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Paula 
Carlucci
DE MÃE
PARA MÃE
Amamentação 
PRODUTIVA
Licensed to Loren Helena Brittes Etchart - loren.etchart@gmail.com - HP151816908325702
Agenda
Palavras iniciais
Para quem é este e-book
Quem sou eu 
Minha história com a amamentação
Sobre o Leite Materno 
A produção de leite 
Aprendendo a avaliar a mamada
Pega correta
Posição do bebê
Apojadura e massagem nos seios
Compressão nos seios 
Bebês que dormem ou choram no peito
Ofertar os dois peitos?
Como saber se o bebê ficou satisfeito
Língua presa
Tem algo errado na mamada… 
Como curar as fissuras
Esquemas de ordenhas
Como fazer a ordenha manual
Boas práticas para iniciar a mamada 
Quando o bebê não ganha peso
Quando a fórmula é necessária
Mamadeiras, confusão de bico/fluxo e desmame precoce
Formas de ofertar o leite (ordenhado ou fórmula)
Baixa produção de leite
Redução tardia da produção de leite 
Galactogogos
Utensílios necessários
Armazenagem do leite materno
Lembre-se
Onde buscar ajuda
Para as gestantes 
Indique este e-book
Palavras finais 
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Licensed to Loren Helena Brittes Etchart - loren.etchart@gmail.com - HP151816908325702
Antes de dar certo, a amamentação foi dor, angústia e
desespero. Estava preparada para secar o leite vazando,
mas me encontrei secando lágrimas por estar vendo a
amamentação que tanto quis escorrer pelos dedos. Mais
insuportável que a dor dos seios realmente machucados,
latejando até com o vento que batia, era a ideia de
desistir. Mais do que querer pelos benefícios do leite
materno para minha filha, meu corpo tinha uma
necessidade inata de amamentar. 
Passamos por tantas profissionais que contribuíram (ou
não) cada qual com a sua maneira. Mas o quebra-cabeça
ainda não estava montado, faltavam peças para dar certo.
Então fui fazer o que deveria ter feito durante a gestação:
assumi a rédea e fui estudar sobre as nuances da
amamentação, aquilo que não estava disponível nos
conteúdos superficiais no Google. Conhecimento é luz!
Tudo passou a fluir melhor e a passos largos. - Ah mas foi
bom passar pelo processo que aprendeu. Sinceramente,
poderia ter sido mais leve desde o início com as
informações e técnicas corretas. Amamentação é isso!
Depois que dá certo, vira a conexão gostosa entre mãe e
filho que tanto falam. Antes disso só a mãe sabe o que
passa! 
Iniciamos em agosto/22, o mês dourado, com
amamentação exclusiva e em livre demanda. Porém,
esporadicamente quando sinto que ela está agitada e não
mamou o suficiente, ofereço o complemento com
fórmula.
3
Palavras iniciais
Licensed to Loren Helena Brittes Etchart - loren.etchart@gmail.com - HP151816908325702
Hoje olho para a Lívia com os olhos marejados e digo:
NÓS CONSEGUIMOS, MINHA FILHA! Da nossa forma, nós
conseguimos! Nada supera o rostinho sereno de
satisfação que pegou no sono após uma boa mamada.
Aceitar que o complemento com fórmula poderia fazer
parte da nossa amamentação também foi um processo,
ainda assim numa amamentação mista ela tem recebido
majoritariamente o leite materno. E assim vamos
seguindo até onde for agradável e possível para nós duas. 
Por fim, agradeço ao meu amor, Leonardo, que esteve
literalmente ao meu lado, exausto e paciente, durante
tantas mamadas difíceis. E que em momento algum me
sugeriu desistir da amamentação.
4
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Para quem é este e-book
Talvez você ainda esteja na gestação e queira se preparar
para amamentação do primeiro ou segundo filho, pode
ser que esteja passando pelas dores e desesperos do início
da amamentação ou já tenha percorrido algum tempo
amamentando, mas ainda experimenta sofrimento e
procura uma luz 
Este e-book é para você, mamãe, que deseja aprofundar o
seu conhecimento sobre essa etapa tão bela e desafiadora
que é a amamentação. 
A minha motivação em escrever este e-book e
disponibilizá-lo de forma tão acessível é compartilhar
tudo o que aprendi na minha jornada e levar
conhecimento às mães para que não vejam sua
amamentação escorrer pelos dedos sem saber o que fazer.
Uma mãe com conhecimento PODE tudo! 
Desejo que a partir do conhecimento você blinde a si
mesma e a sua amamentação para que não se abale por
comentários sem fundamentos e se deixe levar por
profissionais despreparados para auxiliar na
amamentação. 
Quero que você se sinta empoderada e confiante para ter
a melhor amamentação possível e criar momentos de
leveza e profunda conexão entre você e seu bebê. 
Seja muito bem-vinda! 
5
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Quem sou eu
Prazer, sou a Paula Carlucci. Sou casada e aos 32 anos
acabei de me tornar mãe da Lívia, a minha primeira e
única filha até o momento. Moro em Campo Grande/MS
e cresci aqui, mas sou paranaense. Profissionalmente,
sou publicitária, trabalho com comunicação há mais de
15 anos e minha especialidade (e paixão) é o marketing
digital. 
Como pode perceber, eu não sou profissional da saúde,
portanto toda a informação que você encontra aqui é
baseada na minha história e no que aprendi estudando
sobre a amamentação em cursos, artigos internacionais
e consultas com profissionais da saúde (pediatras e
consultoras de amamentação). 
Você pode entrar em contato comigo e acompanhar
minhas publicações pelo Instagram em meu perfil
pessoal: @paulasandycarclucci (Mande um oi por inbox
e diga que veio pelo ebook que ficará mais fácil eu
aceitar a sua solicitação para seguir. Vou adorar ter
contato com você por lá e saber da sua história!) 
6
O universo da maternidade
tem me encantado desde
que comecei a trabalhar no
marketing de uma
suplementação para
gestantes. Somado a isso,
vivenciar a gestação e agora
a maternidade, tem sido
uma experiência rica e
profunda. Apaixonante e
desafiadora.
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Minha história com a
amamentação
Gosto de contar em detalhes, fique caso goste de uma
história ou vá direto aos tópicos práticos nas páginas
seguintes. 
Antes de engravidar, eu estava trabalhando há quase 2
anos no marketing de uma suplementação para
gestantes, por isso tive muito contato com o universo
da gestação. Estava envolvida em produção de conteúdo
junto a profissionais da saúde e também produzi um
curso para gestantes envolvendo mais de 14
especialistas em gestação. Todo esse conhecimento me
ajudou a navegar pela gestação com mais leveza e
confiança, pois estava blindada contra comentários sem
fundamentos, principalmente em relação a via de parto. 
Eu queria MUITO parto normal e fui lendo e observando
que muitos obstetras apesar de falarem que praticavam
o PN, quando chegava na reta final começavam a minar
a confiança da paciente e a induzi-la para uma cesariana
sem real necessidade. Não é à toa que o Brasil é um dos
países com maior índice de cesarianas no mundo. Saber
disso me fez escolher um obstetra que de fato praticava
o PN e eu tinha plena confiança que só me levaria para
uma cesariana se fosse uma indicação absoluta. E
porque estou contando sobre o meu parto (que por
sinal, foi incrível!)? Pois ali tive o PRIMEIRO grande
aprendizado: conhecimento leva à confiança e nos
induz a fazer boas escolhas de quem estará ao nosso
lado e a quem devemos ouvir! 
7
"CONHECIMENTO LEVA À CONFIANÇA
E NOS INDUZ A FAZER BOAS ESCOLHAS
DE QUEM ESTARÁ AO NOSSO LADO E A
QUEM DEVEMOS OUVIR!"
1
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8
Numa das últimas consultas de pré-natal, meu obstetra
comentou que a amamentação é muito difícil, até mais
que o parto. Eu sorri confiante e disse: na primeira
dificuldade eu chamo uma consultora de amamentação.
