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RESUMO ODONTOLOGIA NA SAÚDE PÚBLICA

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RESUMO PARA O ENADE 2023 
 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
A ODONTOLOGIA NO SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO DAS PORTARIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE RELATIVAS ÀS ESB, 
CEO e LRPD 
Em dezembro de 2000, o Ministério da Saúde (MS) publicou a Portaria nº 1444/GM 
incorporando as Equipes de Saúde Bucal (ESB) ao então Programa de Saúde da Família (PSF). 
Nesta perspectiva, com a publicação da Portaria nº 267 GM/2001 ficam estabelecidas as normas 
e diretrizes de inclusão da saúde bucal na estratégia do PSF. Ademais, no ANEXO 2 desta 
Portaria, fica explicitado o elenco de procedimentos no âmbito da saúde bucal, compreendidos 
na atenção básica, considerando a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde 
(NOB/SUS 96) e a Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS). A referida portaria 
ainda estabeleceu que uma ESB deveria atender, em média, 6.900 (seis mil e novecentos) 
habitantes. Assim, para os municípios com população inferior a 6.900 habitantes, a Portaria 
preconizava a implantação de uma ESB para uma ou duas equipes de saúde da família. Já para 
os municípios com população superior a 6.900 a relação preconizada foi de uma ESB para cada 
duas equipes de saúde da família implantadas. Em junho de 2003 com a Portaria nº 673/GM, o 
Ministério da Saúde atualiza o incentivo financeiro às ações desenvolvidas pelas ESB 
estabelecendo ainda que os municípios podem implantar, quantas ESB o gestor municipal julgar 
ser necessárias, desde que não ultrapassem o número existente de equipes de PSF. Com a 
publicação da Portarias nº 74/GM de 2004, foram efetuados novos reajustes nos incentivos 
anuais de custeio para as ESB no PSF instituindo ainda um incentivo adicional no valor de R$ 
1.000,00 (hum mil reais) em parcela única, para a aquisição de equipamentos e instrumental 
para o trabalho destas equipes. Em seu Art. 2º, a Portaria determina que o MS fornecerá um 
equipo odontológico completo (cadeira, equipo de 3 pontas, unidade auxiliar, mocho e refletor) 
para as ESB habilitadas ou que se habilitarem na modalidade II. 
O Ministério da Saúde publicou em 2004 o documento Diretrizes da Política Nacional 
de Saúde Bucal. Este documento trata da reorganização da atenção à saúde bucal em todos os 
níveis de atenção estabelecendo uma concepção de saúde centrada no cuidado, em ações 
programáticas e intersetoriais. Destaca como forma preferencial para a reorganização da 
atenção básica, a Estratégia Saúde da Família, incluindo uma proposta de política pública apta 
a garantir a fluoretação das águas de abastecimento (BRASIL, 2004). Assim, a partir de 2004 
com o lançamento da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), mais conhecida como “Brasil 
Sorridente” passaram a ocorrer os primeiros repasses de incentivos financeiros para atender as 
necessidades das ações de média e alta complexidade decorrentes da implantação dos Centros 
de Especialidades Odontológicas (CEO) e dos Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias1 
(LRPD) (BRASIL, 2004). Entretanto, as portarias que definem os critérios, normas e requisitos 
para a implantação desses serviços e instituem o financiamento para sua manutenção, só foram 
publicadas em 2006 (Portaria nº 599/GM e Portarias nº 600/GM). Em 2005, com a Portaria Nº 
283/GM, O MS prevê a antecipação do incentivo financeiro para CEO em fase de implantação, 
determinando para este fim que o gestor responsável assegure o início do funcionamento do 
CEO em até, no máximo, 03 (três) meses após o recebimento do incentivo. A Portaria Nº 
599/GM de 23 de março de 2006 define a implantação dos CEO e dos LRPD estabelecendo 
critérios, normas e requisitos para seu credenciamento. 
Segundo esta Portaria os CEO são estabelecimentos de saúde, registrados no Cadastro 
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), classificados como Tipo Clínica 
Especializada/Ambulatório de Especialidade, com serviço especializado de Odontologia para 
realizar, no mínimo, as seguintes atividades: 
 I - diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer bucal; 
 II - periodontia especializada; 
III - cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros; 
IV - endodontia; 
V - atendimento a portadores de necessidades especiais. 
 Vale lembrar que a PNSB preconiza que as próteses dentárias devem ser oferecidas 
preferencialmente no âmbito da atenção básica. Entretanto, de acordo com a Portaria Nº 
1572/GM de 29 de julho de 2004, o pagamento das próteses dentárias aos LRPDs se dá por 
produção. Os tratamentos realizados nos Centros de Especialidade Odontológica (CEO) devem 
representar uma continuidade da assistência em saúde bucal oferecida na rede de atenção básica. 
Desta forma, organizar as ações neste nível de atenção constitui exigência para habilitação dos 
CEO. O Ministério da Saúde elegeu a Estratégia Saúde da Família (ESF) como prioritária para 
reorganização da atenção básica. Assim naqueles municípios onde existem ESB em atuação, 
são os profissionais destas equipes que devem referenciar os usuários para continuidade do 
tratamento de casos mais complexos no âmbito dos CEO. Todos os CEO credenciados passam 
a receber recursos financeiros oriundos do MS, sob a forma de incentivos tanto para 
implantação, através de parcela única, como para custeio mensal. Entretanto vale lembrar que 
os incentivos federais não são e nem pretendem ser suficientes para o custeio real dos CEO 
sendo fundamental que ocorram investimentos locais regulares para sustentação destes 
serviços. 
 
