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Lei em Questão OAB - DIREITO CONSTITUCIONAL

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DIREITO CONSTITUCIONAL
Projeto Lei em Questão
40º Exame OAB
@profdiegocerqueira
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Mapa de Calor - Constitucional
ART. 5º CF/88
DIREITOS INDIVIDUAIS E 
COLETIVOS
Prof. Diego 
Cerqueira
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de pensamento
X Direito de Resposta
Art. 5º (...)
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem; 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de pensamento
X Direito de Resposta
❑ A liberdade de expressão existe para a manifestação de
opiniões contrárias, jocosas, satíricas e até mesmo errôneas, mas
não para opiniões criminosas, discurso de ódio ou atentados
contra o Estado Democrático de Direito e a democracia. (STF - AP
1044/DF – 2022)
❑ A Constituição garante a liberdade de expressão. No entanto, a
liberdade de expressão não pode ser usada para a prática de
atividades ilícitas ou para a prática de discursos de ódio, contra a
democracia ou contra as instituições.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de pensamento
X Direito de Resposta
❑ “Marcha da Maconha”:
Com base no direito à manifestação do pensamento e no direito de
reunião, o STF considerou inconstitucional qualquer interpretação do
Código Penal que possa ensejar a criminalização da defesa da
legalização das drogas, inclusive através de manifestações e
eventos públicos;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de pensamento
X Direito de Resposta
❑ Direito de resposta é aplicável em relação a todas as ofensas,
independentemente de elas configurarem ou não infrações
penais;
❑ Deverá ser sempre proporcional, ou seja, veiculada no mesmo
meio de comunicação utilizado pelo agravo, com mesmo
destaque, tamanho e duração;
Art. 5º (...)
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
É inconstitucional, por ofensa aos princípios da isonomia, da liberdade 
religiosa e da laicidade do Estado, norma que obrigue a manutenção de 
exemplar de determinado livro de cunho religioso em unidades escolares e 
bibliotecas públicas estaduais. [ADI 5.258, rel. min. Cármen Lúcia, DJE de 
27-4-2021.]
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de crença e 
consciência
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755677469
Art. 5º (...)
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência 
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de crença e 
consciência
Art. 5º 
(...)
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa 
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se 
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Escusa de consciência
❑ Lembrar que o requisito é cumulativo:
✓ recusar-se a cumprir obrigação legal; e
✓ cumprir a prestação alternativa fixada pela lei.
❑ Professor, e se ocorrer as duas hipóteses? Teremos a Perda de
direitos políticos (art. 15, IV da CRFB/88);
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Escusa de consciência
“(...) Nos termos do art. 5º, VIII, da CF, é possível a realização de etapas 
de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em edital 
por candidato que invoca a escusa de consciência por motivo de crença 
religiosa, desde que presente a razoabilidade da alteração, a preservação 
da igualdade entre todos os candidatos e que não acarrete ônus 
desproporcional à Administração pública, que deverá decidir de maneira 
fundamentada”. 
[RE 611.874, rel. min. Dias Toffoli, red. do ac. min. Edson Fachin, j. 26-11-2020, P, DJE de 
12-4-2021. Tema 386, com mérito julgado.]
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Escusa de consciência
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755555145
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=3861938&numeroProcesso=611874&classeProcesso=RE&numeroTema=386
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Escusa de consciência
Carlos, praticante de religião politeísta, é internado em hospital
de orientação cristã e solicita assistência espiritual a ser conduzida por um
líder religioso de sua crença. Os parentes de Carlos, mesmo cientes de que
a assistência solicitada se resumiria a uma discreta conversa, estão
temerosos de que a presença do referido líder coloque em risco a
permanência de Carlos no hospital, em virtude de representar uma
vertente religiosa não aderente à fé adotada pela instituição hospitalar. Os
parentes de Carlos o procuram, como advogado(a), para conhecer os
procedimentos adequados à situação narrada. Você os informou que,
segundo o sistema jurídico constitucional brasileiro, o hospital
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXVII Exame OAB – 2023)
A) pode negar a autorização para a assistência espiritual em religião diversa
daquela preconizada pela instituição, embora não fosse o caso de Carlos perder a
vaga.
B) não pode negar o apoio espiritual solicitado, mesmo que a assistência seja
prestada em bases religiosas diversas daquela oficialmente preconizada pelo
hospital.
C) somente está obrigado a autorizar a assistência religiosa caso já tivesse permitido
que sacerdote de outra religião exercesse atividades religiosas em suas instalações.
D) tem, como instituição privada, total autonomia para estabelecer regras para
situações como esta, podendo permitir ou negar o pedido, de acordo com seu
regulamento interno.
(FGV / XXXVII Exame OAB – 2023)
Art. 5º 
(...)
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em 
caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, 
ou, durante o dia, por determinação judicial;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Inviolabilidade Domiciliar
“É válida a atuação supletiva e excepcional de delegados de polícia e de 
policiais a fim de afastar o agressor do lar, domicílio ou local de 
convivência com a ofendida, quando constatado risco atual ou iminente à 
vida ou à integridade da mulher em situação de violência doméstica e 
familiar, ou de seus dependentes, conforme o art. 12-C inserido na Lei 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha)”.
[ADI 6.138, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 23-3-2022, P, Informativo 1048.]
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Inviolabilidade Domiciliar
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=761242160
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_PDF/Informativo_stf_1048.pdf
Segundo a Corte, o conceito se reveste de um caráter
amplo, não alcançando apenas a residência do indivíduo,
pois compreende: i) qualquer compartimento habitado; ii)
qualquer aposento ocupado de habitação coletiva; e iii)
qualquer compartimento privado não aberto ao público,
onde alguém exerce profissão ou atividade pessoal.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
O que o STF entende 
como casa?
