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Universidade São Judas – Campus Unimonte Medicina Veterinária Amanda Gomes Buzato - 51910500 Beatriz Mainy Cupido - 519113095 Fernanda Leme Barros Gonçalves - 519113918 Jose Eduardo Barreiros Filho - 519113347 Murilo da Luz Rocha Ribeiro - 520112321 Victoria Silva Santos – 519112994 GIRAFA CAMALEOPARDALIS Recinto para dois casais de girafa camelopardalis Santos, 2020 Universidade São Judas – Campus Unimonte Medicina Veterinária Amanda Gomes Buzato - 51910500 Beatriz Mainy Cupido - 519113095 Fernanda Leme Barros Gonçalves - 519113918 Jose Eduardo Barreiros Filho - 519113347 Murilo da Luz Rocha Ribeiro - 520112321 Victoria Silva Santos – 519112994 GIRAFA CAMALEOPARDALIS Recinto para dois casais de girafa camelopardalis Santos, 2020 SUMARIO Projeto apresentado ao Curso de Medicina Veterinária na Universidade São Judas Tadeu da Unidade Unimonte referente a UC de Meio Ambiente e Medicina de Animais Silvestres 1. RESUMO 2. ABSTRACT 3. INTRODUÇÃO 4. REVISÃO DE LITERATURA a. BIOLOGIA b. CARACTERISTICAS GERAIS DA ESPÉCIE c. STATUS DA CONSERVAÇAO DA ESPÉCIE d. CURIOSIDADES DA ESPÉCIE e. DOENÇAS MAIS FREQUENTES 5. RESULTADOS 6. DISCUSSÃO 7. CONCLUSÃO REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESUMO Este trabalho proporciona através de pesquisas em livros, artigos e sites, informações sobre a biologia, anatomia, fisiologia, principais patologias, nutrição da Girafa (Giraffa camelopardalis) e algumas das curiosidades dessa espécie. Tendo como objetivo apresentar, além de características da biologia desse animal, informações necessárias de manejo, enriquecimento ambiental para deixar o ambiente do recinto o mais próximo possível do conforto de sua vida livre, proporcionar uma nutrição ideal com alimentos de preferência da espécie em vida livre, locais de cambeamento para contenção o menos estressante possível, leis necessárias para criação e manutenção de um recinto de zoológico e demonstrar uma proposta de planta baixa com metragem para montar um recinto para dois casais da espécie Giraffa camelopardalis, focando sempre no bem-estar animal. PALAVRAS CHAVES: Giraffa camelopardalis, Recinto, Zoológico, Girafa ABSTRACT This work provides, through research in books, articles and websites, information about the biology, anatomy, physiology, main pathologies, nutrition of the Giraffe (Giraffa camelopardalis) and some of the curiosities of this species. Aiming to present, in addition to characteristics of the biology of this animal, necessary management information, environmental enrichment to make the environment of the enclosure as close as possible to the comfort of its free life, providing an ideal nutrition with preferred foods of the species in free life , exchange places for the least stressful containment possible, laws necessary for the creation and maintenance of a zoo enclosure and demonstrate a proposal for a floor plan with footage to set up a enclosure for two couples of the species Giraffa camelopardalis, always focusing on animal welfare. KEY WORDS: Giraffa camelopardalis, Enclosure, Zoo, Giraffe INTRODUÇÃO A Giraffa camelopardalis é um mamífero da ordem dos Cetartiodactyla pertencente à família Giraffidae. É um animal endêmico da África, são encontros em vida livre principalmente ao sul do Saara, ao leste do Transvaal, Natal, ao norte do Botswana e possui uma população residual no Níger. ("Grzimek's Animal Life Encyclopedia", 2003). As Giraffa camelopardalis também são encontradas em zoológicos e utilizadas como atração para visitantes, porém o papel dos zoológicos vai além da diversão, espera-se que a pesquisa, a conservação e a educação façam parte de sua missão (CONWAY, 2003). Manter estes animais em recintos gera certa preocupação com o seu bem- estar, é preciso que o recinto atenda todas as necessidades do animal, o local deve se parecer o mais próximo possível com seu habitat natural para que ele se sinta seguro e