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Manual de Perícia Grafotécnica 
 
Luciana Boschi
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
• 1 - Breve histórico do sistema gráfico 
• 2 - Princípios e as Leis do grafismo 
• 3 - Evolução da escrita 
• 4 - Fases da produção do grafismo 
• 5 - Gestação de assinaturas 
• 6 - Elementos gráficos 
• 7 – Elementos técnicos 
• 8 - Metodologia e procedimentos 
• 9 - Análise de assinaturas 
• 10 –Classificação das assinaturas 
• 11 – Falsificações e disfarces 
• 12 – Coleta de padrões gráficos 
• 13 - Elementos técnicos para confronto 
• 14 - Espontaneidade 
• 15 - Dinâmica 
• 16 - Recursos Óticos 
• 17 - Estrutura e requisitos do Laudo 
• 18 – Descrição da peça questionada
• 19 - Exemplos de textos para o Laudo 
1 - BREVE HISTÓRICO DO SISTEMA GRÁFICO
1.1 - A história da Grafoscopia
1.2 - Conceitos gerais 
• Documento é qualquer objeto que fornece informações. A origem etimológica da palavra é o termo latino 
“docere”, que significa “ensinar”. 
• Grafoscopia é a área da Documentoscopia que estuda a escrita, objetivando verificar sua autenticidade ou 
não e, no caso de falsidade, determinar sua autoria. O objetivo inicial é o de esclarecer questões criminais, 
ligadas à área da criminologia. 
Alguns autores consideram a finalidade como determinar a origem do documento gráfico, uma vez que, através da 
Grafoscopia, podem ser apuradas características da produção de um documento. 
A partir da comparação entre os escritos, determina-se se foram produzidos pelo mesmo punho escritor, seja num 
texto completo ou em apenas uma rubrica. 
Com a finalidade de verificar autenticidade ou falsidade material de um escrito (texto, assinatura, rubrica, cifras, 
etc) a perícia grafotécnica se fundamenta no confronto das características dos escritos autênticos (padrões) e as 
confronta com os escritos questionados.
Historicamente, surgiram diversos métodos, a saber: 
• A - Morfológico: consistia na comparação isolada de letras em seus elementos essenciais de forma, posição 
e dimensão. É absolutamente superficial e falho porque se ocupa apenas dos aspectos externos, que são os 
mais fáceis de imitar ou modificar com intuitos fraudulentos. Foi responsável por grandes erros judiciários, 
mas, mesmo assim, ainda é utilizado nos cartórios para reconhecimento de forma “por semelhança”. 
• B - Grafométrico: apreciação métrica da escrita, partindo do pressuposto que as proporções são 
invariáveis na escrita da cada pessoa. De pouca utilidade prática, só teve a vantagem de destacar o exame 
da proporcionalidade e do calibre, fatores importantes no exame. 
• C - Grafológico: baseando-se no conceito dos “7 gêneros” proposto por CREPIEUX-JAMIN (tamanho, forma, 
direção, velocidade, pressão, continuidade e ordem), propõe a análise da personalidade pela observação do 
grafismo, mas de pouca importância para a determinação da autoria gráfica. Apesar de suas limitações, 
trouxe valiosa contribuição para a grafotecnia ao se ocupar de elementos intrínsecos do grafismo 
relacionados com a própria gênese da escrita. 
• D - Grafocrítico: este método fez surgir a distinção entre elementos formais e estruturais que, no seu 
conjunto, constituem a fisionomia de um escrito, permitindo distingui-lo de qualquer outro. Destaca-se a 
importância dos gesto-tipos que aparecem tanto nos elementos constitutivos como nos estruturais, e, sendo 
inconscientes, são praticamente imperceptíveis ao leigo, se tornando valioso indicador de autoria. 
• E - Grafonômico: considerado o mais atual, este método agrega o que resultou de útil e válido nos 
métodos anteriormente usados. Consiste em analisar a maneira usual e típica da escrita da pessoa, sendo 
em 3 fases: o que é visível, os movimentos e a força usada no traço.
1.3 - Recursos técnicos 
Tradicionalmente, um documento está ligado ao ato da escrita. 
Porém, com a finalidade de transmitir informação, documentos não são apenas textos produzidos em papel, mas 
também registros feitos em imagens, filmes, sistemas multimídia, como arquivos de computador ou páginas da 
web. 
• Materiais: o suporte do documento e o tipo de instrumento de registro das ideias
• Gráficos: a forma como a informação é expressa no suporte: letras, números, pontos, pixels, etc. 
• Lingüísticos: a linguagem em sentido amplo: escrita, audiovisual, de mídia, software, etc;
• Intelectuais: conteúdo que o documento pretende transmitir (ex: cheque assinado em branco).
2 - PRICÍPIOS E LEIS DA ESCRITA 
• 2.1 – Princípios fundamentais
• Solange Pellat: 
•  A escrita é individual e inconfundível, pois é resultante de estímulos cerebrais que determinam os 
movimentos que resultam em formas gráficas. 