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
INGRESSAR NA CASA DE ALGUÉM
Com o consentimento do
morador:
Sem o consentimento do 
morador ❑ A qualquer hora em caso de flagrante delito
ou desastre, ou ainda para prestar socorro.
❑ Com ordem judicial apenas durante o dia.
O DIREITO PROTEGE A INTIMIDADE E A VIDA PRIVADA DO INDIVÍDUO
CONCEITO DE CASA (SEGUNDO
STF):
✓ Qualquer compartimento habitado (inclusos aqui trailers e barcos)
✓ Qualquer aposento ocupado de habitação coletiva (quarto de
hotel);
✓ Qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde
alguém exerce profissão ou atividade pessoal (escritórios
profissionais,consultórios médicos e odontológicos)
Não estão abrangidos os bares e restaurantes
STF: NÃO SE PODE INVOCAR A INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO COMO ESCUDO PARA A PRÁTICA DE ATOS ILÍCITOS EM SEU
INTERIOR
(art. 5º XI da CF/88)
❑ A qualquer hora; não precisa de ordem judicial.
ESTRATÉGIA OAB
Prof. Diego Cerqueira
Inviolabilidade domiciliar 1
O Juízo da 10ª Vara Criminal do Estado Alfa, com base nos elementos
probatórios dos autos, defere medida de busca e apreensão a ser
realizada na residência de João. Devido à intensa movimentação de
pessoas durante o período diurno, bem como para evitar a destruição
deliberada de provas, o delegado de polícia determina que as
diligências necessárias ao cumprimento da ordem sejam realizadas à
noite, quando João estaria dormindo, aumentando as chances de
sucesso da incursão. Sobre o caso hipotético narrado, com base no
texto constitucional, assinale a afirmativa correta.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXV Exame OAB – 2022)
A) A inviolabilidade de domicílio, embora possa ser relativizada em casos
pontuais, não autoriza que as diligências necessárias ao cumprimento do
mandado de busca e apreensão na residência de João sejam efetivadas
durante o período noturno.
B) A incursão policial na residência de João se justificaria apenas em caso de
flagrante delito, mas, inexistindo a situação de flagrância, o mandado de busca
e apreensão expedido pelo Juízo da 10a Vara Criminal do Estado Alfa é nulo.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXV Exame OAB – 2022)
João, considerado suspeito de ter comercializado drogas ilícitas
em festa realizada há duas semanas em badalada praia do
Município Delta, após investigação policial, teve localizado seu
endereço. Os policiais, sem perda de tempo, resolvem se dirigir
para o referido endereço, e lá chegando, às 22h, mesmo sem
permissão, entram na casa de João e realizam uma busca por
provas e evidências. Segundo o sistema jurídico-constitucional
brasileiro, a ação policial
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXIII Exame OAB – 2021)
A) respeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que a
Constituição da República dispensa a necessidade de mandado
judicial em situações nas quais esteja em questão a possibilidade de
obtenção de provas para investigação criminal em curso.
B) desrespeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que, como a
Constituição da República não prevê explicitamente qualquer
exceção a este direito, o ingresso na casa alheia, contra a vontade
do morador, sempre exige ordem judicial.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXIII Exame OAB – 2021)
C) respeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que o sistema
jurídico brasileiro considera que a plena fruição desse direito somente
pode ser relativizada em situações nas quais o seu exercício venha a
conceder proteção a alguma ação criminosa.
D) desrespeitou o direito à inviolabilidade domiciliar, já que, embora
esse direito não seja absoluto e possua restrições expressas no
próprio texto constitucional, a atuação dos agentes estatais não se
deu no âmbito destas exceções.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXIII Exame OAB – 2021)
C) O cumprimento da medida de busca e apreensão durante o período
noturno é justificado pelas razões invocadas pelo Delegado, de modo
que a inviolabilidade de domicílio cede espaço à efetividade e à
imperatividade dos atos estatais.
D) A inviolabilidade de domicílio não é uma garantia absoluta e,
estando a ordem expedida pelo Juízo da 10a Vara Criminal
devidamente fundamentada, o seu cumprimento pode ser realizado a
qualquer hora do dia ou da noite.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXV Exame OAB – 2022)
Art. 5º (...)
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais 
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não 
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, 
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Direito de Reunião
❑ O STF estabeleceu que “a exigência constitucional de aviso
prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com
a veiculação de informação que permita ao poder público
zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou
para que não frustre outra reunião no mesmo local.”
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
STF – RE 806339/SC - 2021
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Fins pacíficos e sem 
armas Não poderá frustrar 
outra reunião 
convocada 
anteriormente para o 
mesmo local;
Necessidade apenas de 
prévio aviso à autoridade 
competente; Protegido por MS 
e não HC
Direito de Reunião
Direito de reunião
Antônio, líder ativista que defende a proibição do uso de quaisquer
drogas, cientifica as autoridades sobre a realização de manifestação
contra projeto de lei sobre a liberação do uso de entorpecentes.
Marina, líder ativista do movimento pela liberação do uso de toda e
qualquer droga, ao tomar conhecimento de tal evento, resolve, então,
sem solicitar autorização à autoridade competente, marcar, para o
mesmo dia e local, manifestação favorável ao citado projeto de lei, de
forma a impedir a propagação das ideias defendidas por Antônio.
Nesse sentido, segundo o sistema jurídico-constitucional brasileiro,
assinale a afirmativa correta.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXVI Exame OAB – 2018)
A) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois, com fundamento no
princípio do Estado Democrático, está amplamente livre para expressar
suas ideias.
B) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, pois o direito de
reunião depende de prévia autorização por parte da autoridade
competente.
C) Marina não poderia dar continuidade à sua iniciativa, já que sua
reunião frustraria a reunião de Antônio, anteriormente convocada para o
mesmo local.
