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Limites In�nitos AUTORIA Pedro Henrique Martinez Agora que já dominamos uma série de propriedades e conseguimos estudar alguns tipos de funções mais a fundo, iremos para o próximo passo. Neste caso, o próximo passo é estudar funções que possuem um comportamento curioso: elas tendem ao in�nito quanto mais próximos de um ponto chegarmos. Para este exemplo, vamos usar a seguinte função: Vamos construir nossa tabela clássica e ver o que acontece nas proximidades do número 2, visto que 2 não existe solução, pois �caríamos com 0 no denominador. Nas Tabelas 7 e 8 vemos que quanto mais próximos chegarmos de 2, independentemente se pela esquerda ou pela direita, o número tende a aumentar in�nitamente, já que podemos nos aproximar in�nitamente. f (x) = 3 (x − 2) 2 Tabela 7 – Função f(x) para valores maiores que 2 x 3 3 2,5 12 2,25 48 2,1 300 2,01 30000 2,0001 300000000 Fonte: o autor. f (x) = 3 (x−2) 2 Figura 10: Grá�co de f(x) Fonte: o autor. A Figura 10 é a representação grá�ca desta função. Percebam que a vertical no ponto dois não existe, porém, sabemos pelas Tabelas 7 e 8 que quanto mais próximos chegarmos de dois, mais o valor cresce in�nitamente. Usando as propriedades de limites que vimos até aqui, teremos as expressões abaixo: Tabela 8 – Função f(x) para valores menores que 2 x 1 3 1,5 12 1,75 48 1,9 300 1,99 30000 1,9999 300000000 Fonte: o autor. f (x) = 3 (x−2) 2 Tanto a aproximação pela esquerda quanto pela direita dão uma tendência a valores no in�nito. Já que os dois limites existem e são iguais o também existe. Provamos aqui a existência deste tipo de limite. O mesmo poderá ocorrer para uma função que decresça in�nitamente. O único detalhe que muda é o símbolo do in�nito no �nal, sendo representado da seguinte forma lim x→2positivo [ ] = +∞ 3 (x − 2) 2 lim x→2negativo [ ] = +∞3 (x − 2)2 lim x→2 [ ] = +∞3 (x−2) 2 : lim x→a g (x) = −∞ Teoremas Se r for um número inteiro positivo qualquer, então teremos as seguintes expressões. Sendo que na segunda expressão temos alguns condicionantes. Será menos in�nito se r for ímpar e mais in�nito se r for par. Vamos fazer um teste para ver como o teorema acima funciona, dados e . Na Figura 11, temos o Grá�co das duas funções, sendo f(x) em verde e g(x) em laranja. lim x→0positivo [ ] = +∞1 xr lim x→0negativo [ ] = ±∞ 1 xr f (x) = 1 x2 g (x) = 1 x3 Figura 11: F(x) em verde e G(x) em laranja Fonte: o autor. Percebam que para os dois casos apresentados, sempre que nos aproximamos de 0 pela direita a função tende ao in�nito. A mudança ocorre quando nos aproximamos de 0 pela esquerda, quando r é um número par, a função tende a +∞ e quando r é ímpar a função tende a -∞. O próximo teorema é aplicado quando temos uma divisão de duas funções. Se a for um número real qualquer e se e onde c é uma constante diferente de zero, teremos a expressão abaixo: É fácil de entender este teorema: basta fazer uma divisão de um número qualquer por um número tão próximo de zero quanto quisermos. A resposta tenderá a +∞ ou a -∞ dependendo dos sinais envolvidos nas funções f(x) e g(x). Outro teorema importante diz que se temos um limite tendendo ao in�nito positivo ou negativo e se somarmos a uma função cujo limite é uma constante o resultado da soma dos limites ainda será in�nito positivo ou negativo dependendo da primeira função. lim x→a f (x) = 0 lim x→a g (x) = c lim x→a [ ] = ±∞ g (x) f (x) lim x→a f (x) = +∞ Se o primeiro limite acima der -∞, o limite da soma das duas funções dará -∞. O próximo teorema é análogo ao anterior e diz respeito à multiplicação de duas funções. Vamos olhar as expressões abaixo. Dependendo dos sinais da constante e do primeiro limite, a multiplicação de f(x) vezes g(x) poderá ser menos ou mais in�nito. Basta você testar em sua calculadora um número qualquer vezes um número tão grande quanto quisermos, a resposta vai continuar sendo um número grande e o sinal vai depender do sinal dos números que colocou. Lembrando sempre que este número qualquer c não pode ser zero. A última de�nição que nos falta aqui é a de assíntota vertical. Podemos traçar uma reta vertical nos grá�cos acima onde o limite tende ao in�nito. Vamos usar um dos grá�cos já desenhados aqui. Na Figura 12, temos a assíntota vertical no ponto x=2 que é onde a função tende ao in�nito. Podemos desenhar uma assíntota vertical sempre que um limite inferior ou superior de uma função f(x) tender ao in�nito positivo ou negativo em um ponto determinado no eixo x. lim x→a g (x) = c lim x→a [f (x) + g (x)] = +∞ lim x→a f (x) = ±∞ lim x→a g (x) = c lim x→a [f (x) g (x)] = ±∞ Figura 12: Assíntota vertical em vermelho Fonte: o autor. Exercícios a) Calcule os limites das funções Resposta: Como neste caso a aproximação do número 2 acontece por valores maiores que 2, como, por exemplo, 2,00000001 a resposta tende a dar +∞. lim x→2positivo [ ]1 x + 2 lim x→2positivo [ ]1 x − 2 lim x→2positivo [ ] = 1/4 = 0, 251 x + 2 lim x→2positivo [ ] = +∞1 x − 2 b) Calcule a soma e a multiplicação dos dois limites calculados em a. Resposta: Se um limite já tende a mais in�nito, a soma dos dois tenderá também a mais in�nito, visto que ¼ mais um número muito grande é um número muito grande. A mesma coisa acontece quando multiplicamos dois limites e um deles já tende ao in�nito. Basta seguir as regras de sinais da multiplicação. lim x→2positivo [ + ] = +∞ 1 x + 2 1 x − 2 lim x→2positivo [ ] = +∞1 x + 2 1 x − 2 CONECTE-SE No link abaixo encontrará mais explicações a respeito dos limites in�nitos. https://go.eadstock.com.br/bma https://go.eadstock.com.br/bma