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H Caso 5 ➜ Dor com despertar noturno; ➜ Dor que persiste por mais de 6 horas ou piora; ➜ Dor seguida de vômitos; ➜ Perda de peso Abordagem da dor abdominal na APS ( Epidemiologia ) • Devido às inúmeras causas de dor abdominal, é útil considerar, no diagnóstico diferencial, os mecanismos fisiopatológicos. • Os principais mecanismos de dor abdominal: Quadros agudos: • Quadros de forte intensidade e de início recente = abdome agudo, em especial quando secundários a processos inflamatórios ou infecciosos graves. F • Inflamatórios (apendicite, diverticulite, pancreatite, colangite), • Obstrutivos (bridas, volvos), • Perfurativos (úlcera péptica, divertículos, ferimentos), • Isquêmicos (isquemia mesentérica, colite isquêmica) e • Hemorrágicos (ruptura de vísceras e de aneurismas, ferimentos). Quadros crônicos: • Podem ser de origem funcional (dispepsia funcional e síndrome do intestino irritável; • Ou pode ser de origem orgânica (neoplasias, patologia péptica, isquemia). Os quadros mais prevalentes são de origem funcional. • Queixa frequente na APS; • O médico da família deve ser resolutivo em cerca de 80% dos casos de dor abdominal aguda e crônica; • Cerca de 20% dos casos permanecerão sem diagnósticos específico. • A dor abdominal está entre as 25 causas mais frequentes de consulta ambulatorial. ( Quando referenciar ) • Referenciar para serviços de urgência os indivíduos com quadros de dor abdominal aguda, que necessitem de elucidação diagnóstica por exames ou que exijam uma segunda opinião diagnóstica especializada; • Referenciar para serviços de urgência os casos de dor abdominal aguda emergencial que possam requerer cirurgia (apendicite, obstrução intestinal, gravidez ectópica) ou tratamento clínico hospitalar (DIP, crise de anemia falciforme). • Referenciar para especialista focal casos que necessitem elucidação diagnóstica de quadros crônicos (quando o médico de família permanecer na dúvida) e tratamento específico. ( Psíveis causa de dor abdominal ) Exame físico: ( Abordagem inicial do paciente com dor abdominal ) • Estima-se em uma avaliação inicial: ➜ 20% diagnóstico ➜ inespecífico ➜ 80% ➜ diagnóstico de causas funcionais e orgânicas Classificação: Anamnese: • Primeira decisão: principalmente em casos agudos é diferenciar os quadros de amor gravidade e risco de vida dos que seguirão acompanhamento ambulatorial. • Primeiro passo: saber lidar com a incerteza, pois, vão ter casos que não será possível firmar o diagnóstico. • Segundo passo: habilidades de comunicação e entrevista clínica associado ao método clínico centrado na pessoa (MCCP), que significa explorar não apenas a doença mas também a percepção da pessoa sobre sua saude e a experiência da doença. • Terceiro passo: contextualizar o atendimento com base nos atributos essenciais da APS: primeiro contato, longitudinalidade, integralidade, coordenação do cuidado. • É focado a partir dos dados da anamnese e, de acordo com a probabilidade diagnóstica identificada. Exame geral: • Ectoscopia, como hidratação, sinais de anemia, presença de icterícia e estado nutricional, além de observar fácies de dor e posição da pessoa em relação à dor; • Sinais vitais – temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respiratória. • Exame abdominal: inspeção (abaulamento, retrações, cicatrizes), ausculta, palpação, e percussão. Erros frequentes acometidos: • Não abordar a experiência da doença • Fechar prematuramente o diagnóstico • Não realizar manobras específicas no exame físico • Solicitar exames complementares desnecessários • Não tratar os quadros agudos com analgesia • Não observar o retorno do paciente e não realizar o seguimento dos casos referenciados • Referenciar indivíduos para o especialista focal para tratamento de problemas em que o manejo deveria ser realizado na APS. Causas mais comuns de dor abdominal na APS: História geral: • Identificar se o quadro é agudo ou crônico. • Obter o caráter recorrente das queixas, olhando no prontuário ou perguntando a pessoa. • Informações essências: ➜ Saber quem é a pessoa com dor abdominal (gênero, idade); ➜ Caracterizar a dor (início, qualidade, intensidade, frequência, local, irradiação, fatores de alivio e piora); ➜ Identificar outros sinais e sintomas (febre, náusea, vômitos, hematêmese); ➜ Avaliar uso prévio de fármacos (anti-inflamatórios não esteroides (AINE), AAS e anticoagulantes, aumenta o risco de sangramento digestivo); ➜ Revisar as comorbidades e sua história pregressa, além da história familiar. G • Sinais de alarme: ➜ Dor que muda de localização; Isabelle Isis Mello Assis H Caso 5 Mecanismos fisiopatológicos atribuídos: ➜ Distúrbios na acomodação gástrica ou relaxamento receptivo ➜ Hipersensibilidade à distensão gástrica; ➜ Sensibilidade duodenal alterada a lipídios ou ácidos; ➜ Suscetibilidade familiar; ➜ Infecção por Helicobacter pylori ou outras do TGI; ➜ Comorbidade psicossocial; ➜ Estresse. Síndrome dispéptica ( Definição ) • Na prática da APS, a maioria dos indivíduos com sintomas dispépticos são tratados como tendo dispepsia não investigada, e sua causa é desconhecida. • Diagnósticos etiológicos possíveis: É importante o médico identificar: • Indivíduos que podem se beneficiar de medidas gerais e/ou supressão ácida apenas; • IMP: Deve-se ter um aprofundado conhecimento sobre os recursos de saúde disponíveis na localidade e região, as características culturais e epidemiológicas da comunidade e o acompanhamento longitudinal das famílias. ➜ O câncer de esôfago ou o de estômago raramente se apresentam apenas com sintomas dispépticos. Abordagem diagnóstica racional: • Seria mais interessante testar e tratar porém como a prevalência de infecção por Helicobacter em nosso meio já é superior, e como a disponibilidade desses exames é restrita (Teste da uréase e sorologia), a melhor alternativa parece ser passar diretamente para a antibioticoterapia sem testar para o Helicobacter. • Para evitar resistência bacteriana deve-se usar a estratégia inicial de supressão ácida com inibidor da bomba de prótons (IBP), por cerca de um mês, sem a utilização inicial de antibioticoterapia. Manejo inicial de dispepsia não investigada sem sinais de alerta: • Tratamento não farmacológico: ➜ Alimentação saudável; ➜ Controle de peso; ➜ Suspensão do tabagismo; ➜ Evitar desencadeantes associados a dispepsia (cigarro, álcool, café, chocolate, alimentos gordurosos/frituras); ➜ Evitar ingestão alimentar em grandes quantidades; ➜ Suspender anti-inflamatórios não esteroides (AINE) se possível; ➜ Psicoterapias (demandam custo financeiro e de tempo). F • Tratamento farmacológico: ➜ O autotratamento com antiácidos sob demanda (p. ex., com hidróxido de magnésio + hidróxido de alumínio até seis colheres de sopa por dia) pode ser suficiente para muitos pacientes. ➜ A estratégia inicial de manejo da dispepsia com IBP na APS com um curso de supressão ácida com omeprazol 20 mg em jejum por um mês. ➜ Em caso de controle insatisfatório de sintomas ou recidiva, o tratamento com antibioticoterapia é indicado. • Conhecida como “má digestão” • Dor epigástrica (epigastralgia) e demais sintomas dispépticos, estão comumente associados a disfunção no esôfago, estômago e duodeno. • Dispepsia também pode ser - queimação epigástrica, dor abdominal vaga, má digestão, indigestão, falta de apetite, eructções e gastrite. • A doença péptica ulcerosa na mucosa gástrica ou duodenal teve enorme impacto na morbidade e mortalidade; • Sintoma dominante na úlcera péptica não complicada: dor epigástrica, que pode ser acompanhada, por: estufamento, saciedade precoce e náusea; • Úlceras crônicas, entretanto, podem ser assintomáticas. • A ausência de sintomas, também, é vista em úlceras induzidas por AINE, que podem apresentar-se, primariamente, por sangramento ou perfuração gastrintestinal alta. • Complicação mais severa: sangramento, com o maior risco > 60 anos de idade. • Complicação menos frequente que a hemorragia: perfuração. X • O diagnóstico endoscópicode úlcera péptica deve ser acompanhado por biópsias da mucosa no antro e corpo ou fundo gástrica para detecção de Helicobacter. • É necessário suspender: ➜ IBP: duas semanas antes ➜ Antagonista do receptor H2: 24 horas antes ➜ Antibióticos: quatro semanas antes da para não reduzir a sensibilidade da pesquisa para Helicobacter Tratamento: • Além da terapia medicamentosa, deve-se recomendar a cessação do hábito de fumar, quando presente. • Se o paciente está tomando AAS, considerar suspende-lo, trocá-lo para clopidogrel e/ou adicionar um IBP enquanto o uso de AAS/AINE for