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BIOSSEGURANÇA PARA CASOS E AMBIENTES ESPECIAIS

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BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA PARA CASOS E 
AMBIENTES ESPECIAIS
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar os casos especiais como os pacientes com AIDS;
2- Reconhecer a Biossegurança de pacientes internados em quartos compartilhados, entre outros;
3- Estabelecer a prevenção de infecções em unidades específicas, centro obstétrico, unidade de Neonatologia,
entre outros.
A Biossegurança relacionada aos profissionais da saúde deve ser incansavelmente discutida, visto que, muitos
acidentes ainda ocorrem. Cuidar de pessoas doentes, com infecções sérias e até mesmo transmissíveis exige um
cuidado que, muitas vezes, os profissionais negligenciam. O tempo de trabalho com a “garantia” de que nada vai
acontecer é o fator que mais sobressai nos acidentes. Imagina tratar um paciente com uma doença transmissível
como o HIV e ser infectado por negligência? E tratar pessoas em um quarto compartilhado de hospital e ser
infectado por baixas condições de trabalho? A Biossegurança deve ser muito bem estudada e levada a sério para
que não ocorram acidentes inesperados e irreversíveis.
Definição HIV
Trata-se de uma doença sexualmente transmitida (DST) caracterizada pela imunodepressão do paciente,
associada a patologias oportunistas.
Tem como agente etiológico um vírus, identificado em 1983, conhecido como HIV (Human Imnunodeficiency
Virus).
Este vírus pode ser transmitido de forma parenteral, sexual e vertical (de mãe para filho, no período gestacional
ou durante o aleitamento materno). Contatos físicos casuais, alimentos, água ou insetos não transmitem o HIV.
Atenção
Sua detecção pode ser realizada através de técnicas laboratoriais específicas, mediantes a testes que detectem os
antígenos ou o vírus do HIV.
Entretanto, alguns trabalhadores estão sujeitos à sua contaminação, principalmente através de materiais
infectados com sangue ou secreções corporais ou por contato com mucosa, devido sua exposição laboral, como é
o caso dos profissionais de Saúde.
Condutas após o acidente
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Após a exposição ao vírus, o profissional afetado deve se submeter a uma avaliação prudente dos critérios
descritos a seguir.
Estas medidas determinarão a gravidade do acidente e o risco de contaminação.
Cuidados básicos
Em casos de exposição percutânea, é necessário lavar o local com água e sabão (abundante); em casos de
exposição de mucosas, a solução de fisiológica (0,9%) e água devem ser utilizadas.
Notificação
Em casos de exposição percutânea, é necessário lavar o local com água e sabão (abundante); em casos de
exposição de mucosas, a solução de fisiológica (0,9%) e água devem ser utilizadas.
Avaliação do acidente
Uma avaliação cuidadosa deve ser realizada, levando em consideração os seguintes parâmetros: Material
envolvido – materiais biológicos envolvendo sangue, líquidos de serosas, amniótico, líquor, sêmen e secreções
vaginais são considerados de alto risco para a transmissão do vírus. Entretanto, é válido ressaltar que, as
secreções vaginais e o sêmen, geralmente não estão envolvidos na aquisição da doença para os profissionais de
Saúde. Fezes, urina, vômito e secreções nasais não oferecem riscos ocupacionais, exceto na presença de sangue.
Tipo de acidente – Os acidentes podem ser: : Lesões causadas por instrumentos tais como,Pérfurocortante
agulhas, bisturis e vidrarias contaminados. Contato com mucosa ou pele com solução de continuidade:
Envolvem contato do material infectado com áreas como olhos, nariz, boca, genitálias, pele com dermatite e
feridas abertas. Envolvem contato do material infectado com áreas semContato com pele íntegra:
descontinuidade. Embora o contato não ofereça risco ao profissional, a exposição do material contaminado em
uma grande extensão por período prolongado merece atenção especial. Sorologia do paciente-fonte – Os testes
rápidos para a detecção da quantificação da carga viral deverá ser realizado visando, dentre outros objetivos, a
eliminação do início de tratamento desnecessário ou ainda, o início imediato, caso haja necessidade. A situação
sorológica do paciente-fonte pode ser: HIV negativo comprovado; HIV positivo comprovado; Situação ou
paciente-fonte desconhecido.
