergentes correspondentes às
despesas do tratamento e não abrangerá indenização por lucros
cessantes considerando que Nicola ainda pode
B) Deve abranger as despesas do tratamento, os lucros cessantes
até o fim da convalescença e a pensão correspondente à
importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação
que ele sofreu.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009047
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
C) Caso a hipótese enseje a reparação por danos estéticos, não se
poderá cumular a indenização por danos morais, à luz do princípio
da reparação integral, considerando que o dano estético já indeniza
a violação da integridade física, tutelada pela cláusula geral de
tutela da dignidade da pessoa humana.
D) Henrique não pode ser condenado ao pagamento da
indenização de lucros cessantes e danos materiais diretos de uma só
vez, devendo o pensionamento ser fixado em pagamentos
periódicos, tais quais seriam os lucros decorrentes do trabalho de
Nicola, sob pena de enriquecimento ilícito.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009047
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o
ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos
lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro
prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido
não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a
capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do
tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá
pensão correspondente à importância do trabalho para que se
inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Enunciado 192, da III Jornada de Direito Civil, do Conselho
da Justiça Federal: “Os danos oriundos das situações previstas nos
arts. 949 e 950 do Código Civil de 2002 devem ser analisados em
conjunto, para o efeito de atribuir indenização por perdas e danos
materiais, cumulada com o dano moral e estético".
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
387 do STJ também é nesse sentido: É lícita a cumulação das
indenizações de dano estético e dano moral.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009048
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Pedro e Joana casaram-se pelo regime da comunhão parcial de
bens. Na constância do casamento, Pedro herdou ações e comprou
um carro, enquanto Joana recebeu de doação um apartamento e
ganhou um prêmio de loteria.
Com base nessas informações, assinale a opção que indica, em caso
de divórcio, os bens que devem ser partilhados.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009048
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) As ações e o apartamento.
B) O carro e o prêmio de loteria.
C) O carro e o apartamento.
D) As ações e o prêmio de loteria.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão,
e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a
um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em
proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas
semelhantes.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título
oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de
ambos os cônjuges;
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 1.660. Entram na comunhão:
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo
de cessar a comunhão.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009049
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Joana contratou Maria para fotografar a festa infantil de sua filha,
Laura. No momento do contrato, Maria exigiu um sinal equivalente
a 20% do preço pactuado para o serviço. O restante do preço seria
pago após a festa, quando entregues as fotografias do evento.
Acontece que Maria não compareceu à festa de Laura, deixando de
tirar as fotografias contratadas. Joana contratou, às pressas, outro
fotógrafo e conseguiu registrar o evento a seu gosto. Entretanto,
teve de pagar valores mais altos ao novo fotógrafo, o que lhe gerou
prejuízos de ordem material. Diante desse cenário, considerando-se
que os danos de Joana se limitaram aos prejuízos materiais, assinale
a afirmativa correta.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009049
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) Joana pode pedir a devolução dos 20% adiantados mais o
equivalente, com atualização monetária, juros e honorários de
advogado, mas não pode pedir indenização suplementar em
nenhuma hipótese
B) Joana pode pedir apenas a devolução dos 20% adiantados e
indenização suplementar, independentemente da prova do prejuízo.
C) Joana pode pedir a devolução dos 20% adiantados mais o
equivalente, com atualização monetária, juros e honorários de
advogado, e, se provar maior prejuízo, pode pedir indenização
suplementar.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009049
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
D) Joana pode pedir a devolução dos 20%, acrescidos de
atualização monetária, juros e honorários de advogado, sendo esse
o máximo de indenização possível.
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma
parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel,
deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou
computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o
contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a
inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu
haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o
equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização
suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa
mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do
contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo
da indenização.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de
arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão
função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-
las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á,
mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a
indenização suplementar.
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009050
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Nicolas, servidor do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo,
lotado na 3ª Vara Cível da Comarca da Capital, toma conhecimento
de hasta pública a ser realizada sobre valioso bem na vara em que
labora.
No intuito de colaborar com a rápida solução do processo, visando
ao bom andamento da justiça e para saldar adívida do devedor,
decide comprar o bem objeto do litígio, pagando preço compatível
com o mercado no âmbito da hasta pública realizada em sua vara. A
referida compra e venda, se efetivada, será
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009050
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
A) nula, considerando que Nicolas é servidor na mesma vara em que
foi realizada a hasta pública
B) válida, considerando ter sido realizada por hasta pública,
procedimento que, dada a publicidade, convalida eventuais vícios
porventura existentes.
C) anulável, podendo ser realizada mas sujeita à anulação posterior
se os interessados se manifestarem.
