Buscar

SISTEMA GASTROINTESTINAL

Prévia do material em texto

SISTEMA GASTROINTESTINAL
É composto pelo trato gastrointestinal primário (boca, orofaringe, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, e ânus). Para realizar sua função, necessita do controle neural, endócrino e parácrino. 
Abordagem inicial 
· Resenha --- idade, espécie, raça e sexo
· Anamnese completa --- sintomas compatíveis/comprometimento de outros sistemas (no sistema digestório é preciso ficar atento nas doenças do próprio sistema e nas doenças de outros sistemas que possam afetar o digestório)
· Exame físico completo --- sensibilidade? presença de gás? aumento de volume?
· Diagnóstico --- importante para a solicitação de exames precisos 
· Tratamento --- direcionado à primárias ou aos sintomas 
Principais manifestações 
 APETITE REGURGITAÇÃO
 ÊMESE DISFALGIA PAROREXIA
 DIARRÉIA PERDA DE PESO
agudo________________________________________________________________crônico
As lesões na mucosa ocorrem quando os mecanismos de proteção são comprometidos, isso pode causar erosões, úlceras, sangramento, hematêmese e melena.
Etiologia 
Causas primárias (estão ligadas ao sistema gastrointestinal):
· Esofagite 
· Gastrite 
· Enterite 
· Neoplasia gastrointestinal 
Causas secundárias (estão ligadas a outros sistemas):
· Infecciosas 
· Intoxicações
· Neoplasias 
· Doenças metabólicas 
I. REGURGITAÇÃO 
É um movimento que possui semelhança ao vômito 
· Não há uma náusea prévia 
· É um processo passivo (sem esforço)
· O alimento não chega ao estômago
· Alimento não é digerido 
· PH tende a ser alcalino
· Pode estar ou não relacionado à dieta
REGURGITAÇÃO X ÊMESE
· Regurgitação: animal com polifagia pois alimento não chega ao estômago, desespero para comer
· Êmese: animal nauseado, não sente fome
A regurgitação pode causar esofagite por conta do acúmulo de ácidos estomacais e bronco aspiração levando a uma pneumonia aspirativa. 
MEGAESÔFAGO/DILATAÇÃO ESOFAGICA 
É a dilatação e o hipoperistaltismo do esôfago, pode ser congênito ou adquirido, primário ou secundário. O adquirido começa na idade adulta e pode ser idiopático. O congênito é comum em raças como Pastor Alemão, Labrador, Golden e Dog Alemão.
Megaesôfago idiopático congênito: é a dilatação esofágica generalizada sem causa conhecida
Etiologia 
O megaesôfago adquirido pode ser secundário a outras doenças, como alterações neuromusculares (miastenia gravis).
I. Doença esofágica obstrutiva 
· Persistência do 4º arco aórtico direito 
Anomalia do anel vascular que resulta do desenvolvimento anormal dos arcos aórticos durante o desenvolvimento embriológico vascular. Os anéis 
· Estenose causado por esofagite, corpo estranho, neoplasia ou espirocercose 
II. Alteração de motilidade 
· Miastenia gravis 
· Neuropatias 
· Idiopáticos (desconhecido)
Manifestações clínicas 
I. SEM pneumonia aspirativa 
· Apetite voraz (ingestão inadequada de nutrientes)
· Regurgitação (principal sinal clínico)
· Emagrecimento 
II. COM pneumonia aspirativa
· Anorexia 
· Tosse produtiva 
· Secreção nasal
· Dispneia 
O grau de dilatação não é proporcional à gravidade dos sinais clínicos.
 Em animais nos quais o megaesôfago é secundário de alterações neuromusculares é possível observar fraqueza muscular generalizada, atrofia muscular e déficits neurológicos. 
Conduta diagnóstica 
1. Anamnese 
2. Exame físico 
3. PH do material regurgitado 
4. RX simples e/ou com contraste (esofagrama)
5. Endoscopia (somente após confirmação radiográfica)
O exame contratado pode ser realizado para avaliar motilidade, excluir corpos estranhos e estenoses. Há risco de aspiração do contraste.
