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SISTEMAS DE COMPLIANCE DIGITAL 
1 
 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 
2.CONCEITO ..................................................................................................... 4 
2.1.Tipos de Compliance .................................................................................... 4 
3.COMPLIANCE DIGITAL .................................................................................. 5 
3.1.Função Compliance Digital ........................................................................... 7 
3.2.A importância do Compliance Digital ............................................................ 7 
3.3.Benefícios Compliance Digital ...................................................................... 8 
4.A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO E A TECNOLOGIA NA GESTÃO DE 
RISCOS DE EMPRESAS ................................................................................. 11 
5.MEDIDAS TOMADAS EM UM PROGRAMA DE COMPLIANCE DIGITAL ... 12 
6.COMPLIANCE DIGITAL E LGPD .................................................................. 17 
6.1.Cadastro de Base do Cidadão ................................................................... 18 
7.GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPLIANCE DIGITAL ....................... 19 
7.1.Tratamento de Dados Pessoais ................................................................. 20 
7.2.Boas Práticas e Governança ...................................................................... 21 
8.CONCLUSÃO ................................................................................................ 22 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 24 
 
 
2 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho 
de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma 
entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na 
sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de 
publicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, 
de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir 
uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, 
conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos 
de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
(Fonte: Google) 
1. INTRODUÇÃO 
O termo “compliance” tem origem no verbo em inglês “to comply”, que 
significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou 
um pedido, ou seja, estar em “compliance” é estar em conformidade com leis e 
regulamentos externos e internos. 
Portanto, manter a empresa em conformidade significa atender aos 
normativos dos órgãos reguladores, de acordo com as atividades desenvolvidas 
pela sua empresa, bem como dos regulamentos internos, principalmente 
aqueles inerentes ao seu controle interno. 
O Compliance é um dos temas que mais cresceu no mundo corporativo, 
recentemente, e deve estar alinhado aos objetivos estratégicos e integrado aos 
Sistemas de Gestão da organização. 
Estar em Compliance é atender à legislação vigente, mas não se limitar 
somente a isso. Trata-se de uma necessidade atual de todas as empresas. O 
Compliance busca algo ainda mais nobre: “a integridade nos negócios, pelas 
atitudes de seus funcionários e parceiros comerciais, pautados por elevados 
padrões éticos e morais”. 
4 
 
 
Nessa mesma direção, hoje, cada vez mais se torna evidente o valor da 
marca e, consequentemente, a importância de uma imagem limpa, desvinculada 
de atitudes ilícitas ou comprometedoras. 
Quando surgiu a atividade de Compliance, principalmente nas instituições 
financeiras, a maioria direcionou a atividade para ser desempenhada pela 
assessoria jurídica, considerando a expertise dos mesmos nas interpretações 
dos instrumentos legais. 
Vale ressaltar que, hoje as necessidades passaram a demandar que a 
atividade “Compliance” vai além de normas e políticas: devemos incluir 
os processos, daí a importância do mapeamento dos mesmos e sua gestão, 
buscando suas melhorias. 
Além de manter as informações seguras e seu negócio sempre 
funcionando, as organizações precisam mostrar, e comprovar, para o mercado 
que estão adotando as boas práticas. Para isso as organizações precisam estar 
em conformidade, ou em Compliance. 
 
2. CONCEITO 
Com o Advento da Lei 12.846/13 (Lei anticorrupção Brasileira ou a Lei do 
Compliance), surgiu a importância, necessidade e obrigatoriedade do Setor 
Privado e Público de adequarem a sua Governança Corporativa aos requisitos 
atuais de Princípios Éticos, Transparência e Integridade, independentemente do 
tipo societário eleito pelos sócios (embora as microempresas limitadas ou 
simples tenham menos obrigatoriedades). 
Implementar, desenvolver e fazer a manutenção de um Programa de 
Compliance e Integridade, estruturado a partir da legislação e regulamentação é 
o desafio empresarial. 
2.1. Tipos de Compliance 
➢ Compliance Trabalhista 
5 
 
 
Compliance trabalhista tem por objetivo se aprofundar nos temas 
específicos de compliance sob a ótica das Gestão interna e terceiros, Relações 
e contratos trabalhista e Relações Sindicais. 
➢ Compliance Digital 
Compliance digital tem como objetivo desenvolver competências práticas 
para atuação em diversas situações de governança corporativa, no cumprimento 
de normas e leis de proteção de dados. 
➢ Compliance Startup 
A importância do Compliance por meio de um panorama geral, contendo 
as regulações nacionais e internacionais e o impacto das mesmas em suas 
atividades e práticas diárias, bem como a obrigatoriedade de um programa de 
integridade efetivo que os façam ter vantagem competitiva frente a outros 
concorrentes. 
➢ Compliance Governamental 
Compliance está em constante transformação, com a Lei 13.313/16 toda 
administração pública direta e indireta está se reestruturando para implantar 
programa de Compliance atendendo a nova legislação. 
Da mesma forma as empresas prestadoras de serviço / participante de 
licitação com os órgãos da administração pública precisam desenvolver know-
how para estarem adequados a nova legislação. 
 
