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IMUNOLOGIAIMUNOLOGIA
VETERINÁRIAVETERINÁRIA
Maria Eduarda Cabral
@apostilavet
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
Oi gente! Tudo bem com vocês?Oi gente! Tudo bem com vocês? 
Essa apostila de Imunologia Veterinária foi criada porEssa apostila de Imunologia Veterinária foi criada por
mim, Maria Eduarda Cabral, com o intuito de auxiliarmim, Maria Eduarda Cabral, com o intuito de auxiliar
vocês durante a sua jornada acadêmica.vocês durante a sua jornada acadêmica.
Também sou a criadora do instagram @apostilavet queTambém sou a criadora do instagram @apostilavet que
possui diversas apostilas e resumos com base naspossui diversas apostilas e resumos com base nas
disciplinas da graduação.disciplinas da graduação.
Eu espero que você goste desse material, que ele teEu espero que você goste desse material, que ele te
acompanhe em diversos momentos da sua vidaacompanhe em diversos momentos da sua vida
acadêmica e profissional.acadêmica e profissional. 
Muito obrigada por ter adquirido e confiado no meuMuito obrigada por ter adquirido e confiado no meu
trabalho.trabalho. 
Quem sou eu?Quem sou eu?
@apostilavet@apostilavet
PROIBIDO O COMPARTILHAMENTO SEM A
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DESSE MATERIAL
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
nome:
SumárioSumário
Defesa do Organismo p.1
Órgãos do Sistema Imune p.10
Imunidade Inata p.24
 Reconhecimento de Invasores e Inflamação .............................. p.24
 Mediadores Pró-inflamatórios e Antimicrobianos .................. p.36
 Neutrófilos e Fagocitose ...................................................................... p.45
 Macrófagos e Recuperação da Inflamação ................................. p.57 
 Respostas Sistêmicas à Inflamação ................................................ p.68
 O Sistema Complemento ...................................................................... p.73
Citocinas p.89
Células Dendríticas e Processamento Antigênico p.95
Complexo Principal de Histocompatibilidade p.107
Linfócitos p.113
Linfócitos T auxiliares p.122
Linfócitos B p.134
 Anticorpos ................................................................................................. p.143
Função dos Linfócitos T p.147
Células Natural Killer p.154
Regulação da Imunidade Adaptativa p.159
Imunidade no Feto e no Recém-Nascido p.169
Imunidade nas Superfícies Corpóreas p.174
Hipersensibilidade do Tipo I p.181
Hipersensibilidade do Tipo II p.189
Hipersensibilidade do Tipo III p.193
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
SumárioSumário
Hipersensibilidade do tipo IV p.198
Autoimunidade p.202
Doenças Autoimunes Órgãos-específicas p.206
Imunodeficiências p.211
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
 Maria Eduarda Cabral 
 
 A imunologia é a ciência que estuda a 
imunidade a dinâmica do sistema imune e suas 
respostas. 
 Imunidade é a reação fisiológica contra 
substâncias ou moléculas reconhecidas como 
estranhas pelo organismo. 
 O sistema imunológico é formado por um 
conjunto de órgãos, tecidos e células. 
 proteção do organismo contra possíveis 
substâncias, moléculas ou agentes patogênicos. 
 O tem como função proteger os 
animais contra a . 
 Os mecanismos utilizados para garantir a 
ausência de doenças, são: 
 barreiras físicas: atuam evitando a entrada 
dos organismos invasores, sendo pele, pelos e 
afins. 
 imunidade inata: é uma das proteções 
iniciais, utilizam células dendríticas, macrófagos, 
células natural killer (NK) e neutrófilos. 
 imunidade adquirida: é considerada a 
mais efetiva, possuindo linfócitos B e T – 
citotóxico e auxiliar. 
 Na temos a produção de 
 pelos LINFÓCITOS B. 
 sua função é a proteção contra invasores 
extracelulares (ex: bactérias). 
 os anticorpos circulam através dos fluídos 
corporais, principalmente a circulação 
sanguínea. 
 Os LINFÓCITOS T fazem a 
, no caso dos vírus. 
 essa forma de imunidade possui memória, 
sendo um dos mecanismos para uma resposta 
mais rápida através de uma segunda 
exposição ao mesmo patógeno. 
 As funções biológicas do sistema imune 
consistem em: 
 reconhecimento e eliminação de moléculas 
alteradas e células lesionadas e/ou mortas do 
próprio organismo. 
 reconhecimento e eliminação de agentes 
infecciosos e células tumorais. 
 reconhecimento e eliminação de células tecidos 
e/ou órgãos de origem genética diferente. 
 O organismo dos animais possui alguns recursos, 
sendo eles o calor, umidade e nutrientes, 
sendo atrativo para microrganismos que o 
invadem para usufruir desses recursos. 
 O organismo animal não pode depender de um 
único mecanismo de resistência para ser eficaz 
contra às infecções. 
 A varíola e a peste se espalharam na 
sociedade antiga. 
 cientistas perceberam que os indivíduos 
curados não estavam adoecendo em outras 
epidemias, ou seja, haviam desenvolvido a 
imunidade. 
 SÉCULO XII: chineses observaram que as 
pessoas que resistiram a varíola estavam 
resistentes a outras exposições a esse vírus. 
 passaram a infectar crianças com o vírus 
da varíola, por meio da inserção de crostas 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
 Maria Eduarda Cabral 
 
das feridas de pessoas infectadas em 
pequenos cortes feitos na pele das crianças. 
 Surtos de peste bovina eram comuns na Europa 
desde o século IX, por isso, em 1754, foram 
inoculados um pedaço de barbante encharcado 
na secreção de um animal doente e inseridos em 
uma incisão na pele do animal a ser imunizado. 
 1798: Edward Jenner percebeu que lesões da 
varíola bovina poderiam substituir o material 
humano utilizado na inoculação de pessoas. 
 Louis Pasteur (França): causada pela 
bactéria Pasteurella multocida, possuía no seu 
laboratório uma cultura dessa bactéria que 
acidentalmente envelheceu. 
 seu assistente infectou as galinhas com essa 
cultura envelhecida e as aves não ficaram 
doentes. 
 
Imagem: TIZARD, 2014.
O processo de vacinação consiste na exposição de 
um animal a uma cepa de um microrganismo 
que não causará a doença (cepa avirulenta), 
fazendo com que desencadeie uma resposta 
imune que o protegerá contra uma próxima 
infecção por outra cepa do mesmo 
microrganismo ou outro semelhante capaz de 
causar a doença (cepa virulenta). 
 Daniel Salmon e Theobald Smith 
(EUA): demonstraram que microorganismos 
mortos poderiam ser usados em vacinas. 
 
 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
 Maria Eduarda Cabral 
 
 O organismo animal é uma fonte de nutrientes 
que propicia a replicação e transmissão do 
patógeno, causando as doenças como cinomose 
canina, Brucella abortus, HIV e entre outras. 
 Os microrganismos como as bactérias, vírus, 
protozoários, fungos e helmintos,utilizam-se do 
organismo animal como uma fonte de nutrientes. 
 A tentativa de invasão desses microrganismos 
normalmente é evitada ou controlada pelo 
sistema imune. 
 quando consegue passar a barreira do 
sistema imune, causará uma doença. 
 Um é 
chamado de patógeno. 
 A capacidade do microrganismo de 
 ou escapar das defesas do organismo é 
variável, sendo denominada de virulência. 
 Quando um microrganismo é 
, mesmo em pequenas 
quantidades é considerado um patógeno 
primário (ex: vírus da cinomose canina). 
 Os patógenos oportunistas são aqueles 
que apresentam uma baixa virulência e só serão 
. 
 O sistema imune assegura proteção à vida do 
animal através de múltiplos mecanismos de 
defesa, sendo por meio de reações bioquímicas 
ou celulares. 
 Existem três formas de defesa do organismo: 
1. 
2. 
3. 
 
Imagem: TIZARD, 2014. 
 As defesas mais eficazes do organismo são 
aquelas que . 
 O organismo animal utiliza de diversas estratégias 
defensivas, então, caso o microrganismo consiga 
passar a primeira barreira, será confrontado 
com a segunda barreira e assim por diante. 
 BARREIRAS NATURAIS: são as barreiras do 
próprio organismo responsáveis pela 
. 
 são consideradas na maioria dos casos como 
parte da imunidade inata do animal. 
 As barreiras naturais são classificas em: 
 barreiras físicas: pele, mucosas e 
autolimpeza através da tosse, vômito ou 
diarreia. 
 barreiras biológicas: flora presenta na 
mucosa dos tratos. 
 barreiras químicas: pH de cada região do 
organismo, como por exemplo, pH ácido do 
estômago. 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
 Maria Eduarda Cabral 
 
 A primeira é a barreira física, caso a pele 
esteja intacta ela será uma eficiente barreira 
contra a infecção microbiana. 
 caso ela esteja lesionada, infecções podem 
ocorrer, porém, o processo de cicatrização 
faz com que essa barreira seja rapidamente 
restaurada. 
 Como exemplo dessa barreira e dos mecanismos 
de “autolimpeza”, temos: 
 pele. 
 processos de "autolimpeza" presentes no trato 
respiratório e gastrointestinal. 
 tosse. 
 espirro. 
 fluxo de muco no trato respiratório. 
 vômito. 
 diarreia. 
 fluxo de urina. 
 A presença de uma flora normal na pele e no 
intestino também elimina os potenciais invasores. 
 imunidade que nasce com o 
animal e atua após ou em conjunto com a 
barreira física. 
 não precisa de substâncias ou estruturas 
exteriores. 
 São pós barreiras físicas, a segunda barreia que 
é a IMUNIDADE INATA tem como 
constituintes 
de resposta rápida. 
 Essa imunidade funciona porque os 
 dos componentes 
normais do organismo animal. 
 É considerada uma imunidade de curta 
duração e que não possui memória, sendo 
uma imunidade inespecífica e com 
intensidade constante. 
 Os mecanismos dessa imunidade conseguem 
centralizar-se no local da infecção, sendo 
denominado de inflamação. 
 Durante essa inflamação, temos um aumento no 
fluxo sanguíneo por causa das alterações 
teciduais causadas pelo patógeno, e também, no 
acúmulo de células capazes de atacar e eliminar 
o invasor. 
 As células que atuarão são os neutrófilos e os 
macrófagos, também utilizado enzimas que são 
ativados pela presença dos invasores (formando 
o sistema complemento). 
 Após a eliminação desse patógeno, as células 
envolvidas irão reparar os tecidos danificados. 
 CÉLULAS DA IMUNIDADE INATA: 
 fagócitos: neutrófilos, monócitos e 
macrófagos. 
 células dendríticas. 
 células NK (Natural Killer). 
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 Maria Eduarda Cabral 
 
 
Imagem: TIZARD, 2014.
É o sistema que sofre adaptações conforme às 
necessidades do animal. 
 É uma resposta que demanda um certo tempo 
para ocorrer. 
 A imunidade adaptativa/adquirida, é a ativação 
do sistema imune pelo contato com 
agentes infecciosos e sua resposta à 
infecção. 
 