Quimioprofilaxia após exposição
Independente da gravidade da possível aquisição da doença, o uso de medicamentos antirretrovirais não possui
caráter obrigatório. Seu uso fica a critério do profissional acidentado.
O ideal é que a medicação seja utilizada em até 2 horas após o acidente, entretanto ainda é eficaz mesmo 48
horas após a exposição acidental ao vírus.
Acompanhamento do tratamento
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O profissional acidentado, fazendo uso ou não do medicamento, necessita realizar uma rotina para verificar a
evolução do quadro, que deve seguir os seguintes padrões:
1ª dia: Exames laboratoriais, tais como hemograma completo, testes de função hepática e renal, teste anti-HIV,
anti-HBc, HBsAg, anti-HCV e anti-HBS.
2ª semana: Repetição dos exames de hemograma e função hepática e renal.
1 mês e 2 semanas: Repetição do exame anti-HIV.
3 meses: Repetição do exame anti-HIV.
6 meses: Repetição do exame anti-HIV, anti-HBc, HBsAg, anti-HCV e anti-HBS e dosagem sérica das enzimas
hepáticas (TGO e TGP).
Biossegurança em quartos coletivos
Algumas vezes, devido ao diagnóstico do paciente ou até mesmo à infraestrutura inadequada e ausência de
vagas, alguns pacientes internados compartilham o quarto. Em princípio, tal prática não ofereceria alto risco aos
pacientes, entretanto, algumas medidas devem ser tomadas, tais como:
Verificar se a patologia do paciente internado possui alto nível de contaminação, pois pode ocorrer a
disseminação da doença, principalmente se o paciente estiver com a imunidade baixa.
Uso adequado dos EPIs adequados e a lavagem das mãos, minimizando dessa forma, o risco de infecção cruzada.
Higienização específica tanto do ambiente quanto dos materiais utilizados nos procedimentos dos pacientes,
pois como já vimos nas aulas passadas, o emprego incorreto desse método também contribui de forma
expressiva na propagação da doença.
Prevenção de infecção em unidades específicas
Independentemente da patologia em questão, é importante saber que existem modos específicos de cuidados
para determinadas unidades, ou seja, existem Limpeza e descontaminação do ambiente e dos artigos utilizados.
alguns agentes infecciosos que são encontrados mais facilmente em determinados ambientes.
Entretanto, como já vimos em outras aulas, apesar de existirem particularidades para determinados setores,
algumas medidas são universais que devem ser aplicadas em TODAS as situações, dentre elas pode se destacar...
• A lavagem adequada das mãos.
• O uso dos EPIs específicos.
• Ausência de adornos para a realização dos procedimentos.
• Limpar e desinfetar o estetoscópio a cada uso.
• Limpeza e descontaminação do ambiente e dos artigos utilizados.
• Precaução de contato com agentes infecciosos.
Atenção
A seguir, veremos algumas dessas unidades e as respectivas medidas de prevenção da infecção.
Unidade de Obstetrícia
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Atenção
É importante lembrar, que embora o período gestacional não seja considerado uma patologia, a mulher
apresenta alterações fisiológicas, que no mínimo alteram suas condições normais e podem afetar sua saúde e
bem-estar.
As gestantes podem apresentar alguns fatores de risco a sua saúde (Diabetes Mellitus, infecções associadas,
anemia, obesidade, imunodepressão e internamento pré-operatório prolongado).
O momento do parto requer diversos cuidados, pois está exposta tanto a mãe quanto o recém-nascido.
Tanto na escolha da cesária ou (com ou sem episiotomia) a paciente é submetida a umaparto normal 
intervenção cirúrgica e entre as medidas adotadas para o controle da infecção, algumas merecem destaque:
• Esterilização adequada dos materiais cirúrgicos.
• Atenção ao equipamento utilizado no centro cirúrgico.
• Limpar a área cirúrgica (região vaginal ou abdominal) com água e sabão para eliminar a contaminaçãogrosseira.
• Usar antisséptico apropriado na limpeza da pele para a realização do procedimento cirúrgico.
Unidade Neonatal
É necessário grande cuidado com os recém-nascidos (RN) que permanecem internados na unidade neonatal,
principalmente sob tratamento intensivo. Entretanto, é importante ressaltar que o maior problema está
relacionado com os RN com extremo baixo peso ao nascer (<1.500g).