D) Marina pode dar continuidade à sua iniciativa, pois é livre o direito de
reunião quando o país não se encontra em estado de sítio ou em estado de
defesa.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXVI Exame OAB – 2018)
Art. 5º (...)
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de 
caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em 
seu funcionamento;
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Direito de Associação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Liberdade de 
associação é 
plena para fins 
lícitos
É vedada 
associações de 
caráter 
paramilitar
A associação 
independe de 
autorização para 
ser criada
É vedada a 
interferência 
Estatal no 
funcionamento
Direito de associação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Art. 5º
(...)
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão 
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado; 
Direito de associação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
STF - RE 820823/DF - 2022 
❑ Tese Fixada: É inconstitucional o condicionamento da
desfiliação de associado à quitação de débito referente a
benefício obtido por intermédio da associação ou ao
pagamento de multa.
❑ De acordo com o STF, condicionar a desfiliação de associado à
quitação de débitos e/ou multas constitui ofensa à dimensão
negativa do direito à liberdade de associação (direito de não
se associar), cuja previsão constitucional é expressa.
DIREITO DE
ASSOCIAÇÃO
(art. 5º XVII, XVIII, XIX e XX da CF/88)
A LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
PARA FINS LÍCITOS É AMPLA:
a) Independente de autorização dos Poderes Público
b) Sem qualquer interferência em seu funcionamento.
A criação de cooperativas também é livre, mas há necessidade de lei que a regule
DISSOLUÇÃODAS ASSOCIAÇÕES APENAS POR DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO.
SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES APENAS POR DECISÃO JUDICIAL (NÃO PRECISA DE TRÂNSITO EM
JULGADO)
NINGUÉM PODE SER COMPELIDO ASSOCIAR-SE OU A PERMANECER ASSOCIADO
ESTRATÉGIA OAB
Prof. Diego Cerqueira Direito de Associação 1
Um grupo autodenominado “Sangue Puro” passou a se organizar
sob a forma de associação. No seu estatuto, é possível identificar
claros propósitos de incitação à violência contra indivíduos
pertencentes a determinadas minorias sociais. Diversas
organizações não governamentais voltadas à defesa dos direitos
humanos, bem como o Ministério Público, ajuizaram medidas
judiciais solicitando a sua imediata dissolução. Segundo a
Constituição Federal, a respeito da hipótese formulada, assinale a
afirmativa correta.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XVIII Exame OAB – 2015)
A) A associação não poderá sofrer qualquer intervenção do Poder
Judiciário, pois é vedada a interferência estatal no funcionamento das
associações.
B) Caso o pedido de dissolução seja acolhido, a associação poderá ser
compulsoriamente dissolvida, independentemente do trânsito em julgado da
sentença judicial.
C) A associação poderá ter suas atividades imediatamente suspensas por
decisão judicial, independentemente do seu trânsito em julgado.
D) Apenas se justificaria a intervenção estatal se caracterizada a natureza
paramilitar da associação em comento.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XVIII Exame OAB – 2015)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Art. 5º (...)
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
❑ Resguardar o direito de conhecimento de informações
públicas ou particulares;
❑ Objetivo: transparência e publicidade da adm. pública;
❑ Regulamentação: é feita pela Lei nº 12.527/2011 - LAI;
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Lei de Acesso à Informação nº. 12.527/11
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a 
assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem 
ser executados em conformidade com os princípios básicos da 
administração pública e com as seguintes diretrizes:
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo 
como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, 
independentemente de solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela 
tecnologia da informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na 
administração pública;
V - desenvolvimento do controle social da administração pública.
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, 
entre outros, os direitos de obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de 
acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou 
obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou 
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a 
arquivos públicos;
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, 
independentemente de requerimentos, a divulgação em local de 
fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de 
interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere 
o caput, deverão constar, no mínimo:
I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços 
e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao 
público;
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos 
financeiros;
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(...)
III - registros das despesas;
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive 
os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos 
celebrados;
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, 
projetos e obras de órgãos e entidades; e
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
❑ Prof., quem pode requerer o acesso às informações?
❑ Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a
informações aos órgãos e entidades referidos;
❑ Uso de qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação
requerida. (art. 10)
Direito à informação
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Direito à informação
Durval, cidadão brasileiro e engenheiro civil, desempenha
trabalho voluntario na ONG Transparência, cujo principal objetivo
é apurar a conformidade das contas públicas e expor eventuais
irregularidades, apresentando reclamações e denúncias aos
órgãos e entidades competentes. Ocorre que, durante o ano de
2018, a Secretaria de Obras do Estado Alfa deixou de divulgar em
sua página da Internet informações referentes aos repasses de
recursos financeiros, bem como foram omitidos os registros das
despesas realizadas.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXIX Exame OAB – 2019)
(...) Por essa razão, Durval compareceu ao referido órgão e
protocolizou pedido de acesso a tais informações, devidamente
especificadas. Em resposta à solicitação, foi comunicado que os
dados requeridos são de natureza sigilosa, somente podendo ser
disponibilizados mediante requisição do Ministério Público ou do
Tribunal de Contas. A partir do enunciado proposto, com base na
legislação vigente, assinale a afirmativa correta.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXIX Exame OAB – 2019)
A) A decisão está em desacordo com a ordem jurídica, pois os
órgãos e entidades públicas têm o dever legal de promover, mesmo
sem requerimento, a divulgação, em local de fácil acesso, no âmbito
de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral
que produzam ou custodiem.
B) Assiste razão ao órgão público no que concerne tão somente ao
sigilo das informações relativas aos repasses de recursos financeiros,
sendo imprescindível a requisição do Ministério Público ou do Tribunal
de Contas para acessar tais dados.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXIX Exame OAB – 2019)
C) Assiste razão ao órgão público no que concerne tão somente ao
sigilo das informações relativas aos registros das despesas
realizadas, sendo imprescindível a requisição do Ministério Público ou
do Tribunal de Contas para acessar tais dados.