Uma radiografia torácica é recomendada para avaliar se o megaesôfago está acompanhado de pneumonia aspirativa.
Tratamento geral 
· Tratar a causa base
· Dieta pastosa e manter em posição biedal em torno de 20/30 minutos 
· Os pacientes devem ser alimentados com a parte superior do corpo em posição elevada. A gravidade ajuda a entrada da comida no estômago. Cães com alterações articulares podem sentir certa dificuldade, alguns são treinados e adaptam ao manejo.
· Dieta muito líquida pode ser facilmente aspirada 
· Antibioticoterapia em casos de pneumonia aspirativa 
· Colocação de tubo esofágico
· Não é recomendado para médio/longo prazo
É uma doença que não possui um prognóstico bom, pois o tratamento não é eficaz. São apenas formas de manejo e a longo prazo não surtirá + efeito.
 Tratamento alteração de motilidade
· O manejo deve ser somado à terapia medicamentosa
· Anticolinesterásico brometo de piridostigmina 0,5 a 3mg/kg/BID ou TID
· Prednisona em dose imunossupressora 
· Em caso de megaesôfago, dieta pastosa e em posição biedal 
· Não tem correção cirúrgica ou melhora com o tratamento para miastenia gravis 
ESÔFAGITE
É um processo inflamatório que pode se desenvolver em qualquer parte do esôfago. É uma alteração comum após lesão por corpos estranhos e refluxo gastroesofágico grave. 
Pode acontecer em animais de qualquer idade, raça ou sexo.
I. Refluxo gastroesofágico 
· Êmese 
· Anestesia 
· Hérnia de hiato 
II. Ingestão de substância irritante 
· Corpo estranho 
· Substâncias cáusticas 
· Doxiciclina em felino
Na doxiciclina é necessário oferecer água logo após administração 
Manifestações clínicas 
· Anorexia 
· Sialorreia
· Hematêmese 
· Casos crônicos: regurgitação por estenose esofágica 
Conduta diagnóstica 
· RX 
· Em casos de estenose 
· Endoscopia 
Tratamento 
I. Antiemético (para náuseas e vômitos) 
· Ondansetrona 0,5 a 1mg/kg/BID
· Maropitant (princípio ativo do Cerenia)
É recomendado usar Onda em casos + leves e Maropitant em casos que estão + brandos 
II. Antiácido 
· Famotidina 
· Omeprazol 0,7 a 2mg/kg/SID
III. Protetor de mucosa 
· Sucalfrato 0,5 a 1mg/animal/ QID OU TID (ameniza a inflamação da parede da mucosa)
Em casos de estenose -- dilatação gradual por endoscopia 
II.ÊMESE
É definido pela expulsão de conteúdo gástrico, através da boca com atuação dos sistemas gastrointestinal, respiratório, muscular e neurológico.
O vômito é a principal manifestação clínica em doenças gástricas.
 Em gatos, o processo inflamatório intestinal do duodeno pode provocar êmese, diferente dos cães que provoca diarreia.
Etiologia 
Quadros que podem apresentar episódios de êmese:
· Infecciosas 
· Inflamatórias 
· Tóxicas
· Anomalias congênitas 
· Metabólicas 
· Obstrutivas como corpo estranho
· Dieta 
· Neoplasia 
O sistema nervoso central é responsável por iniciar o ato do vômito através da estimulação do centro do vômito (localizado no bulbo) e é formada por um conjunto de receptores: seretoninérgicos, adrenérgicos e neurocinéticos.
 A ativação destes, pode ser feita através das vias: humoral e neural. 
A humoral é ativada por substâncias que circulam na corrente sanguínea e estimulam a zona de gatilho quimiorreceptora.
Fases do vômito:
O ato físico é dividido em 3 fases, sendo elas: náusea, mímica e a expulsão 
1. Náusea: a êmese se manifesta através de hipersalivação, tremores, bocejo, depressão ou inquietação, lambedura dos lábios e deglutição excessiva. 
