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MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 1 BethCursinoCursos JACAREÍ AUTORES DIVERSOS *JACQUES DELORS- OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO. EDUCAÇÃO: UM TESOURO A DESCOBRIR. 1990- Congresso Mundial de Educação para TODOS- Tailândia CAPÍTULO 1-da comunidade de base à sociedade mundial A comunicação universal Um mundo multirriscos A entrada neste mundo multirrisco”, ou pressentido como tal, constituído por elementos ainda por decifrar, é uma das características dos finais do século XX, que perturba e inquieta profundamente a consciência mundial. O local e o global CAPÍTULO 2-da coesão social à participação democrática Uma educação à prova da crise das relações sociais A educação e a luta contra as exclusões CAPÍTULO 3-do crescimento econômico ao desenvolvimento humano Um crescimento econômico mundial profundamente desigual A procura de educação para fins econômicos Uma reflexão necessária: os prejuízos do progresso CAPÍTULO 4-os quatro pilares da educação Aprender a conhecer NOVO MODELO DE EDUCAÇÃO Aprender a fazer Aprender a conviver Aprender a ser *PAULO FREIRE- PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA. Capítulo l - NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA 1-Ensinar exige rigorosidade metodológica Ensinar não se esgota no tratamento do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. E estas condições exigem a presença de educadores e de educandos criadores, investigadores, inquietos, curiosos, humildes e persistentes. 2-Ensinar exige pesquisa Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Hoje se fala muito no professor pesquisador, mas isto não é uma qualidade, pois faz parte da natureza da prática docente a MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 2 BethCursinoCursos indagação, a busca, a pesquisa. Precisamos que o professor se perceba e se assuma como pesquisador. 3-Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos A escola deve respeitar os saberes dos educandos – socialmente construídos na prática comunitária - discutindo, também, com os alunos, a razão de ser de alguns deles em relação ao ensino dos conteúdos. Por que não aproveitar a experiência dos alunos que vivem em áreas descuidadas pelo poder público para discutir a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde? 4-Ensinar exige criticidade A superação, ao invés da ruptura, se dá na medida em que a curiosidade ingênua, associada ao saber comum, se criticiza, aproximando-se de forma cada vez mais metodologicamente rigorosa do objeto cognoscível, tornando-se curiosidade epistemológica. 5-Ensinar exige estética e ética A necessária promoção da ingenuidade à criticidade não pode ser feita sem uma rigorosa formação ética e estética. Decência e boniteza andam de mãos dadas. Mulheres e homens, seres histórico-sociais, tornamo-nos capazes de comparar, de valorar, de intervir, de escolher, de decidir, de romper. 6-Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo Quem pensa certo está cansado de saber que palavras sem exemplo pouco ou nada valem. Pensar certo é fazer certo (agir de acordo com o que pensa). Não há pensar certo fora de uma prática testemunhal, que o re-diz em lugar de desdizê-lo. 7- Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. É próprio do pensar certo a disponibilidade ao risco, a aceitação do novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim como critério de recusa ao velho não é o cronológico. O velho que preserva sua validade encarna uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo. 8-Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. É fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que, iluminados intelectuais, escrevem desde o centro do poder. 9-Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural A questão da identidade cultural, com sua dimensão individual e da classe dos educandos, cujo respeito é absolutamente fundamental na prática educativa progressista, é problema que não pode ser desprezado. Capítulo 2 - ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO 1.Ensinar exige consciência do inacabamento - como professor crítico sou predisposto à mudança, à aceitação do diferente. 2-Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado "Gosto de ser gente, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado... Afinal, minha presença no mundo não é a de quem se adapta, mas a de quem nele se insere". E a posição de MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 3 BethCursinoCursos quem luta para não ser apenas objeto, mas também sujeito da história. 3-Ensinar exige respeito à autonomia do ser educando O professor, ao desrespeitar a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, ao ironizar o aluno, minimizá-lo, mandar que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, ao se eximir do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, ao se furtar do dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência. 4-Ensinar exige bom senso O exercício do bom senso, com o qual só temos a ganhar, se faz no corpo da curiosidade. Neste sentido, quanto mais colocamos em prática, de forma metódica, a nossa capacidade de indagar, de comparar, de duvidar, de aferir, tanto mais eficazmente curiosos nos podemos tornar e mais crítico se torna o nosso bom senso. 