Em seguida ele disse: então já pode chamar. Ele já havia
me indicado uma pediatra que era especialista em
amamentação, fizemos uma primeira consulta, mas por
orçamento decidimos fazer a sala de parto com uma
segunda indicação que também prometeu me ajudar
com a amamentação.Então decidi NÃO estudar sobre amamentação, já que
na minha concepção a prática seria diferente e deveria
vivê-la para aprender. Aqui fui CONTRA o meu primeiro
aprendizado, mas só viria a saber disso meses depois. 
Minha filha veio em um lindo, respeitoso e rápido parto
normal na data prevista (09/05/22) às 10h34. Meu
presente divino! Com minutos de vida, a pediatra tocou
as laterais da sua boquinha para testar o reflexo de
sucção, mas ela não respondeu aos estímulos. Colocou
ela no meu peito para iniciar a amamentação na golden
hour, mas ela não sugou. Por horas naquele dia ela não
mamou e começamos a fazer o teste de hipoglicemia a
cada 6 horas. Felizmente ela respondeu bem a todos os
testes, mas ali começava a minha saga com a
amamentação. 
Na maternidade todas as enfermeiras gentilmente
tentavam ajudar, mas hoje vejo o quão despreparadas
elas estavam para realmente auxiliar com efetividade
uma mãe com problemas na amamentação. 
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9
Minha bebê ia para o peito e dormia em segundos,
simplesmente não mamava. Estimulávamos com
algodão gelado, fala, luz, tirar a roupinha, tudo o que
estava ao alcance. A amamentação não acontecia de
forma efetiva. Com os seios já fissurados, tentava
amamentar sentada na cama da maternidade, na
poltrona, no sofá, mas ainda não conseguia sequer
posicionar bem minha filha para mamar. Poderíamos
ter ido para casa no dia seguinte, mas sabendo das
dificuldades com a amamentação, meu obstetra só nos
deu alta 2 dias depois.
Quando cheguei em casa sentindo toda a melancolia do
baby blues, notei meus seios inchados, empedrados e
extremamente pesados. Doíam só de existirem. A
apojadura (descida do leite) veio com força! Na manhã
seguinte liguei para a consultora que o obstetra havia
indicado, porém ela não podia me atender no dia e fez
uma outra indicação que veio me socorrer na apojadura.
Entre massagens, ordenhas e laserterapia havia
esperança de que tudo ficaria melhor. 
Minha filha fazia “mamadas” de uma hora várias vezes
por dia e nas duas primeiras semanas fomos
acompanhando o peso a cada 3-5 dias. A cada ida na
pediatra, a balança reduzia a minha confiança, minha
filha só perdia peso. Comecei a receber prescrição de
galactogogos (fitoterápicos e medicamentos que
auxiliam na produção de leite). Ali entendi que não
estava tendo leite suficiente, as prescrições minavam a
confiança no meu corpo. Meu pesadelo estava iniciando!
Por dias e noites eu chorava não só de dor física que
irradiava até a coluna toda vez que colocava ela no
peito, mas também pela angústia de não estar
conseguindo alimentar a minha filha. Pedia perdão para
ela em pensamento. A primeira grande culpa se
instalava. 
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10
Com 15 dias a pediatra nos indicou uma fonoaudióloga
especialista em amamentação que foi em casa e me
ensinou a avaliar a mamada: minha filha NÃO estava
fazendo mamadas efetivas! E eu sabia que mamada não
efetiva era possível? Não! Pois tinha decidido não
estudar! Então tive o SEGUNDO aprendizado: bebê no
peito não significa bebê engolindo leite, não importa
quanto tempo fique!
"BEBÊ NO PEITO NÃO SIGNIFICA BEBÊ
ENGOLINDO LEITE, NÃO IMPORTA
QUANTO TEMPO FIQUE!"
2
Também não sabia que não dar um peito por dias devido
a dor das fissuras fazia com que a produção diminuísse.
Não sabia que a fissura poderia cicatrizar bem em
poucos dias com a pega correta, afinal uma das
consultoras havia dito que a pega estava boa e que era
normal levar tempo para cicatrizar, pois a boca do bebê
estava em constante atrito com o mamilo. 
Fomos introduzidas à translactação com suplementação
de fórmula. Translactação é ofertar o complemento
através de uma sondinha que é inserida no canto da
boca do bebê quando ele está no peito. Assim mama o
complemento supostamente junto com o leite materno,
evitando o uso da mamadeira que pode gerar confusão
de bicos (falarei disso mais pra frente). Naquela tarde
senti o peso de estar entrando com fórmula e o alívio de
ver a minha bebê fazendo uma sucção nutritiva e
ingerindo o leite ofertado. Em 3 dias ela começou a
ganhar peso! Também iniciei um protocolo de power
pump para estimular a produção de leite utilizando a
bomba elétrica. 
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11
Durante dois meses praticamente translactamos e por
semanas pratiquei o power pump. Então comecei a
questionar: até quando? Até quando necessitaria de
uma sonda e complemento para alimentar minha filha?
Porque minha produção não aumentava? Porque ainda
tinha fissuras que não curavam? Porque a pediatra
queria que eu voltasse só daqui um mês e continuasse
com a translactação até lá? Porque a pediatra estava me
prescrevendo um antidepressivo para aumentar a
produção de leite (já que os demais galactogogos não
estavam ajudando)? Porque eu estava extraindo leite do
peito para ofertar como complemento e reduzir o uso
da fórmula sendo que ela deveria estar mamando direto
do peito? Porquês e mais porquês. 
Num dia de exaustão e choro incansável falei para o
meu marido que queria ir naquela primeira pediatra, a
especialista em amamentação. Fomos e me senti
completamente acolhida. Ela pediu para que eu
colocasse a Lívia no peito, se posicionou atrás de mim e
me ajudou com a pega. Pela primeira vez amamentei
sem dor. Era possível! Em poucos dias minhas fissuras
curaram e fomos acompanhando o peso a cada semana.
Ela ordenhou os meus seios e parecia ter leite
suficiente. No primeiro momento ela tirou a sonda e o
complemento com a fórmula: baixo peso novamente.
Outro choque! Queda de produção devido ao emocional
e mais sofrimento. Investi num curso de amamentação,
pois precisava entender tudo o que estava acontecendo.
Neste momento vi que ainda não era tarde demais para
estudar. Consumia o conteúdo nas madrugadas
enquanto amamentava. Eu esperava uma melhora
definitiva e aqui veio o TERCEIRO grande aprendizado:
as melhoras acontecem aos poucos e às vezes é
necessário dar um passo para trás e então conseguir dar
dois para frente. Melhoras (geralmente) não acontecem
de forma tão radical, mas sim gradativa. 
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12
Ainda tivemos altos e baixos até de fato a amamentação
se estabelecer (por volta dos 4 meses). Graças ao
conhecimento do curso, leituras extras, o auxílio da
pediatra e colocar as ações em prática, estava
conseguindo ter uma amamentação com mais leveza. 
Um dia cheguei na pediatra e contando do caos da baixa
produção novamente cai aos prantos. Ela com toda a
firmeza que só a experiência traz me deu a QUARTA
grande lição: a amamentação não deve acontecer a
custo do ESTRESSE. Eu queria tanto amamentar que
estava levando isso a ferro e fogo. Ela questionou:
quando passar um ano e você se lembrar desse período,
será uma boa lembrança? Os primeiros anos de vida de
uma criança é a base que irá formar o resto de sua vida.
Isso me marcou muito! Também disse que eu não seria
menos mãe se desse a mamadeira e a fórmula quando
necessário. 
"AS MELHORAS ACONTECEM AOS
POUCOS E ÀS VEZES É NECESSÁRIO DAR
UM PASSO PARA TRÁS E ENTÃO
CONSEGUIR DAR DOIS PARA FRENTE.
MELHORAS (GERALMENTE) NÃO
ACONTECEM DE FORMA TÃO RADICAL,
MAS SIM GRADATIVA."
3
"A AMAMENTAÇÃO NÃO DEVE
ACONTECER A CUSTO DO ESTRESSE.