Imagem: TIZARD, 2014
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 principal diferença entre a imunidade inata e a 
imunidade adquirida está no USO DOS 
RECEPTORES PARA RECONHECER OS 
MICRORGANISMOS INVASORES. 
 a imunidade inata utiliza receptores 
preexistentes capazes de se ligarem a 
moléculas e padrões moleculares comumente 
encontrados nos diferentes microrganismos. 
 a imunidade adquirida produz 
aleatoriamente receptores únicos, sendo 
então específicos. Sendo capaz de 
reconhecer o microrganismo invasor, 
destruí-lo e criar uma memória. 
Comparação entre imunidade inata e adaptativa. 
 Imunidade Inata Imunidade Adaptativa 
CÉLULAS PARTICIPANTES macrófagos, células 
dendríticas, neutrófilos e 
células natural killer 
linfócitos T e B 
HISTÓRIA REVOLUCIONÁRIA antiga recente 
INÍCIO rápido (minutos a horas) lento (dias a semanas) 
ESPECIFICIDADE estruturas microbianas 
comuns 
antígenos exclusivos 
POTÊNCIA pode ser superada raramente é superada 
MEMÓRIA ausente significativa 
EFICÁCIA não aumenta aumenta conforme a 
exposição 
 Os microrganismos são classificados em duas 
categorias: 
1. 
 são os microrganismos 
extracelulares ou exógenos. 
 ex: a maioria das bactérias e fungos, 
protozoários e helmintos. 
 nesse caso, proteínas que são denominadas 
anticorpos são responsáveis pela eliminação 
dos invasores. 
 esses anticorpos são produzidos pelos 
linfócitos B, essa forma de resposta é 
chamada resposta imune humoral. 
2. 
são chamados de microrganismos 
intracelulares ou endógenos. 
 ex: vírus, bactérias e protozoários 
intracelulares. 
 nesse mecanismo, células especializadas 
destroem as células infectadas ou anormais, 
sendo as células os Linfócitos T auxiliar e os 
Linfócitos T citotóxico, é conhecida como 
resposta imune celular. 
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 Maria Eduarda Cabral 
 
 
Imagem: TIZARD, 2014.
 Existem duas formas de imunidade adaptativa, a 
humoral, mediada por linfócitos B, e a 
celular, mediada por linfócitos T. 
 Além disso, a imunidade adaptativa pode ser 
adquirida de forma ativa ou passiva. 
 ativa: quando há exposição direta com um 
patógeno. 
 passiva: quando a imunidade é adquirida 
através da transferência do soro ou plasma, 
ou células de indivíduos já imunizados. 
Características 
 Especificidade: garante resposta específica 
ao antígeno. 
 Diversidade: permite que o sistema imune 
responda a uma variedade de antígenos. 
 Memória: leva a respostas mais eficazes à 
exposições repetidas ao mesmo antígeno. 
 Expansão clonal: aumenta o número de 
linfócitos específicos para antígeno para manter 
equilíbrio com microrganismos. 
 Especialização: gera respostas que são 
ótimas para a defesa contra diferentes tipos de 
microrganismos. 
 Contração e hemostasia: retorno a 
homeostase após a eliminação do antígeno. 
 Não reatividade ao próprio: previne 
injúrias ao hospedeiro e ao mesmo tempo atua 
contra o agente agressor. 
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Mecanismos da imunidade adquirida 
Quando um antígeno estranho penetra no 
organismo, ele irá ser capturado e processado 
para que assim possa ser reconhecido como 
estranho. 
Quando identificado, essa informação deve ser 
passada para o sistema produtor de anticorpos 
ou para o sistema imune mediado por células. 
Esse sistema cria uma memória para que 
na próxima vez que o animal for exposto a esse 
mesmo antígeno, a RESPOSTA SERÁ MAIS 
RÁPIDA E MAIS EFICIENTE. 
Esse sistema apresenta 5 componentes 
principais, sendo eles: 
1. Células capazes de capturar e processar os 
antígenos. 
2. Células que possuem receptores para os 
antígenosprocessados. 
 essas células podem se ligar e responder aos 
antígenos (células sensíveis aos antígenos). 
3. Células que, uma vez ativadas por um antígeno, 
irão produzir anticorpos específicos ou farão 
parte das respostas imune mediadas por células 
(efetoras). 
4. Células que desenvolverão memória do evento e 
rapidamente responderão frente a um antígeno 
específico caso este seja encontrado 
posteriormente. 
5. Células que regulam e asseguram que essa 
resposta funcione de forma rápida. 
 Esse antígeno é capturado, processado e 
apresentado por inúmeros tipos celulares, entre 
eles temos as células dendríticas e os 
macrófagos. 
 Os linfócitos presentes nesse tipo de imunidade 
são classificados como células B e T, os linfócitos 
B estão presentes dentro da imunidade humoral 
e os linfócitos T na imunidade celular. 
 
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Espaços para Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Maria Eduarda Cabral 
 
 A imunidade resulta de um conjunto de 
moléculas e células, que são originadas na 
medula óssea através de um processo 
denominado HEMATOPOIESE e distribuídas em 
órgãos especializados, que são os órgãos 
linfoides. 
Duda, o que é hematopoiese? 
Significa o processo de produção de todas 
as células sanguíneas, incluindo os 
eritrócitos (hemácias), leucócitos (células 
brancas) e as plaquetas (atuam no 
processo de coagulação sanguínea). 
A produção de todas as células do sangue 
ocorre a partir da célula-tronco comum, 
que se autorrenova e dá origem às células 
descendentes das linhagens progenitora 
mieloide e progenitora linfoide. 
 Os órgãos linfoides são constituídos por células 
que possibilitam sua sustentação por meio da 
formação de uma estrutura e a abrigam: 
 células provenientes da linhagem 
progenitora mieloide. 
 células provenientes da linhagem 
progenitora linfoide (linfócitos T, linfócitos 
B e células NK). 
Duda, me perdi! O que é linhagem 
mieloide e linfoide? 
A LINHAGEM PROGENITORA MIELOIDE irá 
originar os eritrócitos, plaquetas, basófilos, 
eosinófilos, neutrófilos e monócitos. 
Enquanto que a LINHAGEM PROGENITORA 
LINFOIDE dará origem aos linfócitos T, aos 
linfócitos B e às células NK. 
 Originado embrionariamente pelo 
mesênquima. 
 Devido ao fato de os patógenos poderem 
adentrar o organismo animal por diversas vias, os 
tecidos e órgãos que compõem o sistema linfoide 
estão espalhados por todo o corpo. 
 as células do sistema imune estão circulando 
através do sangue e linfa, para conseguir 
reconhecer e eliminar os patógenos por meio 
das respostas imunes. 
 Essas células que compõem o sistema imune são 
originadas na medula óssea, pela hematopoiese, a 
partir das células-tronco. 
 as células-tronco são autorrenováveis e 
mantêm a capacidade de se diferenciar em 
qualquer tipo celular. 
 Diferenciação das células progenitoras mieloides: 
 megacariócito: são células multinucleadas 
que se rompem originando as plaquetas (ou 
trombócitos), estando presentes no processo 
de coagulação do sangue. 
 eritroblastos/eritrócitos: são células de 
rápida multiplicação e originam as hemácias na 
circulação sanguínea. 
 mieloblastos: células que podem se 
diferenciar em neutrófilos, basófilos e 
eosinófilos. 
 monoblastos: na circulação sanguínea 
originam os monócitos e no tecido origina os 
macrófagos. 
 
 
 
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 Maria Eduarda Cabral 
 
 células dendríticas (DC’s): são células 
especializadas no processo de captura e 
apresentação de antígenos aos linfócitos. 
 Além disso, os granulócitos, monócitos 
e as células dendríticas são conhecidas 
como fagócitos. 
Ok, entendi! Mas o que são os 
fagócitos? 
Os fagócitos são células capazes de 
realizar o processo de fagocitose, ou seja, é 
o processo que as células do sistema 
imune englobam partículas grandes, cujo o 
objetivo é combater e prevenir infecções. 
 Diferenciação das células progenitoras linfoides: 
 linfócitos T: células originadas na medula 
óssea, porém, sua maturação ocorre no timo, 
sendo as principais células efetoras da 
resposta imune celular. 
 linfócitos B: células originadas e maturadas 
na medula óssea, responsável pela resposta 
imune humoral quando diferenciada em 
plasmócitos, que são as células produtoras de 
anticorpos. 
 células natural killer (NK): originadas na 
medula óssea, sendo capazes de provocar a 
lise de células com baixa expressão de 
moléculas do complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC) de classe I, também 
pode ser ativada por outros mecanismos. 
 
