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1 
 
5º_6º ESTUDO DIRIGIDO_ENF 304 
Curso: Enfermagem Período: 2º 
Disciplina: Fundamentos da 
Enfermagem 
Tema: Procedimentos básicos do exercício da 
enfermagem – Curativos. 
Professor: Fábio Vieira Ribas 
Início: 21/11/2020 Final: 27/11/2020 Prova: 
 
- INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 
Neste módulo será discutido sobre a Cuidados com feridas. 
- TALVEZ SEJA NECESSÁRIO RELEMBRAR 
 Processo de Enfermagem 
 Coleta de Dado 
 Segurança do Paciente 
 
Contextualização sobre tratamento de feridas 
O tratamento das feridas cutâneas inclui métodos clínicos e cirúrgicos, sendo o curativo um 
dos tratamentos clínicos mais frequentemente utilizados. Um vasto arsenal terapêutico composto 
por curativos passivos ou com princípios ativos é capaz de auxiliar na reparação do tegumento 
em diversas situações. Curativos visam a melhorar as condições do leito da ferida, podendo ser, 
em algumas ocasiões, o próprio tratamento definitivo, mas em muitas situações constituem apenas 
uma etapa intermediária para o tratamento cirúrgico. Curativos inteligentes e biológicos são hoje 
mais bem classificados como substitutos cutâneos e não serão considerados neste artigo. A 
escolha do curativo a ser utilizado deve ser baseada no conhecimento das bases fisiopatológicas 
da cicatrização e da reparação tecidual, sem nunca esquecer o quadro sistêmico do paciente. 
Conceitos: 
Feridas são caracterizadas como uma ruptura da integridade e da função dos tecidos no corpo, 
desta forma, quando a pele tem uma solução de continuidade, um curativo, ajuda a reduzir a 
exposição a microrganismos e a favorecer a cicatrização. 
Objetivo: 
 Proporcionar o ambiente ideal para a reparação tecidual; 
 Prevenir ou tratar infecção em local com lesão tecidual; 
 Remover corpos estranhos e tecido necrótico do leito da ferida; 
 Identificar e eliminar processos infecciosos, obliterar espaços mortos; 
2 
 
 Absorver o excesso de exsudato; 
 Manter úmido o leito da ferida de cicatrização por segunda intenção melhorando o processo 
cicatricial; 
 Manter o curativo de drenos e de ferida cirúrgico com ambiente limpo e seco; 
 Promover o isolamento térmico e proteger a ferida de trauma e invasão bacteriana 
 
 
 
Características das feridas 
As feridas podem ser classificadas quanto à causa, ao conteúdo microbiano, ao tempo de 
cicatrização, ao grau de abertura e ao tempo de duração. Quanto à causa, as feridas podem ser: 
- Cirúrgicas, feridas provocadas intencionalmente, mediante: 
Incisão: quando não há perda de tecido e as bordas são geralmente fechadas por sutura; 
Excisão: quando há remoção de uma área de pele (por exemplo: área doadora de enxerto); 
Punção: quando resultam de procedimentos terapêuticos diagnósticos (por exemplo, cateterismo 
cardíaco, punção de subclávia, biópsia, entre outros). 
- Traumáticas, feridas provocadas acidentalmente por agente: 
Mecânico: contenção, perfuração ou corte; 
Químico: iodo, cosméticos, ácido sulfúrico etc.; 
3 
 
Físico: frio, calor ou radiação. 
- Ulcerativas, feridas escavadas, circunscritas na pele (formadas por necrose, sequestração do 
tecido), resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas com o impedimento do suprimento 
sanguíneo. As úlceras de pele representam uma categoria de feridas que incluem úlceras por 
pressão, de estase venosa, arteriais e diabéticas. 
Quanto ao conteúdo microbiano, as feridas podem ser: 
- Limpas: feridas em condições assépticas, sem micro-organismos; 
- Limpas contaminadas: feridas com tempo inferior a 6 horas entre o trauma e o atendimento, sem 
contaminação significativa; 
- Contaminadas: feridas ocorridas com tempo maior que 6 horas entre o trauma e o atendimento, 
sem sinal de infecção; 
- Infectadas: feridas com presença de agente infeccioso no local e com evidência de intensa 
reação inflamatória e destruição de tecidos, podendo conter exsudato purulento. 
Quanto ao tipo de cicatrização, as feridas podem ser: 
- De cicatrização por primeira intenção: feridas fechadas cirurgicamente com requisitos de 
assepsia e sutura das bordas; nelas não há perda de tecidos e as bordas da pele e/ou seus 
componentes ficam justapostos; 
- De cicatrização por segunda intenção: feridas em que há perda de tecidos e as bordas da pele 
ficam distantes, nelas a cicatrização é mais lenta do que nas de primeira intenção; 
- De cicatrização por terceira intenção: feridas corrigidas cirurgicamente após a formação de tecido 
de granulação ou para controle da infecção, a fim de que apresentem melhores resultados 
funcionais e estéticos. 
Quanto ao grau de abertura, as feridas podem ser: 
- Abertas: feridas em que as bordas da pele estão afastadas; 
- Fechadas: feridas em que as bordas da pele estão justapostas. 
Quanto ao tempo de duração, as feridas podem ser: 
- Agudas: quando são feridas recentes; 
- Crônicas: feridas que têm um tempo de cicatrização maior que o esperado devido a sua etiologia. 
São feridas que não apresentam a fase de regeneração no tempo esperado, havendo um retardo 
na cicatrização. 
 
 
 
4 
 
 
 
TIPOS DE TECIDOS 
 
5 
 
 
 
6 
 
 
 
Tipos de curativos 
O Tipo de curativo a ser realizado varia de acordo com a natureza, a localização e o 
tamanho da ferida. Em alguns casos é necessária uma compressão, em outra lavagem exaustiva 
com solução fisiológica e outros exigem imobilização com ataduras. Nos curativos em orifícios de 
drenagem de fístulas entéricas a proteção da pele sã em torno da lesão é o objetivo principal. 
Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em 
feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele 
adjacente saudável. 
Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, 
impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir enfisema, 
e formação de crosta. 
Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar 
na aproximação das extremidades da lesão. 
Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem 
ocluídos. 
Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc são 
exemplos deste tipo de curativo. Normalmente, os curativos são divididos em primários, quando 
usados em contato direto com o tecido lesado, e secundários, quando colocados sobre o curativo 
primário. Alguns curativos requerem a utilização de cobertura secundária para manter a umidade 
adequada. 
São vantagens do meio úmido: 
7 
 
