Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO POTENCIAL HUMANO 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 SUMÁRIO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO POTENCIAL HUMANO .................. 1 NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................... 2 Introdução .................................................................................................... 4 A teoria de Maslow – a auto realização ................................................ 5 Desenvolvimento integral do indivíduo ................................................. 7 Movimento ........................................................................................ 8 Pensamento ................................................................................... 12 Sentimento ..................................................................................... 15 Outros aspectos inerentes ao desenvolvimento integral do indivíduo .................................................................................................................. 16 A criatividade e Potencial Humano .................................................... 18 Fator família .................................................................................... 19 Fator escola .................................................................................... 22 Fator ambiente de trabalho ............................................................. 23 Fator contexto sociocultural ............................................................ 26 Fator saúde .................................................................................... 27 REFERÊNCIAS ......................................................................................... 30 file:///D:/APOSTILA/AVALIAÇÃO%20PSICOLÓGICA/DESENVOLVIMENTO%20INTEGRAL%20DO%20POTENCIAL%20HUMANO/DESENVOLVIMENTO%20INTEGRAL%20DO%20POTENCIAL%20HUMANO.docx%23_Toc62545877 4 Introdução O desenvolvimento integral do potencial humano é o processo em que um indivíduo se torna um cidadão, no sentido de que esse indivíduo tenha consciência daquilo que pode realizar, daquilo que é necessário ser feito, e do meio, da sociedade que o cerca; de modo que seus afazeres, suas atitudes, seus deveres e seus direitos sejam influenciados e norteados por essa consciência. Eis uma importante como forma de se desenvolver este potencial, sendo influenciada pela Teoria de Maslow para a auto realização. Para se definir a realização do potencial humano, há que se pensar primeiramente o ser humano como um conjunto que envolve “vida profissional” e “vida privada”. Desse modo, conjugam-se os desenvolvimentos intelectuais e técnicos, associados ao amadurecimento psíquico e emocional, sintetizados pela figura a seguir. 5 A teoria de Maslow – a auto realização Maslow (1975 e 2001) se preocupou em desenvolver uma teoria que pudesse ser usada como instrumento de promoção de bem-estar psicológico e social e em compreender o que “energizava” o ser humano e propôs uma teoria em que os seres humanos são animais incompletos com desejos para satisfazer suas necessidades. Sendo assim, esse autor cita o comportamento motivacional, que é o resultado dos estímulos que agem sobre o individuo, levando-os a reação. A prática de ação e reação deve ser alimentada por um estímulo implementado. O resultado deste estímulo pode agir de maneira positiva satisfazendo as necessidades ou de maneira negativa provocando frustrações podendo causar reações como, comportamentos ilógicos, agressividade, falta de interesse pelas atividades, moral baixo, insegurança e outros. Segundo sua teoria, a sociedade, o conhecimento e a cultura não são capazes de criar o ser humano, elas podem apenas ajudá-lo a extrair o que já existe em si. Maslow (1975) define uma hierarquia de necessidades que funciona como um caminho a ser percorrido para o ser humano chegar no desenvolvimento de suas qualidades, capacidades e na realização de seu potencial. De acordo com ela, a necessidade é um estado no qual se percebe alguma privação. As necessidades humanas estão categorizadas e ordenadas conforme a prioridades utilizadas pelas pessoas. A hierarquia das necessidades é disposta de acordo com o grau de importância e influência, isto significa que, no momento em que um indivíduo realiza as necessidades básicas, surge outra em seu lugar. Na base da pirâmide de Maslow (op. cit.) estão as necessidades fisiológicas, as quais estão associadas às necessidades físicas do ser humano, tais como: comer e beber, são as mais prementes, dominando a direção do comportamento humano quando este se encontra insatisfeito. 6 O nível acima de tais necessidades está aquele relacionado às necessidades de segurança: casa, vestimenta, proteção, tranquilidade sobre o futuro. Surgem na medida em que as necessidades acima estão razoavelmente satisfeitas. São necessidades que levam as pessoas a protegerem-se dos perigos, sejam eles reais ou imaginários, físicos ou abstratos. O organismo pode ser fortemente dominado por tal necessidade e, assim como as necessidades fisiológicas, estas também podem dominar as funções perspectivas e cognitivas do ser humano, levando-o a pensar e a ter como prioridade a satisfação dessas necessidades. No nível das necessidades sociais, estão os desejos do amor, da afeição, da amizade, assim como a sensação de aceitação por seus pares, são necessidades sociais presentes em todo ser humano. Maslow (op.cit.) afirma também que estas se referem à necessidade de afeto das pessoas ao redor (namorado(a), filhos, familiares, amigos, etc). Uma vez que alguém preenche os três primeiros níveis da pirâmide de Maslow (op.cit.), os quais são denominados de necessidades básicas, mudando uma situação que provoca incômodo, insatisfação e frustração; a atenção dessa pessoa volta-se para as necessidades de crescimento, um desejo de alcançar metas positivas. As pessoas não procuram reconhecimento pessoal e status, se suas necessidades básicas não estiverem satisfeitas. 7 As necessidades de estima incluem o respeito inerente à pessoa, seja de si mesma como de outros. Há, também, o sentimento de a pessoa sentir-se valorizada por aqueles à sua volta, bem como o sentimento de ser importante e competente. A satisfação destas necessidades conduz a sentimentos de autoconfiança, força e prestígio, já a sua frustração pode produzir sentimentos de inferioridade expondo a pessoa ao desânimo. No mais alto nível está a necessidade de auto-realização, que compreende a necessidade em que a pessoa tem que realizar e completar todo o seu potencial se autodesenvolvendo, utilizando plenamente seus talentos, assimcomo os renovando cada vez mais. “Essa tendência pode ser expressa como o desejo de a pessoa tornar- se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser”. (MASLOW, 1975, p. 352). Maslow (op.cit.) define a auto-realização como ponto central de sua teoria, como a exploração plena de talentos, criatividades, potencialidades levando a uma grande realização. A auto-realização seria fazer de suas escolhas e experimentos de vida um constante crescimento realizando e concretizando seu potencial, com o objetivo de lutar contra as defesas que impedem o processo de crescimento. A visão do Ser Humano é a de um ser criativo, com capacidades de autorreflexão, decisões, escolhas e valores. Desenvolvimento integral do indivíduo O indivíduo, seja ele criança, jovem, adulto ou idoso, é detentor de aspectos os quais devem ser considerados, como os aspectos motores, suas capacidades cognitivas e afetivo-sociais. Uma criança “[...] se movimenta, pensa e tem sentimentos”, nos