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 Maria Eduarda Cabral 
 
 A diferenciação e proliferação das células 
precursoras hematopoiéticas ocorre a partir de 
estímulos (citocinas e outros) provenientes de 
células do estroma da medula óssea. 
 Muitas destas citocinas são chamadas de 
fatores estimuladores de colônias (CSF’s) ou 
fatores de crescimento. 
 Os LINFÓCITOS derivam de células-tronco 
presentes na medula óssea, sofrem 
maturação nos órgãos linfoides 
primários. 
 As células T sofrem maturação no timo, 
e as células B, no tecido linfoide 
gastrointestinal, na medula óssea, ou na 
bursa de Fabricius (aves), dependendo da 
espécie. 
 Os linfócitos que apresentam receptores para 
antígenos do próprio organismo são destruídos 
dentro dos órgãos linfoides primários em um 
processo chamado SELEÇÃO NEGATIVA. 
 Os linfócitos já maduros se localizam nos 
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS, onde 
suas funções são encontrar e responder aos 
antígenos estranhos. 
 exemplos de órgãos linfoides 
secundários: linfonodos, baço, medula óssea 
e algumas placas de Peyer localizadas no 
intestino. 
 Os antígenos são capturados e processados 
pelas 
, as respostas imunes adquiridas, são, 
na verdade, realizadas pelos . 
 Estão presente nos órgãos linfoides (timo, baço, 
linfonodos e etc), esses linfócitos possuem em 
sua superfície receptores capazes de 
reconhecer e responder aos antígenos. 
 As respostas imunes devem ser reguladas, os 
linfócitos devem ser selecionados para que 
apresentem receptores capazes de se ligarem 
somente aos antígenos estranhos, e a resposta 
de cada célula deve ser controlada, para que não 
ocorra além das necessidades do organismo. 
 Resumindo, as células do sistema imune estão 
organizadas em tecidos ou órgãos linfoides. 
 Essas estruturas são denominadas linfoides em 
razão das células predominantes do parênquima 
serem linfócitos, embora também estejam 
presentes, em menor quantidade, outras células 
como as do sistema imunitário, como os 
macrófagos, células dendríticas e células 
polimorfonucleares, e células de outros sistemas 
como as células epiteliais, endoteliais e 
fibroblastos. 
 Os órgãos linfoides são estruturas que 
participam da resposta imunológica e são 
responsáveis pela produção e maturação dos 
linfócitos. 
 são divididos em órgãos linfoides primários e 
secundários. 
 
 As são formadas no 
OMENTO, FÍGADO e SACO VITELÍNICO 
durante a fase fetal. 
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 Maria Eduarda Cabral 
 
 Em adultos e fetos em fase de 
desenvolvimento mais adiantado estas 
 são encontradas na MEDULA 
ÓSSEA. 
 A medula óssea é um 
 que contém as células-tronco 
responsáveis por dar origem às células 
sanguíneas, incluindo os linfócitos. 
 Em alguns mamíferos, como por exemplo os 
PRIMATAS, a medula óssea também 
 (local 
onde os linfócitosrecém produzidos são 
maturados). 
 A medula óssea possui muitas DC's e macrófagos, 
removendo da corrente sanguínea substâncias 
estranhas. 
 A medula óssea apresenta um grande número de 
células produtoras de anticorpos. 
 É dividida em dois compartimentos: 
 hematopoiético. 
 vascular. 
 O hematopoiético contém células-tronco que 
vão dar origem às células sanguíneas, 
macrófagos, DC's e linfócitos. Enquanto que o 
vascular é o principal local onde os antígenos 
são capturados. 
 Os órgãos que regulam o 
 são chamados de ÓRGÃOS 
LINFOIDES PRIMÁRIOS. 
 
Imagem: TIZARD, 2014
 Os linfócitos são classificados em células T 
e células B. 
 As células T são aqueles linfócitos que 
sofrem maturação no timo, e as células 
B sofrem maturação em diferentes órgãos, 
como na bursa de Fabricius (presente 
apenas nas aves), na medula óssea (primata 
e roedores) e tecidos linfoides intestinais 
(coelhos, ruminantes e suínos). 
 Todos os órgãos linfoides primários se formam 
durante a fase fetal inicial. 
 À medida que o animal se desenvolve, os linfócitos 
imaturos recém-formados migram da medula 
óssea para os órgãos linfoides primários, onde 
são maturados. 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
 Maria Eduarda Cabral 
 
 Nos mamíferos domésticos, os principais 
órgãos linfoides primários são a 
MEDULA ÓSSEA e o TIMO. 
 esses órgãos tem a função de realizar os 
processos de maturação e diferenciação dos 
linfócitos, que serão encaminhados então aos 
órgãos linfoides secundários, onde serão 
armazenados e exercerão suas funções. 
 Os principais órgãos linfoides 
secundários nos mamíferos domésticos são 
os LINFONODOS, o BAÇO, a MEDULA 
ÓSSEA e os TECIDOS LINFOIDES 
ASSOCIADOS À MUCOSAS (MALT). 
 O timo é um órgão linfoepitelial situado no 
mediastino, atrás do esterno e na altura da base 
do coração. 
 apresenta um tamanho relativo no animal 
recém-nascido e involui após a puberdade, é 
substituído por tecido adiposo. 
 É bilobado, e possui uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso que origina septos que dividem 
o parênquima em lóbulos contínuos uns com os 
outros. 
 Ao contrário dos outros órgãos linfoides, o timo 
não possui nódulos celulares, no entanto, cada 
lóbulo é formado por uma parte periférica 
denominada zona cortical e uma parte mais 
central envolta pela zona cortical que é 
denominada zona medular. 
 O timo possui origem embriológica dupla, e é 
considerado um órgão linfoide primário. 
 Imunologicamente, é considerado o sítio 
responsável pela maturação e seleção 
dos timócitos, que são os linfócitos T 
residentes no timo. 
Esse órgão involui gradativamente após a 
puberdade do animal, até ser substituído por 
tecido adiposo e fibroso, e se tornar quase que 
completamente afuncional. 
 É formado por lóbulos, a parte mais externa de 
cada lóbulo, o córtex, é infiltrada por linfócitos 
(ou timócitos), enquanto a parte mais interna, a 
medula, contém poucos linfócitos, e é 
encontrado os corpúsculos de Hassal ou 
tímicos (contendo queratina e no seu centro 
encontra-se vestígios de pequenos vasos 
sanguíneos, em bovinos pode apresentar 
imunoglobulinas, são responsáveis por estimular a 
proliferação dos timócitos através da secreção 
de fatores de crescimento). 
 As funções do timo ficam evidenciadas após a 
TIMECTOMIA. 
 os efeitos de sua retirada cirúrgica em 
roedores mostram que se o timo for retirado 
logo após ao nascimento, o animal se torna 
suscetível a infecções e podem não se 
desenvolver, possuindo poucos linfócitos 
circulantes. 
 além disso, não são capazes de rejeitar 
transplantes de órgãos, pois perde a sua 
capacidade de desenvolver uma resposta 
imune mediada por células. 
 A timectomia de animais adultos não 
apresenta efeitos imediatos, mas após alguns 
meses, é possível perceber que o número de 
linfócitos na circulação sanguínea e sua 
habilidade de desenvolver uma resposta 
imune celular diminuem gradualmente. 
 O timo ainda permanece funcional em animais 
adultos, contudo existe um reservatório de 
células formadas no timo, com meia-vida longa, 
que deve ser esgotado antes que os efeitos da 
timectomia nestes animais se tornem aparentes. 
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 O resultado da timectomia mostra que em 
NEONATOS o timo é a principal fonte de 
linfócitos no sangue e que estes linfócitos são 
os responsáveis pela resposta imune celular. 
 As células precursoras das células T originam-se 
na medula óssea, mas migram para o timo 
posteriormente. 
 no timo estas células se multiplicam 
rapidamente, das novas células formadas, 
95% sofre apoptose, as que permanecem, 
migram para os órgãos secundários. 
 As células T que entram no timo possuem duas 
funções: 
 elas precisam reconhecer antígenos 
estranhos, mas ao mesmo tempo precisam 
não responder aos constituintes 
normais do organismo (autoantígenos). 
 um processo de seleção em dois estágios na 
região medular do timo confere está habilidade 
 Os timócitos que possuem receptores capazes 
de se ligar aos autoantígenos e, desta forma, 
causar doenças autoimunes são eliminados por 
apoptose (seleção negativa). 
 Enquanto que os timócitos que possuem 
receptores incapazes de se ligar a moléculas do 
complexo de histocompatibilidade (MHC) classe II, 
sendo assim incapazes de responder a qualquer 
antígeno processado, também são destruídos. 
 Aquelas células que não forem eliminadas pela 
seleção negativa, mas que conseguem 
reconhecer complexos antígenos-MHC classe II 
específicos com moderada afinidade, são 
estimulados a se desenvolver (seleção positiva). 
 Essas células saem do timo como células T 
maduras, circulam pela corrente sanguínea e 
colonizam os órgãos linfoides secundários. 
 