3. COMPLIANCE DIGITAL 
Compliance digital é um conceito que diz respeito ao conjunto de regras 
e ações internas que regulam as atividades desenvolvidas pelas empresas para 
estar em consonância com as normas vigentes e aplicáveis àquelas atividades 
desenvolvidas, no caso, referentes à tecnologia da informação. 
6 
 
 
Para desenvolver Compliance digital, é fundamental criar rotinas de 
análises de riscos e adotar medidas preventivas. Desse modo é possível garantir 
a adequação da empresa às regras aplicáveis à TI. 
A maioria das empresas está passando por muitas mudanças para se 
adaptar à Transformação Digital e, para isso, estão transformando seus 
processos para conseguirem atender às novas expectativas dos clientes e 
melhorar a velocidade e a eficiência na qual seus serviços são prestados. 
No entanto, além de modificar suas operações, é necessário fazer 
alterações nos processos de negócios para atender aos novos requisitos 
regulatóriose garantir a conformidade da empresa. 
Ao "estar em compliance" com as boas práticas e padrões existentes, a 
corporação garante o correto funcionamento de seus sistemas e a segurança de 
suas informações e de seus clientes. Isso fortalece sua imagem de confiança 
diante do mercado, agregando valor aos negócios. 
Nesse sentido, para estar em conformidade digital, é necessário colocar 
algumas medidas importantes em prática no dia a dia da organização, tais como: 
➢ Realização de auditorias constantes para avaliar as tecnologias utilizadas 
e identificar o que necessita de maior atenção; 
➢ Verificação das licenças de uso contratadas e controlar a quantidade de 
usuários habilitados a utilizá-las; 
➢ Adequação das políticas de privacidade e termos de uso das ferramentas 
de TI disponibilizados pela empresa às legislações específicas, como a 
LGPD e GDPR; 
➢ Implementação de políticas internas de gestão dos recursos de TI. 
A incorporação desses requisitos de conformidade nos processos digitais 
protege a organização de desvios e ameaças que possam comprometer sua 
atividade e imagem diante dos clientes. 
7 
 
 
3.1. Função Compliance Digital 
As práticas de compliance são essenciais para uma adequada gestão de 
riscos nas empresas. Se antecipar aos problemas cria um ambiente propício a 
evitar os perigos cada vez mais comuns do mundo digital, como a violação de 
dados e a vitimização por golpes cibernéticos, crimes virtuais e violações de 
direitos de software. 
A importância do compliance digital se mostrou ainda maior no ano de 
2017, em que diversas empresas de grande porte sofreram ciberataques. 
Diversos entes públicos e privados sofreram algum tipo de tentativa de invasão. 
Prevenir esse tipo de ocorrência é fundamental. A falta de um programa de 
compliance pode representar um impedimento à continuidade da operação na 
empresa e também enormes riscos para a saúde financeira da corporação. 
3.2. A importância do Compliance Digital 
A identificação em tempo real de não conformidade e prevenção de 
possíveis problemas é crucial para as empresas que querem adotar modelos de 
negócios digitais bem-sucedidos. 
A adoção de políticas de Compliance digital contribui diretamente para a 
construção de um ambiente empresarial mais seguro e eficiente, além de 
reforçar a transparência da corporação e passar confiança para os clientes e 
parceiros de negócio. 
Melhorias para o ambiente de trabalho 
Ao implementar práticas regulatórias que garantam o cumprimento de leis 
e regulamentações, a empresa aumenta a segurança e eficiência de suas 
operações, pois as chances de ser penalizada por alguma conduta errada. 
O compliance digital aprimora os processos e aumenta a qualidade e 
produtividade dos serviços prestados. Além disso, ele confere maior proteção ao 
ambiente virtual das organizações, mantendo as ameaças distantes dos dados 
corporativos. 
8 
 
 
Otimização do relacionamento com fornecedores e clientes 
Quando um empreendimento segue todos os regulamentos necessários 
para estar em total conformidade, ele passa uma melhor imagem a seus clientes, 
fornecedores e parceiros. 
Por meio do Compliance digital, é possível construir uma imagem de 
confiança e responsabilidade diante do mercado. Desse modo, a empresa 
otimiza suas relações de negócios, atraindo e retendo cada vez mais clientes e 
parcerias de sucesso. 
Legitimação de investigações internas 
Para garantir que todas as normas estão sendo seguidas por todos os 
seus colaboradores, é necessário que a empresa realize investigações internas. 
Em situações em que problemas e ações ilegais são detectadas, é 
necessário contar com regras bem estabelecidas. 
 