D) Assiste razão ao órgão público no que concerne ao sigilo das
informações postuladas, pois tais dados apenas poderiam ser
pessoalmente postulados por Durval caso estivesse devidamente
assistido por advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXIX Exame OAB – 2019)
Direito Constitucional
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(...)
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos 
ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Direito de petição
Direito Constitucional
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Direito de petição
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Art. 5º 
(...)
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada.
Direitoadquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa 
julgada
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
❑ São instrumentos de segurança jurídica trazidos pelo
Constituinte que visam impedir leis ou atos normativos
de retroagirem para prejudicar situações já
estabelecidas ou reconhecidas.
❑ É a garantia da irretroatividade das leis.
Direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa 
julgada
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
❑ Direito adquirido: é caracterizado após o indivíduo
cumprir todos os requisitos legais para gozo e fruição
do direito. Resumidamente, é um direito já
incorporado ao patrimônio do particular. Ex:
aposentadoria.
Direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa 
julgada
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa 
julgada
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
❑ Ato jurídico perfeito: quer dizer que a reunião de
todos os elementos que a lei exige para que o ato seja
constituído estão presentes. Ex: um contrato
celebrado hoje, na vigência de uma determinada lei Y.
❑ Coisa julgada: é a decisão judicial da qual não cabe
mais recurso, tecnicamente.
Direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa 
julgada
A Lei n°. YYY do Município Alfa revogou o adicional por tempo de serviços
(ATS), abolindo-o por inteiro com efeitos retroativos absolutos. Além disso,
estabeleceu as regras para que os servidores não só deixassem de receber
o referido adicional, como também para que devolvessem todas as
quantias por eles recebidas a título de ATS. A medida foi justificada sob o
argumento de que haveria significativa economia das despesas públicas e,
por isso, seria possível o aumento nos investimentos em saúde e em
educação. Os servidores, por sua vez, alegaram clara violação ao direito
adquirido e ao ato jurídico perfeito em relação à determinação de
devolução dos valores já recebidos. Sobre a questão em discussão,
segundo o sistema jurídico-constitucional, assinale a afirmativa correta.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXVIII Exame OAB – 2023)
A) A Lei n° YYY apresenta indiscutível interesse público, portanto, à
retroatividade absoluta é válida, encontrando-se de acordo com o que
determina o sistema jurídico-constitucional.
B) A garantia ao direito adquirido não se aplica às normas municipais, que
podem, por razões econômicas, produzir efeitos retroativos.
C) A retroatividade absoluta da Lei n° VVY fere o texto constitucional, pois
afeta situações já constituídas e exauridas em momento pretérito.
D) O direito adquirido, por determinação constitucional expressa, pode ser
desconsiderado nas situações em que o seu reconhecimento inviabilize políticas
públicas nas áreas de educação e saúde.
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
(FGV / XXXVIII Exame OAB – 2023)
Direito Constitucional
Prof. Diego Cerqueira
Art. 5º 
(...)
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens 
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Princípio da Intranscendência 
da Pena
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❑ Princípio intransmissibilidade da pena
❑ Esse principio impede que uma pessoa que não tenha
cometido um crime, cumpra pena pela a autora do delito.
Princípio da Intranscendência 
da Pena
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❑ Prof., eu estou lendo aqui e estou vendo que os sucessores podem
ser obrigados a reparar o dano. Isso mesmo?
❑ A Constituição limita essa obrigação ao patrimônio deixado pelo
infrator. Assim, os herdeiros não responderão com seu próprio
patrimônio.
Princípio da Intranscendência 
da Pena
Antônio foi condenado em definitivo pela prática de diversos crimes
em concurso material. Além da privação da liberdade, também foi
condenado, cumulativamente, à pena de multa e à obrigação de
ressarcir os danos causados às vítimas das práticas criminosas. Em
caso de falecimento de Antônio, com base no texto constitucional, é
correto afirmar que,
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(FGV / XXXVI Exame OAB – 2022)
A) à exceção das penas privativas de liberdade, todas as demais podem ser
estendidas aos sucessores de Antônio até o limite do valor do patrimônio
transferido.
B) pelo princípio da intransmissibilidade da pena, nenhuma das obrigações ou
penas decorrentes da prática criminosa pode ser transferida aos sucessores de
Antônio.
C) apenas a pena de multa e obrigações de cunho patrimonial podem ser
estendidas aos sucessores de Antônio até o limite do valor do patrimônio
transferido.
D) a obrigação de reparar os danos causados às vítimas pode ser estendida
aos sucessores de Antônio e contra eles executada até o limite do valor do
patrimônio transferido.
(FGV / XXXVI Exame OAB – 2022)
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Art. 5º 
(...)
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, 
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, 
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime 
político ou de opinião;
Extradição
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Extradição
Jean Oliver, nascido em paris, na França, naturalizou-se brasileiro
no ano de 2003. Entretanto, no ano de 2016, foi condenado, na
França, por comprovado envolvimento de tráfico ilícito de drogas
(cocaína), no território francês, entre os anos de 2010 e 2014. Antes
da condenação, em 2015, Jean passou a residir no Brasil. A França,
com quem o Brasil possui tratado de extradição de Jean, a fim de
que cumpra, naquele país, a pena de oito anos à qual foi
condenado. Apreensivo, Jean, procura um advogado e o questiona
acerca da possibilidade de o Brasil extraditá-lo. O advogado, então,
responde que, segundo o sistema jurídico constitucional brasileiro, a
extradição
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(FGV / XXV Exame OAB – 2018)
A) não é possível, já que, a Constituição Federal, por não fazer distinção
entre o brasileiro nato e o brasileiro naturalizado, não pode autorizar tal
procedimento.