 É encontrado em aves, geralmente localizada 
acima da cloaca. 
 Diminui à medida que a ave envelhece. 
 Apresenta linfócitos rodeados por um tecido 
epitelial, este tecido epitelial forma uma bolsa que 
se conecta à cloaca através de um ducto. 
 no interior desta bolsa, dobras no epitélio se 
projetam em direção ao lúmen e, espalhadas 
por estas dobras estão massas arredondadas 
de linfócitos denominadas folículos linfoides. 
 cada folículo é dividido em córtex e medula, no 
córtex encontramos os linfócitos, plasmócitos 
e macrófagos. 
 na junção corticomedular existe uma 
membrana basal e uma rede de capilares, 
possuem as células dendríticas 
neuroendócrinas especializadas circundando 
cada folículo. 
 AVES BURSECTOMIZADAS apresentam 
baixos níveis de anticorpos no sangue, e as 
células produtoras de anticorpos 
desaparecem dos órgãos linfoides, mas eles 
ainda possuem linfócitos circulantes, sendo 
capazes de rejeitar enxertos de pele. 
 A bursectomia apresenta poucos efeitos no 
sistema imune mediado por células. 
 A bursa é um órgão linfoide primário e os 
linfócitos que se originam na bursa são 
denominados de células B. 
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 as células B imaturas produzidas na medula 
óssea migram em direção à bursa. 
 essas células se multiplicam e cerca de 95% 
morrem por apoptose (seleção negativa das 
células B autor reativas), quando o processo 
de maturação é finalizado, as células B 
restantes se deslocam para os órgãos 
linfoides secundários. 
 Na bursa podem ocorrer a captura de 
antígenos e a síntese de alguns 
anticorpos. 
 Estão localizados na PAREDE DO INTESTINO 
DELGADO. 
 as placas de Peyer são aglomerados de tecido 
linfoide localizadas na camada mucosa e 
submucosa da porção final do intestino 
delgado, o íleo, e são tecidos linfoides que 
estão classificados dentro do grupo dos 
tecidos linfoides associados às mucosas 
(MALT). 
 Os tratos digestivo, respiratório,genitourinário e o tegumento estão 
sujeitos a invasões microbianas frequentes, pois 
são expostos ao meio externo. 
 Com a função de promover proteção ao 
organismo, existem acúmulos de tecido 
linfoide, os nódulos linfoides, associados ao tecido 
linfático difuso, localizados na mucosa e na 
submucosa desses tratos que, em alguns locais 
formam órgãos bem estruturados e delimitados 
como as tonsilas e as placas de Peyer. 
 denomina-se MALT os aglomerados linfoides 
presentes na mucosa desses órgãos. 
 
Duda, conseguimos visualizar as 
placas de Peyer na necropsia? 
As placas de Peyer não são facilmente 
encontradas durante a observação 
macroscópica do intestino delgado pelo 
fato de estarem inseridas no meio das 
túnicas da do íleo, embora se tenha 
conhecimento que elas existam. 
Porém, do ponto de vista histológico, as 
placas de Peyer são descritas como sendo 
grandes folículos linfoides encontrados 
tanto na camada mucosa quanto na 
submucosa do íleo e, ocasionalmente, do 
jejuno. 
 Estas placas de Peyer (PP's) apresentam 
densos folículos linfáticos e contêm 
apenas células B. 
Os folículos linfoides são compostos 
principalmente por linfócitos B, linfócitos T, 
plasmócitos, macrófagos, e são delimitados por 
células epiteliais especializadas, as células M, 
que na maioria das vezes, possuem projeções 
citoplasmáticas capazes de capturar possíveis 
patógenos ou antígenos com a finalidade de 
levá-los ao interior dos folículos para que a 
resposta imunológica seja realizada. 
 As PP’s no íleo são locais de rápida proliferação 
de células B, a maioria sofre apoptose e as 
restantes são liberadas pra a circulação 
sanguínea. 
 São órgãos linfoides primários. 
 Os complexos linfoglandulares estão localizados 
no intestino grosso e ceco, possuem células 
caliciformes, linfócitos intraepiteliais e células M. 
 
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 Na medula óssea acredita-se ser o local onde 
ocorre a seleção negativa, onde a maioria das 
células B formadas são eliminadas. 
 Os órgãos linfoides secundários se formam no 
final da vida fetal e persistem durante a vida 
adulta. 
 Esses órgãos aumentam de tamanho em 
resposta ao estímulo antigênico, e a retirada 
cirúrgica não causa uma redução significativa da 
capacidade imune. 
 Os exemplos desses órgãos são: 
 baço. 
 linfonodos. 
 tonsilas. 
 outros tecidos linfoides presentes nos tratos 
intestinal, respiratório e urogenital. 
 Apresentam DC's que capturam e processam os 
antígenos, e linfócitos responsáveis por mediar 
as respostas imunes. 
 Os linfonodos ou gânglios linfáticos são órgãos 
encapsulados constituídos por tecido linfoide e 
que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no 
trajeto dos vasos linfáticos. 
 São encontrados em diversas regiões do corpo, 
como na axila, virilha, em grande quantidade no 
tórax e abdome, principalmente no mesentério, 
dentre outros lugares. 
 Anatomicamente, os linfonodos possuem um 
formato reniforme, apresentando um lado 
convexo, por onde desembocam os vasos 
linfáticos aferentes, e outro côncavo com uma 
reentrância, o hilo, pelo qual penetram as 
artérias nutridoras e saem as veias e os vasos 
linfáticos eferentes. 
 Histologicamente, os linfonodos são constituídos 
por uma cápsula de tecido conjuntivo denso que 
envia trabéculas para seu interior, dividindo o 
parênquima em compartimentos incompletos. 
 O parênquima do linfonodo apresenta região 
cortical, que se localiza logo abaixo da cápsula, e 
a região medular que ocupa o centro do órgão. 
 A população de células mais abundante na região 
cortical profunda é de linfócitos T, enquanto a 
região medular é composta em sua maioria por 
linfócitos B e macrófagos. 
 O linfonodo 
. 
 Estão localizados no sistema linfático para 
interceptarem os antígenos presentes na linfa. 
 Este órgão consiste em uma rede reticular 
repleta de linfócitos, macrófagos e DC's através 
das quais penetram seios linfáticos. 
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 o seio subescapular localiza-se abaixo da 
cápsula de tecido conjuntivo do linfonodo. 
 o restante dos seios passa pelo corpo do 
linfonodo, porém é mais proeminente na região 
medular. 
 vasos linfáticos aferentes entram no órgão 
por toda a sua circunferência, e os vasos 
aferentes saem pelo hilo, os vasos que nutrem 
os linfonodos também entram e saem pelo hilo. 
 
 O linfonodo é dividido em um córtex mais 
periférico e uma medula mais central, e 
também, uma região intermediária chamada de 
paracórtex. 
 No córtex há uma predominância de células B 
com um arranjo em forma de nódulos, nos 
linfonodos ativados por antígenos, algumas 
destas células se expandem para formar focos 
de células em multiplicação denominados 
centros germinativos. 
 Estes centros germinativos apresentam 
ZONAS CLARAS e ESCURAS. 
 as zonas escuras são locais onde as células 
B se multiplicam e sofrem um processo 
denominado mutação somática. 
 as zonas claras são locais onde as 
imunoglobulinas trocam de isotipo e onde se 
formam as células B de memória. 
 Algumas células T são encontradas no córtex 
ao redor dos centros germinativos. 
 No paracórtex predominam as células T e as 
DC’s, nos neonatos timectomizados ou nos 
animais que nasceram sem o timo essa região 
perde as células, sendo conhecida como uma 
região célula T-dependente. 
 Na medula é possível encontrar diversos tipos 
celulares, incluindo as células reticulares 
responsáveis por formar um suporte fibrilar, as 
DC’s e os macrófagos responsáveis por 
capturar os antígenos, e as células B e os 
plasmócitos que sintetizam os anticorpos, 
formando cordões entre os seios linfáticos. 
 há a presença de fibras reticulares auxiliando 
no suporte estrutural e como condutores de 
sinais. 
 Os linfonodos são órgãos linfoides secundários, 
vascularizados e encapsulados, com 
características anatômicas e histológicas que 
favorecem o início das respostas imunes 
adaptativas para antígenos transportados dos 
tecidos pelos vasos linfáticos. 
 A principal função de um órgão linfoide 
secundário como o linfonodo, é facilitar a 
interação entre as células apresentadoras de 
antígenos e as células sensíveis aos antígenos (B 
e T). 
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Circulação dos linfócitos 
 As CÉLULAS T circulam constantemente pelo 
organismo através do sangue e de fluídos 
teciduais, sendo predominante na corrente 
sanguínea. 
 Durante o seu percurso, eles avaliam se há a 
presença de antígenos estranhos no organismo, 
e se infiltram nos locais propícios a ocorrer uma 
invasão microbiana e inflamação. 
 Quando uma célula nunca foi exposta ao algum 
antígeno (células T virgem) elas se ligam 
as vênulas (vênulas de endotélio alto - HEVs) no 
paracórtex dos linfonodos. 
 essas células não estão unidas por junções 
comunicantes, mas sim, por junções em pontos 
descontínuas, facilitando a passagem dos 
linfócitos para entre as células endoteliais, 
podendo aderir-se à essas células e migrar 
para dentro do paracórtex. 
 a partir do momento que esses linfócitos se 
arrastam pela superfície da vênula, esses 
linfócitos se ativam e expressam as integrinas. 
 Entretanto, as células T de memória 
saem da circulação através de vasos convencionais 
presentes nos tecidos, sendo conduzidos até os 
linfonodos através dos fluídos teciduais (linfa 
aferente). 
 a linfa circula de tecidos para os linfonodos 
através de vasos linfáticos aferentes, e sai dos 
linfonodos pelos vasos eferentes. 
 caso o ducto torácico seja canulado e a linfa 
removida, o número de linfócitos do sangue 
(principalmente células T) diminui em poucas 
horas. 
Diferençasentre as espécies 
 