A saliva produzida servira como lubrificante esofágico, neutralizando o ácido gástrico.
2. Mímica: ocorre pela pressão intratorácica negativa e pressão abdominal positiva. Essa ação é observada através das contrações intensas do diafragma e músculos abdominais.
3. Expulsão: após o relaxamento do diafragma crural e aumento das contrações dos músculos abdominais e diafragmáticos, há a compressão do estômago e mudança da pressão intratorácica para positiva. É nesse momento que ocorre a expulsão.
Abordagem geral
No exame físico deve conter o estado geral do paciente, sua hidratação, temperatura, realizar a palpação abdominal e dos linfonodos, verificar mucosa e aferir FC E FR.
Durante a anamnese, indagar sobre apetite (Normal? Seletivo? Anorexia?) e evolução do quadro(Agudo? Crônico? Intermitente?). 
· Crônico: há + de 7 dias 
	COM SINAIS CLÍNICOS INTENSOS
	SINAIS CLÍNICOS LEVES OU MODERADOS
	Doença sistémica ou metabólica
	Parasitas
	Doença infecciosa 
	Distúrbios não específicos 
	Alteração local 
	X
· Agudo: há - de 7 dias 
	DOENÇA PRIMÁRIA
	DOENÇA SECUNDÁRIA
	Inflamatória/infecciosa
	Doença sistémica ou metabólica 
	obstrutivo
	Doença neurológica 
	Motilidade 
	X
Êmese com presença de sangue significa que há uma lesão na mucosa.
Etiologias em outros sistemas podem levar a quadros eméticos, como a alteração metabólica (renal ou hepática).
· Alteração hepática: o fígado só demonstra que está doente quando a ALBUMINA está alterada, sendo assim, o fígado só perde função com a alteração da albumina. 
Quando ALT e FA estão aumentadas significa que há uma lesão.
ALBUMINA ---- FUNÇÃO
ALT, FA E GGT ------- LESÃO
Para cães: pedir ALT e FA + ALBUMINA
Para gatos: pedir ALT e GGT + ALBUMINA
Pedir para gatos que estão há no mínimo 4 dias em comer: ALT, FA E GGT + ALBUMINA
Para início que raciocínio clínico, é necessário levar em conta a idade do paciente para descartar diagnósticos improváveis. Com base nas suspeitas clínicas, solicitar os exames adequados.
Quais exames pedir?
· Hemograma
· Ureia/creatinina 
· ALT, FA, proteínas totais, albumina
· Ultrassom 
· Endoscopia 
Medicações para controle de êmese
· Receptor antagonizado: adrenérgico 
· Medicação: Clorpromaniza e Proclorperazina
· Sítio de ação: zona quimiorreceptora e centro do vômito
· Receptor antagonizado: Colinérgicos 
· Medicação: Pirenzepina, Clorpromaniza e Proclorperazina 
· Sítio de ação: 
1. Pirenzepina: aparelho vestibular
2. Clorpromaniza e Proclorperazina: zona quimiorreceptora e centro do vômito
· Receptor antagonizado: Dopaminérgicos 
· Medicação: Metocloprimida, Domperidona, Clorpromaniza e Proclorperazina
· Sítio de ação:
1. Metocloprimida e Domperidona: musculatura lisa do TGI 
2. Clorpromaniza e Proclorperazina: zona quimiorreceptora e centro do vômito
· Receptor antagonizado: Histaminérgicos 
· Medicação: Difenidramina, Dimenidrinato, Clorpromaniza e Proclorperazina
· Sitio de ação
1. Difenidramina e Dimenidrinato: zona quimiorreceptora
2. Clorpromaniza e Proclorperazina: zona quimiorreceptora e centro do vômito
· Receptor antagonizado: Neurocinéticos 
· Medicação: Marapitant
· Sitio de ação: zona quimiorreceptora e centro do vômito
· Receptor antagonizado: Serotoninérgicos 
· Medicação: Dolasentrona e Ondansetrona
· Sitio de ação: zona quimiorreceptora e neurônios vagais aferentes 
GASTRITE
· AGUDA: inflamação da mucosa gástrica, decorrente da quebra da barreira protetora da mucosa ou do aumento da produção de HCI. 