- Evitar traumas; 
- Reduzir a dor; 
- Manter a temperatura; 
- Remover tecido necrótico; 
- Impedir a formação de esfacelos; 
- Estimular a formação de tecido viável; 
- Promover maior vascularização. 
Para incisões cirúrgicas, a oclusão deverá ser por 24 a 48 horas mantendo o curativo seco. 
Nas feridas abertas, a antiga controvérsia entre curativo seco e curativo úmido deu lugar a 
uma proposta atual de oclusão e manutenção do meio úmido. 
A cicatrização através do meio úmido tem as seguintes vantagens quando comparadas ao 
meio seco: prevenir a desidratação do tecido que leva à morte celular; acelerar a angiogênese; 
estimular a epitelização e a formação do tecido de granulação; facilitar a remoção de tecido 
necrótico e fibrina; servir como barreira protetora contra microorganismo; promover a diminuição 
da dor; evitar a perda excessiva de líquidos; e evitar traumas na troca do curativo. 
Exemplos comumente utilizados os seguintes curativos. 
Curativo com Sulfadiazina de Prata Composição: sulfadiazina de prata a 1% hidrofílica. 
Mecanismo de ação: o íon prata causa a precipitação de proteínas e age diretamente na 
membrana citoplasmática da célula bacteriana, exercendo ação bactericida imediata, e ação 
bacteriostática residual, pela liberação de pequenas quantidades de prata iônica. 
Indicação: feridas causadas por queimaduras ou que necessitemação antibacteriana. 
Contra indicação: hipersensibilidade a sulfas. 
Modo de usar: remover o excesso de pomada e tecido desvitalizado. Lavar a ferida e aplicar 
o creme, assepticamente, em toda extensão da lesão (5 mm de espessura). Colocar gaze de 
contato úmida. Cobrir com curativo estéril. 
Periodicidade de troca: no máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária 
estiver saturada. No momento da troca a pomada pode apresentar aspecto purulento devido a sua 
oxidação sem, contudo apresentar infecção real. Exemplo comercial: Dermazine®; Pratazine® 
Curativo com Pomada Enzimática – Colagenase 
Composição: colagenase clostridiopeptidase A e enzimas proteolíticas. Mecanismo de 
ação: age degradando o colágeno nativo da ferida. Indicação: feridas com tecido desvitalizado. 
Contra indicação: feridas com cicatrização por primeira intenção. 
Modo de usar: aplicar a pomada sobre a área a ser tratada. Colocar gaze de contato úmida. 
Cobrir com gaze de cobertura seca e fixar. Periodicidade de troca: a cada 24 horas. Exemplo 
comercial: Iruxol®; Kollagenase®; Santyl 
Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (AGE) 
Composição: óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido caprílico, ácido cáprico, 
vitamina A, E e lecitina de soja. 
8 
 
Mecanismo de ação: promove a quimiotaxia e a angiogênese, mantém o meio úmido e 
acelera o processo de granulação tecidual. 
A aplicação em pele íntegra tem grande absorção, forma uma película protetora na pele, 
previne escoriações devido à alta capacidade de hidratação e proporciona nutrição celular local. 
Indicação: prevenção de úlceras de pressão, feridas abertas superficiais com ou sem 
infecção. Contra indicação: não relatada. 
Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Espalhar o AGE no leito da 
ferida ou embeber gazes estéreis de contato o suficiente para manter o leito da ferida úmido até a 
próxima troca. Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze e fixar. 
Periodicidade de troca: sempre que o curativo secundário estiver saturado ou, no máximo, 
a cada 24 horas. Exemplo comercial: Agederm®; Ativoderme®; Dersani®. 
CURATIVOS ESPECIAIS – são curativos desenvolvidos com propostas bem definidas. 
Curativo com Hidrocolóides 
Composição: camada externa de espuma de poliuretano e outra interna composta de 
gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica. 
Mecanismo de ação: estimula a angiogênese e o desbridamento autolítico. Acelera o 
processo de granulação tecidual. 
Indicação: feridas abertas não infectadas, com leve a moderada exsudação. Prevenção ou 
tratamento de úlceras de pressão não infectadas. 
Contra indicação: feridas colonizadas ou infectadas. Feridas com tecido desvitalizado ou 
necrose e queimaduras de 3o grau. 
Modo de usar: lavar a ferida. Escolher o hidrocolóide, com diâmetro que ultrapasse a borda 
da ferida pelo menos 3 cm. Periodicidade de troca: a cada um a sete dias, dependendo da 
quantidade de exsudação. 
Vantagens: é à prova d’água e lavável, retém odores, tem boa aparência e formas variadas 
que possibilitam adequação à área cruenta, podendo inclusive ser empregado em lesões das 
articulações. Desvantagens: a pele poderá ficar macerada se a exsudação se tornar abundante. 
Exemplo comercial: Comfeel®; Duoderm®; Hydrocoll®; Tegasorb® 
Curativo com Hidrogel 
Composição: gel transparente, incolor, composto por: água (77,7%), carboximetilcelulose 
(CMC-2,3%) e propilenoglicol (PPG-20%). 
Mecanismo de ação: amolece e remove tecido desvitalizado através de desbridamento 
autolítico. A água mantém o meio úmido, o CMC facilita a re-hidratação celular e o desbridamento. 
O PPG estimula a liberação de exsudato. 
Indicação: feridas superficiais moderadas ou baixas exsudações. Remover as crostas, 
fibrinas, tecidos desvitalizados ou necrosados. 
Contra indicação: pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas. 
Modo de usar: lavar o leito da ferida. Espalhar o curativo ou introduzi-lo na cavidade 
assepticamente. Ocluir a ferida com cobertura secundária estéril. Periodicidade de troca: a cada 
um a três dias, dependendo da quantidade de exsudato. 
9 
 
Vantagens: sensação de alívio na ferida e promove o desbridamento autolítico. 
Desvantagens: desidrata rapidamente e é relativamente caro. 
Exemplo comercial: Duoderm Gel®; Hydrosorb®; Hypergel®; Nu-Gel® 
Curativo com Alginato de Cálcio 
Composição: fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas marinhas. 
Mecanismo de ação: o sódio presente no exsudato e no sangue interage com o cálcio 
presente no curativo de alginato. A troca iônica auxilia no desbridamento autolítico, tem alta 
capacidade de absorção, resulta na formação de um gel que mantém o meio úmido para a 
cicatrização e induz a hemostasia. Indicação: feridas abertas, sangrantes, altamente exsudativas 
com ou sem infecção, até a redução do exsudato. 
Contra indicação: lesões superficiais com pouca u nenhuma exsudação; queimaduras. 
Modo de usar: remover exsudato e o tecido desvitalizado. Modelar o alginato no interior da ferida 
umedecendo a fibra com solução fisiológica. Não deixar que a fibra de alginato ultrapasse a borda 
da ferida. Ocluir com cobertura secundária estéril. 
Periodicidade de troca: feridas infectadas (24 horas), feridas limpas com sangramento (48 
horas), feridas limpas ou exsudação intensa (quando saturar). Trocar o curativo secundário 
sempre que estiver saturado. Vantagens: elevado poder de absorção e eficiente estímulo à 
granulação. 
Desvantagens: poderá lesar as bordas da ferida pela sua função autolítica. Exemplo 
comercial: Algoderm®; Curasorb®; Sorbalgon®; Tegagen®. 
Curativos com Carvão Ativado 
Composição: tecido carbonizado e impregnado com nitrato de prata a 0,15%, envolto por 
camada de tecido sem carvão ativado. 
Mecanismo de ação: o carvão ativado absorve o exsudato e filtra o odor. A prata exerce 
ação bactericida. 
Indicação: feridas fétidas, infectadas e exsudativas. 
Contra indicação: feridas limpas e lesões de queimaduras. 
Modo de usar: remover o exsudato e o tecido desvitalizado. Colocar o curativo de carvão 
ativado sobre a ferida e oclui-la com cobertura secundária estéril. 
Periodicidade de troca: a cada 1-4 dias, dependendo da quantidade de exsudação. 
 Vantagens: método eficaz para controle do mau odor e é de fácil aplicação. 
Desvantagens: não pode ser cortado, pois ocorre liberação do carvão e da prata. Exemplo 
comercial: Carboflex®; Vliwaktiv®. 
Curativo Adesivo de Hidropolímero 
Composição: almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de não tecido e 
hidropolímero e revestida por poliuretano. 
Mecanismo de ação: proporciona um ambiente úmido e estimula o desbridamento auto 
lítico. Absorve o exsudato e expande-se à medida que a absorção se faz Indicação: feridas abertas 
não infectadas com leve a moderada exsudação. 
10 
 
