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Wilson Rogério Rescigno RECREAÇÃO E LAZER E-book 4 Neste E-Book: INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3 CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO E LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RECREAÇÃO E LAZER �������������������������������������4 Formação do profissional de Educação Física na Recreação Lazer �����������������������������������������������������������������������5 Ludicidade no ambiente de trabalho ���������������������������������������7 Empresas ���������������������������������������������������������������������������������17 Turismo ������������������������������������������������������������������������������������19 Cruzeiros ����������������������������������������������������������������������������������20 Atividades ambientais �����������������������������������������������������������23 Atividades de recreação em espaços livres ��������������������������24 Competências que os participantes podem aprender ���������30 CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������������������34 SÍNTESE �������������������������������������������������������������������� 35 2 INTRODUÇÃO Estamos chegando ao fim de nossos estudos na disciplina de Recreação e Lazer. Neste módulo, es- tudaremos a formação do profissional de recreação e lazer, seus diferenciais e suas características es- senciais; vamos enfatizar a importância da recrea- ção no ambiente laboral e analisaremos, também, as possibilidades de atuação em diversos locais nos quais o profissional de recreação é imprescindível. Então, vamos estudar mais um pouco, pois essa é a nossa base e isso fará a diferença em sua carreira profissional! 3 CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO E LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RECREAÇÃO E LAZER Neste tópico, aprofundaremos a discussão sobre a formação do profissional de Educação Física na área da recreação e lazer; verificaremos quais as características necessárias e virtudes essenciais para o desempenho da profissão, bem como os possíveis locais de atuação e suas especificidades. Vamos destacar o desenvolvimento de atividades de recreação no ambiente laboral, sua importância para os colaboradores, dimensionamento de espaços, e maneiras proveitosas de utilização. SAIBA MAIS Antes de começarmos o próximo tópico, que tal assistirmos à palestra Seja Protagonista da sua Carreira, de Fábio Saba? Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=XKUdfBEbV9g&t=40s 4 https://www.youtube.com/watch?v=XKUdfBEbV9g&t=40s https://www.youtube.com/watch?v=XKUdfBEbV9g&t=40s Formação do profissional de Educação Física na Recreação Lazer Os profissionais de recreação projetam e lideram atividades de lazer em diversas instalações, como escolas, clubes, acampamentos, parques, centros aquáticos, centros para idosos, e empresas, esti- mulando atividades relacionadas a artes, esportes, programas de aventura, entre outros. Isayama (2002) cita alguns pontos fundamentais para esse profis- sional trabalhar na área do lazer: ● Relacionar teoria e prática, mas repensando a ideia do lazer como teoria e a recreação como a prática; ● Ter característica multidisciplinar, com forma- ção em diferentes áreas, sempre ampliando seus conhecimentos; ● Adquirir sólida formação conceitual e prática, com participação em culturas e áreas diversas, possibili- tando experiências para além da sala de aula; ● Buscar formação continuada no campo do lazer (espaço de intervenção). Além da escola, interven- ção em vários locais na comunidade, tanto público como privado. Acreditamos que, além de ser um bom professor, é preciso estar em constante atualização, repensando o trabalho, a prática relacionada à teoria, e buscan- do a multidisciplinariedade dentro da atuação; bem como participando, sempre que possível, de ativi- dades culturais, esportivas, manuais, intelectuais, artísticas e turísticas. 5 Segundo Silva (2010), o segmento do lazer apresenta, ao profissional de educação física/recreador, inú- meras opções, devido ao crescimento das áreas de atuação, como os parques temáticos, o lazer nas empresas e o ecoturismo. Ao mesmo tempo em que se abrem portas e surgem novas oportunidades, é imprescindível a atualização do currículo com par- ticipações em palestras, cursos e congressos, ofe- recendo assim melhor capacitação, unindo a teoria com a prática adquirida. Os recreadores são a “alma” do evento, da festa ou da programação recreativa, sendo responsável pela interação e pela participação prazerosa das pessoas nos equipamentos e ambientes de lazer. O recreador pode aprender inúmeras práticas recreativas, como esculturas em balão, maquiagem facial, rodas can- tadas, mágicas, clown e palhaço, artes circenses, entre outras. Para alcançar sucesso como recreador, o profissional de Educação Física deve realizar algumas ações e manter atitudes como: 1. Operacionalizar atividades de lazer; 2. Elaborar, planejar e executar programas recreativos; 3. Animar e liderar atividades recreativas; 4. Promover eventos e situações positivas para todo tipo de público; 5. Oferecer explicações claras e objetivas aos participantes; 6 6. Oportunizar momentos prazerosos e de integra- ção aos participantes; 7. Zelar pelos materiais utilizados nas atividades; 8. Oferecer segurança aos participantes e respon- sabilizar-se por sua integridade