D) nula, considerando que a hasta pública não poderá recair sobre
bem litigioso.
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados,
ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os
bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da
pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua
administração direta ou indireta;
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Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados,
ainda que em hasta pública:
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e
outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos
sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde
servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam
encarregados.
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EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009051
Direito Civil
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A Associação Atlética de uma renomada instituição de ensino
jurídico brasileira, que possui mais de seiscentos associados, publica
edital em seu site e, também, nas redes sociais, de convocação para
uma Assembleia Geral, a ser realizada por meio eletrônico, trinta
dias após a publicação, tendo como pauta a aprovação das contas
dos diretores relativas ao exercício financeiro anterior e a alteração
do estatuto. Diante da situação narrada, assinale a afirmativa
correta.
A) A convocação de Assembleia Geral feita pela Associação Atlética
apresenta um vício formal que conduz à nulidade absoluta, haja
vista a impossibilidade da realização de Assembleia Geral por meio
eletrônico.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009051
Direito Civil
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B) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é possível
juridicamente, desde que respeitada a participação e a
manifestação dos associados, salvo para alteração estatutária, que
deverá ser feita por reunião presencial, de modo que o edital da
Associação Atlética é nulo, admitindo-se a conversão.
C) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é válida,
desde que garantida a participação e a manifestação dos
associados, além do respeito às normas estatutárias, inclusive, para
a finalidade de alteração dos estatutos.
EXAME XXXVII - 1ª FASE OAB
ID 4000009051
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D) A realização de Assembleia Geral por meio eletrônico é anulável,
por falta de previsão legal, admitindo-se, por conseguinte, a
convalidação.
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as
decisões se tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o
ato constitutivo dispuser de modo diverso.
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões
a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou
forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.
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Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem
prejuízo do previsto em legislação especial e em seus atos
constitutivos, poderão realizar suas assembleias gerais por meio
eletrônico, inclusive para os fins do disposto no art. 59 deste
Código, respeitados os direitos previstos de participação e de
manifestação.
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Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:
I – destituir os administradores;
II – alterar o estatuto.
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Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e
II deste artigo é exigido deliberação da assembléia especialmente
convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no
estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores.
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EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008656
Direito Civil
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Otávio é proprietário e residente do apartamento 706, unidade
imobiliária do condomínio edilício denominado União II, e é
conhecido pelos vizinhos pelas festas realizadas durante a semana,
que varam a madrugada.
Na última comemoração, Otávio e seus convivas fizeram uso de
entorpecentes e, em trajes incompatíveis com as áreas comuns do
prédio, ficaram na escada do edifício cantando até a intervenção do
síndico, que acionou a polícia para conter o grupo, que voltou para
o apartamento de Otávio.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008656
Direito Civil
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No dia seguinte, o síndico convocou uma assembleia para avaliar as
sanções a serem aplicadas ao condômino antissocial. Ficou
decidido, pelo quórum de ¾, a aplicação de multa de cinco vezes o
valor da contribuição mensal.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) A multa aplicada é indevida, pois apesar do comportamento de
Otávio, ele é proprietário de unidade imobiliária autônoma, assim
como os demais condôminos que deliberaram a multa em seu
desfavor.
B) O síndico poderia ter aplicado a multa de até cinco contribuições
mensais, sem a convocação da assembleia.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008656
Direito Civil
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C) A aplicação da multa em face de Otávio é ilegal, pois a sanção
deveria ser precedida por ação judicial para sua aplicação.
D) O síndico aplicou corretamente a multa. Caso o comportamento
antissocial de Otávio persista, a multa poderá ser majorada para até
dez vezes o valor da contribuição mensal do condomínio.
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são
propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos
condôminos.
Direito Civil
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Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das
suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção;
II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias
externas;
IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e
não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e
segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.
Direito Civil
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Art. 1.336. § 1º O condômino que não pagar a sua
contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou,
não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois
por cento sobre o débito.
Direito Civil
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Art. 1.336. § 2º O condômino, que não cumprir qualquer dos
deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no
ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a
cinco vezes o valor de suas contribuições mensais,
independentemente das perdas e danos que se apurarem; não
havendo disposição expressa, caberá à assembléia geral, por dois
terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a
cobrança da multa.
Direito Civil
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Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre
reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá,
por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser
constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do
valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais,
conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente
das perdas e danos que se apurem.
Direito Civil
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Art. 1337. Parágrafo único. O condômino ou possuidor que,
por seu reiterado comportamento anti-social,gerar
incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou
possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa
correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para
as despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembléia.