5-Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores Como ser educador sem aprender a conviver com os diferentes? Como posso respeitar a curiosidade do educando se, carente de humildade e da real compreensão do papel da ignorância na busca do saber, temo revelar o meu desconhecimento?A luta dos professores em defesa de seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética. Ainda que a prática pedagógica seja tratada com desprezo, não tenho por que desamá-la e aos educandos. 6-Ensinar exige apreensão da realidade Como professor, preciso conhecer as diferentes dimensões que caracterizam a essência da minha prática. O melhor ponto de partida para estas reflexões é a inconclusão do ser humano. Aí radica a nossa educabilidade, bem como a nossa inserção num permanente movimento de busca. 7-Ensinar exige alegria e esperança O meu envolvimento com a prática educativa jamais deixou de ser feito com alegria, o que não significa dizer que tenha podido criá-la nos educandos. Parece-me uma contradição que uma pessoa que não teme a novidade, que se sente mal com as injustiças, que se ofende com as discriminações, que luta contra a impunidade, que recusa o fatalismo cínico e imobilizante não seja criticamente esperançosa. 8-Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível. É o saberda História como possibilidade e não como determinação. O mundo não é, está sendo. Meu papel histórico não é só o de constatar o que ocorre, mas também o de intervir como sujeito de ocorrências. 9-Ensinar exige curiosidade Como professor, devo saber que, sem a curiosidade que me move, não aprendo nem ensino. A construção do conhecimento implica o exercício da curiosidade, o estímulo à pergunta, a reflexão crítica sobre a própria pergunta. O fundamental é que professor e alunos saibam que a postura deles é dialógica, aberta, curiosa, indagadora e não apassivada. A dialogicidade, no entanto, não nega a validade de momentos explicativos, narrativos. O bom professor faz da aula um desafio. Seus alunos cansam, não dormem. Capítulo 3 - ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA 1. Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade - A Segurança é fundamentada na competência profissional, MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 4 BethCursinoCursos portanto a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor. 2-Ensinar exige comprometimento Não posso ser professor sem me pôr diante dos alunos, sem revelar com facilidade ou relutância minha maneira de ser, de pensar politicamente. Não posso escapar à apreciação dos alunos. E a maneira como eles me percebem tem importância capital para o meu desempenho. Daí, então, que uma de minhas preocupações centrais deva ser a de procurar a aproximação cada vez maior entre o que digo e o que faço, entre o que pareço ser e o que realmente estou sendo. Isto aumenta em mim os cuidados com o meu desempenho. 3-Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo Outro saber de que 'não posso duvidar na minha prática educativo-crítica é que, como experiência especificamente humana, a educação é uma forma de intervenção no mundo. Intervenção esta que, além do conhecimento dos conteúdos, bem ou mal ensinados e/ou aprendidos, implica tanto o esforço da reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento. 4-Ensinar exige liberdade e autoridade O problema que se coloca para o educador democrático é como trabalhar no sentido de fazer possível que a necessidade do limite seja assumida eticamente pela liberdade. Sem os limites, a liberdade se perverte em licença e a autoridade em autoritarismo. 5-Ensinar exige tomada consciente de decisões Voltemos à questão central desta parte do texto - a educação, especificidade humana, como um ato de intervenção no mundo. Quando falo em educação como intervenção me refiro tanto a que aspira a mudanças radicais na sociedade, no campo da economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde, quanto a que, reacionariamente, pretende imobilizar a História e manter a ordem injusta. 6-Ensinar exige saber escutar Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é falando aos outros, de cima para baixo, sobretudo, como se fôssemos os portadores da Verdade a ser transmitida aos demais, que aprendemos a escutar, mas é escutando que aprendemos & falar com eles. 7-Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica Saber igualmente fundamental à prática educativa do professor é o que diz respeito à força, às vezes, maior do que pensamos da ideologia. É o que nos adverte de suas manhas, das armadilhas em que nos faz cair. A ideologia tem a ver diretamente com a ocultação da verdade dos fatos, com o uso da linguagem para penumbrar ou opacizar a realidade, ao mesmo tempo em que nos torna míopes. 