física; 9. Conhecer e oferecer primeiros socorros, se/quan- do necessário; 10. Dar exemplo a todos; 11. Respeitar e adequar as regras dos jogos, brin- cadeiras e brinquedos; 12. Avaliar o processo recreativo; 13. Realizar pesquisas acadêmicas com a temática “Recreação e Lazer”; 14. Estar sempre uniformizado; 15. Não se envolver com participantes; 16. Não fumar e não beber em hipótese alguma; 17. Ter a competência de criar e recriar os jogos e brincadeiras; 18. Estabelecer condutas éticas e morais. Acesse o Podcast 1 em Módulos Ludicidade no ambiente de trabalho Ao percorrer o caminho da ludicidade corporati- va, não podemos dissociar um colaborador do ser humano. O que parece óbvio, para muitos, não é. Algumas vezes, mergulhados nas rotinas e cobran- 7 https://famonline.instructure.com/files/708158/download?download_frd=1 ças mercadológicas, os líderes de uma organização não percebem que, por trás daquele colaborador, há um ser humano único; com desejos e necessidades individuais, com emoções únicas e que passaram e passam por um processo de desenvolvimento hu- mano que não finda com a chegada da idade adulta e, por fim, que a busca pela qualidade de vida – que também é pessoal e intransferível – é uma ação diá- ria que rege nossas decisões e comportamentos. (TANIL, 2019) Recreação e lazer é um tema que deixou de fazer parte do espaço pessoal e está presente na esfera do trabalho, como um componente bastante significati- vo. As organizações modernas percebem e valorizam a importância da saúde, do bem-estar e do cresci- mento pessoal e profissional dos colaboradores, e acreditam programas de bem-estar podem ajudar os colaboradores a levar uma vida mais saudável. Com as pessoas passando muito tempo no ambiente profissional e nos deslocamentos, algumas mudan- ças foram feitas nos locais de trabalho, incluindo sua transformação em um ambiente vital de saúde pública para atividades físicas de recreação e lazer. Colaboradores saudáveis e em boa forma têm maior probabilidade de serem regulares no trabalho, com um baixo índice de absenteísmo, além de apresen- tarem melhor comportamento profissional; tenden- do, assim, a serem mais produtivos. As atividades de lazer e recreação oferecidas aos colaboradores fornecem a eles um meio para equilibrar a carga de 8 trabalho com outros interesses de lazer e uma plata- forma para sociabilização. Atualmente, as pessoas passam mais tempo no local de trabalho do que em suas próprias casas e têm menos tempo para dedi- cação a atividades de lazer e de recreação fora do ambiente laboral. Dadas as consequências negati- vas à saúde devido à inatividadefísica, é importante considerar essa promoção de recreação e lazer nas empresas em geral. Vamos estudar a definição operacional de alguns termos: ● Recreação no local de trabalho: refere-se às ati- vidades realizadas ou patrocinadas pela organiza- ção para melhorar o bem-estar social e físico dos colaboradores. ● Satisfação no trabalho: refere-se ao estado emo- cional dos colaboradores e influencia sua percepção do ambiente de trabalho. ● Desempenho no trabalho: refere-se à produtivida- de dos colaboradores. ● Bem-estar: preocupa-se com a saúde dos colabo- radores; avaliando: nível de estresse, taxa de visitas a hospitais, custos com assistência médica, resis- tência, força muscular e incidência de estresse. Ao projetar um local de trabalho, o mais importan- te é garantir que ele seja definido para aumentar a produtividade. Isso pode significar muitas coisas e, de fato, ainda estamos aprendendo sobre como otimizar o espaço para esse fim. Porém, a atenção 9 dada ao projeto pode atingir esse objetivo. A próxima etapa a se pensar é como manter os colaboradores relaxados e felizes. Isso contribui para maximizar a produtividade; colaboradores felizes e relaxados são menos propensos a ceder ao estresse e mais propensos a usar sua energia durante o horário em que estão realmente trabalhando. É por esse motivo que alguns locais de trabalho modernos estão for- necendo aos colaboradores áreas de convivência onde eles possam relaxar. Esses “espaços de des- contração” devem estar separados do espaço real de trabalho, de forma que permitam às pessoas se desconectarem, durante os intervalos ou horário de almoço para recarregarem as energias. Em suma, acredita-se que oferecer um espaço tranquilo reduz o estresse dos colaboradores e, como resultado, aumenta a produtividade. Além de um espaço de descontração, também pode ser uma ideia produtiva projetar uma área de lazer, na qual os colaboradores possam obter a mesma desconexão saudável do trabalho por 20 a 30 mi- nutos por dia, mas também possam ter momentos de diversão e aumentar vínculos com os colegas de trabalho. Existem algumas maneiras fáceis de cultivar esse espaço: ● Salas de jogos – talvez essa seja a abordagem mais comum e que contribui com vários aspectos relacionados à produtividade, incluindo satisfação no trabalho, moral, inovação e criatividade. A ideia geral é reservar um espaço e equipá-lo com jogos que os colaboradores possam utilizar; como bilhar, 10 tênis de mesa, pebolim, sistemas de videogame e qualquer outra atividade que se encaixe e que pareça apropriada. Esse tipo de espaço está sendo projetado por muitas empresas jovens e tudo indica que ele ajuda a associar escritórios à ideia de sociabilização e diversão, em vez de apenas um lugar para trabalhar. ● Salas de TV – ter uma sala de TV para