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AP 4 RECREAÇÃO E LAZER

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Wilson Rogério Rescigno
RECREAÇÃO 
E LAZER
E-book 4
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO E 
LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL 
DE RECREAÇÃO E LAZER �������������������������������������4
Formação do profissional de Educação Física na 
Recreação Lazer �����������������������������������������������������������������������5
Ludicidade no ambiente de trabalho ���������������������������������������7
Empresas ���������������������������������������������������������������������������������17
Turismo ������������������������������������������������������������������������������������19
Cruzeiros ����������������������������������������������������������������������������������20
Atividades ambientais �����������������������������������������������������������23
Atividades de recreação em espaços livres ��������������������������24
Competências que os participantes podem aprender ���������30
CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������������������34
SÍNTESE �������������������������������������������������������������������� 35
2
INTRODUÇÃO
Estamos chegando ao fim de nossos estudos na 
disciplina de Recreação e Lazer. Neste módulo, es-
tudaremos a formação do profissional de recreação 
e lazer, seus diferenciais e suas características es-
senciais; vamos enfatizar a importância da recrea-
ção no ambiente laboral e analisaremos, também, 
as possibilidades de atuação em diversos locais nos 
quais o profissional de recreação é imprescindível. 
Então, vamos estudar mais um pouco, pois essa é a 
nossa base e isso fará a diferença em sua carreira 
profissional!
3
CARACTERÍSTICAS 
DA FORMAÇÃO E 
LOCAIS DE ATUAÇÃO 
DO PROFISSIONAL DE 
RECREAÇÃO E LAZER
Neste tópico, aprofundaremos a discussão sobre 
a formação do profissional de Educação Física na 
área da recreação e lazer; verificaremos quais as 
características necessárias e virtudes essenciais 
para o desempenho da profissão, bem como os 
possíveis locais de atuação e suas especificidades. 
Vamos destacar o desenvolvimento de atividades de 
recreação no ambiente laboral, sua importância para 
os colaboradores, dimensionamento de espaços, e 
maneiras proveitosas de utilização.
SAIBA MAIS
Antes de começarmos o próximo tópico, que tal 
assistirmos à palestra Seja Protagonista da sua 
Carreira, de Fábio Saba? 
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=XKUdfBEbV9g&t=40s
4
https://www.youtube.com/watch?v=XKUdfBEbV9g&t=40s
https://www.youtube.com/watch?v=XKUdfBEbV9g&t=40s
Formação do profissional de 
Educação Física na Recreação Lazer 
Os profissionais de recreação projetam e lideram 
atividades de lazer em diversas instalações, como 
escolas, clubes, acampamentos, parques, centros 
aquáticos, centros para idosos, e empresas, esti-
mulando atividades relacionadas a artes, esportes, 
programas de aventura, entre outros. Isayama (2002) 
cita alguns pontos fundamentais para esse profis-
sional trabalhar na área do lazer:
 ● Relacionar teoria e prática, mas repensando a ideia 
do lazer como teoria e a recreação como a prática;
 ● Ter característica multidisciplinar, com forma-
ção em diferentes áreas, sempre ampliando seus 
conhecimentos;
 ● Adquirir sólida formação conceitual e prática, com 
participação em culturas e áreas diversas, possibili-
tando experiências para além da sala de aula;
 ● Buscar formação continuada no campo do lazer 
(espaço de intervenção). Além da escola, interven-
ção em vários locais na comunidade, tanto público 
como privado.
Acreditamos que, além de ser um bom professor, é 
preciso estar em constante atualização, repensando 
o trabalho, a prática relacionada à teoria, e buscan-
do a multidisciplinariedade dentro da atuação; bem 
como participando, sempre que possível, de ativi-
dades culturais, esportivas, manuais, intelectuais, 
artísticas e turísticas.
5
Segundo Silva (2010), o segmento do lazer apresenta, 
ao profissional de educação física/recreador, inú-
meras opções, devido ao crescimento das áreas de 
atuação, como os parques temáticos, o lazer nas 
empresas e o ecoturismo. Ao mesmo tempo em que 
se abrem portas e surgem novas oportunidades, é 
imprescindível a atualização do currículo com par-
ticipações em palestras, cursos e congressos, ofe-
recendo assim melhor capacitação, unindo a teoria 
com a prática adquirida.
Os recreadores são a “alma” do evento, da festa ou 
da programação recreativa, sendo responsável pela 
interação e pela participação prazerosa das pessoas 
nos equipamentos e ambientes de lazer. O recreador 
pode aprender inúmeras práticas recreativas, como 
esculturas em balão, maquiagem facial, rodas can-
tadas, mágicas, clown e palhaço, artes circenses, 
entre outras.
Para alcançar sucesso como recreador, o profissional 
de Educação Física deve realizar algumas ações e 
manter atitudes como:
1. Operacionalizar atividades de lazer;
2. Elaborar, planejar e executar programas 
recreativos;
3. Animar e liderar atividades recreativas;
4. Promover eventos e situações positivas para todo 
tipo de público;
5. Oferecer explicações claras e objetivas aos 
participantes;
6
6. Oportunizar momentos prazerosos e de integra-
ção aos participantes;
7. Zelar pelos materiais utilizados nas atividades;
8. Oferecer segurança aos participantes e respon-
sabilizar-se por sua integridade física;
9. Conhecer e oferecer primeiros socorros, se/quan-
do necessário;
10. Dar exemplo a todos;
11. Respeitar e adequar as regras dos jogos, brin-
cadeiras e brinquedos;
12. Avaliar o processo recreativo;
13. Realizar pesquisas acadêmicas com a temática 
“Recreação e Lazer”;
14. Estar sempre uniformizado;
15. Não se envolver com participantes;
16. Não fumar e não beber em hipótese alguma;
17. Ter a competência de criar e recriar os jogos e 
brincadeiras;
18. Estabelecer condutas éticas e morais.
Acesse o Podcast 1 em Módulos
Ludicidade no ambiente de trabalho 
Ao percorrer o caminho da ludicidade corporati-
va, não podemos dissociar um colaborador do ser 
humano. O que parece óbvio, para muitos, não é. 