B) não é possível, pois o Brasil não extradita seus cidadãos nacionais
naturalizados, por crime comum praticado após a oficialização do processo
de naturalização.
C) é possível, pois a Constituição Federal prevê a possibilidade de extradição
em caso de comprovado envolvimento com tráfico ilícito de drogas, ainda que
praticado após a naturalização.
D) é possível, pois a Constituição Federal autoriza que o Brasil extradite
qualquer brasileiro quando comprovado o seu envolvimento na prática de
crime hediondo em outro país.
(FGV / XXV Exame OAB – 2018)
OBRIGADO!!!!!
Instagram: @profdiegocerqueira
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
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Mandado de Segurança
Art. 5º, LXIX, CRFB/88
(...)
“conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público”
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Mandado de Segurança
Ato coator
Direito líquido e certo
Desnecessidade de dilação 
probatória
Tempestividade 
Ação residual (Princípio da 
Subsidiariedade)
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Mandado de Segurança
❑ A prova pré-constituída é sobre os fatos: (art. 6º da Lei.
12.016/09). O fato devidamente comprovado é que
precisa ser líquido e certo e não o direito.
❑ Súmula 625 do STF: "controvérsia sobre matéria de 
direito não impede concessão de mandado de 
segurança”.
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Prazo do MS
Art. 23, Lei. 12.016/09
Art. 23. O direito de requerermandado de segurança 
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da 
ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
Súmula 632 do STF: “É constitucional lei 
que fixa o prazo de decadência para a 
impetração de mandado de segurança”.
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Prazo do MS
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Mandado de Segurança
Coletivo
Art. 5º, CRFB/88
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados;
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Mandado de Segurança
Coletivo
❑ Visa a proteção de direitos coletivos e individuais e
homogêneos contra ato, omissão ou abuso de poder
por parte de autoridade.
❑ Não cabe MS coletivo para proteger direitos difusos:
estes já são amparados por outros instrumentos
processuais, como, por exemplo, a ação civil pública.
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Mandado de Segurança
Coletivo
(...)
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por partido político com representação no 
Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos 
relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por 
organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 
1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da 
totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na 
forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
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Mandado de Segurança
Coletivo
❑ Súmula 629 STF - A impetração de mandado de 
segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes.
❑ Súmula 630 STF - A entidade de classe tem legitimação 
para o mandado de segurança ainda quando a pretensão 
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva 
categoria. 
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Tema 1119 - RE com Agravo 
1.293.130/SP - 2021
“É desnecessária a autorização expressa dos associados, a
relação nominal destes, bem como a comprovação de filiação
prévia, para a cobrança de valores pretéritos de título judicial
decorrente de mandado de segurança coletivo impetrado por
entidade associativa de caráter civil”.
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Mandado de Segurança
Coletivo
(FGV / XXXI OAB / 2020)
Alfa, entidade de classe de abrangência regional, legalmente
constituída e em funcionamento há mais de 1 ano, ingressa,
perante o Supremo Tribunal Federal, com mandado de segurança
coletivo para tutelar os interesses jurídicos de seus representados.
Considerando a urgência do caso, Alfa não colheu autorização dos
seus associados para a impetração da medida. Com base na
narrativa acima, assinale a afirmativa correta.
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(FGV / XXXI OAB / 2020)
A) Alfa não tem legitimidade para impetrar mandado de
segurança coletivo, de modo que a defesa dos seus associados
em juízo deve ser feita pelo Ministério Público ou, caso
evidenciada situação de vulnerabilidade, pela Defensoria Pública.
B) Alfa goza de ampla legitimidade para impetrar mandado de
segurança coletivo, inclusive para tutelar direitos e interesses
titularizados por pessoas estranhas à classe por ela representada.
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(FGV / XXXI OAB / 2020)
C) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de
segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos dos seus
associados, sendo, todavia, imprescindível a prévia autorização
nominal e individualizada dos representados, em assembleia
especialmente convocada para esse fim.
D) Alfa possui legitimidade para impetrar mandado de
segurança coletivo em defesa dos interesses jurídicos da
totalidade ou mesmo de parte dos seus associados,
independentemente de autorização.
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Habeas Data
Art. 5º, CRFB/88:
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas 
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos 
de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-
lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
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Habeas Data
❑ Garantir acesso a informações relativas à pessoa do
impetrante: constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público (Art. 5º,
LVXXII, alínea a, da CF/88 e art. 7°, I, da Lei n°. 9.507/07);
❑ Retificação de dados: constantes de banco de dados de
caráter público, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo (art. 5°, LVXII, alínea b, da
CF/88 e art. 7°, II, da lei n°. 9.507/07);
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Habeas Data
❑ Para anotação nos assentamentos do interessado, de
contestação ou explicação: sobre dado verdadeiro, mas
justificável que esteja sob pendência judicial ou amigável
(art. 7°, III, da Lei 9.507/07).
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Natureza Jurídica
❑ Remédio jurídico-processual, de natureza constitucional,
que se destina a garantir em favor da pessoa interessada, o
exercício de pretensão jurídica discernível em seu tríplice
aspecto:
a) direito de acesso aos registros existentes;
b) direito de retificação dos registros errôneos e
c) direito de complementação dos registros
insuficientes ou incompletos.
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Natureza Jurídica
❑ Trata-se de relevante instrumento de ativação da
jurisdição constitucional das liberdades, que representa,
no plano institucional, a mais expressiva reação jurídica do
Estado às situações que lesem, efetiva ou potencialmente,
os direitos da pessoa, quaisquer que sejam as dimensões
em que estes se projetem" (STF, HD 75/DF, Rel. Min.