ambientado, deve ter um espaço suficiente para que o animal possa viver sem estresse, e também se atentar com a alimentação correta, as Giraffa camelopardalis são herbívoras e se alimentam de folhas, galhos e cascas de árvore, também ingerem rebentos ou brotos e arbustos, com preferência por acácias, por isso é de suma importância oferecer estes alimentos em sua dieta. Portanto este trabalho tem como objetivo oferecer um conhecimento sobre as características biológicas da espécie Giraffa camelopardalis, com algumas das curiosidades e informações sobre a anatomia, fisiologia básica do organismo deste animal que é o mais alto mamífero terrestre, trazer informações sobre seu status de conservação e citar algumas das patologias mais comuns que o acomete, além disso, oferecer conhecimento sobre leis e necessidades básicas para montar um recinto de zoológico para dois casais desta espécie, com a demonstração de uma proposta de planta baixa com metragem e itens necessários para garantir seu bem-estar. Para o desenvolvimento, foram feitas pesquisas em livros, artigos e sites com informações específicas sobre a espécie Giraffa camelopardalis, e também sobre necessidades de manejo, alimentação, enriquecimento ambiental para manter este animal em um recinto de zoológico. REVISÃO DE LITERATURA Biologia Reino: Animalia Filo: Chordata Ordem: Artiodactyla Subordem: Ruminantia Superfamília: Giraffoidea Família: Giraffidae Gênero: Giraffa Espécie: G. Camelopardalis CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE As girafas Camelopardalis são mamíferos artidáctilos pertencentes à subordem Ruminantia, são os maiores ruminantes e mamífero mais alto da terra, possuem dimorfismo sexual onde o macho é maior que a fêmea. Tanto o macho quanto a fêmea possuem uma pelagem malhada, e o padrão de manchas muda entre os indivíduos e ajudam na camuflagem entre os diferentes habitats. Possui também uma pele espessa, desta forma, não sofrem danos quando correm entre as plantas espinhosas. Uma característica que distingue esse mamífero é o cheiro desagradável no pelo que pode ter uma função sexual, já que nos machos é muito mais forte que nas fêmeas Os olhos são grandes, sua língua é de cor negra que pode chegar até 45 cm de comprimento e contam com um revestimento muito resistente. O lábio superior como a língua também é preênsil e coberto de pelos, para evitar danos com espinhos de plantas. A dentição é composta por caninos e incisivos longos, enquanto os pré- molares e molares são pequenos. Possuem fortes músculos esofágicos, que permitem regurgitar alimentos, do estômago, passando por todo o comprimento do pescoço onde se localiza o esôfago até à boca, onde realiza a ruminação. Ele também tem quatro estômagos. O intestino pode atingir mais de 70 metros de comprimento, enquanto o fígado é compacto e grosso. Apresenta sete vértebras cervicais, como a maioria dos mamíferos, porém são muito longas para compor seu pescoço gigante. Apresentam pernas longas e as dianteiras são 9mais longas que as patas traseiras. Nos dois sexos, tem a presença de estruturas proeminentes em forma de chifre, chamadas osiconos, são formados por um osso separado fundido ao osso frontal e recoberto por pele com tufo de pelos na extremidade. A aparência dos osiconos é usada para identificar o sexo. A fêmea e o jovem os têm finos e com cabelos em cima. Por outro lado, nos machos são mais espessos e terminam em uma espécies de botões. Ao nascer, os filhotes já possuem essas estruturas, mas são planas e não estão presas ao crânio. Desta forma, possíveis lesões durante o processo de nascimento são evitadas. TAMANHO Os machos adultos podem chegar a pouco mais de 6 metros de altura, as fêmeas variam de 4 a 5 metros. Com suas línguas alcançam até50 centímetros e são capazes de pegar as folhas de acácias, por entre pontiagudos espinhos nos altos dos galhos, que são sua principal fonte de alimentação, e de comer as folhas das árvores até 6 metros