Contra indicação: feridas infectadas ou com tecidos necrosados. 
Modo de usar: posicionar o curativo sobre o local de forma que a almofada de espuma 
cubra a ferida e a parte central lisa fique sobre ela. Periodicidade de troca: trocar o curativo sempre 
que houver presença de fluído nas bordas da almofada de espuma ou, no máximo, a cada 7 dias. 
Vantagens: é fácil de aplicar e absorve o exsudato presente. 
Desvantagens: pode aderir quando a exsudação diminuir. Exemplo comercial: Elasto-gel®; 
Hydrafoam®; Oprasorb®; Tielle® 
Curativo à vácuo 
Composição: esponja, tubos conectores, película adesiva, reservatório para secreções e 
bomba de pressão negativa. 
Mecanismo de ação: pressão negativa, contínua ou intermitente, que estimula 
vascularização, granulação e retração da ferida. 
Indicação: feridas agudas e crônicas, extensas e/ou de difícil resolução. Sobre enxertos 
cutâneos. Contra indicação: tecidos necrosados, osteomielite ou malignidade na ferida. 
Modo de usar: posicionar a esponja sobre a ferida e aplicar a película oclusiva. Conectá-la 
ao reservatório e este ao sistema a vácuo. Ligar o aparelho. 
Periodicidadede troca: dois a cinco dias ou quando saturar a esponja. 
Vantagens: maior facilidade, velocidade e boa eficiência no manuseio de feridas profundas, 
extensas ou complexas. 
Desvantagens: custo elevado e necessidade de se manter conectado à bomba de vácuo. 
Exemplo comercial: V.A.C.® 
 
 
 
 
11 
 
CURATIVO DE FERIDA CIRURGICA (ferida de primeira intenção) 
Material 
 Bandeja; 
 Mesa de Mayo; 
 Kit de curativo (pinça, espátula e/ou tesoura) ou luva estéril; 
 Gaze estéril; 
 2 Ampolas de S.F.0,9% 10ml caso a ferida seja pequena e S.F.100ml feridas maiores (no 
caso de frasco de soro, levar agulha 25/8, algodão e álcool); 
 Esparadrapo hipoalergênico ou atadura dependendo do local da ferida; 
 Saco para lixo; 
 Luva de procedimento; 
  Máscara. 
Técnica: 
1. Lave as mãos conforme técnica estabelecida na instituição; 
2. Reúna o material em uma bandeja previamente higienizada (lavar com água e sabão, 
secar, limpar com algodão e álcool) e leve para o quarto do paciente; 
3. Explique o procedimento ao paciente; 
4. Colocar biombo para manter a privacidade do paciente; 
5. Posicione o paciente confortavelmente de acordo com o local da ferida; 
 6. Abra o pacote de curativo de maneira a não contaminar sob a mesa de mayo, caso não 
esteja usando kit de curativo abrir gazes com cuidado para não contaminar ou usar o pacote da 
luva estéril como campo; 
7. Abra o pacote de gaze e coloque no campo do pacote de curativo; 
8. Faça antissepsia da ampola de S.F.0,9% com auxílio de algodão e álcool 70%; 
9. Calce as luvas de procedimento e remova o curativo antigo umedecendo-o com o auxílio 
de S.F.0,9%; 
10. Descarte as luvas; 
11. Se em uso de kit de curativo, higienize as mãos com álcool gel e calce novas luvas de 
procedimento, ou calce luvas estéreis; 
12. Limpe o leito da ferida com gaze embebida em S.F.0,9%; 
13. Descarte a gaze sempre que com presença de sujidade; 
14. Limpe a borda da ferida; 
15. Seque toda a região e cubra a ferida com gaze estéril seca; 
16. Retire as luvas; 
12 
 
17. Corte o esparadrapo hipoalergênico e cole metade na gaze e na pele do paciente, 
ocluindo ocluindo toda a região; 
18. Descarte o lixo; 
19. Encaminhe as pinças e instrumentais para expurgo para posterior encaminhamento à 
CME; 
20. Lave a bandeja e seque; 
21. Lave as mãos; 
22. Cheque na prescrição; 
23. Registre no prontuário do paciente aspecto da ferida, presença de exsudato ou 
sangramento, sinais flogísticos. 
Observações: 
 Limpe a ferida numa direção a partir da área menos contaminada – da incisão para a pele 
em torno. 
 Ao irrigar, permita que a solução tenha um fluxo a partir da área menos contaminada para 
a mais contaminada. 
 A ferida operatória só deve entrar em contato com água de banho após 24h. Caso 
necessário, realizar a proteção da ferida e do curativo com saco plástico. 
 A troca do curativo da ferida operatória deve ser realizada diariamente. 
 
 
 
RETIRADA DE PONTOS 
Material: 
 Pacote de curativo estéril (ou de retirada de pontos - além das pinças inclui tesoura); 
 Tesoura curva, ponta fina ou lâmina de bisturi; 
 Solução fisiológica a 0,9% (e solução antisséptica conforme a rotina da instituição); 
13 
 
 Luvas de procedimento; 
 Esparadrapo s/n. 
Técnica: 
1. Lavar as mãos; 
2. Preparar material; 
3. Explicar o procedimento ao paciente, poderá sentir leve desconforto; 
4. Calçar as luvas; 
5. Fazer a antissepsia do local com soro fisiológico e álcool 70%, conforme rotina da instituição, 
iniciando de uma das extremidades da incisão, sem retornar; 
6. Realizar a limpeza da pele adjacente, no sentido proximal distal, em movimento contínuo, sem 
retorno e trocando de gaze; 
7. Colocar 1 gaze IV, próxima ao local onde vai retirar os pontos; 
8. Remover cada ponto da sutura de forma alternada; 
9. Segurar e levantar suavemente o fio do ponto com o auxílio da pinça; 
10. Cortar a extremidade distante do nó; 
11. Puxar uma das pontas do nó, evitando puxar o ponto contaminado através dos tecidos; 
12. Colocar o fio do ponto sobre a gaze IV; 
13. Verificar o local da retirada dos pontos, fazendo expressão manual com auxílio de gaze IV, 
observar se existe secreção (caracteriza-la); 
14. Limpar a cicatriz e pele ao redor com solução fisiológica; 
15. Deixar o local descoberto ou ocluí-lo se for necessário, seguir protocolo institucional; 
16. Encaminhar material utilizado para o expurgo. 
Observações: 
 Utilizar técnica asséptica; 
 A retirada de pontos está intimamente ligada à localização da ferida no corpo; 
o Face é feita em torno de 5 dias; 
o Couro cabeludo após 7 dias; 
o Tronco e nas extremidades de 6 a 10 dias; 
o Articulações de 8 a 12 dias. 
 Na sutura contínua, cortar uma das extremidades e puxar pelo lado oposto; 
 Os pontos devem ser retirados alternados, começando pelo 2º ponto. 
 