dar uma pausa aos colaboradores, desde que isso não aconte- ça o tempo todo, pode ser bom para a unidade do es- critório. Acompanhar as notícias de manhã, durante o café, pode ser uma boa maneira de começar o dia. ● Salas de criação – esse não é um conceito pre- definido e pode ter diferentes formas; porém, dado que um dos propósitos do espaço de recreação e relaxamento é promover a criatividade, um espaço reservado para empreendimentos criativos pode con- tribuir para pausas calmas e intelectualmente esti- mulantes do trabalho. Nessa sala, pode-se colocar alguns materiais de artesanato, objetos como uma pequena estação de trabalho em madeira. Qualquer uma das opções pode fornecer aos colaboradores o espaço perfeito para relaxar e se reconectar ao traba- lho. O interessante é encontrar algo que se adapte a um determinado ambiente da empresa e permita aos colaboradores alguns momentos de prazer dentro da rotina do trabalho. Esses espaços são uma ótima maneira de melhorar o relacionamento interpessoal, a comunicação e o vínculo dentro da equipe. 11 Sabemos, no entanto, que criar uma área de lazer que mude o foco da empresa e sua cultura não é uma tarefa fácil, pois a concepção de tais espaços não acontece de maneira rápida. Ela demanda um planejamento adequado. Simplesmente disponibilizar uma mesa de sinuca ou de tênis de mesa não garan- te os efeitos desejados. Nessa etapa de criação do espaço, de definição de atividades e de implementa- ção do projeto, se faz necessária a presença de um profissional de Educação Física. Apresentamos algumas razões pelas quais as em- presas devem avaliar a possibilidade de implementar uma sala para recreação e lazer. ● Produtividade A equipe mais produtiva é aquela que sabe como equilibrar trabalho e lazer. Sentar e trabalhar con- tinuamente apenas prejudica a produtividade, por- tanto, uma pausa bem merecida certamente alivia as tensões. ● Satisfação no Trabalho Quando os colaboradores se sentem satisfeitos com o trabalho que realizam, tendem a desenvolver leal- dade para com a empresa. A cultura e o ambiente também têm esse efeito positivo. Uma sala de re- creação incentivará ainda mais os colaboradores a interagirem além de questões relacionadas ao traba- lho, e isso facilitará a comunicação e a integração. 12 ● Inovação e criatividade Um ambiente de trabalho divertido é onde as ativi- dades formais e informais ocorrem regularmente. Esse ambiente incentiva a criatividade, a inovação e a colaboração. ● Moral Quando uma empresa mostra que cuida do bem-estar de sua equipe, o moral dos colaboradores aumenta naturalmente. A realização de eventos ou torneios internos pode ser outra maneira de promover a com- petição e a motivação saudáveis. ● Eficiência Quando uma equipe recebe crédito pelo trabalho duro que está fazendo, a eficiência aumenta. Para alguém que é introvertido, uma área de jogos pode ajudar a sair da timidez e a desenvolver relacionamentos com os colegas. Além do apresentado, um espaço reservado para re- creação e lazer também pode gerar benefícios signi- ficativos para a empresa, evitando problemas como: ● Absentismo Existe uma forte relação entre o absentismo dos colaboradores e a qualidade do local de trabalho. Todos gostam de ir trabalhar, se o local de trabalho é interessante e positivo. 13 ● Alta rotatividade A rotatividade de colaboradores é menor em uma empresa que oferece um lugar melhor do que as con- correntes. As vantagens oferecidas pela empresa aos seus colaboradores geram aumento da confiança. ● Estresse Quando momentos mais leves e divertidos fazem par- te do cronograma, há uma diminuição nos níveis de estresse. Este é, frequentemente, causa de diminuição do vigor mental e de desequilíbrio emocional; as ha- bilidades de comunicação podem ser prejudicadas e aparecem os problemas de saúde. Portanto, é funda- mental um local onde o colaborador possa se acalmar ou se sentar para descansar e não pensar em trabalho – espaços para recreação ou lazer facilitam isso. ● Custos com assistência médica Diz-se, com razão, que uma mente saudável é sinô- nimo de um corpo saudável. Quanto mais saudável a equipe, menores serão os custos com assistência médica. ● Frustração Empresas e indivíduos frequentemente perseguem objetivos agressivos, o que, às vezes, leva a momen- tos de frustração. Os espaços de recreação podem ser uma ótima maneira de reduzir a frustração e a ansiedade, canalizando energias negativas de uma maneira divertida. 14 Um espaço descontraído e um ambiente agradá- vel proporcionam o aumento da produtividade e da felicidade. Sabemos que os locais de trabalho são considerados uma das maiores fontes de estresse no mundo corporativo. Muitas vezes, tudo o que a equipe precisa é de alguns minutos para relaxar em um local calmo, a fim de se sentir revigorada para enfrentar o resto do dia. Uma área de lazer bem pro- jetada pode ajudar os colaboradores a voltar ao tra- balho com mais dedicação e concentração. O foco de uma empresa de qualquer tamanho é o trabalho e os níveis de produtividade que precisam ser alcançados para atingir(e exceder) as metas. O sucesso de uma empresa geralmente depende da equipe e das pessoas à frente dela. A motivação tem impacto direto na rapidez com que a empresa avança, expande e lucra; portanto, é crucial garantir que os colaboradores tenham tudo o que precisam no local de trabalho para desempenhar da melhor maneira possível. Juntamente com o equipamento, ferramentas e suporte corretos, a equipe precisará relaxar e se recuperar por períodos predefinidos, ao longo do dia. Fazer pausa para lanches ou almoçar no posto de trabalho pode dar a sensação de que as pessoas estão sobrecarregadas. Assim, é crucial oferecer um local apropriado, longe do ambiente laboral, no qual a equipe possa se desligar um pouco das tarefas e das pressões para recuperar a energia e voltar com mais foco e concentração. 