Celso de Mello, DJU de 19-10-2006).
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Habeas Data x Mandado de 
Segurança
❑ Direito à Certidão. Cabe MS ou HD?
❑ O HD é utilizado quando não se tem acesso a informações
pessoais do impetrante ou quando se deseja retificá-las.
Quando alguém solicita uma certidão, já tem acesso às
informações; o que se quer é apenas receber um
documento formal do Poder Público que ateste a
veracidade das informações.
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Habeas Data
❑ Legitimidade passiva (Autoridade): pode ser da
Administração Pública, direta ou indireta; de qualquer dos
poderes ou órgãos destes.
❑ Pode banco de caráter Privado? O “habeas data” não pode
ser usado para que se tenha acesso a banco de dados de
caráter privado. (art. LXXII, do art. 5°, da CRFB/88)
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Habeas Data
❑ Requisito indispensável: comprovação da negativa da
autoridade em garantir o acesso aos dados relativos.
“jurisdição condicionada”
Lei. 9.507/97, art. 8° (...)
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova:
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de 
dez dias sem decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de 
quinze dias, sem decisão; ou
III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 
4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.
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Recusa para Prestar as 
Informações
❑ “habeas data” pressupõe, dentre outras condições de admissibilidade,
a existência do interesse de agir. A prova do anterior indeferimento do
pedido de informações de dados pessoais, ou da omissão em atendê-
lo, constitui requisito indispensável à concretização do interesse de
agir. (...) (STF, HD 75; DF, DJU de 19.10.2006)
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Recusa para Prestar as 
Informações
❑ Súmula nº 2 do STJ: “Não cabe o habeas data se não houve recusa de
informações por parte da autoridade administrativa”.
❑ Exceção ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário.
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RE 1227486 AgR - 2020
❑ EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
CONSTITUCIONAL. HABEAS DATA. INFORMAÇÕES REFERENTES A 
TERCEIROS. IMPETRAÇÃO PELO SINDICATO: ILEGITIMIDADE. AUSÊNCIA 
DE INTERESSE DE AGIR. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL NEGA 
PROVIMENTAL. RE 1227486 AgR / 2020)
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Gratuidade
Art. 5° LXXVII,CRFB/88 
(...)
“são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na 
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania”.
Não há na petição o pedido de condenação em honorários
advocatícios nem custas processuais. Mas, precisa de Advogado!!!
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Não Cabimento do 
Habeas Data
❑ Quando se busca ter acesso a dados públicos (cabe MS)
❑ Obtenção de certidões (ação cabível é o “MS”).
❑ Acesso a provas de concurso ou a nova correção de provas de
concurso (prova é dado público, ou seja, é cabível o MS). ATENÇÃO!
Em relação a informação sobre o psicoteste ou informação social cabe
o HD.
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Não Cabimento do 
Habeas Data
❑ Quando se busca ter acesso a processo administrativo denegado
(remédio próprio é o MS)
❑ Quando se quer ter acesso a dados sobre terceiros: o habeas data
é o remédio da intimidade, vida privada.
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Regras de Competência
❑ Em razão da Autoridade Coatora
❑ Regras similares ao Mandado de Segurança
Art. 102, I, d, CRFB/88
(…)
d) (...) o mandado de segurança e o habeas 
data contra atos do Presidente da República, das 
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal, do Tribunal de Contas da União, do 
Procurador-Geral da República e do próprio 
Supremo Tribunal Federal;
Obs*) Atos do CNJ, CNMP também são de 
competência do STF.
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Não Cabimento do 
Habeas Data
(FGV / XXXVI OAB / 2022)
Um órgão público, detentor de banco de dados com informações passíveis de
serem transmitidas a terceiros, possuía informações inexatas a respeito de
João. Em razão disso, ele dirige petição ao referido órgão solicitando que
providenciasse a devida retificação. A petição seguiu acompanhada dos
documentos que informavam os dados corretos sobre a pessoa de João.
Como o órgão público indeferiu tanto o pedido inicial quanto o recurso
administrativo interposto, João contratou você, como advogado(a), para
ajuizar a medida judicial cabível. Agindo em conformidade com o sistema
jurídico-constitucional brasileiro, você
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(FGV / XXXVI OAB / 2022)
A) ajuizou um Habeas Data, esclarecendo que o Mandado de Segurança, por ser
um remédio de caráter residual, não seria o instrumento adequado para aquela
situação específica, em que se almejava retificar informações pessoais.
B) ajuizou uma Ação Ordinária, informando a João ser esta a única solução
processual passível de atingir os objetivos pretendidos, já que a comprovação do
direito líquido e certo pressupõe a dilação probatória
C) impetrou Mandado de Segurança, tendo o cuidado de observar que a
impetração se desse dentro do prazo decadencial de 120 dias do conhecimento,
por João, do improvimento do recurso.
D) informou a João que a situação em tela é uma exceção à possibilidade de
resolução no âmbito da esfera judicial, sendo que sua solução obrigatoriamente
se esgota na esfera administrativa.
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Mandado de 
Injunção
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta 
de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
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Mandado de 
Injunção
❑ Combater a inefetividade das normas Constitucionais.
Tutelar direitos subjetivos previstos na CF/88 pendentes
de regulamentação.
❑ Incidência nas normas constitucionais não autoaplicáveis,
aquelas denominadas como normas de eficácia limitada.
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Processo subjetivo. 
Defender direitos 
fundamentais
dependentes de 
regulamentação
Controle difuso
Legitimado: 
Qualquer pessoa, 
seja ela natural ou 
jurídica, nacional ou 
estrangeira
MI Processo Objetivo. 
Defender normas 
constitucionais
dependentes de 
regulamentação.
