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Análise de Negócios: além das 
Planilhas
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Análise de Negócios: além das Planilhas • 2/12
Objetivos de aprendizagem
• Observar as limitações das planilhas para a análise de negócios e o 
impacto nos resultados.
• Compreender as características de uma ferramenta adequada para a 
análise de negócios.
Análise de Negócios: além das Planilhas
Desenvolvido por Eduardo Bullentini e Adauto Damasio em 2019 baseado no 
livro Delivering Business Analytics – Practical Guidelines for Best Practice, 
publicado em 2015 por John Wiley & Sons.
https://player.vimeo.com/video/490029662
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Introdução
Para realizar a análise de negócios, é importante ter em mãos as ferramentas corre-
tas que permitam o desenvolvimento de um trabalho com eficácia e eficiência, de 
modo que seja possível extrair o máximo de valor das informações geradas. No en-
tanto, ter uma ferramenta disponível não significa que ela é a melhor solução de apli-
cação para um problema ou situação – neste caso, estamos falando especificamente 
das planilhas (spreadsheets). 
Com o tempo, a flexibilidade das planilhas aumentou, e as linguagens de script e 
programação facilitaram a realização de análises mais avançadas. Isso significa que se 
o analista precisasse de determinada funcionalidade que não estivesse disponível,
poderia desenvolver e adicionar ao programa.
Diante desse “poder” e da facilidade de uso, a maioria das empresas passou a fun-
cionar com base no uso de planilhas. 
Análise de Negócios e Planilhas
Neste momento, é importante perguntar: a planilha é a ferramenta mais adequada 
para realizar o meu trabalho? Se o seu trabalho é somente a análise de dados, é pro-
vável que ela seja a ferramenta certa. No entanto, se o objetivo é realizar a análise 
de negócios, a planilha é uma ferramenta fraca em comparação a outras possibi-
lidades que temos hoje no mercado.
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Porém, as planilhas não oferecem nenhum desses controles de verificação, forçando duas abor-
dagens que demandam tempo e custo: ou a equipe investe tempo para desenvolver os contro-
les, ou ela audita todos os resultados antes de serem executados.
Dificuldade de automação 
O tempo e o custo, mais uma vez, entram como fatores que tornam a utilização de planilhas uma 
solução fraca para a análise de negócios, mas, neste momento, isso se refere à falta de suporte para a 
automação. Uma vez que a análise de negócios envolve a transformação de dados em informações de 
qualidade operacionalmente executáveis, esses dados precisam estar integrados a outros sistemas de 
decisão e gerenciamento de atividades. No entanto, as planilhas não conseguem fazer isso de modo 
significativo, ou seja, não suportam a automação desses processos e nem podem ser integradas a 
outros sistemas operacionais, regredindo a análise de negócios à simples análise de dados que não 
oferece diferenciação ou vantagem competitiva. Vale ressaltar que a automação não é simplesmen-
te o ato de repetir uma ação, como copiar e colar dados (isso é possível fazer com as planilhas), mas 
analisar a informação prévia antes de executar uma ação, com base em dados que podem estar em 
constante mudança e atualização e baseados em outros sistemas de operação (isso não é possível 
fazer com as planilhas).
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Resultados fracos 
As planilhas geram resultados ruins para a análise de negócios, e isso acontece porque nem 
sempre os algoritmos mais complexos necessários para a análise de negócios são 
implementados corretamente no programa. A planilha não tem habilidade interna para 
acompanhar diferentes versões e revisões de documentos, apresentando erros tipográficos que 
podem gerar outros erros durante a realização da análise. 
Outro problema, sendo este ainda mais relevante, é que a planilha limita a escalabilidade, fator 
que impacta diretamente em uma das vantagens competitivas da análise de negócios. A incapa-
cidade de escalar está relacionada aos seguintes itens: Complexidade desnecessária; criação de 
despesas administrativas; limitação da capacidade de organização para automatizar processos.
Dificuldade de auditar e reutilizar
A melhor maneira de gerenciar o risco é padronizar os processos, para torná-los repetíveis e 
auditáveis. Para isso, devemos codificá-los de maneira rígida e bem definida no sistema, possibili-
tando a verificação da validade dos dados antes de executar o que for preciso, certificando que 
os resultados da análise serão precisos e de qualidade. 
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Dados
Lógica
Escolha das ferramentas certas para a análise de negócios
Com base no que estudamos até aqui, podemos reforçar que não é porque uma 
ferramenta está disponível que ela é a melhor solução para realizar a análise de 
negócios. Sendo assim, compreender as possibilidades e as limitações de cada uma 
são pontos essenciais para escolher o que melhor se adequa aos resultados esperados 
pela organização. Neste caso, as melhores ferramentas devem suportar 
requisitos estratégicos e que promovam vantagem competitiva. 
Uma característica importante que deve ser oferecida pela ferramenta escolhida é a 
separação entre: 
https://player.vimeo.com/video/490029821
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A abordagem das planilhas é misturar dados e lógica, ou seja, dados brutos e cálculos são 
tratados da mesma forma; algo que parece simplificar o processo, por fim, impossibilita 
a reutilização de dados existentes, uma vez que eles serão simplesmente duplicados 
para outro fim sem distinção e, com o tempo, geram alto risco de gerar resultados ruins, 
imprecisos e desatualizados. 