disse Paes (2008, p. 41), e também vive em sociedade, conforme considera Scaglia (1999), por isso é nosso dever entender esse fenômeno sociocultural (PAES, 2008). No intuito de ampliar a discussão iniciada acima, aprofundaremos nos três aspectos propostos por Paes (2008) – movimento, pensamento e sentimento – e sinalizaremos para outros aspectos passíveis de serem contemplados para uma melhor 8 compreensão e contribuição para o desenvolvimento integral do indivíduo. Movimento As teorias de estudo do desenvolvimento motor podem ser compreendidas em duas grandes abordagens teóricas: uma “cognitivista” e outra “sistêmica”. A primeira abordagem é também conhecida como “abordagem do processo de informação” (TOLOCKA, 2000, p. 28), para a qual o desenvolvimento motor é entendido sob os fatores de desenvolvimento físico, ou seja, a criança só aprende a partir do momento que os neurônios estiverem prontos para serem utilizados (mielinizados) e que programas motores tenham sido definidos por meio de engramas. Já a segunda abordagem – a qual surge do conceito de graus de liberdade trazido por Bernstein (1984) – remete as possibilidades de resolução de problemas motores à Por fim, há um conjunto de autores que se preocupam em unir essas duas vertentes do pensamento, embora seja uma tarefa difícil, em virtude da diferença de enfoque das duas abordagens. Para isso desenvolveram suas teorias tentando correlacionar a atuação do SNC (Sistema Nervoso Central) com a abordagem sistêmica. Tolocka (2000, p. 40-41) exemplifica essa perspectiva: Há ainda autores que introduzem e classificam tipos de habilidades 9 motoras, denotando e defendendo a necessidade de separação dos conceitos a serem explorados no decorrer da aprendizagem motora. Recorremos, a título de exemplo, ao definido por Magill (2000, p. 6, grifo do autor), que conceitua habilidade como algo que permite alcançar uma meta específica em uma tarefa. Logo, para esse autor, habilidade motora é algo que requer “uma meta a ser atingida [...], são desempenhadas voluntariamente [...] e requer movimento do corpo e/ou membros para atingir as metas da tarefa [...], [logo] elas precisam ser aprendidas”. Dessa forma, esse autor classificou as habilidades em unidimensionais e bidimensionais. As habilidades unidimensionais são agrupadas de acordo com suas similaridades: habilidades motoras grossas e finas, de acordo com a musculatura envolvida; habilidades motoras discretas, seriais e contínuas, de acordo com a distinção dos movimentos; e habilidades motoras fechadas e abertas, seguindo a estabilidade do ambiente. Quanto às habilidades bidimensionais, Magill (2000) constrói sua argumentação com base na teoria de Gentile (1987), que observou características gerais nas habilidades de acordo com o contexto ambiental no qual a pessoa se insere (se ele é estacionário ou em movimento e se proporciona ou não variabilidades intertentativas) e a função da ação que caracteriza essa habilidade (se possui ou não transportes corporal e de objetos). Ou seja, Gentile (1987) desenvolveu um raciocínio que o permitiu classificar o movimento de acordo com as variáveis meio e tarefa, inserindo o indivíduo nesse contexto de forma a sua aprendizagem e desenvolvimento de habilidades motoras estarem cerceadas por essas características. Quanto à aprendizagem das diferentes habilidades, Magill (2000) defende a variabilidade da prática, tendo em vista um desempenho futuro bem- sucedido das habilidades motoras a serem estimuladas, sejam elas fechadas ou abertas. Concomitantemente, essa variedade é influenciada pela fragmentação da aprendizagem por meio de interferência contextual, do espaçamento e da quantidade de práticas oferecidas. Portanto, percebe-se que, para o autor, um importante recurso pedagógico a ser utilizado para o ensino das habilidades é o exercício analítico (GALATTI; PAES, 2007), o qual 10 advém do princípio analítico-sintético (GRECO, 1998) e, portanto, preconiza pela fragmentação do todo em partes, tendo ênfase na parte técnica de um gesto (ou habilidade). Outra classificação encontrada na literatura quanto à classificação e divisão dos conceitos de habilidades é apresentada por Gallahue e Ozmun (2003), ao ordenar dois tipos de habilidades no indivíduo, filogenéticas e ontogenéticas. As primeiras são resistentes às influências ambientais externas. Enquadram-se nesse contexto as habilidades motoras como “as tarefas manipulativas rudimentares de alcançar, agarrar e soltar objetos; as tarefas estabilizadoras de ganhar controle da musculatura total do corpo; e as habilidades locomotoras fundamentais de caminhar, pular e correr” (GALLAHUE; OZMUN, 2003, p. 67). Em outras palavras, poderíamos definir as habilidades filogenéticas como inatas. Por outro lado, as habilidades ontogenéticas são aqueles dependentes do aprendizado e das oportunidades ambientais, ou seja, requerem um período de prática e são influenciadas pela cultura do indivíduo. Enquadram-se aqui, entre outros exemplos, atividades como nadar e andar de bicicleta. Assim, percebemos em Gallahue e Ozmun (2003) a análise conjunta das habilidades, diferentemente do encontrado em Magill (2000), que as classificou de maneira separada e independente. Para Gallahue e Ozmun (2003) há influência dos fatores ambientais (a serem vividos) sobre as habilidades as quais classificam como filogenéticas, culminando com o desenvolvimento de habilidades ontogenéticas. Para tanto, Gallahue e Ozmun (2003) fundamentam sua teoria desenvolvimentista a partir de três categorias de movimento – estabilidade, locomoção e manipulação – e apresentam três áreas importantes para desenvolvê-las: jogos e esportes, ritmo e dança e atividades autoanalíticas. Dessa forma, as atividades a serem propostas dependeriam do nível de aprendizado do indivíduo, já que “[...] a aquisição de habilidades motoras progride do simples ao complexo e os indivíduos progridem gradualmente do geral ao específico no desenvolvimento e refinamento de suas habilidades [...]” 11 (GALLAHUE; OZMUN, 2003, p. 572). Contudo, em contrapartida ao que foi discutido até o momento, existe outro grupo de autores que, ao trabalhar com aprendizagem motora, desenvolveu importantes estudos sem diferenciar habilidades motoras, trabalhando-as segundo uma nova orientação pedagógica, como é o caso de Freire (2002). O autor, sob a óptica construtivista, demonstra dificuldade para entender o que seriam habilidades naturais (as quais podemos entender como diretamente relacionadas às habilidades filogenéticas apresentadas por Gallahue e Ozmun (2003) por entender que não existem movimentos naturais nem movimentos básicos, existem movimentos humanos. O autor defende que é preciso analisar o movimento como um todo, porque “[...] mesmo sendo-se especialista em mãos, conhecendo-lheos mais íntimos detalhes anatômicos e fisiológicos, não há garantias de, por essa via, se compreender os atos realizados pelas mãos [...]” (FREIRE, 2002, p. 138), ou seja, é necessário Essa concepção do autor se dá pelo fato de ele creditar aos jogos e brinquedos – atividades com significado – a função de desenvolver determinados movimentos, ou seja, permitir que seja aproveitado e somado ao que a criança já sabe algo novo. Freire (2002), portanto, faz uma crítica à prática sem significado, a qual afirma somente ser possível identificar e diferenciar movimentos motores básicos, como andar, correr, saltar, girar, lançar, pegar, quando esses forem trabalhados de forma separada, ou seja, sem significação. Por isso, acredita que a melhor forma para proporcionar o aprendizado motor para uma criança é por meio do jogo, o