de altura. É a espécie que tem o maior aumento cervical em ruminantes tendo aproximadamente 2,4 metros de comprimento. O pescoço da girafa tem um papel duplo, tanto na comida dando a esse mamífero uma ampla faixa nutricional. quanto na luta intraespecífica dos machos. Além disso, facilita a navegação dessa espécie nos rios. Enquanto se move, essa estrutura é equilibrada, alterando o centro de gravidade do crânio. Dessa maneira, os fluidos corporal são mais facilmente mobilizados pelo corpo. O comprimento do corpo pode ultrapassar os 2,25 metros e ainda possui uma cauda com oitenta centímetros de comprimento, não contando com o pincel final. O seu peso pode ultrapassar os 500 quilogramas. Apesar do seu tamanho, a girafa pode atingir a velocidade de 56 km/h, suficiente para fugir de seus predadores. Os recém-nascidos geralmente nascem com 1,70 metros de altura e pesam entre 50 e 55 kg. CIRCULAÇÃO O sistema circulatório é adaptado para funcionar eficientemente, em função do pescoço grande, as girafas tem pressão sanguínea carotidea elevada, na faixa de 300 mm/Hg para conseguir bombear sangue até a cabeça. A ocorrência de isquemia cerebral é evitada por valvas localizadas na veia jugular, da mesma forma, que valvas na artéria carótida evitam a hipertensão cerebral quando o animal abaixa a cabeça para beber água. O coração, que pode pesar mais de 11 kg, possui paredes espessas, com uma frequência cardíaca de 150 batimentos por minuto. TERMORREGULAÇÃO As girafas têm uma temperatura interna de 38° C, e o fato de viverem em ambientes quentes fez com que elas desenvolvessem adaptações que lhes permitem manter a temperatura interna do corpo. Isso garante que todas as suas funções vitais possam ser executadas de maneira eficaz. Vários fatores influenciam a termorregulação, como características anatômicas, fisiológicas e comportamentais das espécies. Por exemplo a anatomia nasal e o sistema respiratório da Girafa ajudam para que haja perda de calor através da evaporação respiratória, além disso, segundo algumas pesquisas a pele da girafa contém inúmeras glândulas sudoríparas ativas, que são em maior quantidade nas manchas mais escuras, que também influenciam na termorregulação. ALIMENTAÇÃO São herbivoras, além de folhas, galhos e cascas de árvore, as girafas também ingerem rebentos ou brotos e arbustos, com preferência por acácias isso se deve ao fato dessas pLantas serem uma importante fonte de proteínas e caLcio segundo especiaListas. As girafas são acostumadas a comer as folhas de cima de árvores que são localizadas acima de 3 metros de altura, fora do alcance de outros herbívoros. Devido ao baixo teor nutritivo das folhas, as girafas precisam comer grandes quantidades e passam quase 20 horas por dia comendo COMUNICAÇÃO E VOCALIZAÇÃO Para demonstrar domínio, a girafa pode executar comportamentos e assumir posturas diferentes. Como por exemplo assumir uma postura ameaçadora arqueando e mantendo o pescoço tenso. A girafa é uma espécie considerada silenciosa e raramente emite sons. No entanto, durante a época de acasalamento e reprodução, eles geralmente são bastante vocais, os machos podem emitir uma tosse forte e as fêmeas rugem para chamar seus filhotes. Os jovens vocalizam miados e bufam. Especialistas apontam que a girafa pode capturar e identificar o infra-som. Dessa forma, eles poderiam detectar os sinais de alerta de um perigo, como um desastre natural. Por isso, eles podem se comunicar em tons baixos, que não são ouvidos pelo ouvido humano. REPRODUÇÃO As girafas fêmeas atingem sua maturidade sexual com 3 a 4 anos de idade, e os machos, com 4 a 5 anos. Apesar de atingir a maturidade nessa idade, o macho só começa a se reproduzir por volta dos sete anos de idade. As fêmeas reproduzem-se a cada 20 a 30 meses, e são não sazonais, no entanto, a maior frequência reprodutiva ocorre durante a estação chuvosa. A receptividade da fêmea é limitada a um ou dois dias no ciclo reprodutivo, que