Resposta aos antígenos 
 Quando há a entrada de algum microrganismo as 
células DC’s residentes são ativadas e migram 
para os linfonodos drenantes, se acumulando no 
paracórtex e no córtex. 
 As DC’s formam uma espécie de rede para 
capturar o antígeno e apresentá-lo as células T. 
 essas células T são normalmente ativadas na 
região do paracórtex, enquanto as células B 
estão aleatórias nos folículos primários, 
quando há a presença de algum antígeno. 
 tanto as células B quanto as células T migram 
para a borda dos folículos para que ocorra a 
interação. 
 Uma vez que se estimula a produção de 
anticorpos, a progênie destas células B se 
desloca para a medula e começa a secretar 
anticorpos. 
 Os linfonodos ativados pelos antígenos capturam 
os linfócitos, as interações locais entre os 
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agentes infecciosos e os mastócitos resultam 
na produção do fator de necrose 
tumoral-α (TNF-α), que atuará impedindo 
a passagem dos linfócitos através destes órgãos, 
então, os linfócitos se acumularão fazendo com 
que cause um inchaço na região, fazendo 
com que se concentre os linfócitos no local e o 
acúmulo de antígenos. 
 São semelhantes aos linfonodos, esta estrutura 
apresenta hemácias nos seios 
linfáticos, apresentando um córtex com 
centros germinativos e células B, as células T 
estão associadas aos seios linfáticos, localizadas 
no centro. 
 O baço é um órgão parenquimatoso formado por 
um grande acúmulo de tecido linfoide e é o único 
órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. 
 É um órgão encapsulado cuja função é fazer a 
filtração sanguínea. 
 Os antígenos presentes nesse órgão são de 
origem sanguínea, dessa forma, o baço 
faz a filtração, removendo-os. E também, 
remove debris celulares e hemácias 
envelhecidas. 
 Também possui como função a estocagem de 
hemácias e plaquetas, recicla o 
ferro e responde pela produção 
das hemácias durante a vida fetal. 
De acordo com sua função é considerado um 
órgão linfoide secundário e devido à sua riqueza 
em células fagocitárias e do contato íntimo entre 
o sangue e essas células, o baço apresenta uma 
importante função imunológica e de reciclagem 
dos eritrócitos 
 Assim como os demais órgãos linfoides, o baço 
origina linfócitos que passam para o sangue 
circulante e, devido à sua localização, é capaz de 
responder mais facilmente aos antígenos que por 
ventura possam invadir o sangue. 
 Com isso, é considerado um importante filtro 
fagocitário e imunológico para o 
sangue e um grande produtor de 
anticorpos. 
 Histologicamente, o baço é composto por uma 
cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite 
trabéculas que dividem o parênquima ou polpa 
esplênica em compartimentos incompletos. 
 O parênquima do baço é dividido em polpa 
branca, rico em nódulos linfáticos composto 
por linfócitos T e B, e em polpa vermelha 
rica em sangue. 
O baço é um órgão altamente vascularizado 
cujas principais funções são retirar da circulação 
células sanguíneas lesionadas e senescentes e 
partículas, como imunocomplexos e micro-
organismos opsonizados, além de iniciar as 
respostas imunológicas adaptativas dos 
antígenos capturados do sangue. 
 Apresenta duas constituições, a primeira é a 
polpa vermelha que é utilizada para o 
processo de filtragem do sangue e para o 
acúmulo de hemácias, a segunda é a polpa 
branca/marginal que é rica em 
linfócitos, local onde ocorre as respostas imunes. 
Estrutura da polpa branca 
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 Apresentam células B e T se acumulando em 
zonas específicas através da influência de 
quimiocinas. 
 As células T se localizam nas bainhas linfoides 
periarteriolares. 
 As zonas de células B consiste em folículos 
primários, enquanto que nas zonas de células T, 
estas células irão interagir com as DC’s e as 
células B circulantes. 
 Os folículos de células B são os locais onde ocorre 
a expansão clonal, troca de isotipo e 
hipermutação somática. 
 Após a estimulação por antígenos, esses folículos 
desenvolvem centros germinativos. 
 A polpa branca é separada da polpa vermelha 
por um seio marginal, uma bainha reticular e uma 
zona marginal de células (trânsito de leucócitos 
que se deslocam entre o sangue e a polpa 
branca, rica em macrófagos, DC’s e células B). 
 A polpa branca está envolvida na 
resposta imune adquirida, enquanto 
que a zona marginal está envolvida tanto na 
resposta imune adquirida quanto na 
resposta imune inata. 
Resposta ao antígeno 
 São capturados pelas DC’s (zona marginal) ou 
macrófagos onde são carregados até os folículos 
primários da polpa branca, após algum tempo, 
migram as células produtoras de anticorpos. 
 
 Temos a medula óssea, as tonsilas e 
tecidos linfoides sendo os outros órgãos 
produtores de anticorpos. 
 A é o segundo maior tecido 
linfoide secundário em um indivíduo adulto. 
 caso o antígeno seja inoculado por via 
intravenosa, uma boa parte será capturada 
não só pelo fígado e baço, mas também pela 
medula óssea. 
 entretanto, durante a resposta imune primária, 
os anticorpos são produzidos em sua grande 
maioria no baço e linfonodos, no final da 
resposta, as células de memória saem do baço 
e colonizam a medula óssea, caso haja uma 
segunda dose de antígeno, a medula óssea irá 
produzir uma grande quantidade de 
anticorpos. 
Medula óssea 
 É um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo 
encontrado no canal medular dos ossos longos e 
nas cavidades dos ossos esponjosos. 
 Esse órgão é considerado linfoide devido à sua 
atividade hematopoiética, e pode ser 
primário ou secundário de acordo com sua 
função. 
 São encontrados dois tipos de medula óssea nos 
animais: 
1. também chamada 
de hematógena, deve sua cor à presença de 
numerosos eritrócitos em diferentes estágios de 
maturação, em decorrência de sua atividade 
hematopoiética exuberante. 
2. não tem função 
hematopoiética, e deve sua cor à presença de 
células adiposas em grande quantidade. 
 Nos neonatos, toda medula óssea é vermelha e, 
portanto, ativa na produção de células do sangue. 
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 Conforme o indivíduo envelhece passa a ser 
substituída por medula óssea amarela, existindo 
medula óssea vermelha nos adultos e idosos 
apenas nas epífises dos ossos longos, no 
esterno, vértebras e costelas. 
 As células de defesa que compõe o sistema 
imunológico são chamadas de leucócitos. 
 Os leucócitos são originados a partir de uma 
célula tronco da medula óssea, e sofrem um 
processo de diferenciação e maturação celular 
que faz a distinção entre as mais diversas 
linhagens. 
 Em linhas gerais, os leucócitos são divididos 
em granulócitos e agranulócitos, de 
acordo com a presença ou não de grânulos 
citoplasmáticos. 
 Os GRANULÓCITOS são denominados a partir 
da atração química que seus grânulos 
citoplasmáticos possuem pelo corante 
hematoxilina e eosina, utilizado na preparação de 
lâminas histológicas e citológicas. 
 as células cujos grânulos possuem tropismo 
pelo corante ácido, a eosina, são chamados de 
eosinófilos. 
 enquanto que as células cujos grânulos 
possuem tropismo pelo corante básico, a 
hematoxilina, são chamados de basófilos. 
 as células cujos grânulos são neutros quanto 
ao tropismo pelos corantes, são denominados 
neutrófilos. 
 Os leucócitos denominados AGRANULÓCITOS 
não possuem grânulos citoplasmáticos, são eles 
os monócitos e linfócitos. 
 os monócitos dão origem a diversas outras 
células de defesa, e possuem nomenclatura de 
acordo com o tecido e a função que estão 
exercendo. 
 por exemplo, nos tecidos são denominados 
macrófagos.enquanto que os linfócitos também dão 
origem a outros tipos celulares, como os 
linfócitos T, linfócitos B e os linfócitos natural 
killer. 
 
 
 
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Espaços para Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Reconhecimento de Invasores e Inflamação 
 O organismo animal utiliza mecanismos de 
reação rápida como sua primeira linha de 
defesa contra os invasores. 
 o sistema imune possui diversos subsistemas, 
sendo a inflamação o mais importante 
deles. 
 Quando um indivíduo é exposto a um agente 
infeccioso ou um patógeno ocorre em 
resposta um processo inflamatório 
agudo pelo sistema imunológico decorrente de 
uma invasão microbiana ou lesão tecidual. 
 Com isso, a invasão de agentes infecciosos ou 
parasitários, a lesão tecidual ou celular irão levar 
à ATIVAÇÃO e MIGRAÇÃO de células 
inflamatórias, os neutrófilos e macrófagos 
que são células responsáveis pelo processo de 
defesa e reestabelecimento da homeostase. 
Duda, como ocorre o processo de 
inflamação? 
No processo de inflamação temos uma 
concentração das células de defesa 
(leucócitos) e moléculas antimicrobianas 
nos locais de invasão e de lesão tissular. 
Os leucócitos circulam na corrente 
sanguínea, porém, frente a um processo 
inflamatório ocorrerá sua migração para 
esse sítio de invasão, realizando o ataque e 
destruição dos invasores. 
com isso, a inflamação é um 
mecanismo que as células e 
proteínas de defesa se concentram 
no local de invasão microbiana. 
Inflamação 
 AGUDA CRÔNICA 
AGENTE CASUAL 
CÉLULAS ENVOLVIDAS 
MEDIADORES PRIMÁRIOS 
INÍCIO 
DURAÇÃO 
 
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EVOLUÇÃO 
 
Imagem: TIZARD, 2014
 O reconhecimento de invasores se dá 
através dos sinais de perigo que são 
identificados pelas células do organismo. 
 As principais formas de se reconhecer os sinais 
de perigo são através dos padrões moleculares 
associados ao patógeno (PAMPs) ou através 
dos padrões moleculares associados aos danos 
(DAMPs). 
 as PAMPs são padrões moleculares associados 
ao patógenos, estando presentes nos quadros 
de invasão de microrganismos. 
 as DAMPs são padrões moleculares 
associados às lesões, sendo alarminas 
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liberadas frente a situações células mortas ou 
morrendo. 
Duda, calma! Me explica de novo? 
O corpo reconhece os microrganismos 
invasores através da presença de 
moléculas comuns expressas em sua 
superfície ou de ácidos nucléicos 
característicos. 
Essas estruturas são os PADRÕES 
MOLECULARES ASSOCIADOS A 
PATÓGENOS (PAMPs). Além dos PAMPs, o 
organismo também reconhece o 
aparecimento de moléculas liberadas pelos 
tecidos lesionados, sendo as alarminas 
(DAMPs – PADRÕES MOLECULARES 
ASSOCIADOS A LESÃO). 
 Os PAMPs são reconhecidos por receptores 
tipo toll (TLR) presentes nas superfícies 
celulares, e por outros receptores localizados no 
interior das células. 
 Os receptores que reconhecem padrões são 
encontrados em muitos tipos celulares, as células 
mais importantes são os macrófagos, DCs e 
os mastócitos, atuando como células 
sentinelas. 
 Os sinais provenientes dos TLRs ativam as células 
sentinelas, que passam a secretar diversas 
moléculas diferentes. 
 algumas dessas moléculas são citocinas que 
"ligam" o processo inflamatório. 
 as principais citocinas pró-inflamatórias são o 
fator de necrose tumoral-α (TNF-α), a 
interleucina-1 (IL-1) e a interleucina-6 
(IL-6), assim como diversas quimiocinas. 
 algumas dessas moléculas aumenta o fluxo 
sanguíneo local e a permeabilidade vascular. 
 