15 Apresentamos mais algumas sugestões de locais onde os colaboradores possam realmente relaxar. Um lugar diferenciado – Obviamente, o espaço de rela- xamento será, um pouco, como o restante da empresa, pois estarão no mesmo prédio – além de manter a cultura organizacional. No entanto, é muito importante que os ambientes tenham separações bem definidas para que a equipe perceba que realmente se desligou, por algum tempo, do seu ambiente de trabalho. É es- sencial que a decoração e a distribuição dos equipa- mentos sejam atrativas, com cores diferenciadas – o objetivo é ser o mais alegre e descontraído possível. Um espaço confortável – Se a equipe trabalhar em mesas e cadeiras (postos de trabalho) durante a maior parte do dia, é interessante que haja poltro- nas mais confortáveis para propiciar um verdadeiro relaxamento. Figura 1: Fonte: Freepik� 16 https://br.freepik.com/fotos-gratis/cara-de-tiro-medio-com-taco-de-bilhar-jogando-bilhar_5626046.htm#page=5&query=sinuca&position=6&from_view=search Empresas Em muitas organizações, os programas de qualida- de de vida do trabalhador inserem, em suas ações, atividades de lazer para seus colaboradores, a fim de contribuir principalmente para as boas relações sociais, para o relaxamento e para a redução do es- tresse. De acordo com Ogata e Simurro (2009), uma nova visão de bem-estar e qualidade de vida vem surgindo, substituindo o medo de morrer pelo prazer de viver, propondo ações de caráter preventivo e não de tratamento. Partindo desse pressuposto, inserções de dinâmicas lúdicas periódicas dentro dos programas de ginástica laboral podem ser instrumentos motivadores com- portamentais que, por estarem presentes na jornada de trabalho, ajudam a promover nos colaboradores o desejo de mudança positiva e alterar a percepção de sua responsabilidade diante das práticas de atividade física. Para Tanil (2019), o grande desafio é despertar no colaborador a percepção de pertencimento, de gerar nele a sensação de que essas ações são au- tênticas e visam realmente ao seu bem-estar. Maciel (2009) também ressalta que devemos ter cuidado para não aplicar propostas de lazer como efeitos analgésicos, pois isso poderá mascarar a doença ou a dor e trará uma alta dose de energia rápida, que se dissipará depressa e tudo voltará à fase inicial. 17 Por isso, deve-se realmente trabalhar para que os colaboradores se tornem protagonistas da ação, dando a eles oportunidade de construir junto com a empresa o planejamento das ações, seja por meio de pesquisas, enquetes de desejos, observações do ambiente de trabalho, grupos de apoio, entre outros. Essas atividades recreativas dão a toda a equipe a chance de entender os pontos fortes e fracos um do outro. Esse conhecimento deve ser utilizado durante o trabalho e ajudar a aumentar a produtividade e a melhorar a vida profissional dos envolvidos. Um co- laborador não desempenha de maneira satisfatória suas atribuições, se não se sentir valorizado. Esse sentimento de desvalorização pode surgir se a pes- soa não for capaz de expressar suas preocupações e ideias abertamente. As atividades recreativas são a maneira perfeita de resolver isso, pois fornece aos colaboradores um fórum para discutir seus proble- mas e refletir sobre eles. O trabalho, não raras vezes, acaba se tornando re- petitivo. As atividades recreativas também podem ajudar a quebrar esse padrão, pois trazem uma vi- bração positiva. Isso, por sua vez, mantém a força de trabalho unida e o bem-estar é compartilhado entre colegas, o que resulta em uma melhor produtividade. REFLITA As empresas estão constantemente preocupa- das em melhorar tanto o desempenho de seus colaboradores quanto sua produção. Assim, as 18 vendas crescem e surgem propostas mais atra- tivas de parecerias, aumentando o faturamento. Para que esse processo aconteça, muitos empre- sários buscam a assessoria do profissional de Educação Física – principalmente dos especia- listas em recreação e lazer – para trabalhar com seus colaboradores, por acreditarem que sabemos o melhor caminho a seguir nessa área. Vamos re- fletir. Temos as ferramentas para dar esse retorno aos empresários? Sabemos como suprir essa de- manda? Esse nicho de mercado precisa ser mais bem explorado, você não acha? Precisamos nos preparar para isso! Turismo Lazer e recreação são, frequentemente, pré-requisitos para o turismo. Os limites entre recreação e turismo são pouco claros, pois ambas as atividades compar- tilham os mesmos ambientes e instalações e, quando aliadas, podem resultar em ganhos financeiros para ambas, conforme demonstrado abaixo: ● Medidas tomadas para melhorar o ambiente, con- servar e restaurar o patrimônio público beneficiam tanto a recreação quanto o turismo; ● A provisão de alta qualidade de recreação, ge- ralmente, aumenta o interesse turístico na área e gera demandas por acomodações e outros serviços. Produtos turísticos também podem ser criados com melhorias dos recursos; 19 ● Empreendimentos de lazer – como parques te- máticos – sempre ajudam a atrair turistas para as proximidades. É difícil traçar uma linha onde a recreação termina e o turismo começa. É importante entender que am- bos trabalham para salvar o meio ambiente e tentam utilizá-lo da forma mais sustentável possível. Além disso, ambos têm o mesmo público a ser alcançado, e tanto a recreação quanto o turismo fazem uso das instalações públicas. Cruzeiros Os serviços de recreação e lazer disponibilizados em navios de turismo estão, muitas vezes, sob a responsabilidade de profissionais de Educação Física e essa é uma área de atuação que exige bastante dedicação e profissionalismo. Em contrapartida, é uma forma de atuação que agrada a muitos profis- sionais, não só pelas particularidades específicas como também pela remuneração oferecida. A pre- sença de profissionais de Educação Física atuando como recreadores é agora um dos elementos fixos de serviços fornecidos pela maioria dos cruzeiros pelo mundo, sendo especialmente importante, já que as atividades recreativas predominam ao longo da viagem. A programação cuidadosa das atividades é funda- mental para a participação dos passageiros. A atua- ção do profissional de recreação e lazer em navios é 20 muito semelhante às desenvolvidas em hotéis que oferecem esse tipo de serviço. As responsabilidades são diversas e começam pela organização do tempo de lazer, além de adequação das atividades notur- nas às faixas etárias pertinentes. Também é muito comum dar atenção especial e de forma inclusiva a passageiros com limitações e deficiências. O tra- balho diferenciado dos profissionais de Educação Física em navios agrega ainda mais prazer e satisfa- ção aos passageiros; é essa busca pela excelência no desenvolvimento das atividades que influencia o bem-estar do turista. Você sabe quais são as características mais impor- tantes do profissional de Educação Física que atua nesse segmento? Esse tipo de atividade de lazer baseia-se em conhe- cimentos práticos, mas também requer engajamen- to, comprometimento e interesse para evoluir cons- tantemente. É preciso ter um elevado nívelcultural, conhecer sobre hábitos e costumes de diferentes povos e de vários países. Outra característica muito importante é a habilidade interpessoal e, consequen- temente, a comunicação. Nessa área, quem trabalha com recreação e lazer tem a possibilidade de despertar reações positivas entre pessoas diferentes e em circunstâncias diversas, isso é de grande valia para criar o interesse na participa- ção das atividades propostas – e essa caraterística tem como base o otimismo e a energia positiva. 21 Além disso, o profissional deve ser cordial e estar sempre disponível para auxiliar os participantes nas atividades; ter boa condição física e emocional; de- monstrar habilidades de liderança e hospitalidade; dominar línguas estrangeiras; ter conhecimentos so- bre animação (teórica e prática), adaptação a novas situações, entre outros. O profissional de Educação Física deve ainda ser sim- pático, tolerante, confiável, atualizado e humanista; bem como possuir senso de humor e boa capaci- dade de resolução de problemas – em resumo, “ser profissional” no sentido mais amplo da expressão. Muitas outras características e habilidades deve ter o profissional que pretende trabalhar com recreação e lazer, porém, a valorização profissional acontece naturalmente, quando as exigências são grandes e a necessidade de preparação se faz necessária. FIQUE ATENTO Observe um exemplo de anúncio de emprego para trabalho em navios de cruzeiro. Analise se suas características estão de acordo com as exigên- cias. Se for do seu interesse, prepare-se para esse mercado. Recreador Esportivo (Sports Staff) – Depto. de Entretenimento Requisitos: acima de 21 anos, possuir inglês fluen- te, ter experiência na área de Recreação e Lazer e formação superior em Educação Física. 22 Salário: de US$ 870 até US$ 1.700 Trabalhará com entretenimento, realizando ginca- nas, competições e atrações nas áreas de lazer do navio. Atividades ambientais As pessoas têm uma necessidade inerente de se conectar com a natureza e a recreação desempenha um papel vital nessa atividade. A conexão com a natureza está associada à melhoria da saúde cog- nitiva, mental e física; e à melhoria de criatividade, bem como de comportamentos sociais positivos. Instituições e associações também encontram be- nefícios econômicos associados ao ecoturismo, por meio da provisão e da administração de lugares e espaços ao ar livre e do desenvolvimento de políticas, programas e serviços facilitadores relacionados a ambientes naturais. Essas atividades continuam a ser respaldadas pela recreação. Mais recentemente, com a necessidade de aumentar o contato com a natureza, a recreação passou a contribuir em projetos seguros e sustentá- veis por meio da exploração de parques, trilhas, rios, reservas ambientais, entre outros, apoiando, assim, políticas públicas que garantem o desenvolvimento de projetos urbanos que maximizam as oportunida- des de vida saudável e ativa. 