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Introdução à Bioquímica Ambiental estrutura e função dos componentes celulares

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Introdução à Bioquímica Ambiental: 
estrutura e função dos componentes 
celulares
Apresentação
A “biosfera” é o termo empregado para analisar a atmosfera, a litosfera e a hidrosfera. A reunião 
complexa desses sistemas dá origem e forma o ambiente natural onde todos os seres vivos habitam 
e se reproduzem. A bioquímica é a ciência que ajuda a entender os principais processos químicos e 
biológicos que ocorrem em todos os seres vivos. 
Em virtude da diversidade de seres vivos, torna-se importante estudar e reconhecer como os 
mesmos são compostos, sua estrutura e composição. 
Nesta unidade de aprendizagem, você poderá identificar e reconhecer os componentes celulares e 
suas principais funções.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer os principais componentes celulares e sua importância para o meio ambiente.•
Identificar como determinados processos químicos são feitos e quais são as suas aplicações.•
Relacionar a estrutura e a função dos componentes celulares como parte dos principais 
processos existentes na natureza.
•
Infográfico
O infográfico a seguir apresenta, de forma clara, os principais compostos orgânicos e inorgânicos 
que formam os componentes celulares.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c45bbb04-8e97-4923-af62-0c4ea0351241/e8acb022-3ae6-4c20-949d-3a4cf6e42bc8.png
Conteúdo do livro
 Acesse o capítulo Introdução à Bioquímica Ambiental: estrutura e função dos componentes 
celulares para aprender mais sobre os temas tratados nesta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
BIOQUÍMICA 
AMBIENTAL 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Reconhecer os principais componentes celulares e sua importância para o 
meio ambiente.
 > Identificar como determinados processos químicos são feitos e quais são 
as suas aplicações.
 > Relacionar a estrutura e a função dos componentes celulares como parte 
dos principais processos existentes na natureza.
Introdução
Os seres vivos, assim como todos os componentes do universo, são constituí-
dos de elementos químicos que interagem entre si e formam os organismos e 
objetos. A química pode ser estudada sob diversas óticas, como, por exemplo, 
no estudo de materiais inorgânicos (química inorgânica), no estudo das reações 
Introdução à 
bioquímica 
ambiental: 
estrutura e função 
dos componentes 
celulares
Symara Rodrigues Antunes
químicas (físico-química) e no estudo dos compostos orgânicos constituídos de 
carbono (química orgânica), ou, ainda, analisando a estrutura e composição química 
de materiais (química analítica). Uma dessas áreas é chamada de bioquímica, 
em que o foco é o estudo da composição, das interações e das reações químicas 
que ocorrem e constituem os organismos vivos. Muitos estudantes e pesquisadores 
acabam simplificando a bioquímica como um ramo da química orgânica, pois os 
organismos vivos são constituídos de compostos de carbono em sua maioria. 
No entanto, a bioquímica é muito mais que isso, podendo ser considerada o estudo 
da “química da vida”, pois engloba aspectos de quase todos os ramos de estudo 
da química (LEHNINGER; NELSON; COX, 2018).
Os organismos vivos são sistemas complexos que envolvem a interação de 
muitas moléculas e componentes químicos, e as reações que ocorrem precisam 
ser otimizadas para o aproveitamento da energia disponível e devem ser feitas 
adequações ao ambiente em que o organismo está inserido. O objetivo dos estu-
dos em bioquímica é obter respostas para questionamentos como: quais são os 
componentes químicos do nosso corpo? Quais são as reações (ou conjuntos de 
reações) que ocorrem em nosso corpo que fazem com que envelheçamos? Qual 
é a diferença química entre nós, seres humanos, e uma bactéria? Como alguns 
microrganismos adaptam suas composições químicas para viverem em locais com 
compostos químicos tóxicos para a maioria dos seres vivos? 
Neste capítulo, serão apresentadas as bases da bioquímica e como os compos-
tos químicos se organizam no organismo dos seres vivos para que sejam compostas 
as estruturas biológicas que desempenham funções vitais. Além disso, você 
também vai visualizar algumas reações importantes para a manutenção da vida.