A ODONTOLOGIA NO SUS 
 
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil oferece uma variedade de serviços de saúde 
gratuitamente para a população, incluindo serviços odontológicos. Aqui está uma visão geral 
da odontologia no SUS: 
 
1. Programa Brasil Sorridente: É a política nacional de saúde bucal do governo federal. Lançado 
em 2004, este programa visa garantir ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde 
bucal da população brasileira. O Brasil Sorridente reorganizou a Atenção Básica em saúde 
bucal, principalmente com a implantação das Equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da 
Família. 
 
2. Centros de Especialidades Odontológicas (CEO): São estabelecimentos de saúde, criados 
para prestar assistência odontológica especializada, como tratamento de canal, cirurgias orais, 
tratamento para pacientes com necessidades especiais, dentre outros. 
 
3. Atendimento Básico: Na atenção básica, as Equipes de Saúde Bucal (ESB) realizam 
procedimentos simples como limpezas, restaurações, extrações, prevenção e educação em 
saúde bucal. 
 
4. Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD): Estes foram criados para aumentar o 
acesso à reabilitação protética. Eles são responsáveis por confeccionar próteses dentárias para 
os pacientes encaminhados pelas unidades básicas de saúde. 
 
5. Fluoretação da água: Uma das estratégias do Brasil Sorridente é a fluoretação da água das 
redes de abastecimento público, um método comprovado para prevenir a cárie dentária. 
 
6. Educação em saúde bucal: A educação é uma parte fundamental da estratégia do SUS. As 
equipes atuam nas escolas e comunidades ensinando práticas adequadas de escovação, uso do 
fio dental e hábitos alimentares saudáveis. 
 
7. Financiamento: O financiamento para as ações de saúde bucal vem principalmente do 
governo federal, com cofinanciamento dos estados e municípios. 
 
FUNÇÕES DE UM COORDENADOR DE SAÚDE BUCAL 
O coordenador de saúde bucal é um profissional, geralmente um cirurgião-dentista, responsável 
por gerenciar e supervisionar os programas e serviços de saúde bucal em uma determinada 
região, município ou instituição. Sua função é fundamental para garantir a qualidade e a 
eficiência dos serviços odontológicos prestados à população. Aqui estão algumas das funções e 
responsabilidades comuns de um coordenador de saúde bucal: 
 
1. Planejamento e Gestão: Elaborar, implementar e monitorar planos e programasde saúde 
bucal, considerando as necessidades da população e as políticas de saúde vigentes. 
 
2. Coordenação das Equipes: Supervisionar e orientar as Equipes de Saúde Bucal (ESB), 
garantindo a execução adequada das ações planejadas e promovendo a capacitação contínua 
dos profissionais. 
 
3. Avaliação de Desempenho: Monitorar e avaliar o desempenho dos serviços e profissionais, 
buscando sempre a melhoria da qualidade da assistência. 
 