qual faz parte de seu repertório motor, social e afetivo, e é representativo do próprio mundo da criança. Da mesma forma, Paes (1996; 2008) credencia o jogo como um importante recurso pedagógico já que “O jogo tem uma função mágica, pois, ao mesmo tempo que acentua a ludicidade de uma prática que visa ao 12 aprendizado de fundamento, pode também acentuar exigências técnicas, proporcionando melhor execução de movimentos” (PAES, 1996, p. 76). Pensamento Outro aspecto a considerarmos quanto à formação integral do indivíduo é o pensamento, ou, conforme Balbino e Paes (2007), Freire (2002), Montoya (2011) e Becker (2011), o desenvolvimento cognitivo. Muitas são as teorias que discutem sobre a aprendizagem em nível psicológico, mas aqui trataremos, ainda que superficialmente, de três delas: a primeira com enfoque cognitivista (baseada nas obras de Jean Piaget); a segunda com enfoque histórico-cultural (a partir das concepções de Lev Vigotsky); e a última tratando das múltiplas inteligências (conforme proposta de Haward Gardner). Montoya (2011) destaca duas novidades trazidas pela teoria de Jean Piaget: primeiro, a relação entre a lógica e a aprendizagem, pois ambas são interdependentes; segundo, a aprendizagem é aleatória e imposta pelos dados da experiência, nos níveis iniciais de desenvolvimento, e é busca intencional da mudança e da descoberta, nos níveis mais avançados, ou seja, a aprendizagem está relacionada aos conteúdos do mundo físico e social. Becker (2011, p. 24) explica que Piaget traz para a “[...] psicologia a compreensão de que a capacidade cognitiva humana cresce e se desenvolve; não vem pronta, nem do genoma nem do meio – seja ele físico ou social”. Becker (2010) ainda elucida que, para Piaget, a capacidade cognitiva humana vem da interação sujeito-objeto e da capacidade de desequilíbrio que essa interação pode proporcionar. Colinvaux (2010, p. 25) aponta que na “[...] tese piagetiana o pensamento se origina da interiorização da ação”. Sendo assim, para entendermos como se dá essa relação do sujeito com o objeto do ponto de vista cognitivo, é importante a compreensão de dois conceitos que se correlacionam constantemente durante o processo de aprendizagem: assimilação e acomodação. 13 A assimilação é o esforço do indivíduo em assimilar a coisa ou evento que lhe causa perturbação a um esquema ou estrutura mental que ele já possua; quando essa assimilação não é no todo possível ele se transforma a fim de assimilar o novo que lhe é apresentado e realiza, para isso, uma diferenciação, ou seja, “[...] o esquema ou estrutura anterior se transforma em função do que foi assimilado” (BECKER, 2011, p. 29), gerando o que Piaget chama de acomodação. Logo, “Segundo Piaget (1975), as estruturas mentais formam sistemas e sofrem perturbações exteriores que tendem a modificá-las. Há equilíbrio quando as perturbações exteriores são compensadas pela atividade do sujeito” (ASSIS, 1976, p. 31, grifos do original). Assim, é possível identificar as fases do desenvolvimento cognitivo: primeiro, é um processo dependente da maturação biológica do indivíduo; segundo, depende, também, da experiência física e lógico-matemática do sujeito; terceiro, é decorrente de transmissão social; quarto, passa por um processo de equilibração (assimilação e acomodação); e quinto, culmina na abstração reflexionante, que é aquela que permite reconstruir e reorganizar um conhecimento em um patamar superior de pensamento. Portanto, sob essa teoria, percebe-se a ação do sujeito como primordial para o desenvolvimento cognitivo. Em contraponto ao acima exposto, o mesmo desenvolvimento cognitivo pode ser entendido como um processo de aquisição cultural (COLE, 1985) a partir da teoria de Vigotsky (1978), que afirma aparecer as funções cognitivas em duas etapas do desenvolvimento cultural da criança: primeiro em nível social – entre pessoas (interpsicologicamente) –, e depois em nível individual – dentro da própria criança (intrapsicologicamente). Desses aspectos, segundo Fino (2001), decorreria uma diferença entre o processo de aprendizagem e o processo de desenvolvimento da criança, surgindo, pois, a partir da teoria de Vigotsky (1978), uma Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), a qual pode ser definida como a distância entre o nível atual de desenvolvimento da criança (determinado pela sua capacidade de resolver problemas individualmente), e o nível de desenvolvimento potencial (determinado pela capacidade de resolução de problemas sob orientação de adultos ou em colaboração com pares mais capazes). 14 Por fim, destacamos Balbino e Paes (2007) cuja preocupação reside em sinalizar para a possibilidade de a Pedagogia do Esporte contemplar as múltiplas inteligências apresentadas por Gardner (2000) por meio da utilização dos princípios dos Jogos Esportivos Coletivos. Gardner (2000) deu novo significado à concepção de inteligência preexistente, a qual valorizava a memória verbal, o raciocínio verbal, o raciocínio numérico, a apreciação de sequências lógicas e a capacidade de dizer como resolver problemas do cotidiano. Para o autor a grande capacidade de um indivíduo em determinada área de atuação podia não ser correspondida com a mesma capacidade em outras áreas, assim como a deficiência em alguma habilidade não teria correlação ao sucesso ou fracasso em outras atividades cognitivas. Na figura a seguir será apresentada as inteligências com suas caracterizações em síntese: Freire (2002) também aborda os aspectos cognitivos e realiza uma 15 metáfora entre a cognição e um viajante que vai de um ponto a outro. Mais do que conhecer o local de onde partiu e reconhecer o local aonde chegou, esse viajante deve ser capaz de lembrar-se de toda a paisagem pela qual passou, e mais do que isso, deve ser capaz de ir e voltar pelo mesmo caminho quantas vezes for necessário. Essas idas e vindas terminam por concretizar o caminho percorrido na mente desse viajante. Da mesma forma a cognição se dá: é preciso conhecer de onde se parte e aonde se chega, percebendo todo o caminho para ir de um ponto a outro do conhecimento. Assim, indo e vindo por esse caminho cognitivo, a pessoa aprende. O autor continua o seu raciocínio conceituando: “Pensar só se aprende pensando” (FREIRE, 2002, p. 125). Podemos compor essa afirmação, portanto, com a necessidade de dar significado à vivência corporal da criança, ensinando mais do que movimentos, conceitos. Para isso, Freire (2002) defende o uso de jogos e brinquedos a fim de estimular a criança a pensar. Sentimento De uma forma geral, o sentimento pode ser entendido sob diferentes ópticas. Podemos analisá-lo dentro do ambiente da aula/treino quando o aluno lida com situações que acarretam motivação – entendida como um processo intencional, ativo e dirigido, dependente de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos), conforme destaca Samulski (1995) – e estresse – advindo de fatores pessoais (processos psíquicos e somáticos)e fatores ambientais (ambiente físico e social), conforme explora Nitsch (1981 apud SAMULSKI; NOCE, 2002) – entre outros fatores presentes nesse contexto, como a relação aluno–aluno e professor–aluno. Mais do que isso, a relação pedagógica proposta pelo professor pode abrir possibilidades para o aluno construir sua autonomia moral, propiciando que os alunos pautem suas ações em princípios morais e aprendam a autorregular seu comportamento (VINHA; TOGNETTA, 2009). Freire (2002) afirma que falar sobre afetividade diz muito respeito à 16 atuação dos professores, os quais podem se sentir inseguros para promover atividades com esse enfoque. O autor relata que um dos principais problemas a serem enfrentados pelo professor com relação a seus alunos é a questão da agressividade, a qual muitas vezes provém do desejo de agressão contra o pai, a mãe, ou o próprio educador, conforme Lapierre e Aucouturier, autores por ele destacado. De acordo com as ideias de Carlos Byngton, para quem “[...] praticamente todas as emoções humanas podem ser objeto de elaboração, aprendizado e controle durante o jogo [...]” (apud FREIRE, 2002, p. 179), o que reforça a presença do jogo como importante recurso ao desenvolvimento do potencial humano. Outros aspectos inerentes ao desenvolvimento integral do indivíduo Ampliando o que foi discutido até o momento, Paes e Balbino (2005), ao discutirem o processo de desenvolvimento integral do potencial humano, pontuam cinco aspectos importantes que serão exemplificados na Figura a seguir. 