QUANDO PASSAR UM ANO E VOCÊ SE
LEMBRAR DESSE PERÍODO, SERÁ UMA
BOA LEMBRANÇA? OS PRIMEIROS ANOS
DE VIDA DE UMA CRIANÇA É A BASE
QUE IRÁ FORMAR O RESTO DE SUA
VIDA. VOCÊ NÃO SERÁ MENOS MÃE SE
DERA MAMADEIRA E A FÓRMULA
QUANDO NECESSÁRIO."
4
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Eu precisava dessa conversa mais do que podia
imaginar. Sai da consulta me sentindo LIBERTADA,
passei na farmácia e comprei a mamadeira específica
que ela já tinha indicado há tempos para pararmos com
a sonda e reduzir a confusão de fluxo (falarei disso mais
para frente). Sabendoque com a mamadeira seria mais
fácil deixar a bebê com minha mãe e ela ofertar o leite
(se necessário), decidi retomar o pilates. Essa liberdade
não tem preço, faz bem pra mim e faz bem pra minha
filha, afinal mãe feliz é criança feliz. 
Com o passar dos dias ofertando a mamadeira mesmo
que poucas vezes ao dia, minha bebê ficava cada vez
mais agitada no peito após os primeiros minutos de
mamada. Não conformada, decidi tomar uma última
atitude pela nossa amamentação: levá-la numa
odontopediatra especializada em freio lingual para uma
avaliação. E pasmem! Após ter sido avaliada por mais de
6 profissionais entre pediatras e consultoras de
amamentação, minha filha tinha um freio lingual
submucoso (difícil de diagnosticar). Fizemos a
frenectomia (pequeno corte para liberar a língua presa)
na mesma consulta e iniciaremos as sessões com a
fonoaudióloga na próxima semana para reabilitar as
movimentações normais da língua, TÃO essenciais para
uma amamentação de sucesso. Seria essa a causa
primária de todo o nosso sofrimento nos últimos 4
meses? Aí vem o QUINTO aprendizado: nunca é tarde
para soltar uma língua presa! 
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14
Para encerrar essa história que ainda está sendo escrita,
deixo aqui o SEXTO grande aprendizado: a
amamentação é muito sensível e os primeiros dias são
CRUCIAIS para o sucesso dos próximos meses. 
"NUNCA É TARDE PARA SOLTAR UMA
LÍNGUA PRESA! PROCURE UM
ODONTOPEDIATRA ESPECIALIZADO EM
FRENECTOMIA."
5
"A AMAMENTAÇÃO É MUITO SENSÍVEL
E OS PRIMEIROS DIAS SÃO CRUCIAIS
PARA O SUCESSO DOS PRÓXIMOS
MESES."
6
A primeira mamada com uma pega incorreta abre
fissuras que levam a um sofrimento tremendo, que por
sua vez pode desencadear um baixo ganho de peso,
início de suplementação com fórmula, menos mamadas
no peito e desmame precoce. É uma bola de neve que
vai ganhando uma força enorme e reverter esse
processo exige MUITO conhecimento, esforço e
dedicação. Foi por esse caminho que percorri e desejo
que você não precise passar por nada disso. 
Para isso, vamos aos aprendizados práticos? 
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Tudo o que
você precisa
saber sobre a
amamentação
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Sobre o leite materno
Colostro - Bem líquido e amarelado, rico em
proteínas, é chamado de ouro líquido. Atua como
uma vacina natural e laxante para expulsar o
mecônio, primeiro cocô.
Leite de transição - Desce em torno de 1 semana e é
mais espesso por ser rico gordura, calorias e lactose
(um açúcar natural).
Leite maduro - Aparece em torno de 21 dias e é rico
em proteínas, açúcar, vitaminas e minerais.
O LM é um alimento vivo, riquíssimo em nutrientes e se
adapta conforme a necessidade do nosso bebê (tanto em
quantidade como em composição), nenhum outro
alimento no mundo tem essa capacidade. Amamentar é
um ato de amor e doação incondicional. 
O leite humano passa por fases desde o nascimento do
bebê, sendo:
16
O estômago de um recém-nascido é do tamanho de uma
cereja e vai aumentando gradativamente até chegar ao
tamanho de um ovo com um mês, por isso no início o
bebê fica saciado com pouquíssima quantidade de leite:
de 5 a 7ml no primeiro dia de vida a 80 a 150ml com um
mês e vai aumentando com o passar dos meses.
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A produção de leite depende de dois fatores: estímulo
(extração de leite pelo bebê ou ordenha) e hormônios
(prolactina e ocitocina). 
O corpo entende que precisa produzir mais leite sempre
que há extração de leite, seja pelo bebê mamando
EFETIVAMENTE ou por ordenhas (manual ou com
bomba elétrica). Quanto aos hormônios, a prolactina é
responsável pela produção do leite e a ocitocina pela
ejeção do leite. Por isso é comum as mães sentirem um
“formigamento” nos seios ou até mesmo o leite começar
a vazar quando escutam o bebê chorando. 
Como tive baixa produção devido a minha filha não
fazer mamadas efetivas nos primeiros dias, o que de
fato ajudou a minha produção a aumentar foram os
esquemas de ordenhas. 
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o
aleitamento materno exclusivo até 6 meses e depois até
2 anos junto aos demais alimentos.
É importante dizer que não há leite fraco. O que pode
acontecer são diversos problemas relacionados à
amamentação que podem acarretar uma baixa produção
de leite e mamadas inefetivas, por exemplo. Por isso
digo, conhecimento é luz! E este e-book irá te auxiliar a
ter uma compreensão geral para que tenha a melhor
amamentação possível. 
17
A produção de leite 
Este vídeo é incrível e mostra o processo de produção e
descida do leite conectando o cérebro da mãe e as glândulas
mamárias através do estímulo do bebê:
https://www.youtube.com/watch?v=_Y7ViEHx564 
 
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https://www.youtube.com/watch?v=_Y7ViEHx564
É extremamente importante que você aprenda a avaliar
a sucção nutritiva e a não nutritiva. Ambas são
necessárias, a primeira para que de fato o bebê esteja
ingerindo leite e a segunda para o amparo emocional do
bebê. 
A sucção nutritiva é aquela em que o bebê suga de 1 a 3
vezes e ENGOLE. Pode ser 1 sugada para 1 engolida até 3
sugadas para uma engolida. Passou disso, pode ser que a
mamada já não esteja sendo tão efetiva. 
Já a sucção não nutritiva é aquela em que o bebê fica
apenas “chupetando o peito”. Gosto de dizer que essa
mamada é mais AFETIVA. Ela também é importante
para suprir necessidades emocionais, mas ela não enche
barriga. Se notar que o bebê só “chupeta”, acenda o sinal
vermelho e procure ajuda. 
Minha filha só fazia mamada não nutritiva e por isso
tivemos todos os problemas com o baixo peso. Saber
avaliar a mamada desde o início pode te salvar desses
transtornos ao agir com rapidez! 
18
Aprendendo a avaliar a mamada
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Aprender a acoplar o bebê corretamente evita fissuras e
faz com que a mamada seja efetiva com boas
quantidades de sucções nutritivas, auxiliando no ganho
de peso e na produção de leite. 
Na pega correta o mamilo fica no “meio” da boca da
criança, abocanhando grande parte da aréola. O bebê
precisa “pressionar” a aréola (parte mais escura) com a
boquinha e não o mamilo (bico do peito). Seus lábios
devem estar voltados para fora (como uma boquinha de
peixe). As laterais da boca do bebê devem estar
completamente grudadas no mamilo como se criasse
um vácuo, dessa forma a pega será profunda e correta.
Uma pega rasa e “mole” faz com que a boca do bebe
escorregue para o mamilo, levando a abertura de
fissuras e baixa efetividade na sucção/extração de leite. 
Para iniciar uma pega correta, faça uma prega com a
mão, pressionando a aréola em forma de C com o
polegar do lado de cima e o indicador embaixo.
Importante: estimule a boquinha do bebê com o mamilo
para abertura da boca e então leve o bebê até o seio.
Nunca leve o peito ao bebê! 
19
Pega correta 
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É o movimento da boca do bebê na aréola que estimula a
produção e a transferência do leite. Com a pega correta
a amamentação é indolor, gostosa e nutritiva! 