14 
 
 
- Para remover grampos cirúrgicos, introduza as pontas do removedor de grampos sob cada 
grampo de metal. Enquanto lentamente, fecha as extremidades do removedor de grampos ao 
mesmo tempo, aperte o centro do grampo com as pontas, liberando-o da pele. 
 
 
CURATIVO DE FERIDA ABERTA (CICATRIZAÇÃO POR SEGUNDA OU TERCEIRA 
INTENÇÃO) 
Material 
 Mesa de Mayo; 
 Bandeja; 
 Solução fisiológica 0,9% (500mL ou de acordo com o tamanho da ferida – ferida pequena frasco 
de 100mL); Agulha 25x8; 
 Gaze estéril; 
 Algodão e Álcool 70%; 
 Esparadrapo hipoalergênico ou atadura e fita para fixação; 
 Seringa de 20mL e agulha 12 (no caso de uso de pressão para limpeza). 
o O uso de sonda de aspiração, pode ser necessário em caso de necessidade de irrigação de 
cavidades); 
15 
 
 Pacote de curativo contendo Pinça e espátula estéril ou 01 par de luva estéril; 
 Luvas de procedimento (se usar kit de curativo – dois pares de luva); 
 Cobertura prescrita (e creme para margem e pele perilesional, S/N); 
 Régua descartável; saco para lixo; bacia e impermeável; 
 Máscara e gorro. 
Técnica: 
1. Higienize as mãos conforme técnica estabelecida na instituição; 
2. Reúna o material em uma bandeja previamente limpa e leve para o quarto do paciente; 
3. Obtenha informações sobre a ferida e oriente o paciente sobre o procedimento; 
4. Promova a privacidade do paciente colocando biombo e/ou fechando a porta do quarto; 
5. Posicione o paciente confortavelmente conforme local da ferida; 
6. Realize nova antissepsia das mãos com álcool gel; 
7. Proteger roupa de cama com impermeável ou traçado sob o local do curativo, e colocar a bacia 
abaixo do membro (em situação da ferida estar localizada nos membros; 
8. Abra o pacote de curativo na mesa de mayo com cuidado para não contaminar; 
 9. Abra o pacote de gaze estéril, sob o campo feito com o pacote de curativo; 
10. Realize a limpeza do frasco de S.F.0,9% com algodão e álcool; 
11. Perfure com a agulha o frasco de soro, formando um jato; 
12. Coloque a máscara; 
13. Calce as luvas de procedimento e retire o curativo sujo com auxílio do S.F.0,9% em jato 
umedecendo a gaze e o esparadrapo. Se usar a pinça para auxiliar na remoção do curativo sujo, 
esta não deverá ser usada na limpeza da ferida; 
14. Retire as luvas de procedimento, higienize as mãos com álcool gel e com técnica asséptica 
calce as luvas estéreis; caso esteja usando kit de curativo (pinça) troque de luvas de procedimento; 
15. Proceda a limpeza de acordo com a avaliação da ferida: se o tecido estiver desvitalizado, limpe 
com gaze e solução fisiológica a 0,9%. Se o tecido estiver viável, irrigue com solução fisiológica 
0,9% em jato; Se necessário, faça uso de seringa e cateter de aspiração para irrigar a região de 
cavidade e remover sujidade; 
16. Limpe a pele ao redor da ferida com solução fisiológica e gaze umedecida com auxílio da pinça 
ou da luva estéril; 
17. Seque a pele ao redor da ferida (aplique creme barreira ou hidratante S/N), mantendo o leitoda ferida úmido; 
18. Coloque a cobertura prescrita (se não houver cobertura prescrita – umedeça a gaze estéril e 
cubra toda a área da ferida – cobertura primária); 
19. Se presença de cavidades – preencha com gaze úmida; 
16 
 
20. Oclua a cobertura primária com gaze seca, compressa ou chumaço de acordo com o grau de 
exsudação da ferida; 
21. Retire a luva estéril ou as luvas de procedimento; 
22. Fixe o curativo com filme transparente, esparadrapo hipoalergênico ou atadura (dependendo 
do local e extensão do ferimento); 
23. Deixe o paciente em posição confortável; 
24. Retire o material contaminado e encaminhe para o expurgo; 
25. Despreze o lixo em local apropriado no expurgo; 
26. Despreze o material perfurocortante em descartex; 
27. Faça a limpeza da bandeja e mesa de mayo e devolva ao posto de enfermagem; 
28. Lave as mãos; 
29. Cheque o procedimento; 
30. Faça os registros de enfermagem em prontuário (ver abaixo) 
Observações: 
 É fundamental a remoção de corpos estranhos e tecido necrótico do leito da ferida, identificar e 
eliminar processos infecciosos, obliterar espaços mortos, absorver o excesso de exsudato, manter 
úmido o leito da ferida e seca e hidratada a pele ao redor, promover o isolamento térmico e 
proteger a ferida de trauma e invasão bacteriana; 
 Usar creme barreira na pele perilesional e margem se a ferida for exsudativa. 
 Na presença de tecido desvitalizado poderá ser necessário o desbridamento da ferida; 
 A frequência da realização do curativo varia de acordo com a cobertura e com a quantidade de 
exsudato presente na ferida; 
 O ideal é o uso de S.F.0,9% aquecido a temperatura de 37oC; 
 Quando a ferida está próxima à região genital ou perianal, a mesma deverá ser protegida das 
eliminações. 
 