8-Ensinar exige disponibilidade para o diálogo Nas minhas relações com os outros, que não fizeram necessariamente as mesmas opções que fiz, no nível da política, da ética, da estética, da pedagogia, nem posso partir do pressuposto que devo conquistá-los, não importa a que custo, nem tampouco temer que pretendam conquistar-me. É no respeito às diferenças entre mim e eles, na coerência entre o que faço e o que digo, que me encontro com eles. 9-Ensinar exige querer bem aos educandos O que dizer e o que esperar de mim, se, como professor, não me acho tomado por este outro saber, o de que preciso estar aberto ao gosto de querer bem, às vezes, à coragem de querer bem aos educandos e à própria prática educativa de que participo. Nem a arrogância é sinal de competência nem a competência é causa de arrogância. Certos arrogantes, pela simplicidade, se fariam gente melhor. MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 5 BethCursinoCursos *PERRENOUD- DEZ NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR. 1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem -Conhecer, para determinada disciplina, os conteúdos a serem ensinados -Trabalhar a partir das representações dos alunos -Trabalhar a partir dos erros e dos obstáculos à aprendizagem 2. Administrar a progressão das aprendizagens -Conceber e administrar situações-problema ajustadas ao nível e às possibilidades dos alunos -Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação -Administrar a heterogeneidade no âmbito de uma turma -Abrir, ampliar a gestão de classe para um espaço mais vasto 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho -Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar -Oferecer atividades opcionais de formação 5. Trabalhar em equipe -Elaborar um projeto em equipe -Formar e renovar uma equipe pedagógica -Administrar crises ou conflitos interpessoais 6. Participar da administração da escola -Elaborar, negociar um projeto da instituição. -Administrar os recursos da escola -Coordenar, dirigir uma escola -Organizar e fazer evoluir, no âmbito da escola, a participação dos alunos 7. Informar e envolver os pais -Dirigir reuniões de informação e de date -Fazer entrevistas -Envolver os pais na construção dos saberes 8. Utilizar novas tecnologias -Utilizar editores de texto -Comunicar-se a distância por meio da telemática -Utilizar as ferramentas multimídia no ensino 9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão -Prevenir a violência na escola e fora dela -Lutar contra os preconceitos e as discriminações -Participar da criação de regras de vida comum referentes à disciplina na escola 10. Administrar sua própria formação continua -Saber explicitar as próprias práticas -Estabelecer seu próprio balanço de competências e seu programa pessoal de formação continua -Ser agente do sistema de formação continuada Conclusão : A caminho de uma nova profissão ? Um exercício estranho Duas profissões em uma? Profissionalizar-se sozinho? MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 6 BethCursinoCursos *EDGAR MORIN- OS SETE SABERES NECESSÁRIOS À EDUCAÇÃO DO FUTURO. Capítulo 1 – As Cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. O primeiro buraco negro diz respeito ao conhecimento. Naturalmente, o ensino fornece conhecimento, fornece saberes. Porém, apesar de sua fundamental importância, nunca se ensina o que é, de fato, o conhecimento. E sabemos que os maiores problemas neste caso são o erro e a ilusão. A educação do futuro deve enfrentar o problema de dupla face do erro e da ilusão. Capítulo 2- O Conhecimento Pertinente O segundo buraco negro é que não ensinamos as condições de um conhecimento pertinente, isto é, de um conhecimento que não mutila o seu objeto. Nós seguimos,em primeiro lugar, um mundo formado pelo ensino disciplinar. É evidente que as disciplinas de toda ordem ajudaram o avanço do conhecimento e são insubstituíveis. O que existe entre as disciplinas é invisível e as conexões entre elas também são invisíveis. Mas isto não significa que seja necessário conhecer somente uma parte da realidade. Capitulo III - Ensinar a Condição Humana A educação do futuro deverá ser o ensino universal, centrado na condição humana. Estamos na era planetária (globalizada) onde os seres humanos devem reconhecer-se em sua humanidade comum e ao mesmo tempo reconhecer a diversidade cultural. Capítulo 4 - A Compreensão Humana O quarto aspecto é sobre a compreensão humana. Nunca se ensina sobre como compreender uns aos outros, como compreender nossos vizinhos, nossos parentes, nossos pais. O que significa compreender? A palavra compreender vem do latim, compreendere, que quer dizer: colocar junto todos os elementos de explicação, ou seja, não ter somente um elemento de explicação, mas diversos. Capítulo 5 - A Incerteza O quinto aspecto é a incerteza. Apesar de, nas escolas, ensinar-se somente as certezas, como a gravitação de Newton e o eletromagnetismo, atualmente a ciência tem abandonado determinados elementos mecânicos para assimilar o jogo entre certeza e incerteza, da microfísica às ciências humanas. É necessário mostrar em todos os domínios, sobretudo na história, o surgimento do inesperado. Capítulo 6 - A Condição Planetária O sexto aspecto é a condição planetária, sobretudo na era da globalização no século XX – que começou, na verdade no século XVI com a colonização da América e a interligação de toda a humanidade. Capítulo 7 - a Ética do Gênero Humano Antropo-ética Individuo/sociedade/espécie são inseparáveis e coprodutor do outro cada um com seu meio e fim dos outros. Não podem ser entendidos como dissociados; qualquer concepção do gênero humano significa desenvolvimento conjunto à das autonomias individuais, participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie humana. MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 7 BethCursinoCursos *JOSÉ CARLOS LIBÂNEO-Didática. 1-Prática educativa, Pedagogia e Didática Neste capítulo, o autor aborda a prática educativa em sociedade, a diferença entre a educação, instrução e ensino; a educação escolar, pedagogia e didática, e a didática e sua importância na formação dos professores. 