17 O movimento humano (A) refere-se ao desenvolvimento das capacidades físicas (coordenação, resistência, velocidade, força e flexibilidade) e as habilidades motoras básicas (andar, correr, saltar, lançar), de maneira especial, e as específicas (fundamentos da modalidade). As inteligências múltiplas (B) já foram apresentadas acima. Os aspectos psicológicos (C) visam o desenvolvimento da autoestima e da liderança. O desenvolvimento da autoestima possibilita ao individuo acreditar em si mesmo e em suas capacidades, tornando sua prática positiva, importante e significativa para sua formação; e a liderança, quando devidamente desenvolvida, pode preparar o indivíduo também para outros aspectos de sua vida na sociedade, no exercício de sua cidadania. Os princípios filosóficos (D) referem-se a valores e a modos do comportamento. Assim, os autores destacam quatro princípios: participação (é preciso jogar para aprender); cooperação (é preciso “jogar com” ao invés de apenas “jogar contra”); coeducação (aluno e professor devem coparticipar do processo); e convivência (é preciso jogar respeitando as diferenças). E a aprendizagem social (E) apresenta-se como articuladora dos demais pontos ao ser responsável por “facilitar o estabelecimento de novas relações de amizade, bem como o fortalecimento de outras relações já existentes” (PAES; BALBINO, 2005, p. 27). A Figura acima apresentada caracteriza a interdependência dos cinco 18 aspectos da prática pedagógica defendidos por Paes e Balbino (2005), e entendemos como proposital a presença da “aprendizagem social” no centro da figura, já que todos os demais aspectos, sob a visão do desenvolvimento integral do indivíduo, são remetidos a esse aspecto principal, que é fundamental para a criação de metáforas entre o que se aprende na iniciação e as situações encontradas no mundo externo. Dessa forma, a aprendizagem social, beneficiada pelos demais aspectos, corrobora para o desenvolvimento integral do potencial humano do ser que aprende, ao mesmo tempo que forma, e transforma, também o ser que ensina. A criatividade e Potencial Humano Sendo importante desenvolver a potencialidade criativa do homem, a fim de que possa ser o continuador do mundo e expressar o seu próprio desenvolvimento (Martínez, 1997), é necessário atentar para os diversos fatores que influenciam no desenvolvimento ou na inibição da criatividade, que, segundo Runco (2007), são de diferentes espécies, incluindo-se entre eles: família, escola, ambiente de trabalho, contexto sociocultural e saúde. A criatividade leva a um processo de mudança e desenvolvimento pessoal e social, e deveria fazer parte da vida de cada um, bem como ser sempre incentivada em todos os ambientes onde a pessoa vive. A pessoa que quer se tornar criativa deve buscar novos caminhos, ser inovadora, ousada, curiosa, apaixonada pelo que faz e correr atrás de sonhos. Nessa caminhada são muitos os fatores influentes, sendo a família, a escola, o ambiente de trabalho, o contexto sociocultural e a saúde alguns deles, todos com importância no desenvolvimento do potencial criativo. Como enfocam as teorias sistêmicas, há outros fatores influentes que não foram tratados neste artigo, como a herança genética, as motivações intrínsecas e extrínsecas ao indivíduo, sua personalidade. 19 Fator família A família é o primeiro modelo para a criança: educadora, incentivadora, apoiadora e nutridora do seu desenvolvimento. Nos primeiros anos de vida, os atributos de personalidade dos pais, sua forma de agir e criar os filhos, o ambiente do lar e a forma de relacionamento são elementos de influência no desenvolvimento do potencial criativo. Se a família provê à criança experiências favorecedoras ao seu desenvolvimento criativo, estimuladoras de sua curiosidade natural e fortalecedoras de sua autoestima, certamente a criatividade aflorará com maior facilidade. Segundo Martínez (1995, p. 156) "existe um critério bastante generalizado de que a infância é o repositário das maiores potencialidades criativas do indivíduo, as quais, na maioria dos casos, longe de se desenvolver, são inibidas no decorrer da vida". Segundo Runco (2007), a influência da família é bidirecional: os pais influenciam as crianças, por exemplo, estimulando-as a visitarem museus, contemplarem obras de arte; mas também as crianças podem influenciar os pais, quando demonstram interesse por algo e os pais respondem a isso. O autor pontua que a influência familiar é longitudinal e, por isso, muitas vezes difícil de ser pesquisada. Outra característica é ser intergeracional, sendo 20 especialmente verdade que os valores familiares são passados de uma geração para outra. Alencar e Fleith (2003a) salientam a importância de se estimular a imaginação da criança, sobretudo entre dois e seis anos, quando o jogo imaginativo ocorre com grande frequência; essa imaginação vai declinando à medida que se desenvolve a razão e o raciocínio. As autoras apontam como atitudes dos pais favorecedoras ao desenvolvimento criativo o relacionamento pais-criança não possessivo, o estímulo à independência e à autoconfiança, a estimulação dos interesses infantis e a promoção de condições de exploração dos seus interesses e de seu mundo interior. Como fatores inibidores citam o autoritarismo e a crítica constante. Atitudes estimuladoras da criatividade por parte dos pais, segundo Amabile (1989), são: dar liberdade e independência com regras e limites justos; respeitar a individualidade de cada um e ensinar a expressar as emoções, porém sabendo ter controle emocional; estimular o desenvolvimento de valores; demonstrar que aprender não é somente ter notas altas; apreciar a criatividade e incentivá-la; possuir senso de humor; tecer críticas construtivas e não destrutivas - enfim, fazer do lar um lugar para a criatividade morar. A experiência de Domino, em 1979, mostrou que um grupo de crianças, em que os pais permitiam uma maior independência aos filhos, era mais flexível e bem mais criativo do que o grupo de crianças escolhidas ao acaso (Alencar & Fleith, 2003a). Também Esquivel e Hodes (2003) examinaram a influência da família no desenvolvimento da criatividade, constatando que os pais mais estimuladores da criatividadeaceitavam a criança como indivíduo, davam-lhe autonomia e oportunidades criativas, enquanto formavam seus hábitos e estimulavam traços da personalidade. Embora ambientes familiares repressores, com regras rígidas de conduta e sem diálogo, sejam inibidores do potencial criativo, é interessante salientar que também lares desestruturados podem levar algumas crianças a serem criativas como uma forma de compensação às suas frustrações. É o que indica Ochse (1990): uma porcentagem importante de indivíduos com alto grau 21 de criatividade vem de lares