23 Para muitas pessoas os parques urbanos são uma das poucas oportunidades de praticarem alguma atividade física ao ar livre; por esse motivo, esses parques desempenham um papel essencial na saúde e bem-estar da comunidade. Eles urbanos servem como ambientes em que os indivíduos entram em contato a natureza e podem observar plantas e ani- mais nativos. Acesse o Podcast 2 em Módulos Atividades de recreação em espaços livres Nos últimos anos, o treinamento outdoor (ao ar livre, fora da empresa) tem sido um dos sistemas de trei- namento mais procurados. É um método educacional que utiliza atividades físicas em meio à natureza, com base na experiência sensorial e no conhecimen- to da situação, ou seja, é baseado na “pedagogia ex- periencial”. Esta consiste na realização de atividades de lazer em espaços livres, complementadas com treinamentos relacionados à atividade desenvolvida pelo colaborador dentro da empresa. Esse tipo de treinamento costuma ser muito eficaz, pois proporciona a elevação do nível de aptidão física, emocional, cognitiva, social e espiritual de todos os participantes; além de desenvolver talen- to, criatividade, inteligência, motivação e coesão dos colaboradores, permitindo que a empresa res- 24 https://famonline.instructure.com/files/708161/download?download_frd=1 ponda com agilidade a situações de mudanças do mundo moderno. O programa de treinamento ao ar livre deve ser direcionado de forma específica e personalizada, adaptado às necessidades de cada empresa. As atividades podem ser variadas – como recreação e lazer, treinamentos, esportes e atividades culturais – e desenvolvidas de acordo com as habilidades e atitudes necessárias aos colaboradores. Atualmente, esse tipo de treinamento é bastante uti- lizado para o aprimoramento da gestão empresarial, e as competências desenvolvidas incluem a capa- cidade de se comunicar, de cooperar e de encontrar soluções para os problemas. Um fator de atenção nessa forma de aprendizado é o retorno que o parti- cipante fornece ao profissional de Educação Física. A experiência do professor em lidar com diferentes reações deve servir de estímulo para alcançar os objetivos programados previamente. Os treinamentos ao ar livre estão relacionados aos jogos cooperativos e aos jogos de estratégia, bem como a atividades aquáticas, de rapel, escalada, ci- clismo, acampamento, canoagem e caiaque, além de outras, baseadas nas experiências de trabalho dos participantes – e devem fazer conexão direta ou indireta com as atividades e exigências do trabalho na empresa. 25 Os tipos básicos de treinamento ao ar livre são os seguintes: Atividades de recreação – uma maneira mais des- contraída de treinamento ao ar livre. Seu objetivo é principalmente entretenimento, lazer, reabilitação de energia física e mental. Proporciona aos colabora- dores uma experiência diferenciada do cotidiano da empresa, promovendo diversão e apoiando a melho- ria das relações e a comunicação eficaz. Espírito de equipe – chamada experiência de valor agregado. O objetivo é motivar e unir a equipe de tra- balho e fortalecer as relações comerciais informais. O espírito de equipe geralmente é concebido dinami- camente, com ênfase na experiência. Por exemplo, atividades de aventura, de cordas ou rapel. Coesão de equipe – o tipo mais complexo. Nesse caso, a essência da equipe está na elaboração da sua construção. É uma formação sistemática de desen- volvimento de equipes e visa a melhorar o relaciona- mento. Pode ter como base um programa específico, no qual as equipes são expostas a novas situações, que devem ser resolvidas em grupo. Em seguida, as experiências e soluções são discutidas em uma reunião conjunta com os instrutores e avaliadas por todos. Esse tipo de atividade fornece ótimo feedback sobre a capacidade de cooperação e de comunicação dentro do grupo – o que está, na maioria das vezes, atrelada a resultados. 26 Desenvolvimento individual – todos os princípios do aprendizado experimental podem ser usados tanto para as equipes quanto para os colaboradores indivi- dualmente, com o objetivo de melhorar sua eficácia, encontrando pontos fortes e fracos, e aprimorar a capacidade de comunicação, a eficiência no trabalho e a cooperação. Centro de avaliação externa – uma forma de diag- nóstico externo de indivíduos. Possibilita encontrar profissionais com habilidades apropriadas para o ingresso na empresa. Qual a eficácia do treinamento ao ar livre? Foi no início dos anos 1980 que as empresas co- meçaram a implementar treinamentos ao ar livre. Focado no desenvolvimento do trabalho em equipe, principalmente entre colaboradores e diretoria, esse tipo de treinamento costuma combinar o treinamento tradicional com experiências de aprendizado prático, que consiste em uma atividade física desafiadora, porém segura. A diferença desse tipo de atividade é que – dife- rentemente de outras formas de aperfeiçoamento gerencial – ela requer que os diretores participem junto comos demais colaboradores, em vez de a gerência apenas liderar as sessões. O treinamento ao ar livre pode ser encarado como algo sem grande importância para a empresa, por ser dscontraído e sem retorno mensurável, mas ele é muito sério e demanda grande planejamento pelos 27 profissionais envolvidos. E é justamente esse enga- jamento dos professores que gera a credibilidade do trabalho. É de fundamental importância para alcance do suces- so que os profissionais facilitadores do treinamento se reúnam com os diretores da empresa para deci- direm o que desejam implementar e qual a estrutura de trabalho a ser seguida. Após traçar as metas, os facilitadores elaboram um plano que atenda aos re- quisitos específicos, uma proposta de atividades que resulte em benefícios para os colaboradores e que