Algumas vezes, mergulhados nas rotinas e cobran-
7
https://famonline.instructure.com/files/708158/download?download_frd=1
ças mercadológicas, os líderes de uma organização 
não percebem que, por trás daquele colaborador, há 
um ser humano único; com desejos e necessidades 
individuais, com emoções únicas e que passaram e 
passam por um processo de desenvolvimento hu-
mano que não finda com a chegada da idade adulta 
e, por fim, que a busca pela qualidade de vida – que 
também é pessoal e intransferível – é uma ação diá-
ria que rege nossas decisões e comportamentos. 
(TANIL, 2019)
Recreação e lazer é um tema que deixou de fazer 
parte do espaço pessoal e está presente na esfera do 
trabalho, como um componente bastante significati-
vo. As organizações modernas percebem e valorizam 
a importância da saúde, do bem-estar e do cresci-
mento pessoal e profissional dos colaboradores, e 
acreditam programas de bem-estar podem ajudar 
os colaboradores a levar uma vida mais saudável. 
Com as pessoas passando muito tempo no ambiente 
profissional e nos deslocamentos, algumas mudan-
ças foram feitas nos locais de trabalho, incluindo 
sua transformação em um ambiente vital de saúde 
pública para atividades físicas de recreação e lazer. 
Colaboradores saudáveis e em boa forma têm maior 
probabilidade de serem regulares no trabalho, com 
um baixo índice de absenteísmo, além de apresen-
tarem melhor comportamento profissional; tenden-
do, assim, a serem mais produtivos. As atividades 
de lazer e recreação oferecidas aos colaboradores 
fornecem a eles um meio para equilibrar a carga de 
8
trabalho com outros interesses de lazer e uma plata-
forma para sociabilização. Atualmente, as pessoas 
passam mais tempo no local de trabalho do que em 
suas próprias casas e têm menos tempo para dedi-
cação a atividades de lazer e de recreação fora do 
ambiente laboral. Dadas as consequências negati-
vas à saúde devido à inatividadefísica, é importante 
considerar essa promoção de recreação e lazer nas 
empresas em geral.
Vamos estudar a definição operacional de alguns 
termos:
 ● Recreação no local de trabalho: refere-se às ati-
vidades realizadas ou patrocinadas pela organiza-
ção para melhorar o bem-estar social e físico dos 
colaboradores.
 ● Satisfação no trabalho: refere-se ao estado emo-
cional dos colaboradores e influencia sua percepção 
do ambiente de trabalho.
 ● Desempenho no trabalho: refere-se à produtivida-
de dos colaboradores.
 ● Bem-estar: preocupa-se com a saúde dos colabo-
radores; avaliando: nível de estresse, taxa de visitas 
a hospitais, custos com assistência médica, resis-
tência, força muscular e incidência de estresse.
Ao projetar um local de trabalho, o mais importan-
te é garantir que ele seja definido para aumentar a 
produtividade. Isso pode significar muitas coisas 
e, de fato, ainda estamos aprendendo sobre como 
otimizar o espaço para esse fim. Porém, a atenção 
9
dada ao projeto pode atingir esse objetivo. A próxima 
etapa a se pensar é como manter os colaboradores 
relaxados e felizes. Isso contribui para maximizar 
a produtividade; colaboradores felizes e relaxados 
são menos propensos a ceder ao estresse e mais 
propensos a usar sua energia durante o horário em 
que estão realmente trabalhando. É por esse motivo 
que alguns locais de trabalho modernos estão for-
necendo aos colaboradores áreas de convivência 
onde eles possam relaxar. Esses “espaços de des-
contração” devem estar separados do espaço real 
de trabalho, de forma que permitam às pessoas se 
desconectarem, durante os intervalos ou horário de 
almoço para recarregarem as energias. Em suma, 
acredita-se que oferecer um espaço tranquilo reduz 
o estresse dos colaboradores e, como resultado, 
aumenta a produtividade.
Além de um espaço de descontração, também pode 
ser uma ideia produtiva projetar uma área de lazer, 
na qual os colaboradores possam obter a mesma 
desconexão saudável do trabalho por 20 a 30 mi-
nutos por dia, mas também possam ter momentos 
de diversão e aumentar vínculos com os colegas 
de trabalho. Existem algumas maneiras fáceis de 
cultivar esse espaço:
 ● Salas de jogos – talvez essa seja a abordagem 
mais comum e que contribui com vários aspectos 
relacionados à produtividade, incluindo satisfação 
no trabalho, moral, inovação e criatividade. A ideia 
geral é reservar um espaço e equipá-lo com jogos 
que os colaboradores possam utilizar; como bilhar, 
10
tênis de mesa, pebolim, sistemas de videogame e 
qualquer outra atividade que se encaixe e que pareça 
apropriada. Esse tipo de espaço está sendo projetado 
por muitas empresas jovens e tudo indica que ele 
ajuda a associar escritórios à ideia de sociabilização 
e diversão, em vez de apenas um lugar para trabalhar.
 ● Salas de TV – ter uma sala de TV para dar uma 
pausa aos colaboradores, desde que isso não aconte-
ça o tempo todo, pode ser bom para a unidade do es-
critório. Acompanhar as notícias de manhã, durante 
o café, pode ser uma boa maneira de começar o dia.