2-Didática e Democratização do Ensino Inicia com a colocação que a participação ativa na vida social é o objetivo da escola pública, o ensino é colocado como ações indispensáveis para ocorrer à instrução. Levanta e responde algumas perguntas envolvendo a escolarização, qualidade do ensino do povo e o fracasso escolar, fala também da Ética como compromisso profissional e social. 3- Teoria da Instrução e do Ensino Neste capítulo, o autor aborda, em especial, os vínculos da didática com os fundamentos educacionais, explicita seu objetivo de estudar e relacionar os principais temas da didática indispensáveis para o exercício profissional. Desenvolvimento histórico da Didática e tendências pedagógicas Tendências pedagógicas no Brasil e a Didática A Didática e as tarefas do professor 4-O Processo de Ensino na Escola O magistério se caracteriza nas atividades de ensino das matérias escolares criando uma relação recíproca entre a atividade do professor (ensino) e a atividade de estudo dos alunos (aprendizagem). Criar esta unidade entre o ensino-aprendizagem é o papel fundamental dos processos de ensino na escola, pois as relações entre alunos, professores e matérias são dinâmicas. 5-Processo de Ensino e o Estudo Ativo Neste capítulo, entende-se melhor a relação entre o processo de ensino e o estudo ativo, este definido aqui como uma atividade cujo fim direto e específico é favorecer a aprendizagem ativa. 6-Os Objetivos e Conteúdos de Ensino Os objetivos determinam de antemão os resultados esperados do processo entre o professor e aluno, determinam também a gama de habilidades e hábitos a serem adquiridos. Já os conteúdos formam a base da instrução. O método por sua vez é a forma com que estes objetivos e conteúdos serão ministrados na prática ao aluno. 7-Os Métodos de Ensino Os métodos são determinados pela relação objetivo-conteúdo, sendo os meios para alcançar objetivos gerais e específicos de ensino. Tem-se, assim, que as características dos métodos de ensino: estão orientados para os objetivos, implicam numa sucessão planejada de ações, requerem a utilização de meios. 8-A Aula como Forma de Organização do Ensino Características gerais da aula Abaixo, o autor determina algumas exigências a serem seguidas nas aulas: -Ampliação do nível cultural e científico dos alunos. -Seleção e organização das atividades para prover um ensino criativo e independente. -Empenho na formação dos métodos e hábitos de estudo. -Formação de hábitos, atitudes e convicções ligadas à vida prática dos alunos. -Valorização da sala de aula como meio educativo. -Formação do espírito de coletividade, solidariedade e ajuda mútua sem esquecer o individual. MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 8 BethCursinoCursos 9-Avaliação Escolar A avaliação escolar é abordada em minúcias neste capitulo pelo autor. A avaliação é em última análise uma reflexão do nível qualitativo do trabalho escolar do professor e do aluno. Sabe-se também que ela é complexa e não envolve apenas testes e provas para determinar uma nota. 10-O Planejamento Escolar O planejamento escolar propõe uma tarefa ao professor de previsão e revisão do processo de ensino completamente. Há três modalidades de planejamento: o plano da escola, o plano de ensino e o plano de aulas. 11-Relações Professor-Aluno na Sala de Aula Um fator fundamental do trabalho docente trata da relação entre o aluno e o professor, da forma de se comunicar, se relacionar afetivamente, as dinâmicas e observações são fundamentais para a organização e motivação do trabalho docente. O autor chama isto de "situação didática" para alcançarmos com sucesso os objetivos do processo de ensino. *CIPRIANO LUCKESI- AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR. Na introdução, o autor comenta a cronologia dos textos, apontando a ênfase de cada um, bem como situa o leitor no contexto de cada produção. Como ele mesmo diz, o livro constitui-se de um relato de sua trajetória pelo tema da avaliação, mostrando o caminho que trilho. No primeiro capítulo “Avaliação da aprendizagem escolar: apontamentos sobre a pedagogia do exame”, Luckesi discute os interesses dos agentes educacionais sobre o sistema de promoção ou não dos estudantes. Para ele, o exercício pedagógico escolar é atravessado mais por uma pedagogia do exame que por uma pedagogia do ensino/aprendizagem. No segundo capítulo, “Avaliação Educacional Escolar: para além do autoritarismo” , é importante frisar que, para o autor, a avaliação educacional e da aprendizagem são meios e não fins em si mesmos. E que a avaliação não se dá num vazio conceitual. Ele critica o exercício da avaliação de forma ingênua e inconsciente “*...+ como se ela não estivesse a serviço de um modelo teórico de sociedade e de educação, como se ela fosse uma atividade neutra.” No terceiro capítulo, “Prática escolar: do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude” Luckesi aborda a questão do castigo no sentido em que Bourdieu usa em sua obra A reprodução: como “violência simbólica”. Sendo uma forma sutil criada pelo professor para criar um clima de medo tensão e ansiedade entreos alunos por meio de ameaças verbais que na maioria das vezes tem a avaliação como objeto de “tortura” psicológica. Para ele, o clima de culpa, castigo e medo tem sido um dos elementos da configuração da prática docente, impedindo que a escola e a sala de aula sejam um ambiente de alegria e satisfação. or essa razão, analisa o autor, os alunos rapidamente se enfastiam deste ambiente e de tudo que nele ocorre. No capítulo