necessário. ( Caracterizar e as suas etiologias ) Dispepsia não investigada: Dispepsia funcional: Dispepsia ulcerosa: • É definida pelos sintomas citados, após a exclusão de lesão estrutural à EDA ou à radiografia contrastada. Abordagem: • Psicológicas: psicoterapia, hipnose e terapia cognitivo-comportamental. • Farmacológicas: IBP (omeprazol), pró-cinéticos (domperidona) e antiácidos. • Tratamento e/ou terapias alternativas: acupuntura, fitoterapia, homeopatia têm potencial alívio significativo. ( Abordagem inicial em pacient com dispepsia ) Anamnese: • A história deve ser dirigida para a detecção de sinais de alerta e a presença de sintomas que sugiram diagnósticos diferenciais à síndrome dispéptica. • É importante definir: ➜ Frequência dos sintomas ➜ Correlação com hábitos (comer demasiadamente, ingestão de bebidas alcoólicas ou alimentos específicos e tabagismo). ➜ Uso de AINES. Exame complementar: • Só devem ser realizados em indivíduos que apresentam sinais de alerta para exclusão de doença orgânica grave. • Solicitar exames complementares para indivíduos com mais de 40 anos ou com história familiar de CA ou com sinais e sintomas de alarme. • Abordagem terapêutica: Antibióticoterapia: Amoxicilina 1G 12/12h + Claritromicina 500mg 12/12h até 14 dias + IBP Omeprazol 20 mg até 30 dias Associado a mudança de hábito de vida, cessação do tabagismo, se o paciente fizer uso contínuo de AAS, substituir por Clopidogrel. ( Quando referenciar ) • Aqueles com achados suspeitos de malignidade à endoscopia. • Se a EDA não estiver disponível na APS, serão referenciadas também as pessoas com dispepsia que têm indicação para o exame. Isabelle Isis Mello Assis sangxicitrangeirasome e H Caso 6 Rastreamento ( Critéri para um programa de rareamento ) • 1. A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja relevante para a população; • 2. A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida; • 3. Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, durante o qual a doença possa ser diagnosticada; • 4. O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse tratada no momento habitual de diagnóstico; • 5. Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e confiáveis; • 6. O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o orçamento destinado ao sistema de saúde como um todo; • 7. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistêmico. Fatores de risco não modificáveis: • Idade, sexo e genética. Fatores de risco modificáveis: • Não fumar; • Alimentação saudável; • Atividade física; • Vacinação (HPV e hepatite B); • Amamentação (protege de câncer de mama); • Redução de ingesta de álcool; • Evitar comer carnes processadas; • Evitar excessiva exposição ao sol; • Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho. ( Rareamento ) Rastreamento de câncer de colo do útero: • Exame citopatológico; • É feito em mulheres com idade entre 25 a 64 anos a cada 3 anos após 2 exames normais anuais consecutivos; • Fazer o exame antes dos 25 anos deve ser evitado; • Para mulheres com mais 64 anos de idade e que nunca fizeram o exame citopatológico, devese realizar dois exames com intervalo de um a três anos. Se ambos os exames forem negativos, essas mulheres podem ser dispensadas de exames adicionais. Detecção precoce de câncer de pele: • As evidências ainda são insuficientes para avaliar os benefícios e malefícios para recomendação do exame de toda a pele por um médico da atenção primária ou pela própria pessoa; • Manchas que coçam, doem, sangram ou descamam; • Feridas que não se cicatrizam em 4 semanas; • Sinais que mudam de cor, textura, tamanho, espessura ou contorno; • Elevação ou nódulo; • ABCDE da pele: ➜ Assimetria; ➜ Bordas irregulares; ➜ Cor variável (várias cores); ➜ Diâmetro (>6mm); ➜ Evolução (tamanho, forma e cor). ( Tip de câncer mais incidente no Brasil ) ( Fator de risco para as nplasias (como evitar) ) ( Sinais e sintomas de alerta ) ( Recomendaçõ para a detecção precoce ) Rastreamento de câncer de mama: • Mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais e sintomas de câncer de mama – é recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos. Rastreamento de câncer de cólon e reto: • Recomenda-se o rastreamento para o câncer de colón e reto usando pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou sigmoidoscopia, em adultos entre 50 e 75 anos. • Recomenda-se não fazer o rastreamento de rotina para o câncer de cólon e reto em adutos entre 75 e 85 anos. • Recomenda-se não fazer o rastreamento de câncer de cólon e reto em pacientes de 85 anos ou mais. Detecção precoce de câncer de próstata: • Recomenda-se a não adoção do rastreamento de câncer de próstata em homens assintomáticos com idade superior a 75 anos; • Exame de PSA (proteína produzida pela próstata presente no sangue ou no semen) e toque retal (avalia tamanho, volume, textura e forma da próstata). Detecção precoce de câncer de boca: • As evidências são insuficientes para recomendação contra ou a favor do exame; • Avalia desordens orais: quelite actínica, eritroplasia, leucoplasia oral, eritroleucoplasia, fibrose submucosa, lúpus eritematoso, lesões palatinas; • Sinais e sintomas de alerta: placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengiva…, disfagia, dificuldade de falar, assimetria facial Isabelle Isis Mello Assis H Caso 7 PNAISH ( Aspect-chave em relação à sua do homem ) • Os homens brasileiros morrem, em média, 7 anos mais cedo do que as mulheres. Essa diferença se deve em grande parte à mortalidade por causas externas. • Buscar um serviço de saúde é, para muitos homens, uma demonstração de vulnerabilidade que afeta sua masculinidade; • É fundamental romper as barreiras que há entre os homens e os serviços de saúde. Os próprios profissionais reproduzem estereótipos como “mulher se cuida, homem não se cuida” ou “homem não vem no posto”, deixando de perceber a presença deles no serviço e de reconhecê-los como sujeitos do cuidado de si e dos outros; Perfil de morbidade: • As causas externas lideravam os motivos de internação com 16%, a maioria relacionada a quedas, seguida por acidentes de trânsito • O grupo populacional mais afetado se encontrava entre 20 e 29 anos de idade. • As causas de internação têm-se as patologias do aparelho circulatório, lideradas pelos acidentes coronarianos (40% das internações) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) (19%). • O perfil de morbidade masculina também indica a necessidade de estabelecer estratégias em relação ao tabagismo e ao abuso de álcool, fatores de grande impacto no adoecimento dessa população. Perfil de mortalidade: • Quanto às doenças fatais do aparelho circulatório, cabe ressaltar que 25% das mortes entre os homens ocorrem na faixa etária de 20 a 59 anos. • As neoplasias que mais matam homens no Brasil são as de traqueia, brônquio ou pulmões, seguidos das de próstata e de estômago (2019). • Em relação às doenças do aparelho digestório, destaque para as doenças do fígado, responsáveis pela maior parte das mortes entre homens de 25 a 59 anos e, em boa parte, relacionadas à doença alcoólica. • O atendimento imediato de uma pessoa com IST não é apenas uma ação curativa, mas também visa à interrupção da cadeiade transmissão e à prevenção de outras IST e complicações decorrentes das infecções. IMP: • O rastreamento é a realização de testes diagnósticos em pessoas assintomáticas a fim de estabelecer o diagnóstico precoce (prevenção primária), com o objetivo de reduzir a morbimortalidade do agravo rastreado. • Diferentemente de outros rastreamentos, como a mamografia para câncer de mama, o rastreamento das IST não identifica apenas uma pessoa; ao contrário, estará sempre ligado a uma rede de transmissão. • Quando não identificado e tratado o agravo na(s) parceria(s), este se perpetua na comunidade e expõe o indivíduo à reinfecção, caso não se estabeleça a adesão ao uso de preservativos. • Os dois principais fatores de risco para IST são práticas sexuais sem uso de preservativos e idade mais baixa. ( Perfil de morbimortalidade d homens no Brasil ) ( Eix e diretriz da PNAISH ) ( Eratégias da ESF para efetivação da PNAISH ) • Garantir acesso aos homens, reconhecer suas demandas e ser legitimado por essa população, de maneira a articular ações de tratamento e de prevenção. • Sugere-se: ➜ Rastrear tabagismo, uso de álcool, abuso de substâncias, ➜ Realizar medida anual de pressão arterial (PA) em adultos, ➜ Oferecer sorologias a homens que fizeram sexo sem camisinha ➜ Discutir medidas de proteção individual (na moto, no carro, no trabalho). • A saúde sexual é uma abordagem