 ● Salas de criação – esse não é um conceito pre-
definido e pode ter diferentes formas; porém, dado 
que um dos propósitos do espaço de recreação e 
relaxamento é promover a criatividade, um espaço 
reservado para empreendimentos criativos pode con-
tribuir para pausas calmas e intelectualmente esti-
mulantes do trabalho. Nessa sala, pode-se colocar 
alguns materiais de artesanato, objetos como uma 
pequena estação de trabalho em madeira. Qualquer 
uma das opções pode fornecer aos colaboradores o 
espaço perfeito para relaxar e se reconectar ao traba-
lho. O interessante é encontrar algo que se adapte a 
um determinado ambiente da empresa e permita aos 
colaboradores alguns momentos de prazer dentro 
da rotina do trabalho. Esses espaços são uma ótima 
maneira de melhorar o relacionamento interpessoal, 
a comunicação e o vínculo dentro da equipe.
11
Sabemos, no entanto, que criar uma área de lazer 
que mude o foco da empresa e sua cultura não é 
uma tarefa fácil, pois a concepção de tais espaços 
não acontece de maneira rápida. Ela demanda um 
planejamento adequado. Simplesmente disponibilizar 
uma mesa de sinuca ou de tênis de mesa não garan-
te os efeitos desejados. Nessa etapa de criação do 
espaço, de definição de atividades e de implementa-
ção do projeto, se faz necessária a presença de um 
profissional de Educação Física.
Apresentamos algumas razões pelas quais as em-
presas devem avaliar a possibilidade de implementar 
uma sala para recreação e lazer.
 ● Produtividade
A equipe mais produtiva é aquela que sabe como 
equilibrar trabalho e lazer. Sentar e trabalhar con-
tinuamente apenas prejudica a produtividade, por-
tanto, uma pausa bem merecida certamente alivia 
as tensões.
 ● Satisfação no Trabalho
Quando os colaboradores se sentem satisfeitos com 
o trabalho que realizam, tendem a desenvolver leal-
dade para com a empresa. A cultura e o ambiente 
também têm esse efeito positivo. Uma sala de re-
creação incentivará ainda mais os colaboradores a 
interagirem além de questões relacionadas ao traba-
lho, e isso facilitará a comunicação e a integração.
12
 ● Inovação e criatividade
Um ambiente de trabalho divertido é onde as ativi-
dades formais e informais ocorrem regularmente. 
Esse ambiente incentiva a criatividade, a inovação 
e a colaboração.
 ● Moral
Quando uma empresa mostra que cuida do bem-estar 
de sua equipe, o moral dos colaboradores aumenta 
naturalmente. A realização de eventos ou torneios 
internos pode ser outra maneira de promover a com-
petição e a motivação saudáveis.
 ● Eficiência
Quando uma equipe recebe crédito pelo trabalho duro 
que está fazendo, a eficiência aumenta. Para alguém 
que é introvertido, uma área de jogos pode ajudar 
a sair da timidez e a desenvolver relacionamentos 
com os colegas.
Além do apresentado, um espaço reservado para re-
creação e lazer também pode gerar benefícios signi-
ficativos para a empresa, evitando problemas como:
 ● Absentismo
Existe uma forte relação entre o absentismo dos 
colaboradores e a qualidade do local de trabalho. 
Todos gostam de ir trabalhar, se o local de trabalho 
é interessante e positivo.
13
 ● Alta rotatividade
A rotatividade de colaboradores é menor em uma 
empresa que oferece um lugar melhor do que as con-
correntes. As vantagens oferecidas pela empresa aos 
seus colaboradores geram aumento da confiança.
 ● Estresse
Quando momentos mais leves e divertidos fazem par-
te do cronograma, há uma diminuição nos níveis de 
estresse. Este é, frequentemente, causa de diminuição 
do vigor mental e de desequilíbrio emocional; as ha-
bilidades de comunicação podem ser prejudicadas e 
aparecem os problemas de saúde. Portanto, é funda-
mental um local onde o colaborador possa se acalmar 
ou se sentar para descansar e não pensar em trabalho 
– espaços para recreação ou lazer facilitam isso.
 ● Custos com assistência médica
Diz-se, com razão, que uma mente saudável é sinô-
nimo de um corpo saudável. Quanto mais saudável 
a equipe, menores serão os custos com assistência 
médica.
 ● Frustração
Empresas e indivíduos frequentemente perseguem 
objetivos agressivos, o que, às vezes, leva a momen-
tos de frustração. Os espaços de recreação podem 
ser uma ótima maneira de reduzir a frustração e a 
ansiedade, canalizando energias negativas de uma 
maneira divertida.
14
Um espaço descontraído e um ambiente agradá-
vel proporcionam o aumento da produtividade e da 
felicidade. Sabemos que os locais de trabalho são 
considerados uma das maiores fontes de estresse 
no mundo corporativo. Muitas vezes, tudo o que a 
equipe precisa é de alguns minutos para relaxar em 
um local calmo, a fim de se sentir revigorada para 
enfrentar o resto do dia. Uma área de lazer bem pro-
jetada pode ajudar os colaboradores a voltar ao tra-
balho com mais dedicação e concentração.
O foco de uma empresa de qualquer tamanho é o 
trabalho e os níveis de produtividade que precisam 
ser alcançados para atingir(e exceder) as metas. O 
sucesso de uma empresa geralmente depende da 
equipe e das pessoas à frente dela. A motivação 
tem impacto direto na rapidez com que a empresa 
avança, expande e lucra; portanto, é crucial garantir 
que os colaboradores tenham tudo o que precisam 
no local de trabalho para desempenhar da melhor 
maneira possível. Juntamente com o equipamento, 
ferramentas e suporte corretos, a equipe precisará 
relaxar e se recuperar por períodos predefinidos, ao 
longo do dia.