Aquelas que possuírem um programa de Compliance Digital bem 
estruturado, podem legitimar suas investigações internas e se resguardar, 
garantindo que não há nenhum tipo de comprometimento pessoal nas 
fiscalizações. 
3.3. Benefícios Compliance Digital 
Implementar o compliance digital é benéfico para empresas de qualquer 
porte e setor. Mesmo aquelas que não tem interesse em lidar com o setor público 
podem colher bons frutos da adoção das melhores práticas no ambiente digital. 
O apreço contemporâneo pela transparência e clareza sobre como as 
empresas se comportam faz com que a reputação seja considerada cada vez 
mais um grande ativo empresarial. Entretanto, não basta um belo discurso. É 
importante colocar as ações em prática para colher os benefícios do compliance 
digital. 
Reputação da empresa 
9 
 
 
Prevenir possíveis vazamentos de dados preserva a reputação da sua 
empresa, ganhando força e recebendo reconhecimento no mercado. A boa 
reputação de uma empresa é o segredo da sua longevidade e sucesso, se uma 
empresa em algum momento deixa de ter sustentabilidade, ela pode vir a 
desmoronar. Portanto, vale a pena estar em “compliance” com as novas regras 
e normas de segurança de dados digitais, pois isso mexe diretamente com a 
imagem da sua empresa no mercado. 
Maior segurança empresarial 
Ao adotar medidas preventivas visando o cumprimento de leis e 
regulamentos, se reduz significativamente penalizações por algum tipo de 
conduta. A clareza das novas ideias aumenta, consequentemente, o conforto 
das operações rotineiras. A eficiência dos órgãos também aumenta como 
resultante do aprimoramento de processos e constantes revisões. 
Uma empresa que tem como filosofia a responsabilidade como carro 
chefe, buscando estar sempre numa constante avaliação de suas práticas, tem 
uma gestão mais consciente e efetiva. 
Quanto mais empresas adotarem o compliance digital como parte da sua 
governança, maior será a segurança do ambiente virtual e mais eficientes serão 
as correções de problemas que surgirem ao longo do tempo. É necessária uma 
construção diária, mas que tragam impactos positivos e diretos em todo o 
ambiente virtual. 
Maior transparência na relação fornecedores x clientes 
A aplicação de políticas de compliance digital permite que se tenha um 
ambiente empresarial mais seguro e eficaz, auxiliando em relações de maior 
transparência entre fornecedores e clientes, viabilizando a responsabilização 
subsidiária dos agentes responsáveis por eventuais ilicitudes na utilização do 
parque tecnológico da empresa, além de contribuir para um ambiente 
coorporativo de maior segurança e eficiência, ajudando a manter uma relação 
transparente entre clientes e fornecedores. Sua implementação mostra que a 
empresa trata de forma ética e séria a privacidade dos dados de seus clientes, 
10 
 
 
além de atuar contra a corrupção adotando por padrões éticos e morais perante 
a sociedade e justiça. 
Valorização da marca 
Passar uma imagem responsável perante as práticas de compliance 
digital com certeza torna a empresa uma primeira opção de escolha pelos 
clientes, obtendo assim mais vantagens com fornecedores. Quanto mais correta 
é a entidade, maior a confiança entre ambas as partes. Buscar sempre pelas 
melhores práticas sempre traz recompensas perante o mercado. A marca se 
fortalece por ser cumpridora das leis e das éticas, transmitindo assim seriedade, 
responsabilidade e confiança, valorizando sua marca. 
Investigações internas legitimadas 
Deixar bem claro que a empresa preza pelas normas gerais de 
transparência significa que as investigações não podem mais ser tratadas como 
medidas investigativas, mas sim como o cumprimento do dever de prestação de 
contas aos envolvidos no ambiente empresariais, autoridades e sociedade em 
geral. 
Uma empresa que tenha um programa de compliance bem delimitado 
deve prever a ocorrência das investigações internas. Para que essas ações 
sejam legitimas, é preciso que todos os procedimentos sejam informados 
antecipadamente aos possíveis investigados, se certificando de que não haja 
nenhum tipo de comprometimento pessoal na fiscalização. 
A investigação garante a proteção da empresa, pois issodemonstra 
proatividade em busca da prevenção e combate aos ilícitos, evitando 
condenações por omissões. Uma empresa pode se tornar uma verdadeira 
combatente de irregularidades se houver colaboração com as autoridades e um 
alto nível de governança. 
A investigação interna permite que a empresa possa agir perante 
problemas com muito mais agilidade, eliminando riscos de forma instantânea. É 
possível demitir por justa causa um funcionário acusado de corrupção, por 
11 
 
 
exemplo, com maior segurança política. Tudo isso com informações obtidas 
nesse processo. 
Durante a investigação, critérios devem ser estabelecidos quanto a 
procedimentos, pessoas envolvidas e possibilidade de defesa. É importante 
frisar a importância de agir de forma bastante cautelosa durante a verificação 
das informações e delimitação das condutas de cada pessoa ao se tratar de uma 
relação trabalhista. 
Ao lidar com evidências sensíveis e que podem prejudicar a reputação 
daqueles que estiverem envolvidos, é imprescindível assumir um compromisso 
com a confidencialidade do fluxo de informações obtidas. Reduzir o acesso dos 
dados à menor quantidade de pessoas possível é a melhor forma de resguardar 
sigilo, assim como também é importante assegurar de que o armazenamento 
das evidências é feito em suporte confiável e seguro. 
Caso a empresa identifique práticas ilícitas que extrapolam sua alçada, 
como crimes e ilícitos administrativos, autoridades devem ser comunicadas 
imediatamente. Se omitir perante fatos conhecidos em razão da investigação 
interna retira toda a credibilidade da organização, indo contra os princípios 
básicos do compliance. 
 