centrada na pessoa com vida sexual ativa, sendo uma estratégia para a promoção da saúde e do desenvolvimento humano e integra fatores somáticos, emocionais, intelectuais…, e que melhoram sua comunicação, prazer e o amor. Prevenção combinada: • Prevenção Combinada remete à conjugação de diferentes ações de prevenção às IST, ao HIV e às hepatites virais e seus fatores associado. • O melhor método é aquele que o indivíduo escolhe, com auxílio do profissional de saúde, e que atende às suas necessidades sexuais e de proteção. • Nenhuma intervenção de prevenção isolada se mostrou eficaz o suficiente para reduzir novas infecções. O que é sexo seguro? • Usar preservativo, Imunizar para HAV, HBV e HPV, conhecer o status sorológico para HIV da(s) parceria(s) sexual(is), testar regularmente para HIV e outras IST, tratar todas as pessoas vivendo com HIV, realizar exame preventivo de câncer de colo do útero, realizar Profilaxia Pré-Exposição, quando indicado; conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção, realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado. Eixos: • 1. Acesso e acolhimento ➜ a proposta é de inclusão onde os homens possam reconhecer os serviços de saúde como espaços de cuidado masculino; • 2. Saúde sexual e reprodutiva ➜ saúde de gênero, direitos sexuais e reprodutivos, IST/AIDS e saúde do homem, atenção à saúde dos homens gays; • 3. Paternidade e cuidado ➜ trabalha os benefícios do envolvimento ativo dos homens em todas as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus filhos, destacando como trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e suas parceiras.; • 4. Doenças prevalentes na população masculina ➜ Busca fortalecer a assistência básica no cuidado à saúde dos homens, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da atenção nas DCNT, agravos do trato urinário e do aparelho reprodutor masculino, câncer de pênis, outros agravos em homens – doenças transmissíveis. • 5. Prevenção de violências e de acidentes ➜ visa chamar a atenção para a grave e contundente relação entre a população masculina e as violências. Diretrizes: • ESF como porta de entrada do sistema de saúde integral, hierarquizado e regionalizado. • Responsabilidade dos 3 níveis de gestão e do controle social. • Humanização e qualidade da assistência. • Integração da PNAISH às demais políticas públicas de saúde. • Articulação interinstitucional, principalmente com o setor de educação. • Ações de saúde inclusivas para o homem adulto. • Educação permanente dos trabalhados do SUS para a atenção integral a saúde do homem; • Melhor monitoramento pelos sistemas de informação; • Realizar estudos e pesquisas para melhorar as ações da PNAISH. • Desconstruir a idealização do estereótipo de homem invulnerável. O homem, invulnerável, enfrenta os riscos de forma, frequência e intensidade maior que as mulheres. • Estratégias de aproximação • Atividades em sala de espera • Atividades extramuros - a equipe se aproxima dos locais da comunidade onde os homens estão: bares, padarias, oficinas mecânicas, canteiros de obras. • Promoção de grupos de homens • Participação em eventos já existentes - festas, feiras ou atividades esportivas • Formação de grupos reflexivos para lidar com a grave questão da violência para intervir na desconstrução dos padrões de masculinidade mantenedores desse agravo, envolvendo profissionais de várias áreas, como educação, saúde, ciências sociais. • Ações educativas em empresas (rodas de trabalho…) ( Novembro azul ) H IST ( Saúde sexual ) ( Rareamento de IST ) Isabelle Isis Mello Assis H Caso 7 ITU ( Sinais e sintomas da ITU alta e baixa ) ITU baixa (cistite, acomete a bexiga): • Causas infecciosas (bacterianas, virais). • Outros agentes etiológicos: tumores, radiação, fatores químicos e imunológicos, corpos estranhos. • Quadro clínico: disúria, polaciúria, urgência miccional, dor suprapúbica. ITU alta (pielonefrite, acomete os rins): • Alterações anatômicas e/ou estruturais presentes. • É um processo inflamatório agudo, acometendo o rim e suas estruturas adjacentes. • Quadro clínico: febre, calafrios, dor lombar, dor abdominal. ITU complicada: • Ocorre em mulher saudável, sem lesões estruturais de vias urinárias ou neurológicas, fora de ambiente hospitalar. • Escherichia coli é a bactéria responsável