Buscar

Avaliacao Funcional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
Curso: Fisioterapia Disciplina: Avaliação Funcional 
Aluno: Kátia Cilene Santos Vasconcellos 
R.A.: 2223703 
Polo: Brasília-DF – Asa Sul 
Data: 21 de outubro, 28 de outubro e 01 de novembro de 2023. 
 
 
Mobile User
2 
 
Sumário 
1. Introdução 
2. Aula 1 Roteiro 1: Avaliação Neurológica 
3. Aula 2 Roteiro 2: Avaliação Neurológica 
4. Aula 3 Roteiro 1: Avaliação do sistema Respiratório 
5. Aula 4 Roteiro 1: Avaliação do Sistema Circulatório 
6. Aula 4 Roteiro 2: Avaliação Postural 
7. Conclusão 
8. Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Introdução 
A avaliação funcional é um tipo de análise que identifica diversas disfunções, 
que podem ser neurológicas, respiratórias e posturais, vícios ou erros na 
movimentação durante um exercício específico ou na funcionalidade comum do 
organismo humano. Ela envolve a análise de diversos fatores da movimentação e 
capacidade do corpo humano como equilíbrio, estabilidade, concentração, postura, 
flexibilidade, amplitude do movimento e funções cardiorrespiratórias, por exemplo. Os 
conceitos de avaliação e testes funcionais vêm crescendo muito no ambiente 
fisioterapêutico. Uma anamnese bem detalhada e rica em testes utilizados no dia a 
dia das áreas especificas em fisioterapia é capaz de elucidar com clareza a 
necessidade e a importância da correta avaliação dos nossos pacientes. Com uma 
avaliação especifica e focada nas necessidades dos pacientes, a elaboração dos 
objetivos e condutas fisioterapêuticas direcionadas à melhora do paciente se torna 
efetiva e responsável, utilizando instrumentos já validados e especializados. (Escalas 
e Testes Funcionais em Fisioterapia Ortopédica, Neurológica e Respiratória – UNISO 
– SOROCABA – SP 2021). 
O objetivo das aulas foi nos mostrar a forma certa de compreender e aplicar 
corretamente as manobras avaliativas que diz respeito as patologias do paciente. Nas 
aulas fizemos uso de materiais específicos para avaliação como o martelo neurológico 
estetoscópio e esfigmomanômetro, estesiômetro, entre outros. 
No sistema respiratório, vimos que quando o paciente apresenta algum 
problema ele e submetido a diversos exames e avaliações, o fisioterapeuta fará 
inspeção estática e dinâmica, incluindo a palpação. Na avaliação postural o objetivo e 
a correção e a prevenção de possíveis alterações posturais, como desvios. 
As aulas e as práticas de laboratório foram ministradas e supervisionadas pela 
professora Ana Luisa Donatti. 
 
 
 
 
4 
 
Aula 1 – Roteiro 1 
Avaliação Neurológica 
 1. Avaliação da sensibilidade 
A sensibilidade pode ser dividida em: 
- Sensibilidade superficial (exteroceptiva): tátil, dolorosa é térmica: A avaliação 
da sensibilidade deve ser feita pela pesquisa da sensação tátil nos dermátomos 
correspondentes a cada nível neurológico mesmas regiões nos lados opostos do 
corpo, de maneira alternada e, às vezes, simulada (sem tocar). Fique atento às 
respostas e reações do paciente. (Mutarelli E.; 2000). 
- Sensibilidade (proprioceptiva): sentido de posição e sentido de movimento: 
Dois testes têm sido frequentemente usados para a avaliação da acuidade 
proprioceptiva do joelho: o teste de percepção do limiar de movimento passivo lento, 
que mensura a cinestesia, e o teste de reposicionamento, que avalia o senso de 
posição articular2,10,11. (Mutarelli E.; 2000). 
Procedimentos: 
- O paciente deve estar relaxado, em uma posição confortável 
- Deve-se experimentar e explicar o teste que será feito. 
- A visão deve estar ocluída, pois nossa sensibilidade visual “engana” as outras. 
- O ideal é que os estímulos sejam aleatórios e imprevisíveis. 
- Sempre se faz a comparação entre a região afetada e não afetada. (Mutarelli 
E.; 2000). 
Avaliação da sensibilidade tátil: 
- Anestesia: (ausência de sensibilidade), a avaliação é iniciada primeiramente 
em uma região sensível, depois, passa-se para a região supostamente afetada. 
Devemos começar a tocar primeiramente os pontos proximais, depois os distais. É 
importante não estabelecermos um padrão entre cada estímulo, para que o paciente 
não fique predisposto a confirmar que sentiu, mesmo sem ter sentido. Para os testes, 
pode-se utilizar materiais como agulha sem ponta, cotonete, ponta do dedo, tampa da 
5 
 
caneta, entre outros. Pode-se aproveitar para pedir que o paciente compare os 
estímulos. Também é importante testar texturas diferentes, como esponjas, lixas, 
algodão, pedaço de papel, entre outros, solicitando que o paciente descreva qual a 
sensação. (Nolan, MF: 1984). 
- Hipoestesia: (perda ou diminuição de sensibilidade), é um problema de 
percepção, onde ocorre uma distorção sensorial. Logo, aparece uma redução parcial 
ou total da sensibilidade da pele. Um paciente com hipoestesia pode ter menos 
sensibilidade à dor, mudanças na temperatura ou ainda capturar estímulos táteis de 
maneira atenuada. a classificação principal ainda é tocar a pele com uma escova, 
esponja ou gaze. (Nolan, MF.;1984). 
- Normoestesia: Sensibilidade normal, o paciente sabe distinguir o estímulo e a 
área. 
- Hiperestesia: uma condição perceptiva que leva a um aumento anormal da 
sensibilidade a estímulos ou sensações, em geral tátil. É uma distorção sensorial que 
nos leva a sentir sensações muito intensas, mesmo aquelas que pertencem a 
estímulos de baixa intensidade (por exemplo, esfregar as roupas na pele). (Nolan, 
MF, 1984). 
 Avaliação da sensibilidade dolorosa: 
 - Analgesia: perda da sensibilidade à dor. é definida simplesmente como alívio 
da dor, sem afetar os níveis de consciência dos pacientes. As drogas capazes de 
produzir tais efeitos — os analgésicos — apenas provocam a ausência ou o 
amortecimento da dor sem alterar a consciência. Os analgésicos são uma classe 
extensa de medicamentos, que se dividem em dois tipos básicos. (BRADLEY, W. 
2004). 
 - Hipoalgesia: ocorre quando estímulos nociceptivos (dolorosos) são 
interrompidos ou diminuídos em algum lugar ao longo do caminho entre a entrada 
( nociceptores ) e os locais onde são processados e reconhecidos como dor na mente 
consciente. Os efeitos hipoalgésicos podem ser leves, como massagear um dedo do 
pé machucado para doer menos ou tomar aspirina para diminuir a dor de cabeça, ou 
podem ser graves, como estar sob forte anestesia. (BRADLEY, W., 2004). 
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Nociceptive
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Nociceptors
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Pain
6 
 
- Hiperalgesia: é induzida pelo fator ativador de plaquetas (PAF), que ocorre 
em uma resposta inflamatória ou alérgica . Isso parece ocorrer por meio da interação 
das células imunológicas com o sistema nervoso periférico e da liberação de 
substâncias químicas que produzem dor. (BRADLEY, W.; 2004). 
Sensibilidade profunda: 
A sensibilidade profunda tem origem nos tecidos profundos do corpo, 
principalmente músculos, ligamentos, tendões, articulações e ossos; está relacionada 
à noção da posição de partes do corpo no espaço. Pode ser testada pedindo-se ao 
paciente que feche os olhos e diga como está o seu corpo neste momento 
(sentado/deitado; braços e pernas cruzados/estendidos, um ao lado do outro etc.). 
Pode ser avaliada com o paciente de olhos fechados e o examinador movimentando, 
por exemplo, o membro superior e perguntando sua posição num determinado 
momento. Pode se posicionar a mão do paciente (que permanece com olhos 
fechados) a uma certa altura e pedir que coloque a outra mão no mesmo nível. Provas 
do tipo index-nariz, index-index e index-nariz-index são em geral suficientes para a 
avaliação da propriocepção e coordenação dos membros superiores. A prova 
equivalente nos membros inferiores é o teste de calcanhar-joelho, onde o paciente 
coloca a ponta do calcanhar sobre o joelho do outro membroe escorrega o calcanhar 
lentamente pela tíbia. Não há necessidade de se testar a coordenação nesta ordem. 
(BELL, J.A.;1991). 
Avaliação da sensibilidade dolorosa 
O teste da sensibilidade dolorosa consiste em estimular a pele com as 
extremidades afilada e rombuda de um alfinete, aleatoriamente. Cada área deverá ser 
estimulada pelo menos uma vez com cada extremidade). É necessário, no decorrer 
do teste, avaliar outras áreas não envolvidas para que sirvam de referência ao 
paciente. O uso do alfinete não quantifica a alteração da sensibilidade, tornando a 
monitoração prejudicada. Além disso, a força aplicada na execução do teste varia de 
um examinador para outro. (CALLAHAN, ANNE D.,1990). 
 