Fazer pausa para lanches ou almoçar no posto de 
trabalho pode dar a sensação de que as pessoas 
estão sobrecarregadas. Assim, é crucial oferecer um 
local apropriado, longe do ambiente laboral, no qual 
a equipe possa se desligar um pouco das tarefas e 
das pressões para recuperar a energia e voltar com 
mais foco e concentração.
15
Apresentamos mais algumas sugestões de locais 
onde os colaboradores possam realmente relaxar.
Um lugar diferenciado – Obviamente, o espaço de rela-
xamento será, um pouco, como o restante da empresa, 
pois estarão no mesmo prédio – além de manter a 
cultura organizacional. No entanto, é muito importante 
que os ambientes tenham separações bem definidas 
para que a equipe perceba que realmente se desligou, 
por algum tempo, do seu ambiente de trabalho. É es-
sencial que a decoração e a distribuição dos equipa-
mentos sejam atrativas, com cores diferenciadas – o 
objetivo é ser o mais alegre e descontraído possível.
Um espaço confortável – Se a equipe trabalhar em 
mesas e cadeiras (postos de trabalho) durante a 
maior parte do dia, é interessante que haja poltro-
nas mais confortáveis para propiciar um verdadeiro 
relaxamento.
Figura 1: Fonte: Freepik�
16
https://br.freepik.com/fotos-gratis/cara-de-tiro-medio-com-taco-de-bilhar-jogando-bilhar_5626046.htm#page=5&query=sinuca&position=6&from_view=search
Empresas
Em muitas organizações, os programas de qualida-
de de vida do trabalhador inserem, em suas ações, 
atividades de lazer para seus colaboradores, a fim 
de contribuir principalmente para as boas relações 
sociais, para o relaxamento e para a redução do es-
tresse. De acordo com Ogata e Simurro (2009), uma 
nova visão de bem-estar e qualidade de vida vem 
surgindo, substituindo o medo de morrer pelo prazer 
de viver, propondo ações de caráter preventivo e não 
de tratamento.
Partindo desse pressuposto, inserções de dinâmicas 
lúdicas periódicas dentro dos programas de ginástica 
laboral podem ser instrumentos motivadores com-
portamentais que, por estarem presentes na jornada 
de trabalho, ajudam a promover nos colaboradores o 
desejo de mudança positiva e alterar a percepção de 
sua responsabilidade diante das práticas de atividade 
física. Para Tanil (2019), o grande desafio é despertar 
no colaborador a percepção de pertencimento, de 
gerar nele a sensação de que essas ações são au-
tênticas e visam realmente ao seu bem-estar. Maciel 
(2009) também ressalta que devemos ter cuidado 
para não aplicar propostas de lazer como efeitos 
analgésicos, pois isso poderá mascarar a doença 
ou a dor e trará uma alta dose de energia rápida, que 
se dissipará depressa e tudo voltará à fase inicial.
17
Por isso, deve-se realmente trabalhar para que os 
colaboradores se tornem protagonistas da ação, 
dando a eles oportunidade de construir junto com a 
empresa o planejamento das ações, seja por meio 
de pesquisas, enquetes de desejos, observações do 
ambiente de trabalho, grupos de apoio, entre outros.
Essas atividades recreativas dão a toda a equipe a 
chance de entender os pontos fortes e fracos um do 
outro. Esse conhecimento deve ser utilizado durante 
o trabalho e ajudar a aumentar a produtividade e a 
melhorar a vida profissional dos envolvidos. Um co-
laborador não desempenha de maneira satisfatória 
suas atribuições, se não se sentir valorizado. Esse 
sentimento de desvalorização pode surgir se a pes-
soa não for capaz de expressar suas preocupações 
e ideias abertamente. As atividades recreativas são 
a maneira perfeita de resolver isso, pois fornece aos 
colaboradores um fórum para discutir seus proble-
mas e refletir sobre eles.
O trabalho, não raras vezes, acaba se tornando re-
petitivo. As atividades recreativas também podem 
ajudar a quebrar esse padrão, pois trazem uma vi-
bração positiva. Isso, por sua vez, mantém a força de 
trabalho unida e o bem-estar é compartilhado entre 
colegas, o que resulta em uma melhor produtividade.
REFLITA
As empresas estão constantemente preocupa-
das em melhorar tanto o desempenho de seus 
colaboradores quanto sua produção. Assim, as 
18
vendas crescem e surgem propostas mais atra-
tivas de parecerias, aumentando o faturamento. 
Para que esse processo aconteça, muitos empre-
sários buscam a assessoria do profissional de 
Educação Física – principalmente dos especia-
listas em recreação e lazer – para trabalhar com 
seus colaboradores, por acreditarem que sabemos 
o melhor caminho a seguir nessa área. Vamos re-
fletir. Temos as ferramentas para dar esse retorno 
aos empresários? Sabemos como suprir essa de-
manda? Esse nicho de mercado precisa ser mais 
bem explorado, você não acha? Precisamos nos 
preparar para isso!
Turismo
Lazer e recreação são, frequentemente, pré-requisitos 
para o turismo. Os limites entre recreação e turismo 
são pouco claros, pois ambas as atividades compar-
tilham os mesmos ambientes e instalações e, quando 
aliadas, podem resultar em ganhos financeiros para 
ambas, conforme demonstrado abaixo:
 ● Medidas tomadas para melhorar o ambiente, con-
servar e restaurar o patrimônio público beneficiam 
tanto a recreação quanto o turismo;
 ● A provisão de alta qualidade de recreação, ge-
ralmente, aumenta o interesse turístico na área e 
gera demandas por acomodações e outros serviços. 