Componentes celulares
Uma célula pode ser definida como a menor estrutura funcional de um or-
ganismo celular, e pode-se classificar os organismos em seres unicelulares 
(constituídos de uma única célula) e seres multicelulares (constituídos de 
duas ou mais células). A partir de sua estrutura e composição, pode-se fazer 
um segundo tipo de classificação: células procariotas e células eucariotas. 
Há algumas diferenças entre esses dois tipos de células, mas a principal é a 
presença de uma membrana nuclear que envolve o material genético (REECE 
et al., 2015).
Os organismos procariotos, constituídos de células procariotas, são ba-
sicamente as bactérias. Trata-se de organismos unicelulares muito simples, 
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares2
de tamanho microscópico, geralmente muito menores do que as células 
eucariotas, e que não têm organelas celulares membranosas. Muitas vezes, 
suas funções bioquímicas são desenvolvidas por adaptações nas estruturas 
que compõem esse organismo rudimentar. Esses organismos têm um tempo 
de vida mais curto e uma grande capacidade de adaptação ao ambiente, mas 
podem sofrer mudanças em suas estruturas muito rapidamente por não terem 
sofisticados sistemas de reparo de danos no DNA, presentes em eucariotos.
Os seres eucariotos, por sua vez, são constituídos de células estrutural 
e funcionalmente mais complexas: as células eucariotas. Eles contam com 
uma riqueza de estruturas intracelulares, com importantes organelas que 
desempenham funções vitais ao organismo. Os representantes desse grupo 
podem ser uma ameba (ser unicelular eucarioto simples), uma planta (mul-
ticelular) e até um ser humano (REECE et al., 2015).
A Figura 1 ilustra uma representação esquemática de uma célula procariota 
e de uma célula eucariota. É importante destacar que há diferentes níveis 
de complexidade entre os seres eucariotos, mas eles têm características 
celulares em comum, como você vai ver a seguir. 
Figura 1. Representação esquemática das células procariótica e eucariótica, respectivamente. 
Observe que a célula procariótica, além de mais simples, também é menor em relação à 
eucariótica.
Fonte: Santos (c2021, documento on-line).
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares 3
Embora sejam biologicamente distintas entre si, a nível molecular e quí-
mico, as células de seres vivos apresentam semelhanças. Em relação aos 
elementos químicos, pode-se observar que um organismo vivo é composto 
por cerca de 30 destes distintos entre si, sendo a maioria com pequeno 
número atômico, em geral abaixo do número atômico do selênio, que é 34. 
É possível destacar quatro elementos químicos mais abundantes nos seres 
vivos, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e carbono, que correspondem a cerca 
de 99% da composição das células. Os denominados elementos traços são 
encontrados em pequenas frações, mas são essenciais para o funcionamento 
correto do corpo, como, por exemplo, o ferro presente na hemoglobina, 
proteína responsável pelo transporte de gases no organismo humano. Dessa 
forma, as células são baseadas em uma organização centrada no carbono e 
em suas interações. Esse composto químico forma ligações químicas fortes o 
suficiente para compor as estruturas necessárias de uma célula (LEHNINGER; 
NELSON; COX, 2018). 
Em relação às substâncias que compõem as células, a mais abundante é 
a água (H2O), que desempenha inúmeras funções, incluindo o transporte de 
substâncias dentro da célula e para a célula, além de participar de reações 
químicas importantes nesta. A água é considerada o solvente universal e, 
por ser tão abundante, consegue moldar,inclusive, a estrutura de moléculas, 
devido à interação que elas fazem com a água (FERRIER; DALMAZ; CALCAG-
NOTTO, 2018).
Os átomos de carbono, bastante abundantes, se agrupam e interagem 
com outros compostos (principalmente oxigênio, nitrogênio e hidrogênio) 
e formam estruturas complexas. Dentre essas estruturas, há as macromo-
léculas, que são, por exemplo, proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos 
nucleicos. A presença dessas grandes moléculas no interior das células, 
ou constituindo as estruturas delas, determina as características químicas 
do ambiente intracelular, como o seu ph e as forças eletroquímicas, por 
exemplo (REECE et al., 2015). 