dura aproximadamente duas semanas. Os machos podem detectar uma fêmea no cio através de sua urina. Alguns dos comportamentos de acasalamento consistem em lamber a cauda da fêmea, colocar o pescoço e a cabeça sobre ela ou empurrá-la com seus osicones. São mamíferos placentários, ou seja, o desenvolvimento do embrião ocorre dentro do corpo da fêmea e a gestação dura cerca de 420 á 460 dias, nascendo apenas 1 filhote. O parto ocorre com a fêmea em pé, quando o filhote cai no chão, a mãe corta o cordão umbilical e ajuda o recém-nascido a se levantar e, após algumas horas, o jovem pode correr. O nascimento dos filhotes ocorre na estação seca, entre maio e agosto. O desmame, por sua vez, ocorre entre 12 e 16 meses para as fêmeas e entre 12 e 14 meses para os machos. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Endêmico da África, ocorrendo no sul do Saara, até leste de Transvaal, Natal, e no norte do Botswana. Tendo uma população residual no Níger. HABITAT As girafas vivem nas savanas semiáridas da África e florestas abertas que têm árvores e muitos arbustos altos à disposição para se alimentarem. Elas podem estar um pouco distantes de rios, lagoas ou lagos. Isso ocorre porque exigem uma pequena quantidade de água para viver. Preferem áreas abertas, que costumam compartilhar com várias espécies. No entanto, entre estes não há confronto por comida, com a exceção de que ela começa a ser escassa. Os espaços livres permitem que a girafa visualize seus predadores, mesmo que estejam a uma grande distância. COMPORTAMENTO As girafas vivem geralmente em grupos e podem ter um líder que é o macho mais velho, os outros membros do grupo são as fêmeas e seus filhotes. São animais dóceis e não territoriais. Os filhotes podem permanecem junto às mães até quase os 3 anos de idade, as fêmeas tendem a ficar no grupo, enquanto os machos podem migrar em busca de outro no qual possa se tornar o dominante. Quando mais velhos, muitas vezes os indivíduos, afastam-se do bando e passam a viver de forma solitária. Para sua defesa os machos usa seu pescoço longo como arma em combate, comportamento conhecido como “estrangulamento”. Dessa forma, ele tenta estabelecer dominância, o que garante, entre outras coisas, sucesso reprodutivo. EXPECTATIVA DE VIDA Em liberdade, no seu meio natural, podem viver entre 10 e 15 anos, já em cativeiro a sua esperança de vida aumenta significativamente, de 25 até 33 anos. STATUS DA CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE AÇÕES CONSERVACIONISTAS A conservação inclui medidas de gestão e proteção adequadas do habitat, com a aplicação de leis e iniciativas privadas de conservação. As girafas estão sujeitas a proteção legal em cada região em que vivem. Dessa forma, as nações estabeleceram áreas protegidas e entidades privadas alocam parte de suas fazendas para salvaguardar essa espécie. PARQUES NACIONAIS Existem inúmeras áreas protegidas na África, onde a Giraffacamelopardalis é protegida. Essas proteções são feitas sobre as leis regionais e nacionais. o Lago Nakuru, no Quênia e os Parques Nacionais TsavoEaste a Reserva Natural de Samburu. Já em Uganda, tem a reserva de Murchison Falls e na África do Sul é a área ecológica nacional de Kruger, na Tanzânia tem os Parques Nacionais de Manyara e Mikumi e na Namíbia é a área florestal de Etosha. PERIGO DE EXTINÇÃO Segundo a IUCN (International Union for Conservation of Nature e Union international epourla conservation de lanature) estão trabalhando constantemente, para que possa monitorar as diversas populações de girafas e suas subespécies. Isso porque, em diversas regiões, as espécies aumentaram, enquanto em outras há umaqueda significativa e outras permaneceram estáveis. O status da giraffa camelopardalis é vulnerável, atualmente as subespécies Giraffa camelopardalis antiquorum e Giraffa camelopardalis camelopardalis estão em sério risco de extinção. No mundo atual, há diversos fatores que influenciam a queda da população