· CRÔNICA: doença inflamatória da mucosa gástrica, de causa geralmente desconhecida, caracterizada por um infiltrado inflamatório.
Um jejum prolongado pode causar gastrite 
Gastrite aguda
A gastrite aguda pode ser causada por diversos fatores, como o uso de antinflamatório não esteroidal, doenças metabólicas, manejo alimentar incorreto, corpo estranho, doenças infecciosas e pancreatite.
· Pancreatite: ativação das enzimas pancreáticas dentro do pâncreas
· Dói bastante por isso a sensibilidade no exame físico 
· Posição de prece 
Manifestações clínicas 
· Anorexia
· Êmese
· Melena (se tiver lesão)
· Hematêmese em casos + graves
· Dor abdominal e postura de prece (não é comum)
Conduta diagnóstica 
Para solicitar exames, é necessário levar em conta a idade do paciente para desenvolver um raciocínio clínico. 
· Anamnese completa + exame físico 
· Apresenta fitofagia? (ingestão de mato/grama)
· Exames laboratoriais
· Hemograma, função renal e função hepática 
· Exames complementares 
· RX, ultrassom e endoscopia (não é pedido em todos os casos)
 Tratamento 
· Restabelecer o equilíbrio hídrico/eletrolítico e manejo alimentar correto 
· Fluídoterapia com solução fisiológica para casos em que o paciente apresenta apenas êmese
· Fluídoterapia com ringer lactato para casos em que o paciente apresenta êmese + diarreia 
O ringer lactato é utilizado para restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico, isto quando há perda de líquidos e dos íons.
· Casos brandos/ + leves:
· Antieméticos (ondansetrona) e omeprazol
· Casos graves:
· Maropitant (cerenia), omeprazol e sucralfato
METRONIDAZOL: é bom para controlar as bactérias ali presentes e produz imunomoduladores
SULFAS: efeito antinflamatório na mucosa
· Sulfasalazina, sulfadiazina, sulfametoxazol
B LACTÂMICOS: antibióticos
· Ampicilina, Amoracilina clavulanato
QUINOLONAS: antibióticos	
· Enrofloxacina
Gastrite crônica 
A gastrite crônica pode ser causada por diversos fatores, como o uso crônico e recorrente de AINES (anti-inflamatórios não esteroides), hipersensibilidade alimentar (alergia?), doença renal ou hepática, doenças inflamatórias e infecciosas, neoplasias e hipoadrenocordicismo (vômito recorrente). 
Manifestações clínicas 
A gastrite crônica é caracterizada por episódios intermitentes de vômitos, algumas vezes com episódios agudos, sem resposta ao tratamento empírico. Outras manifestações clínicas, como anorexia, perda de peso e dor abdominal, podem ocorrer.
Diagnóstico diferencial:
· Gastrite linfocítica-plasmocítica 
· Gastrite eosinofílica
· reações inflamatórias e/ou imunológicas a antígenos, microrganismos e/ou alimentos
· Neoplasias gástricas (linfoma / carcinoma)
É essencial sempre pensar nesses possíveis diagnósticos em casos crônicos 
Exames complementares
· Endoscopia ou laparotomia 
· Biópsia ou histopatológico 
· Em suspeita de hipoadrenocordicismo, fazer relação de sódio/potássio e teste de estimulação com ACTH 
Tratamento 
· Gastrite linfocítica-plasmocítica e eosinofílica 
· Dieta com proteína inédita (uma que o animal nunca consumiu) ou hidrolisada. A ração hipoalergênica é muito boa pois a proteína é hidrolisada.