Controle 
Concentrado
Art. 103 I a IX da 
CF/88 “Presidente 
da República; a 
Mesa do Senado 
Federal (...).” 
ADO
Mandado de Injunção
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Mandado de Injunção
Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será 
deferida a injunção para: I - determinar prazo razoável para 
que o impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos 
direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, 
se for o caso, as condições em que poderá o interessado 
promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja 
suprida a mora legislativa no prazo determinado.
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Mandado de 
Injunção
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Mandado de 
Injunção
(FGV / XXXIX OAB / 2023)
Emenda à Constituição inseriu novo direito social na Constituição Federal de
1988. Da análise do dispositivo normativo extraiu-se que a fruição do direito
ali previsto somente seria possível com sua devida disciplina legal. Passados
sete anos sem que o Congresso Nacional tivesse elaborado a referida
regulamentação, mesmo após decisões do Supremo Tribunal Federal que
reconheciam a mora e determinavam prazo razoável para a edição da norma
regulamentadora, Fernando, que entende fazer jus a tal direito, procurou
você, como advogado(a), a fim de saber se há alguma providência judicial a
ser tomada para que possa usufruir do direito constitucionalmente previsto.
Sobre a hipótese, de acordo com o sistema jurídico-constitucional vigente,
assinale a afirmativa que apresenta, corretamente, sua orientação.
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXXIX OAB / 2023)
A) A via judicial não é cabível, posto que, com base no princípio da separação
de poderes, somente a produção de lei regulamentadora pelo Congresso
Nacional viabilizará a fruição do referido direito social.
B) Fernando poderá ingressar com mandado de injunção perante o Superior
Tribunal de Justiça, o qual, reconhecendo a existência de mora por parte do
Congresso Nacional, poderá determinar que este Tribunal edite a lei
regulamentadora imediatamente
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXXIX OAB / 2023)
C) O mandado de injunção, a ser impetrado por Fernando perante o Supremo
Tribunal Federal, pode ser utilizado para requerer que o Tribunal estabeleça as
condições em que se dará o exercício do referido direito social, de modo a
permitir a sua fruição.
D) Fernando tem a possibilidade de ajuizar uma ação direta de
inconstitucionalidade por omissão perante o Supremo Tribunal Federal,
requerendo que o Tribunal promova sua implementação imediata para todos que
façam jus ao direito social.
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXXVII OAB / 2023)
O poder constituinte derivado reformador promulgou emenda à Constituição,
inserindo um novo direito fundamental na CRFB/88. No caso, trata-se de
norma de eficácia limitada, necessitando, portanto, de lei regulamentadora a
ser produzida pelo Congresso Nacional. Em razão da total inércia do Poder
Legislativo, tendo decorrido quatro anos desde a referida emenda, uma
associação de classe legalmente constituída e em funcionamento há mais de
10 anos, cujo estatuto prevê a possibilidade de atuar judicial e
extrajudicialmente nointeresse de seus associados, que não estariam
sendo contemplados em razão da referida inércia, procura você,
como advogado(a). Com base no sistema jurídico-constitucional brasileiro,
você, como advogado(a), informa, corretamente, que a fruição dos direitos
pelos associados
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXXVII OAB / 2023)
A) somente poderá ser alcançada com a impetração de Mandado de Injunção
por iniciativa individual de cada um dos associados, em seus próprios nomes, junto
ao Supremo Tribunal Federal.
B) poderá ser alcançada com a impetração de Mandado de Injunção Coletivo
pela referida Associação, em seu próprio nome, junto ao Supremo Tribunal
Federal.
C) somente será alcançada após o Congresso Nacional produzir a
lei regulamentadora referente à norma constitucional de eficácia limitada.
D) será possível com o ajuizamento de uma Ação Civil Pública, que tenha como
pedido a exigência de que o Congresso Nacional produza, imediatamente, a lei
regulamentadora.
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Ação Popular
Art. 5º, CRFB/88
(...)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação 
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
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Ação Popular
❑ Plano Constitucional:
✔ Remédio de natureza coletiva;
✔ Processo subjetivo que tem por fim anular ato lesivo
ao patrimônio público, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e
cultural;
✔ Trata-se de participação direta do povo no controle
dos atos do Poder Público (Soberania popular).
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Ação Popular
❑ Legitimidade ativa: é o cidadão, que possui condição
jurídica de eleitor e está no pleno gozo dos seus direitos
políticos.
Art. 1º Lei. 4717/65.
(...)
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita 
com o título eleitoral, ou com documento que a ele 
corresponda.
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Legitimidade Ativa
❑ Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação
popular. (Súmula 365 STF)
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ADI 4.650 - 2016
❑ (...) não me parece que seja inerente ao regime democrático, em geral, e à 
cidadania, em particular, a participação política por pessoas jurídicas. É que 
o exercício da cidadania, em seu sentido mais estrito, pressupõe três 
modalidades de atuação cívica: o ius suffragii (i.e., direito de votar), o jus 
honorum (i.e., direito de ser votado) e o direito de influir na formação da 
vontade política através de instrumentos de democracia direta, como o 
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis (...). Por suas próprias 
características, tais modalidades são inerentes às pessoas naturais, 
afigurando-se um disparate cogitar a sua extensão às pessoas jurídicas. 
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Legitimidade Passiva
Art. 6° da lei 4717/65.
(...)
A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as 
entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários 
ou administradores que houverem autorizado, aprovado, 
ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, 
tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários 
diretos do mesmo.
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Competência
❑ Hierárquico:
✔ Regra Geral: é o direcionamento da ação popular será
para o juízo de primeiro grau, de modo que a
autoridade que se encontra no polo passivo da ação
popular não interfere na competência para o
julgamento da ação.