de girafas. Um dos principais deles é a destruição do habitat. Esse fator tem como principais motivos o homem, que desmatam as florestas, tendo como finalidade, construir cidades e centros agrícolas. Além de usar Árvores para fins comerciais Eventos naturais, tais como secas prolongadas, aumentam o índice de incêndios florestais. Causando a perda dos ecossistemas, afetando o desenvolvimento das girafas. Existe também como ameaça à espécie a caça ilegal. A carne é usada pela população local na preparação de pratos. O tufo de pelos na cauda é usado para assustar insetos, como moscas. Eles também o usam em colares e pulseiras. Já a pele, é utilizada na construção de tambores e sandálias. Tendões são usados como cordas de instrumentos musicais. Além disso, algumas partes do corpo são usadas na medicina tradicional. No Uganda, a fumaça produzida pela queima das peles serve no tratamento de hemorragias nasais. A partir da medula óssea e do fígado, é produzida uma bebida conhecida como Umm Nyolokh, que causa alucinações. CURIOSIDADES DA ESPÉCIE As girafas não se deitam para dar à luz. Ao nascer, o filhote despenca de 2,5 metros de altura; O filhote já nasce com cerca de 2 metros de altura. Na idade adulta, atinge até 6 metros. Ela conseguiria olhar pela janela do segundo andar de um prédio sem sair do chão. É o único animal que consegue alcançar a própria orelha com a língua. As pernas de 2,5 metros da girafa podem desferir um coice capaz de matar um leão. É a patada mais forte do reino animal. Apesar de todo o seu tamanho, o pescoço da girafa tem o mesmo número de vértebras que o do ser humano: Sete. A cabeça da girafa fica a mais de 2 metros de distância do coração. Para fazer o sangue subir, o coração precisa ser muito forte. Por isso, o coração da girafa é 43 vezes maior que o do ser humano. Quando estão apaixonadas, as girafas cruzam seus pescoços. Sua língua da girafa mede 45 centímetros. A girafa é um dos poucos animais que já nascem com chifres. A pegada da girafa mede mais de 30 centímetros de comprimento. Girafa em ambiente natural realizando trabalho de parto. Foto retirada de: https://www.gadoo.com.br/entretenimento/veja-o-momento-unico-em-que-girafa-da-luz-em- reserva-animal-quenia/ DOENÇAS MAIS FREQUENTES Problemas podológicos em girafas: Lesão de casco; lesão traumática na região metatarso-falangeana; Avulsão dental traumática acidental em girafas; Distocia em girafa com morte do filhote; Distocia em girafa com sobrevivência do filhote; Fratura cervical em girafa. RESULTADOS O recinto deve fazer com que os animais se sintam seguro e bem ambientado, tornando possível que visitantes possam observar os animais e saciar suas curiosidades, deve-se sempre usar de bom senso e procurar equilibrar esse aspecto, pensando na integridade dos animais e no seu bem estar em primeiro lugar. RECINTO: contendo 2 casais de girafas, deve ter 1.200m², com piso de terra, sendo cercado com barreiras de madeira que evitem a aproximação do público aos animais. INSTALAÇÕES DO RECINTO ABRIGO: local destinado ao descanso dos animais, deve oferecer proteção contra sol, chuva ou vento. ABRIGO FECHADO/TOCA: local onde se sentem seguros. Deve possuir uma porta de acesso. Com medição de 10m² e com altura do teto ao solo de 7 metros. Internamento deve possuir ar condicionado para o bem-estar dos animais. Ao fundo um um exemplo de abrigo fechado de forma circular, possuindo uma entrada e ar climatizado. Foto retirada de arquivo pessoal ABRIGOS NA PARTE EXTERNA: sendo um tipo de quiosque que protege os animais contra o sol. Com medição de 8,90 metros de altura cada, elevados por tronco de madeira. Para promover o enriquecimento alimentar, no meio do quiosque pode ser instalado um sistema de roldana para subir o alimento, esse sistema consiste em promover variações na alimentação dos animais, fazendo com que tenham certa dificuldade em obter o alimento. Os visitantes poderão observar os animais se alimentando, sendo