 Em síntese, podemos entender um mecanismo 
exemplificando como os invasores (patógenos) 
são reconhecidos pelo sistema imune. 
 Na figura 3, um microorganismo (Helicobacter 
pilori) invade o organismo do animal, para que ele 
seja reconhecido como invasor, o mesmo possui 
em sua membrana celular o 
lipopolissacarideos (LPS) que são 
denominados PADRÕES MOLECULARES 
ASSOCIADOS AO PATÓGENO (PAMPS). 
 A entrada e o reconhecimento da PAMP pelas 
células do sistema imune ocorrem através dos 
seus receptores, tais como Toll (TLR), estes 
contidos em macrófagos, neutrófilos, células 
dendríticas, etc... 
 Os microorganismos possuem padrões 
moleculares associados ao 
patógeno (PAMPs) localizados em sua 
superfície, que são reconhecidos pelos 
receptores das células sentinelas, que são os 
macrófagos, mastócitos, neutrófilos e 
células dendríticas. 
 Já as DAMPs são consideradas alarminas, 
ou seja, substâncias liberadas pela 
célula após sua morte e têm função de 
recrutamento e ativação celular. 
 O processo inflamatório, de maneira geral, é uma 
resposta fisiológica do organismo a uma lesão ou 
 
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agressão tecidual local ou à presença de um 
agente infeccioso ou parasitário em determinada 
região que possa causar dano à homeostase. 
 A resposta inflamatória faz parte da resposta 
imune inata e, por isso, não é uma resposta 
específica, mas ocorre de maneira padronizada 
independente do estímulo. 
 O mecanismo inflamatório envolve várias células 
do sistema imunológico, mediadores químicos e a 
vascularização da região. 
 A função do processo inflamatório é eliminar a 
causa inicial do processo que está causando a 
quebra da homeostase celular ou tecidual, 
coordenar as reações do sistema imune inato, 
eliminar as células lesadas e os tecidos 
danificados para enfim iniciar a reparação dos 
tecidos e restaurar sua função e decorrente 
homeostase. 
 A resposta inflamatória se divide em dois tipos: 
1. 
2. 
 Quando o organismo está sendo atacado temos a 
inflamação sendo desencadeada, isso envolve o 
reconhecimento de sinais de perigo gerados 
tanto pelo microrganismo invasor quanto pelas 
células que estão mortas ou morrendo, existem 
dois grupos desses sinais de perigo. 
 Um deles é constituído por moléculas liberadas 
pelas células mortas ou que estão morrendo, 
essas moléculas são chamadas de alarminas 
(DAMPs). 
 O outro grupo é composto de moléculas ou 
padrões moleculares associados à patógenos 
(PAMPs). 
 Juntos formam uma família de padrões 
moleculares associados à lesão, que são 
reconhecidas pelas células de defesa do 
organismo 
 A presença dos microrganismos invasores é 
detectada pelas células sentinelas (macrófagos, 
mastócitos e DCs), essas células apresentam 
receptores que podem se ligar a PAMPs esses 
receptores são usados para detectar moléculas 
altamente conservadas, encontradas na maioria 
dos microrganismos invasores. 
 A maioria das bactérias invasoras são 
recobertas por uma parede celular composta de 
carboidratos complexos 
 
 
 As paredes das bactérias gram-
positivas apresentam peptidoglicanos e 
ácidos lipoteicóicos. 
 Já as paredes das bactérias gram-
negativas são constituídas de 
peptidoglicano recobertos por uma 
camada de lipopolissacarídeo (LPS). 
 Já as bactérias álcool-ácido-
resistentes são revestidas por glicolipídios. 
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 Enquanto que as leveduras possuem paredes 
ricas em manana ou -glicana. 
 Por fim, os vírus crescem no interior de 
linfócitos T, sendo que os principais alvos do PRRs 
(receptor de reconhecimentode padrões) 
antivirais são os ácidos nucleicos virais. 
 exemplos de PRRs: receptores tipo toll 
(TLRs), receptores similares ao gene induzido 
por ácido retinóico (RIG)-1 (RLRs), receptores 
similares ao domínio de oligomerização ligante 
de nucleotídeo (NOD) (NLRs) e os receptores 
de lectina tipo C (CLRs). 
Nenhuma dessa moléculas são encontradas em 
tecidos animais normais. Entretanto, elas são 
essenciais para a sobrevivência microbiana e 
normalmente são compartilhadas por classes 
inteiras de patógenos. 
 A ligação dos PAMPs nos receptores das células 
sentinelas ativam vias intracelulares de 
sinalização, fazendo com que as células sentinelas 
secretem moléculas que desencadeiam a 
inflamação e outras respostas imune inatas. 
Receptores tipo Toll (TLR) 
 São os mais importantes receptores, estão bem 
posicionados para o encontro com invasores 
extracelulares. 
 ex: bactérias e fungos. 
 Porém, uma vez que os vírus crescem dentro 
das células, esses patógenos devem ser 
detectados por TLRs intracelulares. 
 São expressos por células sentinelas, localizadas 
na superfície do organismo ou próximo a ela. 
 Dentre essas células encontram-se 
macrófagos, mastócitos e DCs, assim 
como eosinófilos e células epiteliais 
que revestem os tratos respiratório e 
intestinal. 
 Os TLRs extracelulares (TLR 1, 2, 4, 5, 
6 e 11) reconhecem principalmente proteínas e 
lipoproteínas microbianas e LPS, os TLRs 
intracelulares (TLR 3, 7, 8, 9 e 10) 
reconhecem ácidos nucléicos virais e bacterianos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TLR LOCALIZAÇÃO LIGANTE FONTE DE LIGANTE 
TLR1 
TLR2 
TLR3 
TLR4 
TLR5 
TLR6 
TLR7 
TLR8 
TLR9 
TLR10 
TLR11 
TLR12 e 13 
CpG, citosina-guanosina; LPS, lipopolissacarídeo; TLR, receptor do tipo Toll-like toll.
 Quando um TLR localizado na superfície celular se 
liga a um PAMP microbiano (seu ligante), um sinal 
é passado à célula. 
 isso estimula a produção de um fator de 
transcrição chamado fator nuclear kappa-B 
(NF-kB), esse NF-kB ativa os genes que 
codificam as citocinas interleucina-1 (IL-1), 
interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose 
tumoral-α (TNF-α). 
 as citocinas são proteínas que regulam as 
atividades envolvidas na defesa do organismo, 
elas são primeiramente sintetizadas como 
pró-moléculas que devem ser ativadas por 
uma enzima chamada caspase-1, as caspases 
desempenham papel fundamental no 
desencadeamento da inflamação. 
 a produção de caspase-1 é desencadeada por 
um complexo proteico chamado 
inflamossomo. 
 
Distintos TLRs desencadeiam a síntese de 
diferentes misturas de citocinas e diferentes 
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PAMPs desencadeiam respostas bastantes 
distintas, mesmo em um único tipo celular. 
 Os TLRs não desencadeiam somente respostas 
inatas como o processo inflamatório, mas 
também iniciam o processo de ligação do sistema 
imune adaptativo. 
 Os TLRs são expressos por células-tronco da 
medula óssea também, sendo fontes de 
leucócitos. 
 a ligação de lipopolissacarídeos bacterianos ao 
TLR4 de células-tronco faz a estimulação da 
medula óssea, aumentando a produção de 
leucócitos. 
 o aumento de leucócitos no sangue é chamado 
de leucocitose, sendo uma alteração 
presente em doenças infecciosas. 
Receptores similares a RIG-1 
 Os receptores similares ao gene induzido por 
ácido retinóico (RLRs) pertencem a família de 
PRRs, reconhecendo o dsRNA viral. 
 Fazem o reconhecimento de padrões expressos 
no citosol de células que se ligam ao RNA viral. 
 esse RNA viral difere do de mamíferos em 
diversos aspectos. 
 Após a ligação, os RLRs fazem a ativação das 
caspases e desencadeiam vias de sinalização, 
acarretando na síntese de IFNs do tipo 1. 
Receptores similares a NOD 
 São uma família de PRRs que podem fazer a 
identificação de patógenos no citosol. 
 São padrões intracelulares. 
 Os NLRs podem detectar patógenos presentes 
no citosol e, quando ativados, induzem, no 
hospedeiro, vias de sinalização de defesa. 
 Os NLRs (receptores similares ao domínio de 
oligomerização ligante de nucleotídeo) e os TLRs 
compartilham estruturas similares para o 
reconhecimento de patógenos e atuam de forma 
cooperativa para iniciar as respostas 
antimicrobianas do hospedeiro. 
 A ligação a NLR ativa a via do NF-kB e 
desencadeia a produção de citocinas pró-
inflamatórias. 
RECEPTOR LOCALIZAÇÃO LIGANTE FONTE DE LIGANTE 
RIG-1 
NOD1 
NOD2 
Dectinas 
Receptor de 
manose-fucose 
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CD14 
Proteínas de 
reconhecimento 
de peptidoglicanos 
CD1 
CD36 
CD48 
São encontrados em bactérias gram-positivas e 
gram-negativas, as proteínas de reconhecimento 
de peptidoglicano (PGRPs) se ligam a esses 
peptidoglicanos bacterianos e induzem a 
produção de peptídeos antimicrobianos, como as 
defensinas. 
 Sua expressão é aumentada na infecção por 
Salmonella. 
Receptores de Lectina tipo C 
 proteínas que se ligam a carboidratos. 
 lectinas do tipo C precisam de cálcio para 
ocorrer a ligação. 
 Algumas lectinas são PRRs de superfície celular, 
podendo reconhecer carboidratos de fungos, 
bactérias e alguns vírus. 
 
dectina 1, dectina 2 e DEC205. 
 reconhecem -glicanas em paredes celulares 
fúngicas. 
 papel importante na defesa antifúngica. 
 promove a destruição intracelular de fungos. 
 Dectina 1: expressa por macrófagos, 
monócitos e células dendríticas de bovinos. 
 Dectina 2 bovina: expressa em maior 
quantidade pelas células de Langerhans da pele. 
 DEC205: expressa por células dendríticas 
bovinas. 
 O receptor de manose de macrófagos 
é expresso pelos macrófagos, sendo uma outra 
lectina do tipo C. 
Receptores de manana (se ligam a carboidratos 
microbianos), scavenger (se ligam a lipoproteínas 
bacteriana) e o CD1 (se liga a glicolipídios 
microbianos). 
Lipopolissacarídeos bacterianos 
 Potentes indutores da imunidade inata, são 
liberadas por bactérias gram-negativas 
invasoras. 
 Ocorre a ativação de macrófagos e aumenta a 
produção de citocinas. 
 