✔ Exceção: é possível o cidadão ingressar com ação
popular diretamente no STF. (102, I, CRFB/88)
Direito Constitucional
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Competência
• As causas e os conflitos entre a União e os Estados, a
União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive
as respectivas entidades da administração indireta;
Conflitos 
entre entes 
federativos 
(art. 102, I, f)
• A ação em que todos os membros da magistratura sejam
direta ou indiretamente interessados, e aquela em que
mais da metade dos membros do tribunal de origem
estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente
interessados
Membros da 
Magistratura 
(art. 102, I, n)
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Competência
❑ Material:
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente 
para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de 
acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para 
as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao 
Estado ou ao Município.
Direito Constitucional
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Competência
❑ Material:
§ 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à 
União e a qualquer outras pessoas ou entidade, 
será competente o juiz das causas da União, se 
houver; quando interessar simultaneamente ao 
Estado e ao Município, será competente o juiz das 
causas do Estado, se houver.
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Competência
❑ Material:
Juiz 
Federal
Interesse da União
lesão ocorrida atinja 
um bem jurídico que 
integra o patrimônio 
da União ou de um 
ente federal
Juiz 
Estadual
Não houver interesse 
da União 
SEC não são abarcadas 
pela competência da 
justiça federal 
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AgRE 824781 – 2016
Tema 836
❑ Tese fixada:
Não é condição para o cabimento da ação popular a demonstração 
de prejuízo material aos cofres públicos, dado que o art. 5º, inciso 
LXXIII, da Constituição Federal estabelece que qualquer cidadão é 
parte legítima para propor ação popular e impugnar, ainda que 
separadamente, ato lesivo ao patrimônio material, moral, cultural ou 
histórico do Estado ou de entidade de que ele participe.
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AgRE 824781 – 2016
Tema 836
(FGV / XXX OAB / 2022)
Roberto, cidadão brasileiro, toma conhecimento que um órgão público
federal está contratando uma conhecida empreiteira do Estado Delta para a
realização de obras sem promover o regular procedimento licitatório. A fim
de proteger o interesse público, busca obter maiores informações junto aos
setores competentes do próprio órgão. Sem sucesso, passa a considerar a
hipótese de ajuizar uma Ação Popular a fim de anular os atos de
contratação, bem como buscar o ressarcimento dos cofres públicos por
eventuais danos patrimoniais. Antes de fazê-lo, no entanto, quer saber as
consequências referentes ao pagamento de custas judiciais e do ônus de
sucumbência, caso não obtenha sucesso na causa. Você, como
advogado(a), então, explica-lhe que, segundo o sistema jurídico-
constitucional brasileiro, caso não obtenha sucesso na causa,
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXXVI OAB / 2022)
A) não terá que arcar com as custas judiciais e com o ônus de sucumbência,
posto que o interesse que o move na causa é revestido de inequívoca boa-fé,
em defesa do interesse público.
B) somente terá que arcar com as custas judiciais, mas não com os ônus
sucumbenciais, posto se tratar de um processo de natureza constitucional que
visa a salvaguardar o interesse social.
C) terá que arcar com as custas judiciais e com o ônus de sucumbência, como
ocorre ordinariamente no âmbito do sistema processual brasileiro.
D) não terá que arcar com qualquer custo, considerando que a Constituição
Federal de 1988 concede aos brasileiros isenção de custas em todos os
chamados remédios constitucionais.
(FGV / XXX OAB / 2019)
Giuseppe, italiano, veio ainda criança para o Brasil, juntamente com
seus pais. Desde então, nunca sofreu qualquer tipo de condenação
penal, constituiu família, sendo pai de um casal de filhos nascidos no
país, possui título de eleitor e nunca deixou de participar dos pleitos
eleitorais. Embora tenha se naturalizado brasileiro na década de1990, não se sente brasileiro. Nesse sentido, Giuseppe afirma que é
muito grato ao Brasil, mas que, apesar do longo tempo aqui vivido,
não partilha dos mesmos valores espirituais e culturais dos
brasileiros.
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXX OAB / 2019)
Giuseppe mora em Vitória/ES e descobriu o envolvimento do
Ministro de Estado Alfa em fraude em uma licitação cujo resultado
beneficiou, indevidamente, a empresa de propriedade de seus
irmãos. Indignado com tal atitude, Giuseppe resolveu, em nome da
intangibilidade do patrimônio público e do princípio da moralidade
administrativa, propor ação popular contra o Ministro de Estado
Alfa, ingressando no juízo de primeira instância da justiça comum,
não no Supremo Tribunal Federal.
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXX OAB / 2019)
Sobre o caso, com base no Direito Constitucional e na
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa
correta.
A) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para
processá-la e julgá-la é do Supremo Tribunal Federal, e falta
legitimidade ativa para o autor da ação, porque não possui a
nacionalidade brasileira, não sendo, portanto, classificado como
cidadão brasileiro.
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Diego Cerqueira
(FGV / XXX OAB / 2019)
B) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a
ação popular em tela é do juiz de primeira instância da justiça
comum, e o autor da ação tem legitimidade ativa porque é
cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos, muito embora
não faça parte da nação brasileira.
Direito Constitucional
Diego Cerqueira
(FGV / XXX OAB / 2019)
C) A ação não deve prosperar, uma vez que a competência para
julgar a mencionada ação popular é do Supremo Tribunal Federal,
muito embora não falte legitimidade ad causam para o autor da
ação, que é cidadão brasileiro, detentor da nacionalidade
brasileira e no pleno gozo dos seus direitos políticos.
D) A ação deve prosperar, porque a competência para julgar a
ação popular em tela tanto pode ser do juiz de primeira instância
da justiça comum quanto do Supremo Tribunal Federal, e não
falta legitimidade ad causam para o autor da ação, já́ que integra
o povo brasileiro.
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Diego Cerqueira
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AgRE 824781 – 2016
Tema 836
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