com dificuldades ou desfeitos. Nesse caso, a criança vê nos aspectos limitadores do ambiente uma fonte inspiradora de sua criatividade. A poetisa Cecília Meireles perdeu seus pais muito cedo e, sem ter outros irmãos, foi morar com a avó. Assim, afirmou que sua infância de menina sozinha havia lhe dado duas coisas que pareciam negativas, porém se tornaram positivas em sua vida: o silêncio e a solidão. Sem a companhia de outras crianças, ela mergulhou no mundo mágico das letras e da imaginação (Meireles, 1994). Outro estudo, apontado por Lubart (2007), foi realizado por Sullway em 1999, cujo resultado sugere que os filhos primogênitos seriam menos abertos às experiências novas, mais responsáveis, organizados e eficientes do que os demais. Essas características se refletiam no plano da orientação profissional desses indivíduos, levando-os mais a profissões ligadas às ciências físicas e matemáticas, enquanto as ciências sociais e as carreiras políticas eram mais frequentes no domínio do irmão mais novo. As experiências familiares são preponderantes para a formação da pessoa e a constituição de seus valores, crenças, sentido crítico - enfim, de sua criatividade. A criatividade na infância não é equivalente à criatividade da fase adulta, mas é difícil vislumbrar a possibilidade de um adulto criativo sem que tenha tido experiência criativa na infância (Feldman, Csikszentmihalyi & Gardner, 1994). As entrevistas realizadas por Alencar (2008) com três pioneiros brasileiros da Psicologia Escolar demonstraram bem a influência da família no desenvolvimento da criatividade dos entrevistados, influência esta incentivadora da curiosidade e da leitura, e ainda apontaram a questão da união e estrutura da família formadora de bons hábitos. É indiscutível a influência que a família exerce no desenvolvimento do potencial criativo, bastante assinalada pelos teóricos e suas pesquisas. Pode incentivar a criatividade ao lidar com suas crianças, ao lhes fomentar o exercício da imaginação, da leitura, da curiosidade, ao lhes proporcionar meios de lidar com ambos os tipos de pensamento, divergente e convergente, ao ouvir suas histórias, prestar atenção aos seus desenhos e proporcionar um ambiente aberto ao criativo. 22 Fator escola Apesar da necessidade de pessoas criativas no mundo atual, Wechsler (2001) afirma que a criatividade ainda é um fenômeno pouco implementado nas escolas. Embora possa ser aplicada a qualquer disciplina, no cotidiano da sala de aula o professor não tem, de modo geral, estimulado a criatividade dos alunos, seja por deficiências em sua formação, desconhecimento de técnicas, procedimentos e metodologias incentivadoras da criatividade, seja pela extensão do currículo a cumprir. Existem ingredientes necessários para uma produção criativa, que podem prover o aluno de oportunidades que o levem às ações ideais de aprendizagem (Renzulli, 1992). Para o autor, é fundamental a integração conjunta das estruturas primordiais do contexto educacional para propiciar a expansão da criatividade na escola: a) o professor, que deve ter domínio de sua disciplina e gostar do que faz; b) o aluno, cujas habilidades, estilos e interesses devem ser reconhecidos; c) o currículo, que deve ter, além da estrutura, conteúdo e metodologia, o apelo ao imaginário. São características do professor criativo: ser aberto a novas experiências e mudanças, ser ousado e curioso, ter confiança em si próprio, trabalhar com idealismo e paixão, proporcionar clima criativo nas aulas, permitir ao aluno pensar, desenvolver ideias e pontos de vista e fazer escolhas, valorizar o trabalho criativo, não rechaçar os erros, mas torná-los pontos do processo de aprendizagem, considerar os interesses e habilidades dos alunos (Alencar, 2002, 2004; Alencar & Fleith, 2003a, 2003b; Antunes, 2005; Fleith, 2001;Wechsler, 2001, 2002). A essa lista, Freire e Shor (1996) acrescentam que o professor precisa ser um profissional com domínio de várias capacidades e habilidades especializadas, entre elas: a) ser dialógico, pois o diálogo é em si criativo e recriativo; b) ter pensamento crítico e desenvolver tal pensamento em seus alunos; c) trabalhar o currículo de forma flexível e contextualizada; d) ser um artista, um político, um ser criativo e dinâmico, um líder, sem autoritarismo ou dominação. 23 Grande parte do comportamento criativo é aprendida e pode ser estimulada, afirma Fleith (2007), e por isso o professor precisa conhecer e utilizar técnicas que estimulem o desenvolvimento da criatividade. Apesar da importância da criatividade no contexto educacional, Alencar e Fleith (2003a) afirmam que aí persistem elementos que dificultam e, muitas vezes, inibem o desenvolvimento e a expressão da capacidade de criar, como a ênfase na reprodução do conhecimento e na memorização de ensinamentos, a indicação de apenas uma resposta correta para um problema e a pouca ênfase à imaginação e à fantasia. As pesquisas de Carvalho e Alencar (2004), Oliveira, E. (2007) e Oliveira Z. (2007) entre outras, apontaram que no âmbito escolar, embora haja reconhecimento da importância da criatividade e de se estimular o potencial criativo dos alunos, os professores e gestores pouco conhecem sobre o tema e suas técnicas, agindo mais intuitivamente. O mundo atual exige uma nova imagem do professor e de sua atividade, pontua Vallejo (2003), sendo necessários uma escola aberta e um novo profissional que deem uma resposta criativa e responsável aos problemas da comunidade onde esta escola está inserida. Antunes (2005) enfatiza que a proposta de se incentivar a criatividade na escola não é para fazer do aluno um gênio, mas sim buscar desenvolver o potencial criativo de cada um, não para torná-lo o melhor, mas sim para torná-lo melhor. Assim, é preciso que a escola vislumbre a criatividade como um meio de voltar a encantar os alunos, com aulas prazerosas, estimulando e desenvolvendo o potencial criativo que existe dentro de cada aluno. É preciso banir da escola as barreiras à expressão criativa, tornando-a formadora de cidadãos criativos para este mundo complexo em mudanças. Fator ambiente de trabalho As organizações têm se interessado pela criatividade mais do que 24 qualquer outro setor da sociedade, segundo Alencar e Fleith (2003a), uma vez que necessitam diversificar produtos, antecipar demandas, recrutar e reter bons empregados e melhorar a qualidade de produtos e serviços, até como questão de sobrevivência no mercado. O ambiente de trabalho influencia a criatividade, podendo desenvolvê-la ou inibi-la. Sem menosprezar os componentes tecnológicos inerentes à inovação, Ponti e Ferráz (2006) afirmam que inovar depende do espírito imaginativo de indivíduos e equipes, da atitude criativa renovada e constante das pessoas e do incentivo dado pelas organizações em estabelecer, conscientemente, um clima criativo que possibilite a inovação. As organizações precisam ver a inovação como um processo estratégico. Também assinalam que, ao mesmo tempo em que o fluxo tecnológico permite resolver grande parte dos problemas existentes e futuros da humanidade e que se consolida um pensamento científico de gestão empresarial, a criatividade e a pró-atividade de sua direção revelam-se como chaves paratransformar os fluxos de conhecimentos em soluções válidas para o mercado. Detectar, portanto, que perfis de gerentes são mais pró-ativos e incentivadores da inovação, os mais entusiastas e criativos, é um fator fundamental para efetivar a inovação organizacional. As organizações que têm capacidade inovadora devem gerir os seguintes subprocessos: a gerência de novos conceitos, o desenvolvimento