Avaliação do tato protopático (tato grosso) 
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Platelet-activating_factor
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Inflammation
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Allergy
https://pt.abcdef.wiki/wiki/Peripheral_nervous_system
7 
 
 Não localiza exatamente o ponto tocado e não é capaz de distinguir dois 
prontos próximos da pele tocados simultaneamente. (BELL. J.A.; 1991). 
 
 Avaliação da propriocepção consciente 
 
 A propriocepção é a capacidade que o próprio corpo tem de avaliar em que 
posição se encontra a fim de manter o equilíbrio quando está parado, em movimento 
ou ao realizar esforços. A propriocepção também é chamada de cinestesia e é o que 
permite caminhar sem pensar no próximo passo ou tocar no nariz de olhos fechados, 
por exemplo. A propriocepção é possível porque existem proprioceptores, que são 
pequenas células sensíveis, que se localizam nos músculos, tendões e articulações, 
e que enviam informações ao sistema nervoso central, de forma a manter a posição 
correta, seja parado ou em movimento. (STILLMAN, B. C., 2002). 
2. Avaliação dos reflexos 
O reflexo patelar consiste então num tipo de reflexo miotático, também 
conhecido como reflexo profundo ou reflexo tendíneo. O reflexo patelar é testado por 
intermédio de um teste ao tendão patelar com o objetivo de avaliar a função do nervo 
femoral e os seguimentos L2-L4 da medula espinhal. (Adams RD, Victor M. l; 1989). 
Ausente: a ausência ou diminuição deste reflexo é conhecida como sinal de 
Westphal. O reflexo patelar é clinicamente usado para determinar a sensibilidade dos 
reflexos de estiramento localizados no joelho. (0) 
Hiporreflexia: é uma redução ou ausência de reflexo em resposta a um 
estímulo, como o contato com um martelo reflexivo ou instrumento médico. (+) 
Normal: (++) 
Hiperreflexia: é uma acentuação exagerada dos reflexos profundos ou 
músculo-tendíneos (em geral, estes são mínimos no indivíduo saudável). (++++) 
8 
 
Hiperreflexia com aumento da área reflexógena: é uma alteração motora 
caracterizada por hipertonia e hiper-reflexia, secundárias a um aumento da resposta 
do reflexo de estiramento, diretamente proporcional à velocidade de estiramento 
muscular. (+++). (Lance JW. Pyramidal and extrapyramidal disorders, In: Shahani DT, 
ed. Eletromyography in CNS Disorders: central EMG. Boston: Butterworth;1984). 
Reflexo bicipital 
Avalia primariamente a integridade do nível neurológico de C5. Com o braço do 
paciente parcialmente fletido, coloca-se o polegar no tendão do bíceps que se aloja 
na fossa cubital. Golpeia-se diretamente o seu polegar. Observa-se a flexão do 
cotovelo. O paciente deve colocar a mão sobre o ombro oposto ao que está́ sendo 
examinado e exercer uma força para elevar o cotovelo, que sofrerá uma resistência 
contra a elevação pelo examinador. O movimento pode gerar impacto do tubérculo 
maior contra o arco coracoacromial e produzir dor, o que sugere compressão do 
manguito rotador pode sofrer resistência pela mão do examinador para avaliar a força 
muscular, os reflexos bicipitais (C5), estilorradial (C6). (GillinghamBL., MackGR. 
1996). 
Reflexo tricipital 
É um tipo de reflexo osteotendinoso, e por sua vez miotático, uma vez que a 
conexão sináptica é feita ao nível da medula espinhal (e não o cérebro). Para avaliar 
sua funcionalidade, uma força é aplicada ao tendão do tríceps, localizado acima do 
cotovelo (no olecrano). Nervo radial (C6-C7 e C8). Segurando o braço relaxado do 
paciente na horizontal e mantendo o antebraço pendente e na vertical, percute-se o 
tendão do tríceps. A resposta e a extensão do antebraço. (GillinghamBL, MackGR. 
1996). 
Reflexo estilorradial 
Nervo radial (C5-C6). Com o antebraço em semiflexão (90º) e semipronação, 
percute-se a apófise estilóide do rádio. A resposta é flexão do antebraço. Ao testar o 
reflexo braquiorradial, frequentemente o estímulo propaga-se e estimula o músculo 
9 
 
flexor dos dedos, que pode contrair. e do punho. (Tubiana R, Thomine JM, Mackin E.; 
1996). 
Reflexo patelar 
 Nervo femoral (L3, L4). Paciente sentado com a perna pendente. Percute-se o 
tendão do quadríceps, entre a rótula e a tuberosidade da tíbia. A resposta é extensão 
da perna. (Clarke HD, Scott WN, Insall JN; 2001). 
Reflexo calcâneo 
 Nervo tibial (S1 e S2), ramo do nervo ciático. O examinador coloca uma mão 
na planta do pé do paciente e o põe em ângulo reto em relação à perna e percute o 
tendão do músculo tríceps sural (gastrocnêmio e sóleo). A respostas é a flexão plantar 
do pé. (Schepsis AA, Jones H, Haas AL. Achilles. 2002). 
Resultado e discursão 
A professora explicou que quando formos fazer o teste de sensibilidade 
devemos tampar os olhos do paciente pois as vezes de forma involuntária ele de uma 
trapaceada para poder acreditar que está melhorando ou que ele está sentindo. Outro 
fator importante e sempre explicar ao paciente o que for fazer e perguntar na 
sequência se ele entendeu. Outro fator importante e a área que formos testar a 
sensibilidade deve estar desnuda porque a roupa gera um obstáculo entre o estímulo 
e o receptor. Foi mostrado um desenho (Dermátomos), com várias áreas e cada área 
dizendo qual a raiz nervosa responsável pela sensibilidade daquela região. Falamos 
de sensibilidade superficial onde os receptores estão abaixo da pele, e bem externa, 
temos a sensibilidade profunda que se encontra nos tendões, músculos, articulação e 
no labirinto. No estímulo doloroso a agulha dever ser pressionada até fazer um 
abaulamento na pele, a sensibilidade tátil usamos algodão, e foi explicado que não 
devemos fazer pressão e sim tocar a pele (toque superficial), já a temperatura 
podemos usar dois tubinhos, um com água gelada e outro com água morna e depois 
tocar a pele do paciente. Depois da explicação formamos grupos e formos colocar em 
10 
 
prática. Usei na colega a agulha, e com o auxílio do desenho fui localizando os pontos 
de sensibilidade no braço, mão e perna e pés 
3. Avaliação do tônus muscular 
 Pode ser definido como estado de tensão do músculo no repouso e possui 
como estrutura responsável pelo seu controle o sistema nervoso. Durante o 
movimento ativo há mudança no padrão do tônus de forma fisiológica favorecendo 
a realização das funções motoras. O tônus muscular é caracterizado pelo grau de 
resistência ao alongamento passivo, apresentando componentes distintos, como a 
inércia da extremidade, as propriedades mecânicas elásticas dos tecidos musculares 
e conjuntivos, e o reflexo de contração muscular, sendo modulado apropriadamente 
para a manutenção da postura e dos movimentos voluntários. (KANDEL, Eric R.; 
SCHWARTZ, James H.; JESSELL, Thomas M., 2000). 
A hipotonia é a diminuição da resistência ao movimento passivo de uma 
articulação. Poderá ter origem neuropática, radicular, medular ou muscular. Vem, 
normalmente, acompanhada de hiperextensibilidade (excetuando o caso da hipotonia 
cerebelosa), perda de força muscular, atrofia e/ou fasciculações e hiporreflexia. A 
hipertonia muscular, a hiperatividade reflexa, a presença de reflexos primitivos e a 
fraqueza muscular comprometem a funcionalidade do padrão normal de 
movimentação, impossibilitando a manutenção da postura.A espasticidade pode 
ocasionar uma diminuição da amplitude de movimento (ADM), sendo esta, quando 
adequada, fundamental para um bom desempenho das habilidades funcionais. Com 
a redução da ADM, particularmente nas articulações da coluna e do quadril, há 
dificuldades na realização de várias atividades de vida diária. ((KANDEL, Eric R.; 
SCHWARTZ, James H.; JESSELL, Thomas M., 2000). 
O estiramento súbito de um músculo periférico dá origem a uma contração 
reflexa do músculo estimulado, sendo esse o reflexo de estiramento ou miotático. O 
estiramento do músculo provoca contração no mesmo músculo e inibição do seu 
antagonista. A inibição reflexa é mediada por descargas inibitórias, atuando sobre os 
motoneurônios que inervam o músculo antagonista. Tanto os reflexos de estiramento 
induzidos por estiramento rápido do músculo, quanto os reflexos miotáticos lentos, 
11 
 