A escrita produzida por um indivíduo leva os sinais de sua personalidade. Assim como as pessoas são 
reconhecidas pela sua maneira de andar, falar, gesticular etc., o grafismo também identifica seu autor. 
A forma como o indivíduo desenvolve as letras, a maneira como são articuladas, as elaborações mais detalhadas 
de certos gráficos, a distância entre as letras e palavras, enfim, diversas são as características individuais 
observadas na grafoscopia que podem identificar um determinado punho escritor. 
•  As leis da escrita independem do alfabeto utilizado. As formas alfabéticas são resultantes dos movimentos 
originados a partir dos estímulos cerebrais, particulares a cada punho escritor. 
As características e formas inseridas no grafismo de uma pessoa são individuais, podendo identificá-la. A 
presença de tais características gráficas independerá de fatores tais como cultura, classe social, etc.
  1ª LEI (do impulso cerebral) 
•“O gesto gráfico está submetido à influência imediata do cérebro. O órgão que escreve não modifica a forma, se 
estiver funcionando normalmente e adaptado à sua função. 
A escrita é dependente do cérebro e o órgão escritor é meramente um instrumento para a expressão do gesto 
gráfico. Exemplo disso é que a pessoa mutilada pode desenvolver a escrita com o uso do pé ou boca, após 
adaptação, resultando em gestos com mesmas características fundamentais, uma vez que somente o órgão 
motor foi atingido, mas não o cérebro. 
  2ª LEI (da ação do eu) 
•“Quando se escreve, o “eu” está ativo, mas o sentimento quase inconsciente dessa atuação passa por 
alternância de intensidade e debilidade. O máximo de intensidade ocorre quando se tem que realizar um esforço, 
ou seja, nos começos, e o mínimo quando o movimento vem secundado pelo impulso adquirido, ou seja, nos 
finais.” 
Está relacionada à Teoria Psicológica da escrita, associando-se o máximo de intensidade à ação do consciente e o 
mínimo ao inconsciente. As alternativas de intensidade podem ter relação com as variações da Dinâmica.
  3ª LEI (da identidade gráfica) 
•“A escrita habitual não poderá ser modificada voluntariamente num determinado momento, senão pela 
introdução, em seus traços, do esforço dispensado para obter essa modificação. 
A escrita é processada pela mente subconsciente, quando o escritor, de forma consciente, tenta modificar seu 
grafismo, há um conflito entre ações subconsciente e consciente. Este conflito resultará na presença de defeitos 
na escrita tais como paradas, retomadas, indecisões, tremores, claudicações, etc. Após o exercício da escrita, 
esta se torna um hábito do subconsciente e, por isso, difícil de alterar. Nesta Lei se enquadram os casos de 
falsificações e autofalsificações. 
  4ª LEI (da permanência dos caracteres)
 
• “Quando o ato de escrever é realizado em circunstâncias desfavoráveis ao escritor, ele registra, 
inconscientemente, as formas que lhe forem mais favoráveis e fáceis de serem executadas. “ 
Pode ser considerada a “lei do mínimo esforço” ou “lei das simplificações” manifestada pelo subconsciente. O gesto 
gráfico se torna simplificado por questões permanentes ou fortuitas, e o escritor tende a produzir traços que são mais 
fáceis. 
No caso da falsificação, pode-se perceber que o falsário quando se depara com um traçado mais complexo, procura 
reproduzir traçados que lhe são familiarese característicos. 
  5ª LEI (da individualidade gráfica - enunciada por Crèpieux Jamin, 1930): 
• “Nenhuma escrita é idêntica a outra. Cada indivíduo possui uma escrita característica que se diferencia das 
demais e que é possível reconhecer.” 
  Lei das equivalências gráficas 
É a denominação dada a um princípio de suma importância para o exame, assim formulado: 
“Dois grafismos de forma diferentes devem ser considerados idênticos sempre que ambos apresentarem o mesmo tipo 
de movimento ou desenvolvimento gráfico.” 
O perito deve ter sempre presente as seguintes observações, segundo BALBUENA: 
“A equivalência gráfica está mais relacionada com a semelhança do desenvolvimento do que com a identidade da 
forma que eles produzem.” 
Assim, “a arte do cotejo de firmas consiste em encontrar a semelhança dos desenvolvimentos e não a igualdade das 
formas.” 
Neste sentido, todas as formas gráficas diferentes, provenientes dos mesmos desenvolvimentos gráficos, pela lei da 
equivalência gráfica, deverão ser consideradas iguais. 
	Slide 1
	CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
	1 - BREVE HISTÓRICO DO SISTEMA GRÁFICO
	Historicamente, surgiram diversos métodos, a saber:
	1.3 - Recursos técnicos
	2 - PRICÍPIOS E LEIS DA ESCRITA
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