Direito Civil
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EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008657
Direito Civil
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Márcio vendeu um imóvel residencial, do qual era proprietário, para
Sebastião. Animado com esse negócio, o comprador, músico,
mencionou ao vendedor sua felicidade, pois passaria a residir em
uma casa onde haveria espaço suficiente para colocar um piano.
Porém, queixou-se de ainda não ter encontrado o instrumento ideal
para comprar.
Neste momento, Márcio comentou que sua filha, Fabiana,
trabalhava com instrumentos musicais e estava buscando alguém
interessado em adquirir um de seus pianos. Após breve contato
com Fabiana, Sebastião foi até a casa dela, analisou o instrumento e
gostou muito. Por tais razões, manifestou vontade de comprá-lo.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008657
Direito Civil
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Após as tratativas mencionadas, Márcio e Sebastião celebraram
contrato de compra e venda de imóvel sob a forma de escritura
pública lavrada em Cartório de Notas, com posterior pagamento
integral do preço, devido ao vendedor, pelo comprador. De outro
lado, Sebastião e Fabiana também celebraram contrato particular
de compra e venda do piano, com posterior pagamento integral do
valor pelo comprador e entrega por Fabiana do bem vendido.
A respeito da situação apresentada, segundo o Código Civil,
Sebastião adquiriu a propriedade
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008657
Direito Civil
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A) tanto do imóvel quanto a do piano, pela tradição dos referidos
bens.
B) do piano a partir da tradição desse bem, mas a do imóvel foi
adquirida no momento em que se lavrou a escritura pública de
compra e venda no Cartório de Notas.
C) do piano a partir da tradição desse bem, mas a do imóvel será
adquirida mediante registro do título translativo no Registro de
Imóveis.
D) tanto do imóvel quanto a do piano, a partir do momento em que
assumiu a posse dos referidos bens.
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando
constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem
com a tradição.
Direito Civil
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Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no
Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a
1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Direito Civil
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Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante
o registro do título translativo no Registro de Imóveis.
Direito Civil
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Art. 1.245. § 1º Enquanto não se registrar o título translativo,
o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
§ 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a
decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento,
o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.
Direito Civil
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Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade,
poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
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EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008658
Direito Civil
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Rodolfo e Marília estão casados desde 2005. Em 2010, nasceu
Lorenzo, único filho do casal. No ano de 2020, eles resolveram se
divorciar, após um período turbulento de discussões e mútuas
relações extraconjugais. A única divergência entre o casal envolvia a
guarda do filho, Lorenzo.
Neste sentido, sublinhando-se que o pai e a mãe apresentam
condições de exercício de tal função, relacionando-se bem com o
filho e conseguindo separar seus problemas conjugais de seus
deveres paternos e maternos – à luz do Código Civil, assinale a
afirmativa correta.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008658
Direito Civil
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A) Segundo a lei, o juiz, diante do conflito, deverá aplicar a guarda
alternada entre Rodolfo e Marília.
B) Como os pais desejam a guarda do menor e estão aptos a
exercer o poder familiar, a lei determina a aplicação da guarda
compartilhada, mesmo que não haja acordo entre eles.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008658
Direito Civil
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C) A lei determina a fixação da guarda compartilhada, mas, tendo
em vista cuidar-se de divergência sobre a guarda, ela deve ser
atribuída a Rodolfo ou a Marília, mas, diante do conflito, a guarda
não deve ser atribuída a eles, em nenhuma hipótese.
D) Caso Rodolfo e Marília não consigam decidir de modo
consensual a quem caberá a guarda de Lorenzo, o juiz será
obrigado a atribuí-la ou a um genitor ou ao outro, uma vez que
inexiste hipótese de guarda compartilhada na lei brasileira.
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
Direito Civil
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Art. 1.583. § 1º Compreende-se por guarda unilateral a
atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art.
1.584, § 5 o ) e, por guarda compartilhada a responsabilização
conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que
não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos
filhos comuns.
Direito Civil
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Art. 1.583. § 2º Na guarda compartilhada, o tempo de
convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a
mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os
interesses dos filhos.
Direito Civil
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Art. 1.583. § 3º Na guarda compartilhada, a cidade
considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor
atender aos interesses dos filhos.
Direito Civil
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Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá
ser:
I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer
deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução
de união estável ou em medida cautelar;
II – decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do
filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio
deste com o pai e com a mãe.
Direito Civil
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Art. 1.584. § 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o
pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores
aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda
compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado
que não deseja a guarda da criança ou do adolescente ou quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade de risco de
violência doméstica ou familiar
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EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008659
Direito Civil
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João dirigia seu carro, respeitando todas as regras de trânsito,
quando foi surpreendido por uma criança que atravessava a pista.
