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ATLETA Diferenciar os tipos de atletas Artigo: Atleta, classificação e deveres; · Profissional: tem como ênfase a perspectiva do trabalho, visando a busca de resultados e de um meio de sustento; · Amador: caracteriza-se por sua prática não profissional, é pautado no lazer, e traz como objetivos o prazer e a diversão. Autonomia do fisioterapeuta desportivo CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL RESOLUÇÃO Nº. 337, DE 08 DE NOVEMBRO DE 2007. (DOU nº. 21, Seção 1, em 30/01/2008, página 184) Reconhece a Especialidade de Fisioterapia Esportiva e Considerando a importância do esporte para a saúde, bem como a manutenção da saúde funcional do indivíduo para a prática esportiva; Considerando a atividade física voltada para a promoção, o restabelecimento e/ou manutenção do estado de saúde, para a prática esportiva amadora e profissional e para o lazer como área de atuação do Fisioterapeuta, amplamente estudada e reconhecida; RESOLVE: Art. 1º – Reconhecer a Especialidade Fisioterapia Esportiva como própria e de exercício exclusivo por Fisioterapeutas que assim forem distinguidos, na forma da Resolução COFFITO nº. 336, de 08/11/2007. § 1º. – A Atuação do Fisioterapeuta na Especialidade em Fisioterapia Esportiva se caracteriza pelo exercício profissional desde a promoção de atenção básica direta à saúde do paciente por meio do diagnóstico fisioterapêutico bem como a eleição e execução de métodos fisioterapêuticos pertinentes a este, observando os seguintes aspectos relacionados à prática esportiva: I – Atividade física no contexto da saúde, do esporte e do lazer; II – Exercício físico e condicionamento físico dentro do processo da recuperação funcional, seguindo os critérios de retorno à prática esportiva; III – Relação do esporte e atividade física no contexto da saúde coletiva e da prevenção das lesões; IV–Fisiologia do exercício, propriedades biomecânicas do tecido músculo-esquelético e características biomecânicas das lesões esportivas; V – Fatores predisponentes (extrínsecos e intrínsecos) relacionados com as modalidades esportivas; VI – Fatores epidemiológicos e predisponentes à ação da assistência fisioterapêutica especializada na área; VII–Contextualização dos diferentes níveis de complexidade de atenção à saúde e das políticas públicas de saúde, com enfoque especial para a Atenção Básica garantindo a promoção da saúde de atletas profissionais, praticantes de atividades esportivas, incluindo aqueles com deficiência ou necessidades especiais, bem como a prevenção de lesões e a recuperação funcional em casos de comprometimentos; Mecanismo de lesão muscular (sinais, sintomas, tipos e classificação) http://rbo.org.br/detalhes/4738/pt-BR#:~:text=Mecanismos%20de%20les%C3%A3o&text=Pode%20ser%20de%20causa%20funcional,causar%20uma%20lacera%C3%A7%C3%A3o%20ou%20contus%C3%A3o. Atualização em ortopedia e traumatologia do esporte. Revista Brasileira de Ortopedia- Lesão muscular: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8856841/ A causa da lesão muscular pode ser considerada indireta ou direta. · Lesão indireta: está relacionada à falta de contato. Pode ser de causa funcional, por sobrecarga mecânica ou estrutural; · Lesões diretas: ocorrem por impacto, o que pode causar uma laceração ou contusão. · Lesões traumáticas: mais de 90% de todas as lesões relacionadas ao esporte são contusões ou distensões. As lacerações musculares são as lesões menos frequentes no esporte. · Lesões atraumaticas: representadas por cãibras e pela dor muscular. A distensão afeta especificamente os tendões e a junção músculo-tendínea, que são as ligações entre um músculo e um tendão. Já o estiramento muscular ocorre após o músculo ser alongado além do seu limite, as fibras presentes no músculo sofrem lesões e causam dor e uma sensação de estalido. Contusão é como se fosse uma batida. Classificação de acordo com a gravidade: A classificação da lesão muscular em 3 níveis ainda é bem conhecida e utilizada. Geralmente é baseado em achados clínicos relacionados à extensão da ruptura do tecido muscular, conforme descrito a seguir. · Estiramentos e contusões leves (grau I), (menor que 5% da secção transversa do músculo) representam uma lesão de apenas algumas fibras musculares com pequeno edema e desconforto devido ao alongamento excessivo, acompanhados de nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimento. Apresenta um bom prognostico e a restauração das fibras é rápida. · Estiramentos moderados e contusões (grau II) afeta cerca de 5 a 50% das fibras, causam maior dano ao músculo, com evidente perda de função (capacidade de contrair). É possível palpar um pequeno defeito muscular, no local da lesão, e um leve hematoma local com eventual equimose ocorre em 2 a 3 dias. A evolução para cura costuma durar de 2 a 3 semanas e, em ~1 mês, o paciente pode retornar às atividades físicas de forma lenta e cuidadosa. · Estiramento ou contusão grave (grau III) lesão completa do musculo que se estende por toda a sessão transversal do músculo e resulta em perda virtualmente completa da função muscular e dor intensa. A falha na estrutura muscular é evidente, e a equimose costuma ser extensa, muitas vezes distante do local da ruptura. Este tipo de lesão requer reabilitação intensa e por longos períodos de até 3 a 4 meses. O paciente pode permanecer com algum grau de dor por meses após a ocorrência e tratamento da lesão. O Gap é quando há um espaço, devido a ruptura completa. Equimose: são