As proteínas são moléculas formadas de subunidades denominadas 
aminoácidos, e a junção de vários aminoácidos constitui o polipeptídeo. As 
cadeias de polipeptídeos podem ser juntar e/ou se estruturar em moléculas 
complexas chamadas de proteínas, macromolécula que, em suas diferentes 
conformações, assume as mais diversas funções na célula, desde as estruturais 
até o seu envolvimento em reações químicas (LEHNINGER; NELSON; COX, 2018). 
Os carboidratos são utilizados como fonte de energia para os organismos, mas 
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares4
também podem interagir e constituir estruturas em conjunto com as proteínas, 
por exemplo. Muitos desses carboidratos desempenham função importante 
na comunicação intra e extracelular (FERRIER; DALMAZ; CALCAGNOTTO, 2018).
Os lipídios, por sua vez, apresentam uma grande variedade em sua compo-
sição, o que proporciona a eles inúmeras possibilidades de funções a serem 
desempenhadas em uma célula. Quanto à composição, os ácidos graxos são os 
lipídios mais conhecidos, e constituem os óleos e gorduras. Dentre os vários 
tipos, é importante destacar também os fosfolipídeos, que são responsáveis 
pela constituição das membranas das células e são constituídos por uma 
cabeça hidrofílica e uma cauda hidrofóbica, sendo, dessa forma, considerados 
moléculas anfipáticas (Figura 2). Essas características os tornam perfeitos 
para constituírem as membranas, uma vez que, devido a elas, os fosfolipí-
deos naturalmente se arranjam para formar micelas, protegendo as caudas 
hidrofóbicas. No caso das membranas celulares, os fosfolipídeos se arranjam 
em uma bicamada, fazendo com que as caudas hidrofóbicas retornem para o 
interior da camada, deixando as cabeças hidrofílicas para fora da bicamada, 
pois, afinal, os meios intra e extracelular são constituídos de moléculas de 
água (LEHNINGER; NELSON; COX, 2018).
Figura 2. Estrutura de fosfolípideos e suas interações para constituir a membrana plasmática.
Fonte: Adaptada de Lehninger, Nelson e Cox (2018).
Cabeça hidrofílica
Bicamada fosfolipídica
Cauda hidrofóbica
Lipídio
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares 5
As membranas celulares têm, ainda, os esteroides, um outro tipo de lipídeo 
que fica espalhado conferindo maior maleabilidade e fluidez à estrutura. Além 
deles, também fazem parte da estrutura da membrana as proteínas, que fun-
cionam como canais de membrana, permitindo a passagem seletiva de solutos 
(Figura 3). As membranas celulares têm como característica a permeabilidade 
seletiva, ou seja, elas permitem a passagem de substâncias de acordo com a 
sua necessidade no momento. Por isso, há diferentes tipos de proteínas de 
membranas que permitem a passagem diferenciada de solutos. A comunicação 
célula-célula, por sua vez, se dá por meio da interação de tipos proteínas 
associados com carboidratos e glicídios (LEHNINGER; NELSON; COX, 2018).
Figura 3. Representação da estrutura de uma membrana plasmática.
Fonte: Lehninger, Nelson e Cox (2018, p. 389).
Dentre as principais membranas celulares, destaca-se principalmente 
a membrana plasmática, externa à célula, mas elas também ocorrem nas 
organelas membranosas dos eucariotos. O complexo de Golgi, o retículo en-
doplasmático (liso e rugoso), os lisossomos e os peroxissomos são exemplos 
de organelas que têm essa estrutura de membrana. Inclusive, a membrana 
que delimita o núcleo também é constituída de uma bicamada fosfolipídica.
Veja na Figura 4 a representação de uma célula animal e uma célula vegetal 
com suas respectivas organelas e funções. Observe que na célula vege-
tal ainda se encontra uma estrutura externa extra, a parede celular, que é 
constituída de celulose e confere proteção extra à célula (FERRIER; DALMAZ; 
CALCAGNOTTO, 2018). 
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares6
Figura 4. Representação de célula animal e vegetal, seus componentes e suas respectivas 
funções.
Fonte: Reece et al. (2015, p. 100–101).