Tão importante quanto a pega correta, é saber tirar o
bebê do peito para não machucar o mamilo. Insira o seu
dedo mindinho no canto da boca do bebê, puxe para a
lateral para que entre ar e ele solte o peito, somente
quando ele abrir a boca e o mamilo estiver livre, retire o
seu peito.
20
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A cabeça e o corpo do bebê precisam estar voltados para
você. Orelha, ombros e quadril alinhados. A barriga do
bebê deve estar contra a sua barriga. 
21
Posição do bebê 
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Principalmentena apojadura, os seios ficam inchados,
cheios e duros. O bebê terá dificuldade de abocanhar a
aréola, o que pode levá-lo a escorregar a boquinha para
o mamilo gerando fissura e dor ao amamentar, além de
baixa extração de leite. 
Massageie os seios (e até ordenhe um pouco se
necessário) antes de amamentar. Com os dedos
indicador e médio vá pressionando em círculos toda a
extensão dos seios de fora para dentro até chegar na
linha da aréola. Você irá sentir as “pedras” de leite se
soltando. 
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Apojadura e massagem nos seios
Não faça compressa quente! Isso pode levar a um efeito
rebote, produzindo e “empedrando” mais leite, podendo
gerar uma mastite. 
A compressão ajuda o bebê a receber mais leite através
da ejeção do leite. É bastante indicada quando o bebê
para de fazer a sucção nutritiva durante a mamada. 
Compressão nos seios 
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Para fazer a compressão basta segurar os seios com o
polegar do lado de cima do seio e os demais dedos
abaixo. Pressione o polegar contra o indicador, como se
estivesse fazendo um C no seio. 
Cuidado para não fazer a compressão quando o bebê já
está fazendo uma sucção efetiva (recebendo leite), pois
ele pode engasgar com o alto fluxo de leite. 
23
Segundo o Dr. Jack Newman (pediatra canadense e
fundador do Centro Internacional de Amamentação), o
bebê responde ao fluxo de leite da mãe. Quando são
novinhos e não encontram este fluxo, geralmente
dormem. E quando são mais velhos (+3 meses), podem
ficar agitados, irritadiços e começar a chorar e
empurrar o peito. 
Se isso acontecer, tente realizar a compressão nos seios
para ajudar o bebê a receber mais leite e assim
“engatar” na mamada. Outra técnica é tomar banho com
o bebê ou amamentá-lo somente vestindo a fralda (se o
clima permitir), pois o contato pele a pele ajuda a
liberar ocitocina (responsável pela ejeção do leite). 
Bebês que dormem ou choram no peito
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Em último caso, avalie iniciar um esquema de ordenha
para aumentar a produção de leite.
É verdade que o leite posterior (rico em gordura e que
engorda) é conquistado à medida que o bebê vai
mamando efetivamente (e não somente "chupetando" o
peito), por isso deixe o bebê terminar um peito e então
ofereça o outro. Como saber que o bebê terminou um
peito? Quando ele já não está mais ingerindo leite,
mesmo fazendo a compressão na mama. 
A chave está em OBSERVAR o bebê. Se notar que já não
está mais recebendo e ingerindo leite de um peito, está
agitado e soltando o peito, oferte o outro, não deixe o
bebê chegar ao ponto de adormecer para só então
ofertar o segundo peito. Dar os dois peitos numa única
mamada, aumenta o estímulo que ativa ainda mais a
produção de leite. Claro que o bebê pode recusar o
segundo peito, mostrando que está satisfeito. 
Quando o bebê solta o peito sozinho, não
necessariamente ele ficou satisfeito. Pode ser que tenha
perdido o interesse por uma redução temporária do
fluxo de leite ou tenha se assustado com o rápido fluxo.
Vá ofertando os seios até perceber que ele ficou
realmente satisfeito e agora recusa. 
Se com o tempo o bebê começa a perder o interesse pelo
peito, ficando agitado e recusando o peito, pode ser uma
queda tardia na produção de leite. Neste caso, vale
iniciar um esquema de ordenha para aumentar a
produção e/ou avaliar a necessidade de tomar os
galactogogos. Em paralelo vá avaliando se o bebê muda
o comportamento voltando a se interessar e ficando
mais ativo na mamada. 
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Ofertar os dois peitos?
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Geralmente quando o bebê está satisfeito ele larga o
peito sozinho. Mas pode ser que ele ainda fique fazendo
a sucção não nutritiva por um bom tempo ou durma
mesmo antes de encher a barriguinha. Tente ofertar o
segundo seio, se ele não aceitar é porque já está
satisfeito. Faça também o teste do bracinho, se levantar
o braço dele e estiver molinho a ponto de “despencar”,
ele provavelmente já está satisfeito. 
A Lívia faz um biquinho projetando o lábio inferior para
frente. Observe se o seu bebê tem uma forma única de
mostrar que está satisfeito. 
Como saber se o bebê ficou satisfeito 
Língua presa 
Na maternidade geralmente os bebês já passam por uma
avaliação da fonoaudióloga para identificar se possui o
freio lingual (língua presa). Em caso positivo é indicado
que se faça a frenectomia, um procedimento simples
que consiste num pequeno corte no freio da língua. A
recuperação é super rápida e o bebê já pode sair
mamando. Pode necessitar a realização de sessões com
a fonoaudióloga para auxiliar na recuperação. 
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A língua presa atrapalha muito a amamentação, fala e
alimentação. Na amamentação pode gerar muita
dificuldade de se fazer uma sucção nutritiva/efetiva,
gerando fissura, pega rasa, estalos ao mamar, entre
outros problemas. É indicado que se faça a frenectomia
o quanto antes! 
No momento em que escrevo a Lívia completou 4 meses
e estávamos ainda com dificuldades na amamentação.
Ela ficava extremamente agitada e irritada no peito e a
mamada não durava 5 minutos antes de acabar em
choro. Decidi levá-la a uma odontopediatra
especializada em freio lingual e após SEIS profissionais
terem diagnosticado que ela não tinha a língua presa,
foi descoberto que ela tinha o freio lingual submucoso
(mais difícil de ser diagnosticado). 
Na mesma consulta já foi realizada a frenectomia! O
procedimento não levou mais que 5 minutos com
anestesia local. Pouco depois ela já estava mamando e
no dia seguinte a amamentação já tinha melhorado
consideravelmente. A pega estava mais firme e ela já
fazia a mamada inteira praticamente sem soltar ou
chorar. Da forma que estávamos dificilmente
chegaríamos aos 6 meses com a amamentação, agora
tenho esperança de que vá muito mais longe.
Certamente essa foi a causa raiz de toda a nossa
dificuldade com a amamentação desde o início! 
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Além do nosso caso, uma amiga passou por situação
semelhante descobrindo o freio lingual submucoso após
diagnósticos anteriores negativos. Fique atenta se o seu
bebê continuar apresentando dificuldades na
amamentação e procure um odontopediatra
imediatamente com bastante experiência em
frenectomia.
Tem algo errado na mamada… 
Se está sentindo dor durante toda a mamada ou nos
primeiros minutos assim que o bebê pega o peito.
SENTIR DOR NÃO É NORMAL! (Salvo os primeiros
dias que é esperado sentir dor e desconforto, afinal
seu mamilo nunca foi tão “exigido” como agora) 
Se estiver com fissura que demora para cicatrizar
Se o bebê fizer estalos durante a mamada 
Se aparecer covinhas nas bochechas do bebê
durante a mamada 
Se o bebê estiver mal posicionado (orelha, ombros e
quadril desalinhados)
Se o bebê dorme muito rápido ou chora muito no
peito
Se você leva o peito até o bebê (e não o contrário) e
fica toda curvada durante a mamada
Se o bebê só faz mamada não nutritiva (aquela
sucção fraquinha como se estivesse chupetando o
peito) 
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Laserterapia - o laser de baixa intensidade estimula
a formação de novas células na fissura gerando um
processo rápido de cicatrização. A sessão é bem
rápida (minutos) e não é dolorida. Pelo contrário, fiz
algumas sessões e sentia um leve formigamento e
calor que aliviavam a dor. Procure uma consultora
de amamentação para aplicar o laser. Mas adianto
que essas sessões têm um valor considerável. 