pela maioria das infecções. Outros: Staphylococcus saprophyticus, Proteus sp, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas, S. aureus. ITU não complicada: • Existem fatores que perpetuam sua presença: há alterações anatômicas (rins policísticos, obstrução) ou funcionais (RVU, bexiga neurogênica) do trato urinário ou de condições associadas a um pior prognóstico ou a maior risco (gestação, DM, litíase urinária, imunossupressão). • O espectro de bactérias envolvido é mais amplo, incluindo bactérias gram positivas e gram negativas e, com elevada frequência, organismos multirresistentes ( Tratamento empírico para ciite não complicada ) ( Atividade preventiva e de educação em saúde ITU ) • Dado que a DRC é irreversível, porém sua progressão pode ser controlada, é importante a avaliação da função renal em populações específicas, como pacientes portadores de DM, HAS, lesão renal aguda prévia e HF de DRC. • Critérios diagnósticos: TFG < 60 ml/min por três meses e/ou hematúria ou proteinúria. ITU complicada e não complicada: • O antibiótico de escolha para o tratamento empírico da cistite é a Nitrofurantoína 100mg de 6/6H por 7 dias. ➜ Cefalexina é indicada para as gestantes. ➜ Ciprofloxacino é indicado para ITU complicada ou tratamento de pielonefrite refratário. • Fluorquinolonas já tenham sido amplamente utilizadas no tratamento de cistites, atualmente elas devem ser evitadas como primeira opção devido a preocupações com resistência bacteriana e efeitos colaterais graves. • Etiologia: HAS (34%), DM (30%) e glomerulopatias (10%). • A taxa incidência de DRC está aumentando devido ao envelhecimento da população, aumento das omorbidades e diagnóstico. ( Epidemiologia e as principais etiologias da DRC ) ( Fluorquinolona devem ser evitad na ciite ) ( Abordagem da bacteriúria aintomática e da ITU na gtante e no adulto e ao ido ) • Gestante: toda gestante com evidência de bacteriúria assintomática deve ser tratada com cefalexina. • Adulto e idoso: Em geral, o manejo do tratamento no paciente idoso é o mesmo que na população em geral, considerando principalmente se a infecção é ou não complicada e o comprometimento sistêmico envolvido. • Higiene anteroposterior pós-evacuação. • Micção mais frequente. • Micção pós-coital. • Uso de roupaíntima de algodão ou menos “justa”. • Maior ingesta hídrica. H DCR ( Importância da avaliação da função renal na APS ) ( Exame para analisar alteraçõ da função renal na APS ) • EAS: hematúria (acima de 3 hemácias por campo) e proteinúria: • Sangue: creatinina para cálculo de TFG. Isabelle Isis Mello Assis H Caso 8 L avagem otológica ( Indicação ) • Paciente incapaz de cooperar, ficar imóvel, ou ser mantido parado • Tímpano rompido • Presença de tubos de ventilação na membrana timpânica • Otite média aguda • Otite externa aguda, crônica ou recorrente • Otite média recorrente ou crônica • Diabetes • Imunossupressão • Hemotímpano • Otorragia • Dor auricular recente • Falha na remoção do cerume após cinco tentativas de irrigação • Vertigem recorrente • Suspeita de corpo estranho ( Contra indicação ) • Impactação de cerúmen. Pela morbidade relacionada à redução de audição, a lavagem está indicada se houver redução de pelo menos 50% do meato acústico, considerando que o paciente consiga ficar imóvel, e na ausência de contraindicações. ( Técnica ) • 1. Paciente sentado. • 2. Higienizar as mãos e calçar luvas de procedimento (não estéril) imediatamente antes do procedimento • 3. Posicionar a extremidade da cânula dentro do meato acústico. • 4. Pedir que o assistente ou paciente segure a cuba rim rente ao pescoço sob a orelha para aparar a água da irrigação. • 5. Irrigar suavemente pressionando com força leve o pistão da seringa de irrigação. Caso haja resistência significativa, reavaliar o meato acústico. • 6. Reavaliar o meato com otoscópio para avaliar o progresso, e repetir o procedimento até retirada do cerume. • 7. Após a retirada do cerume, reavaliar o meato acústico com otoscópio, para checar lesões à membrana ou lesões não previamente identificadas. • 8. Retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos • 9. Checar com o paciente se houve melhora da sintomatologia, e orientações pós procedimento. Isabelle Isis Mello Assis
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