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tics 1 JALECO BRANCO

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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA
 SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS III
Lusivânia de Brito Matos
3° PERÍODO
ATIVIDADE ACADÊMICA
TIC´s – JALECO BRANCO 
PARNAÍBA-PI
2024
De acordo com a literatura como podemos classificar a hipertensão leve e a moderada?
Hipertensão é a elevação sustentada em repouso da pressão arterial sistólica (≥ 130 mmHg), diastólica (≥ 80 mmHg) ou de ambas. A hipertensão de causa desconhecida, classificada como primária (antiga hipertensão essencial), é a mais comum. Hipertensão com uma causa identificada (hipertensão secundária) geralmente ocorre por causa de aldosteronismo primário. Apneia do sono, doença renal crônica, obesidade ou estenose da artéria renal são outras causas de hipertensão secundária. Habitualmente, não há desenvolvimento de sintomas, a menos que a hipertensão seja grave ou de longa duração. Obtém-se o diagnóstico com esfigmomanômetro. Pode-se realizar exames para determinar a causa, avaliar as repercussões e identificar outros fatores de risco cardiovascular. O tratamento inclui modificação do estilo de vida e administração de diuréticos, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), BRA e bloqueadores dos canais de cálcio.
A classificação da hipertensão arterial de acordo com as diretrizes médicas geralmente segue os critérios estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pela American Heart Association (AHA). Aqui está uma descrição geral das classificações com base nos níveis de pressão arterial:
1. Hipertensão Leve (Estágio 1):
 - Pressão arterial sistólica (PAS): entre 140-159 mmHg
 - Pressão arterial diastólica (PAD): entre 90-99 mmHg
 - Nesse estágio, o tratamento geralmente envolve mudanças no estilo de vida e monitoramento regular da pressão arterial. Dependendo dos fatores de risco e da presença de doenças cardiovasculares ou complicações, o médico pode considerar iniciar terapia medicamentosa.
2. Hipertensão Moderada (Estágio 2):
 - Pressão arterial sistólica (PAS): entre 160-179 mmHg
 - Pressão arterial diastólica (PAD): entre 100-109 mmHg
 - Nesse estágio, as mudanças no estilo de vida são essenciais e frequentemente combinadas com medicação anti-hipertensiva. O tratamento visa reduzir a pressão arterial para diminuir o risco de complicações cardiovasculares.
3. Hipertensão Grave (Estágio 3 ou Crise Hipertensiva):
 - Pressão arterial sistólica (PAS): 180 mmHg ou superior
 - Pressão arterial diastólica (PAD): 110 mmHg ou superior
 - Este estágio representa uma emergência médica e requer intervenção imediata para evitar complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca aguda, entre outros. O tratamento geralmente envolve a administração de medicamentos anti-hipertensivos de ação rápida, como nitroglicerina ou labetalol, em um ambiente hospitalar.
Essas classificações podem variar ligeiramente dependendo das diretrizes específicas e das características individuais do paciente. O acompanhamento médico regular e a adaptação do tratamento são fundamentais para o manejo eficaz da hipertensão arterial.
Qual a diferença entre a Hipertensão do Jaleco Branco e a Hipertensão Mascarada?
Hipertensão do Jaleco branco
 A hipertensão do jaleco branco ocorre em indivíduos com níveis pressóricos normais aferidos em domicílio ou registrados no MAPA, porém as medidas de consultório encontram-se acima dos limiares para diagnóstico de hipertensão (“cut-off”, considerados valores > 140x90mmHg). Na ausência de dados das medidas ambulatoriais, o paciente pode receber tratamento inapropriado e experimentar efeitos colaterais potencialmente graves.
Contudo, apesar de não apresentarem indicação de hipotensores nesse momento, são pacientes que demandam atenção e acompanhamento precoce, já que tem 2,5 vezes mais chance de evoluírem com hipertensão arterial no futuro em comparação a indivíduos normotensos tanto no consultório quanto nas medidas externas. É importante saber que a mortalidade cardiovascular deste grupo de pacientes é maior que em pré-hipertensos. 8% destes pacientes já apresentam hipertrofia ventricular esquerda.
Hipertensão Mascarada
Pacientes sem diagnóstico ou tratamento de hipertensão que apresentam níveis pressóricos adequados nas medidas de consultório, porém com registros elevados na MRPA (> 130x80mmHg) ou MAPA (> 135x85mmHg). É o fenômeno oposto da hipertensão do jaleco branco.
Ocorre mais frequentemente em pacientes mais jovens com hipertrofia ventricular esquerda e níveis pressóricos normais na avaliação clínica, além disso, deve ser suspeitada naqueles com história familiar de hipertensão, diabetes, obesidade e múltiplos fatores de risco cardiovasculares. Tem maior risco de lesão de órgãos alvo que a hipertensão do jaleco branco, com risco cardiovascular quase tão grande quanto dos pacientes com diagnóstico de hipertensão arterial.
Conclusão
Os dados de pressão obtidos no consultório não deveriam ser usados isoladamente para definir um paciente como hipertenso ou normotenso, ou mesmo para definir controle adequado de indivíduos em uso de terapia anti-hipertensiva. A síndrome do jaleco branco consiste no efeito do jaleco branco (superestimar a pressão de indivíduos hipertensos na visita ao consultório), hipertensão do jaleco branco (alteração da pressão apenas na consulta com valores normais no monitoramento externo) e hipertensão mascarada (valores ilusoriamente normais durante a consulta). Apesar de eventuais confusões com a nomenclatura, tem definições precisas e implicações distintas para os pacientes, merecendo mais atenção pelos profissionais da saúde.
REFERÊNCIAS
RIGONATTO, Rayne Ramos Fagundes et al. Escore SAGE em Normotensos e Pré-Hipertensos: Uma Prova de Conceito. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 120, 2023.
ADDM, Feitosa et al. Diretrizes Brasileiras de Medidas da Pressão Arterial Dentro e Fora do Consultório–2023. 2023.
JUNIOR, Adilson Boson Almeida et al. ESTRATÉGIAS ATUAIS PARA A PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO. Epitaya E-books, v. 1, n. 41, p. 11-31, 2023.
Diretrizes. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020.
OHISHI, Mitsuru. Hypertension with diabetesmellitus: physiology and pathology. Hypertension research, v. 41, n. 6, p. 389-393, 2018.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Artmed editora, 2017.

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