de novos produtos e de novos processos, a gestão do conhecimento e da tecnologia (Ponti & Ferraz, 2006). Os mesmos autores reafirmam a importância da criatividade em todas as organizações, como uma ferramenta de sobrevivência na contemporaneidade, pois para se construir o futuro é imprescindível ser criativo no presente e ser capaz de ver aquilo que ninguém mais vê, ser um visionário e inovador. Na mesma linha de pensamento, Cornella e Flores (2007) acentuam que não há inovação sem pessoas criativas e, mais, que independentemente do setor, do tipo de organização ou de produto, o fator definitivo para que a inovação tenha lugar é a energia da pessoa criativa. É preciso, então, que a organização aproveite essa energia, proporcionando-lhe meios para criar, "atrever-se mais", encontrar na profissão "um elemento de ruptura", dar um 25 passo adiante e utilizar o que puder do passado, sem deixar que esse passado escravize suas ideias. Atualmente, é muito importante o trabalho em equipes e, consequentemente, a criatividade grupal. Masi (2002) realça que a criatividade pode brotar não como fruto de um só indivíduo, mas de grupos e de coletividades. A criatividade grupal decorre da combinação das personalidades que compõem o grupo e daquilo que as motiva. Uma organização criativa precisa ter capacidade de adaptação, autonomia, flexibilidade, respeitar a dignidade e o valor das pessoas, intensificar a atividade de treinamento e aperfeiçoamento de seu pessoal, realizar uma administração orientada para o futuro, saber lidar com a diversidade, incorporar criativamente novos procedimentos, políticas e experiências e valorizar as ideias inovadoras (Alencar, 1997). São desafios às organizações: a) proceder às mudanças que se fazem necessárias em culturas organizacionais há muito sedimentadas, marcadas pela resistência às novas ideias e refratárias às exigências do mundo moderno; b) conscientizar os indivíduos de sua capacidade pessoal para criar, proporcionando-lhes treinamentos estimuladores da criatividade; c) promover mudanças em comportamentos que afetam de forma adversa as relações interpessoais e o clima no ambiente de trabalho; d) construir um ambiente que valorize e cultive a criatividade. Não basta que a pessoa passe por um treinamento ou receba instrução para que desenvolva e expresse o seu potencial criativo, é também necessário construir um ambiente que valorize e cultive a criatividade. Criatividade não é algo que acontece por acaso; ela pode ser deliberadamente desenvolvida, gerenciada, monitorada com vistas a alcançar as metas individuais e da organização. A criatividade no contexto do trabalho é uma necessidade organizacional de sobrevivência no mercado e de adaptabilidade ao mundo em mudança constante. Por isso, é imprescindível um clima favorável à criatividade, um ambiente que estimule os empregados a serem criativos, inovadores, participativos e parceiros na busca das metas organizacionais. 26 Fator contexto sociocultural A criatividade, conforme Cropley (2006), não só é determinada por critérios sociais, mas também os determina. O produto é a face pública da criatividade e precisa ser examinado pela sociedade e receber ou não o aval dela. Ainda Cropley (2005) enfatiza que a sociedade não é simplesmente um receptor passivo dos produtos das pessoas criativas, mas ela própria determina que espécie de novidade deve ser produzida. A cultura é um conjunto constituído por padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes, que são transmitidos de geração a geração e que distinguem um grupo social, bem como estruturam os indivíduos a interagirem com seu ambiente psíquico e social (Houaiss, 2001; Lubart, 2007). A Perspectiva de Sistemas de Csikszentmihalyi (1996) apresenta o domínio como um de seus componentes, consistindo de um conjunto de regras e procedimentos simbólicos estabelecidos culturalmente, ou seja, conhecimento acumulado, estruturado, transmitido e compartilhado em uma sociedade ou por várias sociedades; os domínios podem ser modificados mediante contribuições criativas (Alencar & Fleith, 2003a). Um produto novo, criativo, diferente, original, pode ou não ser aceito socialmente, dependendo da cultura. Um exemplo típico disso foram as pinturas de Van Gogh, cuja genialidade só foi reconhecida após sua morte. Existem também diferenças entre as culturas. Segundo Niu e Sternberg (2002), existe uma diferença entre a cultura ocidental e a oriental no modo de encarar o que é criatividade e na definição de sua origem. No ocidente, há duas origens para a criatividade: uma baseia-se na criação bíblica por Deus e a outra na inspiração grega das musas. Na China, provém da ideia de produção e renovação infinita da natureza, as mutações do Tao, Tai-Chi ou Ying/Yang. Também no tocante às diferenças de enfoques, os orientais incluem em 27 suas concepções de criatividade os valores sociais e morais, o coletivismo e maior valor à conexão novo e velho. Ainda, executam atividades criativas diferentemente dos ocidentais, e as razões para isso podem estar ligadas aos valores sociais, educação e grau de modernização. Já os ocidentais tendem a focar características individuais, sucessos pessoais, gosto estético e humor. Outras diferenças entre as culturas quanto à promoção ou inibição da atividade criativa foram analisadas por Lubart (2007). A existência de inventores, por exemplo, em uma determinada geração e sociedade, prediz o nível de criatividade das gerações subsequentes. Além disso, o autor afirma que a proximidade de vários centros de trocas e atividades culturais e industriais pode ser um incentivador de uma cultura mais criativa. Ainda para Lubart (2007), uma cultura pode: a) incentivar ou inibir a criatividade, dependendo da situação, das pessoas e de seus elementos constituintes; b) favorecer maior ou menor quantidade de atividades criativas; c) levar homens e/ou mulheres às artes; d) indicar formas que vão tomar a expressão criativa em cada área; e) modular a atividade criativa; f ) permitir o afastamento das normas tradicionais pela expressão criativa; g) fazer com que a expressão criativa demonstre algumas características daquela cultura. Os progressos recentes criaram riquezas e outros meios culturais. As modernas tecnologias provocaram mudanças quanto à forma de abordar uma tarefa criativa, e a informática possibilita novas visões criativas e novas formas de expressão (Lubart, 2007). Pode-se afirmar, com Lubart (1999), que a análise da criatividade em diversas culturas mostra que a criatividade é dependente do contexto. A cultura influencia a definição e o processo de criatividade, possuindo um conjunto de características que podem facilitá-la ou inibi-la. Fator saúde Osho (1999) enfatiza que a criatividade é a essência da verdadeira saúde e que todas as pessoas saudáveis são criativas. A saúde é vista como 28 um processo de funcionamento integral de todo o ser, que aumenta e otimiza os recursos do organismo para diminuir sua vulnerabilidade aos diferentes agentes e processos causadores da doença (González Rey, 1993). Saúde, portanto, não é sinônimo de ausência de doença ou sintomas, mas sua definição leva a um conjunto de características relacionadas às condições biológica, subjetiva e sócio-histórica do homem. Martínez (2007) afirma que esse novo enfoque de saúde possibilita relacioná-la à criatividade. O vínculo entrecriatividade e saúde é complexo e não linearmente causal. É possível vê-lo em duas dimensões: a primeira delas liga-se à emoção e afirma mesmo que"a criatividade é, antes de tudo, um importante espaço de produção de emoções"; a segunda refere-se às