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares 7
Os organismos procariotos não têm essa riqueza de organelas, pois são 
encontrados os ribossomos nessas células, que conta com uma constituição 
bioquímica diferente dos ribossomos de eucariotos. Algumas das funções 
desempenhadas por organelas em eucariotos nos procariotos são desen-
volvidas por especializações da membrana plasmática. No entanto, não se 
deve supor que esses organismos mais primitivos desempenhem todas as 
reações e funções que ocorrem em organismos mais desenvolvidos, pois 
várias adaptações não existem neles (FERRIER; DALMAZ; CALCAGNOTTO, 2018).
Processos bioquímicos nas células
Todas as estruturas e moléculas apresentadas na seção anterior, as quais 
constituem a célula, são fundamentais para que esses organismos possam 
desempenhar suas funções na forma de reações bioquímicas, que são o motor 
de desenvolvimento dos organismos. A principal dessas reações é a produção 
de energia celular na forma de adenosina trifosfato (ATP), que é a molécula 
energética que move outros importantes processos. Dessa forma, a sua au-
sência pode levar à falência celular (FERRIER; DALMAZ; CALCAGNOTTO, 2018).
O conjunto de reações bioquímicas que ocorre dentro de um organismo 
(seja ele uni ou pluricelular) é chamado de metabolismo. As reações que o 
compõem podem construir novas moléculas e acumular energia (anabolismo), 
ou quebrar moléculas e liberar energia (catabolismo) (FERRIER; DALMAZ; 
CALCAGNOTTO, 2018).
A produção de ATP nas células procariotas é muito simples e pouco efi-
ciente, e é desenvolvida no citoplasma celular. As bactérias são organismos 
que podem produzir energia tanto na presença ou na ausência de oxigênio, 
e essa adaptação permite que elas sobrevivam em locais inóspitos para 
outros organismos. Contudo, essa ineficiência energética é limitante a esses 
organismos em determinados momentos. Nos eucariotos, pode-se observar 
uma eficiência e rentabilidade maior, com reações ocorrendo dentro da 
mitocôndria. A respiração aeróbica, na presença de oxigênio, é mais rentável 
energeticamente do que na sua ausência. As plantas, por exemplo, são euca-
riotos capazes de produzir seus alimentos por meio da reação de fotossíntese 
nos cloroplastos, na presença de uma fonte luminosa. Além dessa reação, 
as plantas também realizam a respiração com produção de ATP, assim como 
os demais organismos (LEHNINGER; NELSON; COX, 2018). 
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares8
Outras reações químicas muito importantes também ocorrem nas células. 
A produção de proteínas, por exemplo, faz parte de um intricado processo 
fortemente regulado que compõe o dogma central da biologia molecular, 
que compreende as macromoléculas de DNA, RNA e proteínas (Figura 5). 
O DNA, como material genético das células presente no núcleo, tem a “re-
ceita” para a geração de todas as estruturas da célula. Já o RNA, entre tantas 
outras funções, é a molécula de transporte dessas informações para o cito-
plasma (FERRIER; DALMAZ; CALCAGNOTTO, 2018). E as proteínas, por sua vez, 
são moléculas efetoras, produzidas a partir das informações contidas no 
DNA, que desempenham funções específicas. Assim, o DNA induz a produção 
de RNA por meioda transcrição; o RNA induz a produção de proteína por 
meio da tradução e a produção de DNA é feita pelo processo de replicação 
(LEHNINGER; NELSON; COX, 2018). 
Figura 5. Representação do dogma central da biologia molecular.
Principais processos existentes na natureza 
e a sua relação com a estrutura e a função 
de componentes celulares
As estruturas e os componentes celulares se relacionam com o ambiente 
de diferentes formas. As relações ecológicas são feitas entre organismos 
vivos e, consequentemente, envolvem reações celulares, como é o caso 
do parasitismo, por exemplo. O envolvimento de organismos unicelulares 
(às vezes, pluricelulares, mas microscópicos) e o desenvolvimento de con-
dições adversas ou doenças em outros seres vivos é um exemplo de como 
uma estrutura celular e os seus processos podem afetar e modificar o meio 
em que estão inseridos (REECE et al., 2015).