Produtos turísticos também podem ser criados com 
melhorias dos recursos; 
19
 ● Empreendimentos de lazer – como parques te-
máticos – sempre ajudam a atrair turistas para as 
proximidades.
É difícil traçar uma linha onde a recreação termina e 
o turismo começa. É importante entender que am-
bos trabalham para salvar o meio ambiente e tentam 
utilizá-lo da forma mais sustentável possível. Além 
disso, ambos têm o mesmo público a ser alcançado, 
e tanto a recreação quanto o turismo fazem uso das 
instalações públicas.
Cruzeiros
Os serviços de recreação e lazer disponibilizados 
em navios de turismo estão, muitas vezes, sob a 
responsabilidade de profissionais de Educação Física 
e essa é uma área de atuação que exige bastante 
dedicação e profissionalismo. Em contrapartida, é 
uma forma de atuação que agrada a muitos profis-
sionais, não só pelas particularidades específicas 
como também pela remuneração oferecida. A pre-
sença de profissionais de Educação Física atuando 
como recreadores é agora um dos elementos fixos 
de serviços fornecidos pela maioria dos cruzeiros 
pelo mundo, sendo especialmente importante, já 
que as atividades recreativas predominam ao longo 
da viagem.
A programação cuidadosa das atividades é funda-
mental para a participação dos passageiros. A atua-
ção do profissional de recreação e lazer em navios é 
20
muito semelhante às desenvolvidas em hotéis que 
oferecem esse tipo de serviço. As responsabilidades 
são diversas e começam pela organização do tempo 
de lazer, além de adequação das atividades notur-
nas às faixas etárias pertinentes. Também é muito 
comum dar atenção especial e de forma inclusiva 
a passageiros com limitações e deficiências. O tra-
balho diferenciado dos profissionais de Educação 
Física em navios agrega ainda mais prazer e satisfa-
ção aos passageiros; é essa busca pela excelência 
no desenvolvimento das atividades que influencia o 
bem-estar do turista.
Você sabe quais são as características mais impor-
tantes do profissional de Educação Física que atua 
nesse segmento?
Esse tipo de atividade de lazer baseia-se em conhe-
cimentos práticos, mas também requer engajamen-
to, comprometimento e interesse para evoluir cons-
tantemente. É preciso ter um elevado nívelcultural, 
conhecer sobre hábitos e costumes de diferentes 
povos e de vários países. Outra característica muito 
importante é a habilidade interpessoal e, consequen-
temente, a comunicação.
Nessa área, quem trabalha com recreação e lazer tem 
a possibilidade de despertar reações positivas entre 
pessoas diferentes e em circunstâncias diversas, isso 
é de grande valia para criar o interesse na participa-
ção das atividades propostas – e essa caraterística 
tem como base o otimismo e a energia positiva.
21
Além disso, o profissional deve ser cordial e estar 
sempre disponível para auxiliar os participantes nas 
atividades; ter boa condição física e emocional; de-
monstrar habilidades de liderança e hospitalidade; 
dominar línguas estrangeiras; ter conhecimentos so-
bre animação (teórica e prática), adaptação a novas 
situações, entre outros.
O profissional de Educação Física deve ainda ser sim-
pático, tolerante, confiável, atualizado e humanista; 
bem como possuir senso de humor e boa capaci-
dade de resolução de problemas – em resumo, “ser 
profissional” no sentido mais amplo da expressão.
Muitas outras características e habilidades deve ter 
o profissional que pretende trabalhar com recreação 
e lazer, porém, a valorização profissional acontece 
naturalmente, quando as exigências são grandes e 
a necessidade de preparação se faz necessária.
FIQUE ATENTO
Observe um exemplo de anúncio de emprego para 
trabalho em navios de cruzeiro. Analise se suas 
características estão de acordo com as exigên-
cias. Se for do seu interesse, prepare-se para esse 
mercado.
Recreador Esportivo (Sports Staff) – Depto. de 
Entretenimento 
Requisitos: acima de 21 anos, possuir inglês fluen-
te, ter experiência na área de Recreação e Lazer e 
formação superior em Educação Física. 
22
Salário: de US$ 870 até US$ 1.700
Trabalhará com entretenimento, realizando ginca-
nas, competições e atrações nas áreas de lazer 
do navio.
Atividades ambientais 
As pessoas têm uma necessidade inerente de se 
conectar com a natureza e a recreação desempenha 
um papel vital nessa atividade. A conexão com a 
natureza está associada à melhoria da saúde cog-
nitiva, mental e física; e à melhoria de criatividade, 
bem como de comportamentos sociais positivos.
Instituições e associações também encontram be-
nefícios econômicos associados ao ecoturismo, por 
meio da provisão e da administração de lugares e 
espaços ao ar livre e do desenvolvimento de políticas, 
programas e serviços facilitadores relacionados a 
ambientes naturais.
Essas atividades continuam a ser respaldadas pela 
recreação. Mais recentemente, com a necessidade 
de aumentar o contato com a natureza, a recreação 
passou a contribuir em projetos seguros e sustentá-
veis por meio da exploração de parques, trilhas, rios, 
reservas ambientais, entre outros, apoiando, assim, 
políticas públicas que garantem o desenvolvimento 
de projetos urbanos que maximizam as oportunida-
des de vida saudável e ativa.
