Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS UNITINS ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS DISCIPLINA: HIDRÁULICA AGRÍCOLA Prof.ª LEDA VERONICA BENEVIDES D. SILVA leda.vb@unitins.br 2 ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS I VIDEOAULA DISPONÍVEL EM: https://youtu.be/HVF9Y6pyOpU Disciplina: HIDRÁULICA AGRÍCOLA 3 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • CONDUTOS FORÇADOS x CONDUTOS LIVRES ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS Forçado Livre 4 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • CONDUTOS LIVRES x CONDUTOS FORÇADOS ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS Conduto Livre P = Patm Conduto forçado P ≠ Patm Conduto forçado P ≠ Patm 5 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXPERIMENTO DE REYNOLDS ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS V.DNR 6 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • REVISÃO HIDRODINÂMICA Regimes de escoamento – Número de Reynolds (NR) • Regime Laminar: NR ≤2.000 • Regime Turbulento: NR ≥ 4.000 • Transição: 2.000 < NR < 4.000 Em que: NR: número de Reynolds (adimensional) V: velocidade (m/s) D: diâmetro (m) ν: viscosidade cinemática (m2/s) V.DNR ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 7 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • NÚMERO DE REYNOLDS – CONDUTOS NÃO CIRCULARES Regimes de escoamento – Número de Reynolds (NR) • Regime Laminar: NR ≤2.000 • Regime Turbulento: NR ≥ 4.000 • Transição: 2.000 < NR < 4.000 Em que: NR: número de Reynolds (adimensional) V: velocidade (m/s) Rh: Raio hidráulico (m) ν: viscosidade cinemática (m2/s) ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS ν V.4RhNR 8 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXEMPLO Qual o número de Reynolds para o escoamento da água a 20ºC em um tubo de 50 mm de diâmetro com velocidade de escoamento de 1m/s? (ν=10-6m2/s) RESOLUÇÃO Dados: V = 1m/s D = 50 mm = 0,05m ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 6 2 V.D 1m / s 0,05mNR 50000 10 m / s Regime Turbulento 9 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXEMPLO Qual deveria ser a velocidade limite para que o regime de escoamento nas condições do exemplo anterior se tornasse laminar? RESOLUÇÃO Para regime laminar: ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS NR ≤ 2000 6 2 V.D V 0,05m2000 V 0,04m / s 10 m / s V.DNR 10 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • TEOREMA DE BERNOULLI (FLUIDOS REAIS) hfz 2g v γ pz 2g v γ p 2 2 22 1 2 11 Perda de Carga Frictional head loss ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 11 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA EM CONDUTOS FORÇADOS É a dissipação de energia ocorrida no escoamento: Causada pelo atrito entre camadas vizinhas de fluido; Resulta em redução da energia potencial (Z) e aumento na energia calorífica. ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 12 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA EM CONDUTOS FORÇADOS A perda de carga pode ser: a) Perda de carga contínua (ou distribuída): ocorre ao longo de um conduto retilíneo e uniforme; b) perda de carga localizada: ocorre em singularidades (acessórios) existentes no conduto (curvas, reduções, cotovelos, registros, etc.) ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS hf distribuída hf localizada 13 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA E LOCALIZADA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS hf1-P – perda de carga no tubo (do ponto 1 até a peça) hfP – perda de carga na peça hfP-2 – perda de carga no tubo (desde a peça até o ponto 2) 14 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA A PERDA DE CARGA É: INDEPENDENTE do material da tubulação no ESCOAMENTO LAMINAR; DEPENDENTE do material da tubulação no ESC. TURBULENTO; diretamente proporcional a Vm (ou Qm); diretamente proporcional a L; inversamente proporcional a Dn; independente da posição da canalização (no escoamento permanente); independente da pressão sob a qual o líquido escoa. ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 15 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA CÁLCULO DA PERDA DE CARGA Variáveis envolvidas: K – coeficiente que representa a natureza do material da canalização V – velocidade do escoamento L – comprimento da canalização D – diâmetro m – potência de V ou de Q n – potência de D ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 16 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA CÁLCULO DA PERDA DE CARGA Pode-se determinar a perda de carga: hf – perda de carga distribuída em um trecho da tubulação (m) J – perda de carga por metro de tubulação perda de carga unitária (m/m) ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS hfJ L Em que: J: perda de carga unitária (m/m) hf: perda de carga distribuída na tubulação (m) L: comprimento de tubulação (m) J: perda de carga em metros de coluna de água por metro de tubulação (m/m) 17 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA Fórmulas empíricas de perda de carga Obtidas em laboratório Válidas para condições específicas grupo de materiais; tipo de líquido; temperatura do líquido; faixa de diâmetros; geralmente regime de escoamento turbulento Componentes: hf – perda de carga, mca Q – vazão, m3/s V – velocidade, m/s ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS L – comprimento, m D – diâmetro, m 18 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS Fórmulas empíricas de perda de carga Fórmula de Hazen-Williams: em que: hf = perda de carga na canalização (mca) Q = vazão (m3 s-1) L = comprimento total da canalização (m) D = diâmetro da tubulação (m) C = coeficiente que depende da natureza das paredes do tubo (tabelado) 4,87 852,1 D L C Q643,10hf Condições: Regime turbulento; Escoamento à temperatura ambiente; Diâmetro ≥ 50 mm (2”); Todos os materiais. 19 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS •DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA: Fórmula de Hazen-Williams (outras apresentações): em que: J = perda de carga unitária (m m-1) = perda de carga por metro de tubulação (hf/L) v = velocidade média (m s-1) 0,2050,38 0,38 JC Q6251D , 0,540,63 JDC355,0V 0,542,63 JDC279,0Q 4,871,852 1,852 DC Q10,643J 20 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS Tabela: Valores de Coeficiente de Rugosidade C para a fórmula de Hazen-Williams Fonte: Porto (2006), adaptado de Azevedo Netto (1973) 21 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS Material do tubo Coeficiente C Plástico: Diâmetro até 50 mm Diâmetro entre 60 e 100 mm Diâmetro entre 125 e 300 mm 125 135 140 Ferro fundido: Tubos novos Tubos com 15 a 20 anos 130 90 Manilhas de cerâmica 110 Aço galvanizados (novos) 125 Aço soldado (novos) 110 Tabela: Valores de Coeficiente de Rugosidade C para a fórmula de Hazen-Williams Fonte: Adaptado de Azevedo Netto (1988) 22 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXEMPLO 6.17 (Livro Geanini) Calcular a vazão fornecida por uma adutora construída com 3.200 m de tubos de ferro fundido (C = 130) de 200 mm de diâmetro, novos e sem revestimento interno. A adutora é alimentada por um reservatório, cujo nível de água está situado na cota 140,0 m descarregando em outro reservatório cujo nível de água se situa na cota 92,0 m. Na solução do problema, desconsiderar as perdas de carga localizadas. ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 23 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA RESOLUÇÃO Equação de HW para vazão: C (Tabelado) = 130 ferro fundido sem revestimento interno D = 200 mm = 0,200 m J = hf/L = ??? 1) Obter perda decarga unitária Equação de Bernoulli pra fluidos reais: Perda de carga unitária: J = hf/L ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 0,542,63 JDC279,0Q 2-12 2 22 1 2 11 hfz 2g v γ pz 2g v γ p Patm Patm 2-121 hfz00z00 212-1 zzhf m 48m 92m 140 mca/mtubo 0,015 3.200m 48m L hfJ 24 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA RESOLUÇÃO 2) Obter a vazão Equação de HW para vazão: Qual será a vazão desta adutora quando ela tiver 20 anos de uso? ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 0,542,63 JDC279,0Q /s0,054m(0,015m/m)(0,200m)(130)0,279 30,542,63 0,542,63 JDC279,0Q /s0,038m(0,015m/m)(0,200m)(90)0,279 30,542,63 25 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXEMPLO 6.18 (Livro Geanini) Dois reservatórios, cujos níveis de água estão situados nas cotas 195,00 m e 100,00 m, estão interligados por meio de uma tubulação de cimento amianto (C=140) de 975 m de comprimento que conduz uma vazão de 5 L/s. Calcular o diâmetro interno dos tubos da adutora de interligação desconsiderando as perdas de carga localizadas. DADOS: Dois reservatórios Fluidos em repouso V1 = V2 = 0 P1= P2 = Patm = 0 Z1 = 195,00 m ; Z2 = 100,00 m C = 140; L = 975 m Q = 5 L/s = 0,005 m3/s ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 26 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA RESOLUÇÃO Equação de HW para diâmetro: C (Tabelado) = 140 cimento amianto Q = 5 L/s = 0,005 m3/s J = hf/L = ??? 1) Obter perda de carga unitária Equação de Bernoulli para fluidos reais: Perda de carga unitária: J = hf/L ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 212-1 zzhf m 59m 001m 195 mca/mtubo 0,0974 975m 95m L hfJ 0,2050,38 0,38 JC Q625,1D 2) Obter o diâmetro 0,2050,38 0,383 /m)(0,0974mca(140) /s)(0,005m1,625D mm 53,50,0535m E se houver apenas tubos de 50 ou 60 mm? 0,542,63 JDC279,0Q /s0,0042m)(0,0974m/m(0,05m)(140)0,279Q 30,542,6350mm /s0,0068m)(0,0974m/m(0,06m)(140)0,279Q 30,542,6360mm projeto50mm QQ projeto60mm QQ 27 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXEMPLO 6.19 (Livro Geanini) Uma adutora de tubos de PVC (C = 150) de 150 mm de diâmetro deverá fornecer 25L/s de água a uma propriedade agrícola. Se o comprimento da adutora é de 1.000m, determinar o desnível necessário à obtenção desta vazão. Desconsiderar as perdas de carga localizadas. ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS L = 1.000m Q = 25L/sC = 150 D = 150 mm Desnível ? Patm Patm 28 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • RESOLUÇÃO D = 150 mm = 0,15 m Q = 25 L/s = 0,025 m3/s Desnível = ??? Z1 – Z2 Z1 – Z2 = hf Desnível entre pontos (1) e (2): Equação de HW para vazão: Perda de carga unitária (J) ? ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS 4,87 852,1 D L C Q643,10hf 4,87 1,8523 (0,15m) m 1000 150 /sm 0,02510,643 mca 11 mca/mtubo 0,011 1.000m 11m L hfJ 1,1%1000,011eDeclividad 29 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS •DETERMINAÇÃO DA PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA: Fórmula de Flamant: (tubulações de pequenos diâmetros) em que: b = fator de atrito, depende do material b = 0,00023 para canos de ferro ou aço usados; b = 0,000185 para canos de ferro ou aço novos; b = 0,000140 para canos de chumbo; b= 0,000130 para canos de cobre; b= 0,000120 para canos de plástico (PVC, etc.) -0,210,3680,21 JQb464,1D 0,570,714 0,57 JDb 4530v ,0,572,714 0,57 JDb 3560Q , 4,75 1,75 D QLb107,6hf -1,251,75 Dvb4J 30 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • EXEMPLO ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS a) Determine o diâmetro de um tubo de polietileno para as condições do esquema dado. b) Qual seria a perda de carga se fossem utilizados tubos com diâmetro interno de 29mm? 31 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA • RESOLUÇÃO: a) Determinar diâmetro b) Perda de carga para tubos de 29mm ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS mca42ΔZhf 4,75 1,75 D QLb6,107hf m/m0,15 m280 mca42 L hJ f -0,210,3680,21 JQb1,464D 30mm0,030m(0,15m/m)/s)(0,0015mx(0,000135)x1,464D -0,210,36830,21 mca 53,1 0,029 0,0015 x2800,000135x 6,107hf 4,75 1,75 32 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO TOCANTINS – UNITINS HIDRÁULICA AGRÍCOLA ESCOAMENTO EM CONDUTOS FORÇADOS Fórmulas para determinação da perda de carga Outras fórmulas: L D Q0,002021hf 4,88 1,88 Fair-Whipple-Hsaio (aço galvanizado) L D Q0,000704hf 4,75 1,75 Água Fria: Água Quente: Scobey (concreto) 0,502,625J28DQ Fair-Whipple-Hsaio (cobre) L D Q10x8,63hf 4,75 1,75 6
Compartilhar