gere, efetivamente, pontos positivos para a empresa. Lembre-se sempre de que essas atividades devem relacionar o treinamento ao ar livre ao trabalho que o colaborador exerce diariamente dentro da empresa. Após o término da atividade, é preciso destinar um período para “revisar e refletir” sobre todos os fatores envolvidos na realização da tarefa. É nesse momento que se faz a transferência de aprendizagem, e no qual perguntas podem ser feitas aos participantes para ratificar como o treinamento pode ser relacionado a seu papel na empresa. Tipos de atividades que podem atender necessidades de algumas empresas: Rafting: é uma mistura de aventura e ousadia. Consiste em descer um rio em botes infláveis com capacidade para equipes de até sete pessoas. De acordo com o objetivo da atividade, alguns profis- sionais podem sugerir que os participantes vendem 28 os olhos e remem todos em conjunto, fortalecendo o trabalho em equipe. Essa prática pode despertar a confiança entre os membros da equipe. Tirolesa: exercício individual, no qual toda a equipe torce pela superação do participante, que faz voos sobre vales e cachoeiras, preso a um cabo de se- gurança. Esse exercício desenvolve o equilíbrio e a autoconfiança individual, mas também pode ensinar a equipe a torcer pelo sucesso e progresso do time. Canoagem: pode ser executada em pares. Cada par deve remar em conjunto com a mesma força e re- sistência. Nesse tipo de atividade, os participantes aprendem a importância do outro para a vitória, lu- tam lado a lado por um único objetivo e comemoram juntos cada pequeno objetivo alcançado. A comuni- cação também é peça fundamental nessa atividade. É importante destacar a relevância da reunião com a diretoria, a preparação e o conhecimento do grupo pelos professores e, principalmente, o planejamento baseado nisso – atividades em duplas, trios ou até mesmo grupo –, de acordo com os objetivos prede- terminados. É de suma importância a elaboração de questionários para a coleta de informações como: características dos participantes, proximidades, limi- tações, inimizades, entre outras; além da aplicação de uma anamnese física. 29 Competências que os participantes podem aprender Um dos principais objetivos desse método de trei- namento é fornecer informações à administração da empresa para um entendimento mais aprofun- dado das características e potencialidades dos co- laboradores. Esse tipo de atividade pode subsidiar setores responsáveis pela aplicação mais eficaz de estratégias de desenvolvimento humano no cotidiano empresarial, possibilitando aos colaboradores tra- balharem juntos de forma mais eficiente. Há muitas habilidades que os participantes podem aprender, incluindo o trabalho em equipe, resolução de proble- mas, análise de riscos, autoestima e comunicação interpessoal. Benefícios Os empregados aumentam sua experiência em re- lação aos riscos de acidentes, devido às atividades desenvolvidas durante o treinamento, pois elas obje- tivam elevar o nível de atenção e concentração sobre a atividade real e sua finalidade. Os colaboradores exibem seus verdadeiros sentimen- tos quando participam de atividades de aventura e também começam a visualizar a verdadeira perso- nalidade de seus colegas de trabalho. As atividades ao ar livre proporcionam aos participan- tes a superação de suas limitações. A participação dos diretores e demais colaboradores unindo forças 30 para o êxito de tarefas facilitam o rompimento de barreiras de comunicação e resolução de situações de trabalho em escalas diferentes de hierarquia. Os participantes são colocados em uma experiência de coesão, o que melhora a eficácia da interação e atri- bui confiança aos membros da equipe. As fronteiras entre a administração e os colaboradores diminui, o respeito profissional é estimulado sem a presença do medo, o que torna o aprendizado divertido e muito menos estressante. Desvantagens Nem todos os colabores da empresa vão querer par- ticipar do treinamento ao ar livre, por isso, é impor- tante considerar as diferentes culturas e crenças dos envolvidos. Algumas atividades ao ar livre envolvem o ato de tocar, e algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis porque consideram tocar como uma invasão de privacidade. Atividades ao ar livre podem discriminar os colabora- dores mais velhos ou aqueles que estão fisicamente destreinados. Diferentes capacidades físicas podem criar sentimentos de inferioridade; se um colaborador é um atleta melhor que seu gerente, este pode se sentir inferior na atividade – esse sentimento, por sua vez, pode ser estendido e ameaçar a posição de autoridade do gerente dentro da empresa. Os treinamentos ao ar livre são divertidos e trans- ferem valores significativos e também exposição à falhas, mas, quando os participantes voltam ao 31 trabalho, alguns podem não conseguir transferir o que aprenderam para as suas tarefas do dia a dia. Programas de treinamento ao ar livre bem estrutura- dos e com resultados efetivos podem ter um custo elevado para determinadas empresas. Certamente, não é um substituto para o treinamen- to clássico tradicional, mas o treinamento ao ar li- vre oferece o aumento de energia que as empresas tanto buscam. Isso pode inspirar confiança e criar relacionamentos duradouros entre a diretoria e os colaboradores. No entanto, é pertinente considerar os prós e os contras do treinamento ao ar livre, antes de implementá-lo. É essencial