 
17 
 
 
 
REGISTRO DE AVALIAÇÃO DA FERIDA 
Observar e anotar: etiologia e tipo de lesão; características do exsudato: cor, odor, volume e 
consistência; tecidos presentes no leito; avaliar as bordas da ferida; mensuração e localização 
anatômica da ferida; tipo de cicatrização e fase; avaliar a presença de solapamento ou 
descolamento, túneis e epíbole; inspecionar a pele ao redor da ferida; avaliar a presença de dor 
(0 a 10), edema e sinais de infecção. 
18 
 
 
 
CURATIVO DE DRENOS 
Material 
 Bandeja; 
 Mesa de Mayo; 
 Saco de lixo branco; 
 Kit de curativo (pinça, espátula e/ou tesoura); 
 Gaze estéril; 
 Frasco de S.F.0,9% 10mL e solução antisséptica (conforme protocolo da instituição); 
 Esparadrapo hipoalergênico; 
 Saco para lixo; 
 Luva estéril; 
 Luva de procedimento; 
 Máscara. 
Técnica: 
1. Lave as mãos conforme técnica estabelecida na instituição; 
2. Reúna o material em uma bandeja previamente higienizada (lavar com água e sabão, secar, 
limpar com algodão e álcool) e leve para o quarto do paciente; 
19 
 
3. Explique o procedimento ao paciente; 
4. Colocar biombo para manter a privacidade do paciente; 
5. Posicione o paciente confortavelmente de acordo com o local da ferida; 
6. Abra o pacote de curativo de maneira a não contaminar sob a mesa de mayo; 
7. Abra o pacote de gaze e coloque no campo do pacote de curativo; 
8. Faça antissepsia da ampola de S.F.0,9% com auxílio de algodão e álcool 70%; 
9. Calce as luvas de procedimento e remova o curativo antigo umedecendo-o com o auxílio de 
S.F.0,9%; 
10. Descarte as luvas. 
11. Higienize as mãos com álcool gel e calce novas luvas estéreis, 
12. Limpe a região redor do dreno com gaze embebida em S.F.0,9%, segurando com uma das 
mãos o dreno; 
13. Descarte a gaze sempre que com presença de sujidade; 
14. Seque toda a região e cubra a ferida com gaze estéril seca, protegendo a pele do plástico do 
dreno, colocando uma gaze acima e outra abaixo do dreno; 
15. Retire as luvas 
16. Corte o esparadrapo hipoalergênico, ocluindo toda a região; 
17. Descarte o lixo; 
18. Encaminhe as pinças e instrumentais para expurgo para posterior encaminhamento à CME; 
19. Lave a bandeja e seque; 
20. Lave as mãos; 
21. Cheque na prescrição; 
22. Registre no prontuário do paciente aspecto da secreção drenada, assim como volume 
 
TÉCNICA CURATIVO OCLUSIVO: ACESSO VENOSO CENTRAL 
Obs.: O curativo deverá ser realizado diariamente caso seja usada gaze estéril e esparadrapo 
hipoalergênico para cobertura. E entre 05 a 07 dias quando em uso de filme transparente, ou 
deverá ser realizado quando as bordas estiverem soltas ou em presença de sujidade. Primeiro 
curativo (Seguido da colocação do cateter): 
Material 
 Mesa de Mayo; 
 Bandeja; 
  Gaze IV estéril para limpeza e se necessário para cobertura; 
  Ampolas de Solução fisiológica 0,9% - 10mL e solução antisséptica (conforme protocolo da 
instituição); 
20 
 
 Algodão e álcool para limpar as ampolas; 
 Luva estéril e Máscara; 
 Saco de lixo para descarte do material usado; 
 Almotolia com Clorohexidina alcoólica, ou o antisséptico conforme rotina do serviço; 
 Esparadrapo no caso de curativo com gaze, ou curativo de filme transparente estéril. 
Técnica: 
1. Higienizar as mãos antes do procedimento, com sabão degermante conforme a técnica 
estabelecida; 
2. O curativo deverá ser realizado com técnica asséptica (utilização de luvas estéreis, gaze estéril 
para limpeza e máscara); 
3. Abrir o pacote de gaze e deixar reservado; 
4. Embeber algodão com álcool e realizar a desinfecção das ampolas de S.F; 
5. Calçar as luvas estéreis; 
6. Com a mão dominante segurar a gaze e com a outra mão (não estéril) embeber a gaze com 
Solução fisiológica; 
7. Limpar a pele peri cateter com gaze estéril e solução salina 0,9% para retirar possível sangue 
ou sujidade da pele, quantas vezes forem necessárias; 
8. Não tocar o sítio de inserção mais de uma vez com a mesma gaze; 
9. Realizar toque com antisséptico (limpeza de toda região próximo ao sítio de inserção) conforme 
rotina (álcool 70%, PVPI ou clorohexidina alcoólica); 
10. Realizar o toque com antisséptico em sentido único, não repetindo a área com a mesma gaze; 
11. Esperar secar naturalmente; 
12. Cobrir com gaze estéril; 
13. Fixar com esparadrapo hipoalergênico, de forma compressiva; 
14. Registrar data, nome e horário da realização do curativo; 
 
Curativos Posteriores: 
Materiais 
 Mesa de Mayo; 
 Gaze IV estéril para limpeza e se necessário para cobertura; 
 Ampolas de Solução fisiológica 0,9% - 10ml; Algodão e álcool para limpar as ampolas; 
 Luva estéril e Máscara; Luvas de procedimento – para remoção do curativo sujo; 
 Saco de lixo para descarte do material usado; 
 Almotolia com Clorohexidina alcoólica, ou o antisséptico conforme rotina do serviço; 
21 
 
 Esparadrapo no caso de curativo com gaze, ou curativo de filme transparente estéril. 
Observação: 
 1. Os curativos deverão ser protegidos durante o banho para não molharem; 
2. Higienizar as mãos antes do procedimento conforme técnica do setor; 
3. Retirar o curativo anterior com cuidado para não ferir a pele, fazendo uso de solução fisiológica 
0,9% usando luvas de procedimento; 
4. Usar técnica asséptica (utilização de luvas estéreis, gaze estéril para limpeza e máscara); 
5. Limpar região peri cateter com solução fisiológica e gaze estéril, para retirada de sangue, 
secreção ou sujidade; 
6. Realizar toque com antisséptico (limpeza de toda região próximo ao sítio de inserção) conforme 
rotina (álcool 70%, PVPI ou clorohexidina alcoólica); 
7. Limpar todo o circuito adjacente com antisséptico e gaze; 
8. Aguardar secar naturalmente; 
9. Cobrir com filme transparente, de maneira que não deixe bolhas de ar para garantir maior tempo 
de uso do curativo; 
10. Registrar data e nome de quem realizou o curativo; 
11. Trocar a cada 5 a 7 dias; 
12. Registrar no prontuário qualquer alteração do sítio de inserção do cateter como sinais de 
flebite, assim como presença de secreção, descrevendo característica, quantidade e odor;13. Caso seja realizado curativo com gaze estéril – realizar a troca do curativo diariamente 
 
CURATIVO TRAQUEOSTOMIA 
Materiais 
 Mesa de Mayo; 
 Gaze IV estéril para limpeza e se necessário para cobertura (curativo próprio para traqueostomia 
– se existente na instituição); 
 Ampolas de Solução fisiológica 0,9% - 10mL; Algodão e álcool para limpar as ampolas; 
 Luva estéril e Máscara; Luvas de procedimento – para remoção do curativo sujo; 
 Saco de lixo para descarte do material usado; 
 Cadarço para fixação da traqueostomia. 
Técnica: 
1. Lavar as mãos conforme técnica estabelecida pela instituição; 
2. Preparar o material; 
3. Explicar procedimento ao paciente e acompanhante relatando sua finalidade; 
22 
 
4. Colocar material do curativo sob superfície limpa e plana (mesa auxiliar); 
5. Colocar saco plástico ou similar próximo ao curativo; 
 6. Abrir pacote de curativo com técnica asséptica; 
7. Retirar curativo anterior usando luva de procedimento; 
8. Limpar ao redor do estoma, com gaze umedecida com solução fisiológica 0,9% para cada 
movimento, utilizando luva estéril ou pinça; 
9. Colocar gaze ao redor da prótese ventilatória; 
10. Trocar os cadarços da prótese ventilatória fixando-a corretamente; 
11. Deixar o cliente confortável e unidade em ordem; 
12. Desprezar os materiais em local apropriado; 
13. Lavar as mãos conforme técnica estabelecida pela instituição; 
14. Fazer anotação de Enfermagem: hora, local da lesão, condições da ferida e solução utilizada 
em impressos próprios. 
 