IV, “Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino?”, Luckesi discute a questão da avaliação relacionada à democratização do ensino envolvendo três tópicos: MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 9 BethCursinoCursos a democratização do ensino e a avaliação do aluno; a atual prática da avaliação e democratização do ensino; e a avaliação diagnóstica como uma proposição de encaminhamento. Em primeiro lugar, para o autor, a democratização significa acesso à educação, mas também a permanência do educando na escola e a consequente terminalidade escolar. Os entraves legislativos são abordados, dentro de pressupostos ideológicos da sociedade burguesa que, ideologicamente, engendraria mecanismos de limitar o acesso e a permanência das crianças e jovens no processo de escolaridade. No Capítulo V, “Verificação ou avaliação: o que pratica a escola?” , Luckesi aponta para o fato da avaliação só ter sentido quando articulada com um projeto pedagógico e de ensino. No texto, o autor lança mão dos conceitos de verificação e avaliação, para responder a questão colocada sobre qual dos dois conceitos estaria presenta na prática escolar. Para o autor, de um lado a verificação “*...+ encerra-se com a obtenção do dado ou informação que se busca, isto é, ‘vê-se’ ou ‘não se vê’ alguma coisa. E... pronto! No capítulo VI, “Planejamento e avaliação na escola: articulação e necessária determinação ideológica” , Luckesi aponta para a ação política de construção da sociedade tanto no nível macro quanto no micro. Isso com a conclusão de que o ato de planejar ,como atividade intencional, não é neutro, mas está ideologicamente comprometido, trazendo a argumentação de Sartre de que o ser humano está “condenado” a escolher (“condenado à liberdade”) e associando este argumento à concepção de avaliação: No capítulo VII, “Por uma prática docente crítica e construtiva”, Luckesi discute encaminhamentos voltados para uma prática docente crítica e construtiva, delineando fundamentos pedagógicos desta prática. Para ele a democratização da educação escolar sustenta-se em três elementos básicos: acesso universal ao ensino, permanência na escola e qualidade satisfatória da instrução. No capítulo VIII, “Planejamento, execução e avaliação no ensino: a busca de um desejo”, Luckesi retoma o texto do capítulo anterior, para concluir, após uma extensa digressão sobre o trabalho, concluir que planejamento, execução e avaliação são recursos da busca de um desejo. E, no caso da educação, o desejo com ação pedagógica deve ser construído com os resultados satisfatórios do auxílio dos princípios elencados. No último capítulo (IX), “Avaliação da aprendizagem escolar: um ato amoroso” o autor diz que usamos a denominação de avaliação, mas praticamos provas e exames que implicam julgamento e exclusão, enquanto a avaliação pressupõe acolhimento, visando a transformação. Usa passagens do Novo Testamento como argumento para apelar para o ato avaliativo enquanto um gesto de “amor”. Para Luckesi, a avaliação da aprendizagem escolar tem dois objetivos, quais sejam auxiliar o educando e responder à sociedade pela qualidade do trabalho educativo. Para ele a avaliação se destina ao diagnóstico e à inclusão. *JUSSARA HOFFMANN-AVALIAÇÃO MEDIADORA São vários os fatores que dificultam a superação da prática tradicional, como: a crença que a manutenção da avaliação classificatória garante MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 10 BethCursinoCursos ensino de qualidade, resistência das escolas em mudar por causa da possibilidade de cancelar matriculas, a crença que escolas tradicionais são mais exigentes. Sobre a avaliação tradicional, ela legitima uma escola elitista, alicerçada no capitalismo e que mantém uma concepção elitista do aluno. Entretanto, uma escola de qualidade se da conta de que todas as crianças devem ser concebidas sua realidade concreta considerando toda a pluralidade de seu jeito de viver. Deve se preocupar com o acesso de todos, promovendo-os como cidadãos participantes nessa sociedade. O desenvolvimento máximo possível do ser humano depende de muitas coisas além das da escola tradicional como memorizar, notas altas, obediência e passividade, depende da aprendizagem, da compreensão, dos questionamentos, da participação. O sentido da avaliação na escola, seja ela qual for a proposta pedagógica, como a de não aprovação não pode ser entendida como uma proposta de não avaliação, de aprovação automática. Ela tem que ser analisada num processo amplo, na observação do professor em entender suas falas, argumentos, perguntas debates, nos desafios em busca de alternativas e conquistas de autonomia. A ação mediadora é uma postura construtivista em educação, onde a relação dialógica, de troca discussões, provocações dos alunos, possibilita entendimento progressivo entre professor/aluno. O conhecimento dos alunos é adquirido com a interação com o meio em que vive e as condições deste meio, vivências, objetos e situações ultrapassam os estágios de desenvolvimento e estabelecem relações mais complexas e abstratas, de forma evolutiva a partir de uma maturação. O meio pode acelerar ou retardar esse processo. Quanto ao erro, na concepção mediadora da avaliação, a correção de tarefas é um elemento positivo a se trabalhar numa continuidade de ações desenvolvidas. O momento da correção passa a existir como momento de reflexão sobre as hipóteses construídas pelo aluno, não por serem certas ou erradas, problematizando