uma forma de atração. Exemplo de abrigo em forma de guarda sol. Foto retirada de arquivo pessoal ARÉA DE ESPOSIÇÂO: parte do recinto em que as girafas serão expostas à visitação pública. SOLÁRIO: lugar exposto à luz solar e que proporcione as girafas banhos de sol. Deve possibilitar acesso quando o animal sentir a necessidade e jamais que o mesmo não tenha escolha e fique obrigatoriamente exposto ao sol. BEBEDOURO E COMEDOURO: instalados suspensos para a comodidade dos animais na hora da alimentação, sendo de livre acesso. CAMBIAMENTO: local de confinamento, para facilitar diversos tipos de manejo, sendo importante, também, para a segurança da equipe técnica quando necessário a entrada no recinto. Deve oferecer conforto ao animal, para que ele goste do local e se sinta seguro. Esse local deve oferecer alimento e água ao animal. O cambiamento deve ter: 20m², com uma altura interna de 7m e barreia visual. CORREDOR OU CÂMARA DE SEGURANÇA: adjacente à área de manejo do recinto. Deverá ser telada, gradeada ou murada, vedada com tela ou grade na parte superior, com o objetivo de aumentar a segurança contra fuga. MATERNIDADE: local de confinamento para alojar fêmeas gestantes ou recém paridas com os filhotes. O local deve ser tranquilo e possuir solário. MANUTENCAO DA ESPECIE: para a manutenção da espécie devemos pensar tanto na segurança dos animais quanto dos tratadores e funcionários que irão cuidar dos mesmos. Tanto para servir a alimentação quanto para a limpeza e manutenção do recinto, o animal jamais deve estar presente nesses atos e sim levados a uma área especifica para que sejam feitos tais cuidados. Uma dessas áreas seria o corredor e a área de cambiamento, o corredor direciona o animal para esses locais facilitando sua locomoção entre eles para um manejo geral na área de cambiamento que serve para conter esse animal de forma segura e eficiente, com trancas para evitar quaisquer riscos a quem realiza a manutenção do recinto. ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL: um item de fácil aquisição e uso e que pode servir de entretenimento para o animal é a manjedoura, podendo ser colocada em local alto, sendo próximo a cabeça do animal ou na altura de seu dorso. Podendo ser feito de ferro ou cordas, a manjedoura faz com que o animal tenha que usar de alguma habilidade para capturar o alimento dentro da manjedoura Exemplo de manjedoura feita garrafa de agua. Foto retirada de: https://www.mackenzie.br/fileadmin/OLD/47/Graduacao/CCBS/Cursos/Ciencias_Biologicas/TC C/TCC_1_2017/Maria_Fernanda_Aidar.pdf LEGISLAÇÃO Os zoológicos estão subordinados, do ponto de vista de manutenção de animais, ao órgão nacional de gerenciamento faunístico e florístico, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA). A Lei 7.153, de 14 de dezembro de 1983, em seu Artigo 1º, classifica o jardim zoológico como qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semi-liberdade, expostos à visitação pública. A SZB considera e tem como associados jardins zoológicos que se enquadram dentro das normas da Instrução Normativa nº 001/89, que estabelece os requisitos recomendáveis para a ocupação de recintos. Dentro dos aspectos específicos estão incluídas recomendações para a área de exibição, a densidade ocupacional, bem como as necessidades de abrigos, tanques, áreas de cambeamento, barreiras, tipos de piso, maternidades, solários, dispositivos de segurança e de observações. https://www.mackenzie.br/fileadmin/OLD/47/Graduacao/CCBS/Cursos/Ciencias_Biologicas/TCC/TCC_1_2017/Maria_Fernanda_Aidar.pdfhttps://www.mackenzie.br/fileadmin/OLD/47/Graduacao/CCBS/Cursos/Ciencias_Biologicas/TCC/TCC_1_2017/Maria_Fernanda_Aidar.pdf A classificação do zoológico desenvolvido nesse projeto é a letra C, que tem por obrigação seguir as devidas regras descritas pelo IBAMA no jardim e dentro dos recintos dos animais em geral, sendo elas: a) ter a assistência de pelo menos um biólogo e um médico veterinário, contratados