23
Para muitas pessoas os parques urbanos são uma 
das poucas oportunidades de praticarem alguma 
atividade física ao ar livre; por esse motivo, esses 
parques desempenham um papel essencial na saúde 
e bem-estar da comunidade. Eles urbanos servem 
como ambientes em que os indivíduos entram em 
contato a natureza e podem observar plantas e ani-
mais nativos.
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Atividades de recreação 
em espaços livres
Nos últimos anos, o treinamento outdoor (ao ar livre, 
fora da empresa) tem sido um dos sistemas de trei-
namento mais procurados. É um método educacional 
que utiliza atividades físicas em meio à natureza, 
com base na experiência sensorial e no conhecimen-
to da situação, ou seja, é baseado na “pedagogia ex-
periencial”. Esta consiste na realização de atividades 
de lazer em espaços livres, complementadas com 
treinamentos relacionados à atividade desenvolvida 
pelo colaborador dentro da empresa.
Esse tipo de treinamento costuma ser muito eficaz, 
pois proporciona a elevação do nível de aptidão 
física, emocional, cognitiva, social e espiritual de 
todos os participantes; além de desenvolver talen-
to, criatividade, inteligência, motivação e coesão 
dos colaboradores, permitindo que a empresa res-
24
https://famonline.instructure.com/files/708161/download?download_frd=1
ponda com agilidade a situações de mudanças do 
mundo moderno.
O programa de treinamento ao ar livre deve ser 
direcionado de forma específica e personalizada, 
adaptado às necessidades de cada empresa. As 
atividades podem ser variadas – como recreação e 
lazer, treinamentos, esportes e atividades culturais 
– e desenvolvidas de acordo com as habilidades e 
atitudes necessárias aos colaboradores.
Atualmente, esse tipo de treinamento é bastante uti-
lizado para o aprimoramento da gestão empresarial, 
e as competências desenvolvidas incluem a capa-
cidade de se comunicar, de cooperar e de encontrar 
soluções para os problemas. Um fator de atenção 
nessa forma de aprendizado é o retorno que o parti-
cipante fornece ao profissional de Educação Física. 
A experiência do professor em lidar com diferentes 
reações deve servir de estímulo para alcançar os 
objetivos programados previamente.
Os treinamentos ao ar livre estão relacionados aos 
jogos cooperativos e aos jogos de estratégia, bem 
como a atividades aquáticas, de rapel, escalada, ci-
clismo, acampamento, canoagem e caiaque, além 
de outras, baseadas nas experiências de trabalho 
dos participantes – e devem fazer conexão direta ou 
indireta com as atividades e exigências do trabalho 
na empresa.
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Os tipos básicos de treinamento ao ar livre são os 
seguintes:
Atividades de recreação – uma maneira mais des-
contraída de treinamento ao ar livre. Seu objetivo é 
principalmente entretenimento, lazer, reabilitação de 
energia física e mental. Proporciona aos colabora-
dores uma experiência diferenciada do cotidiano da 
empresa, promovendo diversão e apoiando a melho-
ria das relações e a comunicação eficaz.
Espírito de equipe – chamada experiência de valor 
agregado. O objetivo é motivar e unir a equipe de tra-
balho e fortalecer as relações comerciais informais. 
O espírito de equipe geralmente é concebido dinami-
camente, com ênfase na experiência. Por exemplo, 
atividades de aventura, de cordas ou rapel.
Coesão de equipe – o tipo mais complexo. Nesse 
caso, a essência da equipe está na elaboração da sua 
construção. É uma formação sistemática de desen-
volvimento de equipes e visa a melhorar o relaciona-
mento. Pode ter como base um programa específico, 
no qual as equipes são expostas a novas situações, 
que devem ser resolvidas em grupo. Em seguida, 
as experiências e soluções são discutidas em uma 
reunião conjunta com os instrutores e avaliadas por 
todos. Esse tipo de atividade fornece ótimo feedback 
sobre a capacidade de cooperação e de comunicação 
dentro do grupo – o que está, na maioria das vezes, 
atrelada a resultados.
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Desenvolvimento individual – todos os princípios do 
aprendizado experimental podem ser usados tanto 
para as equipes quanto para os colaboradores indivi-
dualmente, com o objetivo de melhorar sua eficácia, 
encontrando pontos fortes e fracos, e aprimorar a 
capacidade de comunicação, a eficiência no trabalho 
e a cooperação.
Centro de avaliação externa – uma forma de diag-
nóstico externo de indivíduos. Possibilita encontrar 
profissionais com habilidades apropriadas para o 
ingresso na empresa.
Qual a eficácia do treinamento ao ar livre?
Foi no início dos anos 1980 que as empresas co-
meçaram a implementar treinamentos ao ar livre. 
Focado no desenvolvimento do trabalho em equipe, 
principalmente entre colaboradores e diretoria, esse 
tipo de treinamento costuma combinar o treinamento 
tradicional com experiências de aprendizado prático, 
que consiste em uma atividade física desafiadora, 
porém segura.
A diferença desse tipo de atividade é que – dife-
rentemente de outras formas de aperfeiçoamento 
gerencial – ela requer que os diretores participem 
junto comos demais colaboradores, em vez de a 
gerência apenas liderar as sessões.
O treinamento ao ar livre pode ser encarado como 
algo sem grande importância para a empresa, por 
ser dscontraído e sem retorno mensurável, mas ele 
é muito sério e demanda grande planejamento pelos 
27
profissionais envolvidos. E é justamente esse enga-
jamento dos professores que gera a credibilidade 
do trabalho.
