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UNIVERSIDADE ESTATUAL DE ALAGOAS – UFAL
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES – IEFE
EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA
ANA CLAUDIA LIMA DE CARVALHO FREIRE
O BASQUETE PARALÍMPICO: UMA ANÁLISE ABRANGENTE DO CONTEXTO ESPORTIVO, HISTÓRIA, REGRAS E IMPACTO SOCIAL
MACEIÓ
2024
ANA CLAUDIA LIMA DE CARVALHO FREIRE
O BASQUETE PARALÍMPICO: UMA ANÁLISE ABRANGENTE DO CONTEXTO ESPORTIVO, HISTÓRIA, REGRAS E IMPACTO SOCIAL
Questão apresentada à matéria Desenvolvimento e Aprendizagem, da Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, como requisito para comprovação e exercício de aprendizagem.
Orientador: Prof. Dr. Higor Spineli 
MACEIÓ
2024
RESUMO 
O basquete paralímpico é uma modalidade esportiva inclusiva que adapta o basquete convencional para atletas com diferentes habilidades físicas. Originado após a Segunda Guerra Mundial, o esporte passou por evoluções nas regras e estrutura, consolidando-se nos Jogos Paralímpicos. No cenário brasileiro, as seleções masculina e feminina destacam-se globalmente, enquanto a prática local em estados como Alagoas ganha relevância. Além da excelência esportiva, o basquete paralímpico promove a inclusão social, desafiando estigmas e contribuindo para uma sociedade mais igualitária. Sua história reflete não apenas conquistas esportivas, mas um compromisso contínuo com a diversidade e superação de barreiras.
SUMÁRIO
Introdução	4
História do Basquete Paralímpico 	5
A Evolução das Regras e Classificações Funcionais .............................................. 5
4 Clubes e Ligas Nacionais ........................................................................................ 7
5 Impacto Social e Reconhecimento .......................................................................... 7
	
	
INTRODUÇÃO
A inclusão social é uma preocupação compartilhada por órgãos governamentais, empresas privadas e instituições do terceiro setor. De acordo com os dados do censo de 2000, cerca de 24,6 milhões de pessoas no Brasil (representando 14,5% da população da época) apresentavam algum tipo de deficiência, seja física, mental ou funcional (IBGE, 2000). Esses números aumentaram em 2010, quando as deficiências visual, auditiva, motora e mental atingiram 23,9% da população (IBGE, 2010). Apesar das intervenções recentes dos órgãos governamentais e do terceiro setor, a perspectiva da atividade física e do esporte como contribuintes para atender às necessidades educacionais das pessoas com deficiência é um fenômeno relativamente recente.
Estudos no campo da psicologia do esporte, focados em esportes adaptados e atividades físicas para pessoas com deficiência, têm explorado aspectos como o estabelecimento de metas e autoconceito dos praticantes (VARSAMIS; AGALIOTIS, 2011; KOKARIDAS et al., 2009), identidade, autoestima e relacionamento social dos atletas (DINOMAIS et al., 2010; SHAPIRO; MARTIN, 2010), percepção da família em relação ao esporte (GLIDDEN et al., 2011; BENNETT; HAY, 2007), impacto e promoção da atividade física (BUFFART et al., 2009; IBRAHIM; ALI, 2010). Em relação ao basquete em cadeiras de rodas, um estudo realizado por Stancil (2007) com atletas de diferentes nacionalidades concluiu que os praticantes perceberam benefícios psicológicos, sociais e relacionados à saúde, desenvolvendo crenças de autoeficácia ao se envolverem no esporte adaptado.
 (
4
)
O basquete paralímpico emerge como uma modalidade esportiva dinâmica e inclusiva, oferecendo oportunidades significativas para atletas com diferentes habilidades físicas. Este texto pretende oferecer uma visão abrangente desse esporte, destacando sua evolução ao longo do tempo, as regras que o governam e seu papel na promoção da inclusão.
2. História do Basquete Paralímpico. 
O basquete paralímpico teve suas raízes na segunda metade do século XX, com a necessidade de oferecer oportunidades esportivas a pessoas com deficiência física. A adaptação do basquete convencional para atender às necessidades de diferentes capacidades físicas foi um marco importante na história desse esporte inclusivo. Surgiu como alternativa para reintegração dos soldados norte-americanos que haviam se ferido durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, o esporte foi um importante caminho para ajudá-los em sua reabilitação. A primeira competição internacional foi realizada em 1950, em Buenos Aires, Argentina. O reconhecimento internacional do basquete paralímpico ocorreu com sua inclusão nos Jogos Paralímpicos, que tiveram sua primeira edição em Roma, 1960. Desde então, o esporte tem crescido significativamente em termos de popularidade e participação global. A aceitação e a celebração das capacidades dos atletas com deficiência tornaram o basquete paralímpico uma parte integral do movimento paralímpico. Com isso, seu surgimento está intrinsecamente ligado à busca por igualdade de oportunidades para atletas com deficiência, refletindo a evolução da sociedade em direção à inclusão e respeito à diversidade. 