Secador de cabelo - essa foi uma dica interessante
da nossa pediatra. Molhe o mamilo e a fissura com o
seu próprio leite e seque com o secador, deixe numa
distância que o vento quente fique confortável. Faça
isso algumas vezes durante o dia. 
Banho de sol - novamente, o calor ajuda na
cicatrização. Optepor horários que o sol esteja mais
ameno, como antes das 09h e depois das 16h,
durante uns 15 minutos. Eu mesma acabei adotando
pouco essa dica devido à dificuldade de conciliar as
atividades com minha recém-nascida e os horários
indicados para o banho de sol. 
Aprendi 3 formas efetivas de curar as fissuras: 
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Se o bebê só pega o mamilo (bico do peito) ao invés
de abocanhar quase toda a aréola (parte redonda e
mais escura do peito)
Como curar as fissuras 
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29
ATENÇÃO: nada disso irá resolver se a pega estiver
incorreta, as fissuras continuarão abrindo. Veja o tópico
de pega correta! 
DICA EXTRA: utilize uma rosquinha de tecido
para proteger os mamilos do contato com o sutiã.
Você pode comprar pronta ou fazer com uma
fraldinha de boca do bebê. Lembre-se de lavar
com frequência, principalmente se vazar leite. O
mamilo constantemente úmido pode
desencadear uma candidíase mamária e outras
infecções. 
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Estimular e aumentar a produção de leite 
Fazer estoque de leite materno para quando retomar
ao trabalho, para complementar as mamadas ou
para eventualidades (ex: sair e deixar o bebê com
um cuidador) 
Aliviar o inchaço e excesso de leite principalmente
na apojadura (quando desce o leite)
A ordenha é indicada principalmente para estes três
objetivos: 
No primeiro caso para aumentar a produção de leite são
recomendados diversos esquemas de ordenha, sendo o
mais “popular” o Power Pump utilizando a bomba
extratora de leite que simula a sucção do bebê. Este
esquema consiste no estímulo durante uma hora
utilizando a bomba dupla, sendo: 20 min de ordenha, 10
min de descanso, 10 min de ordenha, 10 min de
descanso e 10 min de ordenha. Repetir o esquema de 3 a
4 vezes por dia. 
Porém sejamos realistas que dedicar praticamente 4
horas por dia para ordenhas é bastante puxado para
uma mãe com um recém nascido em casa. 
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Esquemas de ordenhas
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O esquema inicial que utilizei por indicação de uma
profissional da saúde foi: 15 min de ordenha, 5 min de
descanso e 15 min de ordenha também com a bomba
dupla. O ideal era realizar esse esquema 3x ao dia, mas
geralmente conseguia de 1 a 2 vezes. 
E por fim, o esquema que mais me adaptei foi o de
realizar a ordenha somente por 10 a 15 min, de 2 a 3x
por dia, totalizando em média 30 minutos de estímulos
diários. Tenho realizado 5 min em cada peito,
totalizando 10 min por vez. Utilizo a bomba elétrica,
mas também faço a ordenha manual em algumas
sessões. E Tenho tido ótimos resultados para o aumento
da produção de leite! Quando sinto que a produção
diminuiu, volto com esse esquema que cabe na minha
rotina. 
31
IMPORTANTE: como estes esquemas acima são para o
estímulo da produção de leite materno, não importa a
quantidade “extraída”! Mesmo que não saia uma gota
de leite, persista no ESTÍMULO. E o mais importante:
a quantidade de leite que sai não tem a ver com a
quantidade de leite que você produz ou que o seu bebê
mama. O peito é uma fábrica de leite e não estoque,
grande parte do leite ingerido pelo bebê é produzido
DURANTE a mamada. Além disso, a boquinha do bebê
é infinitamente mais eficiente na extração do leite do
que uma bomba elétrica ou a nossa mão ordenhando.
Não se abale pela quantidade extraída, mas sempre
armazene o que sair para ofertar em alguma
eventualidade (veja o tópico de como armazenar o LM)
Quanto a realizar o estoque de leite para retorno ao
trabalho, o esquema de ordenhas é outro. Porém não
trataremos dele aqui, pois o foco deste e-book é o início
da amamentação. 
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Adote uma posição confortável, mantenha os
ombros relaxados e um pouco inclinados para
frente.
Massageie as mamas com a ponta dos dedos,
fazendo movimentos circulares no sentido da aréola
(parte escura da mama) para o corpo.
Coloque o polegar acima da linha onde acaba a
aréola.
Coloque os dedos indicador e médio abaixo da
aréola.
Firme os dedos e empurre para trás em direção ao
corpo.
Aperte o polegar contra os outros dedos até sair o
leite.
Despreze os primeiros jatos de leite (0,5 a 1 ml).
Mude a posição dos dedos, para esvaziar todas as
partes da mama.
Abra o frasco e coloque a tampa sobre a mesa,
forrada com um pano limpo, com a abertura para
cima.
Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da
aréola.
Após terminar a coleta, feche bem o frasco. 
Compartilho aqui o passo a passo padrão indicado pela
SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria):
32
Como fazer a ordenha manual 
Pressione em direção
ao seu peito
Aperte Solte
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As vantagens da ordenha manual são o calor do toque
da mão, a melhor percepção do próprio seio e sua
produção de leite, além de um melhor estímulo das
glândulas mamárias. 
33
Boas práticas para iniciar a mamada
Deixe uma garrafa de água ao seu alcance.
Amamentar dá muita sede e beber água ajuda muito
na produção de leite. 
Sente-se num local confortável (se possível, invista
numa boa poltrona de amamentação) de forma
ereta. 
Molhe o mamilo com um pouco de leite materno
extraído na hora
Posicione o bebê 
Faça a prega (posicione o polegar na linha superior
da aréola e o indicador na linha inferior, pressione
ambos como se quisesse juntá-los) - Este passo é
muito importante para evitar fissuras e garantir
uma pega adequada!
Estimule a boquinha do bebê com o mamilo para que
faça uma boa abertura de boca 
Ainda segurando a prega, leve o bebê ao seio (nunca
leve o seio ao bebê) 
Se utilizar almofada de amamentação, este é o
momento de colocá-la envolvendo o bebê e você. O
bebê não deve ficar em cima da almofada, mas entre
você e a almofada, assim você consegue apoiar os
seus braços e as costas do bebê.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
DICA EXTRA: utilizei muito a almofada de
amamentação quando a Lívia era recém-nascida e
dormia por horas e horas no meu colo, colocava a
almofada dessa forma explicada do passo 8. Assim
ficava segura de que se eu dormisse junto (e dormia
mesmo), ela não cairia. 
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Essa foi a minha maior dificuldade na amamentação.
Lívia fazia “mamadas” de uma hora, várias vezes por
dia, porém mais dormia do que fazia sucção nutritiva.
Como consequência, não ganhava peso. Agora com 4
meses e o recente diagnóstico de freio lingual
submucoso tudo faz sentido. Quando o bebê tem a
língua presa, ele não consegue fazer as movimentações
com todo o seu potencial para uma sucção nutritiva,
então ele se cansa e dorme (quando é mais novinho) ou
fica irritado e chora (quando mais velho). Passei pelas
duas fases o que desencadeou o baixo ganho de peso. 
No início eu enlouquecia tentando entender se ela
dormia no peito porque não tinha um bom fluxo de leite
ou se por ela não mamar efetivamente eu não tinha uma
boa produção de leite. Sinceramente, acho que eram as
duas coisas. Uma leva à outra. 
No geral o baixo peso quando ligado à amamentação
pode ser por língua presa, pega incorreta, baixa
produção de leite, fissuras e dor ao amamentar e até
mesmo mais sucção não nutritiva do que nutritiva.
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Quando o bebê não ganha peso
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Caso o seu bebê apresente problemas com o ganho de
peso, é importante fazer os ajustes necessários na
amamentação, avaliar o freio lingual com um
odontopediatra especializado no tema e levar na
pediatra para a pesagem com frequência (no início
fomos a cada 3-5 dias, depois semanalmente,
quinzenalmente e agora já passamos para a consulta
mensal). 