produzidos por estiramento mantido, são desencadeados pelos receptores do fuso 
muscular, que se encontram distribuídos entre as fibras musculoesqueléticas. 
(CASALIS, Maria E.P., 1990). 
Os sinais clínicos da espasticidade não aparecem de forma isolada, mas 
associados a outras alterações motoras próprias da lesão das vias córtico- espinhais 
ou piramidais que, segundo o grau de acometimento neurológico, irão da paresia à 
plegia total da musculatura hipertônica, dando lugar a um quadro clínico basicamente 
caracterizado por déficit motor e hipertonia muscular. As características principais da 
espasticidade são: postura anormal e padrões de movimento em massa com co-
contração inadequada, incapacidade de fragmentar padrões e desempenhar 
movimento isolado de uma articulação, exageros de reflexos extereoceptivos de 
membros, produzindo retirada em flexão, além de espasmos extensores e presença 
do sinal de Babinski. (DORETTO, Dario, 1996). 
Testes do movimento passivo 
A avaliação dos movimentos passivos e dos reflexos miotáticos que é 
o reflexo motor involuntário que ocorre em resposta ao estiramento de um músculo. 
O exemplo mais famoso de reflexo miotático é o reflexo patelar. Neste o martelo atinge 
o tendão patelar e causa estiramento passivo tanto da FE e das FI (Fusos 
Musculares). As fibras aferentes levam as informações para o sistema da 
coluna dorsal e a resposta é a ativação dos motoneurônios alfa. Como resultado, há 
a contração reflexa (extensão da perna), neste caso o fuso detectou o aumento do 
comprimento muscular e estimulou diretamente os neurônios motores extensores. 
(NASCIMENTO, Matheus De Jesus, 2020). 
 A descarga repetitiva desse reflexo exacerbado origina o clônus que 
corresponde à contração muscular repetida de forma involuntária. A dependência da 
velocidade está relacionada com o grau de tônus muscular gerado durante o 
estiramento passivo. Quanto mais rápido o músculo espástico é alongado, maior é a 
resistência que ele oferece. Ao contrário, um estiramento mais lento e suave promove 
uma redução desse tônus, diminuindo a espasticidade, facilitando o alongamento do 
músculo. Dessa maneira, a espasticidade é primariamente um fenômeno fásico. Na 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflexo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distens%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflexo_patelar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tend%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patela
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorsal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio_motor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contra%C3%A7%C3%A3o_muscular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B3nio
12 
 
avaliação objetiva da espasticidade podemos utilizar indicadores quantitativos e 
qualitativos para identificar os padrões clínicos de disfunção. Os testes visam tanto a 
mensuração da espasticidade em si (tônus muscular), quanto a sua repercussão 
funcional. Para isso, a escala modificada de Ashworth é a mais utilizada na avaliação 
da espasticidade, sua aceitação deve-se a sua confiabilidade e reprodutibilidade inter-
observador; é realizada pela movimentação passiva da extremidade através do arco 
de movimento para estirar determinados grupos musculares, quantificando sua 
resistência ao movimento de forma rápida nas diversas articulações. (Bohannon, RW 
& Smith, MB.;1987). 
Escala de Ashworth modificada 
É um instrumento que mede o grau de espasticidade ou aumento do tônus 
muscular, um problema que causa rigidez no paciente e perda de equilíbrio entre 
contração e relaxamento muscular. É uma escala que o profissional deve aplicar e 
completar, com a ajuda do paciente. A escala de Ashworth modificada contém cinco 
itens principais, em uma graduação de 0 a 4, incluindo um item adicional na escala 1. 
• 0: Tônus muscular normal, ausência total de aumento do tônus 
muscular. 
• 1: Hipertonia leve: consiste em um aumento no tônus muscular, por 
flexão ou extensão. Pode ser observado através da palpação ou relaxamento e implica 
alguma resistência no final do arco do movimento muscular. 
• 1+: Ligeiro aumento na resistência da resposta muscular ao 
movimento em flexão ou extensão, seguido por uma resistência mínima em todo o 
resto do arco de viagem (menos da metade). Este item complementa o anterior, 
• 2: Hipertonia moderada: Este item implica um aumento notável da 
resistência muscular durante a maior parte do arco de movimento articular, embora a 
articulação se mova facilmente e não limite excessivamente seu movimento. 
• 3: Hipertonia intensa: consiste em um aumento acentuado da 
resistência muscular e implica que é difícil executar o movimento passivo. 
• 4: Hipertonia extrema: este último item implica que as partes afetadas 
são completamente rígidas, em flexão ou extensão, mesmo quando se movem 
passivamente. (Agredo, CA & Bedoya, JM., 2005). 
13 
 
Resultado e discursão 
Depois das explicações formamos grupos e realizamos o teste de sensibilidade 
com o estensiômetro, eu não tive sensibilidade nas mãos com o teste verde e muito 
pouco com o teste azul. Usamos algodão, tampa de caneta para os testes. Todos 
conseguiram realizar sem nenhum problema. No teste de reflexo tivemos algumas 
dificuldades com o uso do martelo. Eu consegui achar o reflexo no meu joelho, 
enquanto outros colegas tiveram dificuldades. Não consegui achar os reflexos 
bicipital, tricipital e estilorradial pois a minha paciente estava tensa não conseguindo 
relaxar, mas chamamos a professora e ela com um pouco de dificuldade conseguiu 
realizar mesmo com a paciente tensa. Já os testes de movimento passivo não foram 
realizados pois só seria visível em pacientes com alteração do tônus muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Aula 2 – Roteiro 1 
Avaliação Neurológica 
 
 1. Avaliação da coordenação motora grossa e fina 
A capacidade que o corpo tem de desenvolver um movimento é chamada de 
coordenação motora. Pular, correr, andar, saltar ou realizar tarefas que exijam maior 
habilidade, como segurar um lápis, bordar, desenhar, recortar, tudo isso exige de nós 
coordenação motora. Na coordenação motora, ocorre participação de alguns sistemas 
do corpo humano, como o sistema muscular, sistema esquelético e sistema sensorial. 
Com a interação desses sistemas, obtêm-se reações e ações equilibradas. A 
velocidade e a agilidade com que a pessoa responde a certos estímulos medem a sua 
capacidade motora. (SANTOS, Ângela., 2002). 
O desenvolvimento do controle postural tem sido associado, tradicionalmente, 
à sequência previsível dos comportamentos motores, referidos como “etapas 
motoras”, as quais incluem arrastar, sentar-se, engatinhar, levantar, ortostatismo 
independente e andar. Avaliação dos reflexos se tornou uma parte essencial do 
estudo do desenvolvimento motor. Muitos pesquisadores tentaram documentar 
precisamente o tempo de aparecimento e desaparecimento desses reflexos em 
crianças normais, com resultados muito variáveis. Há pouca concordânciasobre a 
presença e o progresso desses reflexos ou a importância desses reflexos no 
desenvolvimento normal e anormal. (Claverie P, Alexandre F, Nichol J, Bonnet F, 
Cahuzac M. L’.1973). 
A avaliação da coordenação motora se divide em duas categorias: 
. Atividades motoras grosseiras: O desenvolvimento da coordenação motora 
grossa é um processo gradual, em que o fortalecimento dos músculos, a coordenação 
entre eles e a conquista de cada habilidade tem influência em como o indivíduo lida 
com a repetição da tarefa. Envolve habilidades menos delicadas, como pular, subir e 
descer escadas. Está relacionada a grupos grandes de músculos e diretamente ligada 
à capacidade para realizar atividades esportivas. Vale salientar que a prática de 
esportes pode ajudar a desenvolver essa coordenação motora. Toda vez que usamos 
grandes músculos, o nosso corpo todo ou várias partes dele ao mesmo tempo, 
15 
 