Quanto maior a complexidade da análise de dados, mais difícil é fazer essa manipulação 
completa por meio de planilhas. 
A importância de escolher uma ferramenta que separe dados e lógica é que as 
informações processadas serão armazenadas em tabelas diferentes, que poderão ser 
reutilizadas de diferentes maneiras e para diversos problemas e situações, uma vez que os 
seus dados serão analisados e filtrados antes que sejam aplicados para a execução de uma 
resposta.
Dessa forma, os resultados gerados apresentam poucos riscos, pois os dados utilizados 
estavam de acordo com os requisitos definidos.
Outra característica importante é utilizar ferramentas escaláveis. Isso significa que a 
equipe de análise de dados deve prever a extensão dos seus requisitos de processamento 
ao longo dos próximos anos, para ter em mãos uma ferramenta que suporte esse 
crescimento e não se torne obsoleta ou incompatível com a carga de dados rapidamente. 
Os problemas futuros devem ser dimensionados e previstos, para que a ferramenta esteja 
de acordo com a realidade de crescimento da organização. 
Teoricamente, as ferramentas são substituíveis, mas, na prática, os processos acabam 
sendo definidos de acordo com a ferramenta utilizada. Ou seja, se ela não foi a melhor 
escolha, com o tempo, a equipe terá de lidar com uma série de restrições causadas pela 
ferramenta, e substituí-la, o que acarreta a reengenharia de processos e atividades que já 
tinham sido definidos.
Lembremos também que toda e qualquer mudança pode gerar riscos, então, esse tipo 
de troca também pode ser perigosa para a organização. Outro fator que influencia 
diretamente na substituição da ferramenta é a resistência da própria equipe em mudar a 
maneira como faz o seu trabalho, de modo que pode-se preferir lidar com as limitações 
existentes do que repensar todos os processos devido à implementação de outra 
ferramenta.
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Por fim, uma ferramenta eficaz deve suportar a automação dos processos, ou seja, a 
equipe de análise de negócios deve ter umaferramenta que possibilite a execução das 
suas atividades sem supervisão.
A maior vantagem de ir além das planilhas para realizar a análise de negócios é reduzir 
significativamente a complexidade o risco, além de suportar o crescimento da 
organização e a geração de informações precisas e de qualidade para suportar a tomada 
de decisão. Fazer uma escolha que difere do uso de planilhas, muitas vezes, envolve 
treinamento da equipe, adaptação ao uso de uma nova ferramenta e investimento de 
capital para a introdução de algo que, provavelmente, vai provocar mudanças culturais na 
forma de executar tarefas.
Em Resumo
O uso de planilhas nas organizações é algo rigorosamente comum nos dias atuais. Muitas 
são as empresas que as utilizam em larga escala. Porém, elas possuem limites e podem não 
ser uma boa ferramenta de gestão em função de não serem escaláveis. Além disso, elas 
misturam dados e lógica, o que não é conveniente para a Análise de Negócios. Uma boa 
ferramenta deve permitir a automação dos processos.
Leia o artigo de Rick Sherman sobre avaliação e seleção de 
ferramentas para BI (Business Intelligence) no link que 
segue:
 < https://searchbusinessanalytics.techtarget.com/feature/How-to-
evaluate-and-select-the-right-BI-analytics-tool >.
Saiba Mais
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Na ponta da língua
https://player.vimeo.com/video/490029933
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Referências Bibliográficas
1. STUBBS, Evan. Delivering Business Analytics – Practical Guidelines for Best 
Practice. John Wiley & Sons, Inc, 2013. ISBN: 9781118370568
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1. Por que a planilha não é a opção mais eficaz e 
adequada para a análise de negócios?
a) O uso de planilhas sempre gera resultados irreais em relação aos 
processos.
b) O uso de planilhas limita a escalabilidade.
c) O uso de planilhas torna o processo mais complexo, garantindo a 
escalabilidade.
d) O uso de planilhas oferece suporte para a automação.
a) Garantir, por si só, a competitividade da organização. 
b) Garantir a eficácia e a definição dos processos.
c) Acompanhar a validação dos dados e a execução dos processos.
d) Projetar a lucratividade, independentemente das mudanças no mercado.
2. Uma ferramenta adequada para a análise de ne-
gócios deve fazer o que?
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3. Quais características devem ser priorizadas na escolha 
de uma ferramenta para realizar a análise de negócios?
a) Diferenciar dados e lógica, permitir a reutilização de dados, possibilitar a 
escalabilidade de acordo com o crescimento da complexidade da organização e 
suportar a automação.
b) Tratar dados e lógica da mesma forma para simplificar o processo, possibilitar 
a escalabilidade de acordo com o crescimento da complexidade da 
organização e suportar a automação.
c) Tratar dados e lógica da mesma forma, permitir a reutilização de dados com 
o acompanhamento contínuo da equipe e suportar a automação.
d) Tratar dados e lógica da mesma forma para simplificar o processo, validar os 
dados sem supervisão e suportar a automação.
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Livro de Referência:
Delivering Business Analytics – Practical 
Guidelines for Best Practice
John Wiley & Sons
2015

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