4. A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO E A TECNOLOGIA NA 
GESTÃO DE RISCOS DE EMPRESAS 
A tecnologia mudou a forma como os indivíduos e empresas se 
comunicam, fazem negócios e interagem de forma geral. O direito vem tentando 
se adaptar às mudanças tecnológicas, apresentando regras para as situações 
cotidianas envolvendo o ambiente digital para que haja maior segurança jurídica 
nas relações. 
Nesse sentido, o direito surge como instrumento de mensuração dos 
riscos empresariais e como diretriz para a criação das normas internas. As 
empresas devem sempre buscar fazer o que é correto e, para isso, nada melhor 
12 
 
 
do que ir direto na fonte e entender como o ordenamento jurídico regula 
determinada matéria. 
Ao se falar de compliance digital, é impossível não tratar das normas 
legais. Por esse motivo, uma assessoria técnica especializada em direito digital 
é o grande segredo para um compliance bem planejado. A orientação constante 
de um profissional faz com que a empresa esteja em compliance mesmo com as 
frequentes mudanças na lei. 
A complexidade do sistema jurídico brasileiro é um tema que gera 
acaloradas discussões, mas para bem ou mal pelo menos há regras a se 
observar. As mais importantes para o compliance digital são as seguintes: 
➢ Lei nº 9.279/1996 (Lei de Propriedade Industrial); 
➢ Lei nº 9.609/1998 (lei de software); 
➢ Lei nº 12.551/2011 (teletrabalho); 
➢ Leis nº 12.735/2012 e 12.737/2012 (crimes eletrônicos); 
➢ Decreto nº 7.962/2013 (trata das regras para o comércio eletrônico); 
➢ Lei nº 12.850/2013 (regulamentação de provas eletrônicas); 
➢ Lei nº 12.846/2013 (lei de práticas para o combate à corrupção); 
➢ Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet); 
➢ Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). 
Estar em compliance não é uma tarefa tão simples assim. Até mesmo a 
empresa mais bem intencionada pode cometer erros que serão corrigidos ao 
longo do plano de compliance. A conformidade é uma construção diária, que 
requer constante vigilância, mas oferece grandes recompensas. Mais importante 
do que não errar é assumir o compromisso de tentar cumprir a lei a todo instante, 
buscando orientação e se mantendo sempre atualizado. 
 
5. MEDIDAS TOMADAS EM UM PROGRAMA DE 
COMPLIANCE DIGITAL 
Realização de auditoria prévia 
13 
 
 
A realização de uma auditoria é o primeiro passo no planejamento do 
compliance empresarial. O propósito dessa revisão é a verificação de todas as 
soluções de tecnologia utilizadas pela empresa. Isso abrangerá todo tipo de 
ferramenta, como hardware, software, serviços contratados e todos os 
envolvidos no uso desses recursos. 
Após conhecer e avaliar os recursos e programas utilizados, será feito um 
trabalho para identificar falhas e redirecionar o uso de ferramentas. O relatório 
da auditoria apontará sugestões para que a empresa consiga aprimorar a 
segurança e desempenho nas operações. 
As principais vantagens da realização de uma auditoria prévia ao 
planejamento do compliance digital são: 
➢ Identificar e criar uma relação de quais são as interações tecnológicas 
realizadas na empresa; 
➢ Dar mais clareza sobre os pontos que precisam de melhorias; 
➢ Identificar irregularidades e tomar as iniciativas que forem necessárias; 
➢ Coibir a insistência no cometimento de irregularidades. 
Análise de licenças contratadas 
Um ponto extremamente relevante para a auditoria que antecede a 
criação do programa de compliance digital é a análise das licenças de software. 
Deve-se realizar uma comparação minuciosa entre as licenças de uso 
contratadas e os usuários dos sistemas a fim de identificar inconsistências e 
providenciar a aquisição das licenças de uso faltantes. 
Essa auditoria permite que a empresa esteja preparada para 
procedimentos fiscalizatórios de fabricantes ou representantes dos provedores 
desse tipo de produtos e serviços. A violação aos direitos autorais de software 
gera um grande passivo para as empresas e, por isso, é importante utilizar 
somente sistemas legalizados. 
Outro problema causado por sistemas paralelos é o risco de infecção da 
rede por software malicioso, visando a prática de crimes virtuais como o 
sequestro de dados ou apropriação de informações financeiras da empresa. 
14 
 