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O TLR-4 não se liga diretamente ao LPS, ele 
precisa da associação de 3 proteínas, sendo elas: 
MD-2 (fator de diferenciação mieloide 2), 
proteína ligante de LPS (LBP) e CD14. 
Peptidoglicanos bacterianos 
 São os principais constituintes da parede celular 
de bactérias gram-positivas e gram-negativas. 
 Diversos PRRs podem identificar esses 
peptidoglicanos, sendo alguns deles: 
 alguns TLRs, NODs e o CD14. 
 As PGRPs (proteínas de reconhecimento de 
peptidoglicano) são PRRs que induzem a síntese 
de peptídeos pró-inflamatórios e antimicrobianos. 
DNA bacteriano 
 Estimula a imunidade inata. 
 Ativa o TLR 9 e entre outros. 
Ácidos nucleicos virais 
 Os ácidos nucleicos dos vírus são estruturas que 
diferem dos encontrados em animais, dessa 
forma, possibilita o seu reconhecimento por 
PRRs intracelulares. 
 A inflamação também pode ocorrer por 
TRAUMAS FÍSICOS e LESÕES 
TISSULARES. 
 Assim como os TLRs, os PRRs reconhecem as 
PAMPs de microrganismos invasores, 
moléculas que escapam da morte e 
que estão à morte. 
 essas moléculas são chamadas de DAMPs ou 
alarminas. 
 podem ser liberadas quando as células morrem 
(DAMPs intracelulares) ou quando um tecido 
conjuntivo é danificado (DAMPS 
extracelulares). 
 
Imagem: TIZARD, 2014
Duda, o que são as alarminas 
mesmo? 
São moléculas liberadas pelos tecidos 
lesionados, sendo denominadas ALARMINAS 
e também podem ser liberadas quando 
ocorre uma morte celular.Muitas moléculas diferentes podem atuar 
como alarminas, entre elas temos: 
defensinas, catelicidinas, neurotoxina 
 
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derivadas de eosinófilos, proteína HMGB1, 
quimiocinas, citocinas como a IL-1 e entre 
outras, todas sendo liberadas através do 
dano tecidual. 
As alarminas ocorrem através de uma 
DAMP (que pode ser intracelular e 
extracelular), isso faz com que seja 
recrutado e ativado as células e 
propriedades antimicrobianas. 
 Algumas DAMPs intracelulares são secretadas 
pelas mitocôndrias de células à morte. 
 Dentre as alarminas, a principal é a HMGB1 
(proteína de alta mobilidade, box 1), que é 
encontrada em todas as células de animais 
vertebrados. 
 ela é uma citocina capaz de desencadear a 
inflamação, é secretada por macrófagos 
ativados por LPS ou por citocinas pró 
inflamatórias (ex. IFN-), ela prolonga e 
mantém a inflamação através da secreção de 
proteínas pró-inflamatórias por macrófagos, 
neutrófilos, monócitos e células endoteliais. 
 também atua no reparo tecidual por estimular 
o crescimento de novos vasos sanguíneos. 
 possui potente atividade antimicrobiana. 
 
Imagem: TIZARD, 2014
 adenosina, 
trifosfato de adenosina, ácido úrico, proteínas 
S100 e proteínas de choque térmico. 
 O heparan sulfato é um importante DAMP 
extracelular. 
 se liga ao TLR4 e o ativa. 
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 ácido 
hialurônico, fobronectina e peptídeos de colágeno 
e elastina. 
 Muitos PRRs solúveis também podem se ligar a 
PAMPs. 
 LECTINAS podem atuar como PRRs. 
 papel importante na imunidade inata. 
 As lectinas são divididas em P, S e C. 
 A lectina P (também chamadas de 
pentraxinas) age na fase aguda, e ocorre uma 
ativação de leucócitos e sistema complemento. 
 se ligam aos carboidratos microbianos, como 
LPS, ativando a via clássica do sistema 
complemento ao interagir com o C1q. 
 Já a lectina S ocorre uma produção de 
leucócitos na matriz extracelular. 
 E a lectina C (colectinas) libera Ca+2 - CHO, 
liberando manose (Salmonella enterica, 
Leishmania...). 
 CÉLULAS SENTINELAS: possui a função de 
reconhecer e responder aos microrganismos 
invasores. 
 macrófagos, 
células dendríticas (DC’s) e mastócitos. 
 essas células estão encontradas por todo o 
corpo. 
 todas essas células possuem múltiplos PRRs, 
podendo detectar e responder de forma 
rápida as PAMPs e DAMPs. 
 
 células epiteliais, 
células endoteliais e fibroblastos. 
 Podem CAPTURAR, MATAR e DESTRUIR os 
invasores microbianos. 
 Os macrófagos atuam como células 
sentinelas, detectando microrganismos 
invasores, mas também são capazes de destruí-
los e desempenham um importante papel no 
desencadeamento da imunidade adquirida. 
 Quando estimulados os macrófagos, eles: 
 secretam citocinas que promovem as 
respostas imunológicas inatas e adquiridas. 
 controlam a inflamação e contribuem 
diretamente para a reparação dos tecidos 
lesionados, removendo células mortas, 
danificadas ou que estejam morrendo. 
 auxiliam no processo de cicatrização. 
 Os macrófagos imaturos circulam no sangue e 
são chamados de MONÓCITOS. 
 Quando estão maduros, os monócitos migram 
para os tecidos se tornando MACRÓFAGO. 
 histiócitos: tecido conjunto. 
 micróglia: SNC. 
 células de Kupffer: fígado. 
 macrófagos alveolares: pulmão. 
 macrófagos pulmonares 
intravasculares: capilares do pulmão. 
 É a segunda principal população de células 
sentinelas. 
 Essas células possuem dendritos, que são longos 
processos citoplasmáticos delgados. 
 Seua função é semelhante com a dos 
macrófagos. 
 
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 Os mastócitos desempenham um papel 
fundamental na imunidade inata, já que, 
quando encontram microrganismos invasores, 
liberam moléculas que causam alterações no fluxo 
sanguíneo vistas na inflamação aguda, participam 
das alergias. 
 eles alteram a circulação liberando grânulos, 
fatores vasoativos, histaminas, citocinas, 
quimiocinas e IL’s. 
 precisam de estímulo, seja ele veneno e inseto, 
bactérias ou vírus, IgE. 
Espaços para Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mediadores Pró-inflamatórios e 
Antimicrobianos 
 INFLAMAÇÃO AGUDA: ocorre minutos após a 
lesão do tecido. 
 O tecido lesionado gera 3 tipos de sinais: 
1. As CÉLULAS ROMPIDAS 
 que desencadeiam a 
liberação de citocinas, quimiocinas e 
enzimas pelas células sentinelas. 
2. Os MICRORGANISMOS INVASORES 
 que desencadeiam outras 
respostas de células sentinelas. 
3. A DOR causada pela faz com 
que os nervos sensoriais secretem peptídeos 
bioativos. 
Na inflamação aguda temos primeiro as 
DAMPs (alarminas) agindo, liberando citocinas e 
quimiocinas, segundo temos as PAMPS agindo e 
por último a DOR. 
 Isso faz com que os leucócitos de defesa sejam 
atraídos de forma coletiva, além desses sinais 
atuarem sobre o vaso sanguínea, acarretando 
em um maior fluxo sanguíneo local. 
 Os macrófagos, as células 
dendríticas e os mastócitos são ativados 
quando as ou se 
ligam a seus receptores (PRRs). 
 em decorrência disso, eles respondem 
sintetizando ou secretando uma mistura de 
citocinas e outras moléculas, nas quais 
desencadeiam a inflamação enquanto inicia a 
ativação da imunidade adquirida. 
 essa mistura inibem o crescimento microbiano 
e iniciam as primeiras etapas da imunidade 
adquirida. 
Calma, o que são as citocinas 
Duda? 
As citocinas são proteínas secretadas pelas 
células do sistema imune, cujo o papel é 
controlar as respostas imunes. 
Além disso, as células raramente secretam 
uma única citocina por vez e, essas 
citocinas afetam diversos tipos celulares. 
 Quando o organismo é exposto a AGENTES 
INFECCIOSOS ou a seus PAMPs, ocorre uma 
ativação dos genes por meio das vias de 
sinalização das células sentinelas. 
 Esses genes levam à produção e secreção de 3 
principais citocinas: 
1.   
2. 
3. 
O TNF- é produzido no início da inflamação, 
em seguida, ocorre as ondas de IL-1 e, depois, 
de IL-6. 
 As células sentinelas ativadas também irão 
liberar uma alta quantidade de pequenas 
proteínas quimiotáticas, sendo as quimiocinas. 
 