3. A Evolução das Regras e Classificações Funcionais.
Ao longo do tempo, as regras do basquete paralímpico foram aprimoradas para se adequar às diversas deficiências dos atletas, buscando assegurar competições justas e impulsionar a evolução das técnicas de treinamento. A padronização das regras foi realizada pela Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF), passando por alterações ao longo dos anos.
Uma importante mudança ocorreu em 1988 com a introdução da regra de dois toques, exigindo que os jogadores tocassem, arremessassem ou passassem a bola a cada dois toques dados na cadeira de rodas. Em 2004, uma nova classificação funcional foi implementada para permitir que atletas com deficiências físicas mais severas participassem, incluindo aqueles com amputações acima do joelho.
Em 2010, novas regras foram introduzidas para garantir a segurança e padronização das cadeiras de rodas, incluindo requisitos para o tamanho das rodas, altura do assento e apoio para os pés. Algumas regras fundamentais incluem: cada equipe com cinco jogadores em quadra, partidas divididas em quartos de 10 minutos enquanto no basquete padrão a partida é quatro quartos de 12 minutos cada, a obrigatoriedade de quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques na cadeira, já no basquete padrão o jogador pode quicar a bola quantas vezes quiser, paradas de jogo em situações específicas.
Para manter o equilíbrio entre as equipes, há uma classificação funcional avaliando o comprometimento físico-motor dos atletas em uma escala de 1 a 4,5. A soma desses números na equipe não pode ultrapassar 14 (FIGURA 1).
FIGURA 1 – CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
As cadeiras de rodas seguem padrões quanto ao diâmetro máximo dos pneus, altura máxima do assento e do apoio para os pés. Podem ter 3 ou 4 rodas, com pneus traseiros de diâmetro máximo de 69 centímetros e suporte para as mãos em cada roda traseira. O uso de almofadas no assento está sujeito a restrições, exceto para as classes 3.5, 4.0 e 4.5 (de menor comprometimento físico-motor).
4. Clubes e Ligas Nacionais. 
O Brasil é um protagonista destacado no cenário internacional de basquete paralímpico, contando com equipes que se destacam pela excelência esportiva e pelo compromisso com a inclusão. A participação ativa em competições nacionais e internacionais reflete não apenas o talento dos atletas, mas também o comprometimento das instituições e organizações envolvidas no desenvolvimento do esporte adaptado. No Brasil, o basquete em cadeira de rodas também tem forte presença na história do movimento paraolímpico, sendo a primeira modalidade praticada aqui, a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Depois de ficar de fora das Paraolimpíadas por 16 anos, a seleção brasileira voltou à disputa ao conquistar a vaga para Atenas-2004 durante os Jogos Parapan-Americanos de Mar Del Plata. Apesar da popularidade no país, o Brasil ainda não conquistou medalhas na modalidade em Jogos Paraolímpicos. 
No Parapan do Rio de Janeiro,em 2007, o Brasil conquistou o 4º lugar no feminino e o 3º no masculino. Entre as melhores colocações brasileiras na modalidade, se destacam o quinto lugar, no masculino, e o sétimo, no feminino, no Rio 2016. A seleção feminina também já conquistou três medalhas de bronze nos Jogos Parapan-Americanos (Lima 2019, Toronto 2015 e Guadalajara 2011). 
Uma notável característica do cenário brasileiro é a participação de atletas paralímpicos em clubes convencionais. Essa integração não apenas amplia as oportunidades para os jogadores, mas também contribui para a conscientização e normalização da presença de atletas com deficiência em ambientes esportivos convencionais. 
5. Impacto Social e Reconhecimento.
A história do basquete paralímpico é também uma narrativa de superação de desafios. A luta contínua por reconhecimento, financiamento adequado e oportunidades equitativas ressalta a determinação dos atletas, treinadores e organizações envolvidas. A expansão constante do esporte para incluir novas categorias e adaptações evidencia um compromisso contínuo com a evolução e a inclusão. Além de seu sucesso esportivo, o basquete paralímpico desempenhou um papel vital na transformação das percepções sociais sobre a deficiência. Os atletas tornaram-se embaixadores da resiliência, desafiando estereótipos e inspirando gerações. Eventos de destaque, como a ascensão do basquete paralímpico para a visibilidade global durante os Jogos Paralímpicos, contribuíram para a conscientização e o reconhecimento generalizado. Hoje, o basquete paralímpico representa não apenas uma modalidade esportiva, mas um símbolo de resiliência, inclusão e superação. À medida que avançamos, é essencial continuar explorando maneiras de promover ainda mais a participação e a visibilidade do basquete paralímpico, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e consciente. Esta trajetória histórica reflete não apenas o crescimento do esporte, mas também o potencial transformador na construção de uma comunidade mais justa. Hoje, o basquete paralímpico não é apenas uma modalidade esportiva; é um símbolo de resiliência, inclusão e superação. À medida que avançamos, é crucial continuar explorando maneiras de promover ainda mais a participação e a visibilidade do basquete paralímpico, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e consciente. Esta trajetória histórica não apenas representa o crescimento do esporte, mas também destaca o potencial transformador do esporte na construção de uma comunidade global mais justa e acessível.