configurações subjetivas associadas aos processos de criatividade e de saúde. A autora aponta como consequência ser possível analisar o processo de desenvolvimento da criatividade como fonte de promoção da saúde (Martínez, 2007, p.60). Desenvolver a criatividade inclui reconhecer e definir espaços próprios e saudáveis do sujeito,"na medida em que se associam as características subjetivas relacionadas com a saúde e à produção de estados emocionais que favorecem o bem-estar do sujeito e se opõem aos processos de doença" (Martínez, 2007, p. 61). Muitas correntes psicológicas defendem que o impulso criativo leva o homem para a ação criativa em face de conflitos e tensões, e ainda que a criatividade é um fator para a promoção da saúde mental do indivíduo (Virgolim, 2007). A autora cita Maslow que, estudando pessoas saudáveis psicologicamente, demonstrou que o homem vale-se da motivação para crescer, desenvolver-se e realizar o seu self. Também aponta May, para quem a criatividade é o encontro do ser humano intensamente consciente com o mundo, e o processo criativo é a expressão da saúde emocional da pessoa em realizar algo novo. Conforme Runco (2007), a relação entre saúde e criatividade tem sido debatida por anos, mas frequentemente o debate tem vislumbrado apenas um 29 lado, o que analisa a criatividade e as psicopatologias e loucura, enquanto a relação entre criatividade e saúde propriamente dita é tida como surpreendentemente complicada. Apesar das associações de criatividade à saúde, há muitos estudos sobre criadores eminentes que eram portadores de doenças mentais ou desajustes psicológicos, como o escritor francês Balzac e o cientista John Forbes Nash. Cropley (2005) pontua que a conexão entre criatividade e loucura é uma das velhas abordagens na psicologia moderna e já foi alvo de investigações empíricas há mais de cem anos atrás. Lubart (2007) aponta estudos que relacionaram a criatividade à perturbação mental e levanta a hipótese de que certos fatores que favorecem a criatividade seriam igualmente os fatores vulneráveis aos transtornos mentais, especialmente às psicoses maníaco- depressivas e à esquizofrenia. Entretanto, ele mesmo afirma que a equação entre inteligência criativa e pensamento psicótico é controversa. A criatividade acontece quando há fatores ambientais estabilizantes e de contensão; porém, se os fatores ambientais são estressantes e causam desequilíbrio, a produção é incompreensível e acontecem os transtornos mentais (Lubart, 2007). Corrobora esta ideia a afirmação de Rothenberg (1990) de que, embora haja profissionais interessados em encontrar valores artísticos em insanos, isso não justifica fazer-se uma ligação entre capacidade criadora e doenças mentais. É fato que doenças e emoções, principalmente as negativas, fazem com que a realidade seja modificada pela alteração dos filtros pessoais sensoriais e perceptivos e têm um efeito sobre a criatividade, podendo afetá-la positiva ou negativamente, alterando o processo e a produção criativa. Exemplificando, após a morte da filha Maria Julieta, o poeta Carlos Drummond de Andrade perdeu a razão de viver, a vontade de escrever e de produzir (Andrade, 2002). Cabe realçar que a saúde, sob o sentido de funcionamento total e integral do ser humano, é facilitadora da expressão criativa. 30 REFERÊNCIAS Alencar E. M. L. S. (2004). Como Desenvolver O Potencial Criador. Petrópolis: Vozes. Alencar E. M. L. S. (2008). A Trajetória De Vida De Três Pioneiros Brasileiros Da Psicologia Escolar. Psicologia Escolar Educacional, 12 (1), 265- 278. Alencar, E. L. S. (1975). Efeitos De Um Programa De Criatividade Em Alunos De 4ª E 5ª Séries. Arquivos Brasileiros De Psicologia, 27, 3-15. Alencar, E. M. L. S. (1997). A Gerência Da Criatividade. São Paulo: Makron Books Do Brasil. Alencar, E. M. L. S. (2000a). O Perfil Do Professor Facilitador E Do Professor Inibidor Da Criatividade Segundo Estudantes De Pós-Graduação. Boletim Da Academia Paulista De Psicologia, 19 (1), 84-94. Alencar, E. M. L. S. (2000b). O Processo Da Criatividade. São Paulo: Makron Books Do Brasil. Alencar, E. M. L. S. (2002). O Contexto Educacional E Sua Influência Na Criatividade. Linhas Críticas, 8 (15), 165-178. Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003a). Criatividade: Múltiplas Perspectivas (3a. Ed.) Brasília: Edunb. Alencar, E. M. L. S., & Fleith, D. S. (2003b). Contribuições Teóricas Recentes Ao Estudo Da Criatividade. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 19 (1), 1- 8. Amabile, T. M. (1989). Growing Up Creative. Buffalo, Ny: The Creative Education Foundation. Amabile, T. M. (1996). Creative In Context. Boulder, Co: Westview Press. Amabile, T. M. (1999). Como Não Matar A Criatividade. Hsm Management, 3 (12), 110-117. Andrade, C. D. (2002). Sentimento Do Mundo (2a. Ed.). Rio De Janeiro: Record. Antunes, C. (2005). A Criatividade Em Sala De Aula. Petrópolis: Vozes. Assis, O. Z. M. A Solicitação Do Meio E A Construção Das Estruturas Lógicas Elementares Na Criança. 1976. Tese (Doutorado Em Educação)– Faculdade De Educação. Universidade Estadual De Campinas, Campinas, 1976. Balbino, H. F.; Paes, R. R. Jogos Desportivos Coletivos E As Inteligências Múltiplas: Bases Para Uma Pedagogia Do Esporte. Hortolândia: Unasp, 2007. Bernstein, N. A. Some Emergent Problems Of The Regulation Of Motors Acts. In: Whiting, H. T. A. Human Motor Actions – Bernstein Resseassed. Amsterdam: Elsevier, 1984. 31 Boden, M. A. (1999). Dimensões Da Criatividade. Porto Alegre: Artmed. Brandão, C. R., Alessandrini, C. D., & Lima, E. P. (1998). Criatividade E Novas Metodologias (Série Temas Transversais, 4). Peirópolis: Fundação Peirópolis. Bruno-Faria, M. F., & Alencar, E. M. L. S. (1996). Estímulos E Barreiras À Criatividade No Ambiente De Trabalho. Revista De Administração Da Usp, 31 (2), 50-61. Buzan, T. (2001). O Poder Da Inteligência Criativa. São Paulo: Cultrix. Carvalho, O., & Alencar, E. M. L. S. (2004). Elementos Favorecedores E Inibidores Da Criatividade Na Prática Docente, Segundo Professores De Geografia. Psico, 2 (35), 213-221. Cole, E. The Zone Of Proximal Development: Where Culture And Cognition Create Each Other. In: Wertsch, J. V. Culture, Communication And Cognition: Vygotskian Perspectives. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. Cornella, A., & Flores, A. (2007). La Alquimia De La Innovación. Barcelona: Deusto. Cropley, A. J. (2005). Creativity, In Education And Learning: A Guide For Teachers And Educators. London: Routledge Falmer. Cropley, A. J. (2006). Dimensions Of Creativity. Roeper Review, 28 (3), 125-130. Csikszentmihalyi, M. (1996). Creativity. New York: Harper Collins. De Bono, E. (1994). Criatividade Levada A Sério. São Paulo: Livraria Pioneira. De La Torre, S. (2003). Dialogando Com A Criatividade. São Paulo: Madras. Dias, T. L., Enumo, S. R. F., & Azevedo Junior, R. R. (2004). Influências De Um Programa De Criatividade No Desempenho Cognitivo E Acadêmico De Alunos Com Dificuldade De Aprendizagem. Psicologia Em Estudo, 3 (9), 429- 437. Esquivel, G. B., & Hodes, T. G. (2003). Creativity, Development And Personality. In J. Houtz (Org.), The Educational Psychology Of Creativity (Pp.135-165). Cresskill, N.J.: Haptom Press. Feldman, D. H., Csikszentmihalyi, M., & Gardner, H. (Orgs.). (1994). Changing The World: A Framework For The Study OfCreativity (Pp. 69-84). Westport, Ct: Praeger. Fino, C. N. Vigotsky E A Zona De Desenvolvimento Proximal (Zdp): Três Implicações Pedagógicas. Revista Portuguesa De Educação, V. 14, N. 2, 2001. Fleith, D. S. (2001). Criatividade: Novos Conceitos E Idéias, Aplicabilidade À Educação. Revista Cadernos De Educação Especial, 17, 55- 61. Fleith, D. S. (2007). A Promoção Da Criatividade No Contexto Escolar. In A. Virgolim (Org.), Talento Criativo: Expressão Em Múltiplos Contextos (Pp.145-157). Brasília: Edunb. 