O pediatra também deverá avaliar se o problema do
ganho de peso é algo relacionado com o bebê e não com
a amamentação. Só ele(a) poderá dizer! 
35
Quando a fórmula énecessária
É comum bebês já receberem fórmula na maternidade
ou a prescrição já nas primeiras consultas com o
pediatra quando a mãe está com dificuldade na
amamentação. O que eu te digo é: acenda um sinal
vermelho se isso acontecer com você. Não estou
dizendo que é para ir contra o profissional da saúde,
mas questione se é realmente necessário. O profissional
que já prescreve fórmula de imediato (ou medicamentos
para aumentar a produção de leite) geralmente não
entende a fundo de amamentação, não sabe avaliar uma
mamada e auxiliar a mãe numa pega correta, por
exemplo.
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Lute pela sua amamentação (se você chegou até aqui
neste e-book eu acredito que seja do seu interesse),
investigue o que pode estar acontecendo, busque ajuda
e aplique tudo o que tem aprendido aqui. 
Nos primeiros três meses de vida o bebê deve ganhar
entre 20 e 30 gramas por dia, porém é comum que perca
de 6% a 10% do peso nos primeiros dias de vida,
devendo recuperar o peso de nascença entre o 10º e 14º
dia de vida.
A fórmula deve ser indicada pelo pediatra quando
realmente for necessária. Recomendo fortemente que
não se introduza por conta própria sem a consulta de
um profissional amigo da amamentação e sem tentar
tudo o que for possível para a amamentação dar certo! 
36
Mamadeiras, confusão de bico/fluxo e
desmame precoce 
Mamadeiras, chupetas e bicos de silicone podem afetar
a amamentação. Quando o bebê mama na mamadeira o
padrão da sucção é alterado, o chamado confusão de
bicos. Na mamadeira, devido ao fluxo grande de leite
(comparado ao peito) a língua do bebê fica numa
posição onde consiga manejar melhor o fluxo de leite e
não se engasgar. Já no seio materno, o bebê precisa
"buscar" o leite com a língua, fazendo um movimento
como se fosse a língua de um gatinho tomando leite
(veja o vídeo abaixo). Dessa forma o bebê precisa fazer
um esforço para estimular o peito a ejetar o leite,
enquanto na mamadeira o leite desce num volume
maior e mais rápido, gerando a confusão de fluxo.
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Quando o bebê mama apenas no peito ele trabalha um
conjunto de diversas musculaturas orofaciais que
futuramente irão auxiliar na fala e na alimentação. O
que acontece quando a amamentação é mista (peito e
mamadeira)? O bebê geralmente começa a rejeitar o
peito devido à facilidade da mamadeira levando a um
desmame precoce. Isso não acontece de imediato, essa
rejeição pode acontecer tempos depois e acabar sendo
associado a outros motivos que não o bico artificial.
Na prática já vi casos de mães que ofertam leite
(ordenhado ou fórmula) na mamadeira somente à noite
desde a maternidade e que conseguiram levar a
amamentação mista até pelo menos os 6 meses (mínimo
indicado como amamentação exclusiva pela OMS). Na
minha opinião cada mãe tem que avaliar o risco-
benefício (junto ao pediatra) de acordo com o seu desejo
e a sua rotina/realidade. Se a intenção é amamentar até
aos dois anos, eu não arriscaria introduzir a mamadeira
precocemente. No meu caso optamos por ofertar o
complemento (ordenhado ou fórmula) na mamadeira da
Nuk* para sair da translactação e amenizar a confusão
de fluxo, além da praticidade. Mas se o complemento
não fosse necessário, seguiria somente com o peito até o
fim da licença maternidade. 
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Neste vídeo você pode observar a deglutição e como é a
movimentação da língua do bebê no peito:
https://www.youtube.com/watch?v=HDz3vLmuuws 
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https://www.youtube.com/watch?v=HDz3vLmuuws
Não se engane pelo marketing de grandes marcas de
mamadeiras que dizem simular o seio materno, nunca
será igual! 
38
*A mamadeira First Choice da Nuk foi indicação da
nossa pediatra, pois tem um furo realmente
pequeno (comprei o tamanho P para recém-
nascido) com um fluxo menos intenso do que a
menor sonda (tamanho 4) existente para a
translactação. Esse foi o melhor risco-benefício
que encontramos para a nossa família até
descobrirmos o freio lingual, realizarmos a
frenectomia e ficarmos somente com a
amamentação no peito (até o momento em que
escrevo). 
Formas de ofertar o leite (ordenhado ou
fórmula)
Quando necessário ofertar o complemento ou a
mamada completa na sua ausência, há outras
alternativas além da mamadeira. Para recém-nascidos é
possível utilizar um copinho de vidro com borda
arredondada (copinho de cachaça) ou seringas. Utilizei a
seringa quando a Lívia tinha poucos dias de vida e
ficava satisfeita com 15 ml de LM. 
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Depois passamos para a translactação, ofertava a
fórmula ou LM ordenhado através de uma sonda
nasogástrica (encontra-se em lojas de produtos
hospitalares) inserida no cantinho da boca da bebê
quando estava mamando no peito. Assim sugava o peito
e o complemento ao mesmo tempo, porém deixava ela
fazer a sucção no peito por um bom tempo para obter o
LM e no final da mamada iniciava a translactação. 
39
A colher dosadora é uma ótima opção para bebês
pequenos que ainda não se mexem tanto. Quando
tentamos com minha filha ela já estava numa fase
bastante agitada e a experiência não foi boa, perdíamos
metade do leite que vazava na hora de ofertar e
molhava toda a roupa. 
Para bebês maiores (+ 3M) existem os copos de bico
rígido sem válvula e bico flexível, mas que dependendo
da frequência de uso também podem gerar confusão de
bico e fluxo.
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Sem dúvidas a forma mais prática é a mamadeira,
porém com MUITO risco para a sua amamentação. Se
você precisa de um método para ofertar
esporadicamente o leite, avalie o risco-benefício de
ofertar na mamadeira e se for uma necessidade
recorrente ofereça a mamadeira somente após tentar as
demais opções. E oferte com o bebê praticamente
sentado e a mamadeira na horizontal, assim você
ameniza a questão da confusão de fluxo. De novo, avalie
sempre o risco-benefício para a sua necessidade e a do
seu bebê!
40
Baixa produção de leite
Estresse e/ou depressão pós-parto
Pega e posição incorreta (além de levar a uma
mamada não efetiva, abrem fissuras que vão te levar
a dar cada vez menos o peito)
Língua presa do bebê
Mamada não efetiva com baixa transferência de leite
Alguns casos de cirurgia mamária onde parte das
glândulas mamárias foram comprometidas
Mastite
Primeiro é importante entender se realmente você está
tendo uma baixa produção de leite. Geralmente a baixa
produção acontece quando há:
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Peito murcho (Lembre-se que o peito é fábrica de
leite e não estoque!) 
Peito que parou de vazar (Quando a amamentação
se estabelece, passamos a produzir somente o que é
necessário ao bebê e não temos mais o excesso de
leite parado no peito)
Baixo ganho de peso (pode ser que ainda precise
ajustar a pega e posição)
Não é sinal de baixa produção de leite:
No meu caso a minha baixa produção possivelmente foi
devido ao freio lingual da minha filha que desencadeou
uma pega incorreta, grandes fissuras e mamada não
efetiva com baixa transferência de leite, levando à
dificuldade de ganho de peso. Por semanas evitei dar
um ou outro peito devido às fissuras, sem saber que isso
diminuía ainda mais a minha produção. Veja como a
amamentação é sensível e as dificuldades nas primeiras
horas podem virar uma bola de neve e ocasionar um
problema enorme. Que bom que você está aqui tendo
esse conhecimento, podendo evitar a baixa produção e
sabendo o que fazer caso ela ocorra.
Lembre-se que o que ativa a produção de leite são os
hormônios e o estímulo. Os esquemas de ordenha são a
cereja do bolo para eu retomar a minha produção
sempre que oscila demais! 