 
BANDAGEM 
CONCEITO: Bandagem é a técnica de colocar uma atadura, dando diversas voltas 
convenientemente, cobrindo uma parte do corpo, com fins terapêuticos. 
Objetivos: 
 Imobilizar osso nas fraturas, 
 luxações e nos casos de cirurgias reparadoras em crianças com deformidades congênitas. 
 Cobrir secundariamente ferimentos/curativo. 
Tipos de Atadura utilizadas: 
 ATADURA DE CREPOM: - De boa adaptação na superfície do corpo pela sua elasticidade, 
mantém o local aquecido e de baixo custo. 
23 
 
 ATADURA DE GAZE -: É um tipo de atadura de pouco peso e com boa adaptação. 
 ATADURA DE FLANELA:- Atadura é feita de flanela que mantém a temperatura local e também 
para  peles sensíveis. Usadas em aparelhos gessados de crianças. 
 ATADURA DE ALGODÃO HIDRÓFOBO:- Material de algodão que não adere à água e usada 
para  bandar os membros sob a atadura de gesso, pois mantém o membro aquecido. 
 ATADURA DE CRETONE: - Usada em ataduras improvisadas  ATADURA ELÁSTICA: - Atadura 
de fibras de algodão entrelaçadas de fios de borracha. 
 ATADURA DE GESSO: gesso - é constituído de sulfato de cálcio desidratado. 
 
Material 
 Bandeja previamente limpa 
 02 pares de luva de procedimento (01 para retirar a atadura com sujidade e 01 para colocação 
da nova 
 Atadura do tamanho adequado ao procedimento 
 Tesoura 
 Esparadrapo 
Técnica: 
1. Explicar o procedimento ao paciente 
2. Lavar as mãos antes de iniciar o procedimento 
3. Fixar a atadura fazendo uma circular simples e a última volta deve ser também uma circular 
simples; 
4. O enfermeiro deve colocar-se defronte o local a bandar; 
5. A extremidade do membro deve ficar descoberta, para ser observado sinais alterados da 
circulação, por exemplo, ficar cianótico. 
6. Ao bandar membros, da extremidade para parte proximal, obedecer à circulação de retorno ao 
coração. 
7. Cuidar para que o rolo de atadura não caia no chão; 
8. Evitar apertar a atadura, pois pode impedir o fluxo sangüíneo; 
9. Não deixar muito frouxa para que não saia com facilidade; 
10. Aplicar tensão igual em cada volta da atadura; 
11. Colocar algodão hidrófobo sobre as proeminências ósseas, atrás das orelhas, entre os dedos 
ou quando uma superfície entre em contato com outra; 
12. Retirar a bandagem cortando com tesoura reta romba ou desenrolar a faixa e para tal usar 
luvas de procedimentos 
13. Cobrir apenas 1/3 da atadura em cada volta. 
24 
 
14. Dar sempre apoio à parte em que está aplicando a atadura; 
Cuidados de Enfermagem quanto ao procedimento 
- Manter o membro elevado, para reduzir edema facilitando o retorno venoso. 
- Observar as extremidades e as queixas de formigamento, dor e cianose devido a havendo 
compressão de - vasos sanguíneos que poderá levar a necrose. 
- Para colocar o aparelho gessado é necessário hidratar com água fria o sulfato de cálcio 
- Após a retirada do aparelho gessado o local deve ser lavado e hidratado com creme para hidratar 
a pele. 
NÃO DEVE REALIZAR FINALIZAÇÃO/TERMINAÇÃO DA ATADURA NOS SEGUINTES LOCAIS: 
 Sobre um local ferido; 
 Sobre saliência óssea ou face inferior do membro; 
 Sobre o lado que o paciente durma ou repousa; 
 Sobre qualquer região que cause desconforto ao paciente. 
TÉCNICA DE RETIRADA DA ATADURA 
1. Cortar com uma tesoura reta ponta romba, sempre do lado oposto da ferida. 
2. Desenrolar com o uso de luvas de procedimento 
3. Desenrolar a atadura tendo o cuidado para não fadigar o paciente, ou seja, apoiar o membro no 
qual está sendo realizado a retirada da atadura. 
4. Descartar no lixo contaminado o material 
5. Deixar o paciente confortável 
 
TIPOS DE VOLTA 
ESPIRAL - que é aplicada nas partes em forma cilíndricas. Fixa-se com uma circular e conduz o 
rolo em forma de espiral, da esquerda para direita, com movimentos lentos, até cobrir toda parte 
desejada. 
ESPIRAL LENTA - Cobre o membro lentamente não deixando nenhum espaço entre as voltas; 
ESPIRAL APRESSADA - Cobre o membro deixando um espaço entre cada volta. 
ESPIRAL REVERSA - A atadura começa pôr uma espiral lenta até o ponto onde deve iniciar a 
reversa. Coloca-se então o dedo polegar da mão esquerda sobre a última volta, firmando-se a 
atadura. Vira-se o rolo sobre a mão esquerda que fixa esta volta, dirigindo-se ao mesmo tempo 
para baixo, formando assim um ângulo de modo que o avesso da atadura fique para cima. Faz-se 
uma ligeira tração com o rolo para ajustar a atadura, rodeia-se o membro, passando em seguida 
o rolo para mão esquerda. Completa a primeira volta, continua-se com o mesmo movimento até o 
final da bandagem. 
ESPIRAL ASCENCENTE - é aquela que é fixada na parte inferior de um membro, sobe até atingir 
a parte superior. 
ESPICA OU FIGURA OITO (8) - inicia com uma circular e as voltas descrevem uma espica. 
25 
 
Tipos de Bandagem 1. 
ESPICA DO POLEGAR DIREITO 
Iniciar a bandagem com uma circular sobre o punho. Levar o rolo de crepom até a ponta do dedo 
polegar passando obliquamente sobre o dorso da mão. Fazer uma circular em volta da ponta do 
polegar. Voltar com o rolo sobre o polegar em direção ao punho de maneira que esta volta cruze 
a primeira. Levar novamente o rolo por traz do punho sobre o dorso da mão até a ponta do polegar. 
Continuar com a espica até cobrir todo o polegar até alcançar a base do dedo. Terminar com uma 
circular. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão 
direita. 
 