4. Gestão de Recursos: Garantir que os recursos (tanto materiais quanto humanos) estejam 
disponíveis e sejam usados de forma eficiente. Isso inclui a aquisição e manutenção de 
equipamentos, insumos e materiais. 
 
5. Integração com Outras Áreas da Saúde: Trabalhar em conjunto com outros setores da saúde 
para garantir uma abordagem integral à saúde do indivíduo, promovendo ações 
interdisciplinares. 
 
6. Educação e Promoção da Saúde: Promover ações educativas na comunidade, visando a 
prevenção de doenças bucais e a promoção da saúde bucal. 
 
7. Participação em Conselhos e Comitês: Representar a área de saúde bucal em conselhos de 
saúde, comitês gestores e outros fóruns de discussão relacionados à saúde pública. 
 
8. Articulação com o Governo e Outras Instituições: Estabelecer parcerias e articulações com 
órgãos governamentais, universidades, organizações não governamentais e outras entidades 
para fortalecer as ações de saúde bucal. 
 
9. Monitoramento e Avaliação de Indicadores: Acompanhar indicadores de saúde bucal, como 
prevalência de cárie, acesso a serviços odontológicos, entre outros, para embasar decisões e 
estratégias. 
 
A função do coordenador de saúde bucal é complexa e exige habilidades em gestão, liderança, 
comunicação e conhecimento técnico em odontologia. O objetivo principal é garantir que a 
população tenha acesso a serviços de saúde bucal de qualidade e que sejam promovidas ações 
para a prevenção de doenças e promoção da saúde bucal. 
 
 
 O CIRURGIÃO DENTISTA NA ESF 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) é um modelo de atenção primária à saúde adotado no 
Brasil que busca promover uma abordagem integral e comunitária à saúde. Dentro da ESF, o 
cirurgião-dentista atua principalmente por meio das Equipes de Saúde Bucal (ESB), 
desempenhando funções clínicas e de promoção de saúde. As principais funções de um 
cirurgião-dentista na ESF incluem: 
 
1. Atendimento Clínico: Realizar procedimentos clínicos básicos em consultórios instalados nas 
Unidades Básicas de Saúde (UBS), como restaurações, extrações, limpeza, aplicação de flúor, 
entre outros. 
 
2. Ações Preventivas: Desenvolver e aplicar programas de prevenção de cáries e outras doenças 
bucais, como aplicação tópica de flúor e selantes. 
 
3. Educação em Saúde Bucal: Promover ações educativas em escolas, comunidades e na própria 
UBS, visando educar a população sobre práticas saudáveis de higiene bucal e prevenção de 
doenças. 
 
4. Atendimento à População de Risco: Priorizar e desenvolver ações específicas para grupos 
mais vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com necessidades especiais. 
 
5. Encaminhamentos e Integração com a Rede de Saúde: Encaminhar pacientes para serviços 
especializados quando necessário (como Centros de Especialidades Odontológicas - CEO) e 
trabalhar de forma integrada com outros profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, 
nutricionistas, etc.) para uma abordagem multidisciplinar. 
 
6. Vigilância em Saúde: Participar de ações de vigilância em saúde, identificando e atuando 
sobre fatores de risco para doenças bucais na comunidade. 
 
7. Gestão e Planejamento: Em conjunto com a equipe da ESF, participar do planejamento, 
avaliação e reorganização das ações de saúde bucal, baseando-se nas necessidades da 
comunidade atendida. 
 
8. Visitas Domiciliares: Realizar ou participar de visitas domiciliares, em conjunto com outros 
membros da equipe, para atendimento ou acompanhamento de pacientes acamados, com 
dificuldade de locomoção ou em situações específicas que demandem a visita. 
 
9. Capacitação e Supervisão: Promover a formação e capacitação contínua dos membros da 
equipe, em especial os auxiliares e técnicos em saúde bucal, assegurando a qualidade do 
atendimento prestado. 
 
10. Participação Comunitária: Participar de reuniões e ações com a comunidade, escutando suas 
demandas e trabalhando de forma participativa no planejamento das ações de saúde. 
 
O papel do cirurgião-dentista na ESF vai além do atendimento clínico tradicional, exigindo do 
profissional habilidades em educação em saúde, trabalho em equipe e compreensão ampla das 
necessidades de saúde da comunidade.

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