 
Avaliar todos os programas utilizados em todas as máquinas da rede é essencial 
para eliminar esse tipo de risco. 
Adequação das políticas de privacidade 
Com a publicação da nova lei para Proteção de Dados, a criação de uma 
política de privacidade se tornou obrigatória para qualquer empresa que 
manipule dados, especialmente em sistemas de computador ou pela internet. Na 
sistemática atual das organizações, isso significa praticamente qualquer 
corporação. 
A operação de desenvolvimento das políticas de compliance digital 
certamente incluirá a assessoria técnica para que a organização realize a 
adequação de suas políticas de privacidade e termos de uso voltados aos 
usuários. Além da Lei de Proteção de Dados Pessoais, as empresas também 
devem se atentar para que seus termos de uso cumpram o disposto no Marco 
Civil da Internet e no Código de Defesa do Consumidor. As práticas relacionais 
de cada instituição devem ser analisadas cuidadosamente por especialistas a 
fim de definir quais são as melhores práticas e como os termos e peças 
informativas devem ser redigidos para atingir o devido compliance digital. 
A nova regulamentação da proteção de dados pessoais merece especial 
atenção neste momento, pois seu descumprimento pode trazer consequências 
graves para as empresas. A ideia por trás dessa lei é proteger os dados pessoais 
de usuários, para que eles não sejam utilizados sem consentimento. 
Antes, essa regulamentação específica não existia, então as questões 
eram mais abertas para interpretação. Agora, há certeza sobre como as 
empresas devem se comportar, o que é perfeito para a criação de políticas de 
compliance digital. 
As principais regras introduzidas pela Lei de Proteção de dados no direito 
brasileiro são: 
➢ Soberania do consentimento do dono dos dados, permitindo inclusive a 
revogação de consentimento anterior a qualquer tempo; 
➢ Limitação da definição de dados anonimizados; 
15 
 
 
➢ Autorização de uso de dados por interesse ou finalidadelegítimos, 
conforme hipóteses previstas na lei; 
➢ Identificação do controlador, que toma decisões sobre os dados coletados 
e operador, que executa ordens do controlador, para individualizar a 
imputação de responsabilidade; 
➢ Criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, responsável por 
fiscalizar o cumprimento das normas de proteção de dados. 
Com base nessa nova lei as empresas devem mudar sua política de 
tratamento de dados. É necessário informar aos consumidores, com 
antecedência quais dados de identificação serão coletados e armazenados, bem 
como o uso de todas as informações, identificando os responsáveis pelo 
armazenamento das informações. O pedido de consentimento deve ser muito 
detalhado, mas de fácil entendimento. 
Ressalte-se ainda que o dever de prestar todas as informações também 
é previsto no Código de Defesa do Consumidor. A falha no cumprimento do 
dever de informação também ocasiona multas na esfera consumerista. Ou seja, 
transparência e compromisso com o fornecimento de informação adequada 
sempre! 
Implementação de políticas internas de gestão dos recursos de TI 
O desenvolvimento de regulamentos internos durante o processo de 
compliance digital abrange diversos setores, dentre eles a gestão dos recursos 
em TI. As políticas internas permitem o controle e prevenção contra abusos, 
práticas antiéticas e ilegais que possam afetar a empresa, seja de forma direta 
ou indireta. 
O desenvolvimento de políticas de compliance digital fornece subsídios 
para que a empresa administre melhor seu ambiente tecnológico. Por meio das 
políticas desenvolvidas, a empresa poderá exigir um uso adequado dos recursos 
tecnológicos, além de coibir abusos ou desvios. 
Os regulamentos são voltados aos empregados, prestadores de serviços, 
fornecedores e demais envolvidos diretamente no trabalho da empresa. Para 
16 
 
 
que tudo possa ser aplicado de forma efetiva, é essencial que as políticas sejam 
redigidas em um formato de fácil compreensão e aplicação. 
A documentação deve abranger todo o acervo tecnológico da empresa, 
físico e digital, orientando a todos sobre a forma correta de utilização dos 
recursos e os limites comportamentais. As penalidades para mau uso devem ser 
de fácil aplicação para evitar discussões posteriores. 
Não se pode esquecer de que os programas de integridade serão 
aplicados aos empregados e por isso mesmo é importante observar o 
entendimento dos Tribunais a respeito do tema. O Tribunal Superior do Trabalho, 
em várias decisões, já tratou dos limites sobre o monitoramento da atividade 
digital dos funcionários das organizações. 
Para facilitar o processo, o ideal é criar um Regulamento Interno de 
Segurança da Informação, deixando claro que o monitoramento existe e quais 
são as regras de uso das ferramentas. Além disso, um compromisso por escrito 
assinado pelos empregados, na forma de um Termo de Uso de Sistemas de 
Informação, é capaz de se tornar parte integrante do contrato de trabalho, 
legitimando o controle das atividades as eventuais provas obtidas nesse tipo de 
auditoria. 
Quando falamos de compliance, estamos pensando em todo e qualquer 
tipo de regra e ideia do que é certo. Mesmo algumas normas que não são 
jurídicas podem ser integradas aos regulamentos da empresa para aumentar a 
condução ética dos negócios. As empresas devem definir com muita clareza 
quais são as condutas corretas ou inadequadas em sua atuação. 
Nem tudo que é lícito é conveniente sob um ponto de vista ético e também 
mercadológico. O compliance digital é uma maneira de evitar comportamentos 
inadequados de todo tipo, ajudando as empresas a progredir em um ambiente 
competitivo, de forma colaborativa e ética. A ideia é que a organização adote 
como práxis fazer a coisa certa mesmo que ninguém esteja olhando. 
17 
 