2. ESPICA DO POLEGAR ESQUERDO 
Iniciar a bandagem com uma circular sobre o punho. Continuar com o mesmo procedimento do 
polegar direito. Segurar o rolo de crepom com a mão direita e a ponta do rolo com a mão esquerda. 
3. ESPICA DO INDICADOR – MÃO DIREITA Iniciar a bandagem com uma circular no punho. 
Levar a o crepom até a ponta do dedo fazendo uma circular na ponta do dedo indicador, passando 
obliquamente sobre o dorso da mão. Voltar com o crepom sobre o dedo em direção ao punho de 
maneira que esta volta cruze a primeira. Levar novamente o rolo por traz do punho sobre o dorso 
da mão até a ponta do indicador. Continuar com a bandagem até cobrir a base do dedo. Terminar 
com uma circular no pulso. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de 
crepom com a mão direita. 
4. ESPICA DO INDICADOR - MÃO ESQUERDA Iniciar a bandagem com uma circular no punho. 
Continuar com o mesmo procedimento da mão direita. Seguraro rolo com a mão esquerda e a 
ponta do crepom com a mão direita. 
26 
 
 
5. BANDAGEM DO DORSO E PALMA DA MÃO, COM OS DEDOS DESCOBERTOS. 
- MÃO DIREITA. Iniciar a bandagem com uma circular no punho, segurar o rolo com a mão direita 
e a ponta do crepom com a mão esquerda. A segunda volta circular passa pela palma da mão, vai 
obliquamente pelo dorso da mão até a articulação do polegar, fazer uma volta na palma da mão e 
sobe até o punho e continuar fazendo uma espica até cobrir toda a mão. Terminar com uma 
circular no punho. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom 
com a mão direita. 
- MÃO ESQUERDA. Iniciar a bandagem com uma circular no punho. Continuar com o mesmo 
procedimento da mão direita. Segurar o rolo com a mão esquerda e a ponta do crepom com a mão 
direita. 
Obs: Colocar algodão hidrófobo entre os dedos. 
Material Necessário: Algodão hidrófobo e Atadura de crepom de 4 cm. 
27 
 
 
 
6. GAUNTLET – MÃO DIREITA 
Iniciar a bandagem com uma circular no punho. Levar o rolo de crepom até o dorso da mão até a 
ponta do dedo polegar, fazer uma circular sobre o dedo, cobrir o polegar com voltas de espiral 
lenta, voltar ao punho, passando pelo dorso da mão, cobrir o indicador com as mesmas voltas, e 
cobrir o dedo médio, anular e mínimo. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta 
do rolo de crepom com a mão direita. 
GAUNTLET MÃO ESQUERDA: Iniciar a bandagem com uma circular no punho. Continuar com o 
mesmo procedimento da Mão Direita. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta 
do rolo de crepom com a mão direita. 
Material Necessário: Atadura de Crepom de 4 cm. 
28 
 
 
7. BANDAGEM DO ANTEBRAÇO – DIREITO 
Iniciar a bandagem com uma circular no punho. Continuar com uma espiral lenta ou espica ou 
figura 8 até o início do cotovelo onde termina a bandagem com uma circular. Segurar o rolo de 
crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
- BANDAGEM DO ANTEBRAÇO – ESQUERDO Iniciar a bandagem com uma circular no punho. 
Continuar com o mesmo procedimento do braço direito. Segurar o rolo de crepom com a mão 
direita e a ponta do rolo de crepom com a mão esquerda. 
Material Necessário: Crepom de 6 cm ou 8 cm 
29 
 
 
8. BANDAGEM DO MEMBRO SUPERIOR - DIREITO (Braço e antebraço) 
Iniciar a bandagem com uma circular no punho, levar o rolo transversalmente sobre o dorso da 
mão até a extremidade dos dedos e fazer uma circular, cruzando com a primeira volta. Repetir as 
voltas até cobrir completamente o dorso da mão, voltar ao punho fazendo uma circular e bandar 
o antebraço iniciando por uma espiral lenta e continuar com a espiral ou se preferir com a espica 
ou figura oito até o início do cotovelo quando é feita uma espiral lenta e flexionando ligeiramente 
o braço do paciente passar o crepom EM CIMA do cotovelo, ACIMA e EMBAIXO do cotovelo. 
Voltar com o rolo acima do cotovelo e continuar a bandar o braço. Terminar com uma circular. 
Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
- BANDAGEM DO MEMBRO SUPERIOR – ESQUERDO Iniciar a bandagem com uma circular no 
punho e continuar com o mesmo procedimento do braço e antebraço direito. Segurar o rolo de 
crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
Material Necessário: Algodão hidrófobo e Crepom de 8 cm ou 10 cm. 
30 
 
 
 
9. BANDAGEM DO PÉ – DIREITO 
Iniciar a bandagem com uma circular no tornozelo, acima do maléolo. Levar o rolo 
transversalmente sobre o dorso do pé até as extremidades dos dedos. Fazer uma circular, 
deixando as extremidades descobertas. Subir com o rolo sobre o dorso do pé cruzando com a 
primeira volta em direção ao calcanhar. Passar a atadura na ponta do calcanhar, EM CIMA e 
ABAIXO do calcanhar, repetir as voltas até cobrir todo o pé. Terminar com uma circular no 
tornozelo. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão 
direita. 
BANDAGEM DO PÉ – ESQUERDO Iniciar a bandagem com uma circular no tornozelo e continuar 
com o mesmo procedimento do pé direito. Segurar o rolo de crepom com a mão direita e a ponta 
do rolo de crepom com a mão esquerda. 
Material Necessário: Crepom de 6 cm ou 8 cm. 
 
9. BANDAGEM DO PÉ COM O CALCANHAR DESCOBERTO 
31 
 
– DIREITO Iniciar a bandagem com uma circular no tornozelo. Levar o rolo obliquamente sobre o 
peito do pé até a raiz dos dedos. Fazer uma circular em volta dos dedos. Continuar a bandagem 
ascendente usando as voltas da espica ou figura oito até cobrir todo o pé, deixando o calcanhar 
descoberto. Terminar com uma circular no tornozelo. Segurar o rolo de crepom com a mão 
esquerda e a ponta do rolo com a mão direita. BANDAGEM DO PÉ COM O CALCANHAR 
- DESCOBERTO- ESQUERDO Iniciar a bandagem com uma circular no tornozelo. Continuar com 
o mesmo procedimento do pé direito. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do 
rolo de crepom com a mão direita. 
Material Necessário: Crepom de 6cm ou 8cm. 
 