o dialogo, trocando ideias. Os erros construtivos caracterizam-se por sua perspectiva lógico- matemática. A avaliação mediadora possibilita investigar, mediar, aproximar hipóteses aos alunos e provocá- los em seguida; perceber pontos de vistas para construir um caminho comum para o conhecimento científico aprofundamento teórico e domínio do professor. Pressupõe uma análise qualitativa, uma avaliação não de produto, mas do processo, se dá constantemente através de cadernos, observações do dia a dia, é teórica usa- se registros. A avaliação mediadora passa por três princípios: a de investigação precoce (o professor faz provocações intelectuais significativas), a de provisoriedade (sem fazer juízos do aluno), e o da complementaridade (complementa respostas velhas a um novo entendimento). Cabe ao pesquisador descobrir o mundo, mas cabe ao avaliador torná-lo melhor. A mediação se dá relacionando experiências passadas às futuras, relacionado propostas de aprendizagens a estruturas cognitivas do educando, organizando experiências, refletivo sobre o estudo, com participação ativa na solução de problemas com a apreciação de valores e diferenças individuais. O educador toma consciência do estudante no alcance de metas individuais, promovendo interações a partir da curiosidade intelectual, originalidade, criatividade, confrontações. -*Registros em avaliação mediadora: - houve pouca evolução, pois muitas escolas ainda utilizam notas como forma de avaliação. MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 11 BethCursinoCursos- alguns cuidados ao avaliar: * na construção de testes as questões devem ser claras e isentas de ambiguidades; * nas questões dissertativas deve assegurar ao máximo a clareza e compreensibilidade; * nas questões objetivas o professor precisa pontuar bem o que quer e ser bastante claro; * nas questões de resposta certa e lacunas deverá formulá-las de tal forma que só tenha uma resposta certa; * nas questões de certo-errado ou falso-verdadeiro não pode haver ambiguidades e nem declarações longas; * nas questões de múltipla escolha é recomendável utilizar a “parte-tronco”, na qual o professor inicia o assunto com a parte mais significativa e o aluno deverá completar; * nas questões combinadas, as instruções devem explicar com toda clareza as bases do procedimento do acasalamento; * na revisão dos testes e tarefas é preciso pontuar as questões mal redigidas e explicar o porquê; * quanto aos dossiês, portfólios e relatórios de avaliação é preciso considerar o acompanhamento do processo; - é preciso reformular os regimentos escolares, refletir sobre registros qualitativos e o seu significado para os professores. *KÁTIA SMOLE-LER E ESCREVER E RESOLVER PROBLEMAS. A autora escreve pensando nos professores que trabalham Matemática e que, a par do grande desenvolvimento da pesquisa em Educação Matemática em nosso país nas últimas décadas, ainda não puderam ter acesso a tais produtos e dele se beneficiar para a construção de aprendizagem mais significativa na escola. Proposto num contexto caracterizado por um forte paradoxo: o país que possui grande produção acadêmica na área de Educação Matemática é o mesmo onde a aprendizagem matemática na escola deixa muito a desejar. Tal fato é constatado nos resultados das avaliações sistêmicas internacionais, em que somos colocados como um dos países com graves problemas na aprendizagem e no ensino deste campo de conhecimento. A ideia é que esta seja uma obra voltada ao uso diário, para a consulta, fonte de conhecimento e reflexão do professor nas coordenações pedagógicas e para sua práxis pedagógica. O projeto configura-se a partir do convite a um grupo de pesquisadores da área da Educação Matemática que nos últimos anos têm a sala de aula e a prática pedagógica como espaços de investigação e formação de professores que ensinam Matemática no ensino fundamental. Os conhecimentos sobre as práticas na sala de aula de Matemática estão associados às dificuldades encontradas por grande número de professores atuantes nas escolas, nas diversas regiões brasileiras e que não têm disponível material bibliográfico de apoio. Tais produções estão, por vezes, publicadas no meio acadêmico, num círculo bem restrito, de pouco acesso aos professores da escola básica, ou com uma linguagem muito acadêmica. Este livro busca levar tais contribuições aos professores, a partir de casos concretos da sala de aula da nossa escola, falando de alunos de “carne e osso” e com uma linguagem voltada aos professores (ou seja, aquela não preocupada em MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 12 BethCursinoCursos ser rebuscada ou excessivamente formal). Os capítulos são escritos buscando um diálogo com os professores. Tratam de temas que são geralmente desafios na prática cotidiana da sala de aula, com exemplos reais e concretos, instigando nossas reflexões acerca de nossas aulas de Matemática. E mais, a partir do que cada pesquisador aprendeu na sala de aula e em interface com os professores parceiros, eles apresentam ideias, propostas e alternativas que nos ajudem a realizar um trabalho mais apropriado aos nossos alunos no campo da Educação Matemática. Temas trabalhados: • Técnicas e tecnologias no trabalho com as operações aritméticas nos anos iniciais do ensino fundamental • Entre o pessoal e o formal: as crianças e suas muitas formas de resolver problemas. • O desenho como representação do pensamento matemático da