 
O desenvolvimento e implantação de políticas de compliance digital é 
capaz de prevenir riscos e aumentar a eficiência empresarial. O aumento da 
transparência é muito bem-visto no mercado e agrega valor à instituição. 
Além disso, a criação de mecanismos de controle e investigação mitiga 
riscos de corresponsabilização e pode impedir que a empresa seja prejudicada 
pela ação de malfeitores. Por fim, a adoção de medidas visando o compliance 
digital demonstra a responsabilidade social da empresa e o respeito à lei. 
 
6. COMPLIANCE DIGITAL E LGPD 
A LGPD é uma lei e o Compliance Digital é baseado, em grande parte 
nela. Isso significa que muitas das práticas do Compliance Digital irão consultar 
sempre a LGPD, uma das poucas leis destinadas ao ambiente digital. Por isso 
as duas coisas são tão confundidas! É como se fossem “farinha do mesmo saco”. 
A lei 13.709, sancionada em agosto de 2018 e em vigor a partir de agosto 
2020, veio, novamente nas palavras de Maldonado e Blum, para “alinhar-se 
ao standard mundial da proteção de dados”. 
Ademais, veio para cumprir uma espécie de lacuna deixada pela primeira 
legislação específica para o Direito Digital e o Marco Civil da Internet. 
Isto se dá quanto à segurança e privacidade dos dados pessoais 
coletados por outras pessoas ou organizações públicas e privadas. 
Portanto, a LGPD objetiva proteger usuários da ocorrência de 
compartilhamento de seus dados pessoais sem a devida segurança jurídica. 
Para tal, define alguns mecanismos, 
➢ Requisitos para coleta, tratamento e compartilhamento de dados por 
organizações e pelo poder público; 
➢ Direitos do titular dos dados; 
➢ Agentes de tratamento; 
18 
 
 
➢ Dever da responsabilidade e ressarcimento por danos pela proteção de 
dados; 
➢ Práticas de governança; 
➢ Sanções; e 
➢ ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados. 
Por intermédio desta lei, o cidadão poderá saber como seus dados 
pessoais são tratados. 
Outrossim, os motivos pelos quais são coletados, como são 
armazenados, por quanto tempo e, evidentemente, se são de alguma forma 
distribuídos. 
Destarte, poderá decidir se consente nesse uso, se o corrige etc. e, caso 
sofra algum dano devido ao uso dessas informações, tem garantida indenização 
por isso. 
Dessa forma, a LGPD chega pedindo respostas efetivas 
em compliance digital das organizações. 
6.1. Cadastro de Base do Cidadão 
Em outubro de 2019, o governo federal publicou o Decreto 10.046. Com 
efeito, a medida institui a ampla possibilidade de compartilhamento, na 
administração pública federal, dos dados dos cidadãos, o Cadastro Base do 
Cidadão e o Comitê Central de Governança de Dados. 
Assim, como “dado”, o decreto compreende informações biográficas, mas 
também biométricas. 
Além disso, são três as modalidades de compartilhamento: ampla, restrita 
e específica, a depender do grau de sigilo. Todavia, a categorização deste nível 
será feita pelo Comitê Central de Governança de Dados. Dessa forma, o objetivo 
é desburocratizar a administração federal. 
19 
 
 
Entretanto, ainda que a centralização de informações dos brasileiros em 
uma base única seja promissora em vários aspectos, ela inspira, por outro lado, 
alguns desafios em gestão pública. 
Afinal, como lemos na LGPD, que subsome o decreto, toda entidade que 
lida com dados pessoais deve estar preparada para protegê-los. 
E mais, ter mecanismos para que o usuário consiga controlar o uso, assim 
como o compartilhamento dessas informações entre os órgãos. 
Portanto, isso, toca, ora pela via do setor público, na necessidade 
de compliance. 
 
7. GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPLIANCE DIGITAL 
A Governança corporativa pode ser entendida como o sistema que dirige, 
monitora e incentiva as empresas, abarca os relacionamentos entre os sócios, o 
conselho de administração, a diretoria, os órgãos de fiscalização e de controle e 
as partes interessadas. 
De acordo com o IBCG (2015) as boas práticas de governança corporativa 
transformam os princípios básicos em recomendações objetivas, envolvendo 
interesses com o intuito de preservar e otimizar o valoreconômico a longo prazo 
da organização, facilitando o seu acesso a recursos e contribuindo para a 
qualidade da gestão da organização, da longevidade e do bem comum. 
Os princípios básicos de governança perpassam a transparência, a 
equidade, a prestação de contas (accountability) e a responsabilidade 
corporativa. 
O artigo 50, §3º, da LGPD prevê a formulação de regras de boas práticas 
e de governança nas organizações, que devem ser publicadas e atualizadas de 
forma periódica e poderão ser reconhecidas e divulgadas pela Autoridade 
Nacional de Proteção de Dados Pessoais – ANPD. 
20 
 
 
O compliance digital objetiva analisar os riscos e a adoção de medidas 
preventivas para adequar a organização às regras aplicáveis às tecnologias da 
informação. 
A situação indicada se mostra necessária no cenário atual, em que as 
empresas necessitam zelar pela boa imagem e pela reputação e a ética deve 
nortear a conduta da organização e de seus colaboradores. 
7.1. Tratamento de Dados Pessoais 
O tratamento de dados é uma operação realizada com os dados pessoais 
que tem início com a coleta, passa pelo armazenamento, pelo controle e alcança 
a difusão ou extração. Os agentes de tratamento são o controlador e o operador. 
As atividades de tratamento de dados pessoais devem respeitar a boa-fé 
e os princípios da finalidade, da adequação, da necessidade, do livre acesso, da 
qualidade dos dados, da transparência, da segurança, da prevenção, da não 
discriminação e da responsabilização e da prestação de contas. 
O tratamento de dados pessoais deve estar em conformidade com o 
disposto do artigo 7º ao 10, da Lei nº 13.709 de 2018. 
O dado pessoal sensível deve passar por um tratamento especial e 
respeitar as disposições do artigo 11 ao 13, da Lei nº 13.709 de 2018. 
Com relação aos dados de crianças e de adolescentes deve-se atentar 
para as indicações do artigo 14, da Lei nº 13.709 de 2018. 
Outrossim, cabe informar que o tratamento de dados pelo poder público 
deve ser realizado com o objetivo de atender à finalidade pública, na busca pelo 
interesse público, com o intuito de executar as competências legais ou cumprir 
as atribuições do serviço público. 
As regras sobre o tratamento de dados pelo poder público estão dispostas 
do artigo 23 ao 30, da LGPD. 
O controlador e o operador devem registrar as operações sobre 
tratamento de dados pessoais. 
21 
 
 
A ANPD pode determinar que o controlador elabore relatório de impacto 
à proteção de dados pessoais, inclusive de dados sensíveis, no que se refere às 
operações de tratamento de dados, com base no regulamento, respeitado o 
segredo comercial e industrial. 
7.2. Boas Práticas e Governança 
A criação de medidas e de regras de boas práticas e de governança é 
essencial para que todos os requisitos necessários à proteção de dados sejam 
efetivados. 
O controlador e o operador ao elaborarem regras de boas práticas, devem 
levar em consideração, em relação ao tratamento e aos dados, a natureza, o 
escopo, a finalidade, a probabilidade e a gravidade dos riscos e dos benefícios 
resultantes de tratamento de dados do titular. 
Na aplicação dos princípios, o controlador deve observar a estrutura, a 
escala, o volume de suas operações, a sensibilidade dos dados tratados, entre 
outros. 
A implementação do programa de governança em privacidade deve 
demonstrar o comprometimento do controlador em adotar políticas internas para 
garantir a proteção de dados pessoais e a segurança da informação; pode ser 
aplicável em todos os dados que estiverem sob a responsabilidade do 
controlador; deve ser adaptado ao dado – estrutura, volume, sensibilidade -; ser 
atualizado constantemente, ou seja, deve ser capaz de adaptar às mudanças, 
entre outros. 
As regras devem ser atualizadas e publicadas de maneira periódica, 
podendo serem reconhecidas e divulgadas pela autoridade nacional. 
A ANPD deve estimular a adoção de padrões técnicos que facilitem o 
controle pelos titulares de dados pessoais. 
Para a criação de um Programa de Privacidade e de Proteção de Dados 
eficiente deve-se conhecer previamente a empresa e o modelo de negócio 
adotado; mapear os dados que são coletados e usados pela empresa, identificar 
22 
 
 
os riscos e criar mecanismos com o intuito de proteger os dados contra ameaças; 
treinar todos os colaboradores e demonstrar a importância de seguir as normas 
e os procedimentos criados em conformidade com a LGPD. 
A gestão e a atualização contínua do programa também são pontos 
importantes que devem ser considerados. 
Além disso, para que boas práticas sejam de fato buscadas e efetivadas, 
é importante que o controlador e o operador respeitem as disposições da LGPD, 
como os princípios indicados na legislação, os deveres e as responsabilidades. 
Salienta-se que a prestação de contas – accountability – é um dos 
princípios da governança corporativa e um dos princípios que também foi 
incorporado à LGPD, no artigo 6º, inciso X. 
A adequação à LGPD além de visar garantir a proteção de direitos 
fundamentais, melhora a reputação da empresa e gera impacto positivo no 
desenvolvimento das atividades e nos contratos comerciais. 
 