Outro fator que merece atenção especial nesse setor é a prematuridade, pois torna o RN suscetível à infecção,
devido à imaturidade de seus órgãos e os sistemas de defesa.
O excesso de pacientes, nessa unidade, também é um agravante, assim como o descumprimento das medidas de
precaução universal (lavar as mãos, uso de luvas, máscaras etc.), falta de comunicação entre a equipe, o que pode
gerar demora de resultados conclusivos, múltiplas coletas e em alguns casos, excesso ou falta de medicamentos
no horário determinado. A permanência e o uso prolongados de medicamentos no departamento aumentam o
risco de aquisição de bactérias multirresistentes, o que gera maior índice de mortalidade.
Entre as medidas adotadas para o controle da infecção, algumas merecem destaque:
• A necessidade de pias separadas para a realização da higienização das mãos e dos RN.
• Os profissionais que estejam acometidos de infecções das vias aéreas, dermatites ou herpes não devem 
entrar em contato com os RN.
• Os exames clínicos devem ser realizados, de preferência, em seus respectivos berçários.
• Os exames clínicos devem ser realizados, de preferência, em seus respectivos berçários.
• O líquido da nebulização é estéril e assim como o líquido condensado deve ser desprezado.
Unidade de Diálise
Nesta unidade, há grande risco de infecção para o paciente, principalmente devido ao seu delicado e debilitado
estado de saúde, devido a este conhecimento prévio, é previsto, por lei, que sejam implementados controle e
prevenção de infecção e efeitos adversos.
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Devido ao período prolongado no uso do acesso vascular, o risco de infecção aumenta significativamente, por
isso é aconselhada a realização da fístula para a realização do tratamento.
Entre as medidas adotadas para o controle da infecção, algumas merecem destaque:
• Monitoramento da água, que deve ser tratada, através de controle físico-químico (semestralmente) e 
microbiológico (mensalmente).
• Verificação do processo de desinfecção das máquinas de diálise.
• A solução utilizada para diálise deve ser verificada constantemente.
• Higiene pessoal deve ser realizada diariamente, principalmente na área em que se encontra o acesso.
• Imunização anti-hepatite B, tanto para os profissionais quanto para os pacientes.
Unidade de Queimados
A infecção hospitalar é uma das causas mais comuns para a ocorrência de óbito entre os pacientes queimados em
virtude da perda da integridade da pele, em que a maioria apresenta quadro de .sepse
Sepse: É uma palavra de origem grega, septikós, significando que causa putrefação. Trata-se de uma infecção
generalizada, grave e sistêmica causada por agentes patogênicos. Há uma queda drástica da pressão arterial, o
que pode gerar choque; além disso, os órgãos deixam de funcionar adequadamente. O exame de sangue pode
constatar a presença dessa patologia, entretanto o uso de antibióticos pode causar um resultado falso-negativo.
É disseminada pela corrente sanguínea e atinge diversos órgãos.
Devido ao alto nível de exposição destes pacientes os cuidados preventivos de Biossegurança devem ser
intensificados. Entre as medidas adotadas para o controle da infecção, algumas merecem destaque:
• Se possível, o paciente deve permanecer em ambiente estéril, caso contrário, o processo de higienização 
deve ser rigoroso e constante, com o intervalo de sua realização reduzido.
• A limpeza e a desinfecção dos instrumentos utilizados nos procedimentos mais invasivos devem ocorrer 
sempre ao final do tratamento.
• A importância da lavagem adequada das mãos e o uso dos EPIs adequados (principalmente no uso das 
luvas) devem ser intensificados e efetivados a cada troca de atividade, ainda que sejam concretizadas no 
mesmo paciente.
• O uso do material de procedimentos deve ser individualizado.
• Pacientes infectados devem ser submetidos ao isolamento, na tentativa de minimizar sua exposição a 
novos agentes patológicos e reverter o quadro infeccioso.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Estabeleceu como abordar os casos especiais como os pacientes com AIDS;
• Aprendeu sobre a Biossegurança de paciente internados em quartos compartilhados, entre outros;
• Identificou como realizar a prevenção de infecções em unidades específicas, centro obstétrico, unidade 
de Neonatologia, entre outros.
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	Olá!
	
	CONCLUSÃO

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