criança no início do processo de alfabetização. A Leitura dos Problemas com Alunos no Início da Alfabetização Quando os alunos ainda não são leitores, o professor lê todos os problemas para eles e, como leitor, auxilia os alunos , garantindo que todos compreendam, cuidando para não enfatizar palavras chave e usar qualquer recurso que os impeça de buscar a solução por si mesma. Mas há outros recursos dos quais o professor pode se valer para explorar a alfabetização e a matemática enquanto trabalha com problemas. Um deles é escrever uma cópia do problema no quadro e fazer com os alunos uma leitura cuidadosa. Primeiro do problema todo, para que eles tenham ideia geral da situação; depois mais vagarosamente, para que percebam as palavras do texto, suas grafias e seus significados. Propor o problema escrito e fazer questionamentos orais com a classe, como é comum que se faça durante a discussão de um texto, auxilia o trabalho inicial com problemas escritos: Quem pode me contar o problema novamente? Há alguma palavra nova ou desconhecida? Do que trata o problema? Qual é a pergunta? Novamente o cuidado é para não resolver o problema pelos alunos durante a discussão e, também, não tornar o recurso uma regra ou conjunto de passos obrigatórios que representem um roteiro de resolução. Se providenciar para cada aluno uma folha com o problema escrito, o professor pode ainda: Pedir aos alunos que encontrem e circulem determinadas palavras; Escrever na lousa o texto do problema sem algumas palavras; Pedir para os alunos em duplas olharem seus textos, que devem ser completos, e descobrirem as palavras que faltam. Conforme as palavras são descobertas, os alunos são convidados a ir ao quadro e completar os espaços com os termos ausentes. Em todos os casos, o professor pode escolher trabalhar com palavras e frases que sejam significativas para os alunos ou que precisem ser discutidas com a classe, inclusive aquelas que se relacionam com noções matemáticas. Os problemas são resolvidos após toda a discussão sobre o texto, que a essa altura já terá sido interpretado e compreendido pela turma, uma vez que as atividades que sugerimos contemplam leitura, escrita e interpretação simultaneamente. MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 13 BethCursinoCursos *FERREIRO, EMÍLIA. REFLEXÕES SOBRE ALFABETIZAÇÃO. SÃO PAULO 1. A Escrita como Sistema de Representação. A escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras. A autora destaca que a invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação e não um sistema de codificação. Se concebermos a escrita como um código de transcrição do sonoro para o gráfico privilegiando- se o significante (grafia) dissociado do significado, destruímos o signo linguístico por privilegiamos a técnica e a mecanização. 2 - As concepções das crianças a respeito do sistema de escrita. A criança realiza explorações para compreender a natureza da escrita e isto pode ser observado através das suas produções espontâneas, que são valiosos documentos que precisam ser interpretados para poder ser avaliados. As escritas infantis têm sido consideradas como garatujas e 'puro jogo'. Aprender a lê-las, ou seja, interpretá-las é um aprendizado que requer uma atitude teórica definida. a) Período Pré-Silábico As crianças escrevem sem estabelecer qualquer correspondência entre a pauta sonora da palavra e a representação escrita. Escreve coisas diferentes apesar da identidade objetiva das escritas e relaciona a escrita com o objetivoreferente (Ex. coloca mais letras na palavra "elefante' do que na palavra borboleta - Realismo Nominal).Exemplos de escrita pré-silábica: b) Período Silábico A escrita silábica é o resultado de um dos esquemas mais importantes e complexos que se constroem durante o desenvolvimento da leitura escrita. É quando se dá a descoberta de que as representações escritas têm um vínculo com a pauta sonora da palavra: uma letra para cada sí- laba; tantas letras quantas sílabas Escrita silábica (letras de forma convencional, mas utilizadas sem seu valor sonoro convencional) cada letra vale por uma sílaba C) Período Silábico-Alfabético O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas prévios em via de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de se- rem construídos. Os conflitos provenientes do MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 14 BethCursinoCursos meio social desestabilizam a hipótese silábica e a criança tem coragem de se comprometer em um novo processo de construção. d) Período Alfabético Consiste no período que a criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade, mas que ela é por sua vez, reanalisável em elementos menores. Neste momento, deve haver uma estruturação dos vários elementos que compõem o sistema de escrita. Trata-se de conhecer o valor sonoro convencional. 