8. CONCLUSÃO 
A elaboração de uma política de compliance envolve, portanto, 
estratégias que vão além dos códigos de comportamento. Ela precisa 
contemplar ações para o envolvimento das lideranças, dos funcionários e de 
outros públicos com os quais a empresa se relaciona, como fornecedores e o 
poder público, por exemplo. 
No entanto, é importante destacar que a criação de tais normas por si só, 
não são suficientes à proteção da empresa. É importante que tais normas sejam 
revisadas, melhoradas e efetivamente aplicadas, o que somente será possível 
por meio de uma fiscalização eficiente. 
Assim é importante estar em concordância com as leis e normas do país, 
bem como as normas internas estabelecidas, implementando os conceitos 
23 
 
 
de compliance na empresa e trazendo mais valor ético, social e econômico para 
os negócios. 
 
(Fonte: Google) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Decreto n. 10.046, de 9 de outubro de 2019. Dispõe sobre a governança 
no compartilhamento de dados no âmbito da administração pública federal e 
institui o Cadastro Base do Cidadão e o Comitê Central de Governança de 
Dados. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2019/decreto/D10046.htm. Acesso em: 19 dez. 2022. 
BRASIL. Decreto n. 7.962, de 15 de março de 2013. Regulamenta a Lei nº 8.078, 
de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre a contratação no comércio 
eletrônico. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/decreto/d7962.htm. Acesso em: 19 dez. 2022. 
BRASIL. Lei n. 12.551, de 15 de dezembro de 2011. Altera o art. 6º da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, 
de 1º de maio de 1943, para equiparar os efeitos jurídicos da subordinação 
exercida por meios telemáticos e informatizados à exercida por meios pessoais 
e diretos. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/lei/l12551.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%2012.551%2C%20DE%
2015,por%20meios%20pessoais%20e%20diretos. Acesso em: 19 dez. 2022. 
BRASIL. Lei n. 12.735, de 30 de novembro de 2012. Altera o Decreto-Lei nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, o Decreto-Lei nº 1.001, de 21 
de outubro de 1969 - Código Penal Militar, e a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 
1989, para tipificar condutas realizadas mediante uso de sistema eletrônico, 
digital ou similares, que sejam praticadas contra sistemas informatizados e 
similares; e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12735.htm. Acesso 
em: 19 dez. 2022. 
BRASIL. Lei n. 12.737, de 30 de novembro de 2012. Dispõe sobre a tipificação 
criminal de delitos informáticos; altera o Decreto-Leinº 2.848, de 7 de dezembro 
de 1940 - Código Penal; e dá outras providências. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12737.htm. 
Acesso em: 19 dez. 2022. 
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BRASIL. Lei n. 12.846, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre a 
responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos 
contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras 
providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12846.htm. Acesso em: 19 dez. 2022. 
BRASIL. Lei n. 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e 
dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações 
penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei nº 9.034, de 3 de maio de 
1995; e dá outras providências. Disponível em: 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm. 
Acesso em: 19 dez. 2022. 
BRASIL. Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias, 
direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Disponível em: 
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Acesso em: 19 dez. 2022. 
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País, e dá outras providências. Disponível em: 
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
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https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9279.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9609.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.609%20%2C%20DE%2019,Pa%C3%ADs%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9609.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.609%20%2C%20DE%2019,Pa%C3%ADs%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9609.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.609%20%2C%20DE%2019,Pa%C3%ADs%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias
26 
 
 
DOJ e SEC – Guia de recursos para o FCPA, pág. 57 – Características de um 
Programa de Compliance Efetivo: 
http://www.justice.gov/sites/default/files/criminal-
fraud/legacy/2015/01/16/guide.pdf 
OCDE – Guia de Boas Práticas sobre Controles Internos, Ética e Compliance: 
http://www.oecd.org/daf/anti-bribery/44884389.pdf. 
Texto baseado no conteúdo do livro “Compliance – A excelência na prática” de 
Wagner Giovanini. 
Transparência Internacional – Princípios para combater a corrupção nos 
negócios: 
http://www.transparency.org/whatwedo/publication/business_principles_for_cou
ntering_bribery 
UNODC – Um Programa de Ética Anticorrupção e de Compliance para 
Empresas: guia prático: 
https://www.unodc.org/documents/corruption/Publications/2013/13-
84498_Ebook.pdf. 
https://www.unodc.org/documents/corruption/Publications/2013/13-84498_Ebook.pdf
https://www.unodc.org/documents/corruption/Publications/2013/13-84498_Ebook.pdf

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