estamos colocando em ação a nossa capacidade motora grossa. Por isso o tônus 
muscular é fundamental para exercê-la. Se o corpo reage de maneira muito constrita, 
os movimentos saem estranhos ou desconectados. Se ele reage de modo muito solto, 
os movimentos parecem lentos e é preciso usar mais força para realizá-los. (Silva, 
Daniela Baleroni Rodrigues; Dias, Larissa Bombarda; Pfeifer, Luzia Iara; 2016). 
. Avaliação motora fina: Define-se como função motora fina a capacidade de 
controlar um conjunto de atividades de movimento de certos segmentos do corpo, o 
qual, ao empregar uma força mínima, atinge uma resposta precisa a alguma tarefa. A 
ação motora fina, é uma das ações motoras que exigem maior integração e 
funcionamento adequado do sistema nervoso central, por desenvolver atividades e 
tarefas minimalistas, como por exemplo, escrever, comer com talheres, desenhar, dar 
nós nos sapatos; atividades essas que precisam ser desenvolvidas e estimuladas de 
acordo com a idade. (Okuda, Paola Matiko Martins, 2011). 
Testes de coordenação que não envolvem o equilíbrio 
a) Dedo no nariz (índex-nariz): paciente com o ombro em abdução de 90ª 
e cotovelo estendido, pede-se para ele levar a ponta do dedo indicador até a ponta de 
seu nariz. 
b) Dedo ao dedo do terapeuta (índex-índex): o paciente e o terapeuta 
sentam-se um a frente do outro. O dedo indicador o terapeuta é mantido a frente do 
paciente, pede-se para o paciente que toque com a ponta de seu dedo indicador a 
ponta do dedo indicador do terapeuta. 
c) Teste do rebote: o paciente é posicionado com o cotovelo em flexão. O 
terapeuta aplica suficiente resistência manual para produzir uma contração isométrica 
do bíceps. A resistência é subitamente liberada. Em indivíduos normais, após a 
liberação da resistência, o movimento é freado. 
d) Teste calcanhar joelho: em supino, pede ao paciente que toque 
alternadamente o joelho e o “dedão” do pé com o calcanhar do membro oposto. 
e) Diadococinesia: o paciente, na posição supino, tem que desenhar um 
círculo imaginário no ar com o membro superior ou com o membro inferior. (Fisher 
NM, White SC, Yack HJ, 1997). 
 
16 
 
 1. Avaliação dos equilíbrios estático e dinâmico 
 Testes de coordenação do equilíbrio 
 
O equilíbrio corporal consiste na manutenção do centro de gravidade dentro da 
base de suporte dos pés e pode apresentar-se como estático ou dinâmico. (Wiener-
Vacher SR.; 2008. 
No equilíbrio estático, a base de suporte dos pés, mantém-se fixa, enquanto o 
centro de gravidade movimenta-se. Neste caso, o senso de equilíbrio mantém o centro 
de gravidade dentro da base de suporte dos pés. (Wiener-Vacher SR.; 2008. 
 Já no equilíbrio dinâmico, tanto o centro de gravidade, como a base de suporte 
dos pés estão em constante movimento, e o centro de gravidade jamais alinha-se à 
base de suporte dos pés durante a fase de apoio dos movimentos. (Woollacott MH, 
Tang PF.; 1997. 
No teste de Romberg: o voluntário permaneceu em ortostatismo, descalço, com 
os pés paralelos, juntos, sobre o solo, braços estendidos ao longo do corpo, com os 
olhos fechados, mantendo-se nesta posição por um minuto. O teste de Romberg-
Barré foi realizado de forma semelhante ao teste de Romberg, porém os pés 
permaneceram um à frente do outro no solo, em linha reta. A perda do equilíbrio com 
a saída da posição inicial do teste caracterizou a alteração no equilíbrio estático para 
teste de Romberg e teste de Romberg-Barré. O paciente permanecia em ortostatismo, 
descalço, com apoio unipodal, sobre o membro inferior dominante no solo, com olhos 
fechados, por 30 segundos. De acordo com o teste, aqueles que não conseguiam 
permanecer em apoio unipodal dentro do tempo estabelecido eram classificados com 
alteração no equilíbrio estático. (Ganança MM, Caovilla HH, Munhoz MS, Silva ML, 
Frazza MM. As etapas da equilibriometria. In: Caovilla HH, Ganança MM, Munhoz MS, 
Silva ML.; 1999. 
 1. Estratégias motoras do equilíbrio 
 Estratégia do tornozelo é normalmente utilizada para a manutenção da postura 
ereta não perturbada, e para o controle postural em pequenas perturbações. Os 
movimentos corporais são realizados principalmente sobre a articulação do tornozelo, 
mantendo o corpo rígido, com uma movimentação mínima das articulações do joelho 
17 
 
e quadril. Tal oscilação corporal é comumente comparada com um pêndulo invertido 
que utiliza a articulação do tornozelo como eixo de rotação. Por outro lado, em 
perturbações rápidas e de grandes amplitudes ou sob condições em que é difícil 
produzir torque ao nível do tornozelo, a estratégia de quadril costuma ser utilizada. 
(FREITAS, Junior, P.B.; 2003). 
Estratégia do quadril é utilizada quando a base de suporte se torna menor e 
mais instável. Os movimentos que fazem parte da estratégia do quadril são centrados 
nesta articulação e se caracterizam pela ativação precoce da musculatura proximal 
do tronco e quadril. (Horak FB.; 2006). 
Estratégia do passo é utilizada em grandes perturbações para evitar a queda, 
sendo caracterizada pela ativação inicial dos abdutores do quadril e co-contração do 
tornozelo. Quando a perturbação postural é de grande magnitude para deslocar o 
centro de massa para fora da base de suporte do pé, ou quando as estratégias do 
tornozelo e da anca não foram suficientes para estabelecer o equilíbrio, são usadas 
as estratégias do passo ou de alcance. Outra estratégia consiste em baixar o centro 
de massa, em direção à base de suporte. (Horak Fb.; 2006). 
Resultado e discursão 
Depois de toda explicação formamos grupos para colocarmos em prática o que 
aprendemos. Primeiro realizamos o teste dedo no nariz com os olhos fechados, sem 
nenhuma dificuldade, em seguida dedo ao dedo com olhos abertos, e depois fechados 
onde tive dificuldades em acertar o dedo do fisioterapeuta, realizei o teste calcanhar 
joelho sem dificuldades. No teste de equilíbrio tive dificuldade em ficar apoiada em um 
pé com os braços abertos e olhos fechados, não consegui me ficar na posição. Já na 
posição de avião um pé apoiado no chão, o outro elevado e mantendo o corpo fletido 
com braços abertos realizei com um pouco de dificuldade. Realizamos alguns 
movimentos de adaptando as estratégias do movimento às mudanças na base de 
sustentação por meio do ortostatismo unilateral e da posição de um pé na frente do 
outro de Romberg. Fizemos a simetria das respostas musculares do tornozelo 
podendo ser observada em resposta ao deslocamento para a direção posterior, e 
depois um deslocamento pequeno na direção posterior. A resposta normal é a 
dorsiflexão dos dois pés, e a resposta anormal de um paciente com hemiparesia é a 
18 
 