· Adicionar fibras na dieta 
· Ondansetrona e omeprazol	
· Prednisona / Budesonida / Mesalazina 
· Neoplasias 
· Quimioterapia 
· Intervenção cirúrgica? (avaliar o caso)
· Prognóstico reservado 
III. DIARREIA
A diarreia consiste no aumento de frequência, fluidez e/ou volume das fezes, sendo caracterizado pela sua duração (agudo ou crônico) e sua localização de origem. 
Abordagem geral 
· Filhote apresentando diarreia, possíveis causas: infecções virais e corpo estranho
· Idosos apresentando diarreia, possíveis causas: doenças metabólicas e neoplasias 
Pode ser causada por quatro principais mecanismos fisiopatológicos, podendo ocorrer de forma isolada ou simultaneamente:
1. Diarreia osmótica: ocorre pelo aumento de solutos osmoticamente ativos como o fosfato, ácidos graxos e carboidratos, pouco absorvíveis no lúmen intestinal.
2. Diarreia secretória: é causada pelo aumento de secreção líquida das criptas para a luz intestinal, devido ao transporte anormal de íons. 
· Caracteriza-se pela consistência aquosa, coloração clara e persistente mesmo com animal em jejum 
· Evolui rápido para um quadro grave, levando o paciente uma intensa desidratação e acidose metabólica
3. Diarreia por aumento na permeabilidade intestinal: pode ocorrer pelo aumento na permeabilidade da mucosa intestinal, levando a perda de líquidos, proteínas, eletrólitos e hemácias pelo lúmen do intestino. 
· As características desse tipo de diarreia variam de acordo com sua causa primária 
4. Diarreia por alteração na motilidade intestinal: o aumento da motilidade pode ser secundário ou primário. Sua causa é geralmente de origem inflamatória, principalmente pela liberação do fator de ativação plaquetária por leucócitos. 
DIARREIA DO INTESTINO GROSSO X DIARREIA DO INTESTINO DELGADO 
	CARACTERÍSTICAS
	INTESTINO DELGADO
	INTESTINO GROSSO
	Aspecto
	aquoso/pastoso
	variável
	Ruídos intestinais 
	sim
	sim
	Desidratação 
	sim
	pouco comum
	Disquezia 
	pouco comum
	sim
	Esteatorreia (gordura)
	pode ocorrer
	não
	Muco 
	não
	sim
	Sangue 
	melena
	hematoquezia
	Tenesmo 
	pouco comum
	sim
	+ água
	não
	sim
Etiologia
· Aguda: há - de 14 dias 
	SINAIS CLÍNICOS LEVES OU MODERADOS
	SINAIS CLÍNICOS INTENSOS
	Mudança brusca na dietaIntussuscepção 
	Intolerância/alergia a alimentos
	Uremia
	Doenças infecciosas
	Intoxicação
	Medicamentos
	Pancreatite aguda
	Colite 
	Infecção bacteriana
· Infecciosa (parasitárias, bacterianas, virais)
· Medicamentosa (AINE, ATB, quimioterápicos)
· Nutricional (dieta, alergia ou intolerância alimentar)
· Extra – intestinais (IR, IH, pancreatite)
· Idiopática (gastroenterite hemorrágica idiopática)
Conduta diagnóstica 
Para início que raciocínio clínico, é necessário levar em conta a idade do paciente para descartar diagnósticos improváveis. Com base nas suspeitas clínicas, solicitar os exames adequados.
· Anamnese 
· Exame físico 
Quais exames pedir?
· Hemograma
· Ureia/creatinina 
· ALT, FA, proteínas totais, albumina
· Ultrassom
Tratamento suporte 
· Tratar a causa base
· Restrições alimentares 
· Manter a volemia (fluídoterapia)
· Entrar com antibioticoterapia caso haja necessidade
GASTROENTERITE HEMORRÁGICA VIRAIS 
PARVOVIROSE / CORONAVIROSE 
· Comum em filhotes e jovens 
· Evolução progressiva e rápida 
· Fezes pastosas ou líquidas, de odor fétido, associado a anorexia total ou parcial e êmese 
· O “cheiro de parvo” é pela presença de sangue 
· Causam diarreia intensa, desidratação e choque hipovolêmico e/ou séptico 
Conduta diagnóstica 
· Anamnese completa e detalhada 
· Acesso à rua? Contactantes?
