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Desafio
Um grupo de pesquisadores deseja realizar um levantamento sobre os efeitos da poluição ambiental em espécies de orquídeas, a fim de comparar exemplares saudáveis, os quais estão localizados em áreas sem poluição atmosférica, com exemplares expostos a ambientes com elevada poluição ambiental. Esse grupo de pesquisa necessita efetuar estudos em uma UC bem preservada.
O professor responsável pela pesquisa realizou o cadastro no Instituto Estadual de Florestas (por se tratar de uma UC estadual), solicitando: monitorar a qualidade do ar no interior da UC; e percorrer a UC para analisar possíveis exemplares de orquídeas mortas.
Após a autorização do órgão ambiental, deu-se início aos trabalhos de pesquisa, e o professor resolveu coletar algumas espécies para analisá-las em laboratório. Ao deixarem a UC, os pesquisadores foram informados pelos guardas florestais de que estavam empreendendo uma prática predatória, a qual era considerada um crime ambiental, pois os exemplares não poderiam sair da área da UC.
Qual é a sua opinião como futuro profissional da área ambiental?O professor estava certo em coletar exemplares, uma vez que possuía autorização do órgão estadual, ou os guardas estavam certos em sua decisão? Por que estes alegaram que o grupo estava cometendo um crime ambiental? Justifique sua resposta.
Padrão de resposta esperado
Os guardas ambientais estavam totalmente corretos em sua atitude, já que o grupo de pesquisa não havia solicitado a autorização para retidada dos espécimes por meio do sistema SISBio (autorização e informação em biodiversidade). Embora o grupo tivesse autorização do órgão estadual, esta era apenas para a realização de análises físicas na própria UC, e não para a retirada de espécies vegetais. Além do mais, não compete aos órgãos estaduais/municipais fornecer autorização de coleta e transporte de material botânico, fúngico e microbiológico. O professor responsável deveria, assim, ter solicitado uma autorização no SISBio.
Dessa forma, o grupo estava cometendo um crime ambiental, definido como qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que compõem o ambiente: flora, fauna, recursos naturais e patrimônio cultural. Por violar um direito protegido, esse crime é passível de sanção (penalização), que é regulada por lei. O ambiente é protegido pela Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), que determina as sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Essa lei, em seus artigos 38 a 53, ressalta os crime contra a flora, sendo considerado crime ambiental: causar destruição ou danos à vegetação de Áreas de Preservação Permanente, em qualquer estágio, ou a UCs; provocar incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocá-lo em qualquer área; realizar extração, corte, aquisição, venda e exposição para fins comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de florestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral; impedir ou dificultar a regeneração natural de qualquer forma de vegetação; destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; e comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.

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