perda da resposta de dorsiflexão na perna hemiparética, (aluno simulou uma 
hemiparesia para demonstração). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Aula 3 – Roteiro 1 
Avaliação do Sistema Respiratório 
O sistema respiratório pode serdividido em sistema respiratório superior e 
sistema respiratório inferior. A avaliação clínica do sistema respiratório envolve 
obrigatoriamente o sistema respiratório superior, que é composto por fossas nasais, 
nasofaringe, orofaringe, laringofaringe e laringe. Já o trato respiratório inferior 
compreende a traqueia e todas as estruturas inferiores até o parênquima pulmonar. 
(PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos., 2019). 
 Inspeção estática 
O padrão predominante e considerado normal é o torácico, quando o paciente 
está de pé ou sentado, mas em decúbito dorsal, tende a ser abdominal. Por meio da 
inspeção estática, podemos observar se o paciente utiliza musculatura acessória para 
respirar, como retração intercostal, de fúrcula esternal e supraclavicular, batimento da 
asa do nariz. O exame do tórax se inicia por meio da inspeção estática. Avalia-se: 
Presença de cicatrizes; Lesões; Abaulamentos; Retrações; Assimetrias. (Porto, Celmo 
Celeno. Semiologia médica I. Celmo Celeno Porto; coeditor, Arnaldo Lemos; 2014). 
 Formas do tórax 
 É importante caracterizar o biotipo do paciente: brevilíneo (maior que 90º), 
normolíneo (ângulo de 90º), ou longilíneo (menor que 90º), analisado através do 
ângulo de Charpy e o tipo de tórax, que pode ser um tórax atípico, no qual o diâmetro 
laterolateral é maior que o diâmetro anteroposterior, ou um tórax típico de alguma 
alteração ou patologia. (Porto, Celmo Celeno. Semiologia médica I. Celmo Celeno 
Porto; coeditor, Arnaldo Lemos Porto., 2014). 
Tórax em tonel, enfisematoso, inspiratório. Em barril ou globoso 
 Este tipo de configuração, oposta à anterior, chama a atenção à magnitude do 
diâmetro anteroposterior que, praticamente, iguala-se ao transversal. No conjunto, 
lembra a forma dos tonéis ou barricas – daí se origina sua designação. A causa mais 
comum é o enfisema pulmonar; no entanto, pode surgir em pessoas idosas livres de 
20 
 
qualquer doença pulmonar. O enfisema pulmonar é uma doença do pulmão 
caracterizada por um anormal e permanente alargamento dos espaços aéreos 
terminais, provocado pela destruição das suas paredes. Isto reduz a área de 
superfície dos pulmões e consequentemente a quantidade de oxigénio que atinge 
a corrente sanguínea. (Celmo Celeno Porto.; 2013). 
Tórax expiratório, chato, paralítico ou tísico 
A parede anterior perde a sua convexidade normal, reduzindo o diâmetro 
anteroposterior. A inclinação anterior das costelas aumenta, os espaços intercostais 
se reduzem. As clavículas ficam mais nítidas e salientes e as fossas supra e infra 
claviculares mais profundas. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
Tórax raquítico ou peito de pombo ou cariniforme (pectus carinatum) 
Peito de pombo é o nome popular dado a uma malformação rara, conhecida 
cientificamente como Pectus carinatum, na qual o osso esterno é mais proeminente, 
provocando uma saliência no peito. Dependendo do grau da alteração, essa saliência 
pode ser bastante notável ou passar despercebida. A característica mais relevante de 
uma pessoa com peito de pombo é a saliência do osso esterno no meio do peito, que 
causa problemas de autoestima e imagem corporal. A deformação do osso do peito 
pode ser notada logo após o nascimento ou ainda durante os primeiros anos 
da infância, mas é comum que seja mais notável por volta dos 12 anos, devido ao 
crescimento natural dos ossos. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
 
Tórax infundibuliforme ou pectus escavatum 
O peito escavado é uma malformação congênita em que o osso do esterno 
apresenta uma depressão no centro do peito, na região entre as costelas, podendo 
ser identificada pelo neonatologista logo após o nascimento. O peito escavado pode 
levar, em alguns casos, à compressão dos órgãos da região, o que aumenta o risco 
de infecções do trato respiratório e dificuldade para respirar. (Celmo Celeno Porto, 
2013). 
21 
 
Tórax cifótico, lordótico e escoliótico 
Resultam das curvaturas anormais das colunas da coluna vertebral. Cifose: 
exagero da convexidade posterior da coluna dorsal; lordose: convexidade anterior da 
coluna dorsal e escoliose: desvio lateral da coluna dorsal. De regra, essa anomalia e 
osteomalácia e no mal de pott. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
Inspeção dinâmica 
Na inspeção dinâmica analisamos os movimentos respiratórios do paciente. 
Esses movimentos são divididos em cinco partes: frequência, amplitude, tipo ou 
padrão respiratório, ritmo respiratório, tiragens. (Celmo Celeno Porto,.2013). 
. Misto ou toracoabdominal (costoabdminal) 
Se caracteriza pelos movimentos respiratórios de intensidade similar tanto na 
parte superior(costal) do tórax, como na porção inferior (diafragmática). (Celmo 
Celeno Porto, 2013). 
. Torácico ou costal 
Predominam os movimentos respiratórios da porção superior do tórax, pela 
maior atividade dos músculos intercostais. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
. Abdominal ou Diafragmático 
São mais intensos os movimentos respiratórios da porção inferior do tórax, pela 
ampla execução diafragmática. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
. Paradoxal 
A respiração paradoxal é frequentemente um sinal de problemas respiratórios. 
Faz com que o peito se contraia durante a inspiração e se expanda durante a 
expiração, o oposto de como deve se mover. Durante a inspiração, o diafragma puxa 
para baixo e, durante a expiração, o diafragma puxa para cima. O inverso desse 
padrão é chamado de respiração paradoxal. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
22 
 
Frequência respiratória 
 É o número de respirações de uma pessoa durante um minuto. O intervalo de 
respiração normal de um adulto é de 12 respirações por minuto. Alguns estudos 
indicam que 16 a 20 respirações por minuto também estão na faixa normal. 
Dependendo da idade, as frequências respiratórias de acordo com a idade. Nos 
adultos, qualquer taxa de respiração entre 12 e 20 respirações por minuto é normal. 
A taquipneia ocorre quando essa frequência é superior a 20 respirações por minuto. 
Nas crianças, a taquipneia pode ser um sinal de pneumonia. A taquipneia é 
diferenciada da hiperpneia, já que a taquipneia é uma respiração rápida e superficial; 
Hiperpneia são respirações rápidas e profundas. A bradipneia é uma taxa de 
respiração anormalmente baixa. A frequência da respiração na qual é diagnosticada 
depende da idade do paciente. Os sintomas da bradipneia incluem tonturas, 
desmaios, fadiga, fraqueza, dores no peito, falta de ar, perda de memória e fadiga 
rapidamente ao realizar qualquer atividade física. Bradipneia pode ter muitas causas. 
Alguns dos mais comuns são: degeneração dos tecidos cardíacos devido à idade ou 
danos aos tecidos cardíacos devido a ataques cardíacos ou doenças cardíacas; A 
doença cardíaca congênita também causa. (Dicionário Médico de Stedman, 2006). 
 
Ausculta 
É um método propedêutico mais útil para a exploração do aparelho respiratório. 
A ausculta do tórax pode ser imediata ou direta e mediana ou indireta. A direta e feita 
pela aplicação do pavilhão auricular sobre a parede toráxica, e a ausculta indireta e 
realizada com o auxílio do estetoscópio. A ausculta direta tem a vantagem de ser mais 
rápida pois a área respiratória explorada a cada aplicação do ouvido e ampla, maior 
que a atingindo pelo método indireto e percebe-se melhor o sopro tubário. Atualmente, 
a ausculta direta e pouco usada, pois a indireta apresenta maior comodidade tanto 
para o médico como para o paciente. Ela deve ser realizada tanto com o paciente em 
pé ou sentado, com o tórax parcialmente ou totalmente descoberto. Não auscultar o 
paciente com roupa. Na impossibilidade de auscultar o paciente em pé ou sentado, 
faz-se o exame em decúbito dorsal ou lateral. Os movimentos respiratórios devem ser 
regulares e de igual amplitude respiratória, evitando-se movimentos muitos amplos ou 
muito superficiais. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
 
23 
 
Ruídos respiratórios normais 
O som respiratório normal, encontradona maior parte do tórax, é o murmúrio 
vesicular, cujo componente inspiratório é mais duradouro e mais intenso em relação 
ao componente expiratório. Na parede anterossuperior do tórax e nas regiões supra 
escapulares, o som tende a ter maior volume. Essa alteração é mais notória na parede 
torácica anterossuperior direita por causa das características do brônquio fonte direito, 
que é mais calibroso e mais próximo da parede torácica que o esquerdo. (López MM, 
Medeiros JL.; 2004). 
 