· Exame físico 
Exames complementares 
· Hemograma 
· Não fecha diagnóstico sozinho
· Para ver se tem alguma infecção (desvio à esquerda)
· Observar linfócitos 
· SNAP / PCR 
· Sempre medir glicemia 
A maioria dos pacientes com parvovirose morrem pela desidratação 
Tratamento 
· Ondansetrona e ranitidina 
· Fluídoterapia com ringer lactato
· Antibioticoterapia (pode ser usado o metronidazol)
HELMINTOS – TOXOCARA SP, ANCYLOSTOMA SP 
· Comum em filhotes e jovens 
· Fezes pastosas ou líquidas, com hematoquezia a parorexia e anemia de grau variado 
· Presença de vermes nas fezes 
Conduta diagnóstica 
· Anamnese completa e detalhada 
· Acesso à rua? Contactantes?
· Exame físico
Exames complementares 
· Coproparasitológico 
Tratamento 
Para prescrever o tratamento é necessário saber qual grupo é
· Nematóides e giárdia 
· Fembendazol (50 mg/kg/q24h, 3 dias e repetir após 14 dias)
· Associação de praziquantel, palmoato de pirantel, febantel
· Cestóides 
· Praziquantel (0 / 15 / 21)
· Entrar com sulfato ferroso em casos de anemia grave 
PROTOZOÁRIOS E COCCIDIAS
· Diarreia pastosa 
· Geralmente branda, persistente e intermitente 
· Raramente associada a anorexia, hipertermia e desidratação clínica 
Condutas diagnósticas 
· Anamnese completa e detalhada 
· Acesso à rua? Contactantes?
· Exame físico
Exames complementares
· Coproparasitológico
· Em casos de giárdia, fazer a flutuação com sulfato de zinco 
· 3 amostras consecutivas ou intercalando os dias 
Tratamento 
· Giárdia
· embendazol ou albendazol ou metronidazol por 5 dias
· Coccidias e isospora 
· Sulfas 
· Sempre tratar todos os contactantes
· Higienizar o ambiente, comedouro e os animais 
Etiologia 
· Crônica: há + de 14 dias 
Intestino delgado 
	MÁ DIGESTÃO 
	MÁ ABSORÇÃO 
	Intolerância alimentar
	Alergia alimentar
	Parasitismo 
	Doença inflamatória intestinal
	Pancreatite crônica
	parasitismo
	Insuficiência pancreática exócrina
	Neoplasias locais 
	Síndrome do intestino curto 
	Enteropatia responsiva a antibióticos 
Intestino grosso
	INTESTINAL
	Parasitismo 
	Alergia ou intolerância alimentar
	Neoplasias locais 
	Colite histiocítica ulcerativa
	Síndrome do intestino irritável 
	Doença inflamatória intestinal 
Intestino delgado e grosso
	DOENÇAS SISTÊMICAS
	Doença renal crônica (uremia)
	hipoadrenocorticismo
	Virus da leucemia felina (FELV) e vírus da imunodeficiência felina (FIV)
	Endotoxemia 
	hipertireoidismo
ENTERITE OU COLITE LINFOCÍTICA-PLASMOCÍTICA OU EOSINOFÍLICA
· Doença inflamatória intestinal (comum em gatos)
· Está relacionada a uma resposta imunomediada ou de hipersensibilidade contra as proteínas específicas da dieta 
· Pode predispor ou ser confundida com linfoma intestinal
Conduta diagnóstica
· Anamnese completa + exame físico 
Exames complementares 
· Biópsia e histopatológico
Tratamento 
· Prednisona com futura associação de budesonida ou mesalazina
· Fibras (em cães) 
· Alteração da dieta com proteína inédita ou hidrolisada

Continue navegando