32 Fleith, D. S., & Alencar, E. M. L. S. (1992). Medidas De Criatividade. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 3 (8), 319-326. Freire, J. B. Educação De Corpo Inteiro: Teoria E Prática Da Educação Física. 4. Ed. São Paulo: Scipione, 2002. Freire, J. B. Pedagogia Do Futebol. São Paulo: Autores Associados, 2003. Freire, P., & Shor, I. (1996). Medo E Ousadia: O Cotidiano Do Professor. São Paulo: Paz E Terra. Galatti, L. R.; Paes, R. R. Pedagogia Do Esporte: Iniciação Em Basquetebol. Hortolândia: Unasp, 2007. Gallahue, D. L.; Ozmun, J. C. Compreendendo O Desenvolvimento Motor: Bebês, Crianças, Adolescentes E Adultos. São Paulo: Phorte, 2003. Gardner, H. (1994). The Creators' Patterns. In M. Feldman, M. Csikszentmihaliy & H. Gardner (Orgs.), Changing The World: A Framework For The Study Of Creativity (Pp.69-84). Westport, Ct: Praeger. Gardner, H. Inteligência: Um Conceito Reformulado. Rio De Janeiro: Objetiva, 2000. Gentile, A. M. Skill Acquisition: Action, Movement, And Neuromotor Processes. In: Carr, J. H.; Shepherd, R. B.; Gordon, J.; Gentile, A. M.; Hind, J. M. (Ed.). Movement Science: Foundations For Physical Therapy In Rehabilitation. Rockville: Aspen, 1987. P. 93-154. González Rey, F. (1993). Salud, Personalidad Y Modo De Vida. Caracas: Fondo Editorial De La Faculdad De Humanidades De La Universidad Central De Venezuela. Greco, P. J. (Org.). Iniciação Esportiva Universal. Belo Horizonte: Editora Universitária-Ufmg, 1998. V. 2. Henshon, S. (2008). Adventurous Navigator Of The Dimensions Of High Abilitlity: An Interview With Robert J. Sternberg. Roeper Review, 30 (2), 75-80. Houaiss, A. (2001). Dicionário Houaiss Da Língua Portuguesa. Rio De Janeiro: Objetiva. Kim W. C., & Mauborgne, R. (2001). Creating New Market Space. In Harvard Business Review On Innovation (Pp.1-30). Boston: Harvard Business School Publishing Corporation. Lubart, T. (1999). Creativity Across Cultures. In R. J. Sternberg (Org.), Handbook Of Creativity (Pp.339-350). New York: Cambridge University Press. Lubart, T. (2007). Psicologia Da Criatividade. Porto Alegre: Artmed. Magill, R. A. Aprendizagem Motora: Conceitos E Aplicações. São Paulo: E. Blucher, 2000. Martínez, A. M. (1995). Como Desarrollar La Creatividad Em La Escuela. In A. M. Martínez (Orgs.), Pensar Y Crear: Estrategias, Programas Y Métodos (Pp.156-208). Havana: Editorial Academia. Martínez, A. M. (1997). A Criatividade, Personalidade E Educação. São Paulo: Papirus. Martínez, A. M. (2007). Criatividade E Saúde Nos Indivíduos E Nas 33 Organizações. In A. Virgolim (Org.), Talento Criativo: Expressão Em Múltiplos Contextos (Pp.53-64). Brasília: Edunb. Masi, D. (2002). Criatividade E Grupos Criativos. Rio De Janeiro: Sextante. Maslow, Abraham. H. Introdução A Psicologia Do Ser. 2º Edição. São Paulo: Editora Eldorado -Coleção Anima, 1975. Maslow, Abraham. H. Maslow No Gerenciamento. Rio De Janeiro: Qualitymark Editora, 2001. 392p. May, R. (1982). A Coragem De Criar (3a. Ed). Rio De Janeiro: Nova Fronteira. Meireles, C. (1994). Poesia Completa. Rio De Janeiro: Nova Aguilar. Michalko, M. (2002). Los Secretos De Los Genios De Creatividad. Barcelona: Gestión 2000.Com. Montoya, A. O. D. A Pesquisa Piagetiana Contemporânea. Revista História Da Pedagogia, N. 1, 2011. Niu, W., & Sternberg, R. (2002). Contemporary Studies On The Concept Of Creativity: The East And The West. The Journal Of Creative Behavior, 36 (4), 269-284. Ochse, R. (1990). Before The Gates Of Excellence: The Determinants Of Creative Genius. New York: Cambridge University Press. Oliveira, E. L. L. (2007). Criatividade E Escola: Uma Articulação Necessária Limites E Possibilidades Segundo Gestores E Orientadores Educacionais. Dissertação De Mestrado Não-Publicada, Universidade Católica De Brasília. Oliveira, Z. M. F. (2007). Criatividade Na Formação De Professores Do Curso De Letras. Dissertação De Mestrado Não-Publicada, Universidade Católica De Brasília. Paes, R. R. Educação Física Escolar: O Esporte Como Conteúdo Pedagógico Do Ensino Fundamental. 1996. 198 F. Tese (Doutorado Em Educação)–Faculdade De Educação. Universidade Estadual De Campinas. Campinas, 1996. Paes, R. R. Pedagogia Do Esporte E O Jogo: Considerações Acerca Do Processo De Ensino-Vivência-Aprendizagem Socioesportiva. Revista E, V. 14, N. 12, 2008. Paes, R. R.; Balbino, H. F. A Pedagogia Do Esporte E Os Jogos Coletivos. In: De Rose Junior, D. Et Al. Esporte E Atividade Física Na Infância E Na Adolescência: Uma Abordagem Multidisciplinar. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. Paes, R. R.; Balbino, H. F. Processo De Ensino E Aprendizagem Do Basquetebol: Perspectivas Pedagógicas. In: De Rose Junior, D.; Tricoli, V. (Org.). Basquetebol – Uma Visão Integrada Entre Ciência E Prática. Barueri: Manole, 2005. Paes, R. R.; Montagner, P. C.; Ferreira, H. B. Pedagogia Do Esporte: Iniciação E Treinamento Em Basquetebol. Rio De Janeiro: Guanabara Koogan, 34 2009. Ponti, F., & Ferraz, X. (2006). Pasión Por Innovar. Barcelona: Granica. Renzulli, J. S. (1992). A General Theory For The Development Of Creative Productivity In Young People. In F. Mönks & W. Peters (Orgs.), Talent For The Future (Pp.51-72). Assen/Maastricht, The Netherland: Vangorcum. Rodrigues, C. (2007, Junho 1). Criatividade É A Nova Moeda. Jornal Valor Econômico, Caderno Especial De Fim De Semana, 348, 4-7 Rothenberg, A. (1990). Creativity And Madness: New Findings And Old. Baltimore, Md: John Hopkins University Press. Runco, A. M. (2007). Creativity, Theories And Themes: Research, Development, And Practice. San Diego: Elsevier. Samulski, D. Psicologia Do Esporte: Teoria E Aplicação Prática. Belo Horizonte: Imprensa Ufmg, 1995. Samulski, D.; Noce, F. Perfil Psicológico De Atletas Paraolímpicos Brasileiros. Revista Brasileira De Medicina Do Esporte, V. 8, N. 4, Jul./Ago. 2002. Scaglia, A. J. O Futebol Que Se Aprende E O Futebol Que Se Ensina. 1999. 242. F. Dissertação (Mestrado Em Educação Física)–Faculdade De Educação Física. Universidade Estadual De Campinas. Campinas, 1999. Sternberg, R., & Lubart, T. (1996). Investing In Creativity. American Psychologist, 51 (7), 677- 688. Tolocka, R. E. Estabilidade Motora De Pessoas Portadoras De Síndrome De Down, Em Tarefas De Desenhar. 2000. 177 F. Dissertação (Mestrado Em Edu- Cação Física)–Faculdade De Educação Física. Universidade Estadual De Campinas. Campinas, 2000. Torrance, E. P. (1987). Teaching For Creativity. In S. G. Isaksen & S. G. (Orgs.), Frontiers Of Creativity Research: Beyond The Basics (Pp.189-215). Buffalo, Ny: Bearly Limited. Vallejo, J. M. B. (2003). Escola Aberta E Formação De Professores. Rio De Janeiro: Dp&A. Vigotsky, L. S. Mind In Society: The Development Of Higher Psychological Pro- Cesses. Cambridge: Harvard University Press, 1978. Vinha, T. P.; Tognetta, L. R. P. Construindo A Autonomia Moral Na Escola: Os Conflitos Interpessoais E A Aprendizagem Dos Valores. Revista Diálogo Educaci Nal, V. 9, N. 28, Set./Dez. 2009. Virgolim, A. (2007). Prefácio. In A. Virgolim (Org.), Talento Criativo: Expressão EmMúltiplos Contexto (Pp.19-27). Brasília: Edunb. Virgolim, A. M. R., & Fleith, D. S., & Neves-Pereira, M. S. (2006). Toc, Toc... Plim, Plim! Campinas: Papirus. Wechsler, S. M. (2001). A Educação Criativa: Possibilidade Para Descobertas. In S. Castanho, S. & M. E. Castanho (Orgs.), Temas E Textos Em Metodologia Do Ensino Superior (Pp.165-170). Campinas: Papirus.
Compartilhar