manchas na pele, devido ao extravasamento sanguíneo quando alguns vasos são rompidos, decorrentes de algumas lesões, por exemplo as musculares; Claudicação: são dores, geralmente nas pernas, ocasionado por o baixo fluxo sanguíneo. Fases da reabilitação na lesão muscular Fisiopatologia: A cicatrização do músculo esquelético segue uma ordem constante, sem grandes alterações dependendo da causa (contusão, estiramento ou laceração). Três fases foram identificadas neste processo: destruição, reparação e remodelação. As duas últimas fases (reparo e remodelação) se sobrepõem e estão intimamente relacionadas. · Fase 1: destruição – caracterizada pela ruptura, que gera uma alteração no sarcômero e posterior necrose das miofibrilas, pela formação de hematoma no espaço formado entre o músculo rompido e pela proliferação de células inflamatórias. Inicia no instante da lesão, e dura de 3 até 7 dias. · Fase 2: reparação e remodelação – consiste na fagocitose do tecido necrótico, regeneração de miofibrilas e produção concomitante de tecido cicatricial conjuntivo, bem como neoformação vascular e crescimento neural. Inicia da primeira a segunda semana e se estende até a terceira a sexta semana após a lesão. · Fase 3: remodelação – período de maturação das miofibrilas regeneradas, contração e reorganização do tecido cicatricial e recuperação da capacidade funcional muscular. Inicia na sétima semana e se estende até três ou seis meses após a lesão. Tratamento fisioterapêutico preventivo da lesão muscular Revista Brasileira de Ortopedia- Lesão muscular: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8856841/ Artigo Abordagem da Lesão Muscular: Fases de Cicatrização, Tratamento Conservador e Opções Terapêuticas da Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação. · Prevenção para lesões: As lesões podem ser prevenidas, mas dependem de diversos fatores, como a alimentação, idade, e desequilíbrios musculares, que podem ser avaliados a partir da avaliação. Por exemplo: avaliações do equilíbrio muscular. Outras formas de prevenir é fazer mobilidade e alongamentos. · Tratamento pós lesões: A mobilização precoce induz aumento da vascularização local na área da lesão, melhor regeneração das fibras musculares e melhor paralelismo entre a orientação das miofibrilas regeneradas quando comparada à restrição de movimento. No entanto, rerrupturas no local original do trauma são comuns se a mobilização ativa começar imediatamente após a lesão. Recomenda-seum curto período de imobilização com bandagem adesiva firme ou semelhante. Este período de descanso permite que o tecido cicatricial se reconecte à falha muscular. O paciente deve usar muletas para as lesões musculares mais graves dos membros inferiores, principalmente nos 3 a 7 dias iniciais. · Fase aguda (I): O tratamento imediato para lesões musculares esqueléticas ou qualquer lesão de tecidos moles é conhecido como princípio de Proteção, Repouso, Gelo, Compressão e Elevação (PRICE). P de Protection (Proteção): deve se proteger a região que se machucou de qualquer contato ou movimento excessivo. R de Rest (Descanso): a região afetada deve descansar. Qualquer esforço pode atrapalhar a recuperação. I de Ice (Gelo): deve-se aplicar gelo imediatamente após a lesão. O gelo minimiza a formação de edema (“inchaço”), e isso vai favorecer uma recuperação mais rápida. C de Compression (Compressão): a área afetada deve ser comprimida para que se forme uma pressão que impeça o aumento do edema. Essa compressão pode ser feita com a própria bolsa de gelo ou através de bandagens ou faixas. E de Elevation (Elevação): a área afetada deve ser elevada, ficando acima da altura do tronco. O repouso do membro lesado logo após o trauma evita a retração muscular tardia ou a formação de um gap muscular maior, reduzindo o tamanho do hematoma e, consequentemente, o tamanho do tecido conjuntivo cicatricial. Com relação ao uso de gelo, foi demonstrado que o uso precoce da crioterapia está associado a um hematoma significativamente menor no gap de fibras musculares rompidas, com menor inflamação, com regeneração acelerada. Recomenda-se a combinação de aplicação de gelo e compressão em turnos de 15 a 20 minutos, repetidos em intervalos entre 30 e 60 minutos, pois esse tipo de protocolo resulta em diminuição de 3° a 7°C da temperatura intramuscular e em 50 % de redução do fluxo sanguíneo intramuscular. Por fim, a elevação do membro acima do nível do coração resulta em diminuição da pressão hidrostática, diminuindo o acúmulo de líquido no espaço intersticial. · Tratamento pós-fase aguda O treinamento isométrico (contração muscular em que o comprimento do músculo permanece constante e a tensão muda) pode ser iniciado sem o uso de pesos e, posteriormente, com a adição deles. Atenção especial deve ser dada para garantir que todos os exercícios isométricos sejam executados sem dor. O treinamento isotônico (contração muscular na qual o tamanho do músculo muda e a tensão é mantida) pode ser iniciado quando o treinamento isométrico é realizado sem dor com cargas resistidas. O exercício isocinético com carga mínima pode ser iniciado uma vez que os dois exercícios anteriores sejam realizados sem dor. A aplicação local de calor ou “terapia de contraste” (quente e frio) pode ser valiosa, acompanhada de cuidadoso alongamento passivo e ativo do músculo afetado. Ressalta-se que qualquer atividade de reabilitação deve ser iniciada com o aquecimento adequado do músculo lesionado.
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