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares 9
Outro importante exemplo desse tipo de relação é o caso das plantas, que, 
por meio de suas reações químicas, são capazes de alterar a qualidade do ar 
no ambiente em que estão inseridas, uma vez que substituem o gás carbônico 
do ambiente por oxigênio no processo de fotossíntese, beneficiando tanto o 
meio ambiente como os demais organismos (LEHNINGER; NELSON; COX, 2018). 
Além disso, as bactérias também interagem de forma a influenciar o am-
biente em que estão inseridas, e não necessariamente de forma parasitária. 
Muitas são responsáveis por degradação de compostos no ambiente, auxiliando 
em sua recuperação, por exemplo. Devido à sua simplicidade estrutural, elas 
também têm sido utilizadas pela indústria biotecnológica, que as modifica para 
realizar uma série de funções, como a degradação de compostos poluidores, por 
exemplo. Essa já é uma realidade para produtos como o plástico e o petróleo, 
por exemplo (CORREA-GARCÍA et al., 2018; YOSHIDA et al., 2016).
A Maré Vermelha é um exemplo desse processo, uma vez que ela ocorre 
devido a um desequilíbrio ecológico, fazendo com que haja a proliferação 
excessiva de uma alga microscópica da classe de dinoflagelados. No entanto, 
a proliferação dessas algas em grande quantidade libera substâncias neu-
rotóxicas no mar que podem trazer prejuízos financeiros e de saúde pública 
(REECE et al., 2015).
Referências
CORREA-GARCÍA, S. et al. Rhizoremediation of petroleum hydrocarbons: a model system 
for plant microbiome manipulation. Microbial Biotechnology, v. 11, n. 5, p. 819-832, 
2018. Disponível em: https://doi.org/10.1111/1751-7915.13303. Acesso em: 19 abr. 2021.
FERRIER, D. R.; DALMAZ, C.; CALCAGNOTTO, M. E. Bioquímica ilustrada. 7. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2018.
LEHNINGER, T. M.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de bioquímica. 7. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2018.
REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SANTOS, V. S. Diferença entre células procarióticas e eucarióticas. Mundo Educação, 
c2021. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/diferenca-entre-
-celulas-procariotas-eucariotas.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
YOSHIDA, S. et al. A bacterium that degrades and assimilates poly(ethylene terephtha-
late). Science, v. 351, n. 6278, p. 1196-1199, 2016.
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores 
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Introdução à bioquímica ambiental: estrutura e função dos componentes celulares10
Dica do professor
Os componentes celulares são indispensáveis para a preservação e manutenção da vida dos mais 
diferentes seres vivos. Em nível celular, muitos desses elementos têm caráter estrutural e são vitais 
para os processos de divisão e multiplicação celular. Confira, nesta Dica do Professor, a importância 
dos componentes que formam a base da vida, as substâncias orgânicas e inorgânicas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Os seres vivos são compostos basicamente por: 
A) substâncias sólidas e compactas que formam a estrutura celular.
B) compostos líquidos e ácidos nucleicos.
C) compostos celulares de composição química simples.
D) por substâncias inorgânicas, representadas pela água e pelos sais minerais, e por substâncias 
orgânicas, representadas pelos açúcares (carboidratos), gorduras (lipídios), proteínas e ácidos 
nucleicos.
E) Por água e matéria orgânica.
2) Qual é o composto inorgânico mais abundante na natureza? 
A) Os sais minerais.
B) A água.
C) Os carboidratos e as gorduras.
D) A água e os ácidos nucleicos.
E) As proteínas.
3) Bioquímica se refere ao estudo: 
A) da composição química dos elementos na natureza.
B) das ligações químicas que acontecem na água e no solo.
C) da composição e da reação química dos elementos na natureza.
D) da química dos animais apenas em nível de estrutura química, sem a interação com o meio 
ambiente.
E) dos aspectos mais importantes das moléculas orgânicas sem a interferência das moléculas 
inorgânicas.
4) O composto que forma o citoesqueleto e mantém a forma das células é conhecido por: 
A) lipídios.
B) carboidratos.
C) ácidos nucleicos.
D) proteínas.
E) água.
5) A bioquímica ajuda a entender os processos microbiológicos, o tratamento de esgotos e o 
destino de certos poluentes na natureza. Nesse contexto, assinale a alternativa correta. 