3-As concepções sobre a língua subjacente à prática docente As discussões sobre a prática alfabetizadora têm se centrado sobre os métodos utilizados: analíticos versus sintéticos; fonético versus global, etc. 4-A compreensão do sistema de escrita: construções originais da criança e informação específica dos adultos- Escrito por Emília Ferreiro e Ana Teberosky. A leitura e a escrita, há muito são consideradas como objeto de uma instrução sistemática e cuja aprendizagem, suporia o exercício de uma série de habilidades específicas. Muitos trabalhos de psicólogos e educadores têm se orientado neste sentido. As autoras realizaram pesquisas sobre os processos de compreensão da linguagem escrita e abandonaram estas ideias, pois, para elas, as atividades de interpretação e de produção da escrita começam antes da escolarização como parte da atividade da idade pré-escolar. *LERNER, DELIA. LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO -Para Transformar o Ensino da Leitura e da Escrita É possível a mudança na escola? O "Contrato Didático" Ferramentas para transformar o ensino- Apontamentos a partir da Perspectiva Curricular - E possível ler na escola? O professor: um ator no papel de leitor É muito importante que o professor assuma o papel de leitor dentro da sala de aula. A atividade na aula como objeto de análise- -Para Transformar o Ensino da Leitura e da Escrita Para que haja uma transformação verdadeira do ensino da leitura e da escrita, a escola precisa favorecer a aprendizagem significativa, abandonando as atividades mecânicas e sem sen- tido que levam o aluno a compreender a escrita como uma atividade pura e unicamente escolar. É possível a mudança na escola?Ensinar e ler e escrever faz parte do núcleo fundamental da instituição escolar, está nas suas raízes, constitui a sua missão alfabetizadora e sua função social, portanto, é a que mais apresenta resistência a mudanças. Além disso, nos últimos anos, foi a área de que mais sofreu com a invasão de inovações baseadas apenas em modismos. O "Contrato Didático"-O Contrato Didático aqui é considerado como as relações implícitas MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 15 BethCursinoCursos estabelecidas entre professor e aluno, sobretudo porque estas exercem influência sobre o aprendizado da leitura e da escrita, já que o aluno deve concentrar-se em perceber ou descobrir o que o professor deseja que ele 'saiba' sobre aquele texto que o professor escolheu para que ele leia e não em suas próprias interpretações: Ferramentas para transformar o ensino- Vimos que transformar o ensino vai além da capacitação dos professores, passa pela sua revalorização pessoal e profissional; requer uma mudança de concepção da relação ensino- aprendizagem para que se possa conceber o estabelecimento de objetivos por ciclos que abrangem os conhecimentos - objeto de ensino -de forma interdisciplinar, visando diminuir a pressão do tempo didático e da fragmentação do conhecimento. Apontamentos a partir da Perspectiva Curricular - É importante que, ao propor uma transformação dídática a uma instituição de ensino, seja considerada a sua particularidade, o que se dá através do conhecimento de suas necessidades e obstáculos, implícitos ou explícitos, que caberá a proposta suprir ou superar. É imperativo que a elaboração de documentos curriculares esteja fortemente amparada na pesquisa didática, já que será necessário selecionar os conteúdos que serão ensinados o que pressupõe uma hierarquização, já que privilegiará alguns em detrimento de outros. PSICOLOGIA *-YVES DE LA TAILLE-TEORIAS PSICOGENÉTICAS EM DISCUSSÃO Parte I= Fatores sociais e biológicos 1-O lugar da interação na concepção de Jean Piaget - Yves de La Taille 2-Vygotsky e o processo de formação de conceitos- Morta Kohl de Oliveira -Substratos biológicos e construção cultural no desenvolvimento humano 3-Do ato motor ao ato mental: a gênese da inteligência segundo Wallon-Heloysa Dantas A motricidade: do ato motor ao ato mental. Parte II- afetividade e cognição 1-Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget- Yves de La Taille MATERIAL JACAREÍ –2022- Professora Beth Cursino USO EXCLUSIVO: Professores cursistas da Professora Beth Cursino Página 16 BethCursinoCursos 2-O problema da afetividade em Vygotsky-Marta Kohl de Oliveira 3-A afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de Wallon -Heloysa Dantas Vygostsky Interação entre aprendizado e desenvolvimento Para Vygotsky, as concepções sobre a relação entre os processos de aprendizado e desenvolvimento reduzem-se a três posições teóricas, todas por ele rejeitadas: 1a - Parte da premissa que o aprendizado segue a trilha do desenvolvimento, pressupondo que o de- senvolvimento é independente do aprendizado. O aprendizado seria um processo externo que se utiliza dos avanços do desenvolvimento, mas não o impulsiona nem altera seu curso. O desenvolvimento (ou maturação) é considerado pré-condição para o aprendizado e nunca o resultado dele. Se as funções mentais de uma criança não amadureceram o suficiente para aprender um determinado assunto, nenhuma instrução se mostrará útil. Piaget seria representante desta linha; 2a - Postula que aprendizagem é desenvolvimento. O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados. A diferença com relação ao primeiro grupo relaciona-se ao tempo. Para os primeiros, o desenvolvimento precede a aprendizagem. Para estes, os dois processos são simultâneos. James representa esta linha; 3a - Tenta superar os extremos das duas primeiras, combinando-as. Para os defensores desta linha (Koffka, gestaltistas), o desenvolvimento se baseia em dois processos diferentes (maturação e aprendizado), porém relacionados e mutuamente dependentes, sendo que um influencia o outro. Assim, a maturação (desenvolvimento do sistema nervoso) torna possível o aprendizado e este estimula a maturação. Assim, ao aprender determinada operação, a criança cria estruturas mentais de um certo tipo, independentemente dos materiais e elementos envolvidos. *ESTUDAR TAMBÉM NOS PPTs PARA COMPLETARAS INFORMAÇÕES.