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Redução tardia da produção de leite
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Perda ou estabilizaçãodo peso do bebê
Pega incorreta ocasionando uma mamada inefetiva
O bebê chora possivelmente querendo mais leite,
mas o choro é diagnosticado como cólica. A típica
cólica não inicia com bebês de +3M. 
O bebê passa muito tempo sugando a mão e os
dedos. Apesar de ser controverso, pois muitos pais e
pediatras acreditam que seja um hábito normal, o Dr
Jack Newman acredita que seja um sinal de queda na
produção de leite.
O bebê começa a pegar e soltar o peito diversas
vezes durante a mamada, ficando agitado. Pode até
não recusar o peito completamente, mas ainda
assim mama bem a noite (quando a mãe tem maior
volume de leite)
O bebê deixa de mamar no peito durante o dia, mas
continua mamando bem a noite. 
A mãe pode ter fissuras tardias, pois o baixo fluxo de
leite faz com que o bebê escorregue para o mamilo
ao invés de manter uma pega profunda, ocasionando
as fissuras. A mãe geralmente diz que o bebê ficou
preguiçoso. 
Pode ser que após 3-4 semanas de nascimento do bebê a
mãe experimente uma redução na produção de leite,
podendo notar os sintomas por volta dos 2-3 meses. Isso
não significa necessariamente que não está produzindo
leite suficiente, apenas que está produzindo menos que
antes.
Alguns sintomas de redução tardia de produção de leite
levantados pelo Dr. Jack Newman são:
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O tempo de mamada é muito longo ou muito curto,
geralmente este último. O bebê começa a pegar e
soltar o peito e eventualmente começa a sugar as
mãos e os dedos boa parte do tempo.
O bebê começa a se auto desmamar. O Dr. diz que
bebês abaixo de 3 anos não se auto desmamam. 
Em bebês mais velhos pode ser que não ganhe peso e
ainda assim se recuse a comer alimentos sólidos.
Quando o bebê não está recebendo muito leite isso o
deixa sem apetite, mas ele continua no peito por
receber conforto e segurança. 
Pega incorreta
A mãe vem ofertando somente um peito por
mamada ao invés dos dois
A mãe voltou a tomar anticoncepcional com
hormônios
Nova gravidez
Alguns medicamentos podem interferir na produção
de leite, converse com o médico que te prescreveu
para ver se é compatível com amamentação
O que ocasiona a redução tardia da produção de leite:
Para prevenir ou reverter a redução tardia de produção
de leite, solucione os itens acima. Nunca é tarde
também para realizar a frenectomia (soltar a língua
presa). Se o bebê já está na idade de iniciar a introdução
alimentar, a fórmula na mamadeira não é necessária. E
considere o uso de Domperidona para aumentar a
produção de leite (veja o tópico de galactogogos). 
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Os galactogogos são medicamentos e fitoterápicos que
podem auxiliar no aumento da produção de leite. Mas
atenção, eles PODEM auxiliar, não são garantias de
sucesso. Vou citar aqui os que utilizei, considerados os
mais seguros. Em relação aos fitoterápicos tomei a
tintura de algodoeiro e alfafa, além do Shatavari porém
não senti efeito. Enquanto já vi depoimento de outras
mulheres que tiveram um bom resultado. 
Quanto aos medicamentos, o que senti um bom
resultado (junto aos esquemas de ordenha!) foi a
Domperidona. Inicialmente a pediatra havia passado
uma dosagem de 4 comprimidos/dia, porém não fez
efeito em mim. Então descobri o protocolo do Dr. Jack
Newman, pediatra canadense e fundador do Centro
Internacional de Amamentação, onde ele indica o uso
inicial de 3 comprimidos, 3x ao dia, totalizando 9 ao dia. 
A Domperidona age aumentando a secreção de
prolactina no organismo, o hormônio da produção de
leite. Este é um medicamento indicado para o
tratamento de refluxo, inclusive em bebês. Portanto, o
Dr Jack Newman e diversos profissionais da saúde
afirmam ser seguro para o uso na amamentação. Caso
queira saber mais sobre a Domperidona, deixo aqui este
link com informações valiosas:
https://ibconline.ca/domperidone-port/ 
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Galactogogos
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https://ibconline.ca/domperidone-port/
Lembre-se, antes de tomar qualquer fitoterápico ou
medicamento, converse com o pediatra ou consultora
de amamentação para avaliar a real necessidade e para
te receitar a dosagem ideal para o seu caso, além de te
auxiliar com o desmame futuramente. 
ATENÇÃO: é comum pediatras prescreverem o Equilid para aumento de
produção de leite. Este medicamento é indicado para tratamento de
doenças mentais como esquizofrenia tendo como POSSÍVEL EFEITO
COLATERAL o aumento da produção de leite. Eu recebi a prescrição dele,
mas fui pesquisar e conversar com profissionais antes de tomar. O que
encontrei é que não há um consenso entre profissionais, uns indicam e
outros abominam (para este fim). Também não há estudos científicos que
comprovem a segurança para mãe e bebês. Na dúvida, decidi não tomar e
meu conselho é que você não tome também caso receba essa indicação. Há
outros meios mais seguros já citados anteriormente. 
45
"Um ponto importante: se todas as mães tivessem o
melhor início de amamentação, desde o início, tendo
o mínimo de intervenções razoáveis durante o
trabalho de parto e nascimento e recebessem boa
ajuda desde o início, a maioria das mães que toma
Domperidona não precisaria dela." 
 
Dr. Jack Newman, pediatra canadense e fundador do
Centro Internacional de Amamentação
Utensílios necessários
Não é preciso muito, apenas uma mãe disposta a
amamentar e um bebê disposto a mamar. Mas é fato que
alguns itens facilitam o dia a dia e o principal deles, na
minha opinião, é o sutiã de amamentação. Investi em 3 e
tem sido suficiente. Se você tem leite vazando, talvez
precise de mais, nunca deixe o mamilo úmido e abafado.
As rosquinhas de tecido para proteger o mamilo
auxiliam muito no início se houver fissura.
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Garrafinha de água é essencial, já leve para a
maternidade se você ainda é gestante. Amamentar dá
muita sede!
A bomba elétrica extratora de leite é opcional. São mais
indicadas para ordenha de estoque de LM (volta ao
trabalho) ou em casos que é necessário estimular o peito
para aumento de produção de leite. Porém pode ser
substituída pela ordenha manual. Para esterilizar os
itens da bomba elétrica utilizo o saco esterilizador que
vai no microondas (Buba e Multikids são ótimos). 
A ladybug e bomba coletora da Haakaa podem ser
interessantes se você tem/tiver leite vazando. Enquanto
amamenta de um lado, vai coletando o leite que vaza do
outro para armazenar posteriormente. Não utilizei, pois
não tive necessidade. Mas já vi boas indicações desses
dois produtos. A Haakaa também possui uma sonda com
controle de fluxo para translactação e um coletor de
colostro que serve para coletar e ofertar ao bebê. Este
último com certeza levarei para a maternidade para o
próximo filho! 
Bico de silicone, concha e pomada de lanolina são
dispensáveis na grande maioria das vezes. A concha
quando utilizada por muito tempo deixa o mamilo
úmido e abafado, favorecendo o aparecimento de
candidíase. 
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Existem dois protocolos para armazenamento do leite
materno, o brasileiro e o americano. Você pode escolher
qual seguir.
A Sociedade Brasileira de Pediatria e Banco de Leite
Humano recomendam o seguinte protocolo:
Este guia é para bebê nascido a termo, podendo variar para bebês prematuros ou
doentes. Checar com seu médico pediatra ou consultora de amamentação.
Armazenagem do leite materno 
Já o CDC (Departamento de Saúde e Serviços Humanos
dos EUA) faz a seguinte recomendação:
MINHA EXPERIÊNCIA: Seguindo o protocolo
americano deixei leite armazenado por mais de 3
meses e quando fui utilizar já estava estragado.
SEMPRE sinta o cheiro e prove uma gotinha antes de
ofertar ao bebê o leite armazenado. Não corra o risco
de ofertar um leite estragado! 
E lembre-se sempre de colocar a data e horário nos
potes,assim não precisará descartar leite que está em
dúvida. Já passei por isso e dá uma dor no coração! 