A) Apenas alguns habitats podem ser prejudicados com a ação de poluentes, pois com a ação 
dos compostos orgânicos se pode controlar o resultado de determinadas ações poluentes.
B) A água, principal composto inorgânico, está diretamente associada com os processos 
microbiológicos e com o destino de certos poluentes.
C) Os ácidos nucleicos estão presentes no citoplasma da célula, fazendo destas informações algo 
desnecessário para a produção de certos processos bioquímicos.
D) Óleos e gorduras participam da nutrição celular.
E) Os sais minerais são responsáveis pela regulação de determinados processos fisiológicos, 
como o transporte das proteínas e o funcionamento de enzimas.
Na prática
Você é consultor e está envolvido em uma certificação ambiental para o departamento de 
bioquímica de uma importante universidade. Com base nos princípios preconizados nas NBR ISO 
14001 (2004) e NBR ISO 19011 (2002), você indica algumas inconformidades.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Tratamento de efluentes em um polo agroindustrial do Brasil
Neste link, você vai acessar um estudo que teve como objetivo levantar os custos de instalação e 
operacionalização de uma estação de tratamento de efluentes industriais e identificar indústrias em 
um polo agroindustrial do Brasil que utilizam de água no processo produtivo e têm estação de 
tratamento de efluentes. O artigo aborda alguns aspectos legislativos e as etapas do tratamento 
dos efluentes. Notari et al, 2020. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 2020: 
7(16): 937-951. ISSN 2359-1412 https://doi.org/10.21438/rbgas(2020)071630. Acesso em 31 jan 
2021. Disponível em:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Avaliação de isolados de Staphylococcus aureus provenientes 
de carne bovina moída comercializada no oeste de Santa 
Catarina
As doenças transmitidas por alimentos (DTAs) são consideradas um problema de saúde pública. 
Elas são ocasionadas por microrganismos patogênicos que contaminam os alimentos e a água, 
tornando-os veículos de disseminação de doenças. Contaminações por Staphylococcusaureus na 
carne bovina moída representam um grave risco à saúde humana, devido à capacidade do mesmo 
de desencadear doenças, como a síndrome do choque tóxico, febre e toxinfecções alimentares pela 
produção de toxinas. Neste artigo, publicado na Revista Brasileira de Análises Clínicas, você terá 
acesso a um estudo em que, no alimento avaliado, foi possível verificar a presença de S. aureus 
acima do limite permitido pela legislação vigente. COSTA, Géssica Aracéli; FERNANDES, Beatriz 
Pasqualli. Avaliação de isolados de Staphylococcus aureus provenientes de carne bovina moída 
comercializada no oeste de Santa Catarina. Revista Brasileira de análises clínicas, 2018. Disponível 
em:
http://revista.ecogestaobrasil.net/v7n16/v07n16a30.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Cristalografia macromolecular: a biologia sob a ótica dos raios 
X
Proteínas são complexas máquinas moleculares que desempenham todas as funções fundamentais 
que sustentam a vida. Eventuais desregulações na execução dessas funções, portanto, podem levar 
ao desenvolvimento de doenças como, por exemplo, o câncer, o que transforma as proteínas em 
alvos da maioria dos medicamentos hoje disponíveis. Neste artigo, você verá os principais avanços 
para o estudo dessas macromoléculas. AMBROSIO, André Luis Berteli & FRANCHINI, Kleber 
Gomes. Cristalografia macromolecular: a biologia sob a ótica dos raios X. Cienc. Cult. [online]. 2017, 
vol.69, n.3 [cited 2021-01-31], pp.29-36. Disponível em:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Citologia - componentes celulares.
Neste vídeo, você conhecerá os componentes de uma célula e suas funções. PROJETO BIOZOOM. 
Citologia - componentes celulares. Youtube. 2021. Disponível em:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.rbac.org.br/artigos/avaliacao-de-isolados-de-staphylococcus-aureus-provenientes-de-carne-bovina-moida-comercializada-no-oeste-de-santa-catarina/#:~:text=Rosina%20e%20Monego(16)%20coletaram,colaboradores(17)%20encontraram%20S.
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v69n3/v69n3a09.pdf
https://www.youtube.com/embed/U1mwbkpHheo

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