Sopros 
Em condições normais, o ruído laringotraqueal é mal transmitido pelo 
parênquima pulmonar. Porém, quando houver condições que favoreçam sua 
transmissão até a superfície torácica, podemos auscultar um ruído caracterizado por 
uma fase expiatória mais aguda, mais intensa e mais duradoura do que a inspiratória, 
o chamado sopro. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
Os sopros podem ser classificados em: 
Sopro tubário ou tubárico: ruído grave, de intensidade mais elevada na 
expiração e comparável ao som que se obtém soprando um tubo. É semelhante ao 
som traqueal transmitido por uma área de consolidação pulmonar, quando há 
brônquio permeável até o foco da condensação. É o sopro clássico das condensações 
pulmonares. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
Sopro cavitário: é um sopro de tonalidade grave, tem timbre especial devido 
a presença da cavidade que funciona como um ressoador (ocorre pelo 
turbilhonamento do ar ao entrar dentro de uma cavidade cavitação parênquima). 
(Celmo Celeno Porto, 2013). 
Sopro anfórico: constituído por um som fundamental grave sobre o qual se 
assentam sobretons agudos, o que lhe confere um timbre musical característico. Pode 
ser encontrado no pneumotórax e em grandes cavidades vazias, de mais de 7 cm de 
diâmetro, de paredes lisas e tensas. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
24 
 
Sopro pleural: é devido a condensação decorrente do colapso pulmonar, 
causada pelo líquido pleural e pela compressão dos brônquios que tornam a forma de 
“bico de clarineta”. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
Estertores roncantes e sibilares ruído agudo, predominantemente 
expiratório, podendo ocorrer na inspiração também. Som semelhante a um assobio, 
chiado ou miado de gato. Ocorre devido ao estreitamento dos brônquios de pequeno 
calibre, que se dá por constrição da musculatura lisa, edema da mucosa e/ou 
presença de secreção intraluminal. Acontece na asma, na doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC) e nas infecções brônquicas. Os sibilos são em geral disseminados, 
ou seja, são auscultados em todo tórax. No entanto, quando são localizados apenas 
numa determinada região, sugerem obstrução parcial por neoplasia ou corpo 
estranho. ruído grave, presente tanto na inspiração quanto na expiração e se 
assemelha ao roncar ou ressonar de um indivíduo. Os roncos desaparecem ou 
mudam de lugar com a tosse e são causados pela presença de secreção na parede 
de brônquios de grande e médio calibre. Podem estar presentes nas infecções 
brônquicas, na asma e DPOC. (López MM, Medeiros JL., 2004). 
Estertores crepitantes ruído agudo que ocorre no final da inspiração, podendo 
se prolongar até o início da expiração. É um som semelhante ao roçar de cabelos ou 
à separação de duas superfícies de velcro. Pode ser produzido pela abertura 
sequencial dos alvéolos anteriormente colabados pela presença de exsudato em seu 
interior (como acontece na pneumonia) ou pela alteração do interstício pulmonar 
(como nas doenças intersticiais e na congestão pulmonar). Neste último caso, há 
estertor crepitante porque o espaço intersticial afetado por congestão ou outro tipo de 
infiltrado perde sua complacência e restringe a abertura dos alvéolos durante a 
inspiração, ocasionando o surgimento deste ruído. (López MM, Medeiros JL., 2004). 
Estertores subcrepitantes ruído grave, presente desde o início da inspiração 
e durante toda expiração e que pode ser mobilizado com a tosse. Ocorrem em razão 
de fechamento e abertura de bronquíolos com secreção na sua luz. São comuns nas 
bronquiectasias, na bronquite aguda e bronquite crônica. Podem também ocorrer em 
casos de edema agudo de pulmão, pois toda a via aérea está preenchida por líquido. 
(López MM, Medeiros JL., 2004). 
25 
 
Atrito pleural ruído grave, grosseiro e áspero, audível tanto na expiração 
quanto na inspiração, sendo mais intenso nesta última. É produzido por doenças que 
provocam a inflamação das pleuras visceral e parietal: infecções, neoplasias, doenças 
autoimunes com acometimento pleural etc. Assemelha-se ao som do atrito entre duas 
superfícies de couro e é mais audível na face lateral inferior do tórax, em razão da 
maior expansibilidade nessa área. (López MM, Medeiros JL., 2004). 
Ausculta da voz é uma etapa do exame que pode ser considerada um dos 
elementos da ausculta pulmonar. Ressonância vocal é o som produzido pela voz e 
auscultado na parede torácica. O paciente deve falar “trinta e três” enquanto o 
examinador ausculta o tórax do paciente com a membrana do estetoscópio, nos 
mesmos pontos da ausculta habitual, perfazendo uma linha grega. O som auscultado 
no parênquima pulmonar normal é habitualmente pouco nítido, não sendo possível 
distinguir perfeitamente as sílabas das palavras faladas. (López MM, Medeiros JL. 
2004). 
Resultado e discursão 
Depois de todas as explicações formamos grupos para praticarmos o que foi 
passado. Infelizmente alguns alunos tiveram muita dificuldade em fazer a ausculta, 
não conseguindo ouvir a respiração, os ruídos respiratórios, mesmo com o auxílio da 
professora. Eu tive dificuldade na ausculta, mas pedi para professora me orientar na 
maneira correta e consegui realizar. Infelizmente teve colegas que mesmo com o 
auxílio não conseguiram realizar os procedimentos. As formas do tórax vimos slides e 
explicações, já o tórax raquítico ou peito de pombo podemos visualizar em um colega, 
onde tiramos todas as dúvidas. 
 
 
 
 
 
26 
 
AULA 4 – ROTEIRO 1 
Avaliação do sistema circulatório 
 O sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos 
sanguíneos, é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas 
partes do corpo. A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema 
circulatório que o sangue realiza no corpo humano, de modo que no percurso 
completo, o sangue passa duas vezes pelo coração. (Celmo Celeno Porto, 2013). 
Exame periférico 
No exame físico da circulação periférica, é possível avaliar, inspecionar e palpar 
os tecidos periféricos e, com exames complementares (laboratoriais/imagem), 
analisar a integridade dos vasos sanguíneos. (Porto CC, Porto AL., 2019). 
Inspeção 
Se dá pela comparação dos membros que estão sendo avaliados. Deve-se 
observar a presença de anormalidades na pele, assimetrias, alterações no tecido 
subcutâneo, camada muscular e coloração dos membros superiores e membros 
inferiores bilateralmente. (Porto CC, Porto AL., 2019). 
Palpação 
. Temperatura: palpar cuidadosamente as extremidades das mãos e dos pés 
bilateralmente. Alterações da temperatura nessas extremidades podem indicar 
distúrbios circulatórios. (Porto CC, Porto AL. 2019). 
 • Edema: pressionar a região dos membros inferiores por cerca de 10 
segundos e perceber se há: a presença de edema com cacifo, bem característico de 
sobrecarga de volume na circulação, por conta da retenção de líquidos; ou presença 
de edema sem cacifo, que se dá em casos de obstrução venosa local. (Porto CC, 
Porto AL. 2019). 
 • Avaliação da elasticidade da pele: Além da pesquisa da elasticidade, que 
é feita pinçando-se uma dobra da pele com a polpa dos dedos indicador e polegar, 
27 
 
avalia-se sua consistência e a mobilidade sobre os planos profundos. Algumas 
colagenoses, como lúpus eritematoso e a esclerodermia, determinam espessamento 
e endurecimento da pele, o que ocorre, também, nas doenças isquêmicas crônicas. 
(Porto CC, Porto AL. 2019). 
 • Enchimento capilar: comprimir a pele emuma área suspeita de 
acometimento vascular e, ao retirar a compressão, contar o tempo que a pele leva 
para recuperar a coloração normal. Esse retorno deve ocorrer em até 5 segundos. 
(Porto CC, Porto AL.,2019). 
Palpação das artérias 
Artéria carótida comum: vai se bifurcar em artéria carótida externa e carótida 
interna no trígono carotídeo. Então além da palpação a outra aplicação clínica é que 
nos pacientes de idade ocorre a formação de placas de ateroma e aí ocorre a 
obstrução dessas artérias e as vezes o cirurgião tem que achar essa bifurcação, então 
ele sabe a localização da artéria, que está no trígono carotídeo. (Porto CC, Porto AL. 
2009). 
Artéria subclávia: não é palpável, pois está coberta pela clavícula. Ela é 
palpável acima do terço médio da clavícula, com o examinador posicionado 
anteriormente ou posteriormente ao paciente/voluntário. (Porto CC, Porto AL. 2009). 
Artéria axilar: a artéria axilar é continuação da artéria subclávia. Então a 
artéria axilar também é palpável aqui na fossa axilar com dois ou três dedos. (Porto 
CC, Porto AL. 2009). 
Artéria braquial: pode ser sentida em toda sua extensão. Ela vai estar no sulco 
biciptalradial medialmente ao músculo bíceps. Essa artéria é usada para aferir P.A. 
(Porto CC, Porto AL. 2009). 
Artéria radial: vai ser palpável no pulso. Região anterior do pulso. É palpada 
no terço distal do antebraço anteriormente entre os tendões do músculo abdutor 
(lateralmente) longo do polegar e do músculo flexor ulnar do carpo (medialmente). 
(Porto CC, Porto AL. 2009). 
Artéria ulnar: é palpada no terço distal do antebraço anteriormente na altura 
do processo estiloide ulnar. (Porto CC, Porto AL. 2009). 
28 
 