ter em mente que os colaboradores não devem ser obrigados a participar de atividades de treinamento em que não se sintam confortáveis. Finalmente, algumas orientações essenciais aos profissionais de Educação Física responsáveis por treinamentos ao ar livre: eles não são um conjunto de atividades para mera diversão ou recreação. Essas características até fazem parte do processo, porém, é importante estar atento para alguns pontos que podem interferir no resultado e ocasionar a perda do foco da ação: ● Garanta que toda atividade ensine uma lição e deixe isso claro aos participantes; ● Considere a cultura, as crenças e as atitudes dos envolvidos. Pode ser que nem todos se sintam à vontade com o envolvimento nas atividades, então, pondere isso com antecedência; 32 ● Planeje ações para os colaboradores com limita- ção ou deficiência física e mais velhos; ● Assegure-se de que o nível de dificuldade não deixe os participantes constrangidos e reforce a importância da participação e do empenho durante as atividades. O aprendizado e o desenvolvimento são a base para as empresas contemporâneas. Elas conseguem per- ceber como o treinamento impacta a satisfação do cliente, e até mesmo os custos mais baixos com crescimento mais rápido. Figura 2: Fonte: Freepik� 33 https://br.freepik.com/fotos-gratis/escalada-no-lazer_5401082.htm#page=1&query=alpinismo&position=0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste último módulo da disciplina de Recreação e Lazer, foi possível aprofundar conhecimentos so- bre as características exigidas do profissional de Educação Física, as particularidades do desenvol- vimento em diferentes espaços de atuação e a for- mação pertinente para trabalhar nessesespaços. Enfatizamos as possibilidades de atuação e o nível de importância do profissional de recreação e lazer ao desenvolver treinamentos para colaboradores de empresas, em atividades ao livre, além de toda a responsabilidade com o planejamento e o alcance dos objetivos propostos. Foi possível verificar, também, o quanto o profissional de Educação Física especializado em recreação e la- zer tem relevância social para o desenvolvimento de atividades que agregam valores fundamentais, tanto para a sociedade quanto para empresas e que, como consequência, geram aumento de produção e alinha- mento dos negócios. Sendo assim, o profissional de Educação Física que atua na área de Recreação e Lazer deve estar ciente de que temos todas as ferra- mentas necessárias para chegar mais longe! 34 SÍNTESE Recreação e Lazer CONTEÚDO: Requisitos importantes na formação do profissional de Educação Física, na área de Recreação e Lazer: - Relacionar teoria e prática; - Ter característica multidisciplinar; - Possuir sólida formação conceitual e prática; - Estar em formação continuada no campo da Recreação e Lazer. Áreas de atuação do profissional de Recreação e Lazer - Ludicidade no ambiente de trabalho; - Trabalho em empresas; - Turismo; - Cruzeiros; - Atividades ambientais; - Atividades outdoor. Referências Bibliográficas & Consultadas BRAMANTE, A. C.; PINA, L. W. A. C.; SILVA, M. R. Gestão de espaços e equipamentos de esporte e lazer. Curitiba: Intersaberes, 2020. [Biblioteca Virtual] GONÇALVES, P. S.; HERNANDEZ, S. S. S.; RONCOLI, R. N. Recreação e lazer. Porto Alegre: SAGAH, 2018. [Minha Biblioteca] ISAYAMA, H. F. Lazer em estudo: currículo e for- mação profissional. Campinas: Papirus, 2015. [Biblioteca Virtual] ISAYAMA, H. F. Recreação e lazer como inte- grantes de currículos dos cursos de graduação em Educação Física. Campinas: Faculdades de Educação Física, Tese de doutorado, 2002. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/han- dle/REPOSIP/275362. Acesso em: 29 mar. 2020. MACIEL, M. G. Lazer corporativo: estratégias para o desenvolvimento de recursos humanos, São Paulo: Phorte, 2009. [Biblioteca Virtual] MARCELLINO, N. C. Lazer e recreação: repertório de atividades por ambientes. Campinas: Papirus, 2013. [Biblioteca Virtual] MARCELLINO, N. C. Lazer: formação e atuação profissional. Campinas: Papirus, 2013. [Biblioteca Virtual] MARCELLINO, N. C. Repertório de atividades de recreação e lazer: para hotéis, acampamentos, pre- feituras, clubes e outros. Campinas: Papirus, 2019. [Biblioteca Virtual] OGATA, A.; Simurro, S. Guia prático de qualida- de de vida: como planejar e gerenciar o melhor programa para a sua empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. [Biblioteca Virtual] PIERONI, M. C. B. B.; SERAGLIA, M. C.; NAKASHIMA, L. E. M. Atividades físicas recrea- ção e jogos. São Paulo: Pearson, 2013. [Biblioteca Virtual] SILVA, J. V. P. Lazer e esporte no século XXI: novi- dades no horizonte? Curitiba: Intersaberes, 2020. [Biblioteca Virtual] SILVA, T. A. C.; GONÇALVES, K. G. Manual de Lazer e Recreação: o mundo lúdico ao alcance de todos. São Paulo: Phorte, 2010. [Biblioteca Virtual] TANIL, A. S. F.; MONTREZOL, F. T. Dinâmicas lúdi- cas no ambiente corporativo: da teoria à prática. São Paulo: CREF 4/SP, 2019. INTRODUÇÃO CARACTERÍSTICAS DA FORMAÇÃO E LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RECREAÇÃO E LAZER Formação do profissional de Educação Física na Recreação Lazer Ludicidade no ambiente de trabalho Empresas Turismo Cruzeiros Atividades ambientais Atividades de recreação em espaços livres Competências que os participantes podem aprender CONSIDERAÇÕES FINAIS Síntese
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