É de fundamental importância para alcance do suces-
so que os profissionais facilitadores do treinamento 
se reúnam com os diretores da empresa para deci-
direm o que desejam implementar e qual a estrutura 
de trabalho a ser seguida. Após traçar as metas, os 
facilitadores elaboram um plano que atenda aos re-
quisitos específicos, uma proposta de atividades que 
resulte em benefícios para os colaboradores e que 
gere, efetivamente, pontos positivos para a empresa. 
Lembre-se sempre de que essas atividades devem 
relacionar o treinamento ao ar livre ao trabalho que o 
colaborador exerce diariamente dentro da empresa.
Após o término da atividade, é preciso destinar um 
período para “revisar e refletir” sobre todos os fatores 
envolvidos na realização da tarefa. É nesse momento 
que se faz a transferência de aprendizagem, e no qual 
perguntas podem ser feitas aos participantes para 
ratificar como o treinamento pode ser relacionado 
a seu papel na empresa.
Tipos de atividades que podem atender necessidades 
de algumas empresas:
Rafting: é uma mistura de aventura e ousadia. 
Consiste em descer um rio em botes infláveis com 
capacidade para equipes de até sete pessoas. De 
acordo com o objetivo da atividade, alguns profis-
sionais podem sugerir que os participantes vendem 
28
os olhos e remem todos em conjunto, fortalecendo 
o trabalho em equipe. Essa prática pode despertar 
a confiança entre os membros da equipe.
Tirolesa: exercício individual, no qual toda a equipe 
torce pela superação do participante, que faz voos 
sobre vales e cachoeiras, preso a um cabo de se-
gurança. Esse exercício desenvolve o equilíbrio e a 
autoconfiança individual, mas também pode ensinar 
a equipe a torcer pelo sucesso e progresso do time.
Canoagem: pode ser executada em pares. Cada par 
deve remar em conjunto com a mesma força e re-
sistência. Nesse tipo de atividade, os participantes 
aprendem a importância do outro para a vitória, lu-
tam lado a lado por um único objetivo e comemoram 
juntos cada pequeno objetivo alcançado. A comuni-
cação também é peça fundamental nessa atividade.
É importante destacar a relevância da reunião com 
a diretoria, a preparação e o conhecimento do grupo 
pelos professores e, principalmente, o planejamento 
baseado nisso – atividades em duplas, trios ou até 
mesmo grupo –, de acordo com os objetivos prede-
terminados. É de suma importância a elaboração de 
questionários para a coleta de informações como: 
características dos participantes, proximidades, limi-
tações, inimizades, entre outras; além da aplicação 
de uma anamnese física.
29
Competências que os 
participantes podem aprender
Um dos principais objetivos desse método de trei-
namento é fornecer informações à administração 
da empresa para um entendimento mais aprofun-
dado das características e potencialidades dos co-
laboradores. Esse tipo de atividade pode subsidiar 
setores responsáveis pela aplicação mais eficaz de 
estratégias de desenvolvimento humano no cotidiano 
empresarial, possibilitando aos colaboradores tra-
balharem juntos de forma mais eficiente. Há muitas 
habilidades que os participantes podem aprender, 
incluindo o trabalho em equipe, resolução de proble-
mas, análise de riscos, autoestima e comunicação 
interpessoal.
Benefícios
Os empregados aumentam sua experiência em re-
lação aos riscos de acidentes, devido às atividades 
desenvolvidas durante o treinamento, pois elas obje-
tivam elevar o nível de atenção e concentração sobre 
a atividade real e sua finalidade.
Os colaboradores exibem seus verdadeiros sentimen-
tos quando participam de atividades de aventura e 
também começam a visualizar a verdadeira perso-
nalidade de seus colegas de trabalho.
As atividades ao ar livre proporcionam aos participan-
tes a superação de suas limitações. A participação 
dos diretores e demais colaboradores unindo forças 
30
para o êxito de tarefas facilitam o rompimento de 
barreiras de comunicação e resolução de situações 
de trabalho em escalas diferentes de hierarquia. Os 
participantes são colocados em uma experiência de 
coesão, o que melhora a eficácia da interação e atri-
bui confiança aos membros da equipe. As fronteiras 
entre a administração e os colaboradores diminui, o 
respeito profissional é estimulado sem a presença do 
medo, o que torna o aprendizado divertido e muito 
menos estressante.
Desvantagens
Nem todos os colabores da empresa vão querer par-
ticipar do treinamento ao ar livre, por isso, é impor-
tante considerar as diferentes culturas e crenças dos 
envolvidos. Algumas atividades ao ar livre envolvem 
o ato de tocar, e algumas pessoas podem se sentir 
desconfortáveis porque consideram tocar como uma 
invasão de privacidade.
Atividades ao ar livre podem discriminar os colabora-
dores mais velhos ou aqueles que estão fisicamente 
destreinados. Diferentes capacidades físicas podem 
criar sentimentos de inferioridade; se um colaborador 
é um atleta melhor que seu gerente, este pode se 
sentir inferior na atividade – esse sentimento, por 
sua vez, pode ser estendido e ameaçar a posição de 
autoridade do gerente dentro da empresa.
Os treinamentos ao ar livre são divertidos e trans-
ferem valores significativos e também exposição 
à falhas, mas, quando os participantes voltam ao 
31
trabalho, alguns podem não conseguir transferir o 
que aprenderam para as suas tarefas do dia a dia.
Programas de treinamento ao ar livre bem estrutura-
dos e com resultados efetivos podem ter um custo 
elevado para determinadas empresas.
Certamente, não é um substituto para o treinamen-
to clássico tradicional, mas o treinamento ao ar li-
vre oferece o aumento de energia que as empresas 
tanto buscam. Isso pode inspirar confiança e criar 
relacionamentos duradouros entre a diretoria e os 
colaboradores. No entanto, é pertinente considerar 
os prós e os contras do treinamento ao ar livre, antes 
de implementá-lo. É essencial ter em mente que os 
colaboradores não devem ser obrigados a participar 
de atividades de treinamento em que não se sintam 
confortáveis.