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Lave bem as mãos com água e sabão neutro ou
higienize com álcool (pelo menos 60%)
Se utilizar a bomba elétrica, cheque todas as peças
para garantir que estejam limpas e esterilizadas
Armazene o leite em recipientes específicos e
esterilizados (sacos de armazenar LM, potes de
vidro com boca larga e tampa de plástico)
Etiquete o recipiente com a data e horário do leite
ordenhado
Não armazene o LM na porta da geladeira ou na
porta do freezer
Para proteger a qualidade do LM, se não for utilizá-
lo no período indicado, congele-o imediatamente
após a ordenha
Armazene em pequenas quantidades para evitar o
desperdício 
Não encha os recipientes até a boca, pois o LM
expande quando congelado
O LM pode ser armazenado em bolsas térmicas com
gelo por até 24 horas quando estiver viajando.
Quando chegar ao destino, use imediatamente,
refrigere ou coloque no congelador (caso não tenha
descongelado)
Para descongelar o LM deixe na geladeira durante a
noite, banho-maria com água morna ou em água
corrente morna
Antes de ordenhar ou manusear o leite materno:
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Nunca descongele ou esquente direto no fogão ou no
microondas, pois irá perder nutrientes e criar
pontos aquecidos que podem queimar a boca do
bebê
Se descongelar na geladeira, utilize em 24 horas
Uma vez que o LM congelado é deixado em
temperatura ambiente ou aquecido, use-o em 2
horas
O LM pode ser oferecido em temperatura ambiente
ou levemente gelado, se preferir ofertar morno,
verifique a temperatura no seu punho antes de
amamentar o bebê
Chacoalhe o LM antes de ofertar para que misture a
gordura com o restante do leite
A sobra do LM que não for utilizada dentro de 2
horas, deve ser descartada
Fonte:
https://www.cdc.gov/breastfeeding/recommendations/handling_breastmi
lk.htm 
Lembre-se
Seu corpo é capaz de produzir leite (salvo exceções
de cirurgias mamárias que comprometeram as
glândulas mamárias), não acredite se alguém te
dizer o contrário.
Não existe leite fraco, mas existe baixa produção de
leite.
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https://www.cdc.gov/breastfeeding/recommendations/handling_breastmilk.htm
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Se há algum problema, este problema geralmente é
relacionado a amamentação e não com você. Uma
baixa produção de leite, por exemplo, decorre de
fatores externos da amamentação já mencionados
anteriormente. 
Corrija os problemas com a amamentação antes de
recorrer a mamadeiras e fórmulas.
Mães aprendem a amamentar amamentando (com as
técnicas corretas). Bebês aprendem a mamar
mamando.
Nem todo obstetra, pediatra, enfermeiras, etc
entendem realmente de amamentação, questione se
achar que tem algo errado!
Tome as rédeas sobre a sua amamentação e faça dela
um sucesso, independente da dificuldade que está
passando. 
Uma amamentação de sucesso é aquela que funciona
bem para você e seu bebê, sendo exclusiva de LM ou
mista com fórmula.
Amamentação não é igual mamadeira que tem
quantidade e horários pré-definidos. Amamente em
livre demanda (se possível), sempre que o seu bebê
solicitar. Não fique olhando no relógio e não
compare tempo de amamentação com o de suas
amigas, cada bebê tem um padrão.
O padrão de mamada vai modificando com o passar
dos meses. Por exemplo, antes ficava 40 min no
peito e agora mama em 15 min, os bebês vão ficando
profissionais em mamar!
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Não se abale se na ordenha extrair uma quantidade
pequena de leite, pois não tem a ver com a
quantidade que seu bebê mama no peito. Ele é muito
mais eficiente do que uma bomba elétrica extratora
de leite.
O bebê não necessariamente está tomando o leite
por estar acoplado no peito. Avalie a mamada! 
Não tome galactogogos sem antes conversar com
um profissional especialista em amamentação.
Procure rapidamente a ajuda de um especialista em
amamentação caso tenha dificuldades, a
amamentação é sensível e em poucos dias pode virar
uma bola de neve difícil (mas não impossível) de
reverter. 
Se possível, leve seu bebê a um odontopediatra
especializado em freio lingual, assim como no meu
caso pode ser que ele tenha um freio submucoso que
não tenha sido diagnosticado por profissionais na
maternidade. 
Mãe feliz é bebê feliz! 
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Quanto antes buscar ajuda, melhor para a sua
amamentação. Hoje vejo que um item essencial no
enxoval é já ter uma boa consultora de amamentação
nas primeiras horas de vida do bebê, com certeza vou
considerar isso na próxima gestação. Não é luxo, é
necessidade! 
Independente se ainda está gestante ou já percorreu um
caminho na amamentação, busque por consultoras de
amamentação na sua cidade, odontopediatras e/ou
pediatras especialistas em amamentação. Você também
pode procurar ajuda gratuita nos Bancos de Leite
Humano da região em que mora. 
Seguindo algumas dicas deste e-book você já poderá
melhorar e muito a sua amamentação. Mas ele não
substitui a consulta presencial de um profissional para
te ajudar principalmente com a pega correta e avaliação
da mamada. Uma dica importante é perguntar ao
profissional que irá contratar se ela dá algum suporte
posterior, pois é comum precisar de mais de uma sessão
para realmente entrar nos trilhos de uma boa
amamentação. 
Você também pode ler os artigos e ver os vídeos do Dr.
Jack Newman (Versão em português:
https://ibconline.ca/category/portuguese-blog/) que
são riquíssimos e poderão te auxiliar muito! 
Caso prefira um curso online, entre em contato comigo
pelo Instagram (@paulasandycarlucci) que te conto
sobre o curso que fiz e você poderá avaliar se é o que
você realmente procura. 
52
Onde buscar ajuda
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https://ibconline.ca/category/portuguese-blog/
Conhecimento é luz, não me
canso de repetir. Por isso, indico
o Curso de Gestante Regenesis
(www.cursodegestanteregenesis.
com.br) que é 100% online e
gratuito e conta com 14 médicos
e especialistas em gestação. O
curso é dividido em 4 módulos,
do 1º trimestre de gestação ao
pós-parto, este último sendo
interessante também para mães
no puerpério. 
53
Para as gestantes
Indique este e-book
Este e-book tem todos os direitos reservados e não está
autorizado o seu compartilhamento na íntegra ou
parcial sob as penas legais. Todo download é rastreável! 
Caso queira indicar este conteúdo (ficarei feliz!),
compartilhe o LINK PARA COMPRA:
www.amamentacaoempoderada.com.br
Este material está sendo disponibilizado por um valor
super acessível para que todas as mães possam ter
acesso a essas informações relevantes. Mas caso
conheça alguém que precise muito e não tenha mesmo
condições para adquiri-lo, peça que entre em contato
pelo meu perfil pessoal no Instagram
(@paulasandycarlucci) que poderei liberar um cupom
com 100% de desconto. O intuito é ajudar mamães e
bebês a terem sucesso com a amamentação! 
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https://www.cursodegestanteregenesis.com.br/
http://www.amamentacaoempoderada.com.br/
Amamentar é um ato de amor
e doação incondicional. Pode
haver choro, angústia e dor,
mas também há alegria, leveza
e conexão. A amamentação,
quando possível, é o maior
presente que podemos dar aos
nossos pequenos nos
primeiros meses de vida. Lute
pela sua, por você e pelo seu
filho!
Eu espero de coração que você conquiste uma
amamentação fluída e tranquila. E caso isso ainda não
seja uma realidade, não hesite em buscar ajuda. E
lembre-se: tudo passa! Que daqui algum tempo você
também possa olhar para trás e se orgulhar do caminho
que percorreu. 
Aproveite, cante, ria, chore de alegria, abrace,beije e dê
muito colo (não ligue para quem diz que vai mimá-lo
demais), eles crescem rápido demais.
Por fim, desejo muitos momentos de conexão profunda
entre você e seu bebê!
Um abraço enorme,
Paula Carlucci
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Palavras finais 
@paulasandycarlucci
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 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © 
Publicado em Setembro/22 (Versão 1)
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