10. BANDAGEM DO JOELHO – DIREITO 
Iniciar a bandagem com uma circular acima do joelho. Levar o rolo obliquamente abaixo do joelho. 
Fazer uma circular e levar o rolo em cima do joelho, abaixo e em cima do joelho. Continuar a 
bandagem até cobrir todo o joelho. Terminar com uma circular acima do joelho. Segurar o rolo de 
crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
BANDAGEM DO JOELHO – ESQUERDO Iniciar a bandagem com uma circular acima do joelho. 
Continuar com o mesmo procedimento do joelho direito. Segurar o rolo de crepom com a mão 
esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão esquerda. 
Material Necessário: Crepom de 8 cm ou 10 cm. 
32 
 
 
11.BANDAGEM DO TORNOZELO – DIREITO Iniciar a bandagem com uma circular em cima dos 
maléolos, levar o rolo pelo dorso do pé e continuar pelo maléolo interno, repetir as voltas em forma 
de S até cobrir o calcanhar e consequentemente o tornozelo. Terminar com uma circular em cima 
do tornozelo. Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a 
mão direita. 
BANDAGEM DO TORNOZELO – ESQUERDO Iniciar a bandagem com uma circular em cima dos 
maléolos e continuar com o mesmo procedimento do tornozelo direito. Segurar o rolo de crepom 
com a mão direita e a ponta do rolo de crepom com a mão esquerda. 
Material Necessário: Crepom de 8 cm ou 10 com. 
 
12.BANDAGEM DA PERNA – DIREITA 
Iniciar com uma circular no tornozelo, continuar a bandagem com espiral ascendente cobrindo 
toda a perna. Terminar com uma circular abaixo do joelho. Segurar o rolo de crepom com a mão 
esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
33 
 
BANDAGEM DA PERNA – ESQUERDA 
Iniciar com uma circular no tornozelo e continuar com o mesmo procedimento da perna direita. 
Segurar o rolo de crepom com a mão direita e a ponta do crepom com a mão esquerda. 
Material Necessário: Crepom de 10 ou 12 cm. OBS: Usada na Bota de Unna. 
 
13.BANDAGEM DO COTO DA COXA - DIREITA 
Iniciar a bandagem com uma circular na raiz da coxa. Descer obliquamente o rolo de crepom até 
a ponta do coto e fazer uma circular. Continuar a bandagem ascendente com uma circular lenta 
até chegar novamente a raiz da coxa. Terminar com uma circular. Segurar o rolo de crepom com 
a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
BANDAGEM DO COTO DA COXA – ESQUERDA Iniciar com uma circular na raiz da coxa. 
Continuar com o mesmo procedimento da coxa direita. Segurar o rolo de crepom com a mão direita 
e a ponta do rolo de crepom com a mão esquerda. 
Material Necessário: Crepom de 8 cm ou 10 cm. 
34 
 
 
14.BANDAGEM DO MEMBRO INFERIOR – DIREITO (Pé, Perna e coxa). 
Iniciar a bandagem com uma circular no tornozelo. Levar o rolo até a parte distal dos dedos e fazer 
uma circular, deixando as extremidades descobertas. Bandar o pé com uma espiral ascendente 
até cobrir todo o pé. Volta com rolo até o tornozelo a fazer uma circular e conduz o rolocom uma 
espiral lenta e/ou espica até abaixo do tornozelo. Fazer uma espiral abaixo do joelho. Flexionar a 
perna e passar o crepom EM CIMA do joelho, ACIMA E EMBAIXO do joelho. Voltar com o rolo 
acima do tornozelo e continuar a bandagem até a coxa. Terminar com uma circular. Segurar o rolo 
de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
15.BANDAGEM DA CABEÇA - Recorrente da cabeça. 
Iniciar a bandagem com uma circular na cabeça, passando abaixo do osso occipital e levar o rolo 
até a parte frontal, volta-se à atadura sobre si mesma prendendo a dobre feita com o dedo polegar, 
leva-se em seguida o rolo para o centro da cabeça em direção ao occipital. Volta-se com o rolo a 
direção frontal pelo lado esquerdo, com o mesmo movimento, pelo lado direito, em direção ao 
occipital. Repetir as voltas até cobrir toda a cabeça. Terminar com uma circular. Ter o cuidado de 
passar a primeira volta bem no centro da cabeça e não deixar espaços entre uma volta e outra. 
Segurar o rolo de crepom com a mão esquerda e a ponta do rolo de crepom com a mão direita. 
Material Necessário: Algodão hidrófobo e Crepom de 8 cm ou 10 cm 
35 
 
 
16.BANDAGEM DA CABEÇA 
 – Recorrente com rolo duplo. Pegar dois rolos de crepom emendar com o esparadrapo de modo 
que o rolo fique com duas pontas.Iniciar a bandagem colocando o rolo de crepom em cima da 
testa dirigindo com os dois rolos até o occipital. Neste ponto o rolo da mão esquerda cruzará com 
o da MÃO DIREITA de modo de fixar a primeira volta. Dirigir o rolo da direita pelo centro da cabeça 
até o frontal e o rolo da MÃO ESQUERDA vai circulando a cabeça e o da mão direita vai do frontal 
ao occipital e do occiptal ao frontal, passando do lado direito e do lado esquerdo até cobrir toda a 
cabeça. Fixar com uma circular. OBS: O rolo corre da direita para a esquerda. 
Material Necessário: Algodão hidrófobo e Crepom de 8 cm ou 10 cm. 
17 BANDAGEM COMPLETA OU TIPÓIA: 
Este tipo de cobertura é utilizada para dar suporte ao braço em caso de luxação do ombro ou 
fratura do antebraço. Essa bandagem pode ser feita a partir de um único pedaço de tecido dobrado 
em forma de triângulo e amarrada por cima do ombro. É contra-indicada se o membro não estiver 
naturalmente na posição desejada (braço ao longo do corpo e antebraço dobrado 90 °). A mão 
deve ser posicionado ligeiramente mais elevada do que a do cotovelo. 
Passe uma das extremidade do triângulo atrás do pescoço, no lado oposto ao braço lesionado. 
Traga a outra extremidade por cima do membro afetado, de modo que as duas extremidades 
possam ser amarradas logo acima da clavícula do lado lesionado. 
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OBS: Avalie a circulação distal quando a aplicação da bandagem for concluída e pelo menos duas 
vezes durante o período de 8 horas. 
 Observe a cor da pele quanto à palidez ou cianose 
 Palpe a pele para verificar se está quente 
 Palpe pulsos e compare-os bilateralmente 
 Pergunte se o paciente está consciente da dor, dormência, formigamento, ou outro desconforto 
 Observe a mobilidade do membro 
 
Considerações Finais: 
O enfermeiro, enquanto profissional de saúde e sendo um dos responsáveis pelos 
cuidados ao paciente portador de ferida, vem buscando estratégias de prevenção, avaliação e 
tratamento para o controle e abordagem desta, visando promover condições que favoreçam uma 
cicatrização eficaz, sem maiores complicações ou comprometimentos. 
O acesso dos profissionais a recursos materiais adequados, a treinamentos específicos e 
ao desenvolvimento de um trabalho interdisciplinar são fatores indispensáveis para que possam 
ser viabilizadas as condições necessárias para o estabelecimento de condutas terapêuticas 
eficazes neste processo. 
Embora o curativo ideal ainda não esteja disponível, contamos atualmente com um arsenal 
terapêutico capaz de enfrentar situações que há pouco pareciam insolúveis 
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Referencial Bibliográfico: 
 
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