Finalmente, algumas orientações essenciais aos 
profissionais de Educação Física responsáveis por 
treinamentos ao ar livre: eles não são um conjunto de 
atividades para mera diversão ou recreação. Essas 
características até fazem parte do processo, porém, 
é importante estar atento para alguns pontos que 
podem interferir no resultado e ocasionar a perda 
do foco da ação:
 ● Garanta que toda atividade ensine uma lição e 
deixe isso claro aos participantes;
 ● Considere a cultura, as crenças e as atitudes dos 
envolvidos. Pode ser que nem todos se sintam à 
vontade com o envolvimento nas atividades, então, 
pondere isso com antecedência;
32
 ● Planeje ações para os colaboradores com limita-
ção ou deficiência física e mais velhos;
 ● Assegure-se de que o nível de dificuldade não 
deixe os participantes constrangidos e reforce a 
importância da participação e do empenho durante 
as atividades.
O aprendizado e o desenvolvimento são a base para 
as empresas contemporâneas. Elas conseguem per-
ceber como o treinamento impacta a satisfação do 
cliente, e até mesmo os custos mais baixos com 
crescimento mais rápido.
Figura 2: Fonte: Freepik�
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https://br.freepik.com/fotos-gratis/escalada-no-lazer_5401082.htm#page=1&query=alpinismo&position=0
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste último módulo da disciplina de Recreação e 
Lazer, foi possível aprofundar conhecimentos so-
bre as características exigidas do profissional de 
Educação Física, as particularidades do desenvol-
vimento em diferentes espaços de atuação e a for-
mação pertinente para trabalhar nessesespaços. 
Enfatizamos as possibilidades de atuação e o nível 
de importância do profissional de recreação e lazer 
ao desenvolver treinamentos para colaboradores 
de empresas, em atividades ao livre, além de toda a 
responsabilidade com o planejamento e o alcance 
dos objetivos propostos.
Foi possível verificar, também, o quanto o profissional 
de Educação Física especializado em recreação e la-
zer tem relevância social para o desenvolvimento de 
atividades que agregam valores fundamentais, tanto 
para a sociedade quanto para empresas e que, como 
consequência, geram aumento de produção e alinha-
mento dos negócios. Sendo assim, o profissional de 
Educação Física que atua na área de Recreação e 
Lazer deve estar ciente de que temos todas as ferra-
mentas necessárias para chegar mais longe!
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SÍNTESE
Recreação e Lazer
CONTEÚDO:
 Requisitos importantes na formação do profissional de Educação Física, na área de 
Recreação e Lazer:
- Relacionar teoria e prática;
- Ter característica multidisciplinar;
- Possuir sólida formação conceitual e prática;
- Estar em formação continuada no campo da Recreação e Lazer.
 Áreas de atuação do profissional de Recreação e Lazer
- Ludicidade no ambiente de trabalho;
- Trabalho em empresas;
- Turismo;
- Cruzeiros;
- Atividades ambientais;
- Atividades outdoor.
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
BRAMANTE, A. C.; PINA, L. W. A. C.; SILVA, M. R. 
Gestão de espaços e equipamentos de esporte 
e lazer. Curitiba: Intersaberes, 2020. [Biblioteca 
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GONÇALVES, P. S.; HERNANDEZ, S. S. S.; RONCOLI, 
R. N. Recreação e lazer. Porto Alegre: SAGAH, 
2018. [Minha Biblioteca]
ISAYAMA, H. F. Lazer em estudo: currículo e for-
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[Biblioteca Virtual]
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MARCELLINO, N. C. Lazer e recreação: repertório 
de atividades por ambientes. Campinas: Papirus, 
2013. [Biblioteca Virtual]
MARCELLINO, N. C. Lazer: formação e atuação 
profissional. Campinas: Papirus, 2013. [Biblioteca 
Virtual]
MARCELLINO, N. C. Repertório de atividades de 
recreação e lazer: para hotéis, acampamentos, pre-
feituras, clubes e outros. Campinas: Papirus, 2019. 
[Biblioteca Virtual]
OGATA, A.; Simurro, S. Guia prático de qualida-
de de vida: como planejar e gerenciar o melhor 
programa para a sua empresa. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2009. [Biblioteca Virtual]
PIERONI, M. C. B. B.; SERAGLIA, M. C.; 
NAKASHIMA, L. E. M. Atividades físicas recrea-
ção e jogos. São Paulo: Pearson, 2013. [Biblioteca 
Virtual]
SILVA, J. V. P. Lazer e esporte no século XXI: novi-
dades no horizonte? Curitiba: Intersaberes, 2020. 
[Biblioteca Virtual]
SILVA, T. A. C.; GONÇALVES, K. G. Manual de Lazer 
e Recreação: o mundo lúdico ao alcance de todos. 
São Paulo: Phorte, 2010. [Biblioteca Virtual]
TANIL, A. S. F.; MONTREZOL, F. T. Dinâmicas lúdi-
cas no ambiente corporativo: da teoria à prática. 
São Paulo: CREF 4/SP, 2019.
	INTRODUÇÃO
	CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO E LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RECREAÇÃO E LAZER
	Formação do profissional de Educação Física na Recreação Lazer 
	Ludicidade no ambiente de trabalho 
	Empresas
	Turismo
	Cruzeiros
	Atividades ambientais 
	Atividades de recreação em espaços livres
	Competências que os participantes podem aprender
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Síntese

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