Sendo a única forma de evitar o atropelamento da criança, João
desviou seu veículo e acabou por abalroar um outro carro, que estava
regularmente estacionado.
Passado o susto e com a criança em segurança, João tomou
conhecimento de que o carro com o qual ele havia colidido era dos
pais daquela mesma criança. Diante das circunstâncias, João
acreditou que não seria responsabilizado pelo dano material causado
ao veículo dos pais. No entanto, para sua surpresa, os pais
ingressaram com uma ação indenizatória, requerendo o ressarcimento
pelos danos materiais.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008659
Direito Civil
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Diante da situação hipotética narrada, nos termos da legislação civil
vigente, assinale a opção correta.
A) João cometeu um ato ilícito e, como consequência, deverá
indenizar pelos danos materiais causados, visto inexistir causa
excludente de ilicitude da sua conduta.
B) A ação de João é lícita, pois agiu em estado de necessidade,
evitando um mal maior e, sendo assim, não deverá indenizar os pais
da criança.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008659
Direito Civil
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C) A ação de João é lícita, pois agiu em estado de necessidade,
evitando um mal maior, porém subsiste o seu dever de indenizar os
pais da criança.D) João cometeu um ato ilícito, porém o prejuízo deverá ser
suportado pelos pais da criança.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Direito Civil
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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito
que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo
seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Direito Civil
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Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um
direito reconhecido;
Direito Civil
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Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa,
a fim de remover perigo iminente.
Direito Civil
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Art. 188. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será
legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo.
Direito Civil
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Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do
inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á
direito à indenização do prejuízo que sofreram.
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EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008660
Direito Civil
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João, Cláudia e Maria celebraram contrato de compra e venda de
um carro com Carlos e Paula. Pelo respectivo contrato, Carlos e
Paula se comprometeram, como devedores solidários, ao
pagamento de R$ 50.000,00. Ficou estabelecido, ainda,
solidariedade entre os credores João, Cláudia e Maria.
Diante do enunciado, assinale a afirmativa correta.
A) O pagamento feito por Carlos ou por Paula não extingue a
dívida, ainda que parcialmente.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008660
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
B) Qualquer dos credores tem direito a exigir e a receber de Carlos
ou de Paula, parcial ou totalmente, a dívida comum.
C) Impossibilitando-se a prestação por culpa de Carlos, extingue-se
a solidariedade, e apenas este responde pelo equivalente.
D) Carlos e Paula só se desonerarão pagando a todos os credores
conjuntamente.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou
de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se
o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores
continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Direito Civil
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Art. 275. Parágrafo único. Não importará renúncia da
solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou
alguns dos devedores.
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Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um
dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o
equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Direito Civil
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Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da
mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um;
mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Direito Civil
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Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem
direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota,
dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver,
presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-
devedores.
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EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008661
Direito Civil
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João Paulo, Thiago, Ana e Tereza, amigos de infância, consultam um
advogado sobre a melhor forma de, conjuntamente, desenvolverem
atividade com o propósito de auxiliar na educação formal de jovens
de uma comunidade da cidade ABC.
Os amigos questionam se deveriam constituir uma pessoa jurídica
para tal fim e informam ao advogado que gostariam de participar
ativamente da administração e do desenvolvimento das atividades
de educação. Além disso, os amigos concordam que a referida
pessoa jurídica a ser constituída não deve ter finalidade lucrativa.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008661
Direito Civil
Prof. Paulo Sousa
Diante do cenário hipotético narrado, o advogado(a) deverá indicar
A) a necessidade de constituição de uma associação e alertar aos
amigos que o custeio da referida associação deverá ser arcado por
eles, tendo em vista a ausência de finalidade lucrativa.
B) a necessidade de constituição de uma associação que poderá
desenvolver atividade econômica, desde que a totalidade dos
valores auferidos seja revertida para a própria associação.
EXAME XXXVI - 1ª FASE OAB
ID 4000008661
Direito Civil
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C) a constituição de uma fundação, porque é a modalidade mais
adequada para que os amigos possam participar ativamente da
administração e das atividades de educação.
D) a constituição de uma fundação e alertar aos amigos que o
custeio da referida fundação deverá ser arcado por eles, tendo em
vista a ausência de finalidade lucrativa e a impossibilidade de
aportes financeiros por outras pessoas que não pertencem à
fundação.
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas
que se organizem para fins não econômicos.
Direito Civil
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Art. 53. Parágrafo único. Não há, entre os associados,
direitos e obrigações recíprocos.
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Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o
estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.
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Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o
estatuto não dispuser o contrário.
Direito Civil
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Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por
escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres,
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a
maneira de administrá-la.
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OBRIGADO!
PROF. PAULO SOUSA
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