Artéria femoral: palpar ao nível do trígono femoral no ponto médio entre a 
sínfise púbica e a espinha ilíaca ântero-superior. (Porto CC, Porto AL. 2009). 
Artéria tibial posterior: palpar posteriormente ao maléolo medial. (Porto CC, 
Porto AL., 2009). 
 
Pressão arterial 
Pode ser considerada a pressão da massa de sangue dentro dos canais 
arteriais que, por suas características, determina o fluxo sanguíneo em toda a rede 
arterial. Quando o ventrículo esquerdo se contrai, expulsa um volume de sangue 
(volume sistólico) que condiciona aumento da pressão intra-aórtica até́ o valor 
máximo, que corresponde à pressão máxima ou sistólica. Durante a diástole, a 
pressão intra-aórtica cai lentamente até́ atingir um valor mínimo, denominado pressão 
mínima ou diastólica. Esse último nível de pressão é determinado pela própria massa 
de sangue, isto é, pelo seu volume e por suas características (como a viscosidade) e 
pelas características das paredes arteriais (resistência e elasticidade da parede). 
 a medida da pressão arterial é feita com aparelho denominado esfigmomanô- metro; 
deles, há três tipos: o de coluna de mercúrio, o aneroide e o eletrônico. O processo 
da medida foi introduzido em 1905, por um médico russo, Korotkoff. Quando se aplica 
o estetoscópio sobre a região correspondente à passagem de artéria superficialmente 
loca- lizada, nenhum som é ouvido, pois o fluxo sanguíneo é inaudível. Interrompido 
o fluxo sanguíneo dentro da artéria, pela sua compressão por pressão transmitida por 
manguito, também não se ouve nenhum som. Contudo, ao diminuir-se a pressão até́ 
nível suficiente para que a luz da artéria se abra, passa-se a ouvir sons fracos, 
acompanhando as contrações cardíacas – esse é o nível que corresponde ao valor 
da pressão sistólica. Descomprimindo- se progressivamente o manguito, nota-se que 
os sons se tornam mais fortes, mais claros. Isso se deve ao fato de que a 
descompensação gradativa permite passagem de maior fluxo de sangue, com criação 
de turbulências locais, que se traduzem na maior intensidade dos sons. A seguir, à 
medida que se descomprime o manguito, os sons diminuem de intensidade e tornam-
se abafados: é que a luz da artéria, agora, tem diâmetro maior, o que diminui a 
velocidade do fluxo, causando menos turbulência. Chega-se a um ponto em que a 
pressão do manguito é menor que a pressão da parede arterial: então, a velocidade 
29 
 
do fluxo fica normal e não ocorrem turbulências; nessas condições, o som 
desaparece. Esse nível marca a pressão mínima ou diastólica. (Mancia, G., 2007). 
Os respectivos sons de Korotkoff são compostos de fases: 
Fase 1: primeira aparição de ruídos rítmicos, de forma clara e repetitiva, 
coincidindo aproximadamente com a identificação do pulso palpável. Corresponde ao 
valor da pressão sistólica. 
Fase 2: os ruídos são mais leves e longos, com a qualidade de um murmúrio 
intermitente. 
Fase 3: os ruídos tornam-se novamente firmes e altos. 
Fase 4: ruídos abafados, pouco distintos e leves, pode corresponder ao valor 
da pressão diastólica, para casos de pacientes com histórico prévio de doenças de 
base que podem afetar o valor da pressão arterial final. 
Fase 5: o som desaparece completamente, indica o valor da pressão diastólica. 
(Malachias MVB, Souza WKSB, 2016). 
 
Frequência cardíaca 
É a quantidade máxima de vezes que o coração consegue bater em um minuto, 
podendo variar de acordo com a idade e com o condicionamento físico, além de 
também possuir valores diferentes no repouso e durante a prática de atividade física. 
Para saber a frequência cardíaca máxima, pode-se fazer a medição usando os dedos, 
dedos no pescoço ou com o auxílio de um frequencímetro, que pode ser colocado no 
punho ou no peitoral. (MARÃES, V. R. F. S., 2010). 
 
 Medição no pulso radial 
Precisará de um relógio com a indicação dos segundos. A artéria radial 
encontra-se localizada perto da parte interior do pulso, junto do polegar. Dobre o 
cotovelo, mantendo o braço ao seu lado e a palma da mão virada para cima. Usando 
os dedos, médio e indicador, palpe delicadamente a artéria radial no interior do pulso. 
Procure sentir o pulsar da artéria. Não use o polegar, pois ele possui o seu próprio 
pulso. Não pressione ambas as artérias ao mesmo tempo. Procure sentir o pulsar da 
30 
 
artéria. Não use o polegar, pois ele possui o seu próprio pulso. Conte o pulso carotídeo 
durante um minuto completo (60 segundos). Veja se ele apresenta um batimento forte 
ou fraco. Anote a frequência de pulso, a data, a hora e qual o pulso (direito e 
esquerdo). (MARÃES, V. R. F. S.; 2010). 
 
Medição no pulso carotídeo 
É um pulso que pode ser realizado no lado direito do pescoço sobre a artéria 
carótida, a fim de determinar a frequência cardíaca. É considerado um local mais 
confiável para medir do que o punho, principalmente em indivíduos que sofreram 
algum tipo de trauma e ou que estão em choque. Contar o pulso carotídeo durante 60 
segundos (1 minuto completo), anotar frequência, data, hora e ritmo do pulso. 
(MARÃES, V. R. F. S.; 2010). 
 
Resultados e discursão 
 
Depois de todas as explicações foi a nossa vez de colocar em prática o 
conteúdo visto em sala. Formamos grupos e começamos a praticar. Realizamos a 
inspeção e a palpação dos membros superiores e inferiores procurando e encontrando 
alterações e tirando as dúvidas (como tornozelos com edema, a elasticidade da 
pele...). Alguns alunos tiveram dificuldades em fazer a ausculta, não conseguindo 
ouvir a respiração, mesmo com o auxílio da professora, eu no início tive dificuldade, 
mas pedi ajuda tanto a ela quanto aos colegas que me ajudaram muito, no final 
consegui realizar a ausculta. Quando partimos para aferi a PA, muitos tiveram o 
mesmo problema, não sabendo como colocar o esfigmomanômetro, sendo necessário 
a ajuda da professora para mostrar o local e a posição correta, com o estetoscópio o 
mesmo problema, alguns não sabiam para onde ir com ele, o que ocasionou erros na 
pressão pois não souberam identificar onde começava a máxima e a mínima. Não tive 
problemas na aferição por ter conhecimento e já ter estagiado na área de saúde. 
 