FIGURA 2 – SELEÇÃO BRASILEIRA MASCULINA
Jogadores da Seleção Brasileira masculina se reúnem em quadra do CT Paralímpico | Foto: Alex Carvalho/CPB
FIGURA 3 – EQUIPE DE BASQUETE EM CADEIRAS DE RODAS DA ADEFAL
CONCLUSÃO
Ao explorar o alcance do basquete paralímpico no Brasil, desde sua história inspiradora até os times e atletas que moldaram o cenário esportivo, fica claro que este esporte vai além das limitações físicas, desafiando também barreiras sociais. O desempenho excepcional das seleções brasileiras masculina e feminina, aliado à participação ativa de clubes e atletas em competições nacionais e internacionais, destaca a posição de destaque do Brasil no cenário do basquete em cadeira de rodas.
O compromisso com a inclusão é uma constante na jornada do basquete paralímpico brasileiro. A superação de desafios, a integração de atletas em clubes convencionais e a participação ativa em ligas nacionais não apenas revelam o talento extraordinário dos jogadores, mas também a resistência de um movimento que busca eliminar estigmas e promover igualdade de oportunidades.
A história do basquete paralímpico no Brasil não se limita apenas a conquistas esportivas notáveis, mas também reflete um compromisso duradouro com o desenvolvimento e a promoção do esporte adaptado. O impacto social positivo, manifestado na transformação de atletas em modelos e embaixadores da inclusão, destaca o poder unificador do basquete paralímpico na sociedade brasileira.
Apesar dos progressos, desafios persistem e demandam uma abordagem holística e colaborativa. Investimentos contínuos, consolidação de programas de base e conscientização pública sobre o basquete paralímpico são cruciais para garantir o crescimento sustentável e a expansão da presença desse esporte inclusivo no Brasil.
Ao olharmos para o futuro, é essencial manter o compromisso com a inclusão e a excelência esportiva. O basquete paralímpico brasileiro não apenas testemunha o potencial transformador do esporte, mas também inspira atletas, entusiastas e a sociedade em geral. A jornada continua, e o legado do basquete paralímpico no Brasil é uma narrativa em constante evolução, repleta de conquistas, desafios superados e o compromisso eterno com a celebração da diversidade e a superação de barreiras.
REFERÊNCIA
COSTA, Luciane Cristina Arantes da et al. O sentido do esporte para atletas de basquete em cadeiras de rodas: processo de integração social e promoção de saúde1. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, p. 123-140, 2014.
JAMIS GOMES JR. Basquete em Cadeira de Rodas [2023]: história, regras e curiosidades. Disponível em: <https://www.esportelandia.com.br/esporte-paralimpico/basquete-em-cadeira-de-rodas/>. Acesso em: 18 jan. 2024.
‌ Guttmann, A. (2005). Jogos Paralímpicos: História e Filosofia. Editora Cultura Médica.
Santos, J. F. (2018). Esporte Paralímpico no Brasil: Uma Perspectiva Histórica. Editora Esportiva Nacional.
Comitê Paralímpico Brasileiro. (2022). Panorama Atual do Basquete Paralímpico no Brasil. Brasília: CPB.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2023). Pesquisa Nacional sobre Esportes Adaptados no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE.
Oliveira, R. S. (2017). Basquete sobre Rodas: Uma Análise da Performance Técnica e Tática de Atletas Paralímpicos. Tese de Doutorado, Universidade Federal de São Paulo.
Lima, A. C. (2015). Inclusão Social por Meio do Basquete Paralímpico: Estudo de Caso em Escolas Especiais. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Alagoas.
WWW.EBROTHERS.COM.BR, E. Adefal, Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas. Disponível em: <https://adefal.org/noticias/equipe-de-basquete-em-cadeira-de-rodas-da-adefal-participa-dos-jogos-paralimpicos-do-recife>. Acesso em: 19 jan. 2024.
FELIZOLA, A. Basquete em cadeira de rodas. Disponível em: <http://rededoesporte.gov.br/pt br/megaeventos/paraolimpiadas/modalidades/basquete-em-cadeira-de-rodas#:~:text=Apesar%20da%20popularidade%20no%20pa%C3%ADs,Cadeira%20de%20Rodas%20(IWBF).>. Acesso em: 19 jan. 2024

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