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Duda, o que as quimiocinas fazem? 
As quimiocinas atraem as células de 
defesa para os sítios de invasão 
microbiana. 
 Além disso, as células sentinelas também 
produzem enzimas como o óxido nítrico sintase 2 
(NOS2) e enzima cicloxigenase (COX-2). 
 NOS2: gera oxidantes, como o óxido nítrico 
(NO). 
 COX-2: gera lipídios inflamatórios, como os 
leucotrienos e prostaglandinas. 
Fator de necrose tumoral  
 As células sentinelas promovem uma resposta 
aos estímulos de receptores do tipo toll (TLR), 
sendo que essa resposta é a 
 TNF-. 
 também pode ser sintetizada por células 
endoteliais, linfócitos T, linfócitos B e 
fibroblastos que são estimulados. 
 Facilita a transição da imunidade inata 
à adaptativa. 
 isso ocorre porque aumenta a apresentação 
de antígenos e a ativação de linfócitos T. 
 A produção de TNF- também é estimulada por 
moléculas secretadas por nervos, como o 
neurotransmissor neuromicina 1. 
 
Imagem: TIZARD, 2014
 O TNF- em combinação com a IL-1 promove 
alterações nas células endoteliais 
vasculares que revestem os vasos 
sanguíneos menores. 
 Sinais clássicos da inflamação devido ao 
aumento localde TNF-. 
 calor. 
 tumor (aumento de volume). 
 
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 dor. 
 rubor (vermelhidão). 
 
 CONSEQUÊNCIAS DO TNF- 
CIRCULANTE: 
 deprime o débito cardíaco. 
 induz trombose microvascular. 
 causa extravasamento capilar. 
 Atua sobre os neutrófilos atraindo-o para os 
sítios de lesão tissular e aumenta sua adesão 
ao endotélio vascular, além disso, também atua 
aumentando sua capacidade microbicida. 
 Estimula a fagocitose por macrófago e a 
síntese de oxidantes. 
 Aumenta e prolonga a inflamação ao promover a 
produção macrofágica de outros mediadores, 
como NOX2 e COX-2. 
 Ativa mastócitos. 
 Pode matar algumas células tumorais e células 
infectadas por vírus. 
 ALTAS DOSES = choque séptico. 
 
 TNF- (linfotoxina). 
 CD40L. 
 FasL (CD95L). 
 TRAIL. 
Interleucina 1 
 Inicia e amplifica a inflamação. 
 Atuação sobre as células endoteliais vasculares, 
com isso, as tornam adesivas para neutrófilos. 
 Atuação sobre os macrófagos que estimula a 
síntese de NOS2 e COX-2. 
 A IL-1  em conjunto com a TNF-, em 
infecções graves, são responsáveis pelo 
comportamento doentio. 
 cérebro: febre, letargia, mal-estar e falta de 
apetite. 
 células musculares: dor e fadiga, 
 hepatócitos: produção de proteínas de fase 
aguda que auxiliam na defesa do corpo. 
 Sua atividade é regulada pelo antagonista de seu 
receptor (IL-1 RA), que é uma molécula inativa 
que se liga ao CD121a e o bloqueia. 
 o CD121a é um receptor sinalização, além dele, 
temos o CD121b como um importante 
receptor. 
 A IL-1 é membro de uma família de citocinas que 
. 
 IL-1 RA, IL-18, 
IL-33, IL-36, IL-37 e, talvez, IL-38. 
 IL-36: apresenta efeito pró-inflamatório. 
 IL-37: efeito anti-inflamatório. 
 
 
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Interleucina 6 
 Glicoproteína produzida por macrófagos, 
linfócitos T e mastócitos. 
 Produção desencadeada por ENDOTOXINAS 
BACTERIANAS, IL-1 e TNF-. 
 Essa interleucina afeta a inflamação e a 
imunidade adaptativa. 
 Principal mediador da reação de fase aguda e do 
choque séptico, além de ser um importante 
mediador da resistência antibacteriana. 
 IL-6 exerce um papel anti-inflamatório, inibindo 
algumas atividades de TNF- e IL-1, além de 
promover a produção de IL-1 RA e de uma 
citocina supressora denomina IL-10. 
 Seu receptor é encontrado em 
, , , e 
. 
 Coordenam a migração de células, com isso, 
determinam a progressão de respostas 
inflamatórias e imunes. 
 A classificação das quimiocinas é baseada na 
localização e no espaçamento de seus resíduos 
de cisteína e sua separação por outros 
aminoácidos. 
 CXCL8 OU IL-8: produzida por macrófagos 
ou mastócitos. 
 atrai e ativa neutrófilos, com isso, libera o 
conteúdo de seus grânulos e estimulando o 
burst respiratório. 
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 CXCL2: proteína inflamatória de macrófagos 2, 
MIP 2, sendo secretada por macrófagos e 
promove a atração de neutrófilos. 
 QUIMIOCINAS CC: atuam mais sobre 
macrófagos e células dendríticas. 
 CCL3 e CCL4 são sintetizadas por 
macrófagos e mastócitos. 
 CCL4: atrai linfócitos T CD4+. 
 CCL3: atrai linfócitos B, eosinófilos e linfócitos 
T citotóxicos. 
 CCL2: produzida por macrófagos, linfócitos T, 
fibroblastos, queratinócitos e células 
endoteliais. 
 CCL5: produzida por linfócitos T e 
macrófagos, promove a atração de monócitos, 
eosinófilos e alguns linfócitos, além de ativar 
eosinófilos e estimular a liberação de histamina 
pelos basófilos. 
 A maioria das quimiocinas é produzida pelas 
células sentinelas nos tecidos 
infectados ou lesionados, atraindo outras 
células aos sítios de inflamação ou invasão 
microbiana. 
 Papel importante nas infecções e na inflamação 
em espécies animais domésticas. 
 Essas moléculas regulam o tráfego de 
células imunes. 
Uma agressão ao causar um dano, o sistema 
imune irá se mobilizar para repará-lo e retomar 
a homeostase do organismo. 
O reparo ele é causado de forma imediata e 
tardia. De maneira imediata, temos os neutrófilos 
e macrófagos, enquanto que de forma tardia, os 
anticorpos e o sistema complemento irão agir. 
 Em sua forma clássica, a inflamação aguda 
provoca 5 principais sintomas ou sinais cardeais: 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
 Os sintomas são resultantes de alterações nos 
pequenos vasos sanguíneos, causadas pelas 
MOLÉCULAS “VASOATIVAS”. 
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 Após uma lesão, temos um fluxo sanguíneo 
reduzido no local do dano, com isso, os 
leucócitos tem a oportunidade de se 
. 
 Após esse processo, os pequenos vasos 
sanguíneos da área lesionada se dilatam, dessa 
forma, o fluxo sanguíneo para o tecido 
lesionado aumenta. 
 pelos vasos sanguíneos ficarem dilatados, irá 
promover o extravasamento do fluido 
presente no sangue para os tecidos, 
provocando edema e aumento de volume. 
 As ALTERAÇÕES NAS CÉLULAS 
ENDOTELIAIS que revestem as paredes dos 
vasos sanguíneos permitem a 
. 
 Caso ocorra uma LESÃO NOS VASOS 
SANGUÍNEOS, as plaquetas irão se ligar 
aos locais de dano e liberar 
. 
 Os tecidos inflamados aumentam de volume 
devido ao extravasamento de fluidos dos 
vasos sanguíneos. 
 Esse extravasamento ocorre em dois estágios: 
1. 
 
2. 
 
 As células endoteliais e perivasculares se 
contraem, com isso, ocorre uma separação e 
permite o extravasamento de fluido pelos 
espaços iintercelulares. 
 Após a eliminação do agente invasor, o processo 
inflamatório cessa e o fluxo sanguíneo volta a 
normalidade. 
Algumas Moléculas Vasoativas Produzidas Durante a Inflamação 
Aguda 
MEDIADOR PRINCIPAL FONTE FUNÇÃO 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
 Maria Eduarda Cabral 
 
 A HISTAMINA é uma das mais importantes 
moléculas vasoativas liberadas pelos 
mastócitos. 
 principais receptores de histamina: H1 e 
H2. 
 esses receptores são expressos por células 
nervosas, células musculares lisas, células 
endoteliais, neutrófilos, eosinófilos, monócitos, 
células dendríticas e linfócitos T e B. 
 A histamina ao se ligar nos RECEPTORES 
H1, irá estimular a produção de óxido nítrico. 
 óxido nítrico: potente vasodilatador pelas 
células endoteliais. 
A histamina provoca um extravasamento 
vascular, com isso, leva a um escape de fluidos 
para os tecidos e, em decorrência disso, causa um 
edema local. Além dessa função, a histamina irá 
regular de forma positiva a expressão de TLR 
nas células sentinelas. 
 A SEROTONINA é uma outra amina liberada e 
encontrada em mastócitos de alguns roedores 
e grandes herbívoros domésticos. 
 normalmente provoca vasoconstrição e eleva 
a pressão arterial. 
 bovinos: é uma exceção, sendo um 
vasodilatador nessa espécie. 
 pouco efeito sobre a permeabilidade vascular. 
 Gerados através da proteólise de precursores 
inativos. 
 As proteases de mastócitos atuam nos 
componentes do sistema completo C3 e C5, 
gerando dois pequenos peptídeos denominados 
C3a e C5a. 
 Essas moléculas são denominadas de 
ANAFILATOXINAS coletivamente, atua 
promovendo a 
. 
 O C5a atrai neutrófilos e monócitos. 
 Os grânulos dos mastócitos possuem 
proteases chamadas de CALICREÍNAS. 
 atuam sobre proteínas denominadas 
cininogênios, com isso, gera pequenos 
peptídeos vasoativos chamados de cininas. 
 a cinina mais importante é a bradicinina. 
 as cininas aumentam a permeabilidade 
vascular, estimulam neutrófilos e receptores de 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52

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