 
 
 
 
31 
 
AULA 4 – ROTEIRO 2 
Avaliação posturalPostura pode ser definida como “uma posição ou atitude do corpo, o arranjo 
relativo das partes do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira 
característica de alguém sustentar seu corpo. Porém o termo postura também é usado 
para descrever o alinhamento do corpo, bem como a orientação do corpo no ambiente. 
(KISNER C., Colby LAA; 1987). 
O controle postural envolve controlar a posição do corpo no espaço por 
propósitos duplos de estabilidade e orientação. A orientação postural é definida como 
a habilidade de manter uma relação apropriada entre os segmentos corporais e entre 
o corpo e o meio ambiente da tarefa. O termo postura é frequentemente utilizado para 
descrever o alinhamento biomecânico do corpo e a orientação do corpo no ambiente. 
Empregamos o termo orientação postural para incluir esses conceitos. Para a maioria 
das tarefas funcionais, mantemos uma orientação vertical do corpo. No processo de 
estabelecimento da orientação vertical, foram usadas múltiplas referências sensoriais, 
incluindo a gravidade (sistema vestibular), a superfície de sustentação (sistema 
somatossensorial) e o relacionamento do corpo com os objetos no seu ambiente 
(sistema visual). A estabilidade postural, também referida como equilíbrio, é a 
habilidade de controlar o centro de massa em relação à base de sustentação. (Horak 
FB, Shepard J & Rowell L, 1996). 
Resultados e discursão 
O fisioterapeuta deve observar o paciente como um todo, pois desequilíbrios 
posturais raramente aparecem de forma isolada. Assim, serão recomendados 
movimentos que trabalhem não só a postura, mas também o equilíbrio e a 
coordenação dos movimentos. Como deu para perceber, a avaliação postural é 
importante para que o individuo analise as alterações presentes em sua postura e 
possa realizar o tratamento adequado. Além de proporcionar mais qualidade de vida 
ao paciente. Durante a prática encontramos um pouco de dificuldades para avaliar o 
colega, principalmente os que são mais cheios, pois os ossos parecem se esconder, 
32 
 
por várias vezes precisei da intervenção da professora para ajudar. Realizamos a 
avaliação sempre comparando bilateralmente. 
 
 
Conclusão 
Nas aulas práticas concluímos todas as técnicas propostas no roteiro das aulas 
e podemos entender melhor qual a função de cada método e como utilizar de maneira 
correta os equipamentos. Por fim, descobri o importante papel de um bom profissional 
de fisioterapia na boa reabilitação dos pacientes, e a importância de sempre estar 
estudando e buscando novos conhecimentos e novos aprendizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Refêrencias 
ADAMS RD, Victor M. Principles of neurology. 4 ed. New York: McGraw-Hill; 
1989. 
AGREDO, CA & Bedoya, JM. Modificação da escala de Ashworth modificada. 
Arq. Neuropsiquiatra, 2005. 
BELL, J.A. Advances in sensibility evaluation. Ha Nd Clinics, 7(3), August 1991. 
BOHANNON, RW & Smith, MB. Interrater reliability of a modified Ashwort scale 
of muscle spasticity. Physical Therapy. 1987. 
BRADLEY, W., et al. Neurology in clinical practice. Principles of diagnosis 
management. 4. Ed. Salt Lake: Elsevier; 2004. 
CALLAHAN, ANNE D. "Sensibility testing: clinical methods." Rehabilitation of 
the Hand: Hunter, J.,1990. 
CASALIS, Maria E.P. Reabilitação/Espasticidade. São Paulo: Atheneu, 1990. 
 CELMO Celeno Porto – Semiologia Médica 7ª Edição. 2013. Editora 
Guanabara Koogan. 
CLARKE HD, Scott WN, Insall JN, Pedersen HB. Anatomy. In: Scott WN. Insall 
and Scott surgery of the knee. New York: Churchill Livingstone; 2001. 
CLAVERIE P, Alexandre F, Nichol J, Bonnet F, Cahuzac M. L’activité Tonique 
reflexe du nourisson. Pediatrie 1973. 
DICIONÁRIO MÉDICO DE STEDMAN 2006, 28ª edição. Filadélfia, Estados 
Unidos. Lippincott Williams e Wilkins. 
DORETTO, Dario, Fisiopatologia Clínica do Sistema Nervoso: Fundamentos da 
Semiologia Edição: 2 Editora: Atheneu 1996. 
ESCALAS E TESTES FUNCIONAIS EM FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA, 
NEUROLÓGICA E RESPIRATÓRIA – UNISO – SOROCABA – SP 2021. 
34 
 
FISHER NM, White SC, Yack HJ, et al.: Muscle function and gait in patients with 
knee osteoarthritis before and after muscle rehabilitation. Disabil Rehabil 1997. 
FREITAS, Junior, P.B. Características comportamentais do controle postural de 
jovens, adultos e idosos. 2003. 
GANANÇA MM, Caovilla HH, Munhoz MS, Silva ML, Frazza MM. As etapas da 
equilibriometria. In: Caovilla HH, Ganança MM, Munhoz MS, Silva ML. Equilibriometria 
clínica. São Paulo: Atheneu; 1999. p.41-97. 
GILLINGHAMBL., MackGR. Compression of the lateralantebrachial cutaneous 
nerve by the bíceps tendon. J Shoulder Elbow Surg. 1996. 
HORAK FB, Macpherson JM. Postural orientation and equilibrium. In: Shepard 
J & Rowell L, eds. Handbook of physiology, section 12. Exercise: regulation and 
integration of multiple systems. New York, Oxford University, 1996. 
HORAK FB. Postural orientation and equilibrium: what do we need to know 
about neural central of balance to prevent falls. Age and Ageing 2006. 
KANDEL, Eric R.; SCHWARTZ, James H.; JESSELL, Thomas M. Fundamentos 
da Neurociência e do Comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
KISNER C., Colby LAA; Exercícios Terapêuticos. São Paulo: Manole 1987. 
LÓPEZ MM, Medeiros JL. Semiologia Médica, as bases do diagnóstico clínico. 
5. ed. Rio de Janeiro: Editora Revinter; 2004. 
MALACHIAS MVB, Souza WKSB, Plavnik FL et al. 7a Diretriz Brasileira de 
Hipertensão Arterial. Arq. Bras Cardiol. 2016. 
MANCIA, G. et al. Guidelines for the management of arterial hypertension – The 
task force for the management of arterial hypertension of the European Society of 
Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC). Eur Heart J 
2007. 
35 
 
MARÃES, V. R. F. S. Frequência cardíaca e sua variabilidade: análises e 
aplicações. Rev. Andal Med Deporte. Vol. 3; 1 ed; 33 - 42, 2010. 
MUTARELLI E. propedêutica neurológica: do sintoma ao diagnóstico. São 
Paulo: Savier; 2000. 
NASCIMENTO, Matheus De Jesus, Análise de gênero sobre a influência do 
condicionamento físico na resposta do reflexo miotático, 2020. 
NOLAN, MF: Clinical assessment of cutaneous sensory function. Clin Manage 
Phys Ther 4:26, 1984. 
OKUDA, Paola Matiko Martins; Pinheiro, Fábio Henrique; Germano, Giseli 
Donadon; Padula, Niura Aparecida de Moura Ribeiro; Lourencetti, Maria Dalva; 
Santos, Função motora fina, sensorial e perceptiva de escolares com transtorno do 
déficit de atenção com hiperatividade, 2011. 
PORTO CC, Porto AL. Semiologia médica. 8. ed. Guanabara Koogan; 2009. 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica I. Celmo Celeno Porto; coeditor, 
Arnaldo Lemos Porto. – 7ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 
PORTO, Celmo Celeno; PORTO, Arnaldo Lemos. Semiologia Médica. 8. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
SANTOS, Ângela. A biomecânica da coordenação motora. Summus Editorial, 
2002. 
SCHEPSIS AA, Jones H, Haas AL. Achilles tendon disorders in athletes. Am J 
Sports Med. 2002. 
SILVA, Daniela Baleroni Rodrigues; Dias, Larissa Bombarda; Pfeifer, Luzia Iara 
confiabilidade do sistema de classificação da função Motora Grossa, 2016. 
STILLMAN, B. C. Making sense of proprioception: the meaning of 
proprioception, kinaesthesia, and related terms. Physiotherapy, v. 88, n. 11, 2002. 
http://reinpec.cc/index.php/reinpec/article/view/681
http://reinpec.cc/index.php/reinpec/article/view/681
http://www.scielo.br/j/jsbf/a/vWQQrWVZdzgvngzjZ3fmKLg/?lang=pt
http://www.scielo.br/j/jsbf/a/vWQQrWVZdzgvngzjZ3fmKLg/?lang=pt
36 
 
TUBIANA R, Thomine JM, Mackin E. Diagnóstico clínico da mão e do punho. 
Rio de Janeiro: Intrelivros; 1996. 
WIENER-VACHER SR. Vestibular disorders in children. Int J Audiol. 2008; 
Woollacott MH, Tang PF. Balance control during walking in the older adult: research 
and its implications. Phys Ther. 1997.

Outros materiais