em regime de tempo integral; b) possuir setor extra, destinado a animais excedentes ou para reprodução; c) possuir instalações adequadas, destinadas a misteres da alimentação animal; d) possuir um quadro permanente de tratadores; e) possuir em seu quadro de funcionários elementos para os serviços de segurança; f) manter em cada recinto, sujeito à visitação pública, uma placa informativa onde constem, ao menos, os nomes comum e científico das espécies animais ali expostas, a sua distribuição geográfica e a indicação, quando for o caso, de que se trata de espécie ameaçada de extinção; g) possuir sanitários e bebedouros para uso do público; h) ter capacitação financeira; i) manter a proporção de 40% (quarenta por cento) para a fauna brasileira no conjunto das espécies em exibição, podendo esta proporção ser livremente maior; j) manter arquivo de registro através de ficha individual por animal; k) dispor de apoio administrativo compatível com as atividades desenvolvidas; e l) manter funcionando laboratórios para análises clínicas ou convênios com laboratórios, para facilitar o diagnóstico e tratamento das doenças. m) instalar ambulatório veterinário; n) desenvolver programas de educação ambiental; e o) possuir biblioteca com literatura especializada. p) dispor de infraestrutura de transporte permanente; q) conservar, quando já existentes, áreas de flora nativa e sua fauna remanescente; r) possuir laboratório próprio para análises clínicas e patológicas; s) desenvolver programas de pesquisa, visando à conservação das espécies; t) possuir auditório; u) manter museu para uso de técnicos das áreas das ciências biológicas, acessível a pesquisadores de outras instituições; v) instalar biotério; w) possuir setor de paisagismo; x) possuir setor interno de manutenção; e y) promover o intercâmbio de técnicos em âmbito nacional e internacional. Recinto projetado para dois casais de girafas camelopardalis com sua área de exposição e área para tratamentos e cambiamento. Escala e legendas inclusas na imagem DISCUSSÃO Freitas (2011) ressalta que o local do recinto deve ter o animal e todos os componentes integrantes do mesmo. Podendo ter estruturas que variam entre as espécies, conforme a necessidade de cada animal. Isso inclui metragem e conteúdo, sendo mais ou menos sofisticados, isso varia de acordo com cada zoológico. Cubas et al (2014) explicam que junto das normas exigidas para que o animal tenha todo o conforto necessário, o excesso de enriquecimento ambiental, auxilia no entretimento do animal, fazendo com que diminua o estresse do confinamento diário. Considerando que a savana africana é um bioma não tão complexo, possuindo poucas árvores robustas e gramíneas. Não sofrem influência pelo clima, o que resulta em outros fatores biológicos, como incêndios e o pastejo animal. Sendo assim, a ideia geral entra em concordância com o Freitas (2011). Por outro lado, o recinto, por ser menor que o seu habitat natural e ser um confinamento, geram um estresse ao animal, fazendo com que seja necessário componentes para um enriquecimento ambiental. CONCLUSÃO Diante das presentes informações podemos concluir que a Giraffa Camelopardalis é um animal com bastante particularidades anatômicas e fisiológicas, por sua exclusividade é um animal que exige cuidados especiais para seu manejo quando criado em cativeiro. Seu status de conservação encontra-se vulnerável, ou seja, corre o risco de extinção, porém já existem ações conservacionistas cuidando de sua proteção. Reunindo todas as informações e também critérios legais, podemos construir uma proposta de recinto ideal para dois casais da espécie com toda a segurança, conforto e enriquecimento ambiental para que se sinta o máximo em seu habitat natural ainda podendo ser visitado pelo público de forma segura e com áreas para tratamentos veterinários seguros tanto para o animal como para seus tratadores. 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